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Sara Vitória Facetas diretas Em resina composta - aula 1 Técnica restauradora que é realizada diretamente sobre o remanescente dental por meio dos sistemas adesivos e das resinas compostas fotopolimerizáveis; ou seja, é uma técnica restauradora que consiste no recobrimento com material estético de todo o esmalte vestibular dos dentes anteriores que apresentam problemas estéticos. Ao comparar a técnica direta com a indireta, observa-se que a direta possui algumas vantagens em relação à indireta, tais como o custo e o tempo de trabalho, pois não irá precisar de laboratório e nem de moldagem algumas vezes Fique esperto! Faceta NÃO é lente de contato, pois apesar de exercerem a mesma finalidade, possuem preparos e espessuras diferentes. Sara Vitória Insucesso no tratamento clareador Dentes com múltiplas restaurações em resina composta insatisfatórias; Alteração de forma e contorno dos dentes;* Dentes com pequena giroversão (15 ou 30 graus) ou alteração de posicionamento; Diastemas (principal indicação); Dentes com hipoplasias; Pacientes que não tem condições de arcar com tratamento indireto Fraturas (se tiver sido perdido até 50% do remanescente dentário) Tratamento endodôntico mal realizado (resto necrótico ou material obturador) Fluorose severa Dentes muito escurecidos Pacientes com hábitos parafuncionais; Dentes com grande giroversão e ou apinhamento; Dentes muito vestibularizados; Pacientes fumantes e ou ingestão frequente de substancias corantes. Permite harmonizar e modificar a forma, tamanho e posição dos dentes sem a necessidade do laboratório; ou seja, PASSÍVEIS DE REPARO e (RE)polimento Excelente resultado estético; Baixo custo quando se comparado as facetas de cerâmicas; Geralmente confeccionados em uma única sessão; ou em um nº reduzido do que as indiretas. Indicações Contraindicações Vantagens Sara Vitória Podem se confeccionados em qualquer clínica odontológica, sem precisar do laboratório. Não requer procedimento de moldagem ou confecção de provisório. Pouco ou até mesmo nenhum desgaste O sucesso estético depende da habilidade do profissional Tempo de tratamento na cadeira longo (clinica) se comparado com as sessões de prótese; Pacientes com deficiência na higienização necessitam de maior manutenção; As resinas são suscetíveis ao lascamento Desgaste superficial por meio da escovação Compósito mais vulnerável ao manchamento e à degradação Em alguns casos, necessita realizar preparos às expensas de estruturas dentais sadia Classificação Se dá quanto ao desgaste da estrutura dependendo do grau de escurecimento do dente. Divide-se em: Extra-esmalte Intra-esmalte Intra-esmalte/dentina Desvantagens Sem nenhum tipo de desgaste Desgaste envolvendo somente esmalte Desgaste envolvendo dentina; contudo, a margem do preparo continua toda em esmalte para se ter um adequado selamento marginal Preparos Sara Vitória Ademais, o desgaste do esmalte irreversível. logo, o paciente sempre deve ser informado sobre alternativas mais conservadores (quando possíveis), e as vantagens e desvantagens do procedimento, como a necessidade de reparo a longo prazo. Resina x cerâmica As duas são boas, efetivas e possuem um resultado clínico satisfatório; porém possuem características e principalmente longevidades e custos diferentes. Logo, a escolha dentre elas depende principalmente do estilo de vida do paciente A resina composta: possui menor longevidade em relação a estabilização de cor, necessita de reparos com o tempo. Já as cerâmicas apresentam estabilidade de cor e resistência a abrasão. Anamnese + exames radiográficos para averiguar a presença bolsas, perda ósseas, necessidade de colocação de pino, tratamento endodôntico...) Planejamento: Discutir com o paciente o que foi diagnosticado e planejado. Dividir em sessões, se necessário A quantidade de desgaste do dente para receber uma faceta é DIRETAMENTE proporcional ao quanto o dente está escurecido. Protocolo clínico Sara Vitória Primeira sessão Exame clínico: observar a cor do elemento, posição, forma dos dentes e contorno gengival Moldagem com silicone de condensação da arcada dos dentes que serão trabalhados Moldagem com alginato da arcada antagonista Registro em cera da mordida FOTOGRAFIA Avaliar as expectativas do paciente e dispensá-lo Resinamento ou ENCERAMENTO Confecção da barreira de silicone para o MOCK-UP Planejamento do Nº de facetas, necessidade de preparo e o custo. Você sabia? O Mock-up é o “teste drive” do sorriso. Essa metodologia serve para ajudar tanto o profissional quanto o paciente a fazer um melhor planejamento da intervenção e prever mais perfeitamente o resultado, pois através dele o paciente conseguirá sentir em sua boca como ficarão seus dentes; será possível também testar a cor, a forma, o tamanho e a localização dos elementos dentários. Ou seja, é o ensaio restaurador intra-oral que permite ao paciente pré-visualizar o resultado final do tratamento. Barreira palatina/silicone Mork-up Sara Vitória Como é feito? Primeiro realiza-se a moldagem inicial com alginato e se obtém o modelo de estudo. E logo após, realiza-se o enceramento - momento onde será desenhado um novo dente no modelo com, de acordo com a forma do rosto do paciente e adequada às expectativas dele-. Finalizado o enceramento o modelo encerado será moldado novamente a fim de transferir o desenho feito para a boca do paciente, mas dessa vez, com resina acrílica ou bisacrílica (como forma de provisórios para principalmente para facetas indiretas e próteses fixas), composta (principalmente para facetas diretas por meio da barreira de silicone). É nesse momento que o paciente consegue enxergar como ficará a restauração depois de pronta e pode propor mudanças ao dentista Moldagem do enceramento Barreira de silicone: utilizada para a inserção da porção palatina das restaurações, com o objetivo de registrar a superfície palatina, contornos proximais e incisal pois serve como base para adaptação da resina composta, copiando a anatomia fornecida pelo enceramento diagnóstico. Sara Vitória Segunda sessão: Chamar o paciente para simular os resultados (Mock-up); Levar o paciente para frente do espelho e fazer um vídeo; Discutir custos e aprovação com ou sem modificações; Em casos de grandes modificações, realizar novo enceramento ou resinamento e nova simulação (Mock-up); Quando tudo for aceito (custos e simulação), escolhendo a cor da resina; confeccionar uma barreira palatina de silicone no modelo do resinamento ou enceramento. Terceira sessão Seleção de cor Testa-se na cervical do dente, pois há mais esmalte e menos dentina. Ademais, o elemento deve estar úmido pois uma vez que após, o dente sofrer desidratação, ele se torna mais opaco do que a realidade. Outrossim, Sempre que possível a seleção deve ser feita em LUZ NATURAL. Preparo (quando necessário) Isolamento Ataque ácido e condicionamento adesivo Confecção da faceta Ajustes e polimento Provisório de resina acrílica Sara Vitória “A escolha da cor deve ser criteriosa, pois dela depende grande parte do sucesso da restauração. O processo seletivo da cor de um dente natural e a correta reprodução dela é um dos maiorese complicados desafios que o profissional encontra”; (Baratieri) A cor percebida em um dente é o resultado da combinação de efeitos ópticos das camadas dos tecidos dentais, ou seja, da translucidez, da espessura do esmalte e da tonalidade da dentina subjacente. A escala VITA não foi criada para ser utilizada com resina composta, entretanto pode ser usada para chegar à saturação (croma), mesmo não sendo o ideal. Desta forma, o ideal é testar o incremento da resina composta sobre a estrutura dental, porque dependendo do fabricante da resina, essa cor pode modificar. Ademais vale ressaltar que mais de 90% da população tem a matiz (coloração) da dentina A. Seleção de cor Esmalte: Translúcido. funciona atenuando a cor da dentina e vai refletir a luz que é incidida sobre ele; Dentina: Responsável pela cor do dente propriamente dita; Sara Vitória O preparo de facetas é determinado pela quantidade de material que se deseja utilizar, levando em consideração a alteração de cor e a alteração de forma e posicionamento dos dentes. Para isso, é realizado o planejamento com o auxílio do enceramento diagnóstico ou chamado também de “mock-up”. O cirurgião- dentista realiza a moldagem com o intuito de se obter um modelo da boca do paciente. Posteriormente são confeccionadas duas guias de silicone, uma que servirá de guia para desgaste (horizontal ou vertical) e a outra guia que servirá para a inserção de resina. A técnica para o preparo a ser realizada é a técnica das canaletas, também chamada de técnica da canaleta com silhueta. Essa técnica visa confeccionar um sulco de orientação para o controle do desgaste de acordo com a necessidade Etapas 1º- Confecção da canaleta cervical Utilização da ponta esférica diamantada esférica nº 1011, 1012 (1mm), 1013 (1,2mm) ou 1014 (1,4mm) – escolha de acordo com o tamanho do dente, com angulação de 45º. O preparo ocorre no limite gengival, cerca de 0,5mm abaixo do término gengival. É importante ressaltar que na área cervical, a espessura de esmalte chega a 0,3/0,4mm, e por isso utiliza-se metade da ponta ativa, isto é, 1/2 BROCA. Ademais, é necessária a proteção dos dentes vizinhos com uma matriz- Execução do preparo Sara Vitória metálica, para evitar o risco de desgastes acidentais. 2º- Confecção da canaleta Vertical (sulcos de orientação) Utilização de pontas diamantadas troncocônicas n° 4138, 3195. Nessas canaletas, a entrada da ponta ativa depende da cor do substrato. Comumente ½ broca. São realizadas 3 canaletas, sendo uma central e duas laterais. São necessárias três inclinações para a confecção de cada uma delas: uma no terço cervical, outra no terço médio e a última no terço incisal, todas com angulação de 45°. Sara Vitória Todas essas canaletas encontram-se com a canaleta cervical, não podendo apresentar degraus entre um preparo e outro, por isso as pontas utilizadas são levemente arredondadas 3º- União dos sulcos de orientação Após a confecção das canaletas verticais, há porções remanescentes de esmalte íntegro que precisam ser retiradas. Para isso, é utilizada a broca FF, que irá realizar um desgaste de mesial a distal do dente seguindo a mesma inclinação já empregada anteriormente (cervical, média e incisal). 4º- Redução incisal Para realizar a redução incisal é necessário levar em conta a espessura de tecido dental e a espessura do material, sendo assim, conclui-se que o desgaste da incisal fornece espaço para poder trabalhar com a resina e gerar mais resistência. São realizadas três perfurações regulares na incisal do dente. A ponta n° 2135 deve ser inclinada 4 5° em direção palatina, gerando assim, um “bisel” que Sara Vitória acomodará o volume de resina. Em seguida, é feita a união dessas perfurações também com a ponta n° 2135 5º- Acabamento do preparo O desgaste da faceta pode ir até 2mm E o da lente de contato é até 0,5mm O término das facetas podem ser supragengival* ou Intrasulcular (de até 0,5mm) Sara Vitória Em suma Sara Vitória