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Responsável Técnico: Lorena de Fátima Vidal (CRB: 410/11-AM) Biblioteca CEUNI-FAMETRO FAMETRO Av. Djalma Batista, Nossa Sra. das Gracas. Manaus, AM F224m Farias, Rosineide Alves de. Metodologia do trabalho científico / Rosineide Alves de Farias. -- Manaus: CEUNI-FAMETRO, 2021. 116 p. ISBN: 978-85-64293-04-5 1. Pesquisa 2. Métodos 3. Análise I. Título. CDU.:001.8 Todos os direitos reservados © FAMETRO IME Instituto Metropolitano de Ensino Ltda Wellington Lins de Albuquerque | Presidente - IME Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque | Reitora Cinara da Silva Cardoso | Vice-Reitora Iyad Amado Hajoj | Diretor de EaD e Expansão Leonardo Florêncio da Silva | Diretor Editorial e Gestor de EaD Adilsimar Saraiva Maciel | Coordenação Pedagógica EaD Luciana Braga | Projeto Gráfico, Capa e Editoração Ana Augusta de Oliveira Simas | Supervisora de Revisão e Revisora Anne Caroline do Nascimento Ribeiro | Revisora Karoline Alves Leite | Revisora Liene Costa | Revisora Amenayde Cristine Corrêa | Assistente Editorial Imagens | depositphotos.com Ficha catalogada na Biblioteca CEUNI-Fametro "Nos termos da Lei n.º 9.610/98, o autor desta obra é titular de todo o complexo de direitos autorais sobre a presente criação. Assim, é vedada a cópia, reprodução, edi- ção ou distribuição desta obra sem autorização expressa do Autor ou da Editora e, ainda é vedado utilizar, citar, publicar esta obra integral ou parcialmente sem deixar de indicar ou anunciar o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor sob pena da aplicação das medidas previstas nos Art. 101 a 110 da Lei n.º 9.610/98." “Sejam todos e todas bem-vindos ao EaD do Centro Universitário Fametro” O Centro Universitário Fametro acredita que o papel de uma instituição de ensino é formar não apenas profissionais, mas também formar profissionais no Ensino Superior, com valores éticos, humanísticos e com respeito ao meio ambiente capazes de contribuir para o desenvolvimento da nossa Amazônia. A Fametro, portanto, tem premissas claras a cumprir como instituição de ensino de qualidade. Praticar o ensino, pesquisa e extensão é a sua principal bandeira. A Fametro, ao longo das últimas duas décadas, vem se consolidando como a melhor instituição de ensino do Norte, um espaço democrático e docentes com variadas visões de mundo. Somos uma instituição de ensino plural que avança a cada ano em busca sempre de desenvolver a economia da Amazônia. Nossa estrutura é moderna, estamos em diversos municípios levando uma educação inclusiva e de qualidade. Conheça o Centro Universitário Fametro e viva a experiência em estudar numa instituição com o corpo docente com mestres e doutores e de qualidade de ensino comprovada pelo MEC. Maria do Carmo Seffair Reitora Pa la vr a da R ei to ra “É a educação que faz o futuro parecer um lugar de esperança e transformação”. Su m ár io UNIDADE I Organização da vida acadêmica Conhecimento, pensamento e ciência Os tipos de conhecimento UNIDADE II Técnicas de leitura e sublinhado Técnica de esquematizar, Resumir, fichar, Resenhar e construir Mapa conceitual 13 20 22 37 41 Resumo Fichamento Resenha Mapa conceitual UNIDADE III Estrutura de trabalho acadêmico Plágio Ética UNIDADE IV Projeto de pesquisa Pesquisa bibliográfica Metodologia da pesquisa Modalidades de trabalhos acadêmicos e científicos Artigo científico Comunicação científica Ensaio Informe científico Trabalhos científicos Monografia Dissertação Tese 42 47 52 55 61 69 70 75 81 83 85 85 86 86 86 86 87 88 88 Paper Relatório Revisão Apresentação oral De trabalhos Exposição oral Debate Recurso Visual Referências Caderno de Exercícios 88 89 89 90 90 91 92 93 95 U ni da de 1 Videoaula 1 Videoaula 2 13 A presente disciplina abor- dará: teoria do conhecimento e estudo dos diferentes enfoques teórico-metodológicos da pes- quisa científica, a ciência e seus instrumentos, procedimentos e métodos científicos, as dife- rentes expressões do conheci- mento, leitura e análise de tex- tos científicos, elaboração de resumos, relatórios, resenhas, fichamentos, seminários, etc., pesquisa e organização de refe- rências bibliográficas. O que é Metodologia? Para que serve? Estas são perguntas Organização da vida acadêmica 14 Anotações: comuns que devem ser esclarecidas para que a sua real valorização aconteça. Se voltarmos à origem da palavra no Latim, teremos a palavra methodus, raiz de onde deriva o termo “método”, que nada mais é do que caminho, percurso, trajeto para se chegar ou realizar algo. Por exemplo, na vida prática, almeja-se fazer este Cur- so superior, para isso, o caminho mais adequado a um perfil foi a EaD. Já no nosso espaço acadêmico, esse percurso deve seguir um “padrão”, o aluno já não deve estudar, pesquisar e escrever como fez no Ensino Médio. Agora, as exigências de todas as produções devem seguir parâmetros científicos. Por exemplo, ao desenvolver e entregar trabalhos, eles devem ter um tipo de letra específico (Arial ou Time New Roman), com as referências (fontes de onde tirou as informações) adequadas ao padrão de normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Isso não deve ser um motivo de medo, pois esta disciplina oferece suporte para desenvol- ver produções no perfil acadêmico e científico. Severino (2000, p. 18) define Metodologia como: [...] um instrumental extremamente útil e seguro para a gestação de uma postura amadurecida frente aos pro- blemas científicos, políticos e filosó- ficos que nossa educação universi- tária enfrenta. [...] São instrumentos operacionais, sejam eles técnicos ou lógicos, mediante os quais os estu- dantes podem conseguir maior apro- fundamento na ciência, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, é o objetivo 15 intrínseco do ensino e da aprendiza- gem universitária. Percebemos que as palavras “útil” e “aprofun- damento” foram palavras importantes na escrita deste autor. Esta disciplina busca auxiliar a percor- rer o caminho de maneira prática e com bases mais profundas desde o início, orientando a como estu- dar, como pesquisar, desenvolver escrita acadêmica e científica e apresentar o resultado de seu trabalho, quer seja uma pequena pesquisa bibliográfica ou até o famoso TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), muitas vezes visto como um “bicho papão”. Ao final desta disciplina, será possível desmistificar, através do conhecimento adquirido, que não há nada a temer quando temos segurança e informações necessárias para executarmos bem as exigências do espaço do saber, chamado Universidade. O primeiro passo deste caminhar é refletir so- bre o ato de estudar. Estudar é um verbo que será bastante conjugado pelo aluno nos anos que virão. Antes de começar a orientação deste tema, leia e responda as perguntas abaixo: - Como eu estudo ou estudava? - Como eu me organizava para isto? - O que eu gostaria de aprimorar ou mudar em relação ao modo de estudo? Posteriormente, forneceremos orientações valiosas quanto à organização do estudo tão importante para um(a) acadêmico(a), que terá, na disciplina de Metodologia do Estudo Científico, um verdadeiro mapa para chegar ao tesouro do conhecimento. O famoso autor Paulo Freire (1968), em um dos seus textos, afirma: “estudar é, realmente, um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica sistemática. Exige disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando-a”. Você concorda com ele? Por quê? 16 Anotações: O ingresso no curso superior implica uma mu- dança substantiva na forma como professores e alunos devem conduzir os processos de ensino e de aprendizagem. O ensino superior visa atingir três objetivos: • Formação de profissionais das diferen- tes áreas aplicadas, mediante o ensino/ aprendizagem de habilidades e competên- cias técnicas; • Formação do cientista mediantea dispo- nibilização dos métodos e conteúdos de conhecimento das diversas especialida- des do conhecimento; • Formação do cidadão, pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de sua existência histórica, pessoal e social. Para alcançar esse compromisso, a Univer- sidade precisa interligar ensino, pesquisa e exten- são, que se articulam intrinsecamente e implicam- -se mutuamente, isto é, cada uma destas funções só se legitima pela vinculação direta às outras duas, e as três são igualmente substantivas e relevantes. Figura - Os pilares de sustentação do ensino superior. Fonte: a própria autora Ensino Pesquisa Extensão 17 Anotações:Portanto, tendo a educação superior seu nú- cleo energético na construção do conhecimento, se impõe uma prática pedagógica condizente, de modo que, conta, não é mais a capacidade de deco- rar e memorizar milhares de dados, fatos e noções, mas, sim, a capacidade de entender, refletir e anali- sar os dados, os fatos e as noções. Compreendido isto, inicia-se um novo passo na vida do acadêmico. Agora é hora de refletir so- bre sua vida acadêmica, sobre como estudou a vida inteira e como isto pode ser melhorado. Em uma busca na internet, encontram-se di- versas dicas para otimizar o precioso tempo no que tange à dedicação ao estudo no Ensino Superior. Aqui, serão fornecidas orientações mais gerais, porém, não é algo engessado e inflexível, podendo ser escolhido o que melhor se adapta ao perfil do estudante. 