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Prévia do material em texto

1
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
ATUAÇÃO EM EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL E 
INTERSETORIALIDADE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 13
Brasília – DF 
2022  
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 13
Brasília – DF 
2022  
ATUAÇÃO EM EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL E 
INTERSETORIALIDADE
2022 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: 
bvsms.saude.gov.br
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações Educacionais
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, 
Edifício PO 700, 4º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-3394 
E-mail: sgtes@saude.gov.br
 
Secretaria de Atenção Primária à Saúde:
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G,
 7º andar 
CEP: 70058-90 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-9044/9096 
E-mail: aps@saude.gov.br
 
Secretaria de Vigilância em Saúde:
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315.3874 
E-mail: svs@saude.gov.br
 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS 
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
Sala 144
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
CEP: 70058-900
Tel.:(61) 3022-8900
Núcleo Pedagógico do Conasems
Rua Professor Antônio Aleixo, 756 
CEP: 30180-150 Belo Horizonte/MG 
Tel: (31) 2534-2640
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - 
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
CEP: 90040-060 
Tel: (51) 3308-6000
 
Coordenação-geral:
Adriana Fortaleza Rocha da Silva – MS
Cristiane Martins Pantaleão – Conasems
Hélio Angotti Neto – MS
Hishan Mohamad Hamida – Conasems
Leandro Raizer – UFRGS
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Marcelo A. C. Queiroga Lopes – MS
Musa Denaise de Sousa Morais – MS
Roberta Shirley A. de Oliveira – MS
Direção técnica:
Hélio Angotti Neto
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
 
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica:
Cristina Fatima dos Santos Crespo
Valdívia França Marçal 
Elaboração de texto:
Erica Lima Costa de Menezes
Lígia Lopes Ribeiro 
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal– UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Érika Rodrigues De Almeida – SAPS/MS
Fabiana Schneider Pires – UFRGS
José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Kelly Santana – Conasems
Lanusa Gomes Ferreira – SGTES/MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patrícia Campos – Conasems
Rubensmidt Ramos Riani – SGTES/MS
Designer Educacional:
Alexandra Gusmão – Conasems
Juliana Fortunato – Conasems
Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems
Colaboração:
Antonio Jorge de Souza Marques – 
Conasems
Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Marcia Cristina Marques Pinheiro – 
Conasems
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Roberta Shirley A. de Oliveira– SGTES/MS
Rosângela Treichel – Conasems
Suellen da Silva Ferreira– SGTES/MS
 
Assessoria Executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Antonio jorge de Souza Marques
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – Conasems
 
Diagramação e Projeto Gráfico:
Aidan Bruno – Conasems
Alexandre Itabayana – Conasems
Bárbara Napoleão – Conasems
Lucas Mendonça – Conasems
Igor Baeta Lourenço – Conasems
 
Fotografias e Ilustrações: 
Biblioteca do Banco de Imagens do 
Conasems
 
Imagens: 
Freepik 
 
Revisão:
Núcleo Pedagógico/Conasems
 
Normalização:
XXX – Editora MS/CGDI
Brasil. Ministério da Saúde. 
 Atuação em equipe multiprofissional e intersetorialidade [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias 
Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
64 p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 13)
Modo de acesso: World Wide Web: xxx
ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 
1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Intersetorialidade em Saúde. 3. Trabalho Multiprofissional e Interdisciplinar.
I. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. 
CDU 614
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2022/0xxx
Título para indexação: 
Working In A Multi Professional and Intersectoral Team
Tiragem: 1ª edição – 2022 – versão eletrônica
http://www.saude.gov.br/bvs
 
A intersetorialidade é um dos princípios da Política Nacional de Promoção 
da Saúde (PNPS), no qual os diferentes setores e equipes buscam a 
integralidade do cuidado. O presente material tem por objetivo auxiliá-lo na 
compreensão da importância deste processo de articulação, levando você 
a reconhecer o papel da equipe multidisciplinar e sua relevância para o 
desenvolvimento do cuidado de forma integral.
Assim, ao final desta disciplina, esperamos que você reflita sobre o trabalho 
em equipe multiprofissional como princípio e diretriz para a organização da 
Atenção Primária à Saúde (APS) e da Vigilância Sanitária no Brasil; 
problematize a importância do trabalho em equipe para garantia da 
integralidade do cuidado; compreenda e relacione o conceito de trabalho 
interprofissional na APS e VS; apresente estratégias para a qualificação do 
trabalho em equipe no cotidiano e reconheça a necessidade da atuação 
em equipe multiprofissional e intersetorial para resolução dos problemas de 
saúde do território que atua.
Estude o material com atenção e consulte-o sempre que necessário! 
Lembre-se de que você pode rever a aula interativa e a teleaula desta
disciplina caso queira ou em caso de dúvida.
Bons estudos!
BEM-VINDA (0)!
