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APOSTILA 
D E H U M A N A S
GUIADOVESTIBULINHO
provas de BOLSA
cursos técnicos ETEC
escolas da EMBRAER
cursos do SENAI
colégios MILITARES
e muito mais!
O que você vai aprender nessa 
apostila?
Nessa apostila você vai aprender sobre as matérias mais 
importantes e que mais caem nos vestibulinhos de todo o país, e 
mais especificamente nas provas da ETEC, Colégio Embraer, 
Senai, Colégios da UNESP, Unicamp e USP, Colégios 
Militares e provas de bolsa.
Resumi e organizei os principais assuntos que você precisa saber 
para garantir uma vaga nos melhores colégios e cursos técnicos 
do Brasil.
Está fácil, está resumido e está divertido para você aprender tudo e 
mandar bem nas provas para o Ensino Médio.
#boraestudar
#japassei
Essa apostila que você tem em mãos vai te ajudar a se 
preparar para todas as provas!
Por isso conto com seu esforço e 
entusiasmo para estudar bastante. 
Tudo o que você precisa está aqui, 
agora é com você.
Bons Estudos :)
Quem sou eu?
Meu nome é Diego William, e minha missão esse ano é fazer 
você passar em um vestibulinho de Ensino Médio!
Sou Engenheiro de Materiais de formação e professor de 
coração... 
Sou de São José dos Campos/SP, vim de escola pública, nunca 
tive dinheiro pra pagar um colégio particular, por 
isso sempre lutei para passar em um 
vestibulinho e mudar minha vida.
E deu certo! Passei em 6 vestibulinhos 
e em 8 vestibulares!
Desde 2013 trabalho como professor
e mentor para alunos que sonham em
passar em um vestibulinho...
Mas em 2018 resolvi fazer diferente:
fundei o Guia do Vestibulinho, que já 
ajuda literalmente milhares de alunos 
a se prepararem para as provas de bolsa e 
vestibulinhos das maiores e melhores 
escolas do país. 
você não 
precisa
ser rico
para estudar 
nas
melhores 
escolas
do Brasil!
APOSTILA 
D E H U M A N A S
“A globalização permite, em tese, uma maior integração entre as diferentes 
áreas do planeta”
 
A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para 
descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no 
mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as 
diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada 
pelos sistemas de comunicação e transporte.
Mas o que é globalização exatamente?
O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais 
diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História 
que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer 
que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das 
relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão 
entre as diferentes partes do globo terrestre.
Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma 
ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a 
principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante 
evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é 
cada vez maior ao longo do tempo.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes 
partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente 
que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos 
eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão 
nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada 
dia mais globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável 
pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração 
que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O 
termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão 6
GLOBALIZAÇÃO
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
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próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial 
no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.
A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de 
globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 
1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da 
Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a 
globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial 
europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o 
sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando 
evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações 
tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe 
um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução 
Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e 
que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-
se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque 
para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior 
evolução nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-
se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma 
mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da 
segunda metade do século XX em diante.
Características da globalização / aspectos positivos e negativos
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais 
diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço 
geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a 
economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos 
Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no 
Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, 
influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da 
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globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse 
debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da 
globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que 
o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de 
uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de 
comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, 
princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma 
ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma 
hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou 
uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, 
obliterando, assim, suas matrizes tradicionais.
Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços 
proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior 
difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença 
grave é descoberta no Japão,ela é rapidamente difundida (a depender do 
contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros 
pontos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e 
também de investimentos, entre diversos outros fatores.
É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da 
globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da 
ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto 
entrar no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou 
prejudicial para a sociedade e para o planeta.
Efeitos da Globalização
Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências 
da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a 
configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de 
transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais 
especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais 
preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses 
diferentes pontos.
Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas 
multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. 
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Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem 
suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior 
mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e 
de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo 
de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço 
da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e 
emergentes, incluindo o Brasil.
Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos 
acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa 
ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos 
regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental 
no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e 
também propiciar ações conjunturais em grupos.
Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na 
expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida 
transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou 
neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas 
econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar 
uma mínima intervenção na economia.
A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e 
características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a 
ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece, 
ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o 
mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.
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Os blocos econômicos compreendem a formação de mercados regionais 
entres países a fim de dinamizar e integrar a economia de seus membros, 
através da livre circulação de mercadorias ou da redução dos impostos 
cobrados em importações. A tendência para a criação e difusão de blocos 
econômicos em todo o mundo aconteceu após o término da Guerra Fria, mas 
a sua prática começou a ocorrer após o final da Segunda Guerra Mundial 
(1939-1945).
Inicialmente, os blocos econômicos eram tratados como um contraponto, uma 
oposição à globalização. Imaginava-se que a sua formação iria potencializar as 
dinâmicas comerciais em nível regional e enfraquecê-las globalmente. No 
entanto, hoje se sabe que os blocos econômicos são, na verdade, um dos 
principais elementos que propiciaram a instrumentalização de uma economia 
em nível global.
Isso porque, além de integrar regionalmente os países, a formação dos acordos 
econômicos potencializa o comércio com o mercado externo, através de 
tarifas comuns e estratégias de mercado, visando atenuar os efeitos da 
concorrência e dinamizar as trocas comerciais.
O primeiro acordo internacional entre países a se constituir no mundo foi o 
Benelux, que seria a semente para a formação posterior da União Europeia. 
BLOCOS ECONÔMICOS
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econômica constituída pelos países que faziam parte da antiga União Soviética 
(URSS), com exceção de Estônia, Letônia e Lituânia (que nunca fizeram parte 
do bloco), além da Geórgia (que deixou o grupo em 2009). A organização 
desse bloco se deve ao fato de que, quando a URSS surgiu e industrializou-se, 
ela interligou o comércio e as indústrias entre as diversas repúblicas que a 
compunham, o que as deixou extremamente interdependentes entre si.
O NAFTA – North America Free Trade Agreement ou Tratado 
Norte-Americano de Livre Comércio – é integrado apenas por três 
países: Estados Unidos, Canadá e México. O bloco foi criado em 1993 para 
fazer frente à União Europeia. Sua organização se dá através do livre comércio.
O Mercosul – Mercado Comum do Sul – foi criado em 1993 e envolve 
alguns países da América do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, 
enquanto Equador, Chile, Colômbia, Peru e Bolívia participam como membros 
associados.
Os blocos econômicos são classificados em quatro tipos principais: zona de 
livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e 
monetária.
