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Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br A 1ª Faculdade de São Paulo Especializada em Medicina Chinesa Apostila Acupuntura Japonesa Manaka Material elaborado pelo corpo docente da FTEBRAMEC Para os cursos da Escola Brasileira de Medicina Chinesa Direção Geral: Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho www.ebramec.edu.br http://www.ebramec.edu.br/ http://www.ebramec.com.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Introdução Yoshio Manaka (1911-1989) foi poeta, artista, professor, médico e terapeuta. Viveu sua vida inspirando- se por ideias inovadoras e invenções. No auge de sua vida, atingiu uma capacidade tão elevada de habilidades curativas que somente aqueles que investiram tantos anos em prática, pesquisa e estudo seriam capazes. Não perseguia prêmios e louvores, mas casos médicos intrincados e sem esperança. Não fazia questão de prêmios e fama e sim de inspirar e desafiar brilhantes jovens idealistas. Sua reinterpretação da medicina tradicional do Oriente em um modelo científico racional estabeleceu os fundamentos para uma nova visão sobre a acupuntura; o Sistema do Sinal X. Esse modelo explora e explica ambas as teorias tradicionais e modernas sem as desqualificar. Ele baseou todo e qualquer aspecto de seu modelo terapêutico em testes clínicos, observações e anos de bem sucedida prática tanto em sua própria clínica como por uma imensa rede de dedicados e bem preparados praticantes. Dr. Manaka acreditava que para a acupuntura ser aceita no Ocidente seria necessário explicar a complexidade do assunto e ao mesmo tempo fazer a interligação entre a tradição Oriental e os paradigmas científicos do Ocidente. O sistema criado pelo Dr. Manaka é comprovado e prático, e é baseado em testes e observações que qualquer praticante poderá verificar por si mesmo. É um convite não somente a uma nova e dinâmica maneira de enxergar a acupuntura como também a levar sua prática clínica a um patamar mais elevado. “Não podemos ser tão ricos a ponto de distribuirmos dinheiro suficiente a todas as pessoas. Porém, podemos ser suficientemente sábios enriquecendo o conhecimento das pessoas com nossa própria devoção mental”. Yoshio Manaka, 1987 Acupuntura Japonesa A acupuntura no Japão, ao contrário do continente chinês, é uma forma alternativa de terapia, fora do sistema popular de saúde nacional. Na China, a acupuntura esteve intimamente aliada à Medicina fitoterápica durante pelo menos mil anos. Também foi padronizada na segunda metade do século como parte integrante do estado, patrocinada pelo sistema médico. No Japão, a acupuntura desenvolveu-se separadamente da Medicina fitoterápica e se tornou intimamente associada à massagem, e, a partir de então, por séculos acupuntura e massagem foram de domínio exclusivo dos cegos. A maior diferença, hoje, entre a acupuntura no Japão e na China pode ser derivada das bases econômicas da prática de acupuntura. No Japão é uma especulação comercial, além de ser uma especialidade no cuidado de saúde, e os pacientes também são particulares. Os acupunturistas japoneses competem entre si por interesse pessoal em uma economia de mercado livre, em que os pacientes precisam pagar pelos serviços de acupuntura com seus próprios recursos. O número de japoneses que se tratam com acupuntura é muito menor que o número de chineses atendidos. A predileção antiga do japonês por incorporar ideias novas e diferentes, deu origem a inúmeras abordagens à acupuntura. Por essa razão, é impossível identificar um sistema ou abordagem que simbolize a acupuntura japonesa. Não obstante, há algumas características comuns. A primeira é uma ênfase forte na palpação. A maioria dos pacientes de acupuntura japonesa recebe um exame completo por meio de toque como parte necessária de seu tratamento. Outra característica é o uso de agulhas muito http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br delgadas que são inseridas com um mandril. Esse método facilita muito a inserção das agulhas sem dor. Os pacientes japoneses geralmente preferem um tratamento mais suave e tem aversão à sensação forte da agulha. Outra característica marcante é a utilização da aplicação de pequenos cones de moxabustão diretamente sobre a pele do paciente, sendo essa técnica suplementar amplamente difundida como a mais comum na acupuntura do Japão. O Sistema do Sinal X Foi observando a discrepância entre alguns dos efeitos imediatos da acupuntura e as ciências básicas da saúde que o Dr Yoshio Manaka propôs o estudo da acupuntura com base na informação e na teoria geral dos sistemas. Segundo sua teoria, as substâncias vitais traduziriam um conteúdo de informação carreada por um sinal ainda desconhecido, o Sinal X, pertencente a um sistema integrador filogeneticamente mais antigo que os sistemas nervoso, endócrino ou imunológico. Esse sistema mais antigo trabalharia com um nível energético muito discreto, ficando encoberto pelos outros sistemas mais modernos que trabalhariam com níveis de energia mais altos. Portanto, as ações desse sistema seriam difíceis de mensurar. Como não se manifestam pelas leis normalmente propostas pela biologia, seus efeitos biológicos e sua eficiência devem ser minuciosamente diferenciados dos efeitos do sistema anatômico-fisiológico. Isso é de fundamental importância porque muitos dos efeitos da acupuntura e da moxabustão resultam da atuação direta nesse sistema anatômico-fisiológico, mais especificamente, no sistema neurológico, o que acarreta o mascaramento do sistema do sinal. Graças a esse reconhecimento foram desenvolvidos por experimentação clínica, alguns agentes polares que produzem esse ínfimo estímulo de modo a estimular apenas o Sistema do Sinal X: os fios de bombeamento iônico, dispositivo de emissão de íons e os adsorvedores eletrostáticos. A estimulação das agulhas inseridas ativa tanto o sistema anatômico-fisiológico quanto o sistema do sinal produzindo uma gama imensa de respostas fisiológicas. Manifestações a respeito do Sistema do Sinal X: - Não se pode explicá-lo pela neurofisiologia, assim como perceber claramente seus efeitos no sistema nervoso devido à sua manifestação e manipulação clínica ocorrer por estímulos ou receber influências tão ínfimas. - Os agentes desta terapia e suas ações biológicas não podem ser explicados pela neurofisiologia. - A relação vertical como parte do sistema desse sinal (o sistema dos meridianos), pode ser utilizada com grande sucesso. - Se manifesta no e através dos pontos de acupuntura que se relacionam topológica, estrutural, funcional e biorritmicamente. - A teoria do Octaedro isto é, a teoria geral das relações entre estrutura e função, é um componente essencial do sistema do sinal. - Provê um bom modelo para explicar muitas teorias e conceitos clássicos de acupuntura. - Princípios da holografia parecem ter relação com a manifestação desse sinal. Podemos demonstrar que a estrutura, a simetria ou a assimetria do corpo é parte do sistema do sinal. É possível obter a germinação de um novo broto no membro simetricamente oposto de um tipo de salamandra pelo implante adequadamente efetuado, no