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
ACE - Agente de Combate às Endemias
ACS - Agente Comunitário de Saúde
APS -Atenção Primária à Saúde
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial 
CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social 
PTS - Projeto Terapêutico Singular 
PST - Projeto de Saúde no Território 
PNAB – Política Nacional de Atenção Básica
PNPS - Política Nacional de Promoção da Saúde 
LISTA DE FIGURAS
15 | Figura 1 - A intersetorialidade dos serviços
SUMÁRIO
018
20
31
41
43
INTERSETORIALIDADE EM 
SAÚDE
O TRABALHO 
MULTIPROFISSIONAL EM 
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FERRAMENTAS E 
ESTRATÉGIAS QUE 
FAVORECEM O TRABALHO 
MULTIPROFISSIONAL E 
INTERDISCIPLINAR
RETROSPECTIVA 
BIBLIOGRAFIA
INTERSETORIALIDADE 
EM SAÚDE
O QUE VOCÊ ENTENDE POR 
INTERSETORIALIDADE?
A intersetorialidade pode ser entendida 
como uma articulação entre diferentes 
setores responsáveis por ações necessárias 
ao indivíduo e à coletividade, unindo forças, 
construindo parcerias, somando recursos 
financeiros e humanos, buscando caminhos 
para alcançar um objetivo comum. 
É uma estratégia primordial para a 
sustentação das políticas públicas, que se 
responsabiliza pela proposição e 
fortalecimento das ações, planos, 
programas e projetos, uma vez que 
possibilita as melhorias nas condições de 
vida da população, indicando a 
necessidade de articulação Intersetorial. 
A intersetorialidade deve ser instrumentalizada através da criação e 
ampliação de redes que convergem para um mesmo propósito e 
compromisso social. Os profissionais de saúde, órgãos e instituições 
públicas, privadas e organizações não governamentais devem interagir 
para resolução de questões relacionadas à comunidade de um território. 
Juntos, devem planejar ações, avaliar resultados e reorientar condutas 
de forma dinâmica eintegrada, dividindo a corresponsabilidade por 
todas as ações. 
8
Quando se trabalha articuladamente com outros setores da sociedade, 
aumenta-se a capacidade de oferecer uma resposta mais adequada 
às necessidades de saúde da comunidade. Além disso, consolida-se 
ações que possam fomentar o desenvolvimento da atuação 
Intersetorial, por meio de parcerias e de recursos, favorecendo a 
integração de projetos sociais e setores afins orientados para a 
promoção da saúde.
Para resolução dos problemas presentes na comunidade, é importante 
a integração de saberes, com organização e articulação, cada um 
dando sua contribuição, através de sua função, para formar um 
planejamento e montar estratégias que possam alcançar o resultado 
esperado. É renunciar àquilo que se planeja sozinho, para planejar junto.
A área da saúde é concebida como articuladora dos diferentes setores 
para a concretização da promoção, prevenção e recuperação da 
saúde, estando ligada ao princípio da integralidade. Nesse contexto, a 
intersetorialidade também tem se revestido como estratégia profissional 
para a efetivação do cuidado em saúde. 
9
Você se lembra que na disciplina Organização da 
Atenção à Saúde e Intersetorialidade, vimos o exemplo 
do Agente Tião que buscou a aproximação das 
equipes de saúde para a resolução em conjunto da 
situação vivenciada?
Este é um exemplo de intersetorialidade. Para que ela acontecesse, de 
fato, foi preciso que os setores planejassem juntos, pensassem em 
direção da dimensão da integralidade do cuidado. É a contribuição de 
cada setor articulado com a qualidade de vida do indivíduo e da 
comunidade, num panorama do conceito ampliado de saúde.
Relembre o exemplo citado acima. Clique 
aqui e acesse o e-book  “Organização da 
Atenção à Saúde e Intersetorialidade”. 
Você ficará por dentro de tudo o que 
aconteceu!
10
O que você achou da resolução 
encontrada por Tião? O que você 
faria? Veja agora outros 
exemplos para compreendermos 
melhor a temática estudada!
“Meu marido me bateu, por isso, faltei à consulta. Não quero 
que ninguém saiba! Ele tem problema de alcoolismo, mas é 
uma boa pessoa e já está tudo bem entre nós”.
Haviam crianças na casa, mas Gerusa se certificou que elas não 
apresentavam marcas. 
Durante uma visita domiciliar a uma gestante que faltou à sua consulta 
pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS), a ACS Gerusa visualizou 
marcas vermelhas e roxas no rosto e corpo da grávida, identificando 
tratar-se de hematomas e equimoses. Ao ser perguntada sobre essas 
marcas, a mulher respondeu:
E agora? Gerusa deve respeitar o pedido da gestante 
já que ela diz que está tudo bem? 
11
Você, ACS, é o elo entre a UBS e a comunidade, da mesma forma que 
você e sua equipe de saúde são o elo entre a comunidade e os 
demais setores necessários para a resolução de algum problema na 
comunidade. Desta forma, inicialmente, este caso deve ser levado 
imediatamente para sua equipe e discutido em conjunto.
