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Ciência Politica

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Ciênci� Polític�
(Unidade I)
O que é política?
A palavra política significa elevação para a participação no poder ou para a influência
na sua repartição, seja entre os Estados, seja no interior de um Estado ou entre os grupos
humanos que nele existem.
Política x Ciência
“Ciência política tem por objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das
ideias políticas, tanto em sentido teórico (doutrina) como em sentido prático, referido ao
passado, ao presente e às possibilidades futuras” (Paulo Bonavides – jurista, jornalista e
cientista político brasileiro – 1925-2020).
Política x Direito
Estado e Direito no século XXI: não se concebe mais Estado sem Direito e nem mesmo
Direito sem Estado, um é diretamente proporcional à existência precedente do anterior.
CF, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de
2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Estado
O termo Estado foi usado pela primeira vez por Maquiavel em O Príncipe, escrito em
1513, do latim status = estar firme, significando situação permanente de convivência e
ligada à sociedade política, passando a ser usado pelos italianos sempre ligado ao nome
de uma cidade independente.
➔ População: é o número total de habitantes de um determinado território. O
conceito de população, portanto, é apenas numérico e demográfico. Não deve ser
confundido com “povo”.
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Elementos do Estado
Território Soberania Povo
Espaço que delimita a
atuação da soberania
estatal. Nesse conceito
inclui-se o espaço
terrestre, aéreo, o mar
territorial, a plataforma
continental e os navios e
as aeronaves militares
brasileiras onde quer que
se encontrem.
Poder de autodeterminação do
Estado. Significa que o Estado é
independente internacionalmente.
Soberania interna: poder de império
dentro de seu território;
Soberania externa: significa que o
Estado é independente perante os
demais Estados da comunidade
internacional e não se subordina a
nenhum deles.
conjunto de
pessoas que falam
a mesma língua,
que têm a mesma
cultura, mesmos
valores e tradições.
Não se pode
confundir com o
conceito de
população
Origem do Estado
➔ Sociedades Matriarcais
Anteriores ao surgimento da família monogâmica e da propriedade privada, o poder
social era distribuído de forma hierarquizada, a partir dos conselhos de anciãos e das
estruturas tribais. As relações entre os membros das sociedades eram de tipo pessoal e a
coesão do grupo se baseava em práticas religiosas e ritos sociais de tipo tradicional.
Os primeiros Estados surgiram por conta do advento da agricultura e a consequente
distribuição de terras entre os membros da sociedade, favorecendo a criação da
propriedade privada, dos direitos hereditários e, por conseguinte, da família
patriarcal. Nela, a descendência devia ser assegurada por meio de um sólido vínculo
matrimonial de caráter monogâmico (a mulher só podia ter um marido).
Grécia por volta do século V a.C.: a unidade política grega era a polis, ou cidade-estado,
cujo governo foi democrático. Os habitantes que alcançavam a condição de cidadãos –
da qual boa parte da sociedade era excluída – participavam das instituições políticas.
A organização política de Roma foi, no início, semelhante à grega. A civitas (cidade) era
o centro de um território reduzido, em que todos os cidadãos participavam do governo.
Com a expansão do império e das leis gerais promulgadas por Roma, respeitaram-se as
leis específicas dos povos dominados. Marco Túlio Cícero, orador e filósofo romano,
afirmou que a justiça é um princípio natural e tem a missão de limitar o exercício do
poder.
Na Idade Média, a teoria de que o poder emanava do conjunto da comunidade surgiu
como elemento novo. O rei ou o imperador, portanto, deviam ser eleitos ou aceitos como
tais por seus súditos, para que sua soberania fosse legítima. O enfoque de que o poder
terreno era autônomo com relação à ordem divina permitiu o surgimento da doutrina de
um “pacto” que deveria ser realizado entre soberanos e súditos. A lei humana, reflexo da
lei divina, devia apoiar- se na razão. São Tomás de Aquino expõe essa concepção do
poder na Summa teológica.
Estado Absolutista
1
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Durante a transição do feudalismo para o capitalismo houve a ascensão econômica da
burguesia e do mercantilismo. Era preciso outro regime político na Europa
centro-ocidental que garantisse a paz, o cumprimento das leis e centralizasse a
administração estatal.
Desta maneira, o rei era a figura ideal para concentrar o poder político e das armas, e
garantir o funcionamento dos negócios.
Nesta época, começam a surgir os grandes exércitos nacionais e a proibição de forças
armadas particulares.
As principais características do Estado absolutista são: ausência de divisão de poderes,
poder concentrado no Estado e política econômica mercantilista.
Estado Totalitário
O totalitarismo faz referência a todo e qualquer tipo de governo em que um único
indivíduo ou partido passa a controlar as diversas instâncias do Estado.
