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CARACTERÍSTICAS 
DO BRASIL E SEU 
SISTEMA DE SAÚDE
Frederico Germano Lopes Cavalcante
Nilson Massakazu Ando
Ementa
• Realidade socioeconômica e cultural brasileira;
• Perfil epidemiológico brasileiro, desigualdades sociais e em 
saúde no Brasil;
• Determinantes sociais em saúde;
• Transição demográfica e epidemiológica;
• História, princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde;
• Redes de atenção à saúde e ATENÇÃO BÁSICA.
Realidade de Saúde do Brasil
• Grande extensão territorial: 
8.515.767km2
• Divisão em 05 regiões: 
Norte, Nordeste, Centro-
Oeste, Sul e Sudeste
• Diferentes realidades 
socioeconômicas, 
geográficas e culturais
Desigualdades no Brasil
• País continental
• Processo de colonização
• Escravidão – fim tardio; 
transição para indigência
• Imigrações
• Industrialização – tardia, 
dependente
• Urbanização – explosiva
Desigualdades no Brasil
O Brasil abriga 155 mil pessoas nessa 
situação, que abrange desde trabalho 
forçado ou por dívidas, tráfico humano ou 
sexual até casamentos forçados
Cidades: crescimento acelerado, grandes 
desigualdades, bolsões de pobreza, apartheid 
social
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Escassez de médicos x Linha da Pobreza
Fonte: Fonte: Estação de 
Pesquisa de Sinais de 
Mercado 
(EPSM/NESCON/FM/UFMG)
*: Considera o número de 
médicos equivalente a 40 
horas nas especialidades de 
clínica médica, saúde da 
família e pediatria
Índice de escassez de médicos em Atenção 
Primária à Saúde (APS)*
Proporção de domicílios com renda per capita 
abaixo da linha da pobreza (R$137)
Transição demográfica
Declínio rápido dos níveis de fecundidade
Declínio do ritmo de crescimento demográfico
Alteração da Estrutura da Pirâmide Etária;
Aumento da Expectativa de Vida
Transição epidemiológica
• Superposição entre as etapas
onde predominam as doenças 
transmissíveis e crônico-
degenerativas
• Existe um contraste importante
entre as situações epidemiológicas
das diferentes regiões do país
• Tripla carga de doenças: uma
agenda não concluída de doenças 
infecciosas e desnutrição; o 
desafio das doenças crônicas e 
seus fatores de risco; crescimento
acelerado das causas externas.
Sistema Único de Saúde: o 
sistema de saúde do Brasil
Constituição Federal de 1988
“Art. 196. A saúde é direito de 
todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e 
ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços 
para sua promoção, proteção e 
recuperação.”
SUS: Antecedentes históricos
SUS: princípios
Princípios
DOUTRINÁRIOS
Princípios
ORGANIZATIVOS
SUS: princípios doutrinários
Universalidade
Saúde como Direito de
cidadania e não como
Direito Trabalhista
Equidade
Tratamento diferente para se
chegar a igualdade
Integralidade
Todo (Holística) – Medicina
Integral Tudo (Direito aos três
níveis de assistência)
SUS: princípios organizativos
Descentralização/Hierarquização/Regionalização
Municipalização da saúde
Como garantir o direito do cidadão?
Descentralização Gestão mais próxima da população
Pensar uma rede de assistência onde o cidadão da menor e
mais afastada cidade tenha acesso à tecnologia necessária para
recuperar sua autonomia, em caso de necessidade de saúde.