Na Zona de Livre Comércio há a redução ou extinção das tarifas 
aduaneiras entre países de um mesmo bloco econômico. Nesse tipo de 
acordo, não se inclui outros elementos, como a adoção de uma moeda única 
ou a livre circulação de pessoas. Exemplo: NAFTA.
Na União Aduaneira há a inclusão da zona de livre comércio incrementada à 
Tarifa Externa Comum (TEC), em que os países-membros adotam as mesmas 
tarifas para suas exportações e importações. Exemplo: Mercosul.
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Abaixo, uma síntese dos principais blocos econômicos do mundo:
A União Europeia é o principal bloco econômico da atualidade. Possui, 
atualmente, 28 países-membros, apresentando, além de uma dinâmica 
econômica e comercial acentuada, um elevado nível de organização, que inclui, 
até mesmo, a livre circulação de pessoas entre as nações que fazem parte do 
bloco.
A CEI – Comunidade dos Estados Independentes – é a formação 
O Benelux consistia na união comercial com a redução de tarifas 
aduaneiras entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
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No Mercado Comum há a mais avançada integração entre países que fazem 
parte de um mesmo bloco. Visa, além da eliminação das tarifas aduaneiras, à 
integração total em circulação de bens, mercadorias, capital e pessoas. 
Exemplo: União Europeia.
Por fim, a União Econômica e Monetária é quando os países do mesmo 
bloco adotam uma moeda única de circulação livre entre eles. Exemplo: o Euro, 
na União Europeia.
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Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista vive uma fase 
de expansão e enriquecimento. Na década de 70 e início dos anos 80, essa 
prosperidade é abalada pela crise do petróleo, que provoca recessão e inflação 
nos países do Primeiro Mundo. Também nos anos 70, desenvolvem-se novos 
métodos e técnicas na produção. O processo de automação, robotização e 
terceirização aumentam a produtividade e reduz a necessidade de mão-de-
obra.
A informática, a biotecnologia e a química fina desenvolvem novas matérias-
primas artificiais e novas tecnologias. Mas a contínua incorporação dessa 
tecnologia de ponta no processo produtivo exige investimentos pesados. E os 
equipamentos ficam obsoletos rapidamente.
O dinheiro dos investimentos começa a circular para além de fronteiras 
nacionais, buscando melhores condições financeiras e maiores mercados. 
Grandes corporações internacionais passam a liderar uma nova fase de 
integração dos mercados mundiais: é a chamada GLOBALIZAÇÃO DA 
ECONOMIA. A divisão política entre os blocos soviético e norte-americano 
modifica-se com o fim da Guerra Fria.
Uma nova ordem econômica estrutura-se em torno de outros centros de 
poder: os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Em torno destes centros são 
organizados os principais blocos econômicos supranacionais, que facilitam a 
circulação de mercadorias e de capitais.
Em 1990, o intercâmbio comercial entre esses países era de aproximadamente 
3 bilhões e meio de dólares. Em 95, já ultrapassa os dez bilhões. O 
MERCOSUL vive uma fase inicial de adequações e ajustes. Mas o comércio 
entre seus integrantes já demonstra seu potencial. Os contatos políticos, 
econômicos e culturais se intensificam. Hoje se negocia a adesão de outros 13
NOVA ORDEM MUNDIAL
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países da América do Sul.
Visando ampliar suas atividades comerciais, já se iniciam contatos políticos 
com os países da União Européia para a formação de um superbloco 
econômico. A integração econômica entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai 
já é uma realidade.
A globalização já não é mais questão de opção; é inevitável para qualquer país 
que pretenda o pleno desenvolvimento econômico, e que queira fazer parte da 
integração mundial que está acontecendo para não sofrer prejuízo ou 
discriminação por não acompanhar os movimentos internacionais.
Sendo assim, com a crescente busca, por novos mercados e todos os demais 
diferentes parâmetros adotados mundialmente, diversos efeitos econômicos 
emergiram.
Globalização econômica de 1980 em diante: crescimento, pobreza e 
distribuição de renda
Para avaliar como a globalização afetou o crescimento econômico, a pobreza e 
a distribuição de renda, reuniram dados de um grupo de mais de cem países. 
Eles foram divididos em três grupos: países ricos, países inseridos no processo 
de globalização e países não inseridos na globalização. O critério para 
diferenciar os países inseridos na globalização do resto dos países em 
desenvolvimento, de 1980 em diante, foi fixado em função de duas variáveis: 
cortes de tarifas e aumento do volume de comércio exterior.
Os países inseridos na globalização tiveram mudanças significativas no volume 
de comércio exterior em relação ao Produto Interno Bruto, passando de 16% 
para 32% nos últimos vinte anos. Como elemento de comparação, nos países 
ricos esse aumento foi de 29% para 50%. Ao mesmo tempo os países inseridos 
na globalização reduziram as suas tarifas em 22 pontos percentuais (de 57% 
para 35%). Os países inseridos na globalização representam metade da 
população mundial, ou seja, mais de três bilhões de pessoas. Dentre eles se 
encontram China, Índia, Brasil, México e Argentina.
As conclusões do estudo mostram que “enquanto as taxas de crescimento dos 
países ricos declinaram nas décadas passadas, as taxas de crescimento dos 
globalizadores têm seguido o caminho inverso, acelerando-se dos anos 70 para 
os 80 e 90. O resto do mundo em desenvolvimento, por outro lado, seguiu o 
mesmo caminho que os países ricos: desaceleração do crescimento dos anos 
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70 para os 80 e 90. Nos anos 90 os países inseridos na globalização tiveram 
um crescimento per capita de 5% ao ano; os países ricos cresceram a 2,2% per 
capita e os países não inseridos cresceram apenas 1,4%. Ou seja, a distância 
entre países ricos e em desenvolvimento declinou nas duas últimas décadas 
em relação aos países inseridos na globalização e aumentou para aqueles 
países não inseridos no processo.
O estudo sugere também que a taxa de inflação dos países com maior 
abertura para o exterior declinou nas últimas décadas.
Dos anos 80 para os anos 90, a inflação média desses países passou de 24% ao 
ano para 12%. A estabilização monetária deverá contribuir para que a renda 
dos pobres cresça em torno de 0,4%. Em função desses resultados, os autores 
do estudo comentam: “podemos esperar que uma maior abertura deverá 
melhorar a vida material dos pobres.Também sabemos que no curto prazo 
haverá alguns perdedores entre os pobres e que a efetiva proteção social pode 
facilitar a transição para uma economia mais aberta, de tal maneira que todos 
os pobres se beneficiem com o desenvolvimento”.
