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1 TRATAMENTOS COM AURICULOTERAPIA CHINESA 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário TRATAMENTOS COM AURICULOTERAPIA CHINESA ......................... 1 NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6 MEDICINA CHINESA .............................................................................. 6 HISTÓRICO DA AURICULOTERAPIA .................................................. 13 DESENVOLVIMENTO ATUAL ........................................................... 15 FUNDAMENTOS ................................................................................... 17 MECANISMOS DE AÇÃO DA AURICULOTERAPIA ............................ 19 AURICULOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DOR .............................. 22 INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE PONTOS ANALGÉSICOS NA AURICULOTERAPIA ....................................................................................... 33 MÉTODO DE TRATAMENTO EM AURICULOTERAPIA ...................... 37 INDICAÇÕES ........................................................................................ 43 TRATAMENTO AURICULAR ................................................................ 44 TERAPIA AURICULAR COM SEMENTES ............................................ 44 MASSAGEM AURICULAR TERAPÊUTICA .......................................... 45 SANGRIA AURICULAR ......................................................................... 46 TRATAMENTO COM AGULHAS FILIFORMES .................................... 47 PORCENTAGEM DE EFICÁCIA DE AURICULOTERAPIA EM DETERMINADAS CONDIÇÕES ...................................................................... 49 PROTOCOLOS AVANÇADOS DE TRATAMENTO .............................. 50 GASTRITE ......................................................................................... 50 ÚLCERA GÁSTRICA ......................................................................... 51 CONSTIPAÇÃO ................................................................................. 52 DIARRÉIAS ........................................................................................ 53 NÁUSEAS E VÔMITOS ..................................................................... 54 file:///C:/Users/EDUARDO/Documents/FACUMINAS/AURICULOTERAPIA%20CHINESA/TRATAMENTOS%20COM%20AURICULOTERAPIA%20CHINESA/TRATAMENTOS%20COM%20AURICULOTERAPIA%20CHINESA.docx%23_Toc79999331 4 BRONQUITE ...................................................................................... 55 DISPNÉIA .......................................................................................... 56 ASMA ................................................................................................. 57 HIPERTENSÃO ARTERIAL ............................................................... 58 HIPOTENSÃO ARTERIAL ................................................................. 59 TAQUICARDIA................................................................................... 60 NEURASTENIA.................................................................................. 61 CEFALÉIAS ....................................................................................... 62 PSICOSE ........................................................................................... 63 PARALISIA FACIAL ........................................................................... 64 DIABETES MELITO ........................................................................... 65 DISFUNÇÃO HORMONAL ................................................................ 66 CONTUSÕES E ENTORSES ............................................................ 67 OMBRO CONGELADO ...................................................................... 68 CIATALGIA ........................................................................................ 69 CERVICALGIA ................................................................................... 70 LOMBALGIA ...................................................................................... 71 ARTRITE REUMATÓIDE ................................................................... 72 MASTITE ........................................................................................... 73 PROSTATITE .................................................................................... 74 AMIGDALITE ..................................................................................... 75 RINITE ALÉRGICA ............................................................................ 76 OTITE ................................................................................................ 77 MENSTRUAÇÃO IRREGULAR ......................................................... 78 DISMENORRÉIA ............................................................................... 79 PRURIDO .......................................................................................... 80 DERMATITE DE CONTATO .............................................................. 81 5 ACNE ................................................................................................. 82 PSORÍASE ......................................................................................... 83 VITILÍGO ............................................................................................ 84 AURICULOTERAPIA E ANSIEDADE .................................................... 85 AURICULOTERAPIA E QUALIDADE DE VIDA .................................... 86 AURICULOTERAPIA E CESSAÇÃO DE TABAGISMO ........................ 86 AURICULOTERAPIA E ESTRESSE ..................................................... 87 AURICULOTERAPIA E OBESIDADE .................................................... 88 AURICULOACUPUNTURA COM LASER ............................................. 88 ELETROACUPUNTURA AURICULAR .................................................. 98 REFERÊNCIAS ................................................................................... 101 6 INTRODUÇÃO MEDICINA CHINESA A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é um sistema desenvolvido e praticado na China por milhares de anos. Tem uma visão do ser humano como um todo e considera o organismo saudável quando esse está em harmonia, em equilíbrio. A doença ocorre quando esta harmonia é rompida e para restabelecê- la são usadas diversas formas terapêuticas. A MTC considera ainda de extrema importância a integração do corpo humano com a natureza. O corpo humano é considerado como parte da natureza e para mantê-lo saudável é preciso conservar sua harmonia com a mesma. O corpo é um organismointegral, constituído de várias partes que não podem ser estruturalmente separadas e cujas funções interligadas se influenciam fisiopatologicamente (HE e NE, 1999). Os chineses acreditam que todo o universo seja ativado por dois princípios, Yin e Yang, o negativo e o positivo, e consideram que tudo o que se vê exista em virtude da constante influência mútua dessas duas forças, sejam seres animados ou inanimados (MANN, 1982). A polaridade Yin/Yang é a base da filosofia, diagnóstico e terapêutica oriental. Quando notamos que alguém é calmo, é porque temos referência do que é ser agitado. Se falarmos de calor é porque conhecemos o frio. Todos nós temos nosso lado generoso e nosso lado mesquinho, duas faces complementares, por vezes equilibradas, por vezes tendendo mais para um lado do que para o outro. Tudo o que existe apresenta uma polaridade. Nada é só Yin ou só Yang. Nada é só positivo ou negativo. Forças antagônicas são complementares e necessárias. No Su Wen, livro básico da Medicina Chinesa, destacam-se diagramas cuja tradução é a seguinte: “O céu é o acúmulo de Yang. A terra é o acúmulo de Yin.” O Fogo é Yang a água é 7 Yin. Yang é a agitação. Yin é a serenidade. O céu e o sol são yang. A terra e a lua são Yin. Dentro do Yang tem Yin. Dentro do Yin tem Yang (CURVO, 1998). Os princípios do Yin e Yang estão presentes em todos os aspectos da teoria chinesa, são utilizados para explicar a estrutura orgânica do corpo humano, suas funções fisiológicas, as leis referentes a causas e evoluções das doenças. O corpo humano é um todo organizado, composto de duas partes ligadas estruturalmente, porém opostas yin/yang, são eles os dois polos que estabelecem os limites para os ciclos de mudança. A medicina chinesa baseia- se no equilíbrio destas duas forças no corpo humano, a doença é vista como um rompimento desse equilíbrio. As duas partes Yin/Yang do corpo devem estar em equilíbrio relativo para que se mantenham normais as suas atividades fisiológicas, o equilíbrio é destruído por fatores de adoecimento, podendo ocorrer o predomínio ou a falta de uma das duas partes, se transformando em processos patológicos (COSTA, 2003). Yin e Yang estão contidos em Tao, o princípio básico de todo universo. Criaram toda a matéria e suas transmutações. Tao é o começo e o fim, vida e morte e é encontrado nos templos dos deuses (MANN, 1994). As práticas terapêuticas preventivas e curativas são as virtudes ou a eficácia do Tao. Convém lembrar, que o Tao com os seus atributos compõe a base tradicional da Medicina Chinesa (DULCETTI JÚNIOR, 2001). Os chineses de antigamente, apaixonados pela observação e classificação dos fenômenos da natureza, arrumaram o mundo primeiro em Yin e Yang, mas definida em cinco setores que abrangem simplesmente tudo, são exemplos disso: - Os Pontos Cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. 