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CÁRIE DENTÁRIA NA INFÂNCIA O entendimento da doença cárie permite o manejo da doença e das lesões de cárie. O diagnóstico e as decisões de tratamento são a integração do conhecimento sobre a etiologia e a patogênese da cárie. Cariologia é fundamental para o entendimento do manejo da doença e das lesões de cárie, no qual o diganóstico e as decisões de tratamento permitem a integração do conhecimento sobre etiologia e patogênese da cárie. EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS ANTIGAMENTE (CONCEITOS ANTIGOS) Tríade de Keyes: em 1962, a cárie dentária foi definida como uma enfermidade bacteriana multifatorial que para sua instalação precisava de três fatores básicos: hospedeiro, microflora e substrato. Descreviam como as características da cárie: infecciosa, transmissível, multifatorial, crônica e de progressão lenta. Definiam a cárie como: doença infectocontagiosa que resulta em uma perda localizada de minerais dos dentes causada por ácidos orgânicos provenientes da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. EVOLUÇÃO DO CONCEITO E ADIÇÃO DE FATORES DETERMINANTES, CONFUNDIDORES E MODIFICADORES DA CÁRIE Em adição aos fatores principais: dieta, microorganismos e dente/hospedeiro susceptível; temos a interação desses fatores em um determinado em um período de tempo para propiciar o desenvol- vimento da doença. Outros fatores que influenciam na ocorrência e no risco de doença cárie: nível socioeconômico, renda, conhecimento, comportamento, escolari- dade, espécies microbianas, flúor, fluxo e compo- sição salivar, capacidade tampão. DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO DA LESÃO DE CÁRIE Os tecidos dentários, quando expostos aos ácidos bacterianos ou ácidos da dieta, podem perder cálcio e fosfato (minerais), passando por um processo de desmineralização. Porém, os tecidos dentários ganham cálcio e fosfato do meio bucal, passando por um processo de remineralização. O pH crítico do esmalte é 5,5 e da dentina é 6,5. A cárie então será a consequência do desequilíbrio entre os fatores que fazer parte do processo de desmineralização – remineralização (DES-RE). O equilíbrio dinâmico desse processo é normal, mas o desequilíbrio é o que causa a doença. CONCEITO ATUAL DA DOENÇA CÁRIE A doença cárie é uma condição crônica multifatorial, caracterizada pelo desequilíbrio entre as constantes trocas de minerais que ocorrem entre os tecidos dentários e o meio fluido bucal. O processo carioso é resultante da dinâmica de desmineralização/remineralização, decorrente do metabolismo bacteriano e que pode, havendo predominância da desmineralização, resultar em perda mineral com consequente cavitação. Ter a doença cárie (o desequilíbrio) é diferente de ter as lesões de cárie. As lesões de cárie são os sinais clínicos desse desequilíbrio, quando há predominância da perda de minerais do esmalte e dentina. A análise dos fatores etiológicos deve partir do conceito de multicausalidade da doença, onde variantes biológicas e não-biológicas atuam de forma sinérgica (pode ser considerada uma doença comportamental – hábitos e atitudes). A cárie dentária é uma doença localizada, decorrente da atividade microbiana localizada, e as bactérias causadoras são naturais da cavidade oral, de forma que classificar a cárie como doença infecciosa não é mais válido. A cárie é uma disbiose, não existe microorganismo específico responsável pelo seu desenvolvimento, ela ocorre pelo desequilíbrio da flora bacteriana residente (baixo pH, dieta rica em sacarose e redução do fluxo saliva) em razão de um favorecimento do crescimento de microorganismos cariogênicos. SINTOMATOLOGIA E SEUS REFLEXOS A doença pode se manifestar de diversas formas em crianças, e é muito comum observar casos muito graves nesses indivíduos. A qualidade de vida da criança é muito afetada pela cárie, interferindo muito no seu comportamento e nas suas relações sociais. A criança apresenta dor (espontânea ou provocada por frio, calor e ingesta de doces), perda de sono, alterações na fala, mastigação e fonação, alteração no crescimento e desenvolvimento, interferência na