A globalização econômica – aumento de comércio exterior e redução de 
tarifas – favorece o crescimento e a diminuição da pobreza. O grande desafio 
da globalização, entretanto, continua a ser a distribuição de renda entre países 
e entre pessoas: “países que reduziram a inflação e expandiram o comércio e 
viram acelerar suas taxas de crescimento nos últimos 20 anos não tiveram 
mudanças significativas na distribuição de renda”.
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A geopolítica mundial tem sofrido grandes modificações nos últimos30 anos. 
A partir da década de 1980, as sucessivas dissoluções dos regimes socialistas 
na Europa, marcadas pela queda do Muro de Berlim em 1989 e o 
enfraquecimento do império soviético, demonstraram que a configuração das 
relações políticas internacionais pós-Segunda Guerra estava prestes a se 
reestruturar. Em 1991, a União Soviética, país que idealizou um projeto 
político-econômico de oposição ao domínio ocidental capitalista, não 
conseguiu resistir às pressões internas relacionadas ao multiculturalismo e à 
fragilidade de sua economia. Sua decadência decretou o fim da Ordem da 
Guerra Fria e o início da Nova Ordem Mundial, liderada pelos Estados Unidos 
e com uma estrutura baseada no conflito Norte-Sul: a interdependência entre 
os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos.
A Nova Ordem está vinculada aos interesses dos Estados Unidos. Detentor da 
maior economia mundial, o país desenvolveu durante a Guerra Fria todo um 
arcabouço técnico para aumentar a sua influência econômica, cultural e militar 
ao redor do globo. Por outro lado, a Europa apostou na formação de um bloco 
econômico bastante ambicioso, a União Europeia, que envolve relações 
econômicas e políticas em torno do ideal de solidariedade e crescimento em 
conjunto. Com a adoção do Euro, no ano de 2002, o bloco atingiu o maior dos 
seus objetivos de integração regional, criando instituições para gerenciar esse 
modelo de organização política. Na composição do eixo dos países 
desenvolvidos está o Japão, país que conta com alto grau de desenvolvimento 
tecnológico, mas que está atravessando muitas dificuldades econômicas desde 
o início da Nova Ordem Mundial, principalmente pelo baixo crescimento 
econômico acumulado e o envelhecimento de sua população.
Esse cenário começou a sofrer algumas alterações ao final da década de 1990, 
quando o termo ‘países emergentes’ começou a ganhar espaço nas análises da 
conjuntura econômica mundial. O crescimento expressivo e contínuo de 
países como China e Índia, a recuperação econômica da Rússia, a maior 
estabilidade econômica do Brasil e o desenvolvimento social e tecnológico da 
Coreia do Sul ofereceram uma nova característica para as relações 
internacionais: países que apenas detinham uma posição secundária no sistema 16
MUNDO CONTEMPORÂNEO
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
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Europa como a influência eua cultural e militar preocupada se desenvolveu relações os países tanto econômicas e politicas, União Europeia se transformou em um exemplo mundial.
 <união monetária>,<mercado comum> etc...
	
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capitalista mundial passaram a influenciar mais ativamente o comércio 
internacional, conquistando maior poder nas decisões de blocos e 
organizações mundiais.
Em 2001, o economista Jim O’Nill do banco de investimentos Goldman Sachs 
criou o termo BRICs, formado por Brasil, Rússia, Índia e China e que 
atualmente conta também com a presença da África do Sul. Para O’nill, esse 
grupo de países apresentaria o maior potencial de crescimento entre as nações 
emergentes, algo que foi consolidado na década de 2000 e que foi absorvido 
pelos países em questão, que promovem reuniões anuais com o 
estabelecimento de acordos comerciais e projetos para a transferência de 
tecnologia.
Todas essas transformações recentes nos direcionam para a seguinte reflexão: 
após duas grandes guerras, a Pax Americana estruturada ao final da 2a Guerra 
Mundial pode estar passando por um processo de desconstrução?
A crise econômica mundial expõe a fragilidade momentânea da economia 
norte-americana. Além do caráter conjuntural, as dificuldades econômicas dos 
EUA não representam uma decadência de sua ideologia, que continua 
fortalecida, muito menos do seu poder e eficiência militar. Nenhum outro 
Estado-Nação emerge como redefinidor de valores e nem sequer existem 
candidatos para esse posto (desconsiderando as bravatas expressas por líderes 
como o presidente venezuelano Hugo Chávez ou o iraniano Mahmoud 
Ahmadinejad).
Os EUA devem reformular seus sistemas de vigilância, segurança nacional e 
planejamento estratégico, a fim de confirmar o status quo geopolítico que foi 
determinado após a sua consolidação como potência hegemônica. Mesmo a 
China possui limites quanto ao seu crescimento econômico e dificuldades para 
construir, em curto prazo, um mercado consumidor capaz de absorver 
tamanho crescimento. No caso da Europa, que foi atingida mais gravemente 
pela crise econômica mundial, deve ocorrer uma mudança no planejamento de 
suas instituições que ainda precisam ser fortalecidas antes de apostarem na 
integração de países que possuem economias mais frágeis e limitadas a setores 
menos modernos ou até mesmo pouco produtivos.
Mais do que a transformação na Pax Americana, merece destaque a 
reformulação da ONU. A atual configuração da organização supranacional 
parece estar mais condizente com o momento histórico que a Europa viveu 
entre o final do século XIX e a 2a Guerra Mundial (redefinição de fronteiras) e 
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com a bipolaridade imposta pelo período da Guerra Fria. Os debates acerca 
das novas funcionalidades da organização devem ser fundamentados na 
adaptação a esses novos tempos, em que os atos extremos, individuais ou 
planejados a partir de células terroristas, tornam-se difíceis de serem 
conduzidos por uma estrutura geopolítica como a atual, ainda muito 
preocupada com os interesses particulares nacionais e regionais. As 
problemáticas globais tais como meio ambiente, escassez de água, terrorismo, 
violência, energias alternativas, entre tantos outros, requerem o abandono 
dessas práticas políticas obsoletas e a introdução de uma nova racionalidade 
pautada em valores universais. Até porque uma pitada de utopia nunca é 
demais.
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A cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em estudar, analisar e 
produzir mapas, cartogramas, plantas e demais tipos de representações gráficas 
do espaço. Trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas científicas e até 
artísticas que visa à elaboração de documentos que representem de forma 
reduzida uma determinada localidade.
Apesar de contar, atualmente, com avançadas técnicas e modernos 
equipamentos, essa é uma prática extremamente antiga, pois existe desde que o 
homem aprendeu que seria melhor conhecer os lugares desenhando-os em 
pedaços de rochas. O mais antigo mapa que se tem notícia tem 4500 anos e 
provavelmente foi produzido pelos povos babilônicos.Ele foi produzido em uma 
placa de argila e representa, provavelmente, a área do vale do Rio Eufrates.
