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Conflitos armados - Oriente Médio

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Conflitos armados - Oriente Médio 
Quatro grandes grupos do Oriente Médio: curdos, turcos, árabes e persas.
Xiitas (10%): acreditam que apenas descendentes de Maomé possam ser líderes legitimos do islamismo → o útimo descendente direto do profeta vai retornar e governar a humanidade; predominância no Irã e no Iraque.
Sunitas (90%): acreditam que não é necessário descender de Maomé para ser um bom líder do islamismo; acreditam na Suna e na discussão entre irmãos; predominância na Arábia Saudita, Egito e Indonésia.
Obs.: apesar dos embates iniciais, sunitas e xiitas costumavam dialogar e conviver de forma harmoniosa. Isso mudou em 2003, quando os Estados Unidos lideraram a invasão do Iraque para derrubar Saddam Hussein.
11 de setembro de 2001: Doutrina Bush de caça ao terror (intervenção militar onde houver aliança com terroristas → invasão ao Afeganistão em 2001) → os EUA declaram guerra ao Iraque em 2009 → Guerra do Iraque. 
Estado Islâmico (ISIS): ganhou força com a eclosão da Primaveira Árabe; seus líderes faziam parte do Al-Qaeda; linha conservadora do islamismo que luta contra não-islâmicos; beneficiamento por exploração do petróleo e impostos cobrados de moradores de regiões dominadas; objetivo de criar um califado (Esado baseado nas leis islâmicas + impedir/destrutir a influência do Ocidente); recruta seguidores por meio de publicações nna internet e redes sociais, em que profere discurso religioso que instiga o ódio; não persegue um grupo específico, apenas as ameaças à tradição islâmica.
Yazidi (minoria): minoria mais perseguida pelo ISIS, que os vê como adoradores do diabo: execução dos homens que não aceitaram se converter ao islamismo e sequestro das mulheres para serem "noivas jihadistas" (escravas sexuais).
Guerra por procuração: conflito armado no qual dois países se utilizam de terceiros como intermediários ou substitutos, de forma a não lutarem diretamente entre si.
Sharia: palavras de Alá que chegaram a Maomé sobre como o povo deve agir; é o sistema jurídico do islã → cada escola interpreta de um jeito.
	
Iraque
	Guerra do Golfo (1990-91)
	Iraque invade Kuwait, porque acreditava que o Kuwait não estava respeitando o acordo da OPEP de diminuir a produção de petróleo (para que o preço não caísse tanto durante o terceiro choque do petróleo); os EUA invadem o Iraque na “operação tempestade no deserto”, porque defendia que o Kuwait continuasse a produzir petróleo para que o preço diminuísse e eles pudessem comprar mais barato. 
	Guerra do Iraque (2003-11)
	Invasão americana ao Iraque → Saddam Hussein (ex-presidente iraquiano e sunita) capturado pelos EUA e morto em 2006 (condenado pela justiça iraquiana) → começa, no Iraque, guerra civil entre Sunitas e Xiitas (acreditam que o líder político deve ter descendência direta de Maomé → são a maioria no país) pelo poder → fortalecimento de organizações terroristas diante desestabilização → Al-Qaeda, Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
	Após queda de Saddam Hussein
	Aumento significativo do PIB graças ao aumento no preço do petróleo; eleições com vários partidos políticos; xiitas passam a liderar a política (Hussein era matinha maioria sunita); país pede para não ser mais usado em "guerras por procuração"; não houve melhoras significantes na questão curda; assuntos religiosos e preconceitos voltam com mais força.
	Situação atual
	País desestruturado política (disputas pelo poder e disputas entre EUA x Irã (brigam pela influência no Iraque)), econômica (queda no barril do petróleo) e socialmente (ISIS e Covid-19); primeiro-ministro Mustafa al-Kazimi (maio/2020); presidente Barham Salih.
	
Arábia Saudita
	Características
	Unificação em 1932; sunita; monarquia absolutista teocrática → família Saud (sem partidos, sem oposição e sem imprensa livre; berço do Islã (Meca e Medina); Islamismo Wahabismo (“puro”, associado a valores antigos): sharia; grande influência no Oriente Médio; aliado dos EUA; grande exportador de petróleo (anos 1960 - OPEP); rico, porém desigual e opressor; primeiro choque do petróleo 1973; aliança com o Ocidente para conter o avanço do Irã; a Arábia Saudita fornece muito petróleo ao ocidente e por isso recebe apoio ou é “perdoada” em questões ligadas à repressão política e violações de direitos humanos.
	Relação com os EUA
	Aos poucos os EUA buscam diminuir sua dependência energética, uma vez que houve avanços no uso de energias alternativas e na produção doméstica (EUA) de petróleo → com menos dependência, os EUA aos poucos buscam se envolver menos nos conflitos regionais → o apoio aos sauditas tende (ao longo do tempo) a diminuir → essa redução cria desafios econômicos e políticos e explica em parte as ações da Arábia para tentar reforçar sua posição no cenário regional.
	
