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Primeira Guerra Mundial

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Primeira Guerra Mundial (Grande Guerra)
Paris Belle Époque/“Paz armada”: período entre guerras (Franco-Prussiana e Grande Guerra), supostamente ilusório de paz, uma vez que as grandes potências estavam se armando, graças à indústria bélica; estado de otimismo, crença no progresso e de novas invenções (avião, cinema, automóvel, telefone, bicicleta...), impressionismo, grandes exposições universais (como óperas).
Naufrágio do Titanic: marcou o fim da Belle Époque → “naufrágio da razão”.
Corrida imperialista do século XIX: potências europeias, por causa de seu desenvolvimento industrial, procuravam mercados consumidores e fornecedores de matéria-prima → disputa por territórios → partilha da África e expansão para a Ásia → disputas internas → nacionalismo e imperialismo → corrida armamentista.
Inglaterra: domínio do comércio marítimo, busca do equilíbrio europeu com o objetivo de impedir que qualquer nação ameace sua supremacia.
Alemanha: forte desenvolvimento econômico e industrial → busca por mercados consumidores + expansão → ameaça à Inglaterra; presença de forte nacionalismo na formação e consolidação do Estado alemão.
França: queria demonstrar sua importância no cenário internacional após a derrota na Guerra Franco-Prussiana em 1870 e, por isso, estabeleceu alianças com antigos rivais, como a Inglaterra, para evitar ameaças alemãs; nacionalismo era confundido com um antigermanismo (união da nação contra a Alemanha).
Império Austro-Húngaro: composto por um grande número de nacionalidades que reivindicavam autonomia → aumento do controle sobre as minorias.
Rússia: interesses expansionistas → desejo de domínio naval e obtenção de uma saída para o Mediterrâneo → controle dos estreitos de Bósforo e Dardanelos (propriedades do Império Turco-Otomano) → pan-eslavismo (doutrina que agregaria todos os povos eslavos da Europa orienta e dos balcãs sob a tutela russa).
Império Turco-Otomano: estava em crise, seu espólio era disputado por diversos grupos por ser uma região estratégica e havia disputas internas → em 1923, após o término da Primeira Guerra, o Império se desintegrou e levou ao surgimento da Turquia.
Tríplice Aliança/Impérios Centrais: Alemanha, Império Austro-Húngaro, Turquia (Império Turco-Otomano) e Bulgária → Itália começou nesse lado mas logo mudou.
Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia + Sérvia, Bélgica, Japão, Itália, Romênia, EUA, Brasil...
Crise do Marrocos: em 1880, na Convenção de Madri, foi garantida a independência de Marrocos e a não exploração da região por nenhuma força europeia → França faz acordo com Inglaterra no qual ambas isolaram a Alemanha e dominaram estrategicamente a África → Alemanha vai ao Marrocos e assegura que sua independência seria defendida por ela → logo foi negociada a autonomia da região, mas com privilégios à França e à Inglaterra → manifestações marroquinas contra a presença estrangeira → Alemanha envia embarcações ao Marrocos → Inglaterra reage por achar que seu domínio naval estava ameaçado → novas negociações levam a França a ceder parte de suas posses africanas à Alemanha, e esta passa a não questionar a presença francesa no Marrocos. 
Conflitos nos Bálcãs: Império Austro-Húngaro e Rússia disputavam a liderança na região dos Bálcãs → Rússia defende a independência da região e Áustria-Hungria desejavam anexá-la → Rússia permite a anexação da Bósnia-Herzegóvina à Áustria e esta apoia a saída dos russos para o Mediterrâneo através dos estreitos de Bósforo e Dardanelos → Sérvia sente-se prejudicada com a decisão e ameaça invadir a Bósnia para libertar os eslavos do domínio austro-húngaro → Áustria diz que se sente ameaçada pela Sérvia e defende seu fim → Primeira Guerra Balcânica: Sérvia, Bulgária e Grécia vencem a Turquia e ocupam as regiões europeias dos turco-otomanos → para impedir a expansão da Sérvia, a Áustria impede que tenha saída para o mar e faz surgir a Albânia → Segunda Guerra Balcânica: Romênia, Sérvia e Grécia se posicionam contra a Bulgária, que queria ampliar sua presença na região → Bulgária derrotada. Obs.: Sérvia é aliada da Rússia e Áustria-Hungria da Alemanha. 