Com o passar dos tempos, as técnicas cartográficas foram se aprimorando, 
principalmente durante o período das grandes navegações, em que os europeus 
utilizavam mapas para encontrar novos caminhos marítimos e descobrir novos 
territórios. Temos aí a constituição da Cartografia como ciência moderna. A 
evolução, no entanto, não parou por aí, de forma que as técnicas cartográficas 
tornaram-se mais aprimoradas, especialmente durante períodos de guerra e de 
grandes revoluções científicas.
No século XX, uma nova era estabeleceu-se na cartografia com o uso de 
fotografias aéreas para auxiliar a produção dos mapas, uma técnica denominada 
por aerofotogrametria. Pouco tempo depois, a Terceira Revolução Industrial 
propiciou o desenvolvimento de procedimentos ainda mais avançados.
Nos dias de hoje, graças aos avanços realizados no âmbito dos meios 
informacionais, a produção de mapas conta com complexas técnicas de 
elaboração e representação, envolvendo computadores, satélites, softwares e 
muitos outros equipamentos.
Os problemas da cartografia
Representar uma dada realidade física em um plano não é uma tarefa muito 
simples, sobretudo quando essa representação envolve todo o globo terrestre. 
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CARTOGRAFIA
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SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
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O primeiro problema está no fato de a Terra apresentar uma forma esférica, o 
que torna impossível a sua representação em plano. O segundo problema está 
no fato de que essa esfera não é perfeita, possuindo contornos e traços não 
muito bem definidos.
O primeiro problema foi, de certa forma, resolvido por Karl F. Gauss (1777-
1855), um notável matemático que elaborou o conceito de Geoide, que 
considera o formato da Terra sem considerar os continentes, ou seja, apenas 
imaginando como ela seria se houvesse apenas os oceanos. Ao longo dos 
tempos, os cartógrafos foram avançando nessa ideia e aproximaram-se da 
forma que atualmente caracteriza os globos terrestres.
Já o segundo problema é impossível de ser resolvido totalmente. No entanto, a 
melhor solução foi a elaboração das chamadas Projeções Cartográficas, em que 
a Terra passa a ser representada em um plano de diferentes maneiras, ora 
distorcendo as formas dos continentes, ora distorcendo suas áreas e, 
às vezes, distorcendo ambos. Existem inúmeras projeções da Terra atualmente, 
cada uma atendendo a um determinado interesse ou aspectos da superfície 
terrestre.
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As Coordenadas Geográficas formam um sistema de localização que se 
estrutura através de linhas imaginárias, traçadas paralelamente entre si nos 
sentidos norte-sul e leste-oeste, medidas em graus. Com a combinação dessas 
linhas, criam-se “endereços” específicos para cada ponto do mundo, 
permitindo a sua identificação precisa.
Essas linhas imaginárias são chamadas de paralelos e meridianos, e suas 
medidas em graus são, respectivamente, as latitudes e as longitudes. Os 
paralelos cortam a Terra horizontalmente, no sentido leste-oeste, enquanto os 
meridianos cortam a Terra verticalmente. A junção dessas linhas é o fator 
responsável pela existência das coordenadas geográficas.
O principal paralelo é a Linha do Equador, pois representa a faixa da Terra que 
se encontra a uma igual distância dos polos norte e sul. Já o principal 
meridiano é o de Greenwich e foi escolhido a partir de uma convenção, 
realizada na cidade de Washington D.C., nos Estados Unidos, no ano de 1884. 
Essas duas linhas representam o marco inicial da contagem das latitudes e das 
longitudes.
Por esse motivo, tudo o que se encontra exatamente sobre a Linha do 
Equador possui uma latitude 0º, aumentando à medida que se desloca para o 
norte e diminuindo à medida que se desloca para o sul. Assim, as latitudes são 
a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação à Linha do 
Equador. Suas medidas vão de -90º até 90º.
Da mesma forma acontece com o Meridiano de Greenwich em relação às 
longitudes. Tudo que estiver sobre essa linha possui 0º de longitude, 
aumentando à medida que nos deslocamos para leste e diminuindo à medida 
que nos deslocamos para oeste. Por isso, as longitudes são a distância em 
graus de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich. Suas 
medidas vão de -180º até 180º.
Observação: É a partir das longitudes que são traçados os fusos horários.
Diante desse conceito, podemos concluir que as latitudes negativas estão 21
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
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sempre se referindo a lugares localizados no Hemisfério Sul, também chamado 
de Austral ou Meridional. As latitudes positivas, obviamente, referem-se a 
lugares posicionados no Hemisfério Norte, também chamado de Boreal ou 
Setentrional.
Já as longitudes negativas fazem referência a pontos posicionados no 
Hemisfério Oeste ou Ocidental, enquanto as longitudes positivas são relativas a 
pontos localizados no Hemisfério Leste ou Oriental.
O mapa a seguir fornece as coordenadas geográficas globais estabelecidas a 
partir da combinação das latitudes e das longitudes.
Acima, temos a representação de cinco pontos diferentes. Observando as suas 
latitudes e longitudes, podemos, então, descrever as coordenadas geográficas 
de cada um deles, indicando os seus hemisférios (Norte: N. Sul: S. Leste: E. 
Oeste: W).
Ponto A:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: -60º ou 60ºW
Ponto B:
Latitude: -40º ou 40ºS
Longitude: 0º
Ponto C:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: 90º ou 90ºE
Ponto D:
Latitude: 0º
Longitude: 0º22
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Ponto E:
Latitude: 40º ou 40ºN
Longitude: 120º ou 120ºE
Observe que todos os pontos da superfície localizam-se em pelo menos dois 
hemisférios. O território brasileiro, nesse caso, encontra-se em três 
hemisférios: uma pequena parte no norte, uma grande parte no sul e todo ele 
no oeste.
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Os fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos 
através de uma reunião composta por representantes de 25 países em 
Washington, capital estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizadauma 
divisão do mundo em 24 fusos horários distintos.
A metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são 
gastos, aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para 
que a Terra realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu 
próprio eixo, realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a 
Terra se desloca 15°. Esse dado é obtido através da divisão da circunferência 
terrestre (360°) pelo tempo gasto para que seja realizado o movimento de 
rotação (24 h).
O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro 
é 0°. Esse meridiano, também denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, 
além de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada 
pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são 
estabelecidos os outros limites de fusos horários.
A Terra realiza seu movimento de rotação girando de oeste para leste em 
torno do seu próprio eixo, por esse motivo os fusos a leste de Greenwich 24
FUSO HORÁRIO
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(marco inicial) têm as horas adiantadas (+); já os fusos situados a oeste do 
meridiano inicial têm as horas atrasadas (-).