8 - As Estações do Ano: Outono, Inverno, Primavera, Verão e Final de Verão. No corpo humano, percebe cinco órgãos fundamentais, cada qual constituindo seu meridiano um centro sutil de energia – Coração(Xin), Baço(Pi), Pulmão(Fei), Rim(Shen), Fígado(Gan). Os Órgãos atuam em parceria com cinco outros; (Vísceras) – Vesícula Biliar(Dan), Intestino Delgado(XiaoXang), Estômago(Wei), Intestino Grosso(Dachang) e Bexiga(PangGuang). - O Tipo de clima: Vento, Calor, Umidade, Secura e Frio. - O Período do Dia: Manhã, meio – dia, Tarde, Anoitecer e Noite. - As Diferentes Atitudes: Planejamento, Comunicação, Reflexão, Ordenação e Vontade. - Os Sabores: Ácido, Amargo, Doce, Picante e Salgado. Essa arrumação do mundo em cinco partes é representada por uma estrela de cinco pontas, cada uma das quais recebe o nome do elemento natural que mais se identifica com aquela maneira de ser: Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira, e cada elemento natural corresponde a um Órgão: Fogo – Coração(Xin), Terra – Baço(Pi), Metal – Pulmão(Frei), Água – Rim(Shen), Madeira – Fígado(Gan). A teoria dos cinco elementos, considera que o universo é formado pelo movimento e a transformação dos cinco elementos, estabelecendo de modo sistemático as relações existentes entre a constituição das vísceras, o estado fisiológico ou patológico do organismo e os objetos do meio circunvizinho, em relação com a vida dos homens (COSTA, 2003). A Medicina Chinesa baseia-se nas teorias Yin-Yang e Cinco elementos. Essas teorias são à base de todo conhecimento oriental (SENNA; SILVA; BERTAN, 2012). Yin e Yang representam qualidades opostas, mas complementares. Cada coisa ou fenômeno poderia existir por si mesmo ou pelo seu oposto. Além disso, Yin contém a semente do Yang, de tal maneira que ele pode se transformar em Yang e vice-versa (MACIOCA, 2007). 9 Yin normalmente representa as coisas relativamente inertes, descendentes, internas, frias e escuras. O Yang em geral representa as coisas relativamente ativas, ascendentes, externas, quentes e luminosas. Figura 1: Tabela 01 – Exemplo de caracteres opostos Yin-Yang. Fonte: LEVIN & JONAS (2001). YIN YANG Para baixo Para cima Lua Sol Noite Dia Água Fogo Frio Quente Imobilidade Movimento Interior Exterior Escuridão Luminosidade Estrutura Função Todas as funções fisiológicas do corpo e também os sinais de alterações patológicas, podem ser diferenciadas com base nas características Yin-Yang. Figura 2: Tabela 02 – Diferenciação de síndromes segundo o Yin e Yang; Fonte: LEVIN & JONAS (2001) Síndromes de Yin Síndromes de Yang Calafrio e hipofunção Febre, transpiração, hiperfunção Índice metabólico basal reduzido Índice metabólico basal aumentado Temperatura baixa Temperatura elevada Transpiração reduzida Transpiração abundante Peristalse gástrica reduzida Peristalse gástrica aumentada Hiperatividade parassimpática Hiperatividade aumentada Intolerância ao frio Intolerância ao calor Palidez Pele rosada ou vermelha Desejo por alimentos quentes Desejo por alimentos ou bebidas frias Urina clara Urina amarela Entretanto, é importante que fique bem claro que a natureza Yin-Yang não é absoluta, são conceitos relativos, Yin e Yang são interdependentes e podem 10 se transformar um no outro. O equilíbrio Yin-Yang garante a manutenção da harmonia do corpo. Normalmente considera-se que uma pessoa saudável, sem qualquer sintoma de doença, tenha equilíbrio Yin-Yang. TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS A partir da observação da natureza os antigos chineses concluíram que todos os fenômenos obedecem a ritmos e ciclos repetitivos, e a partir daí estabelecem as bases da filosofia oriental, que são Yin e Yang, e os Cinco Elementos. Segundo a concepção chinesa, os cinco elementos – água, madeira, fogo, terra e metal não são considerados substâncias materiais, mas as cinco fases de transformação que universalmente ocorrem em todos os fenômenos, sejam na química, na física, na biologia ou na psicologia. Na verdade, o nome original ou tradução mais correta seria as Cinco Transformações ou os Cinco Movimentos. A própria energia Ki, fluindo ao longo dos meridianos, entrando e saindo de vários órgãos e exercendo diversas funções, também não podem fugir a lei universal da mudança ou mutação. Todas as coisas no universo transformam-se por meio de ciclos, por exemplo, as estações do ano, os ciclos da lua, a gestação de um bebê, o ciclo menstrual, as marés, etc. Cada elemento se relaciona com uma parte do corpo. Saber isso será muito útil inclusive nos diagnósticos. - Fogo: relaciona-se com a parte superior (cabeça e região cárdio- respiratória); - Terra: relaciona-se com a região gastro-intestinal; - Água: relaciona-se com a parte inferior e a região genito-urinária; - Madeira: relaciona-se com o lado esquerdo do corpo; - Metal: relaciona-se com o lado direito do corpo;11 Figura 03 – Os cinco elementos; Fonte: do autor (2007) Figura 4: Tabela 03 – Características da Teoria dos Cinco Elementos; Fonte: do autor (2007); 12 Na teoria dos cinco elementos temos dois ciclos. O ciclo de geração representado pelo círculo e o ciclo de controle representado pelo pentagrama. CICLO DE GERAÇÃO A madeira pega fogo que produz o fogo, o fogo vira cinza que forma a terra, a terra contém no seu interior os minérios e as rochas que formam o metal, o metal ao ser derretido forma a água, e a água faz brotar a madeira e assim por diante; CICLO DE CONTROLE O metal corta madeira, a madeira suga os nutrientes da terra, a terra delimita os caminhos da água, a água apaga o fogo o fogo derrete o metal e assim por diante novamente; SANGUE O sangue origina-se da essência do alimento, desenvolvido no baço e no estômago. O sangue é dominado pelo coração, armazenado no fígado e controlado pelo baço. Tem a função de nutrir os órgãos e tecidos do corpo. Tanto o sangue como o Ki servem de base material para as atividades da vida. KI (ENERGIA) O Ki é a energia vital de cada ser humano, ou seja, é uma substância essencial para a manutenção das atividades da vida. As funções do Ki são: promover, aquecer, defender, governar e transformar. TEORIA ZANG-FU (ÓRGÃOS INTERNOS) Essa teoria explica as funções fisiológicas e as alterações patológicas dos órgãos internos, através da observação das manifestações externas do corpo. Os cinco zang são os órgãos sólidos, considerados yin, que são o coração, o fígado, o baço, os pulmões e os rins. Os seis Fu são os órgãos vazios, pertencentes à categoria Yang, constituída de vesícula, estômago, intestino delgado, intestino grosso, bexiga e 13 sanjião (triplo aquecedor – formado pelo diafragma, abdômen e baixo ventre). As funções fisiológicas dos órgãos zang são elaborar e estocar as substâncias essenciais. A função dos órgãos fu é receber e digerir o alimento, distribuí-lo e excretar os resíduos. TEORIA JING (MERIDIANOS) Descreve o sistema de energia do organismo e trata da circulação e distribuição do Ki. Os meridianos, ou caminhos, são os principais troncos que correm pelo nosso corpo. Existem 14 meridianos, sendo 12 os principais, que se correlacionam interiormente aos órgãos zang-fu, e exteriormente, estão ligados as extremidades e aos pontos de acupuntura (tsubôs), integrando assim, os órgãos e os tecidos num único sistema. HISTÓRICO DA AURICULOTERAPIA Dentro dos microssistemas da Acupuntura, a Auriculoterapia é nos dias atuais, um dos mais populares, isso não somente na China e no Oriente, mas também em todo Ocidente. O método sobressai às outras técnicas pelos seus resultados obtidos e por ser geralmente pouco invasivo, o que agrada os pacientes. A Auriculoterapia Chinesa tem sofrido algumas limitações no Ocidente, principalmente pela dificuldade na tradução de textos escritos no idioma chinês sobre a temática, o qual limita em grande parte o intercâmbio de informação entre a China e o resto do mundo e também a incredulidade dos setores médicos ocidentais sobre a Medicina Tradicional Chinesa e é claro, sobre a auriculoterapia. Grande passo de extrema importância para o fortalecimento da Auriculoterapia, foi dado pelo professor Nogier da França, que dedicou muitos anos de sua vida ao estudo do método, publicando livros e artigos. O nome mais recente que merece destaque dentro da Auriculoterapia é a professora Huang Li Chun, pela sua experiência acumulada em investigações ininterrupta em busca de resultados nessa área. 14 A Auriculoterapia é uma técnica da Acupuntura, que usa o pavilhão auricular para efetuar tratamentos terapêuticos, usando do reflexo que a aurícula exerce sobre o sistema nervoso central. O uso desta técnica como objetivo terapêutico vem desde a antiguidade, no Oriente e na Europa Antiga. Existem relatos de que as mulheres do antigo Egito usavam pontos auriculares como forma de anticoncepcionais, isto no século 2500 a. C. Outros relatos, como os escritos por Hipócrates, e traduzidos em 1851 por Litfreé, dizem que as incisões efetuadas no pavilhão auricular do homem produziam ejaculação escassa, inativa e infecunda. Ainda, escreveu que existia uma região do dorso da orelha, que ao ser picada curava a impotência masculina. O mesmo Hipócrates ao escrever o “O Livro das Epidemias”, indicava a punção com estiletes nos vasos auriculares para o tratamento de processos inflamatórios. A principal obra da acupuntura, o livro “Hung Ti Nei Ching”, escrito há mais de 5000 anos, traz relatos de que o pavilhão auricular é um órgão isolado que mantém relações com os demais órgãos e regiões do corpo através do reflexo cerebral. A localização e a nomenclatura dos pontos foram sendo introduzidas conforme eram intensificados os estudos e as observações aurícula-órgão, aurícula- função orgânica, aurículas-posição anatômicas. Houve uma época em que o Dr. Paul Nogier, introduziu alterações na localização e no número de pontos. Passou a ser conhecida como a Auriculoterapia Francesa, mas existem os que duvidem e não trabalham com essa nova nomenclatura, pois, o sistema clássico chinês é fruto de observações milenares. 