Por extrapolar a atuação de sua equipe, durante a reflexão, vocês irão 
perceber a necessidade do envolvimento de outros setores e órgãos 
como: 
● Rede de Proteção à Mulher em situação de Violência; 
● Rede de Proteção a Criança;
● Conselho Tutelar;
● Juizado da Infância e juventude; 
● Delegacia da Mulher;
● Centro de Referência Especializado em Assistência Social 
(CREAS);
● Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); 
● Grupos de Alcoólicos Anônimos (AA). 
12
Figura 1: A intersetorialidade dos serviços
Fonte: Adaptação autora de: 
https://www.gesuas.com.br/blog/intersetorialidade-suas/. 
Podem ser necessários outros parceiros para auxiliar na resolução 
desta situação e garantir a proteção e direitos da mulher e da 
criança. O marido também precisa de auxílio uma vez que não 
está conseguindo se controlar com relação ao uso de álcool e à 
agressividade. 
Cidadão Comunidade Serviços de Saúde
Ação Social Educação
ONGs Conselhos
Delegacias, Poder Judiciário
Secretarias: Meio Ambiente, 
Urbanismo, Educação, 
Planejamento e, outras.
Redes de 
Proteção
Centros 
Comunitários
CIDADÃO 
COMUNIDADE
13
No próximo exemplo, o ACS Tião e a ACE Camila, foram realizar algumas 
visitas pelo território a fim de orientar a comunidade sobre a importância 
de não se deixar água parada em utensílios, para prevenir a proliferação 
da dengue. Veja:
Em uma das suas visitas domiciliares, Tião avista o portão aberto de uma 
residência na qual ele nunca conseguia falar com ninguém. Então, Tião 
correu com Camila para aproveitar a oportunidade. 
Quando eles entraram no local, ficaram chocados com a quantidade de lixo 
que havia no quintal. Havia muito lixo, reciclável e orgânico, além de muitas 
fezes de animais e um cheiro horrível. 
Ao conseguirem vencer as barreiras de lixo para entrar na residência, se 
chocaram mais uma vez, agora, com a quantidade de gatos, era até difícil 
de contar. Haviam aproximadamente 30 gatos pela casa, tinham também 
ratos mortos e muitas moscas e baratas. E para agravar ainda mais, duas 
crianças brincavam em meio aquele cenário. 
Camila começou a conversar com os integrantes 
da casa e orientá-los sobre condições de higiene e 
a importância de um ambiente limpo para a 
promoção da saúde. Falou sobre as zoonoses 
(doenças que se transmitem dos animais para as 
pessoas) e o quanto situações semelhantes a esta 
atraem a presença de outros insetos e animais. 
Desta forma, outras doenças e surtos podem surgir 
e se propagar até por todo o território ao redor. 
14
Tião também orientou sobre a necessidade 
de autocuidado e prevenção de doenças. 
Os dois falaram muito sobre as condições 
visualizadas de acumulação de diferentes 
objetos e animais no local e o quanto tudo 
isso poderia acarretar no adoecimento das 
próprias crianças que ali viviam.
Explicaram sobre a necessidade de uma outra visita juntamente com 
outros integrantes da equipe de saúde. Naquele mesmo dia, ao saírem 
da residência, Tião conversou com a enfermeira da Unidade que 
convocou uma reunião extraordinária. Uma nova visita ao domicílio foi 
programada, desta vez, com toda equipe multidisciplinar da Estratégia 
Saúde da Família (ESF) e da Vigilância em Saúde (VS). 
Em situações como a mencionada tornam-se evidentes os riscos à 
saúde, à segurança, ao meio ambiente, entre outros. As pessoas daquela 
casa, os felinos que lá vivem, as famílias moradoras no entorno da 
residência, bem como toda a comunidade, estavam vulneráveis devido à 
situação insalubre. 
Ficou claro pra você que as pessoas daquela 
residência e toda a comunidade, estavam 
vulneráveis devido à situação insalubre na 
residência visitada? 
15
A situação citada também extrapolará a atuação da equipe local de 
saúde e Vigilância em Saúde, podendo ser necessário o envolvimento 
de outros setores e órgãos como: 
● Rede de Proteção de animais; 
● Rede de Proteção à Criança;
● Conselho Tutelar;
● Juizado da Infância e Juventude;
● Delegacia do Meio Ambiente, Secretaria do Meio Ambiente;
● Assistência Social (CREAS/CRAS); 
● Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); 
● entre outros. 
Esta inter-relação de diferentes órgãos deve ser estimulada também 
através de ações conjuntas de cunho preventivo e educativo, nas quais 
as prioridades podem ser previamente discutidas em equipe ou 
intrassetorial, isto é, no próprio setor de saúde ou em diferentes pontos 
das redes de atenção à saúde. 
16
Neste sentido, você tem um enorme e importante papel no que diz 
respeito a desenvolver e mediar ações em projetos e programas 
intersetoriais e intrassetoriais para a promoção da saúde e para a 
prevenção de agravos. 
