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PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR 
SELEÇÃO PÚBLICA DESTINADA AO PREENCHIMENTO DE VAGAS PROGRAMADAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA PARA FUNÇÕES 
TEMPORÁRIAS – PROVA OBJETIVA REALIZADA EM 04 DE AGOSTO DE 2019 
 
O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 3 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
A reforma da Previdência pesará mais 
sobre os mais pobres ou os mais ricos? 
Heloísa Mendonça – 03/06/2019 – 16:22 BRT 
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A reforma da previdência é o assunto 
que está mexendo com o Brasil. O ministro da 
Economia, Paulo Guedes, tem repetido que a 
nova Previdência irá remover privilégios e 
reduzir as desigualdades entre as 
aposentadorias do setor privado e público. Já 
a oposição argumenta que as mudanças 
atingirão principalmente os mais pobres. Mas 
quem de fato vai ter de encarar mudanças 
com a reforma que está no Congresso? 
Para destrinchar algumas das mudanças 
mais polêmicas propostas pela reforma, o EL 
PAÍS escutou três economistas: Paulo Tafner, 
um dos maiores especialistas em Previdência 
no país, o pesquisador Marcelo Medeiros, 
vinculado à Universidade de Princeton nos 
Estados Unidos, e Denise Lobato Gentil, 
professora do Instituto de Economia da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ). 
Contribuição maior para funcionários 
públicos e da iniciativa privada 
Dentre as diversas mudanças, há um 
consenso entre os especialistas de uma 
medida que ajudará a melhorar a distribuição 
de renda: a criação de alíquotas de 
contribuição progressiva para o setor privado 
e os servidores. Hoje, os empregados da 
iniciativa privada recolhem de 8% a 11%, 
dependendo do salário. A nova regra prevê 
alíquotas que variam de 7,5% a 14%, 
distribuídas em mais faixas salariais. Para o 
funcionalismo, cuja cobrança padrão é de 
11%, a cobrança pode chegar a 22% para 
quem recebe 39 mil reais ou mais. O modelo 
foi pensado para garantir que quem ganha 
mais pagará mais que os que ganham menos. 
"A contribuição progressiva é correta e 
positiva, já surte efeito no curto prazo. Mas 
deve ser pedida para todas as categorias, 
inclusive para os militares", aponta Medeiros. 
A proposta de reforma para os militares - 
apresentada à parte pelo Governo - unifica a 
contribuição de todos os beneficiários do 
sistema e passa a ser de 10,5% sobre o valor 
integral do rendimento bruto a partir de 
2022. Cabos e soldados estarão isentos dessa 
contribuição durante o serviço militar 
obrigatório. Hoje ativos e inativos contribuem 
com 7,5% sobre o rendimento bruto. 
Mas afinal, as mudanças vão pesar mais 
para algum grupo? 
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Ainda que individualmente a reforma 
piore a situação de todos os trabalhadores 
brasileiros com regras mais rígidas, Tafner 
defende que quando olhamos o coletivo, a 
mudança será positiva para a sociedade como 
um todo. "A partir do momento em que o 
Governo consiga controlar as contas públicas, 
o Estado terá maior capacidade de investir 
recursos em educação e saúde, duas áreas 
que, quando sofrem cortes, atingem muito 
mais os mais pobres", afirma. 
Para o economista, não há dúvida de 
que na equação das novas regras da 
aposentadoria serão os segmentos mais ricos 
os mais punidos. "Pegue o exemplo de um 
funcionário público, hoje ele se aposenta com 
53, 54 anos. Com a reforma, para chegar ao 
salário integral do benefício, ele terá que 
trabalhar até os 65 anos, 10 anos mais. Já a 
alíquota dele pode chegar a 18%, enquanto o 
trabalhador urbano mais pobre será de 
7,5%", diz. 
Outro aspecto que pune os mais ricos, 
segundo o economista, é que, com a reforma, 
todos os servidores, inclusive deputados, 
senadores ou juízes, vão ganhar no máximo 
5.800 reais de aposentadoria. 
"Proporcionalmente, o custo individual é 
muito maior dessas pessoas e nesse sentido a 
reforma é justa. Todo mundo está sendo 
punido, mas os mais ricos mais. Não é a toa 
que os servidores estão contra", explica 
Tafner. 
A visão de Denise Gentil é 
completamente oposta. Para a economista, a 
reforma é desalentadora e não combate 
privilégios. "Se quisesse combater, não usaria 
a Previdência como estratégia, e sim a 
reforma tributária. O que o projeto quer é 
desconstitucionalizar toda a proteção social. 
Sem segurança jurídica, as pessoas irão 
trabalhar sem perspectiva de se aposentar", 
afirma Gentil. Na avaliação da professora da 
UFRJ, as mulheres, professoras, os 
trabalhadores rurais e os beneficiários do 
Benefício de Prestação Continuada (BPC) 
serão os maiores prejudicados. "Pensando em 
cortes, a estratégia é de eliminação. Eliminar 
as pessoas de alcançar a sobrevivência na 
velhice". 
Na avaliação de Medeiros, dizer que 
quem pagará mais o ônus das mudanças na 
aposentadoria serão os pobres é equivocado. 
"Muita gente vai pagar. O que precisamos 
fazer é uma reforma que alie 
responsabilidade fiscal com responsabilidade 
social. Esse projeto foi desenhado de tal 
maneira em que todo mundo sai perdendo, 
mas o ideal é fazer mudanças para que os 
pobres percam menos", diz. 
Para o pesquisador, a distribuição das 
aposentadorias é hoje extremamente 
https://brasil.elpais.com/tag/paulo_roberto_nunes_guedes
PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR 
SELEÇÃO PÚBLICA DESTINADA AO PREENCHIMENTO DE VAGAS PROGRAMADAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA PARA FUNÇÕES 
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concentrada, e é ainda maior que a 
desigualdade do mercado de trabalho. "Isso 
traz uma mensagem importante. Se você 
economizar no topo, você economiza a maior 
parte dos recursos. Se você não fizer 
concessões para as categorias que estão no 
topo, você consegue economizar muito mais 
que apertando as pessoas da parte de baixo", 
explica Medeiros. 
Apesar de avaliar que a reforma traz 
uma série de medidas positivas, o 
pesquisador afirma que o Governo continua 
lançando medidas que protegem professores, 
militares, policiais, mas não está interessado 
em propor medidas para ajudar os mais 
pobres. "A reforma mira a economia fiscal, 
mas não se preocupa em melhorar a 
aposentadoria de ninguém. Ela só tira. É 
compreensível dado o rombo nas contas, mas 
para os mais pobres é necessário criar 
mecanismos de proteção um pouco 
melhores", conclui. 
Disponível em: 
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/13/politica/15
57776028_131882.html Acesso em 11/07/2019. 
Texto adaptado. 
01. No que diz respeito ao texto em estudo, é 
correto afirmar que 
A) aborda uma questão do mundo real, do 
cotidiano, e que é apresentada exclusivamente 
no segundo parágrafo. 
B) está inserido no domínio do jornalismo, que 
objetiva deixar os leitores mais informados e 
conscientes frente a determinadas questões da 
vida. 
C) restringe sua composição à escrita de estruturas 
típicas da oralidade coloquial, conforme 
exigências próprias do suporte. 
D) é escrito em linguagem acessível, pois os 
destinatários previstos são os leitores do jornal, 
identificados como pertencentes, em geral, a 
uma classe iletrada e pouco crítica. 
 
