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A Economia Solidária e o Associativismo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
LUANA DOS SANTOS VIEIRA
A ECONOMIA SOLIDÁRIA E SUAS MANIFESTAÇÕES
O Cooperativismo e o Associativismo
ENCANTADO
2022
LUANA DOS SANTOS VIEIRA
A economia solidária e suas manifestações:
o cooperativismo e o associativismo
Trabalho final apresentado à Universidade Estadual do Rio Grande do Sul como parte dos requisitos para conclusão do curso de graduação em administração.
Professor Ubyrajara Brasil Dal Berto.
ENCANTADO
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
2. O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA ......................................................................... 5
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS..................................................................... 6
3. ORIGENS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA ................................................................ 7
4. COMPARATIVO ENTRE A ECONOMIA SOLIDÁRIA E A ECONOMIA DE MERCADO: SIMILARIDADES E DIFERENÇAS ................................................... 8
5. COOPERATIVISMO: CONCEITO E DEFINIÇÃO .................................................. 9
6. TIPOS DE COOPERATIVISMO ................................................................................ 12
7. EXPRESSIVIDADE DO COOPERATIVISMO NO MUNDO E NO BRASIL ........ 13
8. ASSOCIATIVISMO: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS .................................... 14
8.1 VANTAGENS DO ASSOCIATIVISMO .................................................... 15
9. DIFERENÇA ENTRE COOPERATIVAS, ASSOCIAÇÕES E EMPRESAS MERCANTIS .............................................................................................................. 17
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 19
11. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 20
 
ENCANTADO
2022
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a questão da economia solidária e suas manifestações, o cooperativismo e o associativismo.
Esse estudo tem como ênfase a formação crítica, criativa e inovadora de pensamentos e conceitos. Seja por meio de cooperativas, associações ou atividades solidárias, esse tema vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, pois auxiliam para que a comunidade tenha maior expressão social, econômica, ambiental e política.
Aparentemente, as associações e as cooperativas não diferem tanto nos valores e nos objetivos. Então, quais são as diferenças? Ao desenvolver do trabalho, será respondida essa dúvida e muitas outras, como quais suas origens, seus significados, comparação, etc.
2 O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA?
O conceito de economia solidária se baseia fundamenta na ideia de colaboração, solidariedade e coletividade, de modo com que as relações entre as pessoas e as empresas sejam mais justas no ponto de vista social e sustentável. É um modo específico de organização de atividades econômicas, as quais se caracterizam pela igualdade e autonomia entre seus membros em cada unidade ou empreendimento.
A economia solidária tem como pretensão diminuir a desigualdade social, por isso busca, ao invés de uma forma econômica competitiva, a colaborativa. Procura concretizar a plena igualdade entre todos que se unem para produzir, consumir, comercializar ou trocar.
Tem como ideia a criação de uma forma de manter a atividade econômica baseada na colaboração e na autogestão, ou seja, todos que atuam em uma empresa tem os lucros divididos igualmente. Além disso, a economia solidária se preocupa com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente para não prejudicar o planeta.
No Brasil, há o Sistema de Informações em Economia Solidária que tem como principais objetivos identificar e caracterizar a economia solidária no Brasil; fortalecer a organização e integrar redes de produção, comercialização e consumo; promover o comércio justo e o consumo ético; subsidiar a formulação de políticas públicas; facilitar a realização de estudos e pesquisas; dar visibilidade à economia solidária para obter reconhecimento e apoio público. Esse sistema resultou na análise da economia solidária nacional e analisou suas capacidades, potencialidades e seus limites, considerando principalmente aspectos como inclusão social pela via da geração de trabalho e melhoria de renda, constituição de redes de comércio e consumo justos, potencial organizativo na formulação de políticas alternativas de desenvolvimento com relações de trabalho mais igualitárias.
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA
Solidariedade: essa característica se manifesta nas oportunidades que ajudam no desenvolvimento de capacidades, na melhoria das condições de vida dos colaboradores, na justa distribuição dos resultados alcançados pelo empreendimento, no compromisso e respeito com o meio ambiente, na preocupação com o bem estar dos trabalhadores, etc. Considerando essas características, seus resultados culturais, econômicos e políticos são populares entre participantes, sem distinções.
Autogestão: todos os participantes das organizações participam da autogestão tanto dos processos de trabalho, como das definições estratégicas e cotidianas, da coordenação e direção das ações nos diversos graus de interesse.