Alguns países de grande extensão territorial no sentido leste-oeste apresentam 
mais de um fuso horário. A Rússia, por exemplo, possui 11 fusos horários 
distintos, consequência de sua grande área. O Brasil também apresenta mais de 
um fuso horário, pois o país apresenta extensão territorial 4.319,4 quilômetros 
no sentido leste-oeste, fato que proporciona a existência de quatro fusos 
horários distintos, no entanto, graças ao Decreto n° 11.662, publicado no 
Diário Oficial de 25 de abril de 2008, o país passou a adotar somente três.
A compreensão dos fusos horários é de extrema importância, principalmente 
para as pessoas que realizam viagens e têm contato com pessoas e relações 
comerciais com locais de fusos distintos dos seus, proporcionado, portanto, o 
conhecimento de horários em diferentes partes do globo.
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Pode-se dizer, sumariamente, que uma ação terrorista tem por objetivo atingir 
diretamente a população, um órgão ou uma instalação governamental, criando 
algum tipo de instabilidade social, de modo que se pressione um governo a 
respeito daquilo que se quer. 
No Brasil, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) 
classifica como ato terrorista: “Ato com motivação política ou religiosa que 
emprega a força ou a violência física ou psicológica, para infundir terror, 
intimidade ou coagindo as instituições nacionais, a população ou um segmento 
da sociedade”. 
Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, executados pelo grupo 
fundamentalista islâmico denominado Al-Qaeda, representaram o início de uma 
nova fase da História mundial. A maneira como foram organizados e 
executados mostrou como é possível atingir, tão profundamente, “o coração” 
da maior potência do mundo de uma maneira simples e eficiente. Como uma 
organização não-governamental, clandestina, que tinha como base o interior do 
Afeganistão, conseguiu tanto êxito?
Sem dúvida, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o 
contexto político-diplomático internacional se modificou. Após a ação da Al-
Qaeda, os EUA desenvolveram uma nova doutrina de ação de defesa baseada 
na guerra preventiva, podendo agir de maneira unilateral em qualquer lugar 
onde, ao seu ver, houver indícios de ações contra a segurança interna do país.
Os atentados de 11 de setembro acabaram por dar respaldo ao domínio da 
tendência política conservadora republicana nas ações do governo Bush, 
criando assim uma postura diplomática inflexível e conservadora dentro do 
projeto governamental de “guerra contra o terror”. Outro ponto importante 
foi que, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu ao 
enfraquecimento da ONU, frente às ações unilaterais do governo norte-
americano. 
Com isso, os EUA passaram por cima da Organização das Nações Unidas 26
11 DE SETEMBRO
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(ONU), tornando-a, de fato, uma instituição inoperante frente aos 
acontecimentos mundiais. Após os atentados de 11 de setembro, foram duas 
guerras preventivas executadas pelo EUA sem aprovação da ONU: Afeganistão 
(2002) e Iraque (2003). 
Por outro lado, a estrutura organizacional da Al-Qaeda atua em células 
organizacionais independentes, distribuídas pelo mundo. A Al-Qaeda 
disseminou sua ideologia e sua metodologia operacional usando os meios 
globalizados de comunicação, de forma a tornar-se uma estrutura 
descentralizada com células operacionais em várias partes do mundo.
Os ataques realizados em Madrid (11 de março de 2004) e em Londres (7 de 
julho de 2005) mostraram essa flexibilidade e revelaram a impossibilidade de se 
antever um ataque terrorista planejado pela Al-Qaeda.
Em maio de 2011, após quase dez anos de ocupação militar e 
aproximadamente US$ 400 bilhões gastos, o principal objetivo da guerra foi 
atingido, o líder da Al Qaeda e organizador dos atentados de 11 de setembro, 
Osama Bin Laden, foi localizado e morto em um ataque militar na cidade de 
Abbottabad no Paquistão. O sucesso da operação provocou uma onda 
diversificada de reações pelo mundo, desde protestos populares realizados no 
próprio Paquistão até congratulações por parte de chefes de estado de vários 
pontos do mundo ao presidente Barack Obama. Certamente a Al-Qaeda não 
deixará de atuar e o risco de um atentado deverá ser tratado como iminente
Após uma década dos atentados de 11 de setembro, o mundo ainda procura 
uma solução definitiva para os problemas ligados ao terrorismo que envolvem 
aspectos políticos, sociais e econômicos. Sendo assim, o terrorismo acabou 
tornando-se o principal fenômeno global do início do século XXI, marcando 
permanentemente o início de uma nova era na história mundial.
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No processo de constituição e transformação do espaço geográfico ao longo 
da história, um dos fatores que exerceram uma maior influência foi a 
industrialização, que se manifestou em diferentes ritmos e períodos entre os 
diversos países. Nesse sentido, podemos dizer que um desses efeitos foram as 
transformações relacionadas com o processo de urbanização das sociedades.
A relação entre industrialização e urbanização encontra-se no fato de que é o 
processo industrial que dinamiza as sociedades e atua no sentido de 
modernizá-las, embora esse não seja o único fator responsável por isso. Assim, 
ampliam-se os chamados fatores atrativos das cidades, ou seja, o conjunto de 
características do meio urbano que atrai os migrantes advindos do campo.
Além disso, entre os efeitos da industrialização na urbanização, temos a 
transformação do meio rural e, por extensão, dos fatores repulsivos do campo, 
ou seja, os elementos do meio rural responsáveis por enviar de maneira 
relativamente forçada a população rural para as cidades. Nesse caso, podemos 
citar a mecanização das atividades agrícolas,que geram a substituição de uma 
grande quantidade de trabalhadores por maquinários e do tipo de agrossistema 
adotado. Essa mecanização é intensificada pelas inovações técnicas produzidas 
pela industrialização. Portanto, a industrialização intensifica a urbanização das 
sociedades no sentido de propiciar a formação do êxodo rural, que é a 
migração em massa da população do campo para as cidades, além de atrair 
essa migração justamente para as áreas mais industrializadas, onde há mais 
empregos direta e indiretamente produzidos pelas indústrias.
Vale lembrar que não é só a atividade industrial em si que gera uma maior 
atratividade demográfica para as cidades, mas a dinâmica econômica por ela 
produzida, que provoca o surgimento de maiores oportunidades em outros 
ramos da economia, principalmente no setor terciário (comércio e serviços). 
