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Trabalho referente a matéria Economia Política 
Aluno: Lucas Moro Martini 
2° Ano de Economia / 1° Semestre 2023 
 
1) Explique o conceito de Mercadoria para Marx e suas principais características: 
Para Karl Marx, a mercadoria é um objeto produzido para ser trocado no mercado, 
visando obter lucro. É uma das formas básicas de riqueza na sociedade capitalista. 
As principais características de uma mercadoria para Marx incluem: 
⦁ Valor de uso: a capacidade de satisfazer alguma necessidade ou desejo humano. 
⦁ Valor de troca: o valor que é atribuído a uma mercadoria no mercado, determinado pela 
quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. 
⦁ Fetiche da mercadoria: a crença de que as mercadorias possuem valor intrínseco, 
independentemente do trabalho humano que foi investido na sua produção. 
2) Caracterize os significados dos seguintes conceitos em Marx: 
a) Força de trabalho 
Para Karl Marx, a força de trabalho é o principal elemento da produção no modo 
capitalista de produção. É a capacidade física e mental dos trabalhadores para produzir 
bens e serviços. A força de trabalho é vendida no mercado como uma mercadoria pelos 
trabalhadores aos capitalistas, que a utilizam para produzir mais riqueza. 
De acordo com Marx, a força de trabalho é diferente de outras mercadorias porque é a 
única que pode criar valor. O valor dos bens produzidos é determinado pela quantidade 
de trabalho socialmente necessário para produzi-los, e a força de trabalho é a fonte do 
trabalho. 
A exploração dos trabalhadores pelos capitalistas é a base da acumulação de capital, já 
que os capitalistas pagam aos trabalhadores menos do que o valor real da força de 
trabalho, mantendo a diferença como lucro. 
Para Marx, a luta dos trabalhadores pela igualdade e pela valorização de sua força de 
trabalho é uma das principais formas de luta contra o sistema capitalista. b) Trabalho 
Para Karl Marx, o trabalho é um processo pelo qual os seres humanos transformam a 
natureza para satisfazer suas necessidades e desejos. É também uma atividade social 
que define a condição humana e está enraizada nas relações sociais entre os indivíduos. 
No contexto da teoria marxista, o trabalho é visto como um processo de produção de 
valor, onde a força de trabalho dos trabalhadores é utilizada para produzir bens e 
serviços que possuem valor de troca. Esse valor é determinado pela quantidade de 
trabalho socialmente necessário para produzir o bem ou serviço. 
Para Marx, o trabalho é exploração quando os capitalistas pagam aos trabalhadores 
menos do que o valor real da força de trabalho, mantendo a diferença como lucro. O 
trabalho também é uma fonte de alienação, já que os trabalhadores não têm controle 
sobre o processo de produção e os bens que produzem, e sua relação com o trabalho é 
definida pelas relações de propriedade e poder na sociedade. 
Em resumo, para Marx, o trabalho é visto como uma atividade social fundamental que 
define a condição humana e é central para a compreensão da exploração e da alienação 
no modo de produção capitalista. 
c) Trabalho Útil 
Para Karl Marx, o trabalho útil é o aspecto do trabalho que produz valor de uso, ou seja, 
a capacidade de satisfazer alguma necessidade ou desejo humano. É o trabalho que dá 
aos bens e serviços uma utilidade concreta e prática, tornando-os úteis para seres 
humanos. 
O trabalho útil é distinto do trabalho abstrato, que é a forma como o trabalho é medido no 
sistema capitalista para determinar o valor de troca de uma mercadoria. O trabalho 
abstrato é uma medida da quantidade de trabalho socialmente necessário para produzir 
um bem ou serviço, independentemente de sua utilidade concreta. 
Para Marx, o trabalho útil é importante porque é a base da produção de valor de uso, e 
por sua vez, o valor de uso é o que dá às mercadorias sua utilidade concreta e prática. 