Reflita sobre as situações exemplificadas 
acima e relacione-as com sua prática de 
trabalho. Se possível, após sua reflexão, 
discuta com algum colega de equipe sobre 
o que mais Gerusa, Tião e Camila poderiam 
ter orientado e realizado nestas situações e 
a importância da equipe multiprofissional 
na construção daintersetorialidade. 
Não é necessário nenhum registro desta 
reflexão, nem entrega. É apenas uma 
construção reflexiva. 
Quando trabalhamos intersetorialidade, buscamos uma maior 
capacidade de resoluções das necessidades da comunidade, e é 
imprescindível ter a ciência que a promoção da saúde é uma construção 
coletiva. É necessária a adoção de uma perspectiva ampliada de saúde 
para garantir a qualidade das ações. Além disso, é imprescindível ter em 
mente que tudo passará por outros setores, por outros olhares, outras 
qualificações profissionais, visto que muitos problemas não podem ser 
resolvidos exclusivamente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). O 
indivíduo precisa ser enxergado como um todo. 
17
Além da inter-relação de diferentes órgãos para a integralidade da 
assistência, é indispensável elencar a participação das equipes que 
realizam este trabalho. Não há como falar de cuidado integral sem o 
envolvimento de diferentes atores, tendo em vista o quanto cada um 
deles é importante na construção da totalidade da assistência.
Você percebeu a necessidade da relação 
entre os diferentes setores para resolução de 
um determinado problema no território? Isto 
é Intersetorialidade. 
Clique aqui e veja que após a integração dos 
trabalhos da Vigilância Epidemiológica e 
Atenção Básica à Saúde (ABS), o município 
Barra de Santana, localizado na Paraíba, 
mudou toda sua perspectiva de controle 
endêmico, desde a gestão até o trabalho feito 
em campo pelos ACS e ACE, reduzindo o 
índice de Infestação Predial (IIP) de 14,5% 
drasticamente para 1,8%.
Que tal estudarmos com mais detalhes o trabalho multiprofissional 
em APS abordado neste vídeo? Vamos lá?
18
https://www.youtube.com/watch?v=uNxImP16smk
https://www.youtube.com/watch?v=uNxImP16smk
O TRABALHO 
MULTIPROFISSIONAL 
EM ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE 
Um dos grandes desafios para a Atenção Básica à Saúde (ABS) é, sem 
dúvida, assegurar a integralidade da assistência de modo que não haja 
descontinuidade do processo de cuidado. Por isso, a Política Nacional de 
Atenção Básica em Saúde (PNABS) também estimula a formação de 
equipes multidisciplinares e interdisciplinares para desenvolver ações de 
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, 
redução de danos, cuidados paliativos, além da vigilância em saúde.
O trabalho da equipe multidisciplinar em saúde pode ser descrito como 
um dos principais pontos na política de reorganização da APS. A 
importância da atuação desta equipe se fundamenta pelo impacto de 
suas ações sobre os diferentes fatores que interferem no processo de 
saúde-doença na população. Ao visar uma abordagem integral do 
indivíduo representa uma possibilidade maior de resolutividade dos 
problemas da população, além de estimular mudanças no processo de 
trabalho da própria equipe por demandar maior interação entre os 
profissionais envolvidos. 
Com diferentes funções e qualificações que se complementam a equipe 
multidisciplinar assegura a participação de diferentes profissionais 
através de um trabalho integrado que propicia uma assistência mais 
humana ao indivíduo. Trabalha de maneira cooperativa e não 
competitiva, desenvolvendo um trabalho em conjunto no qual todos se 
comprometem com o cuidado, reconhecendo suas interdependências, no 
qual cada um utilizará seus conhecimentos em prol do mesmo objetivo.
20
Esta interação também aumenta o aproveitamento da capacidade de 
cada profissional pela coesão do trabalho desenvolvido. Favorece o 
relacionamento Interprofissional de modo que todos assumam uma 
corresponsabilidade coletiva, melhorando as relações entre os próprios 
profissionais e entre equipe e comunidade.
O trabalho multiprofissional na Atenção Primária à Saúde tem por 
enfoque afastar aquele antigo olhar biomédico centrado no tratamento 
da doença, na assistência individual e medicalizadora e na baixa 
resolutividade. Pelo contrário, trata-se de um modelo mais holístico, 
baseado no conceito ampliado de saúde, focado na integralidade do 
cuidado. 
A integralidade é a priorização de ações 
de promoção, prevenção e atenção à 
saúde nos diferentes níveis de atenção. 
Ela articula ações para o alcance das 
necessidades de cuidado centrada no 
indivíduo, estabelecendo vínculos, 
acolhimento e proporcionando 
autonomia.
Integralidade do cuidado? 
21
É responsabilidade da equipe de saúde a coordenação do cuidado ao 
usuário, articulando a resolução de problemas e ações de saúde entre os 
diferentes serviços da rede voltado para o alcance do objetivo comum. 