Irã
	Dinastia do Xá (1945-79)
	Monarquia ocidentalizada, sem características religiosas, ausência de democracia e crescimento econômico.
	Revolução Islâmica (1979)
	Retomada das raízes religiosas ideológicas, afastamento do Ocidente, e líder religioso supremo.
	República Islâmica do Irã (1979)
	Pós-revolução; clero fundamentalista xiita → união Estado + religião; EUA passa a ser visto como inimigo e Rússia e China, como aliados (interesse em alianças a aumento das influências, além de opor aos EUA, que apoiam Israel).
	Eixo do mal (2002)
	Irã acusado de produção de armas nucleares e ogivas nucleares nos mísseis → EUA impõe sanções sobre o Irã com o objetivo de estrangular sua economia, forçando-o a abandonar o programa nuclear.
	Programa nuclear
	​​Irã historicamente alegou que seu programa nuclear buscava apenas fins energéticos e médicos → para EUA, Europa, Israel e Arábia Saudita, a real intenção era a fabricação de bombas atômicas → por décadas o programa foi tema central de diversas polêmicas e crises → o país foi alvo de diversas sanções econômicas que prejudicaram muito sua economia → governos mais moderados nos EUA (Obama) e Irã abriram espaço para um diálogo → em 2015 foi fechado o primeiro acordo efetivo → no início de 2016 os primeiros resultados começaram a aparecer → sanções foram suspensas e o país teve acesso a US$100 bilhões que estavam retidos em outros países → Arábia Saudita e Israel se opõe ao acordo.
Consequências do acordo para o Irã: redução em 2/3 na quantidade de centrífugas para enriquecimento de Urânio, redução em 98% no estoque de urânio e aceitação de inspeções da ONU. 
Consequências ao Ocidente: suspensão gradual das sanções econômicas contra o Irã e suspensão das sanções sobre comércio e vendas de armas, mas sanções podem ser reaplicadas caso Irã não cumpra sua parte no acordo.
2015: fim do programa e das sanções econômicas → EUA sai do acordo em 2018.
2020: EUA impõe novas sanções; nesse ano também ocorre a morte do líder iraniano pelos EUA, no Iraque.
2020: Irã faz novo acordo com a China.
	
Conflito Iraque X ISIS X Curistão
	Causas
	Curdistão, país rico em petróleo e de maioria sunita, quer se tornar independente da Turquia e do Iraque, principalmente. 
	Desenvolvimento
	Organização dos curdos no Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na Turquia, pelo qual lutam pela autonomia no país → visto como terrorista pelo presidente turco Erdogan. 
Apoio do Curdistão pelo Ocidente e milícias árabes.
Forte ação dos peshmergas (soldados curdos iraquianos) - “aqueles que enfrentam a morte".
Ataque, em 2015, a Kobane, região curda na Síria. 
Turquia define área de segurança (tomaram-a dos curdos) no país para prevenir ataques à sua fronteira.
Trump retira forças militares americanas da região na Síria controlada pelos curdos, o que terminou por abrir caminho para uma ofensiva da Turquia.
	Consequências
	Intensa morte de curdos.
Em 1986, a liderança iraquiana se cansou do fortalecimento e da não-lealdade da entidade curda no Norte do Iraque e começou uma campanha de genocídio, conhecida como Al-Anfal, para expulsar os combatentes curdos e se vingar.
Curdos conseguiram alcançar um status de autonomia reconhecida dentro de uma das zonas de exclusão aérea iraquianas.
As conquistas mais valiosas do povocurdo ocorreram entre 2003 e 2005, quando o regime de Saddam Hussein foi derrubado, como parte da invasão do Iraque em 2003, com assistência dos peshmergas, e a autonomia curda ganhou reconhecimento pelo novo governo iraquiano.
	Fatos importantes
	O ISIS inicialmente atacou os curdos na fronteira com o território sob seu controle no norte da Síria.
Turquia se recusa a atacar bases do ISIS ou permitir que curdos turcos fossem defender os curdos sírios.
EUA retira forças militares ou para se reaproximar da Turquia ou por questões internas → a justificativa para a retirada foi a de que os curdos não os beneficiaram, sendo que eles trocaram com os EUA o combate contra o ISIS com sua proteção tática, evitando a morte de soldados americanos.
As mulheres participavam de uma luta tripla contra o patriarcalismo, o ISIS e para assegurar o território.
	Situação atual
	Início de um novo conflito militar quando foi feito um referendo de independência para o Curdistão iraquiano em 25 de setembro de 2017, com resultados preliminares mostrando a grande maioria dos votos, aproximadamente 93%, a favor da independência da região → legalidade do referendo rejeitada pelo governo federal iraquiano.
	