15 Relação do pavilhão auricular com o ser humano. DESENVOLVIMENTO ATUAL Depois da fundação da nova China, houve um amplo, forte e rápido desenvolvimento de toda a medicina local, o que ajudou que no final dos anos 80 fosse a Auriculoterapia intitulada como uma especialização dentro da acupuntura. Na década de 50, o desenvolvimento da Auriculoterapia é muito fraco e pobre, mesmo que ainda se chama bastante a atenção na época. Por volta de dezembro de 1958, Ye Xiao Wu publicou numa revista de Shangai alguns estudos realizados pelo médico francês Dr. Paul Nogier, sobre a relação de certas zonas do pavilhão auricular com os órgãos internos. Foi Nogier o primeiro a representar a orelha como um feto em posição pré-natal. Foi o surgimento deste mapa que impulsionou os médicos chineses a começar um estudo profundo sobre a auriculoterapia. Em 1960, o médico chinês Xu Zuo Lin, publicou um trabalho realizado com 255 pacientes, mostrando que conseguiu descobrir 15 pontos na aurícula e mostrar seus excelentes resultados na experiência clínica. 16 Mapa de Xu Zuo Lin. Fonte: GARCIA, 1999. Na década de 60 até o final da década de 70, o estudo sobre a Auriculoterapia foi aprofundado em busca da afirmação da localização dos pontos. Em 1970, foi editado um mapa e acupuntura juntamente com um mapa de auriculoterapia que continha 107 pontos. Em 1971, o Instituto Científico de Investigações Biológicas da China, editou um livro que continha um mapa de auriculoterapia com 112 pontos. Em 1972, o Dr. Wang Zhong Tang escreve um livro em que demonstra 131 pontos. E isso foi sendo alterado constantemente nesta época, isso, devido à quantidade de experiências que eram realizadas na época. Eram estudos minuciosos das diferentes reações do pavilhão auricular. Esta grande variedade de estudos teve também seu lado negativo, onde surgiam discussões e controvérsias na localização e na função de alguns pontos. Mas por outro lado, possibilitou a criação de um “Esquema padrão dos pontos auriculares”. As décadas de 60 e 70 foram extremamente importantes no desenvolvimento da auriculoterapia, não somente no que se diz respeito à localização dos pontos, mas também na descrição das funções dos pontos. Motivo esse, que levou a validar em torno de 150 patologias como tratáveis pela auriculoterapia. Na década de 80 foram dados novos passos nas investigações sobre o método. Surgiram os estudos dos mecanismos fisiológicos, anatomia, do sistema nervoso, dos fluidos corporais, entre outros. 17 Em 1982 surgiuna China o Grupo Nacional de Trabalho em Auriculoterapia, em 1984, em Kun Ming Shao, realizou-se a Assembléia Nacional para o estudo da Auriculoterapia e Craniopuntura. Em 1987, com a criação do Grupo Nacional para a Investigação em Auriculoterapia é que surgiu um mapa padrão dos pontos auriculares. FUNDAMENTOS Atualmente existem duas linhas principais de auriculoterapia: I. Uma proposta por Nogier, chamada de Auriculoterapia Francesa, que segue noções neurofisiológicas; II. E outra, chamada de Auriculoterapia Chinesa, que repousa sobre os conceitos filosóficos da Medicina Tradicional Chinesa. Podemos considerar que a grande quantidade de ramificações nervosas, derivadas dos nervos espinhais e cranianos localizados no pavilhão auricular, ligam diferentes áreas auriculares a diversas regiões cerebrais que, por sua vez, se comunicam com distantes partes do corpo. Assim, qualquer alteração em um determinado órgão, ou parte do corpo, poderá ser detectada e tratada pelo pavilhão auricular. Com base na reflexologia desse sistema e, partindo de alguns pontos auriculares traçados pelos chineses, o médico francês Paul Nogier observou e testou em seus estudos as diversas partes do corpo, concluindo que o pavilhão auricular representava um homúnculo muito semelhante ao apresentado por Penfield, representado no córtex cerebral. A teoria do reflexo homuncular, proposta por Nogier, é baseada na existência de uma coincidência entre as áreas cerebrais e auriculares. A abundante inervação da orelha tem sua origem dividida em nervos espinhais e cranianos. É o único local do corpo que podemos acessar diretamente os nervos de polaridade simpática (NS) e parassimpática (NP). Os nervos espinhais (NS) são originados do segundo e terceiro plexo cervical, através do nervo auricular maior e nervo occipital menor. Os nervos cranianos (NP) são originados do trigêmeo, como o nervo auriculotemporal e ramos dos nervos: glossofaríngeo, facial e vago. 18 19 Para a Medicina Tradicional Chinesa, a Teoria dos Canais de Energia ou Meridianos, que serve de comunicação entre diversas partes do corpo, é o principal fundamento da auriculoterapia. Segundo ela, os doze canais de energia ou meridianos reúnem-se na orelha. A orelha também é uma das principais zonas, onde as energias Yang e Yin se inter-relacionam. Além disso, o pavilhão auricular guarda estreita relação com os órgãos, principalmente com o rim, com o qual possui semelhança anatômica, órgão este que abriga a essência do corpo. Quando algum meridiano é obstruído e a circulação do sangue e energia perde seu fluxo, aparecem pontos dolorosos na orelha, como uma reação reflexa do local obstruído. MECANISMOS DE AÇÃO DA AURICULOTERAPIA Na prática clínica tem se verificado que ao estimular um ponto auricular, podemos nos deparar com diferentes manifestações sentidas pelo paciente, como, sensação de corrente de energia que percorre o corpo, calor que reflete em algumas partes do corpo entre outras. Não há dúvida que a rica inervação do pavilhão auricular tem grande peso na obtenção de resultados terapêuticos através do uso dos pontos auriculares. O pavilhão auricular está inervado principalmente por nervos espinhais do plexo 20 cervical como o auricular maior e o occipital menor e por nervos cerebrais como o auriculotemporal, facial, glossofaríngeo, ramos do vago e simpático. Esses nervos descritos acima se ramificam e distribuem-se por todo pavilhão auricular, conectando assim ao sistema nervoso central: • O nervo auriculotemporal parte do ramo inferior do trigêmeo, apresentando relação com os movimentos de deglutição e sensibilidade da face e da cabeça, como também se relaciona a medula espinhal; • O nervo facial controla o movimento dos músculos superficiais da face e da região das adenoides; • Do bulbo raquidiano partem o nervo Vago e o Glossofaríngeo, que controlam o centro respiratório, o centro cardíaco, o centro vasomotor e o centro das secreções salivares; • O nervo auricular maior e o occipital menor comandam as atividades do tronco e os quatro membros, os movimentos músculos- esqueléticos e os movimentos dos órgãos e vísceras; Assim fica claro como podemos influenciar todo o restante do corpo. O pavilhão auricular, em suas faces anterior e posterior é sulcado por inúmeros filetes nervosos e por uma circulação sanguínea constituída por extensa malha de vasos capilares. Estes são mais numerosos na superfície da aurícula, enquanto que os filetes nervosos são mais profundos. 21 Mecanismo de ação da auriculoterapia Segundo Lowe (1973), cita que a orelha possui inervação abundante e significativa, obtida através dos nervos trigêmeos, facial e vago, auricular maior e occipital maior e menor. Estas inervações quando estimuladas por agulhas, sementes, laser, e outros métodos, sensibiliza regiões do cérebro (tronco cerebral, córtex cerebral). Cada ponto da aurícula tem relação direta com um ponto cerebral, o qual, por sua vez, está ligado pela rede do sistema nervoso, a determinado órgão ou região do corpo. A relação aurícula-cérebro-órgão é que torna a auriculoterapia compatível como tratamento de inúmeras enfermidades. Essa informação dada pelo estímulo à aurícula é enviada a formação reticular, que compreende uma estrutura formada por neurônios ao longo do tronco cerebral e que vão do bulbo ao tálamo. Esta estrutura reticular tem uma 22 composição característica, sendo que este sistema neuronal possui alto grau de agrupamento dos impulsos nervosos, onde cada impulso regulador da atividade dos órgãos internos e regulador a nível sensorial desempenham papel fundamental. As células do núcleo reticular estão repletas de neurônios de associação do tronco cerebral, elas além de relacionar os impulsos do cérebro e da medula, também relacionam as fibras aferentes dos segmentos superiores e inferiores do tronco cerebral, recebem inúmeros impulsos dos ramos laterais do trato e volta a enviá-los deste até o córtex. Assim, a formação reticular elabora um sistema especial de síntese de sinais, que nos permite considerar a mesma como um viabilizador da ação da auriculoterapia no sistema nervoso, no tratamento da dor e na regulação da atividade dos órgãos internos. A aplicação de um estímulo auricular, mesmo sendo débil, acelera uma série de reflexos que provocam reações imediatas ou demoradas, temporárias ou permanentes, passageiras ou definitivas, todas elas de natureza terapêutica. RESUMO: Qualquer estímulo ao pavilhão auricular envia uma informação ao tronco cerebral, mais