O trabalho útil é também uma fonte de satisfação e realização humana, enquanto o 
trabalho abstrato é visto como uma forma de alienação e opressão. 
d) Trabalho Abstrato 
Para Karl Marx, o trabalho abstrato é a forma como o trabalho é medido no sistema 
capitalista para determinar o valor de troca de uma mercadoria. É uma medida da 
quantidade de trabalho socialmente necessário para produzir um bem ou serviço, 
independentemente de sua utilidade concreta ou prática. 
O trabalho abstrato é distinto do trabalho útil, que é o aspecto do trabalho que produz 
valor de uso, ou seja, a capacidade de satisfazer alguma necessidade ou desejo humano. 
O trabalho útil dá aos bens e serviços uma utilidade concreta e prática, tornando-os úteis 
para seres humanos. 
Para Marx, o trabalho abstrato é importante porque é a base da produção de valor de 
troca nas sociedades capitalistas, já que é a medida utilizada para determinar o valor de 
uma mercadoria. No entanto, o trabalho abstrato também é visto como uma forma de 
alienação e opressão, já que desvincula o trabalhador da utilidade concreta e prática de 
seu trabalho e o submete a uma medida abstrata e imaterial. 
e) Trabalho Necessário 
Para Karl Marx, o trabalho necessário é a quantidade mínima de trabalho socialmente 
necessário para produzir uma mercadoria ou serviço. É a quantidade de trabalho que é 
requerida para produzir os meios de produção e os bens de consumo que sustentam a 
vida dos trabalhadores e da sociedade. 
O trabalho necessário é medido em termos de trabalho abstrato, ou seja, a forma como 
o trabalho é medido no sistema capitalista para determinar o valor de troca de uma 
mercadoria. É uma medida da quantidade de trabalho socialmente necessário para 
produzir um bem ou serviço, independentemente de sua utilidade concreta ou prática. 
Para Marx, o trabalho necessário é importante porque é a base da produção de valor de 
troca e da acumulação de capital. Quando os capitalistas pagam aos trabalhadores 
menos do que o trabalho necessário, eles mantêm a diferença como lucro. Isso é visto 
como uma forma de exploração dos trabalhadores, já que eles são pagos abaixo do valor 
real de sua força de trabalho. 
f) Trabalho Excedente 
Para Karl Marx, o trabalho excedente é a quantidade de trabalho que é realizada pelos 
trabalhadores além daquela que é necessária para produzir os meios de produção e os 
bens de consumo que sustentam a vida dos trabalhadores e da sociedade. É o trabalho 
realizado para produzir valor de troca, ou seja, o valor que é adicionado a uma mercadoria 
para determinar o seu preço de venda no mercado. 
O trabalho excedente é medido em termos de trabalho abstrato, ou seja, a forma como o 
trabalho é medido no sistema capitalista para determinar o valor de troca de uma 
mercadoria. É uma medida da quantidade de trabalho socialmente necessário para 
produzir um bem ou serviço, independentemente de sua utilidade concreta ou prática. 
Para Marx, o trabalho excedente é importante porque é a fonte de lucro para os 
capitalistas. Quando os capitalistas pagam aos trabalhadores menos do que o trabalho 
necessário, eles mantêm a diferença como lucro. Isso é visto como uma forma de 
exploração dos trabalhadores, já que eles são pagos abaixo do valor real de sua força 
de trabalho. O trabalho excedente é também uma fonte de opressão e alienação, já que 
desvincula o trabalhador da utilidade concreta e prática de seu trabalho e o submete a 
uma medida abstrata e imaterial. 
3) Como se determina valor da força de trabalho? 
Para Karl Marx, o valor da força de trabalho é determinado pelo trabalho necessário para 
produzir e reproduzir a própria força de trabalho. Isso inclui não apenas o tempo gasto 
trabalhando, mas também o tempo e os recursos necessários para manter a saúde e a 
força física dos trabalhadores, bem como para educar e treinar a próxima geração de 
trabalhadores. 
Assim, o valor da força de trabalho é determinado pelo custo social da produçãoe 
reprodução da força de trabalho, incluindo o custo dos meios de subsistência (como 
alimentos, vestuário, moradia, etc.), o custo da educação e treinamento, e o custo da 
saúde e da manutenção da força física dos trabalhadores. 