Não por coincidência, os países que mais avançaram no processo de 
industrialização e modernização das sociedades são aqueles que mais 
apresentam um setor terciário como composição predominante na produção 
de riquezas em suas respectivas economias.28
INDUSTRIALIZAÇÃO E
URBANIZAÇÃO
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SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
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No caso da industrialização e urbanização do Brasil, podemos perceber que as 
áreas que historicamente mais se industrializaram são aquelas que mais 
concentram um grande contingente populacional e, assim, encontram-se mais 
urbanizadas. As regiões Sudeste e Sul, principalmente as regiões metropolitanas 
de São Paulo e Rio de Janeiro, formam as maiores aglomerações urbanas do 
país, uma vez que essas áreas detêm a maior porção do parque industrial, 
mesmo com a tendência atual de dispersão de boa parte da produção fabril 
para o interior do território brasileiro.
Além de atrair um maior volume demográfico e intensificar a urbanização, os 
efeitos da industrialização nas cidades também podem ser sentidos na 
composição hierárquica da divisão territorial do espaço geográfico. Em 
sociedades predominantemente agrárias, o campo exerce uma relação 
preponderante sobre as cidades, uma vez que elas dependem do meio rural 
para a geração de alimentos, matérias-primas e movimentação de capital. Com 
a industrialização, as cidades modernizam-se e passam a subordinar o campo, 
que se torna dependente do meio urbano para o recebimento de máquinas, 
aparatos tecnológicos, mão de obra qualificada, conhecimentos científicos 
aplicados à produção, entre outros elementos.
Portanto, em resumo, podemos dizer que os efeitos da industrialização na 
urbanização são a intensificação do crescimento das cidades; concentração 
populacional; crescimento do setor terciário e a inversão da relação de 
subordinação entre campo e cidade. Esses aspectos são indicativos gerais e 
precisam ser devidamente adaptados para o entendimento de cada ocorrência 
ao longo do espaço geográfico mundial.
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O êxodo rural é um movimento migratório em que a população residente no 
espaço rural – no campo – desloca-se definitivamente para as cidades – áreas 
urbanas. Embora tenha ocorrido em todos os continentes, nos países 
desenvolvidos, esse processo aconteceu de maneira mais gradativa, levando, em 
média, de 100 a 200 anos para efetivar-se. Nos países subdesenvolvidos, como 
no caso do Brasil e seus vizinhos latino-americanos, a migração campo-cidade 
– como também é conhecido o êxodo rural – ocorreu de forma bem mais 
acelerada e em grande volume populacional.
Êxodo Rural no Brasil
No Brasil, o êxodo rural ocorreu de forma mais intensa em um espaço de três 
décadas: entre 1960 e 1990. O rápido deslocamento da população ocorreu em 
razão da industrialização do país, que se concretizou a partir da década de 
1950, especialmente nos estados da Região Sudeste do Brasil. A expectativa de 
emprego atraiu grande volume de trabalhadores rurais de diversas partes do 
país em busca de melhores condições de vida.
Mais tarde, outro fator importante – nesse caso, de expulsão – deslocou ainda 
mais pessoas do campo para a cidade: a mecanização do campo. A substituição 
da mão de obra humana por máquinas, como plantadeiras, colheitadeiras, 
roçadeiras e outros implementos agrícolas, causou desemprego e intensificou 
o êxodo rural.
A explosão de pessoas vindas do campo causou em muitos centros urbanos 
um forte desequilíbrio em vários aspectos das estruturas sociais. Vejamos a 
seguir alguns efeitos do êxodo rural nos países subdesenvolvidos como o 
Brasil:
Segregação urbana – A população que migra do campo para a cidade, por 
causa dos altos custos, não consegue habitar os locais mais próximos do 
centro das cidades. Em razão disso, é obrigada a ocupar áreas cada vez mais 
periféricas e sem a devida estrutura urbana.
Favelização – Desde o início do êxodo rural, as populações tiveram, muitas 30
ÊXODO RURAL
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vezes como única alternativa, que construir e ocupar habitações em áreas 
irregulares e de risco, o que contribuiu para o crescimento das favelas em 
muitas metrópoles brasileiras.
Desemprego – A expectativa em relação ao trabalho nem sempre se 
concretizava. A ausência de qualificação profissional e de escolaridade fez com 
que o ex-trabalhador rural tivesse dificuldade de encontrar trabalho na cidade.
Subemprego – Como a oferta de trabalhadores é maior que a de postos de 
trabalho, as pessoas que migraram do campo para sobreviver na cidade realizam 
trabalhos de baixa qualidade e entram para o mercado informal. É a solução 
para muitas famílias, especialmente nas grandes cidades.
Mobilidade urbana e Transporte público prejudicados – A ausência de 
planejamento estatal e adequação à transformação demográfica fez com que, 
em muitas cidades, houvesse um verdadeiro caos na mobilidade urbana e nos 
transporte públicos. O investimento em infraestrutura viária e em veículos e 
equipamentos para o transporte de passageiros não acompanhou o ritmo de 
crescimento da população e a necessidade de deslocamento das pessoas.
Aumento da desigualdade social – os efeitos acima listados já são retratos 
significativos da desigualdade social intensificada pelo processo acelerado de 
êxodo rural. No entanto, existem outros efeitos resultantes da ineficiência do 
Estado em lidar com a chegada da população do campo nas cidades, a saber: 
ausência de profissionais e unidades de saúde que atendam toda a população 
urbana, creches e escolas em número insuficiente e falta de iluminação pública 
em bairros periféricos, segurança pública, equipamentos de lazer, entre outros.
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Estrutura Fundiária é o modo como as propriedades agrárias estão distribuídas 
e organizadas em um determinado país ou espaço. Para se conhecer a 
estrutura fundiária de um país, leva-se em consideraçãoa quantidade, o 
tamanho e a distribuição social das propriedades rurais na área analisada.
A estrutura fundiária de um país ou região também é muito influenciada pelo 
nível de concentração fundiária do país, uma vez que, quanto maior for a 
concentração de terras, menor será a quantidade de propriedades de terras e 
maior será o tamanho das propriedades existentes. Além disso, a distribuição 
social da terra nos países em que há uma grande concentração rural tende a 
ser mais desigual, pois a parcela mais rica da população tem um acesso 
facilitado a terra, enquanto a população mais pobre, na maioria das vezes, não 
possui acesso à terra e/ou aos meios de produção.
Na maioria dos países desenvolvidos, as atividades agropecuárias são 
desenvolvidas em propriedades rurais menores, de base familiar, altamente 
produtivas e mecanizadas, voltadas para a produção de alimentos e matéria-
prima para abastecer o mercado interno do país. Já em países 
subdesenvolvidos, principalmente da América Latina e da África, em virtude de 
sua herança colonial em que predominavam as plantations (grandes 
propriedades rurais que produziam monoculturas voltadas para abastecer o 
mercado internacional), há grandes propriedades rurais, concentradas nas mãos 
de poucos proprietários, que produzem monoculturas para exportação.