02. Segundo o texto, é correto afirmar que os 
especialistas consultadosA) apontam a criação de alíquotas de contribuição 
progressiva para o setor privado e público como 
medida positiva na melhoria da distribuição de 
renda. 
B) reconhecem, consensualmente, que a nova 
Previdência removerá privilégios e reduzirá 
desigualdades entre aposentadorias do setor 
privado e público. 
 
 
C) avaliam a reforma da previdência como 
desprovida de proposta que melhore a 
distribuição de renda e combata privilégios. 
D) consideram correta e positiva a contribuição 
progressiva tal como é proposta na reforma 
apresentada pelo Governo, sem ressalvas. 
 
03. De acordo com o texto, assinale a opção em 
que há a associação correta entre a tese apresentada 
e o(a) especialista que a defende. 
A) A reforma da Previdência atingirá os mais 
pobres — Denise Gentil. 
B) A reforma da Previdência prioriza categorias, 
mas não demonstra interesse em ajudar os mais 
pobres — Marcelo Medeiros. 
C) Na equação das novas regras de aposentadoria, 
os mais ricos serão os mais atingidos — Paulo 
Tafner e Denise Gentil. 
D) A reforma não visa a combater privilégios e 
desconstitucionaliza a proteção social — Denise 
Gentil e Marcelo Medeiros. 
 