Isso deve ser realizado de maneira longitudinal, isto é, presumindo a 
existência contínua do cuidado por longos períodos. Além disso, 
independe da presença de problemas específicos relacionados ao 
processo saúde-doença do indivíduo, ainda que este esteja sob o 
cuidado de outros níveis de atenção especializados.
Relembre quais são as equipes e 
profissionais que trabalham na Atenção 
Primária em Saúde.
Segundo Anexo XXII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro 
de 2017: 
Equipe Saúde da Família: deve ser 
composta minimamente por médico 
(preferencialmente especialista em 
medicina de família e comunidade). 
enfermeiro (preferencialmente especialista 
em saúde da família), técnico ou auxiliar de 
enfermagem e Agente Comunitário de 
Saúde (ACS). Outros profissionais como 
Agente de Combate às Endemias (ACE) e 
dentistas, técnicos e auxiliares de saúde 
bucal podem agregar esta equipe.
22
Equipe da Atenção Primária: deve ser 
composta minimamente por médico 
(preferencialmente especialista em 
medicina de família e comunidade), 
enfermeiro (preferencialmente 
especialista em saúde da família), 
técnicos e auxiliares de enfermagem. 
Outros profissionais como dentistas, 
técnicos e auxiliares de saúde bucal, 
ACSs e ACEs podem agregar esta 
equipe.
Equipe Multidisciplinar: pode ser 
composta por médico acupunturista; 
assistente social; professor de educação 
física; farmacêutico; fisioterapeuta; 
fonoaudiólogo; médico ginecologista ou 
obstetra; médico homeopata; 
nutricionista; médico pediatra; psicólogo; 
médico psiquiatra; terapeuta 
ocupacional; médico geriatra; médico 
internista (clínica médica); médico do 
trabalho; médico veterinário; profissional 
com formação em arte e educação e 
profissional de saúde sanitarista.
23
Equipe de Saúde Bucal: 
cirurgião-dentista e técnico ou 
auxiliar em saúde bucal.
Equipe de Consultório na Rua: 
equipe multiprofissional com 
categorias variadas. 
Equipe de Atenção Básica 
Prisional: equipe 
multiprofissional com 
categorias variadas.
Reflita sobre sua prática profissional, sua 
inserção dentro de cada uma das 
equipes mencionadas, o trabalho que 
desenvolve em seu dia-dia e o quão 
indispensável você e sua equipe são 
neste contexto. Perceba o quanto sua 
atuação é importante!
24
Agora que você já conhece um pouco mais 
sobre a atuação da equipe 
multidisciplinar, vale lembrar: todos os 
profissionais possuem atribuições 
específicas e comuns, conforme 
qualificação profissional.
Considerando as atribuições elencadas 
na LEI 11.350/2006 e suas alterações (LEI 
Nº 13.595/2018, EMENDA CONSTITUCIONAL 
Nº 120/2022), e conforme discutido em 
Políticas de Saúde, as atribuições 
comuns do ACS e ACE são:
● Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, 
epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo 
para o processo de territorialização e mapeamento da área de 
atuação da equipe.
● Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de 
doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no 
território, e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares 
regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no 
domicílio e outros espaços da comunidade. Isso inclui a 
investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e 
agravos junto a outrosprofissionais da equipe quando necessário.
● Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas 
voltadas para a área da saúde.
25
● Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no 
planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da 
população, para o monitoramento da situação das famílias e 
indivíduos do território. Especial atenção deve ser dispensada às 
pessoas com agravos e condições que necessitem de maior 
número de visitas domiciliares.
● Identificar e registrar situações que interfiram no curso das 
doenças, ou que tenham importância epidemiológica relacionada 
aos fatores ambientais. Quando necessário, realizar o bloqueio de 
transmissão de doenças infecciosas e agravos.
● Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes 
transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e 
coletiva.
● Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os 
usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e 
comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território.
● Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas 
simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no 
ambiente para o controle de vetores.
● Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território e 
orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde 
disponíveis.
● Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam 
potencializar ações Inter setoriais de relevância para a promoção 
da qualidade de vida da população. Dentre elas estão as ações e 
programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre 
outros.
● Exercer outras atribuições que lhes sejam destinadas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor 
federal, municipal ou do Distrito Federal.
26
As atribuições específicas do 
ACS, são:
● Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base 
geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, 
mantendo os dados atualizados no sistema de informação da 
Atenção Básica vigente. Tais informações devem ser utilizadas de 
forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação 
de saúde, considerando as características sociais, econômicas, 
culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e 
priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento 
local.
● Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no 
diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade.
● Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações 
de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros 
agravos à saúde, garantido o sigilo ético.
27
● Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de 
saúde e a população adscrita, considerando as características e 
as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e 
grupos sociais.
● Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e 
exames agendados.
● Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica 
para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz 
respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames 
solicitados.
● Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor 
federal, municipal ou do Distrito Federal.