De acordo com o Estatuto da Terra, de 1964, as propriedades rurais brasileiras 
podem ser divididas em cinco categorias:
Imóvel rural: Qualquer imóvel rural utilizado para a produção agropecuária 
ou agroindustrial.
Propriedade Familiar (ou Módulo Rural): É o imóvel rural explorado por 
uma determinada família que absorve toda a mão de obra familiar e consegue 
garantir o sustento de toda a família.
Minifúndio: São pequenas propriedades rurais, com extensão maior do que as 32
ESTRUTURA FUNDIÁRIA
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Propriedades privadas em um estado ou país
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Nota
Países subdesenvolvidos pela herança colonial em que predominavam os plantations 
nos dias atuais continuam grandes propriedades rurais, concentradas nas mãos de poucos proprietários, que produzem monoculturas para exportação.


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propriedades familiares, geralmente utilizadas na produção alimentar familiar ou 
coletiva.
Latifúndios: Grandes propriedades rurais voltadas para a produção moderna 
de monoculturas ou para a especulação imobiliária.
Empresa Rural: São médias e grandes propriedades rurais, de ordem física 
ou jurídica, voltadas para exploração econômica racional do espaço agrário 
para desenvolver produtos agropecuários.
A estrutura fundiária brasileira é uma das mais concentradas do mundo. 
Enquanto os minifúndios representam 70% do total das propriedades rurais e 
ocupam uma área de cerca de 11% do espaço agrário brasileiro, os latifúndios 
ocupam cerca de 55% da zona rural do Brasil.
Essa concentração fundiária contribui para o agravamento dos problemas no 
campo, visto que a maior parte das terras, muitas vezes improdutivas, encontra-
se concentrada na mão de poucos proprietários, o que aumenta a quantidade 
de pessoas sem acesso à terra, intensificando, assim, os conflitos causados pela 
disputa por terras. Além disso, a grande concentração de terras prejudica 
também a produção de alimentos, visto que a maior parte deles é produzida 
em minifúndios. Como a área ocupada pelos latifúndios é maior, a produção 
nacional e grande parte das políticas públicas relacionadas com o campo estão 
voltadas para a produção de monoculturas para a exportação, dificultando 
ainda mais a vida do pequeno produtor, que é o grande responsável pela 
produção de alimentos no país.
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Não é de hoje que se diz que o Brasil é um país de contrastes. Mais do que 
isso, de contradições.
Talvez uma das mais gritantes incoerências de nossa sociedade possa ser 
percebida no tripé trabalho - terra - alimentação. Isso porque, ao mesmo 
tempo em que ainda existe, em nosso país, uma área considerável de terras 
devolutas e não utilizadas para fins agropastoris, é grande o número de 
trabalhadores desejosos de contarem com seu próprio pedaço de chão. 
Paralelamente a isso, existem milhões de subalimentados por todo o território 
nacional. 
Existe uma desigual distribuição da terra em nosso país, ou seja, há um enorme 
número de pequenos proprietários de um lado e, de outro, um número 
reduzido de donos de grandes propriedades rurais.
A concentração fundiária em nosso país vem aumentando, com um agravante: a 
Amazônia e os cerrados tornaram-se, desde 1970, as novas regiões de 
fronteira agrícola. 
Afirmar que essas novas fronteiras agrícolas do país significa dizer que nas 
outras regiões, isto é, Nordeste, no Sudeste e no Sul, praticamente não existem 
mais terras disponíveis para a prática agropecuária. Além disso, o valor dos 
imóveis rurais nessas áreas tornou-se muito elevado, obrigando os agricultores 
menos capitalizados a deixarem seus estados de origem em busca de terras 
mais baratas. Com isso, têm-se algumas questões importantes, como:
- aumento dos impactos ambientais causados pela derrubada da vegetação 
original em enormes áreas, para dar lugar a pastagens e cultivos agrícolas; 
- invasão de terras indígenas e a necessidade de sua delimitação; 
- crescimento dos conflitos entre posseiros e grileiros, ocasionando não só o 
aumento da violência no campo como a expulsão de famílias de posseiros, que 
se vêem obrigadas a ocupar terras em pontos cada vez mais afastados no 34
A QUESTÃO DA TERRA
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interior do território nacional.
- Portanto, a questão da terra no Brasil, opõe diversos grupos, como boiás-frias, 
índios, minifundiários, colonos, posseiros, grileiros, grandes proprietários e até 
garimpeiros, entre outros.
É uma questão muito antiga, porém ainda muito atual, pois agora além da 
questão da terra, os efeitos negativos no meio ambiente são visíveis, já que a 
fronteira agrícola no país avança cada vez mais dentro da Floresta Amazônica.
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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais conhecidos 
movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do 
campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Como 
se sabe, no Brasil prevaleceu historicamente uma desigualdade do acesso a 
terra, consequência direta de uma organização social patrimonialista e 
patriarcalista ao longo de séculos, predominando o grande latifúndio como 
sinônimo de poder. Desta forma, dada a concentração fundiária, as camadas 
menos favorecidas como escravos, ex-escravos ou homens livres de classes 
menos abastadas teriam maiores dificuldades à posse da terra.
Assim, do Brasil colonial da monocultura a este do agronegócio em pleno 
século XXI, o que prevalece é a concentração fundiária, o que traz à tona a 
necessidade da discussão e da luta política como a encabeçada pelo MST.
Conforme Bernardo M. Fernandes em seu livro A formação do MST no Brasil 
(2000), o MST nasceu da ocupação da terra e tem nesta ação seu instrumento 
de luta contra a concentração fundiária e o próprio Estado. Segundo este 
autor, pelo fato da não realização da reforma agrária, por meio das ocupações, 
os sem–terra intensificam a luta, impondo ao governo a realização de uma 
política de assentamentos rurais.
A organização do MST enquanto movimento social começou nos anos 80 doséculo passado e hoje já se faz presente em 24 estados da federação, fato que 
ilustra sua representatividade em termos nacionais. A fundação deste 
movimento se deu em um contexto político no qual o regime militar que se 
iniciava na década de 60 do século passado chegava ao fim, permitindo à 
sociedade civil brasileira uma abertura política para reivindicações e debates. 
Neste contexto de redemocratização do país, em 1985 surgiu a proposta para 
a elaboração do primeiro PNRA (Plano Nacional da Reforma Agrária). Sua 
segunda versão (II PNRA) foi proposta apenas em 2003, no governo do 
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os objetivos do MST, para além da reforma agrária, estão no bojo das 
discussões sobre as transformações sociais importantes ao Brasil, 
principalmente àquelas no tocante à inclusão social. Se por um lado existiram 
avanços e conquistas nesta luta, ainda há muito por se fazer em relação à 36
O MST NO BRASIL
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reforma agrária no Brasil, seja em termos de desapropriação e assentamento, 
seja em relação à qualidade da infraestrutura disponível às famílias já assentadas. 