estética, expressão facial e autoestima (confiança, muitos aspectos psicológicos). EPIDEMIOLOGIA DA CÁRIE De acordo com o SB Brasil, a cárie acomete 27% dos indivíduos de 18 a 36 meses, 59.4% na faixa etária de 5 anos e 70% na faixa de 12 anos. ETIOPATOGENIA DA CÁRIE 1) FATORES DO HOSPEDEIRO DENTES Os dentes podem ter características anatômicas que propiciam/facilitam o acúmulo de biofilme, apinhamento dentário ( arco tipo II de Baume) pode também contribuir. O defeito no desenvolvimento do esmalte ou dentina fazendo com que o dente fique menos mineralizado pode ocorrer em algumas crianças e propiciar uma cárie mais destrutiva. A maturação pós-eruptiva dos dentes também exerce papel importante. Quando o dente irrompe, ele ainda não está em seu grau máximo de mineralização, por isso, se for exposto a um desafio cariogênico, a cárie se desenvolve mais rápido. SALIVA O fluxo normal salivar é de 0,3ml/min com capacidade tampão (íons bicarbonato, cálcio e fosfato). Tem características químicas, mecânicas, antimicrobianas (lisozima, lactoferrina e lactoperoxidase) e imunológicas (imunoglobulina A - IgA). A saliva é lubrificante, reduz a velocidade de desmineralização, é uma membrana semipermeável que reduz a mobilidade dos íons, previne o crescimento contínuo do cristal de hidroxiapatita e forma a superfície para a colonização bacteriana. A saliva é também capaz de remover e neutralizar ácidos, tem papel ativo na maturação pós-eruptiva (aquisição de íons via difusão: cálcio, fósforo, magnésio e flúor), formação da película adquirida e função antibacteriana. Clearance Salivar: a saliva desempenha suas funções protetoras devido aos elementos de sua composição, capacidade de diluição e neutralização de ácidos e eliminação de substâncias com potencial cariogênico. 2) MICROBIOTA O biofilme é constituído por uma comunidade de microorganismos aderidos à superfície dentária, imerso em uma matriz extracelular exposta a fontes de água e nutrientes. O biofilme é comum na cavidade bucal e se mantido em equilíbrio, não causa injúrias, apesar de que deve ser desorganizado na escovação. Mudanças no meio bucal podem desencadear o desequilíbrio e predispor a doença cárie ou periodontal. Bactérias associadas à cárie: principalmente a S.mutans e Lactobacilos. Porém podemos encontrar: S.anginosus, S.constellatus, S.gordonii, S.intermedius, S.mitis, S.oralis, S.salivaris e S.sanguis. Características do microrganismo cariogênico: capacidade de metabolizar açucares provenientes da dieta, de produzir ácidos (acidogênicos), de manter o metabolismo ativo mesmo em condições de pH desfavorável (acidúricos), de produzir polissacarídeos extracelulares (aderência) e intracelulares (reserva de nutrientes). FORMAÇÃO DO BIOFILME BACTERIANO Condições favoráveis à aquisição do S. mutans: bactérias associadas a cárie dentária, como o S. mutans inicia a cárie se aderindo ao esmalte e os lactobacilos são responsáveis pela progressão e desenvolvimento da lesão, principalmente em dentina. O atraso na aquisição do S.mutans e a colonização do dente por outros microrganismos, reduz a probabilidade de sua fixação posterior, resultando em um nível menor de infecção. O biofilme é constituído por uma comunidade de microrganismos aderidos à superfície dentária, imerso em uma matriz extracelular exposto a fontes de água e nutrientes: - Placa bacteriana: biofilme da cavidade bucal. - Placa ecológica: mudanças no meio bucal podem desencadear um desequilíbrio deste ecossistema, predispondo a doença cárie ou periodontal. Bactérias que contém glicotransferases, na presen- ça de sacarose metabolizam polissacarídeos extra- celulares epossibilitam a formação do biofilme sobre a superfície dentária. Um biofilme formado numa baixa frequência de açúcar é saudável e contém microorganismos comensais (1ª figura). Já um biofilme formado com uma alta frequência de açúcar possui esses microorganismos acidogênicos e acidúricos que proporcionam a queda do pH e tem menor concentração de mineirais (2ª figura). AQUISIÇÃO DA MICROBIOTA BUCAL DO BEBÊ A colonização das bactérias na cavidade bucal é complexa, pois envolve a habilidade destes em aderir diretamente