1º organize seu tempo, conciliando faculdade com as demais atividades do dia, incluindo o seu trabalho ou atividades da sua rotina. Autores como Severino (2010) defendem que o aluno terá que re- servar pelo menos 2 horas por dia para os seus es- tudos. Exclui-se os momentos dedicados ao acesso à plataforma da EaD, que é momento de outras de- mandas. Para isso, pede-se que preencha a tabela abaixo, para que consiga visualizar os horários mais adequados de leitura e estudo. 18 1º A tabela deve ser preenchida colocando, pelo menos, duas horas de leitura e estudo por dia. Isso inclui leitura, pesquisa, assistir um vídeo sobre o assunto, escrever resumos, procurar livros em pdf, etc. 2º Providencie alguns materiais que serão utilizados durante todo o seu curso como: 3 marca textos de cores diferentes - 1 dicionário (que pode ser físico e ou no celular). Fonte: Google Imagens. Existem três normas (superimportantes) da Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Manhã Tarde Noite 19 Anotações:ABNT (facilmente encontrado na internet e baixável em pdf no seu computador ou no celular). A 14724, do ano de 2011, e a 6023 e 10520, ambas de 2002. Fonte: Google Imagens. 3º Estudar em um lugar tranquilo, se possível, onde ninguém o incomode. Lugar em que as ideias fluem e as leituras ficam. 20 Anotações: Fonte: depositphotos.com Após providenciar alguns materiais, progra- mar horários e ter um local sossegado para estudar, tudo será mais fácil. CONHECIMENTO, PENSAMENTO E CIÊNCIA Este assunto inicia com uma imagem muito comum. Segundo os cientistas, somos o máximo da evolução humana e nosso nome atual é Homo Sa- 21 Anotações:piens Sapiens, que significa “homem que sabe o que sabe”. Somos os únicos seres que têm consciência de saber das coisas. Realmente, sabemos de mui- tas coisas: conhecimento que aprendemos com os nossos pais e avós, que aprendemos observando, questionando, testando, lendo e estudando. Que tal rememorar algumas coisas sobre nosso conheci- mento? Responda as questões a seguir: Como sua avó soube que chá de boldo é bom para tratar alguns problemas gastrointestinais? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Por que o conceito de felicidade é diferente para cada pessoa? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Quem faz o milagre da cura? Como você che- gou a esta conclusão? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Como são desenvolvidas as vacinas? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 22 Anotações: OS TIPOS DE CONHECIMENTO Possivelmente, ao ter respondido as questões mensionadas anteriormente, percebe-se que exis- tem explicações diferentes para algumas situações e/ou questionamentos. Isto caracteriza os tipos de conhecimento que os seres humanos foram adqui- rindo com o passar do tempo. Na ambição de juntar todos os tipos de conhecimento, alguns iluministas1, os enciclopedistas2, buscaram armazenar em livros o conhecimento do homem ocidental. Mas é possí- vel juntar todo conhecimento em livros? Como o ser humano começou a evoluir os seus conhecimentos? Primeiramente, observou o que havia ao seu redor, depois, tentou explicar fenômenos simples como as mudanças climáticas, dia e noite, calor e frio, chu- va e seca, etc. Podemos recordar que sociedades antigas, como a sociedade egípcia, suméria, gre- ga e romana, todas buscavam, através dos mitos e lendas, explicar os fenômenos geográficos, sociais, religiosos e até políticos. Os indivíduos mais atentos 1 Chamamos de Iluminismo o movimento cultural que se desenvol- veu primeiramente na Inglaterra e posteriormente na Holanda e na França, nos séculos XVII e XVIII. Nesta época, o desenvolvimen- to intelectual que vinha ocorrendo desde o renascimento deu ori- gem à ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia, filósofos e economistas que difundiam essas, julga- vam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados iluministas. Disponível em: <http://www.osenciclo- pedistas.com.br/index.php?option=com_content&task=view&i- d=26&Itemid=46>. Acesso em 05 de outubro de 2016. 2 Os Enciclopedistas, nome dado aos iluministas que colaboravam na execução da Enciclopédia, livro ou conjunto de livros que de- veria conter todos os conhecimentos humanos adquiridos até en- tão. Disponível em: <http://www.osenciclopedistas.com.br/index. php?option=com_content&task=view&id=26&Itemid=46>. Acesso em 05 de outubro de 2016. 23 fizeram descobertas significativas para a humani- dade, desde a descoberta do papiro até os cálculos numéricos. Na Grécia Antiga, vários estudiosos, a exemplo de Aristóteles, impulsionaram a busca por conhecimentos comprováveis. Outro exemplo foi Francis Bacon, em 1620, que já defendia que o mé- todo científico deveria começar com a observação e experimentação. Ou seja, desde que o ser humano começou a ter consciência sobre sua capacidade de descobrir e explicar fenômenos, o desenvolvimento dos conhecimentos não parou mais. Fachin (2006, p. 9) afirma que, “[...] o homem utiliza-se de diversos meios de conhecimento, por intermédio dos quais evolui e faz evoluir o meio em que vive, trazendo contribuições para a sociedade”. A autora ainda destaca que entre os tipos de conhe- cimento existentes estão: o filosófico, o teológico, o empírico e o científico. Algum desses termos são es- tranhos? Aconselhamos a buscar o sentido da palavra empírico, por exemplo, na internet ou no dicionário. Antes de dar continuidade sobre os tipos de conhecimentos, apresentaremos algumas “pistas” para, posteriormente, explicar cada um deles (É ne- cessário lembrar sempre de pesquisar as palavras desconhecidas): Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/3000192/>. Conhecimento Popular Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Conhecimento Religioso (Teológico) Valorativo Reflexivo Assistemático Verificável Falível Inexato Real (factual) Contingente Sistemático VerificávelFalível Aproximada- mente exato Valorativo Racional Não verificável Infalível Exato Valorativo Racional Não verificável Infalível Exato 24 Anotações: Conhecimento Filosófico A Filosofia surgiu com Tales de Mileto, na Gré- cia, por volta do século VI a.C., e se expandiu princi- palmente pelos conhecidos Sócrates, Platão e Aris- tóteles. “O grande mérito da filosofia é justamente desenvolver no ser humano a possibilidade de re- flexão ou a capacidade de raciocínio. Ela não é uma ciência propriamente dita, mas a busca do saber” (FACHIN, 2006, p. 10). Portanto, é o conhecimento que nasce do interrogar, no sentido de decifrar o que não está nítido para nossos sentidos. Pode não ser verificável, mas impulsiona para que se busque respostas para tal questionamento. Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/1695835/>. Percebe-se que o conhecimento filosófico tem por objetivo principal o desenvolver da mente para educar o raciocínio lógico e o espírito investi- gativo. Logo, “a razão é considerada pelos filósofos uma faculdade do espírito, a mais elevada, cuja fun- ção consiste em ordenar nossos conhecimentos [...] (FACHIN, 2006, p. 11). Comer Sobreviver Procriar. O que é a vida? Comer Sobreviver Procriar. Comer Sobreviver Procriar. Comer Sobreviver Procriar. 25 Anotações: Conhecimento Teológico O termo theo vem do grego deus, ou seja, teo- lógico é a lógica em deus. É explicar, a partir do so- brenatural, do sagrado, das manifestações divinas. É o que recai sobre a fé. Porém, não é a fé em um deus especificamente, mas acreditar em elemen- tos que dariam respostas a algo que as outras áreas do conhecimento não explicam. A crença da expli- cação teológica está em acreditar e explicar fatos a partir de Jesus Cristo, Maomé, Buda, duendes, ex- traterrestres, cristais ou no que quer que seja. Isso significa que cada indivíduo, des- de os primórdios até os dias atuais, pode ser Deus de diversas formas, o que não invalida o conhecimento teo- lógico, pois trata-se de um conheci- mento sem fundamentação racional ou sustentação lógica ou científica, cuja base é a crença numa palavra revelada. O conjunto teológico é uma verdade indiscutível ao ser humano que é essencialmente radicado em uma fé; a prova mais concreta disso reside no fato de jamais alguém ter encontrado uma tribo, por mais sel- vagem que seja totalmente destituída de qualquer culto ou ideia religiosa (FACHIN, 2006, p. 13-14). Por exemplo, existem pessoas que afirmam terem sido curadas pela fé ou a promessa feita, pois os médicos afirmaram, dentro do preceito científi- co, não haver cura. Outras pessoas creem que seu 26 Anotações: dia é regido pelo horóscopo. Por isso, o conheci- mento teológico não pode ser negado ou confir- mado, mas deve, sim, ser respeitado, assim como todas as outras formas de conhecimento que os seres humanos construíram. Conhecimento Empírico Também chamado de senso comum ou conhe- cimento popular ou vulgar, é o conhecimento adqui- rido sem uma elaboração, sem um planejamento. É simplesmente obtido ao acaso, adquirido pelas experiências cotidianas. Este tipo de conhecimen- to é passado por gerações sem muitos questiona- mentos, tornando-se até mesmo uma tradição. Por exemplo, muitas avós dizem que tomar banho logo depois do almoço pode fazer mal. É uma informação vaga e superficial, porém, normalmente, seguida sem dúvidas. Segundo Fachin (2006, p. 15); O conhecimento empírico é conside- rado prático, pois sua ação se pro- cessa segundo os conhecimentos adquiridos nas ações anteriores, sem nenhuma relação científica, metódica ou teórica. E, quando obtido por infor- mações, ele tem ligação e explicação como uma ação humana. Seus acon- tecimentos procedem de vivência e parecem contidos previamente den- tro dos limites do mundo empírico. [...] Reparem que o conhecimento empírico é a construção para se che- gar ao conhecimento científico; em- bora de nível inferior, não deve ser me- 27 Anotações:nosprezado. Ele é a base fundamental do conhecer, e já existia muito antes de o ser humano imaginar a possibili- dade da existência da ciência. No nosso dia a dia, construímos, naturalmente, o conhecimento empírico e dele elaboramos inte- lectualmente os resultados, sem prévios resultados nem críticas, ou seja, sem cuidados na formulação de conclusões, a exemplo dos ditos populares. Ape- sar de ser uma estrutura para chegar ao conheci- mento científico, o conhecimento empírico não tem reconhecimento por não passar por comprovações. Fonte: <https://andersonyankee.wordpress.com/2011/11/22/ mito-filosofia-senso-comum-e-ciencia/>. Antes de darmos continuidade, pesquise o que é superstição e analise o quadrinho, explicando porque o Profº Pardal não acredita em crendices. CLARO QUE EU NÃO ACREDITO NESSAS SUPERSTIÇÕES! 