04. Leia atentamente o fragmento a seguir: 
“Se você não fizer concessões para as categorias que 
estão no topo, você consegue economizar muito mais 
que apertando as pessoas da parte de baixo…” 
(linhas 119-122) 
Considerando a explicação apresentada, é correto 
deduzir que se deve 
A) fazer concessões para as categorias do topo, a 
fim de economizar mais. 
B) economizar mais, apertando as pessoas da parte 
de baixo. 
C) economizar no topo para se poupar a maior 
parte dos recursos. 
D) fazer concessões para as pessoas da parte de 
baixo, a fim de economizar mais. 
 
05. A relação de sentido estabelecida pela 
conjunção destacada em “... não usaria a Previdência 
como estratégia, e sim a reforma tributária.” (linhas 
89-91) é de 
A) oposição. 
B) adição. 
C) condição. 
D) conformidade. 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR 
SELEÇÃO PÚBLICA DESTINADA AO PREENCHIMENTO DE VAGAS PROGRAMADAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA PARA FUNÇÕES 
TEMPORÁRIAS – PROVA OBJETIVA REALIZADA EM 04 DE AGOSTO DE 2019 
 
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06. O pronome destacado na frase “Isso traz uma 
mensagem importante” (linhas 116-117), apresenta 
como referente a 
A) predicação seguinte. 
B) expressão “mercado de trabalho” (linha 116). 
C) palavra “mensagem” (linha 117). 
D) predicação anterior. 
 
07. Leia atentamente o fragmento a seguir: 
 “... o EL PAÍS escutou três economistas: Paulo 
Tafner, um dos maiores especialistas em Previdência 
no país, o pesquisador Marcelo Medeiros, vinculado à 
Universidade de Princeton nos Estados Unidos, e 
Denise Lobato Gentil, professora do Instituto de 
Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ)”. (linhas 12-20) 
No que concerne ao emprego das vírgulas, é correto 
afirmar que se justificam por separar 
A) termos em uma enumeração e seus respectivos 
apostos. 
B) adjuntos adverbiais e orações coordenadas 
sindéticas. 
C) orações independentes e indicar a omissão de 
termos da oração. 
D) orações intercaladas e orações subordinadas 
adverbiais. 
 
08. O plural do substantivo terminado em -ão 
difere do plural de “concessões” (linha 120) na 
palavra 
A) oposição. 
B) cidadão. 
C) situação. 
D) eliminação. 
 
09. Assinale a opção cujo termo destacado 
apresenta a mesma função gramatical do vocábulo 
“que” na frase “A reforma da previdência é o assunto 
que está mexendo com o Brasil.” (linhas 01-02) 
A) “Já a oposição argumenta que as mudanças 
atingirão principalmente os mais pobres.” (linhas 
06-08) 
B) “A nova regra prevê alíquotas que variam de 
7.5% a 14%. ...” (linhas 30-31) 
C) “...para chegar ao salário integral do benefício, 
ele terá que trabalhar até os 65 anos, ...” 
(linhas 69-71) 
D) “...mas o ideal é fazer mudanças para que os 
pobres percam menos’, diz.” (linhas 111-112) 
10. A significação do sufixo difere de “ação ou 
resultado dela” na palavra 
A) segurança [-ança]. 
B) rendimento [-mento]. 
C) capacidade [-dade]. 
D) eliminação [-ção]. 
 
11. Há uma correta associação entre o prefixo 
destacado e a significação deste na palavra 
A) concentrada [con-] = convergência. 
B) reforma [re-] = negação. 
C) inativo [in-] = posição interior. 
D) sobrevivência [sobre-] = oposição. 
 
12. Justifica-se o uso da crase em “...o 
pesquisador Marcelo Medeiros, vinculado à 
Universidade de Princeton nos Estados Unidos...” 
(linhas 15-17) por uma regra de 
A) regência. 
B) concordância. 
C) acentuação. 
D) colocação. 
 
13. Em “Se você economizar no topo, você 
economiza a maior parte dos recursos. Se você não 
fizer concessões para as categorias que estão no 
topo, você consegue economizar…” (linhas 117- 
119), o pronome destacado refere-se 
A) ao leitor. 
B) à autora do texto. 
C) a Denise Gentil. 
D) a um interlocutor indefinido. 
 
14. A palavra sublinhada exerce a função 
gramatical de advérbio em 
A) “Para o funcionalismo, cuja cobrança padrão é 
de 11%, ...” (linhas 32-34) 
B) “Muita gente vai pagar.” (linha 106) 
C) “…as mudanças atingirão principalmente os mais 
pobres.” (linhas 07-08) 
D) “Se você economizar no topo, você economiza a 
maior parte dos recursos.” (linhas 117-119)

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