Cooperação: nessa característica há interesses e objetivos em comum, como a propriedade coletiva de bens, a união dos esforços e capacidades, responsabilidade solidária e partilha dos resultados.
Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.
Alguns exemplos de empreendimentos de economia solidária são: Grupos de agricultura familiar; Empresas cooperativas de crédito; Coletivos ecológicos; Cooperativas de reciclagem; Empreendimentos de artesanato locais, etc.
3 ORIGENS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA
No início do século XIX, acontecem os primeiros movimentos que resultaram no surgimento da Economia Solidária, e a partir de 1980, sua chegada na América.
Segundo historiadores e estudiosos, o termo Economia Solidária surgiu na Grã-Bretanha, durante a Primeira Revolução Industrial. E foi uma reação dos artesãos que perderam seus empregos para as máquinas à vapor e durante os séculos XVII e XIX foram surgindo os primeiros sindicatos e as primeiras cooperativas.
No Brasil, os processos de urbanização e industrialização, e o cenário político dos anos 90 possibilitou a discussão sobre as práticas de Economia Solidária, bem como sobre o lugar que ocupava e deveria ocupar, seus limites, possibilidades e seu processo de implementação. 
Mas podemos afirmar que práticas econômicas fundadas em princípios de solidariedade existiram em todos os continentes e muito antes da Revolução Industrial. Práticas solidárias milenares no campo econômico foram reconhecidas e têm sido estudadas no centro das diferentes culturas como elementos fundamentais da agregação e coexistência de comunidades humanas.
A Economia Solidária pode se constituir, hoje, como uma forma de inserção social que atua com presença no mercado e utiliza-se da atuação política, através de espaços públicos em construção, permitindo interações das mais diversas, entre associações com presença de voluntários e outras formas de organizações, potencializando o debate público e permitindo a criação de instituições novas, plurais e democráticas.
Economia solidária é um movimento que diz respeito a produção, consumo e distribuição de riqueza, com foco na valorização do ser humano. A sua base são os empreendimentos coletivos (associação, cooperativa, grupo informal e sociedade mercantil).
4 COMPARATIVO ENTRE A ECONOMIA SOLIDÁRIA E A ECONOMIA DE MERCADO: SIMILARIDADES E DIFERENÇAS
A Economiade Mercado é um sistema em que a economia é controlada e baseada pela inciativa privada, além disso, são as próprias empresas privadas que definem seu funcionamento e sua estratégia financeira. Essa forma de trabalho se baseia na livre concorrência e no acúmulo de capital, sem prensar em formas justas de trabalho e produção, provoca grande desigualdade social entre seus membros.
A economia solidária busca uma certa harmonia ao capitalismo, ela procura a emancipação política e social do trabalhador, sem se preocupar com o lucro excessivo e sim a geração de renda e inclusão social.
Na Economia Solidária, o capital pertence aos trabalhadores e cooperados; seu objetivo é o desenvolvimento econômico, social e financeiro; suas características são baseadas na solidariedade, cooperativismo e na autogestão; o retorno financeiro é distribuído entre todos os trabalhadores envolvidos; se relacionam com o mercado e seu papel social é o agente econômico e social; atuam em conjunto com o Estado, com a sociedade e com os trabalhadores. Já na Economia de Mercado, o capital e trabalho são recursos de diferentes pessoas; tem como objetivo o lucro financeiro; tem como características a competição e o individualismo; seu retorno financeiro é baseado nos donos das organizações; exerce poder sobre o mercado e seu papel social são os agentes econômicos; não tem participação do estado.
5 COOPERATIVISMO: CONCEITO E DEFINIÇÃO
Cooperativismo pode ser definido como a colaboração de indivíduos que tem objetivos em comum, que possa ser trabalhada de forma para gerar venefícios iguais a todos os membros (cooperados). A base de seu funcionamento é a ação mútua, em cooperação. O investimento e o retorno para todas as partes é o mesmo.
No Brasil, o cooperativismo iniciou em 1889, no setor agropecuário. A primeira cooperativa brasileira localizada em Minas Gerais e se chamava de Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. E em 1902, foi fundada a primeira cooperativa de crédito do Brasil no Rio Grande do Sul, a Sicredi Pioneira.
O cooperativismo possui 7 princípios, os quais representam a base de uma cooperativa e dirigem a prática dessas entidades em todo o mundo. São eles:
Adesão livre e voluntária: as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações sociais, raciais, sexuais, políticas ou religiosas. Isso significa que uma cooperativa está aberta a acolher a todos.