28 Anotações: Conhecimento Científico Eis o conhecimento que deverá ser produzido ao longo do curso, lembrando o que já foi dito que não se deverá estudar, pesquisar, escrever e apre- sentar trabalhos como no Ensino Fundamental e Médio, pois a produção acadêmica deve seguir pre- ceitos científicos para a produção de conhecimen- to científico, que tem por atributos ser: • Racional: parte de um raciocínio para criar conceitos e juízos a partir de ideias organizadas; • Objetivo: verificar se as ideias (hipóteses) são adequadas aos fatos; • Factual: o fato é o ponto de partida; • Transcendentes aos fatos: pode des- cartar fatos e produz outros (selecionan- do-os), explicando-os, controlando-os e, quando possível, reproduzindo-os; • Analítico: decompõe-se o todo em partes para fazer a análise e a síntese; • Claro e preciso: busca evitar dúvidas atra- vés da precisão; • Comunicável: o resultado de um conhe- cimento científico deve ser divulgado de maneira que as pessoas tenham acesso a ele; • Verificável: depois de provado e compro- vado, o conhecimento passa a ser verificá- vel e, portanto, aceito; • Metódico: passa por um criterioso plane- jamento e se fundamenta nos princípios já existente; 29 Anotações:• Sistemático: segue uma lógica que se correlaciona; • Acumulativo: o conhecimento vai se agre- gando a novos conhecimentos, pois, a todo momento, surgem novas descobertas. Galeano (1979, p. 200 apud FACHIN, 2006, p. 16) resume com propriedade as características des- te conhecimento: O conhecimento científico procura al- cançar a verdade dos fatos (objetos), independentemente da escala de va- lores e das crenças dos cientistas; resulta de pesquisas metodológicas e sistemáticas da realidade. Como o ob- jeto da ciência é o universo material, físico, naturalmente perceptível pelos órgãos dos sentidos ou mediante aju- da de instrumentos de investigação, o conhecimento cientifico é verificável na prática, seja por demonstração, seja por experimentação. Além disso, como tem o firme propósito de des- vendar os segredos da realidade, ex- plica-os e demonstra-os com clareza e precisão, descobre suas relações de predomínio, igualdade ou subordina- ção com outros fatos ou fenômenos. Assim, conclui leis gerais, universal- mente válidas para todos os casos da mesma espécie. A produção no espaço acadêmico é regi- da pelo conhecimento científico, que é adquirido através de uma rigorosa investigação e análise das 30 Anotações: fontes, com linguagem específica, revestida de um valor teórico e prático, exemplificando através de relações de causa e efeito, pois o conhecimento tem que ser prático, útil e contínuo. Fonte: Google Imagens. Vamos visualizar todas as características cita- das sobre o conhecimento científico no filme "Uma chance para viver," que retrata a saga de um médico na elaboração, aplicação e avaliação de um medica- mento que buscou tratar o câncer de mama. Baseado em fatos reais, o filme é excelente objeto de estudo para a próxima disciplina. Anote todas as cenas que retratam a produção de um conhecimento científico. 31 Anotações: CENAS QUE EXEMPLIFICAM: Racional: partede um raciocínio para criar conceitos e juízos a partir de ideias organizadas: _____________________________________________ _____________________________________________ Objetivo: verificar se as ideias (hipóteses) são adequadas aos fatos: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Factual: o fato é o ponto de partida: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Transcendentes aos fatos: pode descartar fatos e produz outros (selecionando-os), explican- do-os, controlando-os e, quando possível, reprodu- zindo-os: _____________________________________________ _____________________________________________ Analítico: Decompõe-se o todo em partes para fazer a análise e a síntese: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Claro e preciso: busca evitar dúvidas através da precisão: _____________________________________________ _____________________________________________ 32 Anotações: Comunicável: o resultado de um conhecimen- to científico deve ser divulgado de maneira que as pessoas tenham acesso a ele: _____________________________________________ _____________________________________________ Verificável: depois de provado e comprovado o conhecimento passa a ser verificável e, portanto, aceito: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Metódico: passa por um criterioso planeja- mento e fundamenta-se nos princípios já existente: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Sistemático: segue uma lógica que se corre- laciona: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Acumulativo: o conhecimento vai se agregan- do a novos conhecimentos, pois, a todo o momento, surgem novas descobertas: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ 33 34 U ni da de 2 Videoaula 1 Videoaula 2 36 37 A palavra técnica3 vem do grego téchne, que se traduz por “arte” ou “ciência”. Uma técnica é um procedimento que tem como objetivo a obtenção de um determinado resultado. Ou seja, se sua intenção é ler e aprender, existem técnicas que o orientam a alcançar este objetivo. É preciso estar munido de algumas coisas antes de 3 Conceito de técnica - O que é, De- finição e Significado. Disponível em: <http://conceito.de/tecnica#ixz- z4LCcczzd7>. Acesso em: 20 de se- tembro de 2016. Técnicas de leitura e sublinhado 38 começar a leitura, que é o principal caminho para obter conhecimento dos assuntos de um curso. Ou seja, o conhecimento é adquirido através de muita leitura e dedicação. Já falamos do espaço adequado, agora, no seu local de leitura e estudo (preferencialmente uma mesa bem iluminada), traga o livro, apostila, artigo, ou outro material a ser lido; marca-textos (3 cores diferentes), lápis e borracha e dicionário (físico ou virtual). Ao segurar o material a ser lido, explore-o, folheie, veja as imagens (caso tenha), os tópicos, o tipo de fonte, etc. O ideal é que, na primeira leitura, não se marque absolutamente nada. Deve-se ler com leveza, sem estar agarrado às minúcias do texto. Eis as orientações das autoras Eva Maria Lakatos e Marina Marconi (2005, p. 2-3), que destaca seis aspectos importantes para uma leitura proveitosa: a. Atenção - aplicação cuidado- sa e profunda da men- te ou do espírito em determinado objeto, buscando o entendi- mento, a assimilação e apreensão dos con- teúdos básicos do texto; b. Intenção - in- teresse ou propósito de conseguir algum proveito intelectual por meio da leitura; 39 Anotações:c. Reflexão - consideração e ponderação so- bre o que se lê, observando todos os ângulos, ten- tando descobrir novos pontos de vista, novas pers- pectivas e relações; desse modo, favorece-se a assimilação das idéias [sic] do autor, assim como o esclarecimento e o aperfeiçoamento delas, o que ajuda a aprofundar o conhecimento; d. Espírito crítico - avaliação do texto. Impli- ca julgamento, comparação, aprovação ou não, aceitação ou refutação das diferentes colocações e pontos de vista. Ler com espírito crítico signifi- ca fazê-lo com reflexão, não admitindo ideias sem analisar ou ponderar, proposições sem discutir, nem raciocínio sem examinar; consiste em emitir juízo de valor, percebendo, no texto, o bom e o ver- dadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso; e. Análise - divisão do tema em partes, deter- minação das relações existentes entre elas, segui- das do entendimento de toda sua organização; f. Síntese - reconstituição das partes decom- postas pela análise, procedendo-se ao resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado tudo o que for secundário e acessório, sem perder a sequência lógica do pensamento. Esta é a importância de termos objetivos ao fazermos qualquer coisa, principalmente no que tange a leitura para fins de estudo. Depois de ter estas orientações, releia o texto e começa a desta- car, sinalizando, assim: • Marca texto amarelo para as partes mais importantes: ideias principais; • Marca texto rosa para as palavras-chaves: palavra que te remete ao assunto ou con- teúdo; 40 • Marca texto laranja para as palavras des- conhecidas: importante lembrar de escre- ver o significado ou sinônimo da palavra (dentro do contexto) no próprio texto. Obs.: estas cores são sugestões, pode esco- lher as cores de sua preferência. Exemplo de textos destacados 4: Os espaços laterais também podem ser utili- zados para fazer anotações. A investigação científica se dá através da ob- servação, análise e leitura, portanto, todos os tex- tos dos materiais didáticos do seu curso devem ser lidos e destacados seguindo estas orientações. Esta é, inclusive, uma ferramenta didática interes- sante para estudar posteriormente, pois, ao reler as partes principais, já estão chamando sua atenção pelas cores. Como prática, escolha um dos capítulos do seu material da EaD e faça este procedimento de destacar o texto, conforme foi explicado, marcando este checklist: 4 Fragmento da obra de MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prá- tica de fichamentos, resumos, resenhas. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 41 Anotações:Texto lido:_______________________________ _____________________________________________ Li a primeira vez sem marcar nada Destaquei as ideias mais importantes Identifiquei as palavras-chaves Busquei o significado das palavras desconhecidas Agora, relate se já havia estudado desta for- ma e se estas técnicas funcionam para o estudo do texto ou se acrescentaria novas propostas para a técnica de leitura e sublinhado de textos. Escreva de maneira detalhada. TÉCNICA DE ESQUEMATIZAR, RESUMIR, FICHAR, RESENHAR E CONSTRUIR MAPA CONCEITUAL A produção de conhecimento científico Nas leituras anteriores, percebemos que, no Ensino Superior, exige-se que o(a) acadêmico(a) produza textos com preceitos científicos e que é de fundamental importância que tenha base, ou seja, que tenha uma fundamentação, uma fonte de onde tirou tal informação e como esta informação ajuda a dar sustentação ao seu texto. É indispensável, para tal, muita leitura, estudo e pesquisa. O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) tem materiais excelentes para aprofundar os conhecimentos. Aprendeu-se que, ao ler, devemos aproveitar para extrair as ideias principais, utilizando as técni- cas de sublinhado e da construção de mapa concei- tual, mas apenas a leitura não é o suficiente. Lem- 42 Anotações: bre-se que, para escrever trabalhosacadêmicos, não se deve transcrever como uma “cópia” do local pesquisado, mas dialogar com o autor que está fun- damentando seu trabalho. Conhecimento não nas- ce do nada, ele surge de algum lugar, no caso do co- nhecimento científico, baseado nos livros e demais fontes de leitura. Autores como MEDEIROS (2010) orienta a oti- mizar a produção das redações científicas a partir de técnicas de resumo, resenha e fichamento. Talvez, dentre eles, o resumo seja aquele com o qual temos mais familiaridade. Cada um deles será detalhado. Vale destacar que o objetivo de todos é o exercício de produzir trabalhos com perfil acadêmico. RESUMO Assim como a resenha e o fichamento, existe mais de um tipo de resumo. Por isso, é muito impor- tante saber qual o tipo de resumo que o professor pode vir a pedir. Não existe uma lei para padronizar isto, sendo assim, depende do autor que orienta a produção de um resumo, mas o foco sempre será identificar a ideia, ou as ideias, principais da obra (ou capítulo da obra) lida. Feito isto, poder-se-á es- colher se aquele conteúdo apresentado servirá ou não para colocar no seu trabalho acadêmico. Ao fazer um resumo, deve-se destacar o as- sunto, o que o autor quis ao expor (objetivo), como as ideias foram sendo construídas e qual a conclu- são do autor sobre o tema ou assunto. No momento de escrever o resumo, não se deve ter preocupação com uma linguagem complexa, mas concisa (breve, resumida). Isso não quer dizer topificar meramente. 43 Anotações:Deve-se escrever “com suas próprias palavras”, sem ficar repetindo parágrafos ou frases. Também é im- portante colocar as ideias em ordem para evitar pos- sível inconsistência de informação. Deve-se utilizar, preferencialmente, a escrita em 3ª pessoa do singu- lar e com verbos em voz ativa. É importante não fazer críticas à obra, isto é legado da Resenha. Importante também lembrar que resumo não é feito apenas de livros, pode ser de palestras, fil- mes, exposições, etc. Mas afinal, como se começa um resumo de um livro? 1. Explore o livro: observe a diagramação, as imagens, o sumário, leia as orelhas do livro. 2. Leia a obra, releia e destaque com a técni- ca de leitura e sublinhado já ensinada. 3. Identifique o assunto principal a ser trata- do e o que o autor quis mostrar com sua obra. 4. Extraia as ideias principais numa ordem coerente. TIPOS DE RESUMO Resumo indicativo ou descritivo É um resumo curto, com uma média de 15 li- nhas, descreve os principais tópicos da obra, em forma de texto, destacando apenas as ideias prin- cipais, como se fosse uma breve indicação da obra. Existe o resumo para apresentação de trabalhos a exemplo de resumo de Artigo que é regido pela ABNT NBR 6028/2003. 44 Anotações: Resumo informativo ou analítico É um resumo maior, uma vez que o principal objetivo é enxugar o texto ou o livro a menos da metade de seu tamanho, porém, mantendo as ideias principais. Também não é permitido opinião sobre o conteúdo. Tem que ficar de uma forma que não deixe dúvidas em relação ao texto ou livro resumido. Resumo crítico É o mesmo resumo indicativo ou descritivo, onde se apresenta o autor, a obra e a indicação da obra. A diferença é que, agora, o resumo pode ter a opinião e a análise da pessoa que resume. A rese- nha é um tipo de resumo crítico, mas, mais abran- gente. Além de reduzir o texto, permite opiniões e comentários, incluindo julgamentos de valor, tais como comparações com outras obras da mesma área do conhecimento, a relevância da obra em re- lação às outras do mesmo gênero, etc. Será objeto de estudo em outro momento. IMPORTANTE: a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT orienta como se deve proceder para fazer o resumo de trabalhos como Artigos, Monografias, Dissertações e Teses. Trata-se da NBR 6028/2003 que, dentre outras orientações, determina: 45 Anotações:Regras Gerais de Apresentação Os resumos devem ser apresentados confor- me 3.1 a 3.3. 3.1 O resumo deve ressaltar o objetivo, o mé- todo, os resultados e as conclusões do documen- to. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. 3.2 O resumo deve ser precedido da referên- cia do documento, com exceção do resumo inseri- do no próprio documento. 3.3 O resumo deve ser composto de uma se- quência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 3.3.1 A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A se- guir, deve-se indicar a informação sobre a catego- ria do tratamento (memória, estudo de caso, análi- se da situação, etc.). 3.3.2 Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 3.3.3 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão “Pala- vras-chave:”, separadas entre si por ponto e finali- zadas também por ponto. 3.3.4 Devem-se evitar: a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b) Fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. 46 3.3.5 Quanto a sua extensão, os resumos de- vem ter: • de 150 a 500 palavras os de trabalhos aca- dêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-científicos; • de 100 a 250 palavras os de artigos de pe- riódicos; • de 50 a 100 palavras os destinados a indi- cações breves. Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras. Aconselhamos uma pausa na leitura deste material. Escolha o capítulo de um livro da sua preferência, leia a primeira vez, sem marcar nada, leia novamente destacando as ideias principais e, depois, faça um resumo indicativo ou descritivo. Comece escrevendo a referência bibliográfica da obra que, normalmente, está no verso das primeiras páginas (chamada de Ficha catalográfica). Deve- se ater ao fato de que não podemos transcrevê-la como está lá. É preciso fazer a referência conforme a ABNT 6023 (uma das sugeridas anteriormente), ela diz que os elementos essenciais de uma referência são: Fonte: ABNT 6023, 2002, p.7. 47 Anotações:Seguindo esta linha de raciocínio, deve-se es- crever o sobrenome do autor todo em letras maiús- culas, depois o prenome, título do capítulo que foi resumido e In: (símbolo que significa em seu). Colo- ca-se uma linha curta, se o capítulo for do mesmo autor. Se o organizador do livro for outro autor, es- creve-se o sobrenome dele todo em letras maiús- culas, depois o prenome. Segue-se com título da obra em destaque (pode ser sublinhado), subtítulo (se houver) sem destaque, a edição da obra (se ti- ver), local, editora, ano e as páginas a que foram re- sumidas. Por exemplo: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. O texto na academia. In: _____________. Comunicação e lin- guagem. São Paulo: Pearson, 2012. P. 169-193. FICHAMENTO Fichamento remete àquelas fichinhas com linhas feitas de papel em espessura mais grossa. Antes que se questione para que serve esse ficha- mento, adiantamo-nos a responder que é para ar- mazenar informações lidas e destacadas para que o pesquisador possa utilizá-las com mais facilidade nos seus trabalhos acadêmicos. Afinal, os traba- lhos acadêmicos têm que se basear em leituras de suas pesquisas bibliográficas (pesquisas em livros, revistas, artigos, etc.). As fichas podem ser usadas para: identificar as obras, conhecer seu conteúdo, fazer citações, analisar o material e elaborar críticas. Portanto, as- sim como o resumo, exige uma boa leitura prévia antes de ser executado. O fichamento não deve ser 48 obrigatoriamente feito nesta ficha, pode-se fazer um fichamento no caderno e/ou no computador. Mas a vantagem da ficha é que, depois de fazê-la, pode-se deixá-la dentro do livro fichado, o que fa- cilita deveras uma futura consulta. Além do quê, aprendemos mais copiando do que digitando. O que deveconter numa ficha, normalmente, é o cabeçalho, a referência, o texto (podem ser ci- tações, ou resumo, ou comentário) e, caso neces- sário, o local da obra. Veja este exemplo de fichamento de citação: Fonte: <http://www.icguedes.pro.br/fichamento-de-textos- e-artigos-como-fazer/>. 