Conflito Irã X Arábia Saudita (guerra por procuração, Guerra Fria do Oriente Médio)
	Causas
	Conjunto de contradições entre eles nas áreas de religião, política e economia → ​​rivalidade religiosa histórica dos sunitas X xiitas, competição geopolítica pela hegemonia no Oriente Médio e rivalidade econômica sobre o controle dos mercados de petróleo.
Modelo teocrático iraniano rejeita líderes monárquicos → Arábia Saudita liderada por monarquia → não se dão bem.
Obs.: o antagonismo estourou com a Revolução Islâmica de 1979.
	Desenvolvimento
	Os revolucionários islâmicos iranianos clamavam especificamente pela derrubada das monarquias da região e a sua substituição por repúblicas islâmicas, o que alarmou seus vizinhos árabes sunitas como o Iraque, Arábia Saudita, Kuwait, e os outros Estados do Golfo Pérsico – a maioria dos quais eram monarquias e todos possuíam populações xiitas consideráveis.
As tensões no Islã se agravaram após a invasão dos EUA ao Iraque, em 2003. A queda do ditador Saddam Hussein, simpático aos sauditas, abriu espaço para o Irã aumentar a influência no país de maioria xiita. E a Primavera Árabe desestabilizou os países sunitas, que acusaram o Irã de radicalizar manifestantes sunitas.
	Consequências
	Instabilidade regional, fome, morte, distanciamento das economias ocidentais.
	Fatos importantes
	Ambos os países participam de muitas guerras por procuração - disputa Irã (xiita) X Arábia Saudita (sunita) → Irã quer por ou manter xiitas no poder de países da região → Iêmen + Síria: Irã, Rússia e China apoiam Al Assad (presidente da Síria) e Arábia Saudita e EUA lutam contra o ISIS.
Arábia Saudita cria, em 1962, a Liga Muçulmana Mundial, dedicada a difundir o Islã e promover a solidariedade islâmica → "extremamente eficaz" na promoção do Islã, particularmente do Islã wahabista conservador no mundo muçulmano.
	Situação atual
	O cenário atual tem sublinhado entre os sauditas um dos paradoxos de sua relação com Washington. Os EUA são, desde 1945, os provedores de segurança da Arábia Saudita, mas têm disposição limitada para ir até onde a monarquia gostaria: mudar o regime iraniano. A ameaça do Irã aos Estados Unidos é simplesmente menor que a representada à Arábia Saudita. O ímpeto, portanto, também é reduzido. Neste cenário, a incerteza impera. Enquanto iranianos e sauditas não encontrarem uma forma de assentar suas diferenças e erguer uma nova arquitetura de segurança no Oriente Médio, a região vai continuar não apenas instável como à beira de um conflito de grandes proporções.
	
