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Redação- COVID-19 no Brasil

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O filme contágio narra à história de um vírus desconhecido oriundo da China
que é transmitido pelo ar, por meio do contato humano, ou com objetos tocados pela
pessoa infectada. Nesse sentido, fora do universo cinematográfico é perceptível esse
drama ficcional na conjuntura hodierna, com a pandemia do COVID-19. Outrossim, a
propagação de inverdades tem se tornado mais letal que a patologia no Brasil, uma vez
que a desinformação e o compartilhamento de notícias falsas por meio de posts ou
vídeos nas redes sociais, são um dos grandes inimigos ao combate da doença no país,
em uma nação educada pela pós- verdade.
A princípio, é relevante ressaltar que o medo provoca transformações drásticas
na sociedade, principalmente quando afeta a salubridade coletiva. No Brasil, o pavor e
as incertezas da população residem na ineficiência dos serviços públicos em lidar com
essa doença, tendo em vista que no país a saúde não é a prioridade nacional, ocupando o
segundo lugar de acordo com o Data Folha em 2018. Dessa forma, semelhante ao temor
provocado pela gripe espanhola, criou-se uma histeria generalizada. Não obstante, na
contemporaneidade, a invenção de Zuckerberg – o Facebook –, juntamente com outras
mídias sociais, são meios utilizados para a propagação de notícias falsas. Nesse
contexto, o filósofo francês Michel Foucault defendia a tese segundo a qual toda
linguagem é dotada de ideologias, sendo, portanto, capaz de influenciar atitudes e
comportamentos da sociedade. Assim, é indubitável que uma parcela substancial da
população está suscetível a esse controle descrito por Foucault, uma vez que a difusão
de falácias cria um cenário caótico, no qual as pessoas passam a acreditar em meios de
prevenção para o COVID-19, sem a comprovação da ciência.
Ademais, em 1937, o então presidente Getúlio Vargas forjou uma carta que
anunciava um falso golpe comunista e, com base nesse documento, estabeleceu sua
ditadura por oito anos. Assim, a subversão da verdade, tal como houve na Era Vargas, é
comum no Brasil contemporâneo, no qual esses meios, repaginados pela modernidade,
além de impedirem que dicas preventivas eficazes sobre o Coronavírus cheguem ao
povo, perpetuam mais terror sobre a sociedade e influência a adoção de práticas que
podem agravar a doença em alguns casos. Desse modo, é incontrovertível que tais ações
atrapalham as políticas públicas de mobilizarem o apoio popular no combate ao vírus no
país.
Destarte, é indubitável que mais viral que o COVID-19 no Brasil, é a
propagação de falácias por meio das redes sociais. Para tanto, as escolas, com auxílio de
jornalistas, podem desenvolver projetos capazes de fomentar o senso crítico dos alunos,
por meio de aulas realizadas com frequência, para que a criticidade dos indivíduos seja
fortalecida. Em paralelo, o Estado juntamente com a mídia, deve criar comunicados
com médicos especialistas na grade televisiva sobre os cuidados com o Coronavírus,
para que a sociedade seja conscientizada, a fim de evitar a onda de medo criada pelas
redes sociais. Dessa forma, seria possível o desenvolvimento de uma sociedade
informada e conscientizada.

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