49 Anotações:Existem alguns tipos de ficha, porém, algu- mas caíram em desuso, em virtude do acesso ao computador como, por exemplo, a Ficha Bibliográ- fica, que reúne dados referentes à localização da fonte a ser pesquisada. Uma boa busca no celular ou no computador já faz isto. De toda forma, é sem- pre bom anotar. Já as fichas de citações são muito utilizadas pelos acadêmicos(as), pois elas contêm citações consideradas importantes e com o padrão de citação segundo a ABNT 10520, que orienta como fazer citações de forma adequada. Vale destacar que só será necessário transcrever para a ficha o que achar de mais importante e mais significativo para sua pesquisa bibliográfica. Segundo a ABNT 10520 (2002, p. 2-3), nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição, responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minús- culas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser letras maiúsculas. Exemplos: a ironia seria, assim, uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz (1982) “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293). 5.1 Especificar no texto a(s) páginas, volu- me(s), tomo(s) ou seção(ões) da fonte consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas cita- ções indiretas, a indicação da(s) página(s) consulta- da(s) é opcional. 50 Anotações: Exemplos: a produção de lítio começa em Searles Lake, Califórnia em 1928 (MUMFORD, 1949, p. 513). Oliveira e Leonardos (1943, p. 446) dizem que a [...] relação da série São Roque com os granitos porfirióides pequenos é muito clara. Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio, de A Semana:” houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...] (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583). 5.2 As citações diretas de até três linhas, no texto, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. Exemplos: Barbour (1971, p. 35) descreve, “o estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos [...]” Ou “Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC BONNIN, 1985, p. 72). Segundo Sá (1995, p. 27), “[...] por meio da mesma arte de conversação’ que abrange tão ex- tensa e significativa parte da nossa existência co- tidiana [...].” 5.3 As citações diretas com mais de três li- nhas, no texto, devem ser destacadas com recuo de 4cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. No caso de do- cumentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo. Exemplo: A teleconferência permite ao indivíduo par- ticipar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televi- são, telefone e computador. Através de áudio-con- ferência, utilizando a companhia local de telefone, 51 Anotações:um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181) 5.4 Devem ser indicadas as supressões, in- terpolações, comentários, ênfase ou destaques, do seguinte modo: a) supressões [...] b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ] c) ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico. 5.5 Quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunica- ções, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados dis- poníveis, em nota de rodapé. Exemplos: no texto O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre (informação verbal)1 No rodapé da página. 1Notícia fornecida por John A. Smith, no Con- gresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001 Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR- MAS TÉCNICAS – ABNT. Informação e documentação: citações em documento: apresentação: NBR10520/2002. Rio de Janeiro, 2002. 7p. Ressaltamos que estas regras só serão apren- didas mediante a prática. Após a leitura de um ca- pítulo, volte a ele e faça uma ficha de citação, lem- brando de seguir as regras da ABNT 10520. Para finalizar a parte de fichamento, apresentaremos os três outros tipos de ficha: Ficha de Resumo ou de Conteúdo: é a ficha breve das ideias principais do autor (um resumo), não é transcrever e escrever “com suas próprias 52 Anotações: palavras”. Temos, ainda, a Ficha Esboço, que pare- ce muito com a Ficha Resumo, porém, é bem mais detalhada, se possível, apresentando as ideias do autor em cada página. Para encerrar, há uma fi cha também solicitada por muitos professores: a Ficha de Comentário ou Analítica, uma fi cha onde comen- tam-se as ideias do autor, a metodologia aplicada, comparando com outras obras e explicando porque a obra é importante. RESE NHA Ao digitarmos na internet sobre resenha, pos- sivelmente irão surgir sugestões de vídeos sobre resenha de fi lmes, produtos, peças de teatro, obras literárias, entre outros. Ou seja, resenhar é fazer uma relação dos aspectos importantes de algo. Inclusive, revistas de circulação nacional, quer in- formativas quer científi cas, aceitam resenhas para publicação. Dito isto, pode-se perceber que a rese- nha é uma escrita importante, sem muitos detalhes, mas com as informações necessárias. Existem, ba- sicamente, dois tipos de resenha: RESE NHA DESCRITIVA OU INDICATIVA Sendo um livro, o resenhador apresenta a re- ferência da obra, as credenciais do autor, uma apre- sentação da estrutura do livro (breve apresentação dos capítulos) e para quem a obra seria indicada e porquê, além de fi nalizar indicando quem é o rese- nhador (no caso, você). 53 RESE NHA CRÍTICA Já a resenha crítica, além de apresentar tudo o que a Resenha Descritiva ou Indicativa faz, julga a obra. Mas para criticar uma obra, o resenhador deve ter habilidade e experiência naquela área do conhecimento. O ideal é que resenhas críticas sejam feitas por especialistas, que possuem propriedades crí- ticas a partir de outras obras. IMPORTANTE: Vimos, aqui, orientações gerais sobre como explorar obras para futuras pesquisas, mas ainda é válido se informar com seus professores que tipo de resumo, fi chamento ou resenha ele solicitou, para não haver ruídos de comunicação. Já a resenha crítica, além de apresentar tudo o que a Resenha Descritiva ou Indicativa faz, julga a obra. Mas para criticar uma obra, o resenhador deve ter habilidade e experiência naquela área do O ideal é que resenhas críticas sejam feitas por especialistas, que possuem propriedades crí- ticas a partir de outras obras. Vimos, aqui, orientações gerais sobre como explorar obras para futuras pesquisas, mas ainda é válido se informar com seus professores que tipo de resumo, fi chamento ou resenha ele solicitou, para não haver ruídos de 54 Anotações: MODELO DE RESENHA DESCRITIVA OU INDICATIVA Fonte:https://www.passeidireto.com/arquivo/21092898/ resenha-dom-casmurro 55 MAPA CONCEITUAL Uma outra ferramenta valiosa para visualizar- mos o conteúdo do texto é a utilização de um Mapa Conceitual, que nada mais é do que uma organiza- ção de esquemas dos principais conceitos que fo- ram identificados no texto. Exemplo5 de mapa conceitual sobre aprendi- zagem significativa, elaborado por Novak e Cañas (2010). É possível observar como os conceitos estão distribuídos e correlacionados entre si, formando um verdadeiro mapa. Fonte: <https://descomplica.com.br/blog/biologia/mapa- -mental-tecido-e-sistema-nervoso/> 5 Disponível em: <http://www.infoescola.com/pedagogia/mapas--conceituais-no-processo-de-ensino-aprendizagem-aspectos- -praticos/>. Acesso em: 24 de setembro de 2016. Produções Criativas Conhecimento Significativo Um continuum Aprendizado mecânico Requer Resultado 1. Estruturas de conhecimento relevante bem organizadas. 2. Empenho emocional para integrar o conhecimento novo com o já existente. 1. Conhecimento pequeno ou não relevante. 2. Falta de motivação emocional para relacionar conhecimento novo com o conhecimento relevante existente. deve conduzir a 56 Perceba que é possível fazer o Mapa Concei- tual em aplicativos ou à mão. Porém, qual deles é melhor? Isso dependerá do escritor do mapa e do que melhor se adequa a ele. Abaixo, um interessan- te aplicativo para mapas conceituais. Fonte: Google Imagens. Agora, assista o vídeo: aprenda a fazer mapas conceituais. Disponível em: <https:// www.youtube.com/ watch?v=uwzvJp4KOj4>. 57 58 U ni da de 3 Videoaula 1 Videoaula 2 60 61 A estrutura de trabalhos acadêmicos é regida pela ABNT 14724:2011. As orientações são, res- pectivamente, conforme a ABNT, que compreende: parte externa e parte interna. Parte externa Deve ser apresentada conforme 4.1.1 e 4.1.2. Capa Elemento obrigatório. As informações são apresentadas na seguinte ordem: ESTRUTURA DE TRABALHO ACADÊMICO 62 Anotações: Fonte: ABNT 14724:2011, p. 6. a) nome da instituição (opcional); b) nome do autor; c) título: deve ser claro e preciso, identifican- do o seu conteúdo e possibilitando a indexação e recuperação da informação; d) subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação ao título; e) número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do res- pectivo volume; f) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; NOTA: no caso de cidades homônimas, reco- menda-se o acréscimo da sigla da unidade da fede- ração. g) ano de depósito (da entrega). 