Níveis de Assistência – Hierarquização
Atenção 
Terciária
Atenção 
Secundária
Atenção Primária
• Hospitalização, internação
• Alta complexidade (Ex: hospitais 
universitários)
Atenção 
Terciária
• Ambulatórios de especialidades focais
• Condição de maior necessidade de 
tecnologias "duras"
Atenção 
Secundária
• Organização em ESF e outras 
modalidades com foco no território
• Tecnologias leves e abordagem 
biopsicossocial
Atenção 
Primária
D
en
si
da
de
 te
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Hierarquização e organização em redes
Redes de atenção à saúde no SUS
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Qualificação/Educação
Informação
Regulação
Promoção e Vigilância à Saúde
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Este é o SUS que pouco conhecemos
• Único no mundo a garantir assistência integral e gratuita a popu
lação, incluindo pacientes com HIV, sintomáticos ou não, 
renais crônicos e com câncer
• SIH/SUS: maior conjunto de procedimentos executados em hos
pital no mundo pago por um mesmo financiador (Rehen de 
Souza, 2002)
• Aproximadamente 1.000.000 de internações por mês –
11.295.000 em 2010
• Mais de 95% de transplantes feitos no Brasil (Brasil, 2003)
Este é o SUS que pouco conhecemos
3,8 bilhões de atendimentos ambulatoriais
896 milhões de procedimentos para diagnóstico
19 milhões de ultrassonografias
11 milhões de sessões de hemodiálise
1,5 milhão de tomografias
6,5 mil transplantes de órgãos sólidos
4,5 milhões de procedimentos hospitalares cirúrgicos
7,1 milhões de procedimentos hospitalares clínicos
619 milhões de atendimentos para aquisição de medicamentos a nível ambulatorial
Fonte: Ministério da Saúde, JAN-DEZ/2017
Atenção Básica no Brasil
Atributos e diretrizes da Atenção Básica
(PNAB 2017)
• Regionalização e Hierarquização
• Territorialização
• População Adscrita
• Cuidado centrado na pessoa
• Resolutividade
• Longitudinalidade do cuidado
• Coordenação do cuidado
• Ordenação da rede
• Participação da comunidade.
Atenção Básica: um panorama (2019)
• 2.599 equipes implantadas
• 5.477 municípios
• 146.966.550 milhões de pessoas cobertas
• 5.040 municípios com Equipes de Saúde
Bucal - ESB
• 24.435 ESB tipo I
• 2.131 ESB tipo II
• 5.502 municípios com Agentes Comunitários
de Saúde – ACS
• 260.563 ACS implantados
• 898.942.350 milhões de pessoas atendidas
Fonte: DAB/SAS/MS – Comp. fev/2019.
https://aps.saude.gov.br/biblioteca/index
Referências Bibliográficas 
• Conselho Federal de Medicina. Demografia Médica no Brasil 2020 / Coordenação de 
Mário Scheffer; equipe de pesquisa: Alex Cassenote, Alexandre Guerra, Aline Gil Alves 
Guilloux, Ana Pérola Drulla Brandão, Bruno Alonso Miotto, Cristiane de Jesus Almeida, 
Jackeline Oliveira Gomes e Renata Alonso Miotto. – São Paulo: Departamento de 
Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP; Conselho Federal de Medicina, 
2020.
• Souza, Renilson Rehem. O sistema público de saúde brasileiro. Brasília; Ministério da Saúde; 
ago. 2002. 44 p. tab, graf.
• Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988
• Brasil. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990, Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências. 1990
• Brasil. Lei 8142/90 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da 
comunidade no SUS. 1990
• BRASIL. MInistério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: 
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Souza,%20Renilson%20Rehem%22
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20MInist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Portaria%20no.%202.436%20de%2021%20de%20setembro%20de%202017/1030
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
À SAÚDE NO BRASIL
Frederico Germano Lopes Cavalcante
Nilson Massakazu Ando
Ementa
• Rede de Atenção à Saúde (RAS)
• Atenção Primárias à Saúde (APS)
• Política Nacional da Atenção Básica 
(PNAB)
• Estratégia de Saúde da Família 
(ESF)
• Programa Mais Médicos para o 
Brasil (PMMB)
Questão orientadora
• D. Maria, 62 anos, é diabética e hipertensa há pelo menos 7 anos, mas há 3 
anos não vai ao médico. Acordou um dia com dor nas costas e resolveu 
procurar a Unidade de Saúde. Chegando lá, foi orientada a retornar na sexta-
feira para marcar uma consulta para a semana seguinte.
• Ela fez isso, e na segunda-feira estava diante do médico de família da sua área. 
Queria um referenciamentoao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar 
usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes, 
além de fazer novo papanicolau e mamografia. Sugeriu também exames 
laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram 
coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte.
Questão orientadora
• Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos 
exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o 
diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família 
alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova 
sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses.
• Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o 
papanicolau com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o 
período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela 
perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada. 
Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse 
episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas 
procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos. 