Conflito Iêmen
	Envolvidos
	Sunitas (Arábia Saudita + apoio EUA) contra xiitas (Irã).
	Causas
	Durante revoltas populares contra ele, a Primavera Árabe derrubou o governo de Ali Abdullah Saleh → em 2011, novo governo de Hadi Mansour (apoiado pela Arábia Saudita) não trouxe mudanças nem democratização → árabes sunitas, que esperavam mais democracia, se frustraram, e houthis (minoria xiita) perceberam que não ampliariam seu espaço na política do país → revolta dos houthis em busca de mais participação → queda do governo Hadi Mansour → em 2014, os houthis tomaram Sanaa, a capital do país → chegada dos houthis ao poder preocupou a Arábia Saudita (que perdeu um aliado) e interessou ao Irã (que ganhou um governo aliado) → Arábia Saudita passa a aporiar os partidários de Mansour e ataca os houthis.
	Desenvolvimento
	O conflito escalou drasticamente em março de 2015, quando a intervenção de uma aliança regional liderada pela Arábia Saudita, pelos Estados Unidos da América e pelos Emirados Árabes Unidos iniciou uma série de ataques aéreos contra os houthis, com o objetivo de restaurar o governo de Hadi e combater a presença de xiitas no país.
Pró-governo (a favor dos sunitas): Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Sudão, Egito, Jordânia, Marrocos e Catar e, indiretamente, dos EUA, França e Reino Unido → ataques para restaurar Hadi no poder (presidente Iêmen).
Contrários ao governo (xiitas): Houthis, Irã, sunita desiludidos.
Houthis, Al-Qaeda e grupos ligados ao ISIS tomam territórios no sul → caos. 
	Consequências
	Insegurança alimentar e fome, dificuldade de emigração, uma vez que o país está cercado pela Arábia Saudita, fraco acesso à educação, falta de saneamento e água potável (grande disseminação de doenças), destruição dos meios de subsistência e redução da capacidade de compro de bens essenciais báscios, como alimento. 
O Iêmen está envolvido numa guerra civil desde a ocupação da capital pelos rebeldes houthis, em 2015, enfrentando uma crise humanitária sem precedentes que envolve 80% da população.
	Situação atual
	Em 30 de outubro de 2018, os Estados Unidos (um dos aliados da Arábia Saudita) pediram que se ponha um fim à guerra e em particular aos ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita.
Em 21 de novembro de 2018, o enviado da ONU, Martin Griffiths, começou consultas para manter diálogos de paz, além disso, o conselho de segurança da ONU aprovou, em 16 de Janeiro de 2019, a criação de uma missão da ONU no Iêmen, responsável por apoiar um acordo de cessar-fogo na cidade portuária de Hodeida, um dos pontos do conflito. 
Atualmente, em torno de 20 profissionais no terreno inspecionam a suspensão das hostilidades, mas ainda não existe nenhum plano definitivo que prometa acabar de uma vez com este conflito, apesar de demonstrar intenção de cessar fogo, os diálogos e acordos ainda estão em andamento.
	Fatos importantes
	Posição estratégica do Iêmen torna o país importante: junto com a Somália (também em crise), o Iêmen controla a passagem do Golfo de Aden para o Mar Vermelho, rota que leva ao Canal de Suez. Esta rota é essencial para a navegação mundial e para o comércio de petróleo.
É uma guerra esquecida pelo restante do mundo.
	Papel da ONU
	Bioequivalência impede a ajuda humanitária, mas há vitórias.
Fornece ajuda através do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da UNICEF.
Serviu como intermediária na resolução do conflito, reunindo, em 2018, as partes interessadas e assinando o “Acordo de Estocolmo” que exigia a cessação das hostilidades em torno de Hodeida – quarta maior cidade do Iémen.
Em janeiro de 2019, o Conselho de Segurança aprovou uma missão que destina-se a supervisionar e ajudar a implementar um acordo de cessar-fogo com o potencial de estabelecer as bases para um acordo político mais amplo, que crie condições para pôr fim ao conflito em curso. 
Em 2021, na Conferência de Alto Nível sobre a crise no país, o objetivo é mobilizar toda a ajuda internacional para acudir ao Iêmen, onde a fome, o conflito, os desastres climáticos, os surtos de cólera e a pandemia de Covid-19 obrigam a uma resposta urgente.
	
Conflito Afeganistão (1979 e 2001)
	Envolvidos
	Majoritariamente URSS, EUA e Afeganistão.
	Causas
	Invasão soviética em 1979 com o interesse de expansão, obter recursos mineraise d​​epor o presidente Hafizullah Amin pelo temor de que ele se aproximasse dos Estados Unidos e pusesse fim à aliança com os soviéticos.
	Desenvolvimento
	EUA e aliados apoiam guerrilheiros muçulmanos, os Mujahedins, treinados pela CIA para lutar contra a URSS → acabam por se tornar o Talibã (grupo radical fundamentalista).
Retirada soviética em 1989 → Talibã toma o poder com o apoio dos EUA durante a guerra civil.
Bin Laden comete atentados em embaixadas americanas (Quênia e Tanzânia) na década de 1990.
	Consequências
	Intensa morte de soviéticos, crise econômica da URSS, fortalecimento dos rebeldes islâmicos, sobretudo por conta do financiamento internacional. 
Política de "Caça ao Terror" de George Bush.
	Fatos importantes
	Aumento do tráfico internacional de drogas para arrecadar dinheiro ao Talibã → região produtora de papoula, que origina o ópio.
11 de setembro: World Trade Center, Pentágono e outras localidades americanas são atacadas pelo Al Qaeda (financiado pelo taliban Osama Bin Laden) devido à invasão americana e israelense ao Líbano em 1982 e aliança entre EUA e Israel → caça ao terror americana (ataque ao Afeganistão para achar Bin Laden (morre em 2011) e Mulá Omar).
Cemitério de potências: todos os países que dominaram o Afeganistão se enfraqueceram. 
Al Qaeda: combate à influência ocidental nos países muçulmanos; objetiva a implementação da Sharia; duas formas de atuação: terrorismo e jihadismo; bases em vários países da África e do Oriente Médio; conta com apoio de muitos grupos terroristas, espalhadas pela África, Filipinas, Indonésia, Paquistão e Afeganistão.
	Situação atual
	Negociação entre o Talibã e os EUA de um acordo de paz.
Governo afegão libera prisioneiros e EUA retira e reduz tropas.
Os EUA acabaram de retirar, em 2021, suas tropas do Afeganistão, que lá estavam para conter o Talibã e outros ataques a seu território → sua saída disponibilizou armamento ao grupo e, pela fragilidade, possibilitou sua conquista de Cabul e o controle do país.
Grande parte da população morre de fome ou por falta de cuidados médicos, pois a infraestrutura do país ainda não foi reconstruída. 
	