Gestão democrática: toda sociedade cooperativa deve ser guiada pelos princípios da democracia, que visa a atuação responsável de todos seus membros. Nas cooperativas primárias, os membros têm direitos iguais de voto (um membro, um voto) e as cooperativas de outros níveis também são organizadas de forma democrática.
Participação econômica dos membros: de acordo com esse princípio, os membros da cooperativa contribuem na formação de seu capital social e também com sua movimentação financeira. Além disso, pelo menos parte desse capital é, em geral, de propriedade comum da cooperativa. Da mesma maneira, é usual que os associados recebam benefícios limitados pelo capital subscrito.
Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Elas podem firmar acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, e recorrerem a capital externo. No entanto, isso sempre deve ser feito em condições que assegurem o controle democrático dos associados e mantenham a autonomia da cooperativa.
Educação, formação e informação: as cooperativas promovem a educação e a formação de seus membros, representantes eleitos gerentes e funcionários para que possam realmente contribuir para o desenvolvimento de suas cooperativas e também da comunidade em que está inserida.
Intercooperação: este princípio é a parceria entre cooperativas, essa ação pode ocorrer por meio de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. Pode ainda se dar entre cooperativas do mesmo e de diferentes ramos.
Interesse pela comunidade: o cooperativismo trabalha para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades por meio de políticas aprovadas por seus membros.
Valores do Cooperativismo: Ajuda Mútua; Responsabilidade; Democracia; Igualdade; Equidade; Solidariedade.
Classificação das cooperativas:
Cooperativas Singulares: são criadas para prestar serviços diretamente aos associados e atender a um único objetivo econômico, político ou social.
Cooperativas Centrais e Federações: são criadas para organizar, em comum e em maior escala, diversos serviços de, no mínimo, três cooperativas singulares filiadas, orientando e integrando suas atividades.
Cooperativas Confederações: são criadas para organizar, em comum e em maior escala, diversos serviços de, no mínimo, três cooperativas centrais ou federações, orientando suas atividades.
Cooperativas Mistas: são criadas para prestar serviços, diretamente aos associados e atender a mais de um objetivo econômico, político ou social.
Ser sócio de uma cooperativa traz inúmeros benefícios, como:
Ter melhores condições de trabalho;
Aumentar a sua vantagem competitiva;
Educação continuada, de acordo com os princípios citados acima;
Os demais membros possuem os mesmos direitos e deveres;
Você é dono do próprio negócio;
Os sócios-cooperados aprovam ou reprovam o relatório financeiro e recebem parte do lucro, quando eles existem ou decidem por investir em melhorias;
Taxas menores em instituições financeiras (no caso de cooperativas de crédito);
As cooperativas de produção promovem maior ganho de escala;
Nas cooperativas de consumo, o sócio consegue comprar itens com menor preço devido ao volume de produtos adquiridos.
Direitos para quem trabalha em uma cooperativa:
Descanso Anual Remunerado (semelhante às férias);
Ter o INSS recolhido e usufruir dos direitos de licenças e aposentadoria;
O direito de votar e ser votado;
O recebimento de uma porcentagem do faturamento quando a cooperativa apresentar bom desempenho;
Usufruir dos benefícios, serviços e treinamentos ofertados pela cooperativa;
Em caso de saída da cooperativa, retirar o capital conforme disposto nos estatuto social.
6 TIPOS DE COOPERATIVISMO
As cooperativas apresentam diversos tipos de atividades, no Brasil, essas atividades são subdivididas em 7 segmentos, que são:
Cooperativas de Consumo: viabilizam a compra coletiva de produtos ou serviços, buscando melhores preços para seus cooperados. Tem como exemplo, os supermercados, postos de combustíveis, farmácias, fornecedores de insumos, entre outros.
Cooperativas de Crédito: no Brasil, a primeira cooperativa de crédito criada foi em 1902. Tem o objetivo de facilitar a entrada dos participantes no marcado, prestando serviços financeiros aos seus cooperados, como empréstimos, aplicações, poupanças e financiamentos.
Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços: conforme registros, a primeira cooperativa desse ramo foi constituída em 1938. É constituída por diversos tipos de profissionais que prestam serviços à terceiros, como por exemplo, os artesãos, catadores de materiais recicláveis, trabalhadores de construção civil, artistas, escritores, etc.
Cooperativas Agropecuárias: esse tipo de cooperativa consiste na união de diferentes produtores rurais que tem objetivos em comum, como por exemplo, solucionar problemas específicos da atividade rural, satisfazer as necessidades no setor, melhorando a atividade econômica. A união das forças ajuda na comercialização e no armazenamento da produção, além de possibilitar assistência técnica para os associados.