63 Anotações: Lombada Elemento opcional. Apresentada conforme a ABNT NBR 12225. Parte interna Deve ser apresentada conforme 4.2.1 a 4.2.3. Elementos pré-textuais A ordem dos elementos pré-textuais deve ser apresentada conforme 4.2.1.1 a 4.2.1.13. Folha de rosto Elemento obrigatório. Apresentada conforme 4.2.1.1.1 e 4.2.1.1.2. Anverso Os elementos devem ser apresentados na se- guinte ordem: a) nome do autor; b) título; c) subtítulo, se houver; d) número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especifica- ção do respectivo volume; e) natureza: tipo do trabalho (tese, disser- tação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de concentração; f) nome do orientador e, se houver, do coorientador; g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; h) ano de depósito (da entrega). 64 Anotações: Verso Deve conter os dados de catalogação-na-pu- blicação, conforme o Código de Catalogação Anglo- -Americano vigente. Errata Elemento opcional. Deve ser inserida logo após a folha de rosto, constituída pela referência do trabalho e pelo texto da errata. Apresentada em papel avulso ou encartado, acrescida ao trabalho depois de impresso. EXEMPLO ERRATA FERRIGNO, C. R. A. Tratamento de neopla- sias ósseas apendiculares com reimplantação de enxerto ósseo autólogo autoclavado associado ao plasma rico em plaquetas: estudo crítico na cirur- gia de preservação de membro em cães. 2011. 128 f. Tese (Livre-Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Folha Linha Onde se lê Leia-se 16 10 auto-clavado autoclavado Folha de aprovação Elemento obrigatório. Deve ser inserida após a folha de rosto, constituída pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da insti- tuição a qual é submetido, área de concentração) data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e insti- 65 Anotações:tuições a que pertencem. A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora devem ser colocadas após a aprova- ção do trabalho. Dedicatória Elemento opcional. Deve ser inserida após a folha de aprovação. Agradecimentos Elemento opcional. Devem ser inseridos após a dedicatória. Epígrafe Elemento opcional. Elaborada conforme a ABNT NBR 10520. Deve ser inserida após os agra- decimentos. Podem também constar epígrafes nas folhas ou páginas de abertura das seções primárias. Resumo na língua vernácula Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6028. Resumo em língua estrangeira Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6028. Lista de ilustrações Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item de- signado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, es- 66 Anotações: quemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outras). EXEMPLO Quadro 1 – Valores aceitáveis de erro técnico de medição relativo para antropometristas inician- tes e experientes no Estado de São Paulo. Lista de tabelas Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item de- signado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da folha ou página. EXEMPLO Tabela 1 – Perfil socioeconômico da popula- ção entrevistada, no período de julho de 2009 a abril de 2010. Lista de abreviaturas e siglas Elemento opcional. Consiste na relação alfa- bética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspon- dentes grafadas por extenso. Recomenda-se a ela- boração de lista própria para cada tipo. EXEMPLO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Fil. Filosofia. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística. INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Lista de símbolos Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido signi- ficado. 67 Anotações:EXEMPLO dab Distância euclidiana O(n) Ordem de um algoritmo Sumário Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027. Elementos textuais O texto é composto de uma parte introdutória, que apresenta os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração; o desenvolvimento, que detalha a pesquisa ou estudo realizado; e uma parte con- clusiva. Elementos pós-textuais A ordem dos elementos pós-textuais deve ser apresentada conforme 4.2.3.1 a 4.2.3.5. Referências Elemento obrigatório. Elaboradas conforme a ABNT NBR 6023. Glossário Elemento opcional. Elaborado em ordem alfa- bética. EXEMPLO Deslocamento: peso da água deslocada por um navio flutuando em águas tranquilas. Duplo Fundo: robusto fundo interior no fundo da carena. 68 Anotações: Apêndice Elemento opcional. Deve ser precedido da pa- lavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identi- ficação dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto. EXEMPLO APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias. Anexo Elemento opcional. Deve ser precedido da palavra ANEXO, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identi- ficação dos anexos, quando esgotadas as letras do alfabeto. EXEMPLO ANEXO A – Representação gráfica de conta- gem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração - Grupo de controle I (Temperatu- ra, etc.). Índice Elemento opcional. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034. 69 PLÁGIO Disponível em: https://viacarreira.com/tipos-de-plagio-no-tcc-131100/ Segundoo professor Lécio Ramos, citado por Garschagen (2006) apud, podemos listar pelo Me- nos 3 tipos de plágio: Integral: apropria-se do todo. Parcial - Que ocorre quando o trabalho é um “mosaico” formado por cópias de parágrafos e fra- ses de autores diversos, sem mencionar suas obras. Conceitual - A utilização da ideia do autor, es- crevendo de outra forma, porém, novamente, sem citar a fonte original. Como evitar o plágio? com citações e referên- cias. VEJA O QUE DIZ A LEI: Código Civil Art. 524 “[...] a lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua”. Código Penal Crime contra o Direito Autoral, previsto nos Artigos 7, 22, 24, 33, 101 a 110, e 184 a 186 (direitos do Autor formulados pela Lei 9.610/1998) e 299 (falsidade ideológica). FONTE: Cartilha sobre Plágio – UFF Disponível: <https://www. bibliotecas.ufu. br/portal-da... ao-plagio/cartilha- sobre-plagio- academico>. 70 Anotações: ÉTICA NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA Disponível em: <http://www.escritaacademica.com/topicos/ etica/>. Acesso em 02 de agosto de 2018. ÉTICA A falta de ética diminui o valor científico (e também humano) do pesquisador, mancha sua re- putação e carreira e pode comprometer até mesmo a instituição à qual ele está vinculado. SER ÉTICO IMPLICA EM Não adulterar informações das fontes teóri- cas. Isso significa que, no uso de citações diretas ou paráfrases dos estudos de outras pessoas, não se pode creditar ao autor ou autora uma ideia di- ferente daquela efetivamente defendida por ele ou ela. Não adulterar informações da coleta de dados ou de seus resultados. Isso diz respeito a apresen- tar honestamente os dados de sua coleta e os re- sultados de sua pesquisa; Não menosprezar ou ridicularizar outros pes- quisadores, outras metodologias ou outras áreas de estudo e de conhecimento. Todos merecem res- 71 Anotações:peito e tratamento digno, mesmo que existam dis- cordâncias em pontos de vista; Informar sempre, de modo correto e comple- to, todas as fontes da pesquisa, sem jamais dificul- tar o acesso a elas através de informações errô- neas, incompletas ou confusas; Em pesquisas envolvendo seres humanos, apenas agir mediante aprovação do conselho de ética de sua instituição e/ou curso (se houver um) e consentimento dos sujeitos participantes e, so- mente segundo o que tiver sido acordado entre as partes, quando do aceite da participação do sujei- to na dada pesquisa. Também deve-se respeitar a confidencialidade da participação no processo e garantir a privacidade do sujeito. LEITURA COMPLEMENTAR Fonte: http://conselho.saude.gov.br/images/eleicoes-cns/ Reso666.pdf 72 U ni da de 4 Videoaula 1 Videoaula 3 Videoaula 2 Videoaula 4 74 75 Todos nós fazemos pes- quisas: pesquisamos preços de produtos, pesquisamos as casas quando vamos alugar, procuramos pessoas nas mídias sociais. Estes são exemplos de pesquisas, porém, de pesquisas sem um procedimento previa- mente elaborado ou colocado no papel. Na Faculdade, a pes- quisa que se realiza enquan- to estudante tem que seguir os preceitos acadêmicos. Ou seja, deve ser a construção de um conhecimento científico. É importante saber que existem Projeto de pesquisa 76 Anotações: vários tipos de pesquisa, entretanto, todas as pes- quisas têm o mesmo foco: investigar sobre algo para explicá-lo, dentro de um procedimento previamente organizado, cujo resultado tem que ser apresentado. Severino (2007, p. 118) afirma que, “[...] várias são as modalidades de pesquisa que se podem praticar, o que implica coerência epistemológica, metodológi- ca e técnica, para o seu adequado desenvolvimento”. Entretanto, antes de começarmos qualquer pesquisa, temos que elaborar um Projeto de Pes- quisa, afinal, se é um procedimento científico, ele deve ser elaborado, articulado e produzido dentro dos parâmetros que tenha tal perfil. Vale lembrar que um projeto pode variar bastante, pois depen- de do órgão, entidade ou empresa que o solicita. Normalmente, quem solicita já expõe um modelo a ser seguido. Se houver dúvidas, pode-se pesquisa na ABNT 15287:2011, que afirma que os Elementos textuais de um projeto: [...] é parte introdutória, na qual de- vem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipóte- se(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s). É necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua con- secução. (grifo da autora). Neste ponto, a ABNT nos orienta de forma ge- ral. Como elementos pré-textual obrigatório temos a Folha de Rosto (ABNT 14724:2011). Como elemen- 77 to pós-textual obrigatório, as referências (ABNT 6023:2002). Mas afinal, o que buscamos responder em um projeto de Pesquisa? Fonte: A própria autora Detalharemos cada um deles, de uma forma rápida e simples. 