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Importância da Teoria Geral do Estado

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Prof. Me. Marcus Vasconcellos
UNIDADE I
Teoria Geral do Estado
 Qual a importância de se estudar Teoria Geral do Estado?
 Conhecer com profundidade a formação histórica e política do Estado e de suas instituições 
é uma ótima maneira de participarmos do debate político democrático de forma mais 
consciente, madura e propositiva.
Bloco 1: noções preliminares
 E qual a importância da Teoria Geral do Estado para a formação de gestor de Serviços 
Jurídicos, Notariais e de Registro?
 Como gestor de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro é fundamental que você conheça 
o funcionamento do Estado, para compreender como isso repercute no seu trabalho e para 
poder melhorar a relação desse mesmo Estado com aqueles para os quais você vai prestar 
seus serviços profissionais.
 Conhecer os mecanismos de organização do Estado, os 
poderes da República, as formas de governo, os sistemas 
eleitorais, tudo isso é essencial para que na sua atividade você 
atue de forma mais técnica, competente e segura.
Noções preliminares
 A história do ser humano na Terra está quase sempre associada à existência de grupos 
sociais.
 Essa formação de grupos sociais trouxe vantagens e problemas aos indivíduos.
Formações histórica e política do Estado Moderno
Vantagens 
Problemas 
• Proteção
• Segurança
• Sobrevivência
Conflitos entre os indivíduos
 Tendo em vista essa necessidade de regular essas relações sociais, com vistas a pacificá-
las e estruturá-las, surge a noção de Estado, que será analisada sob a ótica de uma 
organização social dotada de dimensão política e jurídica.
 Desse modo, entenderemos o Estado contemporâneo como aquele que tem a finalidade de 
garantir o bem comum, ou seja, garantir elementos que viabilizem a todos uma vida digna, 
em que possam desenvolver suas potencialidades e atingir seus objetivos pessoais.
Formações histórica e política do Estado Moderno
O surgimento da noção moderna de Estado se encontra na necessidade dos indivíduos de 
viver em organizações sociais. Essa vida socialmente organizada:
a) Trouxe apenas vantagens aos indivíduos, os quais encontraram no grupo social proteção e 
segurança.
b) Trouxe apenas problemas aos indivíduos, haja vista que as relações sociais geraram 
conflitos entre eles.
c) Trouxe vantagens aos indivíduos, os quais encontraram no grupo social proteção e 
segurança, mas também trouxe diversos problemas ligados aos conflitos gerados pelas 
interações sociais.
d) Não trouxe vantagens, nem problemas aos indivíduos, os 
quais não se preocuparam com a estruturação política e 
jurídica do Estado moderno.
e) Nenhuma das anteriores.
Interatividade
Resposta
O surgimento da noção moderna de Estado se encontra na necessidade dos indivíduos de 
viver em organizações sociais. Essa vida socialmente organizada:
a) Trouxe apenas vantagens aos indivíduos, os quais encontraram no grupo social proteção e 
segurança.
b) Trouxe apenas problemas aos indivíduos, haja vista que as relações sociais geraram 
conflitos entre eles.
c) Trouxe vantagens aos indivíduos, os quais encontraram no grupo social proteção e 
segurança, mas também trouxe diversos problemas ligados aos conflitos gerados pelas 
interações sociais.
d) Não trouxe vantagens, nem problemas aos indivíduos, os 
quais não se preocuparam com a estruturação política e 
jurídica do Estado moderno.
e) Nenhuma das anteriores.
 “Uma definição abrangente que apresentamos de Estado seria uma instituição organizada 
politica, social e juridicamente, que ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua 
lei maior é uma Constituição escrita. É dirigido por um governo soberano reconhecido interna 
e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o 
monopólio legitimo do uso da força e da coerção” (De Cicco e Gonzaga).
 Um aspecto importante a ser destacado desse conceito é o fato de que o Estado é uma 
forma de organização constituída a partir da aprovação de normas que o regem, e que não 
podem ser descumpridas, sob pena de serem aplicadas sanções àqueles que praticarem o 
descumprimento das leis.
Conceito de Estado
 A ideia de Estado, ou seja, de organização estável que obedece a leis claramente colocadas 
para todos e de cumprimento obrigatório por todos, é antiga e nem sempre atendeu a esses 
pressupostos.
 De Cicco e Gonzaga afirmam que o primeiro a utilizar a expressão “Estado” teria sido Nicolau 
Maquiavel, no início de sua obra O Príncipe, publicada em 1513, e considerada um livro 
muito importante para os estudos sobre o exercício do poder político.
Conceito de Estado
 Maquiavel, em sua obra clássica, separou a virtude política da virtude moral, propondo a 
ruptura com as ideias vigentes naquela época, que associavam a ação política com o sentido 
divino.
 Rompendo esse paradigma, Maquiavel coloca a política no campo exclusivo da ação 
humana e, com isso, evidentemente, provoca enorme desagrado da Igreja Católica.