Único partido político, chefiado por um líder absoluto.
Forte presença de um militarismo na sociedade e é acompanhado por ações do regime
com o objetivo de promover sua ideologia por meio de um sistema de doutrinação da
população.
Estado Liberal
Todo indivíduo tem direitos humanos inatos. O governo tem o dever de respeitar tais
direitos e deve atuar principalmente para resolver disputas quando os interesses dos
indivíduos se chocam.
A sociedade e o governo devem proteger e promover a liberdade individual, em vez de
impor constrangimentos; a pluralidade e a diversidade devem ser encorajadas e a
sociedade deve ser igual e justa na distribuição de oportunidades e recursos.
Os sistemas democráticos assumem as premissas básicas do Estado liberal, no qual sua
principal função seria a de garantir os direitos do indivíduo contra o autoritarismo
político e, para atingir essa finalidade, exige formas, mais ou menos amplas, de
representação política.
Estado Social
O Estado Social pretende garantir as liberdades individuais e, ao mesmo tempo, é
necessário intervir para que o conjunto da população tenha acesso a uma série de
serviços sociais, especialmente aqueles relacionados à educação, saúde e habitação.
As instituições do Estado devem organizar-se de modo que haja coesão social e
igualdade de oportunidades.
Está baseado na intervenção do Estado em alguns setores da economia e da sociedade.
Defende a necessidade de intervir em todos os contextos com os quais se produzem
situações de penúrias sociais e desigualdades econômicas. A finalidade dessa visão do
Estado é garantir uma vida digna para os cidadãos.
Constituição
2
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Poder Constituinte
Poder de criar (originário) ou alterar (derivado) uma constituição. Eles são: Originário,
Derivado, Derivado Decorrente, Supranacional e Difuso.
Originário Derivado
inicial (criar) Secundário
ilimitado (exceto limites morais, éticos, etc.) limitado
incondicionado condicionado
Poder Constituinte Derivado Decorrente: também obra do Poder Constituinte Originário.
É o poder investido nos estados membros para elaborarem sua própria constituição,
sendo assim possível a eles estabelecer sua auto-organização.
Poder Constituinte Supranacional: é o poder que cria uma Constituição, na qual cada
Estado cede uma parcela de sua soberania para que uma Constituição comunitária seja
criada. O titular desse poder não é o povo, mas o cidadão universal.
3
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
O Poder Constituinte Difuso (mutação constitucional): são dadas novas interpretações
aos dispositivos da Constituição, mas sem alteraçõesna literalidade de seus textos, que
permanecem inalterados. Em regra ocorre por ação do Poder Judiciário, principalmente
pelo STF.
Democracia no Brasil
Na Primeira República, ou República Velha, tivemos um período provisório comandado
por setores militares (1889-1894). Um período em que a chamada “política café com leite”
deu início a um longo conchavo entre líderes de São Paulo e Minas Gerais para a
presidência do país até 1930.
Em 1930, uma chapa liderada por Júlio Prestes, paulista, é indicada e eleita. Porém os
políticos mineiros não aceitam a eleição, iniciando a Revolução de 1930, que acaba com
a República Velha e inicia a Era Vargas. Uma característica da Primeira República era o
voto de cabresto, em que os coronéis locais mandavam e fiscalizavam as pessoas
quando votavam, criando uma fraude que descaracteriza a legitimidade do processo
democrático.
A democracia só foi restabelecida no Brasil em 1945 e, em 1964, o país viveu outro golpe
contra a República brasileira e contra a democracia. Trata-se do governo militar que
impôs um regime de exceção, suspendendo direitos civis e a Constituição, impondo a
censura contra a imprensa e fechando, por alguns momentos, o Congresso Nacional.
Em 1985, o governo militar acaba, mas deixa como marca as eleições indiretas para
presidente. Há a prevalência de um grande movimento, iniciado ainda no fim da
ditadura, que se chamava “Diretas Já!” e pedia o estabelecimento de eleições diretas
para presidente. Em 1988 é promulgada a Constituição Federal de 1988 e restabelece a
possibilidade da democracia plena, reforçando direitos e promovendo a igualdade.
Democracia Democracia Direta Democracia Indireta
(Representativa)
O povo participa das
tomadas de decisões
O povo participa diretamente
das tomadas de decisões
As decisões são tomadas por
representantes do povo
Soberania popular (poder do povo de exercer o seu poder, diferente de soberania)
↪ Plebiscito: O último plebiscito nacional foi realizado em 21/04/1993, para escolher
entre República ou Monarquia, Presidencialismo ou Parlamentarismo.
↪ Referendo: O “Referendo do Desarmamento”, realizado em 23 de outubro de 2005, foi o
primeiro referendo nacional na história do Brasil.