lugar e momento exato de um broto em seu membro correspondente para que o desequilíbrio provocado pela assimetria adquirida retorne ao estado original. Podemos afirmar que um organismo tão simples quanto uma salamandra tem uma tendência latente de manter sua simetria. Existe também uma curiosa assimetria num caranguejo que é restabelecida quando alterada pelo corte de uma de suas pinças. Esse caranguejo originalmente tem uma pinçagrande e a outra pequena. Se a pinça http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br grande for cortada, a pequena se desenvolverá até se tornar idêntica a grande, porém no lado oposto. O membro decepado ressurgirá pequeno, invertendo-se assim, a assimetria. Figuras abaixo. Componente topológico do Sistema do Sinal X O Sistema do Sinal X também está relacionado às propriedades estruturais mais primitivas de nosso corpo. Assim, algumas funções e comportamentos do corpo estão intimamente relacionados à sua estrutura tridimensional e sua simetria. Exemplo: o corpo poderá ser descrito em porções tridimensionais – direito/esquerdo, superior/inferior, anterior/posterior – como num octaedro, que por sua vez afetará seu comportamento ou suas funções. Como exemplo pode-se observar o “reflexo da transpiração por pressão”, descoberto pelo professor Kentaro Takagi. Ele descobriu que se for aplicado uma pressão em um lado do corpo, até o nível dos mamilos, a transpiração ocorrerá apenas no lado oposto do corpo. A linha divisória situa-se exatamente no centro do corpo. Se por outro lado, a pressão for empregada no lado direito superior e no lado esquerdo inferior, ocorrerá transpiração no lado esquerdo superior e no direito inferior. Se a pressão for invertida, seus efeitos também o serão, com as linhas divisórias correspondendo exatamente às seções esquerda/direita e inferior/superior. Figura abaixo. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Similarmente, se for aplicada pressão nos dois lados da parte superior do corpo, a transpiração ocorrerá nas duas partes inferiores do corpo. Essa relação por quadrantes se apresenta tanto na parte anterior quanto na posterior e definitivamente inexplicáveis pela neurofisiologia. Por outro lado, parecem ser a manifestação de uma tendência à simetria octaédrica. Essa simetria octaédrica está oculta no corpo e se manifestará apenas em condições específicas. Essa simetria corporal foi proposta pelo Dr. Manaka como parte essencial da teoria da acupuntura, assim como do sistema do sinal. Resumidamente, a teoria geral do modelo octaédrico pode ser resumida conforme segue: anteriormente aos estágios atuais da evolução, os organismos não possuíam um sistema de informações tão completo como o atual. Esses organismos tinham um sistema de sinal primitivo, o sistema do sinal X, que foi incorporado como um rudimentar sistema biológico de informações. A efetividade da acupuntura mesmo pelo mais tênue dos estímulos pode ser explicada pela ativação desse sinal X. O sistema octaédrico é parte da ordem oculta. O sistema do sinal funciona de modo a acessar informações biológicas derivadas da estrutura e função de nossos primitivos ancestrais e das nossas primeiras etapas embriológicas. Essa ideia é essencialmente topológica. Ao aplicarmos os conceitos da topologia à biologia, seremos capazes de explicar mais detalhadamente o sistema do sinal e atrelar sua origem na evolução e na embriologia. Mais que isso, assumindo uma visão topológica completa de nosso corpo como um ponto de partida, nos permite compreender melhor as relações entre a estrutura e a função, desvios patológicos e variações da normalidade. Dessa forma, estaremos aptos a aplicar tratamentos simples e potentes, utilizando de uma ferramenta de diagnóstico bastante confiável. Utilizaremos uma definição simplificada de topologia: O estudo das propriedades retidas por um objeto atingido por deformações tais como: distensão, compressão, dobradura sem, no entanto, provocar ruptura ou colapso de sua estrutura. Imediatamente, como consequência, um corpo submetido à cirurgia ou mesmo com ferimentos que provoquem cicatrizes, terá seu fluxo normal de informações rompido. Isso ocorre não apenas por um “bloqueio energético”, mas por ser uma distorção ou interrupção do fluxo da informação associada às propriedades descritas pela topologia. Do momento da concepção ao momento da morte, o organismo se mantém com a mesma estrutura topológica, as mesmas propriedades morfológicas, apesar das numerosas transformações a que foi submetido ao longo dos anos. Portanto, os organismos certamente mantem propriedades que podem ou não estar manifestas em seus diversos estágios de desenvolvimento. Clinicamente poderemos traçar um http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br paralelo entre as primeiras divisões de um óvulo fertilizado com a linha divisória do lado esquerdo e direito do corpo, o eixo do Ren Mai/ Du Mai da teoria clássica, e a linha divisória da parte superior e inferior do corpo, o eixo do Dai Mai da teoria clássica. Assim, podemos perceber a possível raiz embriológica da teoria octaédrica na medida em que as porções esquerda/direita, superior/inferior foram delineadas nesse processo de desenvolvimento. A porção anterior/posterior se dará da mesma maneira. O corpo físico mantém as propriedades que eram ativas e importantes nas diversas etapas da embriogenia, muitas das quais em estado latente, aguardando o correto estímulo, circunstância ou oportunidade para se manifestar novamente. O modelo octaédrico do corpo e a sua relação com os Canais Extraordinários é de grande utilidade clinicamente. Permite-nos mapear as assimetrias da estrutura corporal de modo bastante claro. Alguns tipos de desequilíbrio do Yin e do Yang tendem a ser resultado dessa assimetria corpórea. A simples diferença entre o lado esquerdo e o direito em relação ao posicionamento dos órgãos de nosso corpo criam essas tendências assimétricas. O coração, baço e estômago estão situados a esquerda; o fígado e a vesícula biliar a direita; o pulmão direito contém três lobos, o esquerdo dois. Tensões musculares assimétricas se desenvolverão por distorções funcionais desses órgãos. Tanto as tensões por apalpação encontradas quanto o correto tratamento indicado deverão ocorrer predominantemente mais de um lado que do outro. Clinicamente se observa o seguinte: os tipos de padrão mais encontrados nessas reações assimétricas estão sempre relacionados ao modelo octaédrico. Tal qual a assimetria esquerda/direita, existe também a assimetria superior/inferior. Por exemplo: o ciclo menstrual. Como as mulheres perdem sangue todos os meses é de se supor que tenham mais problemas que os homens em relação ao Aquecedor Inferior. Algumas outras assimetrias ocorrem em nosso dia-a- dia por desenvolvermos maior sensibilidade com nossas mãos e dedos que com nossos pés e dedos. Essas assimetrias resultantes de hábitos simples de nossas vidas poderão ter grande repercussão em nossa saúde. Diversos tipos de terapias curativas, entre elas o Sotai, criada pelo Dr. Kenzo Hashimoto, foi desenvolvida pela observação das alterações funcionais e patológicas derivadas desse