No sistema capitalista, o valor da força de trabalho é determinado pelo mercado, com os 
capitalistas oferecendo aos trabalhadores um salário que reflete a quantidade mínima de 
trabalho necessário para produzir e reproduzir a força de trabalho. No entanto, o valor da 
força de trabalho é constantemente influenciado pela oferta e demanda no mercado, pela 
luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e salários mais altos, e 
pelo poder dos capitalistas para controlar a produção e a reprodução da força de trabalho. 
4) O que é salário de subsistência para Marx? 
Para Karl Marx, o salário de subsistência é o salário mínimo que um trabalhador precisa 
para manter a si mesmo e a sua família. É o montante necessário para cobrir os custos 
da produção e reprodução da força de trabalho, incluindo o custo dos meios de 
subsistência, educação, saúde e outros gastos relacionados à manutenção da força de 
trabalho. 
O salário de subsistência é visto por Marx como a medida mínima da justiça social no 
mercado de trabalho, pois reflete o trabalho necessário para produzir e reproduzir a força 
de trabalho. No entanto, o salário de subsistência é geralmente muito menor do que o 
valor real da força de trabalho, e os trabalhadores são geralmente forçados a trabalhar 
horas extras para complementar seus salários e satisfazer suas necessidades básicas. 
Para Marx, o salário de subsistência é uma questão central da luta de classes, já que os 
capitalistas tendem a pagar o salário mais baixo possível, enquanto os trabalhadores 
lutam por salários mais altos e melhores condições de trabalho. A diferença entre o 
salário de subsistência e o valor real da força de trabalho é uma fonte de lucro para os 
capitalistas, e reflete a exploração dos trabalhadores no sistema capitalista. 
5) O que é mais valia? E como ocorre sua produção? 
Para Karl Marx, mais-valia é a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor que 
ela produz no processo de trabalho. É a fonte de lucro para os capitalistas no sistema 
capitalista. 
A produção de mais-valia ocorre da seguinte maneira: o capitalista paga ao trabalhador 
um salário que corresponde apenas ao trabalho necessário para produzir e reproduzir a 
força de trabalho, ou seja, o salário de subsistência. No entanto, durante o processo de 
trabalho, o trabalhador produz muito mais valor do que o que recebe em forma de salário. 
Esse valor adicional é a mais-valia. 
A mais-valia é apropriada pelo capitalista como lucro, que é reinvestido no processo 
produtivo para expandir ainda mais o negócio e aumentar ainda mais a exploração dos 
trabalhadores. 
Para Marx, a mais-valia é a base da exploração dos trabalhadores no sistema capitalista 
e é uma fonte central de conflito entre as classes trabalhadora e capitalista. A luta dos 
trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho é, portanto, uma luta contra 
a exploração e a apropriação da mais-valia pelos capitalistas. 
6) Explique o que é mais valia absoluta e mais valia relativa: 
A mais-valia absoluta é um conceito desenvolvido por Karl Marx que se refere ao valor 
adicionado à produção de um bem, que é retido pelo proprietário capitalista e não pago 
aos trabalhadores. É a diferença entre o valor da produção e o custo dos fatores de 
produção, como trabalho e matérias-primas. 
A mais-valia relativa, por sua vez, se refere à ampliação da mais-valia absoluta em 
relação às horas de trabalho adicionais necessárias para produzir um bem. É o aumento 
da eficiência do trabalho, ou seja, a produção de mais bens com menos horas de 
trabalho. Isso é alcançado através da introdução de novas tecnologias, melhoria da 
organização do trabalho etc. 
Na visão de Marx, a mais-valia absoluta e relativa são importantes para entender como 
o capitalista explora o trabalhador e acumula riqueza, perpetuando assim a opressão e 
desigualdade social na sociedade capitalista. 
7) O que é capital constante e capital variável 
No contexto da teoria econômica de Karl Marx, o capital constante e o capital variável 
são duas categorias que se referem a diferentes componentes do capital investido em 
um processo produtivo. 
O capital constante é composto pelos fatores de produção que não envolvem trabalho 
humano, tais como máquinas, equipamentos, materiais e instalações. Este componente 
do capital tem um papel estático na produção, pois sua presença não muda ao longo do 
tempo. 