Cooperativas de Infraestrutura: possibilitam o acesso a uma estrutura básica para o crescimento econômico e produtivo dos pequenos associados, fornecendo imóveis, energia elétrica, rede de telefonia, entre outros serviços essenciais.
Cooperativas de Transporte: atuam na prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros. Portanto o cooperado deve ser proprietário do veículoem circulação. As cooperativas desse ramo têm gestões específicas em suas várias modalidades: transporte individual (táxi), transporte coletivo (ônibus), transporte de cargas (caminhão) e transporte escolar (vans).
Cooperativas de Saúde: preconiza a colaboração e associação de pessoas ou grupos com os mesmos interesses, com o objetivo de obter vantagens comuns em suas atividades econômicas, também visa a divisão igualitária dos benefícios e obrigações, não possuem um limite de sócios e têm suas decisões baseadas em assembleias.
7 EXPRESSIVIDADE DO COOPERATIVISMO NO MUNDO E NO BRASIL
O cooperativismo iniciou no ano de 1844, na Inglaterra. Quando um grupo de tecelões, sendo 27 homens e 1 mulher, que procuravam uma maneira econômica de atuar no mercado, decidiram se unir para criar um meio para escapar do capitalismo. Explorados na venda compra de alimentos e roupas no comércio local, os artesãos resolveram montar seu próprio armazém, com preços justos para seus colaboradores. Depois disso, a associação a compra e construção de residências para os tecelões e montou uma linha de produção para os trabalhadores com salários muito baixos e desempregados.
O número de cooperativas no mundo chega a 3 milhões, com um total superior a 1 bilhão de cooperados. Isso corresponde a 12% da humanidade. São 280 milhões de empregos gerados, o que significa uma faixa de 10% da população do mercado formal e de 4% de toda a população mundial.
No Brasil, o movimento cooperativista teve início no ano de 1847. De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021, o Brasil possui 4.868 cooperativas. Gerando um total de 455.095 empregados, no ano de 2020. O País possui o maior sistema de cooperativas de saúde do mundo, somando um total de 758 cooperativas, sendo considerado referência mundial. Das 300 maiores entidades existentes, 7 delas são brasileiras, segundo o World Cooperative Monitor. O Brasil também possui 4 das 300 maiores cooperativas do mundo, Copersucar (60ª posição), Coamo (119ª posição), Sicredi (123ª posição) e C. Vale (180ª posição).
Principais Estados Brasileiros com cooperativas que exportaram/importam: Paraná - 170 cooperativas, São Paulo - 51 cooperativas, Rio Grande do Sul - 47 cooperativas, Santa Catarina - 43 cooperativas, Minas Gerais - 35 cooperativas.
8 ASSOCIATIVISMO: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
O Associativismo teve origem no início dos tempos, desde a Grécia e Roma Antiga. Durante o século XIX, as associações vigoraram pela Europa, mais tarde, são substituídas pelas associações profissionais de trabalhadores e dos patrões que viriam a dar origem aos atuais sindicatos. No século XX, surgem as associações de cultura e recreio. Sua importância se estendeu especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
O Associativismo se caracteriza por ser uma iniciativa formal ou informal, que reúne grupos de empresas ou pessoas, as associações surgiram com o intuito de auxiliar a sociedade a melhorar de vida, através da ajuda mútua os associados conseguem ter maior expressão social, visto que sozinhas as pessoas têm maior dificuldade em alcançar alguns objetivos comuns.
As associações são mantidas sobre os pilares da participação, união, cooperação e solidariedade e, tem como propósito defender os interesses de um grupo ou classe profissional, de promover a assistência social, cultural e educacional aos seus associados. Não possuem fins lucrativos, portanto são de natureza assistencial ou se dedicam a atividades recreativas, culturais, religiosas, científicas, entre outras. E tem como benefícios:
Troca de experiências: o associativismo proporciona a união que faz com que os empreendedores troquem ideias e experiências que os ajudem a crescer em conjunto.
Conhecimento aprimorado: por conta das experiências valiosas trazidas pelos empreendedores, o convívio entre eles faz com que aprimorem e adquiram mais conhecimento.
Redução de custos: em uma rede com um número maior de integrantes, é mais fácil conseguir preços mais acessíveis em produtos e serviços que fazem parte do dia a dia da sua empresa.