1. O quê? 6. Quando? 2. Quem? 3. Porquê? Para se aprofundar sobre projetos e pesquisas é importantíssimo que a leitura das obras indicadas na referência localizada nas últimas páginas deste texto. 4. Para quê? 5. Como? 2. Quem? PROJETO DE PESQUISA 78 79 80 Este Mapa Conceitual irá ilustrar o passo a passo de um Projeto de Pesquisa. Disponível em: <http://trespach.blogspot.com.br/2014/08/ mapa-conceitual-sobre-projeto-de.html>. Para as autoras Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (2010, p. 140-141), fazer um projeto de pesquisa é esquematizar a partir do desenvolvi- mento do seguinte planejamento: 1. Preparação da Pesquisa; 2. Decisão; 3. Especificação dos objetivos; 4. Elaboração de um esquema; 5. Constituição de uma equipe de trabalho; 6. Levantamento de recursos e cronograma 7. Execução da Pesquisa; 8. Coleta de dados; Da ideia à pesquisa, passo a passo. Aprofundar-se sobre o assunto Consegue definir o que vai pesquisa? Delimite seu referencial teórico Defina o problema de pesquisa e formule algumas hipóteses iniciais Coleta de dados Consegue definir como vai pesquisar? Reflexão tendo como base o quadro teórico, as hipóteses e o problema Análise de dados Redação do Relatório ideias para novas pesquisas observação "despretenciosa" do fenômeno Siga em frente. Você ja deve ter um esboço do seu objeto de estudos A delimitação do referencial teórico está intimamente relacionada com a escolha metodológica que você irá fazer. Defina aqui os conceitos que você irá utilizar ou retire esta definição de autores que já trataram sobre o tema.A leitura sistemática e o fichamento são fundamentais nesta fase. observação "despretenciosa" do fenômeno Bibliografia, seleção de textos, leitura e fichamento Levantamento de informações secundárias disponíveis Ideia vaga sobre o que se quer pesquisar... Se não, volte para leitura. Preste atenção à discussão metodológica dos trabalhos relacionados ao seu tema. Verifique se o tema não é muito difícil de ser abordado. Há fontes de informação disponíveis? Esta pesquisa é factível? fazer se sim se sim, comece a pesquisar deve pesquisar realizar se não volte a obter mais informações, sobretudo através da leitura especializada A esta altura, é bom começar a redigir um projeto de pesquisasa. Faça uma justificativa mostrando a relevância acadêmica do tema. Elabore objetivos compatíveis com o tempo e os recursos que você terá disponíveis. Comece a pensar no método e nas técnicas de pesquisa que você irá utilizar. Faça um cronograma e relacione a bibliografia usada. Esta é fase de "ir a campo". Primeiro deve-se definir os instrumentos (questionários, etc.) e uma estratégia de coleta de informações. Deve-se definir que tipo, onde, como e qual o volume de informações se pretende coletar. Faz-se uma pré-aplicação ou pré- campo. Estando tudo certo, coemça-se a coleta efetivamente. 81 9. Elaboraçãodos dados; 10. Análise e interpretação dos dados; 11. Representação dos dados; 12. Conclusões. Então, vamos praticar esse universo de informação? Começaremos com calma, com uma pesquisa bibliográfica e logo se perceberá que tudo é mais fácil quando a ideia é colocada em prática. Pesquise sobre a História do lugar onde mora. Pode ser uma metrópole, uma fazenda, uma aldeia, um pequeno sítio, uma vila de pescadores, uma cidade pequena, ou apenas a história do seu bairro. O importante é operacionalizar o que foi ensinado sobre Projeto de Pesquisa. Quando nos aproximamos de nossa realidade, tudo fica mais claro e fácil. Se não possuir livros sobre a história do lugar, pode fazer entrevistas, preferencialmente com os moradores mais antigos, eles lhe fornecerão informações importantes. Comece com o tema e dê prosseguimento. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Apesar de já termos apresentado este tipo de pesquisa, é importante detalhá-la, pois é uma das pesquisas mais comuns quando se faz um Curso Superior, principalmente no início do curso. Aliás, é o ponto de partida para qualquer pesquisa científica. O objetivo desta pesquisa é descobrir, angariar e analisar dados e informações prévias sobre um ato, assunto ou ideia. 82 Porém, para conseguirmos fazer uma boa Pesquisa Bibliográfica sobre determinado assun- to, precisamos dominar o que GUIMARÃES (2012, p. 171) expõe sobre Alfabetização Informacional, que é a habilidade de: Vale destacar que uma pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi pesquisado, mas proporciona uma nova abordagem. Também é impor- tante verificar as fontes onde será feita a pesquisa. Apesar de bem vastas, as fontes têm que ser conside- radas seguras. Guimarães (2012) alerta sobre priori- zar fontes primárias, deixando as fontes secundárias para casos especiais. Assim, também é importante dar atenção especial para as fontes de informações retiradas da internet, o ideal é pesquisar em sites como Google Acadêmico, Google Livros ou Scielo Ar- tigos Científicos. Blogs e publicações com autorias duvidosas são perigosos por não passar por avalia- ção, o que os deixam como fontes inseguras. De- ve-se questionar sempre: o que será pesquisado? Onde procurar? Que critérios usar para selecionar o que foi encontrado? Estas são questões que ajuda- rão em todo o processo da Pesquisa Bibliográfica. Depois de fazer a pesquisa e analisar o que foi coletado, é hora de apresentar os re- sultados através de muitos meios que são co- mumente chamados de trabalhos científicos. Para as autoras Lakatos e Marconi (2005, p. 183): A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Localizar informações com eficiência Selecionar informações de maneira criteriosa Utilizar informações com crecisão e criatividade 83 METODOLOGIA DA PESQUISA A Metodologia em uma pesquisa deve descre- ver em minúcias como se dará o passo a passo da pesquisa, por isso, esta parte será dedicada exclu- sivamente a este elemento tão importante em um Projeto de Pesquisa. METODOLOGIA Metodologia é o caminho (detalhado e sequencial) a seguir em um projeto. Mas antes de mais nada é importante destacar que existem diversos métodos e técnicas para se atingir os objetivos propostos. Quando aos objetivos a metodologia pode ser uma Pesquisa exploratória (Explicitar o conteúdo); Pode envolver para coletar dados pesquisa bibliográfica, e a técnica da entrevista. Como também envolve um Estudo de caso ( onde conhecendo diversos casos, você escolhe um ou mais de um para ex- plorar. Temos também a Pesquisa descritiva ( cuja meta é descrever as características do objeto de estudo). onde para coletar os dados, a serem anali- sados apropria -se de técnicas como o questionário e a observação. Por exemplo o levantamento de opiniões, atitudes e crenças de uma população, etc. Já a Pesquisa explicativa (identificar os fatores que determinam ou eu contribuem para a ocorrência dos fenômenos). Quando aos procedimentos técnicos. Segundo GIl (2002), pode ser classificada da seguinte forma; a) Pesquisa bibliográfica (com base em livros e artigos científicos). Pesquisa Documental: Utiliza-se materiais que não receberam ainda um tratamento (documentos de primeira mão, como arquivos, igrejas, sindicatos, instituições, etc). Pesquisa Experimental: quando se decide por objeto de estudo, separa-se as variáveis que seriam apropriados para influenciá-lo , se define as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Levantamento: é um apanhado das respostas de um grupo onde se busca a resposta para, por exemplo, um comportamento, cuja análise quanti- tativa, obterem-se as conclusões. Estudo de campo: por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas busca-se explicações e interpretações daquela realidade. Exemplo de Metodologia Os dados serão coletados por mei o de pesquisa bibliográfica em livros, revista especializadas ............,a par- tir dos quais serão buscados........... Serão levantadas as diretrizes e os programas...............em leis, portarias ............., a fim de ........ A pesquisa documental será feita nos arquivos do .........., onde serão encon- trados regulamentos , tabelas .............. . Esses dados contribuirão para ............ Na pesquisa de campo,serão realizadas entrevistas semi-estruturadas junto a .......que possibilitarão ..........( ou serão aplicados questionários junto a ....... Fonte:<http://slideplayer.com.br/ slide/286738/>. 