exatamente na formação reticular, esta que por sua vez, faz o reconhecimento do ponto estimulado enviando uma informação terapêutica até o órgão estimulado. AURÍCULA → CÉREBRO → ÓRGÃO AURICULOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DOR Este capítulo tem como objetivo principal abordar a técnica da auriculoterapia em especial os aspectos de sua aplicabilidade nos processos dolorosos. Ao longo de duas décadas, no exercício e ensino clínico da acupuntura observou-se resultados surpreendentes do uso de auriculoterapia em algumas situações envolvendo dor, porém há situações clínicas que somente auriculoterapia não é suficiente. É notória a falta de uniformidade na abordagem do processo doloroso. Tanto de localização, como também de composição de pontos. Na maioria das obras não é explicado os “porquês" de se usar este ou aquele ponto, dando a entender que é experiência do autor. Não se pode tirar o mérito desta forma de justificativa, mas é preciso chegar-se a um consenso com 23 coerência, a partir do momento em que o iniciante na auriculoterapia precisa ter referências do que seguir. Buscando estudar estas diferenças, foi elaborada uma revisão de literatura e discutido os principais aspectosque cercam a auriculoterapia com respeito à localização de pontos, combinações analgésicas e principais tipos de dores tratadas. Na Tabela 4 configurou-se os dados coletados nas pesquisas resumindo-se informações como número de amostra, (n), técnica utilizada (se unicamente acupuntura auricular - AA, auriculoterapia com sementes - AT, ou associação de diversas técnicas), frequência das sessões, acupontos, eficácia dos resultados. Alguns outros dados foram coletados, apontados e discutidos fora da Tabela 4. Os estudos revisados foram selecionados entre os anos de 2001 a 2012. PATOLOGIAS DOLOROSAS TRATADAS COM AURICULOTERAPIA Buscando resumir alguns dados ilustrou-se na Figura 3 as principais patologias dolorosas, que foram objetos dos estudos utilizando auriculoterapia. Na sequência, foram realizadas considerações sobre os resultados e os estudos revisados. Figura 5: Distribuição das principais patologias como objeto de estudo 24 CEFALEIA / ENXAQUECA Dentro do universo de estudos desta revisão, 16% apresentaram a patologia cefaleia/enxaqueca como proposta de objeto de tratamento. Na revisão e avaliação realizadas neste estudo, evidenciou-se a obtenção da eficácia média de 85% de melhora na dor nos tratamentos propostos. A metodologia de avaliação da escala analógica visual (EVA) foi utilizada em 75% destes estudos, sendo que em metade foi relatado uma eficácia de 100% na melhora analgésica. O número de sessões utilizadas nos estudos para o tratamento das cefaleias/enxaquecas variou entre 5 a 10 sessões com frequência semanal. Um único estudo descreve a utilização de uma frequência de 4 sessões com intervalos quinzenais. Conselvan & Silvério-Lopes (2007) realizaram uma avaliação comparativa de pontos referenciados para o tratamento de cefaleia/enxaqueca. Foi dividida a amostra do estudo em dois grupos, onde para cada grupo foi designada uma sequência diferente de pontos. O estudo demonstrou que o grupo que utilizou os acupontos: shen men, rim, simpático, cefaleia 1 e cefaleia 2, obteve uma eficácia superior no alívio da dor de 14% na escala EVA e de 6% na escala McGill em relação ao outro grupo que utilizou-se dos pontos: shen men, rim, simpático, analgesia, occipital, frontal, temporal. Ambos os grupos utilizaram a recomendação e localização segundo Souza (2012). O trabalho de Piel & Silvério-Lopes (2006) utilizou também o uso dos pontos dorsais de cefaleia 1 e 2, em grupos com três origens diferentes de cefaleia. A média de melhora analgésica neste caso foi de 58% pela avaliação do questionário McGill e redução de 60% na periodicidade dos episódios de dor. 25 Observou-se que em 57% dos estudos de cefaleia/enxaqueca a técnica de acupuntura auricular com agulhas semi-permanentes, foi utilizada isoladamente. Dois estudos (28%) apresentaram a associação da técnica acupuntura auricular com agulhas semi-permanentes e acupuntura sistêmica simultaneamente. Dentre os estudos em que foram associadas estas técnicas, Pinha & Tano (2009) obtiveram uma eficácia de 80%, sendo utilizado um total de 5 sessões com frequência semanal. Spechela & Silvério-Lopes (2010) utilizaram a associação entre auriculoterapia com sementes de mostarda (Vaccaria) e agulhas semi-permanentes, para o tratamento da cefaleia. A eficácia deste estudo foi de 50% de melhora, sendo o tratamento realizado com um total de 10 sessões, com frequência semanal. Nos estudos em que foram utilizadas a associação de mais de uma técnica os autores evidenciaram o espaçamento de intervalo entre as crises bem como na intensidade, tempo e duração dos sintomas associados a cefaleia/enxaqueca. Os que utilizaram a técnica de acupuntura auricular com agulhas semi-permanentes, isoladamente obtiveram uma média de eficácia de 91% do tratamento, sendo que 4, entre os 5 estudos utilizaram a escala EVA como metodologia de avaliação. 26 LER / DORT As lesões por esforço repetitivo (LER) e doença ocupacional relacionada ao trabalho (DORT), englobam alterações músculo esqueléticas que tem como aspecto comum a dor. Entre os estudos avaliados nesta revisão 11% escolheram a LER/DORT como objeto de tratamento. A eficácia analgésica obtida pelos estudos foi de 88% a 92%, sendo a EAV mais utilizada como instrumento de avaliação. Observou-se que entre os 5 estudos revisados, 3 enquadraram-se como “estudo de caso". Os outros dois estudos utilizaram uma população de 9 e 12 voluntários. O padrão médio adotado pelos estudos para execução do tratamento foi de 10 sessões com frequência semanal. Apenas um dos estudos adotou um total de 12 sessões realizando as aplicações duas vezes na semana. Nenhum dos estudos utilizou outras técnicas de tratamento associadas à acupuntura auricular ou com objetivo comparativo. Evidenciou-se que 80% dos estudos não apresentaram referência bibliográfica em relação à localização dos pontos utilizados, fato este que se repete em trabalhos nesta área, dificultando a reprodução dos experimentos, pois se sabe que há diferenças na localização de pontos de autor para autor. Os estudos de Araújo et al. (2006) e Fumagali & Silvério-Lopes (2008) registraram além da diminuição significativa no quadro álgico a redução no uso de medicamentos. 27 LOMBALGIA E LOMBOCIATALGIA Dentre os estudos revisados 11% adotaram a lombalgia/lombociatalgia como foco de tratamento. A eficácia média desses estudos foi de 61% de melhora com o uso da técnica de acupuntura auricular com agulhas semi- permanentes. No estudo comparativo avaliando a eficácia de 4 técnicas de acupuntura (acupuntura auricular, sistêmica, YNSA, eletroacupuntura) e cinesioterapia, Mehret et al. (2010a) concluíram que todas as técnicas testadas obtiveram melhoras estatisticamente significativas. No entanto, a acupuntura auricular com agulhas semi-permanentes foi a que apresentou melhores resultados em comparação com a cinesioterapia. Este trabalho sugere que a técnica de acupuntura auricular teria sido a melhor, em virtude de que o estímulo continua existindo por alguns dias, prolongando os efeitos analgésicos. A metodologia de avaliação pela EVA foi utilizada em 80% dos estudos, seguidas pelas metodologias McGill (14%). Dentre os estudos que escolheram a lombociatalgia para tratamento, não foi observado nenhum estudo de caso, sendo que 60% dos estudos revisados obteve uma amostragem entre 9 a 12 voluntários e 40% dos estudos entre 24 e 61 voluntários. O estudo comparativo de Sator-Katzenschlager et al. (2004) apresentou o maior número de voluntários, porém utilizou, em um dos grupos, um estimulador elétrico posicionado atrás da orelha, como uma prótese auditiva, para a eletro estimulação dos pontos auriculares. Constitui-se em um estudo raro. O número de sessões para tratamento definidas pelos estudos esteve entre 4 a 10 sessões, com intervalos entre 6 a 8 dias. 28 ARTRITES / ARTROSES DIVERSAS Agrupou-se aqui as terminologias de artrite e artrose, para facilitar o resumo e discussão de algumas variáveis. Sabe-se que artrose não é uma patologia em si, senão um processo degenerativo que ocasionará diminuição de amplitude de movimento e consequentemente dor no seguimento onde está presente. Um total de 11% dos estudos revisados nesta pesquisa avaliou tratamentos de dores oriundas da artrite e/ou artrose. A eficácia média na redução da dor obtida por estes estudos foi de 90%, segundo o instrumento de avaliação da EVA e de 30% com McGill. A escala EVA foi escolhida e utilizada em 80% dos estudos. Em apenas um dos estudos a amostra foi de 4 voluntários, tratando-se de um estudo comparativo. Em mais da metade (60%) dos estudos a técnica de acupuntura auricular com agulhas semi- permanentes foi utilizada isoladamente. No estudo de Andrade & Burigo (2010) a técnica de auriculoterapiacom sementes de mostarda (Vaccaria) foi utilizada isoladamente, com eficácia de 94,7%. Já no estudo comparativo realizado por Okada & Burigo (2009) a eficácia do estudo em relação à dor foi de 73% com o uso da técnica de auriculoterapia com sementes de mostarda e de 76,8% de alívio de dor com o uso das pastilhas de óxido de silício. 