desequilíbrio http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br postural e estrutural. Por exemplo: déficit de atenção ou diminuição da sensibilidade de pés e dedos tem muito mais implicações que se pode supor. Durante o processo evolutivo nosso caminhar tem se tornado dependente de nossos pés e dedos; repetidos maus hábitos diários e desatenção em relação a sua correta posição, movimento e equilíbrio comprometem nossa estrutura corporal. Se não estivermos posicionando nossos pés e dedos de modo correto nossa postura e estrutura se tornarão gradativamente desequilibradas. Os oito Canais Extraordinários e o Modelo OctaédricoAssim como os doze canais principais, porém de modo mais simples e possivelmente num nível mais profundo, os oito canais extraordinários também tem a função de distribuir o Qi pelo corpo. Geralmente são vistos mais como reservatórios do que canais para o fluxo do Qi, daí encontrarmos conceitos como sendo o Ren Mai o “oceano do yin”, o Du Mai como “o oceano do yang”, o Chong Mai como o “oceano dos doze canais” e ainda, “oceano dos zangfu”, “oceano do sangue”. Portanto eles são vistos como tendo um papel secundário em relação aos doze canais principais no auxílio da distribuição do Qi. Também podemos auferir que onde houver cruzamento de trajetória dos canais principais com os canais extraordinários ocorrerá redistribuição do Qi. Por exemplo: ao se tratar BP4/PC6, o par Yin Wei Mai/Chong Mai todos os canais ao longo do trajeto do Chong Mai (BP,R, F e E) e aqueles ao longo do Yin Wei Mai (R, BP e VC) serão afetados, auxiliando a distribuição geral do Qi ao longo desses canais. Se examinarmos suas trajetórias e pontos, verificaremos que os CE contem pontos de acupuntura distribuídos uniformemente pelos doze canais principais ao longo das linhas limítrofes da estrutura octaédrica. Portanto, os canais extraordinários certamente afetam profunda e delicadamente a estrutura octaédrica e a regulação e distribuição do Qi. Anteriormente verificamos como o octaedro se relaciona com a teoria do Yin e do Yang e descrevemos as linhas divisórias esquerda/direita como sendo o Ren Mai em sua face anterior e o Du Mai na posterior. A linha que divide a parte superior da inferior é dada pelo Dai Mai. Propusemos que essas linhas divisórias foram geradas durante o desenvolvimento embriológico e que seriam mantidos como entidades energéticas; três canais extraordinários para a vida toda. Podemos supor que a linha divisória anterior/posterior também está relacionada aos canais extraordinários. No entanto, não nos é tão simples de constatar isso. Na parte Yang do corpo, sua superfície lateral, os canais do triplo aquecedor e da vesícula biliar separam as partes anterior e posterior do corpo. Na parte Yin do corpo, em sua superfície medial, os canais do baço-pâncreas e do pericárdio também separam as partes anterior e posterior do corpo. Em outras palavras, a estrutura octaédrica é fisicamente definida pelos percursos do Dai Mai ( linha que divide as partes superior/inferior), o Ren Mai /Du Mai (linha que divide as partes esquerda/direita) e os canais do TA/VB e BP/PC ( linha que divide as partes anterior/posterior). Podemos fazer o tratamento dos pontos dos canais extraordinários e reduzir as reações encontradas nessas oito áreas do corpo. Na medida em que essas reações se modificam, a estrutura corpórea se modifica, seu causadores também se modificam e esse procedimento acaba produzindo potentes efeitos terapêuticos. Um número pequeno de pontos produzindo um efeito intenso. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Finalmente e de modo teórico, é possível diagramar os doze Canais Principais e o Yin e Yang num esquema “quadrático” e visualizarmos a distribuição dos oito pontos dos Canais Extraordinários nessa relação. Fios de Ion Pumping – Fios de bombeamento iônico Dr Manaka foi diretor do Hospital que cuidava dos feridos da Segunda Guerra Mundial. Sem recursos disponíveis desenvolveu uma técnica para diminuir a dor dos pacientes queimados com a utilização de fios de cobre. Essa técnica consistia em ligar uma área doente a outra área sadia do mesmo paciente, de características semelhantes energeticamente. Áreas pertencentes ao mesmo meridiano. Dessa maneira, Dr Manaka inferia a possibilidade de transportar íons de um ponto ao outro aliviando com sucesso, os processos dolorosos. Na verdade, são os elétrons que estão sendo transferidos, não os íons, pois estes não poderiam ser conduzidos por um fio. Hoje esse fio consiste de um polo negativo (preto) e outro positivo (vermelho), contendo um diodo, de modo somente a permitir que a corrente vá do polo negativo para o positivo. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Pesquisa de mestrado desenvolvida na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) conseguiu avaliar alterações decorrentes de processos inflamatórios nos meridianos de 46 pacientes com dor crônica atendidos no Ambulatório de Ortopedia do Complexo Hospitalar Ouro Verde, em Campinas. Autor: Mauricio Argenton Sofiato. “Embora existam muitas críticas à acupuntura, porque são poucos os estudos comprovando a sua eficácia científica, essa técnica mostrou que realmente funciona, porque neste trabalho foi possível medir a diferença de potencial e ver a sua variação com o passar do tempo, durante a aplicação”. Por outro lado, o mestrando reconhece que “a associação com a melhora do paciente foi o ponto mais complicado de sua dissertação, devido à complexidade dos métodos de avaliação e mensuração da dor crônica”. O pesquisador conta que nessa técnica duas agulhas funcionam como eletrodos que permitem o “bombeamento” de elétrons através de um fio condutor, proporcionando o alívio da dor. Utilizando como complemento terapêutico apenas um diodo semicondutor, um fio elétrico e duas garrinhas foi possível medir de forma ágil e eficaz, a diferença de potencial entre dois eletrodos (agulhas de acupuntura) e perceber uma diminuição dessa diferença, ao mesmo tempo em que se verificava uma melhora clínica do paciente. As aplicações ocorreram semanalmente em cinco sessões. O ortopedista não sugeriu modificações na técnica. O que fez, e que acabou sendo inédito, foi medir a diferença de potencial. “Quando a agulha é colocada dentro de uma solução, ela assume as características de um eletrodo. Então, torna-se viável a medição da diferença de potencial em relação a duas substâncias diferentes”, explica. Da mesma forma, quando a agulha é introduzida na pele de um paciente, pode haver diferença de concentração de íons sódio e potássio. Essa variação de concentração gera uma diferença de potencial entre as regiões saudáveis e doentes pois quando se avalia um tecido lesado, ocorre um extravasamento do íon potássio de dentro da célula. É essa diferença que gera a possibilidade de conduzir eletricidade através do fio de Manaka. Ao ligar os dois lados que têm uma diferença de potencial, elétrons são conduzidos do lado que tem mais para o lado que tem menos. Eles correm pelo fio e vão diminuindo a diferença de potencial, que é captada por um sistema que foi criado para a investigação de Maurício. A aplicação desta