Já o capital variável é o componente do capital que se refere ao pagamento do trabalho 
humano. Este componente tem um papel dinâmico na produção, pois é o trabalho que 
realiza a transformação dos insumos em produtos finais. 
Para Marx, o capital variável é fundamental para a produção de mais-valia, pois é através 
do trabalho humano que é criado valor adicional. A mais-valia é retida pelo capitalista 
como lucro, perpetuando a exploração e a desigualdade social. 
Assim, o capital constante e o capital variável são conceitos importantes para entender a 
dinâmica do processo produtivo no capitalismo e como o capitalista acumula riqueza 
através da exploração do trabalho. 
8) O que é taxa de mais valia: Que é taxa de lucro? 
A taxa de mais-valia é o conceito desenvolvido por Karl Marx que mede a relação entre 
a mais-valia gerada no processo produtivo e o capital investido. É calculada como a 
proporção entre a mais-valia absoluta e o capital variável investido. A taxa de mais-valia 
é importante na teoria marxista porque representa a taxa de exploração do trabalho e a 
eficiência da acumulação de riqueza pelo capitalista. 
Já a taxa de lucro é o conceito usado na economia convencional que mede a relação 
entre o lucro e o capital total investido em um negócio ou empresa. É calculada como a 
proporção entre o lucro e o capital investido (constante e variável). A taxa de lucro é uma 
medida importante de rentabilidade e é amplamente utilizada pelos investidores para 
avaliar a saúde financeira de uma empresa. 
Em resumo, enquanto a taxa de mais-valia se concentra na relação entre o valor adicional 
criado pelo trabalho e o capital investido em mão-de-obra, a taxa de lucro se concentra 
na relação entre o lucro e o capital total investido em uma empresa ou negócio. 
9) O que é composição orgânica do capital? 
A composição orgânica do capital (COC) é um conceito desenvolvido por Karl Marx que 
se refere à relação entre os componentes do capital investido em um processo produtivo, 
especificamente o capital constante (máquinas, equipamentos, instalações etc.) e o 
capital variável (trabalho humano). 
A COC é importante para entender como a dinâmica da produção se transforma ao longo 
do tempo, pois a intensificação do trabalho e a introdução de novas tecnologias tendem 
a aumentar a proporção do capital constante em relação ao capital variável. De acordo 
com Marx, a tendência a longo prazo é a de que a COC aumente, o que leva a uma 
diminuição na taxa de mais-valia e a uma crise do capitalismo. 
A composição orgânica do capital é, portanto, uma medida importante para compreender 
a dinâmica do capitalismo e a exploração do trabalho, pois reflete como o capitalista 
acumula riqueza e a evolução da tecnologia e da organização do trabalho. 
10) Em que consiste a tendência decrescente da taxa de lucro para Marx? 
Para Karl Marx, a tendência decrescente da taxa de lucro é uma das características 
fundamentais do capitalismo. De acordo com sua teoria, a taxa de lucro tende a diminuir 
ao longo do tempo, mesmo que a produção aumente e as condições econômicas 
melhorem. 
A tendência decrescente da taxa de lucro ocorre devido a uma combinação de fatores, 
incluindoo aumento da composição orgânica do capital, ou seja, a tendência do capital 
constante (máquinas, equipamentos, instalações etc.) a crescer em relação ao capital 
variável (trabalho humano). A intensificação do trabalho e a introdução de novas 
tecnologias também tendem a aumentar a proporção do capital constante, o que aumenta 
o custo do capital e diminui a taxa de lucro. 
Além disso, a concorrência entre as empresas também tende a pressionar a taxa de 
lucro, pois as empresas buscam aumentar a sua eficiência e reduzir os custos, o que 
acaba por pressionar a taxa de lucro. 
Para Marx, a tendência decrescente da taxa de lucro é uma evidência da crise estrutural 
do capitalismo, pois representa a incapacidade do sistema de garantir uma taxa de lucro 
suficientemente alta para manter o incentivo à investimento e a acumulação de capital. 