29 Observou-se que não houve um padrão médio em relação ao número de sessões e de frequência nos estudos revisados para analgesia de dores com origem em artrite/artrose. Acredita-se que este fato é decorrente dos trabalhos serem do tipo estudo de casos onde a individualidade do sujeito é importante e o estágio de evolução das patologias, pode ser diferente. Em 40% dos estudos revisados houve a citação da diminuição do edema e inflamação nas articulações, bem como a redução no uso de medicamentos. Esta constatação é de grande importância, pois muitas vezes questiona-se que o uso da acupuntura para artroses e artrites seriam meramente “paliativas", observa-se que não. Ha benefícios importantes que vão além do alívio de dor. Melhoras em algumas dores crônicas oriundas de artroses, mostram resultados promissores com acupuntura auricular com agulhas semi- permanentes. Lacerda & Silvério-Lopes (2010) realizaram um estudo tratando dores crônicas por artrose em quirodáctilos (dedos das mãos), utilizando os pontos auriculares do tálamo e hipotálamo, com resultados satisfatórios. Estes são pontos importantes, porém pouco explorados. Recomenda-se que mais pesquisas sejam realizadas utilizando este ponto para dores crônicas. ALGIAS DE OMBRO Os estudos que pesquisaram as algias de ombro representam 11% do universo dos estudos revisados. Sabe-se que o termo algias de ombro é bastante amplo, envolvendo bursites, tendinites, síndrome do ombro congelado, osteoartroses entre outras. A eficácia média dos estudos foi de 69% de melhora quando utilizado somente a técnica de acupuntura auricular com agulhas semi- permanentes. A metodologia EVA foi utilizada em 80% dos estudos. 30 Apenas o estudo comparativo de Vargas & Jesús (2001) não apresentou metodologia de avaliação. O estudo de Ludwing & Silvério-Lopes (2007) foi o único a utilizar duas metodologias de avaliação (EVA e DASH). Evidenciou-se que 60% dos estudos apresentaram uma população de 1 a 2 voluntários. Os outros 40% apresentaram uma população entre 20 a 60 voluntários, tornando-os mais robustos quanto o universo estudado. O número de sessões definido para o tratamento das algias de ombro pelos estudos variou entre 4 a 10 sessões, com intervalos entre 7 a 10 dias. Nas algias de ombro em especial faz-se importante o trabalho de complementação da fisioterapia, pois a cintura escapular é muito requisitada nas atividades diárias, lembrando que o ombro é a articulação do corpo que contempla diversificados movimentos e angulação máxima de 360º. De todas as articulações, talvez seja a que mais necessite de um trabalho cinesioterápico com alongamentos e fortalecimentos específicos como recurso para estabilizar resultados analgésicos, independente da técnica de alívio de dor que seja utilizada. 31 FIBROMIALGIA Do total de estudos revisados e analisados que se utilizaram da auriculoterapia com objetivos analgésicos, perfazem 7% os que abordaram pacientes fibromiálgicos. Apesar de não ser grande este percentual de trabalhos com auriculoterapia é crescente o número de pacientes que vem procurando os consultórios para tratamentos com recursos das práticas integrativas e complementares, entre elas a acupuntura e auriculoterapia. A Sociedade Brasileira de Reumatologia dente a fibromialgia como uma síndrome clinica dolorosa, que atinge os músculos, podendo apresentar também fadiga, ansiedade, depressão entre outros sintomas associados. Nos levantamentos realizados constatou-se uma eficácia média dos estudos de 48% de melhora analgésica nos voluntários com fibromialgia, tratados com auriculoterapia, sendo que a metodologia EVA foi a mais utilizada aparecendo em 67% dos estudos. Pela experiência clínica e estes resultados, acredita-se que o efeito analgésico da técnica de auriculoterapia isolada não teve melhoras percentuais mais altas em virtude dos aspectos emocionais envolvidos nesta síndrome dolorosa, em especial a depressão. Esta constatação vem de encontro aos estudos de Neto et al. (2012) que utilizaram a acupuntura auricular com acupuntura sistêmica, porém utilizando a forma de avaliação pelos questionários de McGill e do SF 36 de qualidade de vida, que consideram aspectos emocionais. Observou-se no estudo de Zorzi (2008) um resultado superior no efeito analgésico com 100% de alívio na dor. Porém, este autor associou acupuntura auricular com o uso de agulhas semipermanentes e acupuntura sistêmica. 32 Entende-se que alguns aspectos, como a depressão em específico, além da origem energética do desequilíbrio envolvido no paciente fibromiálgico, necessitem de um complemento energético/terapêutico encontrado da acupuntura sistêmica. Quanto à amostragem da população dos estudos esteve entre 3 a 7 voluntários, o que é relativamente pouco se caracterizando, portanto, como estudos de casos clínicos. Recomenda-se pesquisas com uma população maior, com grupo controle, metodologia de avaliação tipo duplo cego, haja visto ter atualmente um grande contingente e centros de estudos dedicados ao tratamento de fibromialgia. DISMENORREIA Os estudos que tiveram por propósito de tratamento a dismenorreia representam 7% do total de estudos revisados. A dismenorreia é o nome formal dos sintomas conhecido popularmente por cólica menstrual. Pode ser primária onde a dor é um sintoma isolado, produzido pela contratilidade sofrida do músculo liso do útero ou secundária, sendo consequente ou decorrente de uma alteração patológica já instalada, tais como cistos, miomas, endometriose, entre outras. Acredita-se que a demanda pouco expressiva de pesquisas envolvendo o tratamento da dismenorreia seja decorrente da necessidade de acompanhar a voluntária por um período mais longo de tempo, pois a dor aparece quando a menstruação acontece. 33 Há com muita frequência abandonos de tratamento, pois algumas pacientes entre crises esquecem do sofrimento e das dores que passaram quando as cólicas acontecem. O resultado, contudo, é satisfatório, onde se encontrou uma eficácia média de 81% de melhora no alívio da dor, sendo a metodologia EVA utilizada em 67% dos estudos. No estudo de Capóia & Silvério- Lopes (2010), a metodologia utilizada foi a escala de Bonica para dor, com eficácia obtida de 80% e redução no uso de analgésicos. Somente um trabalho envolveu mais voluntárias, sendo uma população de 10 mulheres e de natureza comparativa entre acupuntura auricular com agulhas semipermanentes e de quiroacupuntura, sendo que não houve diferença significativa entre os tratamentos. INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE PONTOS ANALGÉSICOS NA AURICULOTERAPIA É observada na literatura de auriculoterapia a carência de justificativas na indicação de pontos para determinada patologia e/ou sintomas. Razão pela qual antes de recomendar-se a seleção dos pontos a seguir, buscou-se justificar seus efeitos analgésicos, à luz do que atualmente se tem de conhecimento. Shen men: Este ponto é também conhecido como “porta do espírito ou da mente", entenda-se mente como sistema nervoso central (SNC). Portanto quando estimulado abre uma condução de subsequentes estímulos neuroquímicos capazes de liberar substâncias analgésicas. Como citado anteriormente ele é um dos poucos consensos na localização e recomendação dos diferentes autores. Souza (2012) desde sua primeira edição inclui o shen 34 men, o ponto do rim e simpático em uma combinação de pontos denominados por ele de auriculocibernéticos,que seriam obrigatórios, em todas as sessões e todos os pacientes, listando outras justificativas em sua obra, de tão importantes pontos. Rim: O ponto do rim, é o segundo ponto obrigatório conforme os que seguem a ideia auriculocibernética de Souza (2012). Entende-se que seu efeito analgésico pode estar relacionado a ativação de retiradas de toxinas, redução de linfedemas e aumento da capacidade de oxigenação dos tecidos. É preciso lembrar ainda que rim rege os ossos e melhora a vitalidade ou energia (qi), conforme suas funções na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), onde a acupuntura é seu principal representante. Recomenda-se este ponto, no caso em específico de dores por linfedema, cefaleias pré-menstruais, dores de origem articulares ou ósseas. Simpático (SNS): Este ponto é terceiro ponto obrigatório conforme os que seguem a ideia auriculocibernética de Souza (2012). Tenha-se como ponto de partida que o simpático é uma parte do sistema nervoso autônomo ou vegetativo (SNV), responsável entre outras coisas pela resposta ao estresse, em situações de luta, fuga, discussões entre outras. Recomenda-se este ponto como analgésico em especial nas dores de origem visceral tais como espasmos ou cólicas intestinais, biliares, renais, menstruais e dores de estômago. Além disso, auxilia nas taquicardias, hipersudorese e dispneias de fundo nervoso (é broncodilatador) que muitas vezes acompanha as dores viscerais agudas. Analgesia: Com esta denominação e localização só aparece na obra de Souza (2012). É um ponto auricular de fácil localização, bem tolerável e de boa fixação de agulhas/sementes e esparadrapos. Localiza-se no centro da concha superior com inserção de agulhas a 90º com a pele e o assoalho anatômico da orelha. Este ponto recomenda-se em especial para as dores de cabeça de uma maneira geral. Também para dores que acometem sistema músculo esquelético com origem entre outras, de alterações óssea, articular, ligamentar, traumáticas, pós-operatória e tensional. Apesar da experiência clínica do uso e recomendação deste ponto para o alívio de dores, sugere-se um estudo comparativo para a avaliação da eficácia isolada deste ponto, e/ou pesquisas quantitativas de avaliação de liberação de opioides endógenos analgésicos. 