técnica não excede dez minutos semanais. Depois, os pacientes são acompanhados. O sistema é composto de um amplificador diferencial com ganho 10 (de dez vezes o valor dele), que gera um sinal que pode ser captado em qualquer multímetro comum, comprado em uma loja de material elétrico. O que isso representa? Que houve uma variação de diferença de potencial com a aplicação da técnica, pois essa diferença foi sendo reduzida. Os membros com dor e sem dor foram ficando “iguais”. Fluxo eletrônico que ocorre no fio de Manaka aplicado na pele do corpo http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Fio de Manaka- Ion Pumping cord Palpação Utiliza-se a palpação para se analisar o estado geral do paciente e a ajudar a formular um prognóstico. A palpação permite uma análise direta da condição do Qi dopaciente; pela qualidade de sua pele e/ou tônus muscular. Trata-se de análise direta isto é, sem a interferência racional da condição do Qi. Outras técnicas de acupuntura muitas vezes requerem um processo intelectualizado de análise de sinais e sintomas para se chegar a uma conclusão sobre o estado do Qi do paciente. Dr. Manaka utilizava o método de palpação abdominal para determinar o padrão primário associado aos Canais Extraordinários a serem tratados. A localização dos pontos dos Canais Extraordinários também era determinada por palpação. A palpação nos dá o retorno imediato sobre a eficácia de um tratamento. No sistema do Dr. Manaka, conferem-se imediatamente as alterações abdominais assim que os fios são instalados. Caso não ocorra melhora das dores/tensões abdominais, é necessário refazer a palpação para se apurar um padrão mais adequado ou, muitas vezes, reavaliar a localização dos pontos dos canais extraordinários envolvidos. Sinais a serem observados durante o processo de palpação: 1) Dor à pressão: a dor local nos é uma ferramenta muito útil e direta na formulação do procedimento a seguir. Dr. Manaka utilizava no primeiro passo de sua técnica de equilíbrio dos Canais Yin-Yang a informação obtida por dor à pressão no abdome combinada com a palpação de alguns outros pontos de acupuntura. Esse diagnóstico indicava quais Canais Extraordinários utilizar com seus fios de IP (Ion Pumping) 2) Tensão muscular: geralmente acompanha os pontos doloridos por pressão. É necessário distinguir tensão de um ponto ou região, do tônus normal de um músculo saudável. 3) Endurecimento muscular: ocorre quando se torna crônica a tensão de um músculo. O endurecimento do tecido muscular é indício da cronicidade de um processo. Dá-se preferência a este ponto para o tratamento. 4) Flacidez muscular: região com pouca ou nenhuma resistência, geralmente indicando uma condição maior de deficiência. 5) Textura da pele: a pele pode manifestar múltiplas texturas ( rigidez, flacidez, edemas, espessamento, secura, descamação, coloração, etc ) A palpação abdominal pode exercer um papel importante na prática da acupuntura. As teorias e métodos de palpação abdominal surgiram da interpretação do Nan Jing(cerca de 100 D.C) que sugeria a existência de um sistema de Qi no corpo, localizado no abdome inferior. Esse centro era chamado de “Qi que se move entre os rins” e era descrito como um centro dinâmico ou como “a raiz dos 5 órgãos Yin e 6 órgãos Yang”, raiz dos 12 canais, portão da respiração, origem do triplo aquecedor, etc. A ideia do abdome http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br inferior como centro energético forneceu a base teórica ao processo de palpação na elucidação dos desequilíbrios primários do Qi do paciente. Terapia de Equilíbrio dos Canais Yin e Yang No sistema do Dr. Manaka a utilização dos Canais Extraordinários está contextualizada num modelo geométrico e simétrico da circulação do Qi pelo corpo. Nesse modelo, tanto os Canais Extraordinários quanto os 12 Canais Principais compõem uma estrutura octaédrica separadas horizontalmente pela linha do umbigo, situada aproximadamente no VB26 e verticalmente, pela linha da coluna. O fato dessas duas linhas se cruzarem no umbigo nos permite o exame de padrões de reações ao longo dos eixos principais assim como nos quadrantes superiores e inferiores definidos por esse cruzamento. Cada uma dessas áreas reflexas primárias está relacionada aos pares de Canais Extraordinários. Reações encontradas ao longo do Ren Mai indicam o padrão Yin Qiao-Ren Mai; reações ao longo do eixo horizontal indicam padrão Yang Wei-Dai Mai; reações na região subcostal indicam padrão Yin Wei-Chong Mai; reações nas Espinhas Ilíacas Anterior/Superior (EIAS) indicam padrões Yang Wei-Dai Mai ou Yang Qiao-Du Mai. Sintomatologia dos Canais Extraordinários Ren Mai: problemas ginecológicos, asma, bronquite, problemas do Pulmão, dor de dente, problemas do ouvido, nariz e garganta, neurose, ansiedade. Chong Mai: Problemas cardíacos, neurose, problemas do Estômago, ginecológicos, pés frios, problemas de Fígado e Vesícula Biliar, problemas anais. Du Mai: Epilepsia, cansaço, problemas de coluna e pescoço, neurose, insônia, invasão superficial de frio, estágios iniciais de gripe. Dai Mai: sensação de frio ou dor na região lombar, problemas ginecológicos, menstruais e do baixo ventre. Yin Qiao Mai: Problemas urinários, ginecológicos, intestinais (diarreias, constipação, hemorroidas), pés frios. Yang Qiao Mai: Síndrome da chicotada, epilepsia, problemas da fala, dor no ombro, dor lombar, transpiração incomum, nevralgia do trigêmeo. Yin Wei Mai: Nervosismo, problemas estomacais, cardíacos e psicológicos, palpitações, insônia. Yang Wei Mai: Tontura, dor de cabeça, síndrome da chicotada, cansaço, problemas de transpiração, de ouvidos e olhos, nevralgia do trigêmeo. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Em sua prática Dr. Manaka atribuiu localização diferente aos pontos Mu, segundo a tabela abaixo: A palpação dos quadrantes sugere a escolha dos Canais Extraordinários, que em caso de dúvida, são confirmados pela palpação desses pontos Mu. O tratamento segundo a técnica do Dr. Manaka consistia de 5 etapas: 1-definir padrão abdominal e os respectivos pontos dos Canais Extraordinários de modo a corrigir o sinal X na parte Yin do corpo;2- regular o sinal X da parte Yang do corpo; 3-ajustar a função músculo-articular; 4-controle sintomático e 5-sugestões de comportamento alimentar e prática de exercícios. PRIMEIRA ETAPA- DETERMINAR O PADRÃO ABDOMINAL Padrões Abdominais Básicos 1) Yin Qiao-Ren Mai: dor/tensão em toda a linha do VC, conforme figura abaixo e fios de Manaka em: R6(-) P7(+) bilateralmente. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br 2) Yin Wei-Chong Mai: dor/tensão nas regiões subcostais direita e/ou esquerda conforme figura abaixo e fios de Manaka em: PC6(-) BP4(+) bilateralmente ou esquerda ou direita. 3) Yang Qiao- DuMai: dor/tensão EIAS(espinha ilíaca anterior superior) com reflexo atrás das axilas, conforme figura abaixo e fios de Manaka em: ID3(+) B62(-) bilateralmente ou esquerda ou direita. 4) Yang Wei- Dai Mai: dor/tensão conforme figura abaixo e fios de Manaka em: TA5(-) VB41(+) bilateralmente ou esquerda ou direita. 