As atribuições específicas do 
ACE, são:
28
● Executar ações de campo para pesquisa entomológica, 
malacológica ou coleta de reservatórios de doenças.
● Realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para 
planejamento e definição de estratégias de prevenção, intervenção 
e controle de doenças. Isso inclui, dentre outros, o recenseamento 
de animais e levantamento de índice amostral tecnicamente 
indicado. 
● Executar ações de controle de doenças utilizando as medidas de 
controle químico, biológico, manejo ambiental e outras ações de 
manejo integrado de vetores.
● Realizar e manter atualizados os mapas, croquis e o 
reconhecimento geográfico de seu território.
● Executar ações de campo em projetos que visem avaliar novas 
metodologias de intervenção para prevenção e controle de 
doenças.
● Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor 
federal, municipal ou do Distrito Federal.
Para saber mais sobre as atribuições 
dos demais membros da equipe 
multidisciplinar e aprofundar-se na 
temática, clique aqui. Se estiver lendo 
este material no formato impresso, 
escaneie o QR para fazer download. 
29
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
FERRAMENTAS E 
ESTRATÉGIAS QUE 
FAVORECEM O TRABALHO 
MULTIPROFISSIONAL E 
INTERDISCIPLINAR
Agora que você já entendeu a importância da atuação multiprofissional e 
intersetorial para a garantia da integralidade do cuidado, vamos 
conhecer algumas estratégias e ferramentas que apoiam e orientam a 
organização do trabalho das equipes de saúde. São elas: Projeto de 
Saúde no Território (PST), Projeto Terapêutico Singular (PTS), Reunião de 
equipe, Visita domiciliar e atividades em grupos na unidade ou na 
comunidade.
Vamos começar com o PST. Você já utilizou 
o PST em seu trabalho na APS?
O PST tem como objetivo desenvolver ações para qualificação do 
cuidado, produção de saúde nos territórios, qualidade de vida e 
autonomia de sujeitos e comunidades. É realizado por meio de uma 
discussão coletiva das equipes de saúde com a comunidade, as 
lideranças locais e outros sujeitos estratégicos. Esta é uma discussão 
sobre as prioridades e as necessidades em saúde do território, bem 
como sobre seus determinantes sociais. 
Projeto de Saúde no Território (PST)
31
A discussão também envolve refletir sobre as ações e as formas de 
intervir nos problemas (BRASIL, 2010). O Projeto de Saúde no Território 
(PST) tem como objetivo desenvolver ações para qualificação do 
cuidado, produção de saúde nos territórios, qualidade de vida e 
autonomia de sujeitos e comunidades.
Quem
 desenvolve?
Equipes de Saúde da 
Família, Equipes 
multiprofissionais, a partir 
de uma articulação dos 
serviços de saúde com 
outros serviços e políticas 
sociais.
No conceito ampliado de 
saúde; na promoção da 
saúde; na intersetorialidade, 
na participação popular, em 
espaços de cogestão e na 
integralidade.
Na identificação de uma 
área e/ou população 
vulnerável ou em risco; na 
identificação de um “caso 
clínico"; a partir da análise 
de situação de saúde.
Preparação, planejamento e 
implementação, avaliação.
1 
2 
3
4
A 
construção 
do PST deve 
se basear:
Como 
começar?
Quais os 
passos?
32
O PTS se assemelha ao PST. É elaborado por uma equipe 
multiprofissional, a partir de uma reunião para discussão e 
construção coletiva de um conjunto de propostas de ações e 
condutas terapêuticas para um indivíduo. Enquanto no PST o foco é 
um problema identificado no território, no PTS a equipe vai trabalhar 
com um problema de saúde de uma pessoa. Exemplificando: 
Um surto de dengue em uma 
determinada região de um bairro é um 
problema de território, aqui utilizaremos 
o Projeto Saúde no Território (PST). 
Projeto Terapêutico Singular (PTS)
BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde na Escola / 
Ministério da Saúde / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica: Brasília, Ministério da 
Saúde, 2004. 40 páginas. 
33
PREPARAÇÃO PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO AVALIAÇÃO
Fazer reflexão sobre
processo de 
implementação
e os resultados em 
relação aos objetivos 
pactuados no início.
A preparação deve acontecer nos 
espaços coletivos das equipes de 
saúde (equipe de SF com apoio 
das equipes multiprofissionais);
Identificar área e/ou população 
vulnerável ou em risco;
Justificar priorização da área e/ou 
população;
Definir objetivos da equipe de 
saúde e estabelecer ações 
efetivaspara alcançá-los;
Identificar atores sociais e/ou 
instituições importantes para o 
PST.
No espaço coletivo ampliado - 
com usuários, comunidade, outros 
setores públicos e privados;
Criação de espaço coletivo 
ampliado e que considere a 
presença de outros setores 
(intersetorialidade) e a 
articulação com outras políticas 
e/ou serviços públicos;
Construção compartilhada do PST: 
com consenso, reformulação. 
pactuação; corresponsabilização; 
Implementar o plano de ação - 
colocar em prática o que foi 
planejado.