Autoridade para a marca: utilizar uma marca forte, é uma forma de relacionar a imagem do negócio à reputação da entidade, o que ajuda a transmitir credibilidade ao público.
Maior competitividade: por conta do acesso a serviços e produtos mais baratos, são conquistados mais conhecimento de negócio e uma rede de contatos mais desenvolvida. 
8.1 VANTAGENS DO ASSOCIATIVISMO
União - o Associativismo proporciona uma união capaz de fazer os empresários pensar coletivamente e permite a troca de experiências que os faz crescer conjuntamente.
Aculturamento - os empresários com perfil associativista têm ganhos significativos no que se refere à cultura empreendedora.
Compra Conjunta - a realização de compras conjuntas proporciona aos empresários maior poder de barganha e acesso a grandes fornecedores do mercado.
Fixação da Marca - a utilização de uma marca forte na fachada e nas dependências do estabelecimento associa o negócio à Rede.
Capacitação de Pessoal - a qualificação dos empresários e seus funcionários proporciona melhoras na gestão do negócio, na qualidade do trabalho e no atendimento aos clientes.
Lucratividade - a aplicação de melhores margens de comercialização faz com que as empresas apresentem um aumento considerável em seu faturamento.
Parcerias - as parcerias com os fornecedores são essenciais para a implementação de ações promocionais nos estabelecimentos. Mas fortalecê-las é fundamental para o desenvolvimento de uma rede associativista.
Conceito de Loja - as recomendações da rede quanto ao visual dos estabelecimentos têm proporcionado uma melhoria significativa no “conceito de loja” dos empresários, desde a fachada, o layout interno e externo, passando pela uniformização e aparência dos funcionários até a informatização e modernização de processos.
Competitividade - ao comprar bem e barato, maximizar e diversificar o mix de produtos, entender as reais necessidades dos clientes, superar suas expectativas, capacitar-se gerencialmente, viabilizar treinamentos para a equipe de colaboradores e organizar melhor o estabelecimento como um todo, as lojas tornam-se mais competitivas e ganham visibilidade no mercado.
Principais tipos de Associações:
Associações filantrópicas: Reúnem voluntários que prestam assistência social a crianças, idosos, pessoas carentes. Seu caráter é basicamente o da assistência social.
Associações de pais e mestres: representam a organização da comunidade escolar com vistas à obtenção de melhores condições de ensino e integração da escola com a comunidade. Em algumas escolas se responsabilizam por parte da gestão escolar.
Associações em defesa da vida: normalmente são organizadas para defender pessoas em condições marginais na sociedade ou que não estão em condições de superar suas próprias limitações. Associação de meninos de rua, aidéticos, crianças com necessidades especiais. Ex.:APAE, Alcoólicos Anônimos.
Associações culturais, desportivas e sociais: organizadas por pessoas ligadas ao meio artístico, tem objetivos educacionais e de promoção de temas relacionados às artes e questões polêmicas da sociedade tais como racismo, gênero, violência. Fazem parte desse grupo ainda, os Clubes esportivos e sociais.
Associações de consumidores: organizações voltadas para o fortalecimento dos consumidores frente aos comerciantes, a indústria e o governo.
Associações de classe: representam os interesses de determinada classe profissional e/ou empresarial.
Associações de produtores: incluem-se as associações de produtores, de pequenos proprietários rurais, de artesãos etc., que se organizam para realização de atividades produtivas e ou defesa de interesses comuns e representação política
9 DIFERENÇA ENTRE COOPERATIVAS, ASSOCIAÇÕES E EMPRESAS MERCANTIS
Uma diferença que impacta diretamente na forma como os associados, cooperados e as empresas se relacionam uns com os outros e lidam com o patrimônio da organização.
Cooperativas: É uma sociedade de pessoas;
Os associados são os própriosdonos;
Objetivo principal é a prestação de serviços econômicos ou financeiros aos associados (sem fins lucrativos);
Número ilimitado de associados;
Controle democrático, cada associado tem direito a um voto;
Pode não ter capital social. Não é permitida a transferência de quotas-parte à terceiros;
Resultados financeiros divididos entre os associados, conforme o valor das operações de cada um;
Neutralidade política e não discriminação social, racial e religiosa.
Associações: É uma organização de pessoas;
Os sócios não são os próprios donos;
Objetivo principal é realizar atividades assistenciais, culturais, desportivas, etc. (fim não econômico);
Patrimônio constituído pela contribuição dos associados, por doações, por subvenções, etc;
Resultado financeiro pode ser investido em sua finalidade, jamais distribuídos entre associados;
Os ganhos devem ser destinados à sociedade, e não aos associados;
São entidades de direito privado e não público.