 Maquiavel não propunha que governantes devessem agir de maneira injusta, despótica ou 
maltratar o povo de forma sistemática. Ao contrário, ele propunha que o governante tivesse 
autonomia para agir com firmeza e até com violência quando fosse necessário, mas que 
respeitasse o consentimento do povo a suas práticas para que não surgissem conflitos.
Conceito de Estado
 Maquiavel acreditava que as bases do Estado deveriam ser boas leis e boas armas. Para 
ele, o príncipe (ou seja, o governante) tem que cumprir seu objetivo fundamental, que é 
manter o poder político, seja pela inteligência, seja pela força, seja pelo uso de ambas.
 Assim, a contribuição de Maquiavel é inegável para construirmos nossos primeiros traços a 
respeito de um conceito de Estado.
Conceito de Estado
A obra O Príncipe, que trouxe as primeiras noções de Estado, foi escrita em 1513 por:
a) Thomas Hobbes.
b) Nicolau Maquiavel.
c) Thomas Morus.
d) René Descartes.
e) Rousseau.
Interatividade
Resposta
A obra O Príncipe, que trouxe as primeiras noções de Estado, foi escrita em 1513 por:
a) Thomas Hobbes.
b) Nicolau Maquiavel.
c) Thomas Morus.
d) René Descartes.
e) Rousseau.
 O Estado deve ser estudado a partir de uma perspectiva histórica das primeiras ideias de 
organização social e política até nossos dias, para podermos compreender a que objetivos 
ele atende.
 A formação do Estado moderno tem suas raízes no surgimento da burguesia, grupo de 
pessoas existente na sociedade da Idade Média que desejava exercer atividades 
econômicas e acumular riquezas. Esse poder era reservado apenas e tão somente aos reis, 
e o desejo da burguesia contrastava com a situação vigente na época.
 A burguesia, classe tipicamente urbana, formada basicamente 
por artesãos e comerciantes, constituía o núcleo essencial da 
população das cidades. Assim, com a formação de novas 
cidades, houve a intensificação do comércio, fortalecendo e 
enriquecendo cada vez mais as classes burguesas.
Origem histórica do Estado Moderno
 Todavia, a falta de centralização política e administrativa se constituía num entrave ao 
desenvolvimento, dificultando as relações comerciais. A burguesia desejava a unificação do 
Estado Nacional. Para ela, a unificação do território sob um governo centralizado significava 
a existência de leis, pedágios, impostos, moeda, pesos e medidas unificados; o que, para o 
fortalecimento do mercado interno, era indispensável.
 Isso explica porque, em sua grande maioria, as classes burguesas passaram a apoiar os reis 
na luta pela centralização do poder, contribuindo, assim, decisivamente, na formação dos 
Estados modernos.
Origem histórica do Estado Moderno
 Do projeto de sociedade da burguesia surgem as ideias que formam o conceito que 
denominamos de liberalismo e que ao longo da história foi responsável pelo fim do 
absolutismo e pela implantação do Estado em que os agentes do poder estão subordinados 
à ordem jurídica estabelecida. O liberalismo está na base de três importantes momentos históricos, nos quais 
identificamos a ação da sociedade pelo reconhecimento de seus direitos e pela busca da 
organização a partir de leis de cumprimento obrigatório para todos, inclusive para os 
soberanos, e que resultassem em estabilidade, para que todos pudessem viver e produzir 
em segurança. São eles:
I. Revolução Inglesa (1689).
II. Declaração de Independência dos EUA (1776).
III. Revolução Francesa (1789).
Origem histórica do Estado Moderno
 O surgimento do Estado moderno foi decorrente de inúmeras modificações na ordem social e 
econômica, e também no poder político. As maneiras pelas quais os diferentes grupos 
sociais se organizaram e produziram economicamente estabeleceram as regras de exercício 
de poder, que foi um fator fundamental para criar as bases do Estado em que vivemos na 
atualidade.
Origem histórica do Estado Moderno
A Revolução Francesa, um dos marcos do liberalismo, terminou simbolicamente com a Queda 
da Bastilha. Isso ocorreu em que ano?
a) 1689.
b) 1776.
c) 1789.
d) 1793.
e) 1791.
Interatividade
Resposta
A Revolução Francesa, um dos marcos do liberalismo, terminou simbolicamente com a Queda 
da Bastilha. Isso ocorreu em que ano?
a) 1689.
b) 1776.
c) 1789.
d) 1793.
e) 1791.
1. Thomas Hobbes (1588-1679)
 Filósofo e cientista político, seu pensamento foi fortemente influenciado pela chamada 
Revolução Científica, momento da história do pensamento mundial em que o método 
científico passou a ter preponderância na construção do conhecimento.
 Em sua obra principal – Leviatã –, Hobbes adota um conceito que para ele é fundamental, o 
conceito de estado de natureza, no qual o homem tem direito a tudo e pode exercer esse 
direito com total liberdade, da maneira que quiser, agindo apenas conforme seu próprio 
julgamento e razão, utilizando os meios que considerar mais adequados para atingir os fins 
que pretende.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
 Então, por que o homem quer viver em sociedade se ele tem essa liberdade ampla no 
estado de natureza?