sobre os tecidos, produzir polímeros extracelulares, facilitando a aderência na superfície. A cavidade bucal do recém-nascido é estéril, pois além de tem anticorpos na cavidade bucal, a S.mutans necessita de superfícies duras para se proliferar. Após algumas horas do nascimento, a cavidade começa a ser colonizada por microorga- nismos facultativos e aeróbios. Com poucas sema- nas de vida já tem S.salivaris, S.mitis, Staphylo- coccus e Lactobacilos. Anticorpos presentes na cavidade bucal do bebê: IgA, IgM e IgG. A colonização das bactérias na cavidade bucal é complexa pois envolve a capacidade do MO de aderir diretamente sobre superfícies através da produção de polímeros extracelulares. Após a erupção dentária, há um padrão intra- familiar de aquisição da S.mutans. Transferência via materna ou outros membros do convívio, com transmissão via saliva (copos, talheres, escovas de dente e beijos na boca). É um processo natural de colonização, que não configura doença, mesmo que seja precoce, pois mais cedo ou mais tarde ele ia fazer parte da microbiota e o desenvolvimento da cárie depende da dieta e da higiene também. A “janela de infectividade” normal do S.mutans é entre 19 e 31 meses de idade. 3) DIETA Acréscimo de açúcar na dieta aumenta a atividade de cárie, principalmente quando consumido entre as refeições e sob uma forma que ficasse retido na boca por um longo período de tempo. A sacarose favorece a colonização bacterina de microorganismos orais, aumenta a viscosidade do biofilme, permitindo sua aderência aos dentes. Potencial cariogênico maior que outros açúcares. A presença de sacarose pode tornar alimentos não- cariogênicos em cariogênicos (leite e derivados). As experiências iniciais com os sabores, seja a partir do líquido amniótico, leite materno ou fórmulas, podem moldar as preferências precoces e adaptação de sabores. Ou seja, açúcar se inserido precocemente reforça o consumo de açúcar pelo resto da vida e em maior frequência. O açúcar deve ter sua introdução evitada desde o período intrauterino até os 2 anos de vida. A redução da ingestão de açucares livres é encoraja- da a ser de 5-10% da ingestão calórica total. Fórmulas infantis: estudos comparativos apontam que fórmulas contendo açucares extrínsecos não lácteos são provavelmente mais cariogênicos que aquelas com apenas lactose. Aleitamento materno: é encorajado no início da vida e quando restrito, pois pode proteger contra a cárie dentária na primeira infância. A alta frequên- cia do aleitamento materno irrestrito depois de 12 meses e a noite pode aumentar o risco de cárie. 4) OUTROS FATORES Fatores comportamentais (hábitos familiares e escolares de higiene e dieta) e fatores socioeconô- micos (ligadas à falta de informação e acesso à saúde) podem contribuir para o aumento ou diminuição do risco de cárie. Fatores modificadore da cárie: renda, atitude, conhecimento, escolaridade, classe social e comportamento. O tempo também é um fator importante quando se trata da manutenção da simbiose e do equilíbrio dinâmico da DES-RE. RISCO E ATIVIDADE DE CÁRIE A avaliação clínica da cárie deve levar em consideração tanto a atividade de cárie (presença ou não da doença e sua gravidade) quanto o risco de cárie (tendência, predisposição e susceptibili- dade de desenvolver a doença em determinada época, podendo ser alto, médio ou baixo). Fatores de risco: consumo de açúcar (dose depen dente), higiene bucal, experiência passada com cáre, baixa escolaridade familiar, ocupação dos pais, idade, anatomia dos dentes, uso de flúor, função salivar e análise microbiana. Como determinar o risco de cárie em uma criança? 