Questão orientadora
• Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma 
enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento 
da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista 
dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata, 
não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na 
perna esquerda quando caminhava. 
• Os exames laboratoriais haviam melhorado consideravelmente, mas o médico 
de família detectou um pulso diminuído no membro inferior esquerdo. Ele 
solicitou uma ultrassonografia (US) Doppler, resolveu referenciar ao cirurgião 
vascular para uma avaliação e orientou espaçar os retornos, já que havia 
adquirido um controle aceitável da pressão e do diabetes.
Questão orientadora
• Enquanto aguardava o resultado da US, ela teve um quadro de gripe prolongado 
e procurou novamente o médico de família da unidade, tendo sido atendida por 
ele no “acolhimento”. Finalmente, realizou a US Doppler com um radiologista, 
que mostrou uma obstrução arterial na altura da região poplítea. A paciente 
esperou 4 meses e finalmente conseguiu o cirurgião vascular, que sugeriu 
programar cirurgia. A paciente ficou assustada e decidiu procurar novamente o 
médico de família.
• Combinaram que tentariam o tratamento clínico por meio do controle do diabetes 
e da hipertensão, além de cuidados gerais com as pernas, a fim de tentar evitar 
a cirurgia. Após 2 anos de seguimento e mais 6 consultas, encontra-se bem, sem 
lesão nos membros e com controle clínico da dor na perna esquerda.
APS como um modelo de organização do 
sistema de saúde
• Um sistema de saúde é “o conjunto de 
organizações, indivíduos e ações cuja 
intenção primordial é promover, 
recuperar e/ou melhorar a saúde”
• Uma forma de organização dos serviços, 
na qual há uma porta de entrada ao 
sistema de saúde, que se configura 
como espaço de coordenação das 
respostas às necessidades dos 
indivíduos, suas famílias e comunidade
Rede de Atenção em Saúde (RAS)
APS como um modelo de organização do sistema 
de saúde
• APS foi posicionada como um dos elementos da 
estrutura operacional de uma rede de atenção à 
saúde (RAS): centro comunicador e coordenador 
do cuidado.
• Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de 
fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos 
de atenção, assim como integrar ao processo os 
sistemas logísticos e de apoio, garantindo a 
integralidade de sua atenção.
• A APS possui o papel coordenador, necessário 
para a integração do sistema.
APS e sua integração na rede de atenção à 
saúde
• Um sistema de saúde constitui-se de redes horizontais interligadas por pontos de 
atenção, de distintas densidades tecnológicas, com suas estruturas de apoio e 
logística, não havendo hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde
• Como exemplos, citam-se unidades de atenção primária, unidades de cuidados 
intensivos, hospitais-dia, ambulatórios de cirurgia, ambulatórios de atenção 
especializada, serviços de atenção domiciliar. Os serviços de atenção primária 
são a porta de entrada ao sistema, e coordenam o conjunto de respostas às 
necessidades em saúde da população.
• Um sistema de saúde com forte referencial na atenção primária à saúde é mais 
efetivo, é mais satisfatório para a população, tem menores custos e é mais 
equitativo – mesmo em contextos de grande iniquidade social.
Conceitos e siglas que geram confusão
• APS – atenção primária à saúde: 
“lugar” do sistema de saúde definido 
pelos serviços que oferece.
• PSF/ESF – Programa Saúde da 
Família/Estratégia Saúde da Família: 
programa de 1994 a 1998 e 
estratégia do Estado para reorientar 
a atenção primária brasileira a partir 
de 1998.
• MFC – Medicina de Família e 
Comunidade: especialidade médica.
APS: aspectos-chave
• Atenção primária à saúde (APS) é definida como “[...] atenção de primeiro 
contato, contínua, global e coordenada que se proporciona à população sem 
distinção de gênero, doença, ou sistema orgânico”.
• Prevenção, cuidado a pacientes crônicos e vulnerabilidade social são conceitos 
que têm afinidade com a atenção primária, mas não são seus definidores.