 Para ele, o homem só concordaria em perder toda sua liberdade de escolha e de ação em 
razão do medo generalizado em que vivia no estado de natureza.
 Nessa situação de exposição à violência de outros homens, valia a pena abrir mão da 
liberdade existente no estado de natureza para poder viver com maior segurança na 
sociedade civil, de forma organizada, com direitos e deveres, com menor espaço para o 
exercício da liberdade, mas com maior segurança de sobrevivência e maiores possibilidades 
de evolução.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
 Para que isso se concretizasse de forma organizada, era preciso existir um poder comum 
capaz de obrigar os homens a obedecer às leis e aos pactos que fizessem entre eles.
 Era preciso criar um poder comum que fosse exercido pelo Estado, um ente superior e em 
condições de exigir que todos cumprissem suas determinações, sob pena de serem punidos. 
 É ao Estado que os homens confiam o poder de obrigar ao cumprimento das leis e punir 
aqueles que as infringirem – contudo, o poder do Estado deve ser exercido pelo soberano 
como vontade única e, nesse sentido, ele é um representante do absolutismo.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
2. John Locke (1632-1704)
 Para Locke, a vida do homem também tinha dois momentos distintos: o estado de natureza e 
a vida em sociedade. Assim, o que determinava que o homem saísse da vida em liberdade 
total de que desfrutava no estado de natureza para a vida de direitos e deveres da sociedade 
era o desejo de firmar um acordo ou contrato social.
 Mas, então, qual a diferença entre o pensamento de Locke e o de Hobbes?
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
 A diferença no pensamento de Hobbes e Locke está no fato de que, para este, o indivíduo 
existia antes do surgimento da sociedade e do Estado e vivia em um estágio pré-social e 
pré-político, caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade. O estado de natureza, 
para Locke, não era o espaço de conflitos e de medo de Hobbes; ao contrário, era uma 
situação de relativa paz, concórdia e harmonia.
 Então, qual a razão para que os homens deixem o estado da natureza e passem para vida 
em sociedade?
 Locke acreditava que foi por opção, e não por medo, que os homens decidiram viver em 
sociedade, para garantir a estabilidade no governo e a tranquilidade social.
 Para Locke, ao ingressar na vida em sociedade, os indivíduos 
renunciariam ao direito de fazer justiça por si mesmos e 
conservariam todos os outros, especialmente o direito de 
propriedade, que deveria ser garantido e protegido pelo 
Estado.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
3. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
 No livro O Contrato Social, Rousseau refletiu sobre a possibilidade de construção de outra 
ordem jurídica, política e social. Ele se dedicou à ideia de transformação da sociedade 
existente naquela época. A nova sociedade seria radicalmente democrática, ou seja, o 
elemento fundamental seria a vontade geral, que para ele era a única vontade legítima, já 
que a função da sociedade era a consecução do bem comum.
 Para ele, o Estado tinha que ser resultado de uma associação 
de membros, que conservariam sua participação ativa e que 
obedeceriam somente às leis que a própria sociedade criasse. 
O governo seria subordinado ao povo e ao poder exercido 
pelos membros da sociedade. A participação política do povo 
deveria ser direta e contínua.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
 Esses três importantes pensadores são denominados de contratualistas porque têm em 
comum a ideia de explicar a formação do Estado a partir de um contrato social, um meio de 
os indivíduos concordarem que deveriam viver em sociedade sob o comando de leis que 
determinassem os direitos e os deveres de todos.
 Nasceu com eles, assim, a principal ideia sobre o que hoje entendemos por Estado, aquele 
espaço político, social e jurídico em que vivemos; no qual temos liberdade parametrizada 
por leis e no qual podemos fazer tudo o que desejamos, porém sempre com o cuidado de 
obedecer à legislação em vigor para não sermos punidos.
Contribuições de Hobbes, Locke e Rousseau
Este célebre autor defendeu a ideia de uma sociedade radicalmente democrática, ou seja, uma 
sociedade na qual o elemento fundamental seria a vontade geral, que, para ele, era a única 
vontade legítima, já que a função da sociedade era a consecução do bem comum. Trata-se do 
pensamento de qual autor?
a) Thomas Hobbes.
b) John Locke.
c) Nicolau Maquiavel.
d) Jean-Jacques Rousseau.
e) Pablo Neruda.
Interatividade
Resposta
Este célebre autor defendeu a ideia de uma sociedade radicalmente democrática, ou seja, uma 
sociedade na qual o elemento fundamental seria a vontade geral, que, para ele, era a única 
vontade legítima, já que a função da sociedade era a consecução do bem comum. Trata-se do 
pensamento de qual autor?
a) Thomas Hobbes.
b) John Locke.
c) Nicolau Maquiavel.
d) Jean-Jacques Rousseau.
e) Pablo Neruda.
 DE CICCO, C.; GONZAGA, A. de A. Teoria geral do Estado e ciência política. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2008.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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