Conflito Líbano
	Causas
	País ficou no fogo cruzado entre Hezbollah (grupo armado apoiado pelos países árabes por ser contrário à criação do Estado de Israel (o qual julgam ser a criação de um país ocidental no oriente médio + construído em terras tomadas do povo muçulmano) e Israel.
	Desenvolvimento
	 Israel ataca Líbano para atacar Hezbollah.
	Fatos importantes
	2019: protestos populares (queda em bloco elite política, corrupção, poder por religião).
2020: novo governo não faz reformas necessárias → dívida pública alta, ineficiência estrutural, ajuda do FMI paralisada.
Estado falido: metade da população abaixo da linha de pobreza, inflação e desemprego, grande dependência de importação (80%), intenso fluxo de refugiados sírios piora as condições.
No mundo árabe e muçulmano, o Hezbollah é respeitado como uma força de defesa contra Israel e contra o envolvimento do Ocidente no Oriente Médio → conta com o apoio, sobretudo financeiro, de países como Síria e Irã; sua classificação como grupo terrorista parte de uma perspectiva externa, por parte dos Estados Unidos e de Israel; o Hezbollah e o Irã são aliados pois o Hezbollah é xiita e conta com apoio iraniano para conseguir armas; Líbano apoia o grupo, pois ele o protege dos ataques sírios.
	Situação atual
	Em 2019, diante de protestos, o Governo do primeiro-ministro Saad Hariri aprovou um pacote de reformas econômicas estancado havia meses.
Primavera Árabe revoltas populares no Oriente Médio e norte da África pelo fim de governos autoritários e corruptos → renovação da região. Estopim: desesperançoso por ser ignorado ao pedir ajuda financeira e social ao governo, rapaz põe fogo no próprio corpo e morre dias depois.
Síria: maioria da População sunita, governo xiita não teocráticou, partido Baath governa desde 1963 (censura e Estado de Emergência); Síria liderada, em 1920, pela França (antes parte do Império Otomano) → independência em 1946 e equilíbrio atingido apenas em 1963, com a ascensão do partido Bath; presidente Bashar Al-Assad chega ao poder ilegitimamente, reprime revoltas, não dá muito atenção a questões religiosas e não tem aversão ao Ocidente; em 2018, o Estado Islâmico cresce na Síria, recrutando mais membros, destruindo ruínas e se apossando do petróleo;
Guerra na Síria: governo de Bashar al-Assad com alto desemprego, corrupção e falta de liberdade política → manifestações pró-democracia no país, em 2011, inspiradas pela Primavera Árabe → repressão do governo → protestos exigiam renúncia do presidente → violência se alastra pelo território → surgimento de grupos rebeldes (como Estado Isâmico e Al-Qaeda) → potências estrangeiras começaram a tomar partido, enviando dinheiro, armamento e combatentes. Lados envolvidos na guerra: Rússia e Irã (enviou tropas de milicianos xiitas e Hezbollah) apoiam o governo e potências ocidentais (EUA enviou as Forças Democráticas Sírias (FDS)) e países do Golfo apoiam a oposição. Situação atual: governo de Assad recuperou o controle, mas também há partes controladas por rebeldes, jihadistas, FDS e curdos. Nordeste: conflito turcos e curdo - ataques às Forças Democráticas Sírias - criação da zona segura - livre do YPG; acordo para controle da região pelo governo sírio. Obs.: saída dos EUA fortaleceu o conflito.
Turquia: “guardiã da Europa”: satisfaz a Europa ao impedir refugiados sírios de chegarem lá ao abrigá-los em seu território → esperança turca de entrar na UE.

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