3- Padrões Abdominais Extras Posteriormente, na prática clínica de seus seguidores, encontraram-se novos padrões abdominais com utilização de pares de Canais Principais e/ou Extraordinários de forma paralela ou cruzada, conforme ilustrações abaixo: 5) Síndrome Cruzada: com dor à pressão subcostal direita e no quadrante inferior esquerdo (QIE), misturando padrão Yin Wei-Chong Mai com Yang Wei-Dai Mai. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Deve-se utilizar os fios de Manaka nos pontos: BP4(+)dir PC6(-)dir com VB41(+)esq TA5(-)esq, sem cruzar 6) Yin Misturado: com dor/tensão no VC, subcostal direita e a direita do umbigo, na região de E25-26-27, misturando Yin Qiao Mai- Ren Mai com Yin Wei Mai- Chong Mai. Confirmação em P1/P2(esq), R16 (principalmente direito), VC17, PC1, BP21, VB26.Fios de Manaka nos pontos: R6(-)dir P7(+)esq com PC6(-)dir BP4(+)esq, portanto, cruzando os fios. 7) K3L : com dor/tensão subcostal direita, em VC, a esquerda do umbigo em E25-26-27 e na crista anterior do ilíaco. Confirmação em R16(principalmente esq), P1/P2, QSD (quadrante superior direito), QIE (quadrante inferior esquerdo). Fios de Manaka nos pontos: R6(-)dir P7(+)esq com IG4(-)dir F3(+)esq, cruzando os fios. 8) Brenda: com tensão/dor em VC acima do umbigo, na linha a esquerda ou direita do umbigo, no QIE (Quadrante Inferior Esquerdo) ou QID (Quadrante Inferior Direito). http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Na figura da esquerda : R6(-)dir P7(+)esq com TA5(-)dir VB41(+)esq, cruzando os fios. Na figura da direita: R6(-)esq P7(+)dir com TA5(-)esq VB41(+)dir, cruzando os fios. 9) Conexão Qiao: mistura de dor/tensão do padrão YinQiao-Ren Mai com Yang Qiao- Du Mai, conforme figura abaixo. Sintoma de um e padrão do outro. Os fios de Manaka devem ser colocados em: ID3(-)dir B62(+)esq com R6(-)dir P7(+)esq, cruzando os fios. 10) 4 Portões: tensão/dor conforme figura abaixo e tratamento dos seguintes pontos: IG4(-) F3(+) bilateralmente Padrão geralmente associado aos esportistas e praticantes de exercícios em academias. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br 4-Localização de Pontos de Manaka P-7 Localiza-se proximal a P-8, no osso do rádio, atrás da proeminência do processo estiloide. PC-6 localiza-se entre os dois tendões no antebraço, mais comumente na margem proximal da articulação rádio ulna, e caso não seja localizado ali, talvez se encontre levemente mais proximal. ID-3 localiza-se na borda ulnar da mão, na depressão proximal a cabeça do quinto metacarpo, ao longo da margem palmar do quinto metacarpo. TA-5 encontra-se como um ponto sensível e duro na borda ulnar do rádio, mais distal do que a localização da MTC, e mais próximo ao canal do Intestino Grosso do que na MTC. B-62 localiza-se ao redor do canto que se forma pelas linhas das margens posterior e inferior do maléolo lateral; caso não seja encontrado ali, pode-se localizar levemente inferior e anterior a essa posição. R-6 localiza-se ao redor do canto formado pelas linhas das margens posterior e inferior do maléolo medial; caso não seja encontrado ali, pode-se localizar levemente inferior e anterior a essa posição. VB-41 localiza-se na junção do 4º e 5º metatarso, ou levemente distal a junção, ao longo da borda do 4º e 5º osso. BP-4 localiza-se como um nó sensível abaixo da cabeça proximal do 1º metatarso, podendo ser localizado também levemente mais proximal do que essa localização. IG-4 é encontrado ao longo da borda do 2º metacarpo. F-3 é localizado ao longo da margem lateral do 1º metatarso, cerca da metade da distância entre a cabeça proximal e distal do osso. SEGUNDA ETAPA- MOXA KYUTOSHIN NOS PONTOS SHU DORSAIS Essa técnica tem como propósito prover um estímulo suave e confortável nos pontos de acupuntura a serem tratados. Promove leve efeito na mobilização do sangue e tem efeito revigorante. Pode ser utilizada como parte do passo 4 (tratamento sintomático) ao mesmo tempo que o passo 2. Utilizam-se agulhas 20x40mm com cabo de aço. Agulhas com cabos mais curto são melhores para essa técnica. O tipo de lã de moxa recomendado e especialmente desenvolvido no Japão para essa técnica é a Wakakusa que tem qualidade semipura. Outro tipo de moxa mais barata tem risco de não se fixar na agulha ao ser acesa e pode cair sobre o corpo do paciente provocando queimaduras. A agulha deverá estar inserida pelo menos 1 cm na pele e o calor obtido deverá ser regulado para cada paciente. O ideal é que se forme uma mancha levemente rósea na pele do paciente no entorno da base da agulha. Jamais provocar desconforto no paciente. A técnica de Kyutoshin geralmente não é aplicada acima da sétima torácica para evitar a perfuração dos Pulmões. A agulha deverá ser inserida na perpendicular e a uma profundidade tal que não tombe ao se colocar a moxa. Entre B18 e B21, a 1 cm de profundidade; de B21 a B25 de 1,5 a 2cm e na região lateral do sacro, a 3 cm. Aplicar todas as agulhas antes de colocar e acender a moxa, assim como também nas agulhas inseridas em pontos adicionais como parte da segunda ou quarta etapas do tratamento. Utilizar moxa Wakakusa semipura porque é fácil rolá-la e tem boa aderência no cabo da agulha. Faça bolas de 1- 1,5 cm de diâmetro tomando cuidado para não comprimi-las demais. A bola deverá ser firme, porém maleável. A http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br aplicação dessas bolas nas agulhas deverá se dar da seguinte maneira: depois de formada a bola, parta em metades e remonte essas metades no cabo da agulha de modo a cobrir toda sua parte superior, deixando visível uma pequena extensão da parte inferior do cabo. Observações: a) Confira a profundidade da agulha b) Certifique-se de que a bola esteja bem centralizada no cabo da agulha c) Dê uma leve batida na bola de moxa para ter garantia de que esteja estável. d) Certifique-se de que o cabo da agulha esteja coberto em sua parte superior e visível na parte inferior. Confira ilustração abaixo. Acenda uma de cada vez com agilidade para que queimem ao mesmo tempo. Recomendações: a) Cuidado para que a chama não toque o cabo da agulha b) Acenda de baixo para cima perto do cabo da agulha c) Não faça movimentos que assustem o paciente d) Caso utilize um isqueiro, acenda-o longe do paciente e posteriormente aproxime da bola. Se as agulhas ficarem inclinadas após a ignição das bolas de moxa, puxe delicadamente a pele do paciente de modo a mantê-las na vertical enquanto queimam. Para remover as cinzas aproxime seus dedos e certifique-se de que a cinza não esteja quente, ou utilize algum instrumento para retirá-la. Faça uma http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br segunda rodada de moxa. Explique ao paciente para que não se movimente durante a aplicação do Kyutoshin de modo a evitar a queda de brasa ou cinzas quentes em sua pele. Com essa técnica, um calor confortável e radiante é sentido onde a agulha está inserida. Nesse passo dois da técnica de Manaka o foco é aliviar a tensão na superfície posterior do corpo. Inserir suavemente a agulha sem provocar “deqi” nos tecidos mais tensos já promoverá seu relaxamento e se a essa agulha for acrescentada a moxa Kyutoshin, o ganho em relaxamento será bem maior, aumentando sua eficiência. Observação: para cada padrão abdominal definido na primeira etapa do tratamento teremos dois pares de pontos dos Canais Extraordinários a serem ligados com os fios de Manaka e dois pares de pontos Shu relacionados (ou correspondentes ) para a segunda etapa do tratamento. Confira abaixo as correspondências: Yin Qiao- Ren Mai : R6(-) P7(+) na 1ª etapa e B23 e B25 na 2ª etapa (lembrando que não se coloca Kyutoshin em B13) Yin Wei- Chong Mai : PC6(-) BP4(+) na 1ª etapa e B18 ou B20 + ppp (principal pressure point) Yang Qiao- Du Mai : B62(-) ID3(+) na 1ª etapa e B27 ou B28 + ppp Yang Wei- Dai Mai : TA5(-) VB41(+) na 1ª etapa e B19 e/ou B22 ou ppp Cruzada : PC6(-) BP4(+) direitos e TA5(-) VB41(+) esquerdos sem cruzar na 1ª etapa e B18 + B23 ou B25 ou B27 Yin Misturado : R6(-)dir P7(+) esq com PC6(-) dir BP4(+) esq na 1ª etapa e B18 e B23 na 2ªetapa K3L : R6(-) dir P7(+) esq com IG4(-) dir F3(+) esq na 1ª etapa e B18 e B23 na 2ª etapa Brenda : com área reflexa a direita no baixo ventre, R6(-) dir P7(+) esq com TA5(-0dir VB41(+) esq na 1ª etapa com área reflexa a esquerda no baixo ventre, R6(-) esq P7(+) dir com TA5(-) esq VB41(+) dir na 1ª etapa e ambos com B23 e B19 ou B22 ou B25 na 2ª etapa Conexão Qiao : R6(-) dir P7(+) esq com ID3(-) dir B62(+) esq na 1ª etapa e B23 e lateral de B27/28 na 2ª etapa 4 Portões : IG4(-) F3(+) na 1ª etapa e B18 e B25 na 2ª etapa TERCEIRA ETAPA- AJUSTE DA FUNÇÃO MÚSCULO- ARTICULAR O principal objetivo dessa etapa é o ajuste de qualquer desequilíbrio remanescente nas estruturas músculo- articulares. O equilíbrio postural é de grande importância para a saúde. O ajuste estrutural tem sido um método muito eficiente para o tratamento da dor em músculos, tendões e articulações. Geralmente aplica-se a técnica de Sotai com grande eficácia nessa etapa. Segundo Dr Keizo Hashimoto do Japão, o desequilíbrio da estrutura muscular causa o desequilíbrio da estrutura articular. Ele descreve a patogenia em três etapas: na primeira fase, aparecem sensações anormais tais como: dor, insensibilidade, desconforto e hipersensibilidade apresentando raros sintomas até esse momento. Na segunda fase, além das alterações na sensibilidade da primeira fase, começam a aparecer desordens funcionais tais como insônia, falta de memória, pouco apetite, constipação e dismenorreia. Após essas duas etapas ainda não se pode dizer que exista uma patologia, apenas um conjunto de pequenos sintomas. Na terceira fase, aparecem desordens estruturais, é feito o diagnóstico e o paciente é tratado como tendo uma patologia. No método do Dr. Manaka, é muito importante atuar logo nas primeiras fases antes mesmo que apareçam os sintomas. É essencial tratar os distúrbios por trás dos desequilíbrios estruturais. Muitos fatores podem causar os desequilíbrios estruturais tais como: deformidades congênitas da estrutura articular, deformidades provocadas por acidentes ou doenças, deformidades resultantes de má postura tanto ocupacional quanto habitual. Algumas dessas deformidades são irreparáveis, no entanto, outras deverão ser tratadas por terem se desenvolvido pela somatória de pequenas circunstâncias desconhecidas. Exemplo: http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br - doenças que afetam órgãos de apenas um dos lados do corpo tal como, fígado, coração, vesícula biliar. - a maior utilização da musculatura do pescoço por um dos lados por deficiência em um dos olhos ou ouvidos pode provocar ajustes posturais compensatórios e consequentemente, provocar o desbalanceamento da estrutura articular e muscular. - doenças que afetam apenas um dos órgãos bilaterais tais como, o pulmão ou rim. - diferença na intensidade da mastigação entre o lado direito e o esquerdo. - antigas cicatrizes e ferimentos. - desordens neurológicas. - maior utilização de uma das mãos e pés, etc..... A vantagem primordial do sistema de balanceamento Yin-Yang descrita pelo método de tratamento acima, é que os resultados podem ser obtidos por estimulação mínima, inserção superficial e com a utilização de poucos pontos de acupuntura. De uma maneira geral, as etapas um e dois servem para aliviar os sintomas. A adição da terceira etapa acentua e consolida os efeitos das etapas anteriores. A etapa três trata os canais tendino-musculares descritas no Ling Shu. O método utilizado na terceira etapa combina os conceitos da teoria dos canais tendino-musculares com a forma simplificada do Sotai do Dr Hashimoto. Esse procedimento ajusta os desequilíbrios entre lado direito e esquerdo do pescoço, do torso e das pernas. A seguir alguns exemplos de exercícios práticos para esses reajustes: Exemplo 1 Verifique se há diferença na flexibilidade de movimento entre as duas pernas quando são contraidas na direção do abdome conforme a figura acima. A perna que apresentou maior flexibilidade é a que deverá ser utilizada no exercício. O paciente é instruído a exalar o ar enquanto estende o joelho e o terapeuta exerce pequena resistência antes que o joelho esteja completamente estendido, conforme figura acima. O paciente mantém o folego por alguns segundos e a um sinal de comando do terapeuta, relaxa todo e qualquer esforço e deixa a perna cair. Esse exercício de Sotai relaxa eficientemente os músculos das costas, pernas e abdome restaurando o equilíbrio de flexibilidade entre o lado esquerdo e o direito. O uso de um cone de moxa no ponto VB34 queimado http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br exatamente no momento do comando de relaxamento aumenta sua efetividade. O tratamento do membro mais flexível é suficiente para igualar e relaxar ambos os membros quando houver diferença de flexibilidade entre os joelhos. Essa técnica deve ser aplicada duas vezes no lado mais flexível e uma no outro lado. Exemplo 2: Com o paciente na posição prona (decúbito ventral) flexionar as duas pernas em direção ao glúteo. Se os músculos estiverem com boa elasticidade, os calcanhares deverão encostar no glúteo. Na maioria dos casos uma perna é mais flexível que outra. A perna mais flexível é tratada primeiramente conforme descrito a seguir. O paciente deverá lentamente estender a perna durante o processo de exalação. Quando estiver completamente estendida, o terapeuta aplica uma leve resistência no membro, suficiente para mantê-la erguida. O paciente contém a respiração por alguns segundos e após comando do terapeuta, relaxa completamente o corpo. Para reforçar o tratamento pode-se queimar um cone de moxa no exato momento do comando para relaxamento, num dos seguintes pontos: B18, B23 ou B58 (escolha o mais sensível). O exercício deve ser aplicado por duas vezes na perna mais flexível e uma vez na outra. Esse exercício é eficiente para a musculatura das costas, das coxas e para aliviar tensões dos músculos abdominais. Caso persistam os sintomas restritivos no movimento, esse exercício poderá ser repetido no máximo por três vezes. O cone de moxa também poderá ser queimado em VG8. Exemplo 3: Com o paciente em posição supina, peça para que erga seu tronco, elevando-se sua cabeça e tronco acima da superfície da maca. O exercício consiste em executar esse movimento enquanto exala o ar. Mantém-se amplitude máxima assim como a respiração por alguns segundos até o completo relaxamento e exalação. Nesse exercicío não é necessário o movimento de resistência aplicado pelo terapeuta. O cone de moxa poderá ser aplicado em VG8 ou VG10 ou VG12 (aquele que estiver mais sensível) no momento em que a ordem de ralaxamento é proferida. Repita esse procedimento por duas ou três vezes. Esse exercicio auxilia no aumento da flexibilidade da coluna vertebral. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Alguns aspectos ao se aplicar esses exercícios de Sotai deverão ser observados apesar de não haver restrição para a maioria das pessoas: - observar qualquer assimetria no tonus muscular - descubra restrições na amplitudes de movimentos específicos - reavalie essas restrições na amplitude do movimento para confirmar a efetividade do tratamento - evite desconforto e dor como resultado do exercício selecionado - sempre faça o exercício na direção mais flexível e indolor - instrua o paciente a fazer os exercícios de modo suave e lentamente,sem esforço e na expiração - no ponto máximo do movimento, deve-se aplicar uma leve resistêcia para contê-lo. A exalação deverá ser contida por alguns segundos e ao comando –“ relaxe” - o paciente deverá relaxar o corpo todo e não apenas o membro trabalhado. QUARTA ETAPA – CONTROLE DOS SINTOMAS No Japão utiliza-se uma gama muito grande de técnicas para o tratamento sintomático virtualmente para qualquer tipo de enfermidade. Hynaishin (agulhas intradérmicas), Okyu ou Tonetsukyu ( moxa direta), Kyutoshin (moxa no cabo da agulha), Kyukonshin (moxa direta na ponta da agulha), Shiraku (sangria), Kyukakuho (ventosa), Chishin (retenção da agulha), Chinetsukyu ( moxa para aquecimento), Empishin ( agulhas semi permanentes), Ryu (esferas de pressão), Fios de IP e Magnetos. Hynaishin: utilizado principalmente para o controle da dor. Dr. Manaka a utilizava em pontos auriculares; as vezes também em conjunto com Koryo e corpo. Okyu: Dr. Manaka utilizava essa técnica principalmente para problemas internos e tratamentos caseiros. Bom para artrítes, tendinites, etc. Bom para questões imunológicas e estase de sangue. Existe uma gama muito grande de outros autores ( Fukaya, Sawada, Mizutani, etc) com protocolos para diversas enfermidades. Chishin: Técnica utilizada pelo Dr. Manaka na região posterior do corpo nos passos 2 e 4 para aliviar sintomas. Consiste da simples retenção das agulhas em pontos tensos ou dolorosos. Kyukonshin: Muito útil para aliviar pontos muito tensos (nódulos). Kyutoshin: Dr. Manaka utilizava no passo 2 e 4 para problemas de estase de sangue e para aliviar sintomas. Shiraku: Dr. Manaka utilizava a sangria principalmente na parte de trás do joelho para pacientes na menopausa e para infecções agudas do aparelho respiratório. Bom para estase de sangue também. Pode ser utilizada de forma mais ampla ao se aplicar nos pontos ting e nas aranhas vasculares, conforme o livro Japanese Acupuncture. Kyukakuho: a ventosa é utilizada para estase de sangue e problemas de congestão nos pulmões. Pode ser utilizada de forma mais ampla como descrito no livro Japanese Acupuncture. Empishin: as semi permanentes são utilizadas principalmente para alivio de dores mais intensas onde o hynaishin não apresentou o efeito desjado. http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br Ryu: esferas metálicas, especialmente para pacientes que não toleram agulhas intradérmicas pelo seu efeito muito intenso. Chinetsukyu: Boa para dor aguda da inflamação e para reduzir a febre. Também para sintomas. Fios de IP: utilizado principalmente no primeiro passo do tratamento dos canais do Dr. Manaka e ocasionalmente também utilizado para tratamento de sintomas de difícil resolução. Magnetos: utilizado para alivio de sintomas. Auriculoterapia: Dr. Manaka utilizava a auriculoterapia de origem chinesa, muitas vezes aplicando agulha hynaishin Koryo: acupuntura no micro sistema das mãos de origem coreana. Também bastante utilizada pelo Dr. Manaka Devido a imensa diversidade de técnicas escolhe-se as que se adaptarem melhor ao estilo do praticante. A seguir alguns exemplos de técnicas utilizadas na quarta etapa do tratamento: 1)Hynaishin - pedir para o paciente fazer o movimento corporal e indicar onde está localizado o ponto de maior dor. Aplica-se o Hynaishin no local. Em membros, Hynaishin de 3mm acompanhando as dobras da pele e nas costas de 5-6mm com a ponta voltada para baixo. Também é possível aplicar esse tipo de agulha nos pontos auriculares para diversas patologias. Exemplos: a) dor ou dormência dos dedos e pés e/ou mãos: TA4 e E41 e caso persista a dor, procurar ao longo do membro pontos reativos e aplicar a agulha neles. Combinar com ponto auricular correspondente e/ou com Koryo. b) dor no pescoço e ombros: peça para o paciente mover a cabeça em todas as direções e localize o ponto de dor. Aplicar agulha no local e se houverem outros pontos doloridos na região, acrescentar outra agulha. Limitar em no máximo 4 agulhas. Complementar com ponto auricular correspondente e/ou com Koryo. c) dor na articulação do ombro: peça para o paciente mover o braço em diversas direções e localize o local da dor. Apalpe a região e coloque no máximo 4 agulhas hynaishin nos pontos dolorosos. Acrescentar hynaishin no ponto auricular sensível correspondente ao ombro. Caso persista, koryo. d) dor lombar: peça para o paciente flexionar o tronco e localize a origem da dor. Coloque hynaishin no local. O ponto Josen localizado entre a quinta lombar e a primeira sacral é muito útil para tratar dor lombar. Um outro ponto muito útil localiza-se a 1-2 cm abaixo da fossa poplítea e se estiver dolorido, colocar hynaishin. O ponto chinês perna e lombar nas costas das mãos também pode ser utilizado. e) ciática: peça ao paciente para se deitar de bruços e apalpe pontos lombares e sacrais. Nos mais doloridos aplique o hynaishin. Nas coxas, apalpe B36-37 e coloque hynaishin. Hynaishin no ponto auricular sensível da lombar e em casos persistentes, ponto lombar da Koryo. f) dor no pé: apalpar pontos doloridos entre os maléolos e deixar hynaishin nos mais doloridos. Acrescentar ponto auricular e/ou da Koryo correspondente. g) dor no joelho: apalpar em torno do local e aplicar hynaishin nos pontos doloridos. Para ampliar pode-se colocar no ponto mais sensíveis na região de BP10 ou E34. Acrescentar ponto auricular e/ou da Koryo correspondente. h) asma: localizar B17. O ponto da asma será um ponto sensível 1cm para fora e 1cm para cima de B17. Deixe hynaishin nele voltado para baixo. i) problemas digestivos: pontos doloridos entre B17 e B22. Aplicar nos mais sensíveis. j) enxaqueca: localizar o ponto VB40 na região anterior do maléolo lateral, no encontro da linha vertical com a horizontal. Deixar hynaishin bilateralmente. Ponto alternativo: F3 em tonificação. k) prostatite: hynaishin em E28 caso este esteja reativo. l) doenças cardíacas: hynaishin no CS4, pricipalmente no esquerdo. m) hipertensão: apalpar região axilar média e deixar hynaishin nos pontos doloridos. Sangria em BP1 no lado menos sensível ao calor. 