Empresas Mercantis: Mínimo uma pessoa;
Possui gestão jurídica;
É composto por parceiros, que são as pessoas que reúnem seus esforços e contribuem com o capital.
É uma sociedade de capital que funciona hierarquicamente;
Os sócios vendem seus produtos e serviços a uma massa de consumidores;
Cada ação ou quota corresponde a um voto nas assembleias. Dando prioridade para os que mais tem capital;
O controle é baseado na proporção do capital investido;
Dividendos retornam aos sócios proporcionalmente ao número de ações de cada um;
Podem limitar a quantidade de acionistas;
O compromisso é econômico;
Promove concorrência entre as empresas;
Seu objetivo principal é o lucro.
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho esclareceu dúvidas sobre Economia Solidária e Economia de mercado, mostrando que são grandes as diferenças entre elas. Essas diferenças são pautadas pelos objetivos almejados em cada uma das formas de organização produtiva. Enquanto a economia capitalista necessita do lucro como forma de continuar sobrevivendo na economia de mercado, a economia solidária se questiona a quem o excesso deve servir para a continuação do empreendimento no mercado ou para a conservação do ser humano em seu contexto integral, preservando o caráter psicológico, ético e de existência do ser consciente e condizente com estes valores.
Também vimos formas de cooperativismo e associativismo, quais as diferenças e similaridades, seus benefícios e também, a importância de cada um deles no Brasil e no Mundo. Embora existam distinções destas organizações, as formas de gestão e princípios organizativos são muitos semelhantes.
O cooperativismo valoriza as pessoas, são elas quem ditam as regras para transformar sua realidade. Esses valores humanos contemplam os interesses coletivos com a mesma importância das aspirações individuais. O resultado é o equilíbrio da justiça social com a prosperidade econômica e da sustentabilidade com o lucro igualmente entre seus associados. Já o Associativismo é um modelo de colaboração entre empresas que têm interesses em comum. Os benefícios desta união são diversos: vantagens econômicas, conquistas relacionadas à representatividade e defesa mútua de interesses são apenas alguns deles.
A cooperativa e a associação seriam, os tipos ideais de empreendimentos solidários, voltados à inclusão dos tipicamente excluídos pela economia dominante, como trabalhadores, mulheres, jovens, afrodescendentes, agricultores/as e seus familiares. Todos unidos no desafio de colocar em prática uma gestão participativa.
11 REFERÊNCIAS
file:///C:/Users/Admin/Downloads/844-Texto%20do%20artigo-3859-1-10-20181221.pdf
https://www.bancopan.com.br/blog/publicacoes/economia-solidaria-o-que-e-e-qual-a-importancia.htm
https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-economia-solidaria/
http://portal.unemat.br/media/files/Editora/Cooperativismo%20e%20Associativismo%20-E-book%20-%20Editora%20da%20UNEMAT%202021(1).pdf
https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/7HP9bKqJ83YnmhtynNGVj8b/?format=pdf&lang=pt
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/578/Aula_03.pdf
https://empresasecooperativas.com.br/cooperativismo/
https://baalbeksp.com.br/veja-o-cenario-atual-do-cooperativismo-no-mundo/#:~:text=Em%20termos%20gerais%2C%20o%20n%C3%BAmero,de%20toda%20a%20popula%C3%A7%C3%A3o%20mundial.
https://www.monitor.coop/
http://www.conpes.ufscar.br/wp-content/uploads/trabalhos/gt5/sessao-3/silva_sidlia.pdf
https://www.bibliotecaagptea.org.br/administracao/cooperativismo/artigos/HISTORICO%20DO%20MOVIMENTO%20COOPERATIVISTA%20BRASILEIRO%20E%20SUA%20LEGISLACAO%20UM%20ENFOQUE%20SOBRE%20O%20COOPERATIVISMO%20AGROPECUARIO.pdf
https://isaebrasil.com.br/a-importancia-do-cooperativismo-e-seu-impacto-na-sociedade/#:~:text=O%20cooperativismo%20%C3%A9%20um%20sistema,que%20a%20empresa%20est%C3%A1%20inserida
https://conceitos.com/beneficios/
http://sites.poli.usp.br/p/augusto.neiva/nesol/Publicacoes/V%20Encontro/Artigos/Principios/PRI-05.pdf
https://uergs.edu.br/upload/arquivos/201911/07103419-manual-2-ed-atualizado-2019.pdf
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