84 RESUMINDO: Tipos de Pesquisa Científica https://pedagogiapmlll.blogspot.com.br/2016/06/tipos-de- -pesquisa_15.html METODOLOGIA Estudo de caso: é estudo intensivo e aprofundado de um ou poucos objetos de estudo. ‘’ Quando o es- tudo é intensivo podem até aparecer relações que de outra forma não seriam descobertas’’ (FACHIN, 2001.p.42) Pesquisa-ação: com base empírica, o ou os pesqui- sadores e participantes representativos da situ- ação ou do problema estão envolvidos. Quando aos Métodos de abordagem: a) Dedutivo: Parte de teorias e leis mais gerais para os fenômenos particulares. b) Indutivo: Parte dos fenômenos particulares para as leis e teorias gerais. c) Hipotético-dedutivo: percebe-se una lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e pelo processo dedutivo, testa o ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese. d) Dialético: que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. Não se assuste com o volume de informações quan- do a metodologia e as técnicas a serem aplicadas em um projeto. O professor que solicita projeto também o orienta e escolhe juntamente com você o que mais se adequa ao projeto. 85 Anotações:MODALIDADES DE TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS Também chamadas de publicações científi- cas, são as apresentações de pesquisas que variam conforme a solicitação do(s) avaliador(es), como também de acordo com a metodologia e os objeti- vos propostos. Segundo Medeiros (2010), o pesqui- sador precisa transmitir seus resultados, para tor- nar público novos conhecimentos. Ainda segundo o autor “são consideradas publicações científicas: artigo científico, comunicação científica, ensaio, informe científico, paper, resenha crítica, disser- tações científicas (monografias,dissertações e te- ses)”, (2010, p. 203). ARTIGO CIENTÍFICO O artigo científico trata de problemas cientí- ficos, embora de extensão relativamente pequena. Apresenta o resultado de estudos e pesquisas, e, em geral, é publicado em revistas, jornais ou outro periódico especializado. Os artigos científicos permitem que as experiências sejam repetidas. Estru- turalmente, são compostos de: título do trabalho, autor, credenciais do au- tor, local das atividades; sinopse (resu- mo em português e em uma língua es- trangeira, de preferência, em inglês); corpo do artigo (introdução, desenvol- vimento e conclusão); parte referen- cial (referências bibliográficas, como notas de rodapé ou de final de capítu- 86 Anotações: lo, bibliografia, que é a lista dos livros consultados ou relativos ao assunto, apêndice, anexos, agradecimentos, data). (MEDEIROS, 2010, p. 303-204). COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA São resultados de pesquisas apresentadas em congressos, simpósios, reuniões, etc. Tais re- sultados devem ser originais, inéditos e atuais. Sua apresentação deve ser curta e objetiva, com média de apresentação de 10 a 20 minutos. A estrutura da comunicação científica é: folha de rosto, sinopse, conteúdo (introdução, desenvolvimento, conclu- são), bibliografia. ENSAIO Para Medeiros (2010, p. 206), “é uma exposição metódica dos estudos realizados e das conclusões originais a que se chegou após apurado exame do assunto”. O ensaio tem a estrutura semelhante a uma estrutura de um artigo, porém, em tamanho menor. INFORME CIENTÍFICO Relato parcial ou total da pesquisa, limita-se à descrição dos resultados obtidos até então. É es- crito de maneira clara e objetiva. É um texto curto. TRABALHOS CIENTÍFICOS Chamamos de trabalhos científicos uma série de trabalhos acadêmicos. Elaborados conforme es- 87 truturas e normas pré-estabelecidas. Dentre eles temos: MONOGRAFIA Mono = um (único) + grafia (escrita), é um es- tudo de profundidade sobre um único assunto. Tem por objetivo levar o pesquisador a se debruçar so- bre um tema ou assunto e transmitir seus resulta- dos. Normalmente, é solicitada como pré-requisi- to para conclusão de Graduação e Pós-graduação. Sua estrutura é regida pela ABNT 14724:2011. Fonte: ABNT paper14724:2011, p. 6. 88 Anotações: DISSERTAÇÃO Com estrutura semelhante à monografia, a dis- sertação é exigida para a conclusão do Mestrado: é, portanto, um tipo de trabalho científico apresentado ao final do curso de pós-graduação, visando obter o título de mestre. Requer defesa de tese. Tem caráter didático, pois se constitui em um treinamento ou ini- ciação à investigação. Como estudo teórico, de na- tureza reflexiva, requer sistematização, ordenação e interpretação dos dados. Por ser um estudo formal, exige metodologia própria do trabalho científico. (LAKATOS; MARCONI, 2005, p. 238). TESE Surgida na Idade Média, a tese é o trabalho de conclusão do doutorado. “A tese apresenta o mais alto nível de pesquisa e requer não só exposição e explicação do material coletado, mas também, e principalmente, análise e interpretação dos dados”. (LAKATOS; MARCONI, 2005, p. 243). PAPER Paper significa papel. Segundo Medeiros (2009), um paper tem a função de mostrar o ponto de vista de um pesquisador sobre um tema, expressando os pensamentos de forma original. Muito solicitado em mesas redondas e simpósios, tem a mesma estrutura de um artigo, porém em um tamanho menor. 89 Anotações:RELATÓRIO É uma descrição parcial ou final de uma pes- quisa, expondo seus resultados. Apesar de uma exposição detalhada, os relatórios devem ter uma linguagem clara. O relatório deve responder às se- guintes perguntas: 1. O quê? 2. Por quê? 3. Para quê? 4. Para quem? 5. Onde? 6. Como? 7. Com quê? 8. Quanto? 9. Quando? 10. Quem? 11. Com quanto? A estrutura do relatório é: introdução (uma breve apresentação das atividades que serão re- latadas, a sua relevância e os objetivos pretendi- dos); relato das atividades (pode ser organizado em etapas ou fases. Deve vir numa sequência lógica e cronológica, apontar facilidades e dificuldades e referir suas impressões pessoais sobre a atividade) e considerações finais (constatações finais, im- pressões gerais sobre as atividades, sugestões e/ ou proposições). Bibliografia Anexo(s) . REVISÃO Para apresentarmos resultados (que podem ser escritos de várias maneiras), precisamos executar 90 Anotações: projetos previamente articulados dentro de preceitos científicos. Para termos conhecimento temos que ler e explorar as fontes (que também existem diversas), já que o conhecimento não nasce do acaso, mas, sim, das investigações anteriores, comprovações sinalizadas através de citações regidas pela ABNT. Como todo conhecimento científico, deve seguir normas e regulamentações (ABNT) para ser reconhecido no meio acadêmico e científico. APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS EXPOSIÇÃO ORAL Os termos palestra e conferência são muitas vezes usados um pelo outro. Apesar disso, pode- -se dizer que o primeiro está mais relacionado ao âmbito profissional e o segundo ao acadêmico ou científico. Outra diferença é que as palestras ten- dem a ser menos formais que as conferências (GUI- MARÃES, 2012, p. 226). 91 Anotações:Em uma exposição oral, o palestrante geral- mente fala muito mais do que a plateia; apenas no final abre-se um espaço para que os espectadores façam perguntas ou comentários. Já no debate, um dos princípios é justamente conceder a todos os debatedores o mesmo tempo de fala. (GUIMARÃES, 2012, p. 226). DEBATE É um evento comunicativo com, no mínimo, três polos: dois deles são ocupados por debate- dores e o último pela plateia. O pressuposto para a realização de um debate é a existência de um tema polêmico (GUIMARÃES, 2012, p. 234). Importante: em quase todas as situações, a exposição pode ser realizada individualmente ou em grupo. Seja como for, seu sucesso depende de uma série de cuidados tomados durante o planeja- mento e o ensaio. PLANEJAMENTO Quanto ao público; Quanto ao tema; Quanto ao lugar; Abordagem. Etapas da exposição Apresentação; Introdução; Desenvolvimento; Recapitulação e síntese; Conclusão; Participação do Público (Opcional); 92 Anotações: Encerramento. LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL https://achistorico.blogspot.com/2017/09/dicas-para-apre- sentacao-oral.html RECURSO VISUAL Powerpoint (é apenas um guia); Fundo adequado ao tema, sem exageros; Pouco texto/informações fundamentais; Palavras/frases-chave; Imagens significativas; Fonte legível: tipo e tamanho; Cores escuras sob fundo escuro e vice-versa; Norma culta/revisão textual e de conteúdo; Distribuição equilibrada dos textos e imagens; Ter o material em mais de um local; ENFRENTANDO OS MEDOS! Cuidar de todos os itens anteriores; Chegar antecipadamente; Arrumar o seu ambiente; Testar a apresentação; Respiração. PARA SABER MAIS: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunica- ção e Linguagem. São Paulo: Pearson, 2012. 93 Anotações:REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Resumo: apresentação. NBR 6028/2003. Rio de Janeiro, 2003. ___ ABNT. Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação: NBR 14724/2011. Rio de Janeiro, 2011. 11p. ___ Informação e documentação: referências: ela- boração: NBR 6023/2002. Rio de Janeiro, 2002. 24p. ___ Informação e documentação: sumário: apre- sentação: NBR 6027/2012. Rio de Janeiro, 2012. 3p. ___ Informação e documentação: citações em do- cumento: apresentação: NBR10520/2002. Rio de Janeiro, 2002. 7p. ___ Informação e documentação: numeração pro- gressiva das seções de um documento:apresenta- ção: NBR 6024/2012. Rio de Janeiro, 2012. 4p. ___ Informação e documentação: artigo em publi- cação periódica científica impressa:apresentação: NBR 6022/2003. Rio de Janeiro, 2003. 5p. ___ Informação e documentação: projeto de pes- quisa: apresentação: NBR 15287/2011.Rio de Janei- ro, 2011. 8p. FACHIN, Odília. Fundamentos da Metodologia. 5 ed. São
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