↪ Iniciativa Popular: A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n. 135/10), que torna o
candidato condenado por um Tribunal inelegível por 8 anos, é resultado de uma iniciativa
popular.
↪ Sufrágio Universal: Direito de votar e ser votado, estendido a todos
↪ Voto direto e secreto
4
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
(Unidade II)
Presidencialismo
O presidente da República é chefe de Estado e chefe de Governo.
A chefia do Executivo é unipessoal. A tripartição dos Poderes é visível internamente. O
presidente da República é escolhido pelo povo e por um prazo determinado.
O presidente da República tem poder de veto.
Parlamentarismo
Organização dualista do Poder Executivo (Chefe de Estado e Chefe de Governo);
Colegialidade do órgão governamental;
Responsabilidade política do Ministério perante o Parlamento;
Responsabilidade política do Parlamento perante o corpo eleitoral;
Interdependência dos Poderes Legislativo e Executivo.
Semipresidencialismo
O chefe de Estado (presidente) é eleito por votação popular, de forma direta ou indireta,
com um mandato determinado;
O chefe de Estado compartilha o Poder Executivo com o primeiro-ministro, em uma
estrutura dupla de autoridade, com os seguintes critérios de definição:
➔ Embora independente do parlamento, o presidente não tem direito de governar
sozinho ou diretamente, portanto sua vontade deve ser canalizada e processada pelo seu
governo;
➔ Inversamente, o primeiro-ministro e seu gabinete independem do presidente, à
medida que este depende do Parlamento.
Partidos Políticos (CF, art. 17)
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana.
Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito à rádio
e à televisão, na forma da lei.
Organização do Estado
5
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Autonomia é a liberdade de ação conferida à União, estados-membros, Distrito Federal
e municípios. É um conceito diferente de Soberania (capacidade atribuída ao Estado de
produzir suas próprias normas e impedir que normas “de fora” sejam aplicadas).
A Liberdade é limitada pela Constituição Federal (art.18, caput).
A República Federativa do Brasil (CF, art. 1º) é constituída pela união indissolúvel dos
Estados, Municípios e do Distrito Federal.
↪Estado Democrático de Direito.
A República Federativa do Brasil (CF, art. 18, caput) compreende a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição.
Estados Membros
Cabem aos estados membros os direitos de auto-organização (art. 25, caput), executivo
(governador), por meio de uma organização de uma constituição estadual e leis
estaduais. Tem autonomia.
Eleições nos estados membros:
↪ 1º turno: 1º domingo de outubro
↪ 2º turno: último domingo de outubro
↪ Mandato de 4 anos
↪ Legislativo: Deputados Estaduais
Municípios
Cabem aos municípios os direitos de auto-organização (art. 29, caput), executivo:
prefeito e legislativo: vereadores. Não tem constituição, apenas lei orgânica e leis
municipais, e não têm poder judiciário.
Eleições nos municípios:
↪ 1º turno: 1º domingo de outubro
↪ 2º turno: último domingo de outubro
↪ Mandato de 4 anos
↪ Legislativo: vereadores.
Distrito Federal
(art. 32) cabe ao DF, o direito de auto-organização por lei orgânica, executivo:
governador distrital (equivalente ao do estado) e legislativo: deputados distritais
(equivalente aos estaduais)
Competência
União: previstas nos artigos 21, 22, 23 e 24 da CF
Municípios: previsto no art. 30: interesse local
Estados: residual (o que não estiver na competência da união e municípios)
Distrito Federal: previsto no art. 32, §1º
6
Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Poderes do Estado
O poder legislativo da União será exercido pelo Congresso Nacional (Art. 44), composto
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal (bicameral)
25
Senado Federal (Art. 46)
↪ Mandato de 8 anos
↪ Eleição a cada 4 anos (renovação por 1/3 e 2/3)
↪ Idade mínima de 35 anos (14, §3o)
↪ Cada estado (e o DF) elegem: 3 Senadores (e 2 suplentes)
Câmara dos Deputados (Art. 45)
↪Representantes do povo (Proporcional à população):
➔ Estados
➔ DF
➔ Se houverem territórios: 4 deputados cada um
↪ Idade mínima de 21 anos
↪ Mandato de 4 anos
Presidente da República: chefe de Estado e chefe de Governo
Eleição: art. 77
↪ 1º turno: 1º domingo de outubro
↪ 2º turno: último domingo de outubro
↪ Mandato de 4 anos
↪ A eleição do presidente da República importará a do vice
↪ Será considerado eleito presidente o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
↪ Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
Ingresso no poder judiciário: Juiz substituto art.93, I
↪ Concurso de provas e títulos
↪ Bacharel em direito
↪ 3 anos de atividade jurídica
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Curs� d� Graduaçã�
Direit�
Justiça Desportiva e Tribunal de Contas: não são integrantes do poder judiciário.
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