35 Adrenal (ADR): A glândula adrenal ou suprarrenal que deu origem ao nome deste acuponto, localiza-se anatomicamente no corpo humano acima do rim. Recomenda-se este ponto como analgésico nos casos de dores provindas de processos infamatórios crônicos (LER/DORT, bursites, tendinites, sinusites, condromalácia patelar, fascite plantar, etc.) bem como em dores músculo esqueléticas igualmente crônicas com origem em osteoartroses ou com degeneração por outra causa (lombalgia, cervicalgia, esporão de calcâneo, etc.). A justificativa da recomendação do ponto adrenal no pavilhão auricular, decorre do fato de haver correspondência dos efeitos fisiológicos desta glândula, que libera corticosteroides (cortisol) que tem efeitos anti-inflamatórios e catecolaminas (adrenalina) em situação de estresse. Este ponto igualmente possui efeito anti-hipertensivo e diurético pela liberação do hormônio aldosterona. O efeito diurético pode ser importante nas dores por linfedemas, cefaleia pré-menstrual e pós-operatórios. Subcórtex: O ponto auricular Subcórtex recomenda-se como analgésico por sua correspondente importância anatômico-fisiológica. A região conhecida como subcortical ou Subcórtex, como o próprio nome designa, está abaixo do córtex cerebral. Esta região é composta por 8 estruturas anatômicas, dentre as quais estão o tálamo e hipotálamo, importantes centros de circulação da informação dolorosa no SNC. De maneira geral o Subcórtex está envolto em resposta fisiológica ao estresse, inclui-se aí as reações de dor e prazer. Este ponto auricular é recomendado para dores em especifico de natureza aguda, traumática e/ou pós-cirúrgica, acompanhada ou não de inflamação, sendo alguns exemplos: bursites, tendinites, dores pós extrações dentárias, cirurgias, fraturas, lesões ortopédicas. Relaxamento muscular: Este ponto não aparece na literatura como ponto analgésico, senão de maneira indireta, através do relaxamento de musculaturas tensionadas. No caso deste capítulo, recomenda-se este ponto como analgésico sempre que houver dores nos seguimentos corporais (membros inferiores, superiores), cabeça/pescoço, decorrentes de contraturas musculares, tensões, torcicolos, cãibras, alterações biomecânicas, posturais e de marcha. A sugestão _e nos casos de grandes grupos musculares, tais como nas lombociatalgias, cervicobraquialgias. O efeito do relaxamento é sistêmico, 36 não justificando utilizar este ponto em dores localizadas e/ou que acometem pequenas articulações (punho, artelhos, tornozelo, cotovelo, joelho). Recomenda-se, portanto, os seguintes pontos analgésicos: shen men, rim, simpático, analgesia, adrenal, Subcórtex e relaxamento muscular. Até a data do fechamento desta edição, os pontos tálamo e hipotálamo do mapeamento auricular estão sob avaliação de pesquisas (Lacerda & Silvério-Lopes, 2010), mostrando resultados promissores. A Figura 5 ilustra os pontos auriculares recomendados neste capítulo. A auriculoterapia é uma técnica com eficácia analgésica comprovada, mais pelo seu uso clínico do que propriamente por pesquisas, desenvolvidas. Essa falta de uniformidade da terminologia utilizada dificulta o avanço consistente da técnica nos meios científicos, pois há dificuldade de reprodução dos experimentos, bem como seu seguro uso clínico. Para o estudante que inicia seus estudos na auriculoterapia estas diferenças são agravantes. É importante que os professores que se dispõe a ensinar esta técnica tomem consciência desta dificuldade. Entende-se que o caminho de um possível ideal de padronização, passe por melhorar o nível de qualidade das pesquisas com auriculoterapia, que poderiam sustentar a eficácia das indicações clinicas e aceitação da uniformidade. 37 MÉTODO DE TRATAMENTO EM AURICULOTERAPIA O pavilhão auricular possui uma inervação abundante e quando estimulado desencadeia uma série de reflexos que provocam reações de natureza terapêutica. O estímulo realizado num determinado ponto ou área reflexa atua sobre área correspondente no organismo. Como vimos anteriormente, a relação do pavilhão auricular como um microssistema e a relação com o organismo como um todo faz da auriculoterapia um recurso terapêutico eficaz para tratar diversas enfermidades. O método de tratamento de colocação de sementes na auriculoterapia é um processo simples e um dos mais difundido. Ele consiste na seleção de materiais esféricos de superfície lisa, que realizam pressão sobre os pontos auriculares. O importante é que tenha uma superfície polida e a forma mais redonda possível. A semente mais utilizada é a de mostarda. Vantagens do tratamento utilizando sementes: o Método não invasivo; o Baixo risco de infecção; o Maior área de abrangência dos pontos; o Manipulação simples; o Maior número de pontos tratados; o Melhor aceitação dos pacientes; o O paciente pode retirar a aplicação em casa; o Os efeitos da aplicação podem durar até 7 dias. Princípios de seleção dos pontos para auriculoterapia A seleção dos pontos de auriculoterapia deverá ser criteriosa de acordo com os problemas de saúde apresentados pelo paciente e os objetivos terapêuticos do profissional. No caso de um tratamento para apenas uma queixa, poderá ser escolhido um ou dois pontos reflexos, mas se o paciente apresentar diversas queixas, pode-se selecionar em média de 8 até 10 pontos auriculares, sempre priorizando a queixa principal. No caso da auriculoterapia reflexa a seleção dos pontos será de acordo com a localização anatômica da respectiva parte do corpo (órgão interno,músculo, articulação, entre outras estruturas). 38 39 Antes de selecionar os pontos é importante observar as áreas mais sensíveis e doloridas à palpação, considerando ainda a expressão facial e verbal do paciente. Os pontos ou áreas auriculares de maior efeito sobre os distúrbios serão os pontos que apresentam alterações (sensibilidade à palpação ou alterações na coloração, na morfologia ou vascular), sendo então selecionados para um início de tratamento. Cabe ressaltar que no conjunto ‘avaliação + anamnese’ associam-se pontos com ações reflexas de forma combinada a outros pontos que irão auxiliar e potencializar o tratamento. Por exemplo, o ponto articulação do quadril para dor (ponto reflexo) e o ponto Shen Men que acalma e alivia a dor. Outro aspecto importante se refere à lateralidade. Não há uma regra específica e fechada em relação à seleção dos pontos. De forma geral, na utilização da auriculoterapia reflexa se aplicam pontos no pavilhão auricular do lado afetado em tratamentos relacionados às enfermidades osteomusculares. Como por exemplo, dor no ombro direito aplica-se o ponto ombro no pavilhão auricular direito. Outros pontos a serem utilizados como de ação específica ou de um determinado sistema, como regra geral tornam-se ativos em ambos os lados ou no lado dominante, aplicam-se pontos no pavilhão auricular direito para uma pessoa destra e aplicam-se pontos no pavilhão auricular esquerdo para uma pessoa canhota. Ao utilizar pontos principalmente na região da cimba da concha e cavidade da concha e fossa triangular, segue-se a regra da utilização dos pontos no lado dominante da pessoa. A auriculoterapia como terapêutica gera e propicia um equilíbrio, um efeito homeostático. Portanto, o mesmo ponto pode ser utilizado em diversos casos. Por exemplo, o ponto Intestino Grosso pode ser usado para tratar tanto constipação como a diarreia. Na utilização da técnica de auriculoterapia na Atenção Básica a seleção de pontos consiste num processo simples: 40 A auriculoterapia consiste em uma técnica terapêutica que complementa no tratamento de diversos distúrbios auxiliando o profissional de saúde na unidade básica. Você pode aprofundar os pontos subdividindo por sistemas (respiratório, urogenital, muscolesquelético, entre outros). É uma forma de aprofundar e auxiliar na seleção dos pontos para iniciar um tratamento. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DA AURICULOTERAPIA 41 o Placa de Auriculoterapia (plástica - para serem preparadas com as sementes facilitando na aplicação dos pontos auriculares); o Estilete (usado na preparação das placas de auriculoterapia); o Álcool 70º; o Algodão; o Sementes de mostarda (comestível); o Fita microporosa (preferência bege); o Pinça anatômica pequena serrilhada; o Apalpador de auriculoterapia; o Mapa dos pontos auriculares. Técnica de Aplicação – Passo-a-Passo: • Preparar a placa de auriculoterapia com as sementes e fita microporosa; • Explicar sobre o procedimento e cuidados; • Realizar uma entrevista e anamnese; • Realizar a inspeção do pavilhão auricular do paciente; • Realizar a palpação do pavilhão auricular utilizando o apalpador, identificando os pontos sensíveis no paciente; • Seleção dos pontos para aplicação; • Higienizar os pavilhões auriculares com algodão embebido em álcool 70°; • Aplicar as sementes nos pontos selecionados; • Aplicar em ambas orelhas ou utilizando o critério da lateralidade; • Tratamento semanal; com ciclo de 5 a 10 sessões; • Agendar retorno em 7 dias para avaliação e próxima aplicação. 