Segundo dados do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma 
Agrária), o número de famílias assentadas nestes últimos anos foi de 614.093, 
sendo criados neste mesmo período 551 assentamentos. Ainda conforme o 
INCRA, no total, o Brasil conta com 85,8 milhões de hectares incorporados à 
reforma agrária e um total de 8.763 assentamentos atendidos, onde vivem 
924.263 famílias.
Os números apresentados são positivos. Porém, se levarmos em consideração 
as afirmações do próprio MST e de especialistas no assunto, até 2010 havia 
ainda cerca de 90 mil famílias acampadas pelo país, o que representa uma 
demanda por terra considerável por se atender, a despeito dos avanços 
sugeridos anteriormente. Em relação à infraestrutura disponível a estas famílias, 
alguns dados apresentados pela Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos 
Assentamentos da Reforma Agrária promovida pelo INCRA em 2010 são 
muito significativos. A pesquisa mostra que 31,04% dos assentamentos possuem 
disponibilidade de energia, mas com quedas constantes ou com “pouca força” e 
22,39% não possui energia elétrica, o que significa que mais da metade dos 
domicílios não contam plenamente com este benefício. No tocante ao 
saneamento básico, os dados também mostram que ainda é necessário avançar, 
pois apenas 1,14% dos assentamentos contam com rede de esgotos, contra 
64,13% (somados fossa simples e fossa “negra”) que possuem fossas. A 
dimensão negativa destes dados repete-se na avaliação geral de outros fatores 
como a condição das estradas de acesso e de satisfação geral dos assentados, 
tornando-se mais significativa quando quase a metade dos assentados não 
obteve algum financiamento ou empréstimo para alavancar sua produção. Isso 
mostra que muito ainda deve ser feito em relação aos assentamentos, pois 
apenas com o acesso a terra não se garante a qualidade de vida e as condições 
de produção do trabalhador do campo.
 
Se por um lado a luta pela terra além de ser louvável é legítima, por outro, os 
meios praticados pelo movimento para promover suas invasões em 
alguns determinados casos geram muita polêmica na opinião pública. 
Em determinados episódios que repercutiram nacionalmente, o movimento foi 
acusado de ter pautado pela violência, além de ter permeando suas ações pela 
esfera da ilegalidade, tanto ao invadir propriedades que eram produtivas, como 
ao ter alguns de seus militantes envolvidos em depredações, incêndios, roubos 
e violência contra colonos dessas fazendas.
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Contudo, vale ressaltar que em muitos casos a violência e a ação truculenta do 
Estado ao lidar como uma questão social tão importante como esta também se 
fazem presentes. Basta lembrarmos o episódio do massacre de Eldorado de 
Carajás, no Pará, em 1996, quando militantes foram mortos em confronto com 
a polícia. A data em que ocorreu este fato histórico, 17 de Abril, tornou-se a 
data do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. 
Se a polêmica da violência (seja por parte do movimento, seja do Estado) não 
bastasse, outras vêm à tona, como a da regularização fundiária pelo país, a qual 
pode atender a interesses de latifundiários e famílias ligadas ao agronegócio. 
O debate sobre o MST tem diversos lados, há quem concorde com o grupo, e 
há quem discorde. Há ainda quem concorda com sua causa, mas discorda de 
sua atuação. Apesar disso, o MST é um dos principais grupos de combate à 
concentração fundiária no país. 
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O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares 
conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil através da 
prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a 
perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de 
democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com a tomada de poder em 31 de 
março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João 
Goulart, e tomando o poder o Marechal Castello Branco. Esta tomada de 
poder, caracterizada por personagens afinados como uma revolução instituiu 
no país um governo militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 
1985. O principal objetivo da deposição de João Goulart era impedir que o 
comunismo de instaurasse no país.
1964
A tomada de poder de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de 
março de 1964 no Brasil, e que culminaram na deposição do presidente no dia 
1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, 
também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito 
vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-
1. Com 11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a 
constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 
anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente 
qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e 
a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas 
para a presidência da República. 
Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, 
sobretudo do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o 
Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes 
estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas 39
GOVERNOS MILITARES
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passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que 
era referendado pelo Congresso Nacional. 
A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos 
políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações 
representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do 
governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram 
censurados. 
A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na 
economia do Brasil, de modernização da indústria e dos serviços,de 
concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento 
externo.
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente 
da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou 
defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição 
autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos 
políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos 
cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e 
os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o 
funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro 
(MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o 
primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava 
os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o 
país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e 
institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser 
eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por 
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Nota
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
+ manifestações e Passeata dos Cem Mil.
+Numero 5 (al-5) aposentou juizes, cassou mandatos, acabou com hebeas-corpus e disparou a repressão militar e policia.
+Governo da junta militar.
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protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. 
A UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a 
Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em 
protesto ao regime militar. 
As guerrilhas urbanas começam a se organizar. Formadas por jovens idealistas 
de esquerda, assaltavam bancos e seqüestravam embaixadores para obterem 
fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional 
Número 5 (AI-5). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou 
juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou 
a repressão militar e policial.
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos 
ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e 
Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA 
Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, 
exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo 
decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de 
morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou 
subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de 
repressão em São Paulo.
GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu 
Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, 
conhecido como "anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma 
severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, 
peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são 
censurados. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são 
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Nota
Governo Médici foi considerado o duro e doloroso "anos de chumbo"
+lutas e repressão
+nova politicas de censura em execução.
+jornais, revistas,livros,peças de teatro, filmes foram censurados. 
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investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi ( 
Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de 
Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo 
militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaiaque é 
fortemente reprimida pelas forças militares.
O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 
1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro 
crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. 
Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e 
estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram 
milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram 
executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser 
paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa 
elevada para os padrões econômicos do Brasil.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento 
processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do 
milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do 
petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento 
em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política 
começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos 
votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da 
maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, 
começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 
1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-
Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece 
morto em situação semelhante.
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Nota
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
+ Fim do milagre econômico 
+insantisfação popular pelas altas taxas.
+Geisel anuncia a abertura política lenta, eleições 1974.
+MDB CONQUISTA 59%
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho 
para a volta da democracia no Brasil.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de 
redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, 
concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais 
brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha 
dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em 
órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de 
Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções 
do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de 
linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os 
partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e 
passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são 
criados, como : Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático 
Trabalhista

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