1) Frequência de higienização 2) Frequência de consumo de sacarose 3) Amamentação/alimentação noturna 4) Contato com flúor 5) Evidenciação do biofilme dental 6) Exame clínico após profilaxia 7) Fatores demográficos e socioculturais 8) Saúde geral 9) Uso de medicamentos 10) Colaboração dos pais 11) Forma e posicionamento dental (arco com ou sem diastemas, dentes em erupção) Zona prioritárias de risco de acordo com a idade: 0 a 3 anos: oclusal dos molares decíduos 3 a 6 anos: proximais dos molares decíduos 6 a 8 anos: oclusais dos 1° molares permanentes DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE CÁRIE DENTAL Só a partir da avaliação da presença de lesões e suas características é possível determinar a doença presente e a atividade da doença. MANCHA BRANCA O esmalte é constituído de cristais de hidroxi- apatita condensados de tal maneira que tem a apa- rência de vidro translúcido. A mancha branca é o início da perda mineral que causa alterações nas propriedades ópticas do esmalte, com diminuição do tamanho e no número de cristais, aumento do espaço intercristalino e aumento da porosidade do esmalte. Isso faz com que a luz se disperse mais e o esmalte fique menos translúcido. A mancha branca pode estar ativa (acúmulo de placa, opaca e rugosa) ou inativa (brilhante e lisa). Cuidado com o diagnóstico diferencial com fluorose (acometimento bilateral ou de muitos dentes na arcada). CÁRIE EM ESMALTE Evolução da mancha branca, cavitação em esmalte que pode ser vista clinica ou radiograficamente. Cárie em esmalte em superfície lisa (proximal): formato cônico com base na superfície e ápice para a junção amelodentinária. Cárie em esmalte em superfície oclusal: formato cônico com ápice na superfície e base para junção amelodentinária. Difusão das paredes laterais. CÁRIE EM DENTINA Clinicamente pode estar ativa aguda (evolução rápida, coloração amarelo claro, tecido amolecido, presença de sintomatologia e de mancha branca nas bordas), ativa crônica (evolução lenta, coloração amarelo escuro, tecido mais consistente, sem sintomatologia e sem mancha branca) ou inativa (lesão mais escurecida e tecido endurecido, característica de cárie paralisada, quando houve diminuição do risco de cárie). Radiograficamente é visto em formato cônico, com o ápice para a polpa e a base para a JAD. CÁRIE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Chamada também de cárie de mamadeira, cárie de amamentação, cárie de aleitamento, cárie de acometimento precoce e cárie severa da infância. Definição atual: presença de uma ou mais superfícies cariadas (cavitada ou não cavitada), perdidas ou restauradas (derivada de cárie) em qualquer dente decíduo de uma criança com menos de 6 anos de idade. Cárie precoce x cárie severa na infância: CPI → 1 ou mais dentes decíduos cariados, perdidos ou restaurados (<71 meses) e CSI → aos 3, 4 e 5 anos ( >4, 5 e 6 superfícies afetadas). Características clínicas: vários dentes envolvidos, desenvolvimento rápido de lesões, envolvimento de faces dentárias consideradas de baixo risco de cárie e incisivos inferiores geralmente não afetados (fluxo salivar protege). Fatores envolvidos no desenvolvimento da CPI: ausência ou deficiência da higiene bucal, não disponibilidade de flúor, susceptibilidade dos dentes, exposição prolongada e frequente à alimentos cariogênicos, baixo nível de escolaridade dos pais, baixo nível socioeconômico das famílias, falta de acesso à atenção odontológica e uso de medicamentos contendo sacarose. Recomendações: limitar o consumo de açúcar em alimentos e bebidas e evitar açucares livres para criançascom menos de 2 anos, escovar os dentes de todas as crianças duas vezes por dia com pasta fluoretada (1100ppm de F) usando quantidade adequada de dentifrício, promover campanhas preventivas e de conscientização dos pais. Aleitamento irrestrito: aleitamento irrestrito após a erupção dos dentes + ausência de higiene bucal + introdução precoce do açúcar é o resumo das determinantes da CPI. O leite materno não tem sacarose, não tem o poder de dar cárie. Porém, a amamentação só pode ser por livre demanda até 6 meses de idade quando começa a erupção dos dentes. Nessa época há introdução de outros alimentos, podendo haver introdução precoce do açúcar e se combinado a ausência de higiene bucal, há muita prevalência dessa cárie da infância. Pode até ter um desses três fatores, mas a associação é fatal para cárie. Quando o dente decíduo erupciona, além dele ser menos mineralizado, ele ainda vai ter uma mineralização pós-eruptiva na adaptação do meio bucal, e nesse momento se ele recebe um desafio cariogênico há bastante probabilidade dele desenvolver cárie. Por isso que aparentemente