42 MATERIAIS UTILIZADOS PARA TRATAMENTO • Agulhas filiformes – agulhas em forma de antena com cabo diferenciado de aço ou cobre. Proporcionam ação intensa sobre os pontos auriculares, porém não prolongada. • Agulhas semipermanentes – agulhas em forma de tachinhas que ficam na orelha por tempo variável, em média 5 dias. Possuem ação menos intensa que as anteriores, porém contínua. Não são reaproveitáveis. Possuem diversos tamanhos; o uso vai depender da ação desejada, tonificação, sedação ou harmonização. Tonificação 1,5mm. Harmonização 1,8mm. Sedação 2,0mm. Existe ainda de tamanhos menores ou maiores, mas a regra geral é: as maiores de 1,8mm sedam e as menores tonificam. • Agulhas Akabani – são agulhas descartáveis com 5,0mm de comprimento e são inseridas horizontalmente na orelha a fim de estimular vários pontos com uma só agulha e de uma só vez. Permanecem no pavilhão auricular pelo mesmo tempo anterior, as semipermanentes. • Sementes de mostarda – são utilizadas no lugar das agulhas semipermanentes, permanecendo nas orelhas pelo mesmo tempo que as anteriores. É importante salientar que esse material precisa ser estimulado para que haja efeito terapêutico. • Cristais de quartzo – utilizados no tratamento de dores crônicas. Precisam de estímulo manual. • Esferas de aço – permanecem na orelha, podem ou não ser reutilizadas, sua função é a harmonização do ponto auricular. • Esferas de prata – permanecem na orelha, podem ou não ser reutilizadas, sua função é a sedação do ponto auricular. • Esferas de ouro – permanecem na orelha, podem ou não ser utilizadas, sua função é a tonificação do ponto auricular. Obs.: todas as esferas aqui citadas precisam de estímulo manual para que se produza efeito terapêutico. • Fita micropore – para fixação das agulhas semipermanentes, sementes ou esferas. Material com boa aderência, resistente a água e permite boa ventilação no local. • Placa de acrílico – quando as sementes ou as agulhas não vêm acompanhadas de micropore, ela pode ser utilizada, pois permite de uma 43 maneira mais prática o corte do esparadrapo bem como a fixação das esferas ou sementes de mostarda. INDICAÇÕES Podemos utilizar a auriculoterapia como método de tratamento para todos os problemas físicos e psíquicos, abrangendo uma vasta relação de tratamentos. Tendo sempre como fundamento o reflexo direto sobre o cérebro e, através deste, sobre todo o nosso organismo. Podendo ser associado ou não a outro tipo de tratamento. Além de alcançarmos com essa técnica efeitos curativos imediatos, podemos ainda realizar tratamentos preventivos. Aplica-se principalmente em todos os distúrbios do sistema músculo- esquelético, cólicas e dores menstruais, constipação, dores relacionadas ao sistema nervoso, problemas respiratórios e dermatológicos. Podemos aplicar em pacientes de qualquer idade, recém nascidos, crianças, adultos e idosos. Não existem contra-indicações, mas sim, fenômenos adversos ou de rejeição. Rejeição a dor, excesso de sensibilidade, náuseas, sudorese e inflamação do ponto. As reações adversas podem apresentar-se de três maneiras diferentes: - Nível Leve: no momento em que se está fazendo a aplicação, o paciente refere tontura, visão turva, incômodo no peito, mas com respiração e pressão normal; - Nível Médio: o paciente sente palpitações difíceis de controlar, desejos de vomitar e suor frio nas extremidades; - Nível Severo: o paciente desmaia de maneira súbita; Em todos os casos, retiramos as agulhas, deixamos o paciente deitado o mais confortavelmente possível, afrouxam-se as roupas e espera o tempo necessário para que o paciente volte à normalidade. A auriculoterapia é realizada uma vez por semana. Cada atendimento dura aproximadamente 40 minutos. Após selecionar os pontos relacionados à patologia, aplica-se as agulhas no pavilhão auricular deixando-as de 20 a 30 minutos, após isso, coloca-se as sementes de mostarda nos mesmos pontos e o paciente permanece com elas até caírem ou por no máximo até 7 dias. 44 TRATAMENTO AURICULAR As orelhas têm sido utilizadas para tratar doenças na China por mais de 2000 anos. Com base na teoria do "Embrião invertida", as orelhasrefletem a condição do corpo humano. Pontos auriculares são os locais específicos que correspondem a uma parte do corpo. Ao estimular os pontos auriculares, podemos tratar a desarmonia da sua parte correspondente(s). Há 16 importantes métodos de tratamento auriculares que têm sido desenvolvidos, com a Terapia Auricular com agulhas filiformes, Eletro-Acupuntura Auricular, Terapia Auricular com sementes, Massagem Auricular e sangria auricular são os mais comumente usados em Medicina Auricular, por causa da sua simplicidade e eficiência. (Dr. Marcelo Milanda) Usa três métodos básicos: Sementes duplas, Sangria e Massagem. O sucesso para o tratamento depende do correto diagnóstico, seleção correta de pontos, exata localização dos pontos e sentido correto das sementes. Podendo ser utilizados até 11 pontos com sementes. (Tânia Mara Monteiro Rocha e Souza) Através da informação obtida pelos métodos de observação, palpação, exploração elétrica, combinado com a história da enfermidade e os princípios da fisiopatologia, tanto ocidental como, tradicional, pode-se elaborar um diagnóstico e aplicar uma terapêutica adequada de acordo com a Diferenciação de Síndromes. (Huang Li Chun) TERAPIA AURICULAR COM SEMENTES É o método mais simples utilizado na auriculoterapia, mas sem dúvidas, muito eficaz e bem aceito pelos pacientes, além de não ter altos custos ao terapeuta. Isto também é referido como o método da "semente de pressão". Refere- se à aplicação de uma semente, dura e lisa, uma esfera de metal ou um ponto magnético, em um ponto auricular selecionado, e pressionando-o de forma adequada, para estimular o ponto, no tratamento de várias doenças. São os métodos de tratamento mais populares em desenvolvimento nos últimos 25 anos. A terapia auricular das sementes foi desenvolvida através da Terapia 45 Auricular com agulhas filiformes e Terapia Auricular com agulhas semipermanentes. A inserção de agulhas é muito eficaz, porém pode produzir um pouco de desconforto, o que afugenta muitos pacientes. O tratamento auricular com sementes ou esferas, por outro lado, é seguro e indolor. O paciente pode até mesmo estimular constantemente ele mesmo, pressionando as sementes associadas aos pontos de acupuntura. Este método é muito indicado para crianças, ou aqueles outros que têm medo da dor, ou que não pode receber tratamento diário. Através de registros de prática clínica, foi confirmado que terapia auricular de sementes é mais aceitável pelos doentes e pode atingir os efeitos terapêuticos satisfatórios. (Dr. Marcelo Milanda) Também inicialmente realiza-se a exploração dos pontos dolorosos, marcando os pontos auriculares a serem tratados. Realiza-se normalmente a assepsia do pavilhão auricular e procede-se com a aplicação das sementes com o auxílio de uma pinça. Essas sementes vêem em placas especiais onde cada semente possui um pedacinho de esparadrapo o qual irá ajudar na fixação das mesmas na aurícula. O paciente permanece com as sementes por até 7 dias, devendo estimular esses pontos diariamente, várias vezes ao dia. MASSAGEM AURICULAR TERAPÊUTICA A Massagem é um método externo de prevenção e tratamento de várias doenças, por prensagem, esfregando, amassando, torção, prensagem digital, entre outras formas. É fácil e simples. Ao massagear o pavilhão auricular corretamente, pode ajudar a tratar e prevenir doenças. Existem dois métodos de massagem auriculares comumente utilizados: automassagem auricular e massagem auricular de ponto. (Dr. Marcelo Milanda) Automassagem auricular é realizada pressionando, esfregando, levantando, ou amassando áreas específicas da orelha. Automassagem auricular pode ser indolor e pode ser aplicado extensivamente e instantaneamente como um tratamento acessório, especialmente no tratamento de dor de cabeça, neurastenia e hipertensão. (Dr. Marcelo Milanda) 46 Massagem persistente da orelha de manhã e à noite pode alcançar excelentes efeitos sobre a saúde, tais como a promoção da circulação de Qi e sangue nos canais, drenagem dos canais colaterais, que regula as funções dos órgãos internos, fortalecerem o Baço, reposição do Qi, tonificar os Rins, e melhorar a audição. Este método também é chamado de "Reforço da muralha da cidade." (Dr. Marcelo Milanda) A Massagem Auricular de Ponto, também conhecida como "Massagem intensiva de Ponto Auricular", consiste na pressão do ponto de tratamento que está relacionado. Com a doença, através de um apalpador ou outro objeto de ponta romba. Ponto de prensagem é indicado para aliviar a dor, prevenir doenças e preservar a saúde. (Dr. Marcelo Milanda) Através das massagens auriculares pode-se realizar tratamento dos pontos, de placas ou tratamento global. Os instrumentos utilizados podem ser os dedos, bastão de vidro, a extremidade com borracha de um lápis, ou brunidor de ouro com cabeça de ágata polida. O tratamento global do pavilhão equivale a um verdadeiro tratamento do estado geral. Trata-se o terreno do paciente de forma eletiva sobre seus componentes neurovegetativos. (Wu Tou Kwang) SANGRIA AURICULAR Este é um método de tratamento de doença por punção do ponto auricular com uma agulha auricular filiforme, com uma agulha intradérmica ou uma lanceta. Este método é indicado para tratar a febre alta e convulsões devido à febre, dor devido à estagnação do sangue, cefaleias, tonturas e vertigem devido à hiperatividade do yang do fígado, inchaço e dor de conjuntiva, constipação, 47 dermatose devido ao calor excessivo dos pulmões e intestino grosso. (GARCIA, 2003) Sangria Auricular é extremamente eficiente na drenagem dos canais, promovendo a circulação sanguínea, eliminando a estagnação do sangue, tranquilizando a mente, retirando calor e aliviando a inflamação e a dor. Assim, o tratamento auricular é muito diferente da acupuntura porque não penetra no corpo e é, basicamente, indolor. Quando as sementes permanecem na orelha durante cerca de uma