Estopim: herdeiro austro-húngaro é assassinado por sérvios em junho de 1914 e a Sérvia não aceitou a participação de austríacos no inquérito → Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia → Alemanha, aliada dos austro-húngaros, declara guerra à Rússia, aliada dos sérvios, e à França → Plano Schlieffen é posto em prática + alemães invadem a Bélgica, levando a Inglaterra a declarar guerra à Alemanha.
Razões para a guerra: revanchismo francês em relação à Guerra Franco-Prussiana, Questão Marroquina, disputa econômica (Inglaterra X Alemanha) e Questão Balcânica.
Plano Schlieffen: oferecia uma alternativa para que os alemães vencessem uma guerra na Europa.
Guerra de movimento: primeira fase da guerra, entre agosto e novembro de 1914, caracterizada pelo deslocamento de tropas pelos territórios europeus.
Guerra de posição: guerra de trincheiras a partir do final de 1914.
Batalha do Marne (07/1914): alemães foram derrotados pelos franceses e ingleses.
Genocídio armênio (1915): extermínio sistemático pelo governo otomano de seus súditos armênios, minoritários dentro de sua pátria histórica, pois eles não queriam lutar ao lado da Alemanha e do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, mas, sim, ao lado da Rússia.
Tratado de Brest-Litovsk: acordo russo com a Alemanha que tirou a Rússia da guerra com grandes perdas territoriais → Rússia estava passando por uma crise gerada pela guerra e pela derrota pela Alemanha → Lênin assume o poder e tira o país da guerra.
Estados Unidos: entraram na guerra em 1917 devido ao ataque de submarinos alemães contra seus navios comerciais.
Telegrama Zimmermann: tentativa da Tríplice Aliança de ganhar apoio do México.
07/1918: Alemanha foi perdendo seus aliados, que saíam da guerra + resistência francesa e inglesa e desembarque de tropas norte-americanas → greves e manifestações na Alemanha → imperador alemão abdica e é instaurada uma República → novo governo decide pelo fim da guerra, em novembro de 1918.
Consequências sociais: civis submetidos a domínios estrangeiros, adoção de lei marcial, confisco de bens, fome, ameaças, mulheres ocupam o lugar de homens na indústria bélica, uso de propaganda de guerra para enaltecer conquistas e envergonhar derrotados.
Woodrow Wilson: presidente dos EUA, um dos principais negociadores do final do conflito → sugestão de 14 pontos que estabelecem uma “paz sem vencedores”, o fim da diplomacia secreta e a criação de uma Liga das Nações que assegurasse a liberdade de todos os povos e o seu direito à autodeterminação → (ninguém gostou).
Tratado de Versalhes: França, principal vitoriosa da guerra, definiu as linhas gerais desse acordo de paz → “paz dos vencedores”, “cordão sanitário”, “corredor polonês”, punições à Alemanha e responsabilização pela guerra → pagamento de indenizações, devolução de territórios (como a Alsácia-Lorena para a França), tomada por outros países de propriedades alemãs, diminuição do exército alemão, perda de colônias → tal tratado foi uma tentativa inglesa e francesa de arruinar a Alemanha.
“Cordão sanitário”: criação de novos países para isolar a Rússia das grandes potências europeias → tentativas de evitar a propagação de uma ideologia comunista considerada indesejável ou perigosa.
“Corredor polonês”: Alemanha teve de entregar à Polônia uma fatia sua, a Pomerélia, que, separando duas províncias germânicas, foi apelidada de Corredor Polonês.
Mundo pós-guerra: Estados autoritários foram substituídos por governos democráticos, as diferenças entre os países voltaram, permanência de forte nacionalismo, grave crise econômica, desemprego (devido à volta de soldados para o mercado de trabalho e poucas vagas), criação de movimentos de trabalhadores que reivindicavam direitos e criação de empregos, ideologia socialista ganha adeptos entre os trabalhadores, ideais liberais são contestados com a ascensão do facismo, saída dos EUA como principal potência industrial e comercial e ascensão japonesa comopotência.
Movimento suffragette: com o fim da Primeira Guerra Mundial, na qual grande parte dos homens ingleses morreu, a Inglaterra precisava da força de suas mulheres para reerguer-se economicamente → fator decisivo para que o voto feminino e o direito de participação ativa em cargos políticos fossem atendidos.

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