• Há vários instrumentos para avaliar a APS, sendo que o mais completo e mais 
utilizado no Brasil é o instrumento de Avaliação da atenção primária chamado 
PCATool
• O conceito de integralidade utilizado na APS diverge do utilizado em outros 
campos
APS: valores, princípios e atributos
Atributos nucleares da APS: acesso de 
primeiro contato
• É o princípio soberano, representa a 
porta de entrada e o primeiro contato 
do paciente com o sistema; outras 
nomenclaturas, algumas vezes 
entendidas como pejorativas, foram 
sendo usadas em parte, ou mesmo 
em substituição a este atributo, como 
“acolhimento”, “gatekeeper” ou 
“porteiro”.
Atributos nucleares da APS: coordenação 
do cuidado
• A coordenação envolve a continuidade de 
informação dentro do sistema, seja pela 
continuidade do profissional, seja via 
prontuário médico.
• Importância em três níveis
• Dentro da própria unidade
• Na relação com profissionais que 
fornecem consultoria ou acompanhamento 
de curta duração
• Na relação com especialistas focais que 
vão compartilhar o cuidado com a APS
Atributos nucleares da APS: 
longitudinalidade
• Longitudinalidade se relaciona com a 
existência de uma fonte regular de atenção 
e seu uso ao decorrer do tempo.
• A longitudinalidade, que trata do 
acompanhamento do paciente ao longo do 
tempo por profissionais da equipe de 
atenção primária em saúde (APS), é 
considerada característica central deste 
nível assistencial.
Política Nacional de Atenção 
Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política nacional que direciona os trabalhos envolvidos nos 
diversos campos da APS
1. Dos Princípios e Diretrizes Gerais da Atenção Básica
2. Das Funções na Rede de Atenção À Saúde
3. Das Responsabilidades
4. Da Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
5. Implantação e Credenciamento das Equipes de Atenção
Básica
6. Do Financiamento da Atenção Básica
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Dispõe que as UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta ativa e
qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da 
unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável;
Percentual de financiamento para as eAB (30% da eSF Modalidade 2);
Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações e serviços;
Defineprazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe credenciada,
com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser publicado em
manual específico;
Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional;
Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção
Básica: Agentes de Combate as
Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS);
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
• Define prazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe
credenciada, com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser
publicado em manual específico;
• Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional;
• Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e
Atenção Básica: Agentes de Combate as Endemias (ACE) e Agentes
Comunitários de Saúde (ACS);
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017
• Define prazo máximo de 4 meses
para a implantação da equipe
credenciada, com fluxo e critérios
para credenciamento de eAB, a
ser publicado em manual
específico;
• Inclui as Equipes de Atenção
Básica Prisional;
• Reforça a importância da
integração entre a Vigilância em
Saúde e Atenção Básica: Agentes
de Combate as Endemias (ACE) e 
Agentes Comunitários de Saúde
(ACS);
• ACS e ACE devem compor uma eAB ou uma eSF e
serem coordenados por profissionais de saúde de
nível superior realizado de forma compartilhada
entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde;
• Nas localidades em que não houver cobertura eAB
ou eSF, o ACS deve se vincular à equipe da
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde
(EACS) e o ACE, deve ser vinculado à equipe de
vigilância em saúde do município e sua supervisão
técnica deve ser realizada por profissional com
comprovada capacidade técnica;
• Nº de ACS e ACE estabelecidos por base
critérios demográficos,populacional,
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo
com definição local;
• Quantitativo de ACS em eSF a depender da
necessidade e perfil epidemiológico local; em
áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco
e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura
de 100% da população com número máximo de
750 pessoas por ACS em eSF;
• Adiciona atribuições comuns aos ACS e ACE e
acrescenta atribuições específicas do ACE;
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Considera que em caráter excepcional e assistidos por profissional de saúde
de nível superior, membro da equipe, após treinamento especifico e o
fornecimento de equipamentos adequados, os ACS poderão realizar as
seguintes atividades:
• Aferir pressão arterial;
• Realizar a medição da glicemia capilar;
• Aferição da temperatura axilar;
• Técnicas limpas de curativo.
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Estratégia Saúde da Família
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
É componente estruturante do sistema
de saúde brasileiro tem provocado um
importante movimento com o intuito de
reordenar o modelo de atenção no
SUS.
O principal propósito da ESF é
reorganizar a prática da atenção à
saúde em novas bases e substituir o
modelo tradicional, levando a saúde
para mais perto das famílias e, com
isso, melhorar a qualidade de vida da
população.
COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, composta
por no mínimo:
• Médico (preferencialmente da especialidade Medicina de Família
e Comunidade);
• Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família);
• Auxiliar e/ou técnico de enfermagem; e
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
• Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista
em Saúde da Família e auxiliar ou técnico de saúde bucal) e os
Agentes de Combate às Endemias (ACE).
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de 
saúde;
• Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua
responsabilidade;
• Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
• Presta assistência integral, permanente e de qualidade;
• Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da
saúde.
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
ESF: processo de trabalho
• Definição do território de atuação e depopulação sob responsabilidade das UBS e das equipes;
• Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades
de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de
saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o
planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e
recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida,
sexo e patologias, dificultan- do o acesso dos usuários;
• Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,
alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de
doenças e danos evitáveis;
ESF: processo de trabalho
• Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de 
saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à 
demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;
• Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada;
ESF: processo de trabalho
• Desenvolver açõeseducativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida
pelos usuários;
• Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na
sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do 
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;
• Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde
controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
unidade de saúde, que necessitam de cuidados
Ferramentas da ESF
• Territorialização
• Trabalho em Equipe
• Abordagem centrada na
pessoa
• Abordagem familiar
• Abordagem comunitária
• Gestão da Clínica
• Matriciamento
• Caracterizar a população;
• Identificar os problemas de saúde-
doença;
• Avaliar a situação sócio-econômica e
vulnerabilidade social;
• Vínculo;
• Mapeamento do território vivo –
elementos estáticos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais;
• Planejamento de ações da equipe;
Ferramentas da ESF: territorialização
Mapa do Território:
• Área geográfica - ruas e avenidas, 
acidentes geográficos
• Espaços de interesse comunitário: áreas 
de lazer, templos religiosos, áreas de 
ocupação, associações
• Equipamentos Sociais (Centro de 
Referência de Assistência Social 
(CRAS), Centro de Assistência 
Psicossocial (CAPS), Creches...)
• Tensões no território
Ferramentas da ESF: territorialização
Atuação das equipes de saúde da família: 
Território
• Número definido de famílias
• Território Vivo
• Adscrição: 2000 a 3.500 pessoas, a 
depender da vulnerabilidade e perfil 
demográfico/epidemiológico
Ferramentas da ESF: territorialização
• O Território da ESF é dividido em áreas 
menores chamadas MICROÁREAS;
• Essa divisão segue critérios de natureza 
geográfica, demográfica e social.
• Cada MICROÁREA fica sob a 
responsabilidade sanitária de um Agente 
Comunitário de Saúde.
Ferramentas da ESF: territorialização
• É um processo concomitante e 
interdependente da territorializaçãoe da 
inserção comunitária;
• Tem objetivo de identificar as condições 
de vida, necessidades de saúde e 
acesso da comunidade, vinculando o 
usuário à ESF;
• Busca por outras informações: lideranças 
comunitárias, colaboradores na 
comunidade.
Ferramentas da ESF: adscrição da 
clientela
• Os ACS são parte integrante da equipe
mínima da ESF;
• São um elo entre as equipes de saúde e a 
comunidade, buscam e trazem informações entre
a Unidade de saúde e a população;
• Acompanham mensalmente, em domicilio todas
as famílias
• Desenvolvem de forma constante ações de
promoção da saúde.
QUANTOS AGENTES POR ESF?
➢ O número suficiente para cobrir
100% da população adscrita;
➢ Com um número máx. de 750 
pessoas por ACS.
Agente Comunitário de Saúde (ACS)
Núcleo Ampliado de Saúde 
da Família e Atenção Básica
• O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar,
ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção
Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do
conhecimento técnico, a responsabilidade por determinado
número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades
relacionadas ao paradigma da Saúde da Família.
• Deve estar comprometido, também, com a promoção de
mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e
entre sua própria equipe (NASF), incluindo na atuação ações
intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção,
reabilitação da saúde e cura, além de humanização de
serviços, educação permanente, promoção da integralidade e
da organização territorial dos serviços de saúde.
NASF-AB: o que é?
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características
• Interconsulta
• Construção conjunta de projetos terapêuticos
• Educação permanente
• Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de
todos os ciclos de vida
• Ações de prevenção e promoção da saúde
• Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros.