semana, os pacientes podem tratar-se, e resultados melhores podem ser obtidos. (Dr. Marcelo Milanda) Deve-se realizar-se, primeiramente, uma massagem no pavilhão da orelha para facilitar a irrigação sanguínea. Posteriormente, se limpa minuciosamente a área onde se vai realizar a sangria. A manobra de puntura deve ser executada com rapidez e agilidade, fazendo penetrar a agulha a uma profundidade de 1 a 3mm, no ponto auricular selecionado. Cada vez que se faz sangria, podem-se extrair de 3 a 5 gotas. A sangria habitualmente não deve ser demasiado abundante, exceto nos casos de hipertensão, febre alta, cefaleia, tonturas. (Ernesto G. Garcia) TRATAMENTO COM AGULHAS FILIFORMES Desde as primeiras aplicações de auriculoterapia na China, sempre foi recomendado o uso de agulhas filiformes nos pontos auriculares. O tamanho da agulha pode ser variável, variando no comprimento, e variando no calibre, podendo ser de 26, 28, 30 ou 32 mm. Todas as agulhas possuem cabo e ponta como as agulhas usadas na acupuntura sistêmica. As agulhas faciais são as melhores para aplicação no pavilhão auricular. Devemos sempre garantir que as agulhas estejam esterilizadas, para que não haja o risco de contaminação ou infecção. Primeiramente iniciamos a observação e palpação dos pontos a fim de determinar quais os pontos auriculares que iremos aplicar a puntura. Passamos ao processo de assepsia do pavilhão auricular com álcool 70%, também para evitarmos as reações inflamatórias e infecções. 48 Essa assepsia é feita com algodão embebido em álcool 70% realizando de dentro para fora, de cima para baixo e da parte da frente para trás. Assim, estaremos prontos a realizar a inserção das agulhas. A inserção da agulha pode variar. Podemos inserir a agulha rodando-a, realizando movimentos de rotação rápidos, harmônicos e contínuos. Outro método,podemos estabilizar a orelha do paciente com uma das mãos e com a outra mão aproximamos a ponta da agulha até o ponto selecionado, procedendo a introdução da agulha em um só movimento rápido e seguro. A profundidade da puntura deve levar em consideração a espessura do pavilhão auricular que varia de indivíduo para indivíduo. Normalmente aplica-se a agulha numa profundidade de 2 ou 3mm. É necessário que a agulha chegue até a cartilagem, aderindo-se firmemente sem balanceios ou movimentos. Nunca se deve aplicar uma agulha que atravesse o pavilhão auricular como um todo. Devemos realizar a puntura nos pontos localizados na concha cimba, concha cava e fossa triangular, sempre na inclinação de 90 graus. Nos pontos localizados na fossa escafóide na anti-hélix e no lóbulo devemos aplicar a agulha a uma inclinação de 15 graus. Já nos pontos do trago, supratrago, intertrago, antítrago, hélix, cruz superior e inferior aplicamos a agulha a 45 graus. Para retirarmos a agulha, devemos fixar bem o pavilhão auricular com uma das mãos, e com a outra mão retira-se a agulha. Retiramos segurando pelo cabo, com rapidez, em um movimento único para que cause o mínimo de dor ao paciente. 49 PORCENTAGEM DE EFICÁCIA DE AURICULOTERAPIA EM DETERMINADAS CONDIÇÕES Levantamento feito pela: Auriculotherapy International Research and Training Center 50 PROTOCOLOS AVANÇADOS DE TRATAMENTO GASTRITE É a irritação da mucosa gástrica, que na clínica pode-se manifestar por dor epigástrica com sensação de opressão e distensão do estômago. É uma inflamação do revestimento do estômago causada por uma variedade de fatores. As causas podem ser infecção, lesão, uso regular de anti- inflamatórios não-esteroides (AINEs) e consumo excessivo de álcool. Os sintomas incluem dor na parte superior da barriga, náuseas e vômitos. Às vezes, não há sintomas. O tratamento depende da causa. Antibióticos e antiácidos podem ajudar. Existem diferentes tipos de gastrite, relacionados às causas da gastrite. A gastrite nervosa acontece geralmente após a pessoa passar por longos períodos de estresse e ansiedade, que aumentam a quantidade de produção de suco gástrico e podem acabar destruindo parte da mucosa do estômago, o que causa a gastrite. Existe também a gastrite causada por uma infecção da bactéria H.pylori, que também enfraquece a mucosa intestinal, causando os sintomas de gastrite. Pontos utilizados no tratamento: - Shen Men, Rim, Simpático, Estômago, Sub-Córtex e Baço; 51 ÚLCERA GÁSTRICA É uma perda significativa de tecido que alcança as capas mucosa, submucosa e muscular, e se forma nas partes do tubo digestivo expostas a ação do suco gástrico. Pode ser ocasionada por jejum prolongado, estímulo nervoso excessivo e mudanças nutricionais. Sintomas Dor abdominal alta, em forma de pontada, geralmente piora ao comer ou ao beber; Dor em forma de queimação na “boca do estômago”; Enjoo; Náuseas; Vômitos; Sangramentos na parede do estômago, o que pode causar piora das náuseas e vômitos com sangue ou sinais de sangue nas fezes. Geralmente, a presença de uma úlcera não é uma situação grave, devendo ser tratada com medicamentos bloqueadores de ácidos, esses por sua vez inibem a produção de ácido no estomago e evitam que o suco gástrico presente no estômago torne a ferida ainda maior. Pontos utilizados no tratamento: Shen Men, Rim, Simpático, Fígado, Duodeno, Estômago, Baço e Sub- Córtex. 52 CONSTIPAÇÃO É o atraso da evacuação intestinal. Num indivíduo normal a deposição é de uma vez a cada 24 horas. Assim, a melhor definição para constipação seria a decomposição difícil, com fezes duras e secas, uma vez, a cada vários dias. SINTOMAS: O sintoma mais importante é a falta regular de evacuação. O ser humano saudável evacua pelo menos uma vez por dia, podendo ficar até um dia ou outro sem, passando disso, já é um sinal de constipação intestinal. É possível que a pessoa evacue todos os dias e ainda assim tenha o transtorno, porém, é considerado constipação intestinal, se a pessoa evacua menos de 3 vezes por semana. Os principais sintomas de quem sofre com a prisão de ventre são fezes ressecadas e endurecidas, muito esforço para evacuar, sensação de inchaço e dor no abdome, evacuação incompleta, gazes, irritabilidade e distúrbios digestivos. Pontos utilizados no tratamento: - Shen Men, Rim, Simpático, Abômen, Pulmão, Sub-Córtex, Baço, San Jiao, Intestino Grosso, e Constipação. 53 DIARRÉIAS A diarreia é um sintoma que pode ser causado por várias doenças diferentes. A criança é considerada com diarreia quando há aumento no número de vezes por dia em que elimina as fezes, as quais apresentam consistência amolecida ou líquida. As diarreias podem ser classificadas em dois tipos: diarreia aguda, quando a duração é menos do que 14 dias, e diarreia crônica, quando a duração é maior do que 14 dias. A diarreia aguda geralmente é de causa infecciosa (gastroenterite aguda), sendo de maior risco de causar a desidratação, situação perigosa, que sempre exige atendimento de emergência. Quando demora vários dias pode provocar perda de peso maior e desnutrição. A diarreia crônica possui muitas causas diferentes. Quando provoca má absorção intestinal, as consequências temidas são a desnutrição, parada de crescimento, anemia e outras deficiências. Pontos utilizados no tratamento: - Shen Men, Simpático, Reto, Intestino Grosso, Baço, Endócrino e Occipital; 54 NÁUSEAS E VÔMITOS São sintomas que aparecem com frequência na prática clínica. Acompanham inúmeras enfermidades, principalmente relacionadas ao sistema nervosos e ao sistema digestivo. A náusea é uma sensação desagradável de ânsia de vômito. As pessoas podem sentir tontura, desconforto abdominal indefinido e falta de apetite. O vômito trata-se da contração forçada do estômago que empurra o seu conteúdo pelo esôfago e para fora da boca. O vômito esvazia o estômago, contribuindo para que a pessoa com náuseas se sinta melhor, pelo menos temporariamente. O vômito não deve ser confundido com a regurgitação, que é a expulsão de conteúdo do estômago sem contrações abdominais forçadas ou náusea. O vômito — o material que é vomitado — geralmente reflete o que se comeu recentemente. Às vezes, ele contém fragmentos de alimentos. Quando se vomita sangue, o vômito geralmente é vermelho (hematêmese), porém, se o sangue tiver sido parcialmente digerido, o vômito se parece com borra de café. Quando há bile, o vômito é verde-amarelado e amargo. Pontos utilizados no tratamento: - Shen Men, Estômago, Simpático, Cárdia, Occipital e Sub-córtex; 55 BRONQUITE É a inflamação dos brônquios que, em geral, está relacionada a mucosa. Acontece por agressões de agentes infecciosos, principalmente vírus e bactérias, irritantes externos, físicos ou alérgicos. De forma geral, podemos destacar três tipos de bronquite: – Bronquite aguda: A bronquite aguda é um tipo de infecção temporária dos brônquios, que acontece, geralmente, de forma associada a alguma outra condição. É o caso de uma gripe que pode acabar evoluindo para uma bronquite aguda. Essas crises de bronquite aguda, podem durar de uma a duas semanas – Bronquite crônica: A bronquite crônica acontece quando um paciente apresenta crises de bronquite que podem acontecer por mais de três meses por ano, sempre com piora durante a manhã. Essas crises podem ter períodos de melhora, mas o paciente apresenta tudo com certa frequência. Entre os sintomas de bronquite crônica, incluem-se inchaços nos tornozelos, pernas e pés e essa condição também pode ser chamada de bronquite asmática – Bronquite alérgica: A bronquite alérgica é o tipo de inflamação dos brônquios que é desencadeada pelo contato
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