A tendência decrescente da taxa de lucro, portanto, é um fator importante na crise do 
capitalismo e na necessidade de mudanças radicais no sistema econômico. 
11) Para Marx, quais são os fatores que tenderiam a tornar a queda na taxa de 
lucro mais lenta? 
Para Karl Marx, a tendência decrescente da taxa de lucro é uma das características 
fundamentais do capitalismo. Embora exista uma tendência geral à queda da taxa de 
lucro, Marx acreditava que existiam alguns fatores que poderiam tornar esta queda mais 
lenta em algumas circunstâncias. Estes fatores incluem: 
1. Conquista de novos mercados: A expansão para novos mercados e países pode 
levar a uma temporária elevação da taxa de lucro, pois a entrada em novos 
mercados pode significar uma maior demanda por produtos e um aumento na 
produção. 
2. Aumento da intensidade do trabalho: A intensificação do trabalho, ou seja, 
aumento da jornada de trabalho e da produtividade, pode resultar em uma 
temporária elevação da taxa de lucro, pois aumenta a produção sem que haja um 
aumento correspondente no custo do trabalho. 
3. Aumento da exploração do trabalho: A intensificação da exploração do trabalho, 
ou seja, aumento da exploração dos trabalhadores, pode resultar em uma 
temporária elevação da taxa de lucro, pois permite ao capitalista aumentar a sua 
mais-valia sem um aumento correspondente nos custos. 
4. Depreciação dos meios de produção: A depreciação dos meios de produção, ou 
seja, desgaste das máquinas e equipamentos, pode resultar em uma temporária 
elevação da taxa de lucro, pois permite ao capitalista reduzir o seu custo sem uma 
redução correspondente na produção. 
No entanto, mesmo com esses fatores, Marx acreditava que a tendência geral seria a de 
uma queda decrescente da taxa de lucro, e que esses fatores não seriam capazes de 
impedir a crise estrutural do capitalismo a longo prazo. 
12) O que é o exército de reserva industrial? 
O "exército de reserva industrial" é uma expressão usada por Karl Marx para descrever 
uma grande população de trabalhadores sem emprego ou subempregados que estão 
disponíveis para serem contratados quando há aumento da demanda por trabalho. Esses 
trabalhadores são vistos como uma reserva de mão de obra que pode ser chamada a 
qualquer momento, o que permite aos capitalistas controlar a oferta e a demanda de 
trabalho e, consequentemente, manter baixos salários e explodir os trabalhadores. 
De acordo com a teoria marxista, o exército de reserva industrial é uma característica 
estrutural do capitalismo e é visto como uma forma de controlar os salários e aumentar a 
exploração dos trabalhadores. Isso cria uma pressão constante sobre os trabalhadores, 
pois eles estão sempre cientes da possibilidade de perder seus empregos e serem 
substituídos por trabalhadores disponíveis. Esta pressão mantém baixos salários e 
impede que os trabalhadores lutem por melhores condições de trabalho. 
13) Explique qual é o problema da transformação em Marx: 
O “problema da transformação" é uma questão que surgiu no contexto da teoria 
econômica marxista e refere-se à dificuldade em transformar valores em preços de 
produção. Em outras palavras, é a questão de como as relações sociais de produção, 
que são baseadas em valores, podem ser transformadas em preços de produção, que 
são os preços dos bens produzidos no mercado. 
A questão da transformação é importante porque Marx argumentou que a mais-valia, ou 
seja, o valor excedente gerado pelo trabalho, é a fonte de lucro no capitalismo. Portanto, 
para entender a dinâmica da acumulação capitalista, é importante compreender como o 
valor excedente é transformado em preços de produção e, consequentemente, em lucro. 
Diferentes interpretações do marxismo desenvolveram diferentes abordagens para lidar 
com o problema da transformação, e ele ainda é objeto de debate e crítica na teoria 
econômica marxista. Alguns argumentam que o problema da transformação é uma falha 
fundamental na teoria marxista, enquanto outros argumentam que é possível superar 
essa dificuldade com uma interpretação adequada da teoria. Independentemente disso, 
a questão da transformação continua sendo uma questão importante no contexto da 
teoria econômica marxista.

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