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podcast 3 - direito ambiental internacional

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Podcast 
Disciplina: Direito Ambiental Internacional 
Título do tema: Águas, mares e seus recursos no âmbito 
internacional 
Autoria: Fernanda Brusa Molino 
Leitura crítica: Alessandra Aparecida Sanches 
 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre o Tribunal Internacional do 
Direito do Mar. 
A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, celebrada em 1982 em 
Montego Bay na Jamaica, institui uma corte internacional que será responsável 
pela solução de controvérsias relacionadas à interpretação desta Convenção. 
Com o surgimento do Tribunal Internacional do Direito do Mar, popularmente 
conhecido como ITLOS, em razão do uso das siglas de seu nome em inglês 
que é International Tribunal for the Law of the Sea. Esse tribunal possui 
jurisdição internacional sendo instituída pela Convenção das Nações Unidas, 
assim, todos os Estados que ratificaram a Convenção poderão utilizar do 
tribunal em caso de controvérsia acerca de seu conteúdo, versando 
especificamente sobre a interpretação de suas normas. 
Realizando uma análise histórica, faz-se necessário recordar que o Direito do 
Mar é um direito bastante antigo e fundamentado em normas costumeiras 
internacionais. Contudo, com a evolução do Direito Internacional e sua 
regulamentação, Hugo Grócio, em 1609, defende a ideia dos mares não 
suscetíveis de apropriação pelos Estados, sendo a navegação um direito 
comum de todos, porém sofre contestação, especialmente por parte de John 
Selden, em 1635. 
No entanto, com o passar do tempo, o princípio da liberdade dos mares, 
defendida por Grócio, se consolida, estabelecendo os limites de soberania 
junto ao mar territorial que passa a ser delimitado, permitindo a livre navegação 
em alto mar. 
Desse modo, o Tribunal Internacional do Direito do Mar é composto por 21 
(vinte e um) membros que integram o tribunal por meio de votação secreta do 
Estados membros da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar. A 
votação é realizada pelo sistema equitativo, fundamentada no critério de 
distribuição geográfica, necessitando possuir ao menos três membros de cada 
um dos grupos geográficos estabelecidos, sendo eles: Estados Africanos, 
Estados da Europa Ocidental e outros, Estados Latino – Americanos e Caribe, 
Estados Asiáticos e Estados do Leste Europeu. 
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Não pode ter mais de dois membros da mesma nacionalidade de modo a 
assegurar o pluralismo e distribuição equitativa. O mandato dos membros é de 
nove anos, permitindo uma reeleição, com a renovação de um terço dos 
membros da casa a cada três anos. 
Sobre a estrutura do Tribunal, diante da diversidade de temas e buscando 
otimizar os trabalhos de julgamento da corte, existem câmaras especiais em 
razão da matéria, sendo elas: Câmara de Controvérsias dos Fundos Marinhos; 
Câmara de Procedimento Sumário; Câmara de Disputas de Pesca; Câmara de 
Disputas Sobre o Meio Marinho e Câmara de Disputas de Delimitação 
Marítima. 
O Tribunal Internacional de Direito do Mar tem competência para julgar 
qualquer controvérsia, disputa ou solicitação relacionada à interpretação ou 
aplicação da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, permitindo 
assim, sua atuação em questões como meio ambiente marinho, conflito de 
delimitação de fronteiras marítimas e demandas de navegação marítimas. 
Suas decisões são de natureza definitiva e permite que não apenas Estados 
realizem pleitos, mas também pessoas físicas e empresas privadas, além de 
órgãos governamentais. 
Além disso, o Tribunal Internacional também possui competência consultiva, 
permitindo a emissão de pareceres e opiniões consultivas em casos de 
acordos internacionais que se relacionam com os objetivos da Convenção das 
Nações Unidas sobre Direito do Mar, consubstancia a relevância e destaque 
que essa corte possui no cenário internacional. 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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