5
Um paciente recebeu alta após ter sido 
internado no hospital e retornou ao seu 
domicílio acamado, com dispositivos 
como sonda nasogástrica para se 
alimentar, sonda vesical de demora 
para poder urinar, colostomia para 
evacuar e seus familiares não têm 
ideia de como lidar com tudo isso. 
Neste caso, utilizaremos o PTS para 
tratar dos problemas específicos deste 
usuário. 
O PTS é utilizado, geralmente, para aqueles casos mais difíceis de serem 
resolvidos, aqueles que a equipe já tentou de diferentes formas 
encontrar alguma solução, mas não conseguiu. O projeto considera a 
singularidade, as diferenças, de cada pessoa e coletivo, por isso 
chamado de singular. Tem como etapas: 
● Etapa diagnóstica: quando toda equipe se reúne e troca 
informações sobre aspectos orgânicos, físicos, psicológicos e 
sociais, que possibilite identificar riscos, vulnerabilidades, recursos 
e alternativas do usuário. Deve conter uma avaliação holística do 
sujeito, compreendendo o conceito ampliado de saúde e 
respeitando a singularidade de cada um. 
34
● Definição de metas: definição de metas com propostas de ações 
de curto, médio e longo prazo que devem ser negociadas e 
pactuadas com a pessoa para a qual o projeto está sendo 
pensado, a fim de estimular uma corresponsabilidade e melhor 
adesão. Nesse momento, é importante identificar quem na equipe 
possui maior vinculação com o usuário, para que seja essa pessoa 
a fazer o contato. 
● Definição de responsabilidades: de forma clara, simples e 
objetiva, é imprescindível definir as tarefas que cada membro ou 
pequenos grupos realizará. 
● Avaliação: é o momento de rediscutir o caso e reavaliar todas as 
ações desenvolvidas, se houve o alcance de cada objetivo, êxito 
no desenvolvimento do planejamento, se continuarão realizando 
os mesmos processos ou se deve haver correções de rumo, 
mudança das ações e tarefas.
Para saber mais sobre o Projeto Terapêutico Singular, 
clique aqui e acesse o material elaborado pelo 
Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização: 
“Clínica ampliada, equipe de referência e projeto 
terapêutico singular” e acesse o material 
complementar “Portaria n° 2.463/2017. Se estiver 
lendo este material no formato impresso, escaneie 
o QR para fazer download. 
35
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_2ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_2ed.pdf
Reunião de equipe
A reunião de equipe é um importante espaço de encontro entre os 
trabalhadores da equipe de saúde e das equipes de saúde que 
atuam em uma unidade. Nela, é possível compartilhar ideias, 
conhecimentos, problemas e soluções para as necessidades de 
saúde das pessoas, famílias e da comunidade. A frequência das 
reuniões deve ser pactuada entre as equipes e a gestão da unidade e 
do município, podendo ocorrer de forma semanal, quinzenal ou 
mensal, a depender da organização da equipe, do tempo de atuação, 
do período e das necessidades. 
Devem ser utilizadas como momento de planejamento coletivo, 
avaliação das ações, discussão de casos, espaço de educação 
permanente, para elaboração de projeto terapêutico singular ou do 
projeto de saúde do território. São importantes também como 
espaços para discussão e resolução de questões relacionadas ao 
processo de trabalho e problemas administrativos da unidade de 
saúde.
Visita domiciliar 
A visita domiciliar é uma importante ferramenta no trabalho da APS 
e para integração com a VS. É essencial para o trabalho do ACS e do 
ACE e dos demais trabalhadores da equipe. Além das visitas 
regulares realizadas, aquelas que demandam a presença de 
outro(s) trabalhador(es), devem ser realizadas de acordo com a 
necessidade de saúde das pessoas e podem ter como objetivo “o 
monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, 
com especial atenção às pessoas com agravos e condições que 
necessitem de maior atenção” (Brasil, 2018, p. 52).
36
A equipe que está realizando a visita deve aproveitar o momento para 
identificar outros agravos ou suspeitas de doenças; identificar situações 
de importância epidemiológica e realizar ações de educação em saúde 
para promoção da saúde e prevenção de doenças (Brasil, 2018).
Através da visita ao domicílio se pode melhor entender a dinâmica 
familiar, conhecer o exato contexto de vida do indivíduo, reconhecer as 
vulnerabilidades, além de outros fatores importantes e relevantes. 
Também facilita o processo de planejamento da assistência, pois permite 
ao profissional observar e analisar as condições e recursos disponíveis na 
residência. 
A visita domiciliar precisa compreender um conjunto de ações 
sistematizadas, que devem iniciar antes da ida ao domicílio e continuar 
após. Requer o uso de técnicas de entrevista e observação, além de 
compreender a sequência de planejamento, execução, registro de dados 
e avaliação do processo. 