crianças tem mais cárie destruidora total. DETECÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA Os métodos mais tradicionais e frequentemente para a detecção das lesões de cárie são o exame visual-tátil associado ao exame radiográfico. Neste tipo de método, aspectos como textura, brilho e coloração das lesões são importantes para a diferenciação das lesões ativas e inativas. Visão direta com o espelho clínico; Auxiliares no diagnóstico: sonda exploradora, fio dental e escova robson. A sonda exploradora pode causar danos iatrogênicos, transmissão de microrganismos entre os sítios examinados e apresenta baixa precisão. A sonda exploradora com ponta romba deve ser utilizada sem pressão e para remoção do biofilme. Os dentes devem estar secos e iluminados adequadamente. O exame clínico deve ser individualizado de forma ordenada com profilaxia e secagem dos dentes. INSPEÇÃO VISUAL: SISTEMA EUROPEU Boa iluminação e limpeza, secagem rápida, precisão melhor que exame tátil, maior especificidade e avaliação da atividade da lesão. Exame na superfície oclusal: sulco e fissura → descontinuidade resultante da imperfeita fusão ou coalescência de duas cúspides. Fossa ou fosseta → depressões de forma e profundidade variáveis. EXAME RADIOGRÁFICO: SUPERFÍCIE PROXIMAL A imagem quando está restrita ao esmalte normalmente é uma lesão não cavitada, já quando a imagem está na metade interna da dentina a lesão já está cavitada e a imagem na metade externa da dentina deve-se avaliar caso a caso. MÉTODOS BASEADOS EM LUZ TRANSILUMINAÇÃO POR FIBRA ÓPTICA (FOTI) É uma técnica de inspeção visual avançada, com base em propriedades de espalhamento de luz em esmalte, no qual é um método qualitativo que avalia a diferença existente nas propriedades da reflexão de luz entre o esmalte sadio e o poroso devido à lesão de cárie. A estrutura dentária descalcificada tem um índice de transmissão de luz mais baixo que o do esmalte sadio e a área da lesão é vista como uma mancha escura. O método é simples, confortável para o paciente e não invasivo. DIAGNODENT LASER CAVITY DETECTION O laser fluorescente para detecção de lesões. MEDIDA DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (ECM) Este método de detecção de cárie baseia-se na diferença de condutividade elétrica entre a região hígida e cariada em um mesmo dente. A resistência do esmalte diminui com o aumento da porosidade, quando o esmalte está desmineralizado, a condutividade elétrica do dente aumenta. O ECM é capaz de detectar e quantificar essa diferença. CARIE SCAN PRO Mensura a extensão do tecido cariado em estágios precoces antes que a lesão atinja a dentina. A técnica apresenta uma acurácia de 92,5% para identificar tanto tecido sadio quando cariado. A utilização do laser fluorescente Diagnodent mostrou-se eficiente que a da radiografia convencional para o diagnóstico de cárie em dentina. No diagnóstico de lesões de cárie oclusais, este aparelho demonstrou resultados falsos- positivos, em estudos in vitro, em decorrência de manchas, depósitos de cálculos, alteração na estrutura do esmalte e mineralização do dente. Quando comparado ao ECM, apresentou maior validade diagnóstica para detectar lesões de cárie incipientes. TESTES SALIVARES Servem para identificar e avaliar os fatores de risco para a cárie: - Número de superfícies colonizadas e as alterações salivares; evidenciam o potencial cariogênico do biofilme dentário; - Pontuam a presença de um alto consumo de sacarose, se não houver sítios de retenção; - Avaliam o nível de EGM em gestantes ou mães, o que evita a colonização precoce, devido ao risco de transmissão mãe-filho; - Avaliam o risco ao desenvolvimento de lesões cariosas em bebês, gestantes, mães, adultos e idosos. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO Sensibilidade: capacidade do método detectar a doença; Especificidade: capacidade do método de detectar saúde. O método deve ser mais específico do que sensível. O diagnóstico ideal deve ser confiável, detectar lesões incipientes, lesões reversíveis x irreversíveis, permitir documentação, custo acessível, fácil e rápido.
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