2) Fios de IP: tratamentos com esses fios substituem a primeira etapa do tratamento de Manaka. Alguns exemplos: http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br a) para dor de estômago e pancreatite: BP7(-) e P6(+) b) rinite alérgica: com dor em P1 e E21 ( pontos reflexos dos canais de P e E), utilizar P5(-) com E44(+) bilateralmente c) fadiga física e emocional: tratamento Taikyoku que consiste na utilização de dois pares de fios de IP nos seguintes pontos: BP6(-) com o ponto de encontro dos 3 yin do braço (+) localizado a meia distância entre a dobra do cotovelo e do pulso, mais TA8(-) VB35(+) localizado a meia distância entre a cabeço da fíbula e o maléolo lateral. Também utilizado para casos inespecíficos de dor no joelho, pescoço e dores articulares diversas. Caso não se obteve bom resultado perfazendo o tratamento com as etapas de um a três, pode-se acrescentar alguns protocolos seguidos por modernos acupunturistas chineses, apesar de não haver comprovação que o agulhamento superficial e com o mínimo de estimulação da técnica do Dr. Manaka tenha a mesma eficácia que a técnica empregada na China onde as agulhas são mais espessas, a profundidade de inserção e o estímulo dado são mais intensos. Exemplos de tratamentos com a técnica de pontos locais e distantes: Região frontal da cabeça: Yintang e IG4, E44 Região temporal: Taiyang e TA3, VB41 Região ocipital: VB20, B10 e B65, ID3 Região do vértice: VG20 e F3 Olhos: B1, E1, VB20 e IG4 Nariz: Yintang, IG20 e IG4 Boca e dentes: E4, E6, E7 e IG4 Ouvido: TA17, ID19, VB2 e TA3, TA5 Língua VC23 e IG4 Garganta: ID17 e IG4 Brônquios: VC22e P7 Pulmões: B13, VC17, VC22 e P7, P5 Coração: B1, B15, VC17 e CS6, C7, CS5, CS4 Estômago: B20, VC12 e CS6, E36 Fígado: B18 e F3 Vesícula Biliar: B19 e VB24, danang( 1 cun abaixo de VB34) Intestinos: B25, B27, VC4, E25 e E36, E37 Rins: B23, B52 e R3 Bexiga: B32, VC3 e BP6 Órgãos reprodutivos: VC3, VC4, ponto do útero(3cun lateral a VC3) e BP6 Anus: VG1, B54 e B57 Membros Superiores: IG4, IG11, IG15 e vértebras de C5 a T1 Membros Inferiores: B40, VB30, VB34, VB39 e vértebras de L3 a S1 Protocolos para: Dor lombar – VG2, VG3, VG4, VG5, VG12, VG20, VC12, VC9, VC6, B18, B20, B22, B23, B25, B27, B43, B51, B52, B53, VB25. Selecionar os mais reativos entre os pontos acima. Frequentemente encontraremos dor em B43, B51, B53 e R16. Esses pontos tem em comum o caracter Huang em seus nomes e se estiverem doloridos devem ser tratados, principalmente se a dor lombar estiver associada ao meridiano da Bexiga. Se for o meridiano da Vesícula Biliar, tratar VB25,VB20, VB21 se doloridos. Nos casos de dor aguda, apalpar F4, E41 e VB40 e trate o mais dolorido. Problemas dos ombros – B10, VB21, ID14, B43. Síndrome da chicotada: VB12, VB20, VG16, VG20, VG14. Artríte escápula-humeral: B10, VB20, B43, IG15, P2 3) Okyu: entre os praticantes japoneses destacam-se dois grandes mestres em Okyu: Isaburo Fukaya (1901-1974) e Takeshi Sawada (1877-1938). Para não estender demais aproveitem o material do curso http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br dado pelos outros professores. Atualmente o Dr. Junji Mizutani, presidente do “North American Journal of Oriental Medicine” também é especialista em Okyu e também dispõe de tratamentos com essa técnica. Nos ateremos às técnicas do Dr. Manaka. Protocolos de moxaterapia para diversas patologias utilizadas pelo Dr. Manaka e seus seguidores: - paralisia facial: TA5 IG4 E36 VB41 - dor de cabeça: VG12 IG11 P7 E36 VB34 - doenças dos olhos: pontos doloridos na linha das pupilas atrás da linha de implantação dos cabelos, VB2 B18 IG1 IG4 E36 - conjuntivite: TA21 E41 VG12 - terçol: ID19 - epistaxe: pontos doloridos na região atrás do pescoço, TA8 VB34 - nariz entupido: VG23 VB12 B40 - rinite: VG23 IG11 IG4 E36 - dor de dente: pontos doloridos ao lado da cabeça, acima das orelhas, IG11 IG4 E36 VB34 - doenças do ouvido: VG20 VB20 TA8 VB34 E36 - neuralgia do trigêmeo: pontos doloridos na face, VB20 VB12 TA4 VB34 - síndrome da chicotada: pontos doloridos atrás do pescoço, VG20 B18 F4 - reumatismo: VB21 VG12 B43 B18 B20 B23 VC12 E25 C7 R3 - dor no ombro: VB21 ID11 VB34 - palpitações: CS6 CS7 VB40 F4 - ciática: B23 B25 B37 B58 VC17 VC4 VB31 E36 BP6 e pontos doloridos ao longo da CIPS ( crista ilíaca posterior superior) - insônia: VG20 B18 F4 shizumin ( ponto central do calcanhar, na sola) - epilepsia: VG20 VG12 B18 VB41 TA5 VC14 F14 VB29 - hipertensão: VC17 VC12 VC4 E36 R3 VG20 B10 VB21 B43 B18 B23 C7 - bronquite: P6 VC12 - resfriado: pontos doloridos interescapulares, VG14 VB20 B12 IG4 - asma: B18 P7 VC12 F4 - amigdalite: E9 IG4 IG1 R7 - gastrite aguda: B20 VB34 E36 uranaitei ( ponto debaixo do segundo dedo do pé) - inapetência: estimular ao redor do umbigo - gastrite crônica: IG10 E36 - hepatite crônica: F8 F3 - dor lombar: B22 B23 B25 B52 E27 B58 - hérnia de disco lombar: B23 B52 B25 VB30( melhor com Sotai) - diarreia: B25 E25 BP8 BP7 IG10 uranaitei - constipação: VG20 B25 C7 BP4 - hemorroidas: B32 VG20 P6 BP7 - eczema: B43 B18 B20 B23 CS6 F3 VC17 VC14 VC12 E25 - sintomas da menopausa: VG20 B10 VB21 B43 B18 B23 CS7 E36 R7 VC4 F14 - frigidez: R7 F3 F4 BP10 - esterilidade: B32 VC12 VC4 BP6 e pontos abdominais - menstruação irregular com dor: VG20 B18 B32 BP10 F4 - leucorreia: B23 B52 B32 E27 VC4 VC3 BP6 - micção noturna: VG12 B32 VC4 R7 - dor no joelho: pontos em volta do joelho e F8 BP9 B40 VB34 - alergia: IG15 IG11 IG10 IG4 - lactação deficiente: VB21 ID11 B43 IG10 VC17 E36 - indigestão crônica: VC12 B20 VG12 http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br - asma infantil: VC14 P1 F14 VG12 B13 QUINTA ETAPA - ORIENTAÇÕES DE DIETA, EXERCÍCIOS E TERAPIA CASEIRA Dr. Manaka recomendava a seus pacientes que tivessem uma alimentação adequada, fizessem exercícios físicos e ensinava a aplicar a moxaterapia de modo a algum parente aplicá-la durante o intervalo das sessões de tratamento. Hoje temos os produtos da Medicina Chinesa (“fitoterápicos”) e seus prescritores poderão acrescentá-los ao tratamento. BIBLIOGRAFIA (1) Chasing the Dragon’s Tail – Yoshio Manaka com Kazuko Itaya e Stephen Birch. ParadigmPublications 1995 (2) Introdução a Terapia de Meridiano – Shudo Denmei. Ed. Roca Ltda 2011 (3) Evidência Científica da Ação da Acupuntura – Francisco Antonio de Oliveira Pereira, Dr – Unicamp (4) Apostila do 1º Curso de Terapia de Equilíbrio dos Canais Yin-Yang – Stephen Birch (5) Hara Diagnosis: Reflections on the Sea – Kiiko Matsumoto e Stephen Birch. Paradigm Publications 1988 Apostila elaborada por Marco A. Cecchini Farmacêutico e Acupunturista Membro da Comissão de Acupuntura e MTC do Conselho Estadual e do Federal de Farmácia Prescritor dos Produtos da Medicina Chinesa Especialista em Acupuntura Energética pelo CEATA Especialista em Acupuntura Japonesa pelo EBRAMEC Coordenador de Ambulatório Popular no Jd. Boa Vista- Butantã Cel: 11 99906 9550 Email: mcaucecchini@bol.com.br http://www.ebramec.edu.br/ Faculdade EBRAMEC EBRAMEC – Escola Brasileira de Medicina Chinesa 巴西中医学院 www.ebramec.edu.br CURSO DE TERAPIA DE EQUILÍBRIO DOS CANAIS YIN-YANG DO DR. YOSHIO MANAKA 2017 Prof. Marco A Cecchini http://www.ebramec.edu.br/
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