Planejamento da visita domiciliar: inicia-se com a seleção das visitas a 
serem realizadas, considerando o itinerário, o tempo aproximado 
disponível a ser gasto na residência, o horário disponível dos membros da 
equipe e dos usuários. Sempre que possível, deve-se iniciar as visitas por 
aqueles domicílios que demandarão maior tempo da equipe de saúde. 
Em seguida, deve-se realizar a compreensão da realidade de vida do 
usuário por meio da consulta em seu prontuário multiprofissional, além da 
troca de informação com outros profissionais que já tiveram contato com 
algum membro da família. 
37
Deve-se estabelecer os objetos da visita que irão orientar a revisão de 
conhecimentos necessários para embasar os procedimentos a serem 
executados, com ênfase na entrevista e a observação em domicílio. 
Execução da visita domiciliar: alguns cuidados devem ser observados 
pela equipe de profissionais durante a visita, a fim de evitar o desvio de 
finalidade. São eles: adaptar um plano de visita domiciliar no caso de 
intercorrências no processo de visita, para evitar que os objetivos não 
sejam alcançados; ao chegar no domicílio todos os membros da equipe 
multiprofissional devem se identificar (com nome e função) e, verbalizar 
de maneira clara os objetivos da visita; destacar o caráter sigiloso dos 
registros realizados na residência; realizar observação sistemática da 
dinâmica familiar e, ao término da visita, resgatar os objetivos 
pré-definidos, fazendo uma síntese do que foi realizado, se houve alguma 
intervenção, orientação ou procedimento indicado para o usuário ou a 
família. 
Relatório da visita domiciliar: o relatório é essencial para que as 
informações coletadas por meio da entrevista e observação sejam 
compartilhadas com os demais membros da equipe multidisciplinar, 
subsidiando a continuidade da assistência. Este relatório deve ser claro, 
objetivo, ter uma sequência lógica, conter todas as informações que 
foram coletadas e a justificativa das informações que não foi possível 
conseguir, conter as observações e as intervenções realizadas. É 
importante também que se anote os aspectos que precisarão ser mais 
bem explorados nas próximas visitas. 
38
Avaliação do processo de visita: a avaliação da visita domiciliar 
poderá ser feita por meio de questionamentos em relação aos 
procedimentos realizados após o término. Exemplo: Os objetivos 
propostos foram alcançados? O preparo para a realização da 
atividade foi adequado? O tempo estimado foi cumprido?Fomos 
efetivos na resolução de intercorrências? É importante anotar esta 
avaliação para que ela seja o ponto de partida das próximas visitas. 
Atividades em grupos na unidade ou na comunidade
As atividades em grupo para ações de educação em saúde podem ser 
realizadas para discussão de diferentes temas, com uma composição 
também diversa. Tem entre seus objetivos a qualificação, a troca de 
saberes, o compartilhamento de experiências e a formação de redes 
de apoio. A construção compartilhada de conhecimento e resoluções 
para problemas de saúde e ampliação da participação popular 
também são objetivos das atividades em grupo, bem como, a 
autonomia das pessoas em seu processo de cuidar e vivenciar o 
processo saúde-doença. 
Deve-se ter atenção para evitar a repetição de temas e assuntos ao 
realizar grupos específicos para discutir um agravo, como grupos de 
pessoas com hipertensão ou grupos de gestantes de alto risco. Esta é 
uma etapa essencial para a vinculação e continuidade dos grupos. A 
participação de todos os trabalhadores da Unidade Básica de Saúde, 
em algum momento, é importante. Deve-se pensar de forma 
estratégica e ampliar o olhar sobre as situações que serão discutidas. 
Todos devem se envolver no planejamento, realização e avaliação da 
atividade. 
39
RETROSPECTIVA
Consulte, também, a teleaula, a aula 
interativa e os materiais 
complementares disponíveis no AVA.
Nesta disciplina, você pôde refletir sobre a necessidade da 
intersetorialização para a integralidade do cuidado e a importância das 
relações multidisciplinares e interdisciplinares para um cuidado de 
qualidade e efetivo. Viu que as ferramentas de qualificação favorecem a 
construção compartilhada das ações e o trabalho coletivo para as equipes 
em saúde.
Esperamos que você se sinta ainda mais preparado para o 
desenvolvimento de suas atribuições em seu território de atuação. Exercite 
o seu protagonismo, busque informações sobre essa temática, reflita e 
amplie seus conhecimentos. 
Fique atento(a)! Para aprovação na disciplina você deve obter 60% dos 
pontos distribuídos. Portanto, participe das atividades avaliativas 
propostas, e, em caso de dúvidas, acione seu tutor.
 
41
BIBLIOGRAFIA
ARAUJO, M. B. S.; ROCHA, P. M. Trabalho em equipe: um desafio 
para a consolidação da estratégia de saúde da família. Ciência 
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Disponível em: 
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Básica – Módulo 1: Integração Atenção Básica e Vigilância em 
Saúde. Brasília, 2008. Disponível em: 
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44
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https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/issue/view/2367
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/issue/view/2367
46
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br

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