NASF: características
• O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente,
relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles
deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso.
• o Nasf está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele
faz parte da APS.
• O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pe- dagógico. A
dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação
técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas
dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.
NASF: matriciamento
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais; 
cada ocupação deve ter no 
máximo 80 horas semanais.
NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais; 
cada ocupação deve ter no 
máximo 40 horas semanais.
NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada
ocupação deve ter no máximo 40
horas semanais.
*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas.
NASF: modalidades
Profissionais do NASF
•Assistente Social
•Professional/Professor Educação Física
•Farmacêutico
•Fisioterapeuta
•Fonoaudiólogo
•Nutricionista
•Psicólogo
•Terapeuta Ocupacional
•Médico Veterinário
•Professor com Formação em Arte e 
Educação
•Médico Pediatra
•Médico Acupunturista
•Médico Ginecologista/Obstetra
•Médico Homeopata
•Médico Psiquiatra
•Médico Geriatra
•Médico Internista (Clínica
Médica)
•Médico do Trabalho
•Profissional Sanitarista
Programa Mais Médicos Para 
o Brasil
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
O PMMB atua em três frentes principais: 
1. provimento imediato de profissionais
médicos
2. melhorias estruturais para a APS
3. mudanças conceituais filosófica na 
construção do currículo do curso 
médico paralelamente ao aumento 
do numero de vagas e de cursos de
medicina.
Eixos do PMMB
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos: eixo de 
formação
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
PMMB: Supervisão Acadêmica
• Uma das especificidades do
programa, dentro da proposta de
promover educação permanente, é
por meio da figura do Supervisor
Acadêmico, realizado por um
colega médico, em geral, ligado a
acompanhamento mensal de
uma universidade, que faz
um
grupo 
para
de médicos do 
dar suporte
programa, 
técnico,
acompanhar o seu desempenho
clínico, o processo de trabalho, a
relação com a equipe e com a
comunidade.
PMMB: Supervisão Acadêmica
O momento de supervisão pode ocorrer a
qualquer momento, por meios de
comunicação diversa, para fortalecer o
vínculo entre o supervisor e o supervisionado,
de maneira que esse processo seja
singularizado em todos os aspectos que
possam influenciar no desempenho do
profissional participante do programa.
Para a realização das atividades de Supervisão Acadêmica são previstos momentos próprios, que
se caracterizam enquanto espaços de Educação Permanente, encontro de educação
permanente para qualificação da supervisão acadêmica, encontro de supervisão locorregional,
supervisão periódica in loco.
A Supervisão Acadêmica, tem como
objetivos:
• Fortalecimento da educação permanente
em saúde,
• integração ensino-serviço,
• Fortalecimento da atenção básica;
• Fortalecimento formação de
profissionais
nas redes de atenção à saúde.
PMMB: Supervisão Acadêmica
Supervisão Acadêmica
• O supervisor é sua referencia profossional e 
pessoal dentro do programa;
• Estará ao seu lado para dar suporte
nos diversos assuntos da rotina do
servico:
• Dúvidas clínicas
• Processo de trabalho
• Organizaçã da agenda
• Horário de estudos
Conte com seu SUPERVISOR! Ele é seu colega.
• “O resultado mais significativo do Mais Médicos foi levar acesso à saúde para a população,
especialmente em populações vivendo em situação de vulnerabilidade. Isso é outorgar o direito
à saúde previsto na Constituição brasileira”,
• “O programa mostrou que é possível levar médicos para todos os lugares do país. Permitiu ainda
que os profissionais brasileiros, principalmente os mais jovens, perdessem o medo de ir para o
interior. Além disso, a chegada de médicos de 47 nacionalidades, com outros modos de atuar e
outra formação, promoveu um debate sobre a formação de médicos no Brasil”
Programa Mais Médicos – 5 anos
Programa Mais Médicos – 5 anos
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série
E. Legislação em Saúde)
• BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)
• Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / 
Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial:
Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.
• Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013.Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de 
dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev 
2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12871.htm
O TRABALHO EM EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL NA APS
NILSON MASSAKAZU ANDO
FREDERICO GERMANO LOPES CAVALCANTE
Médicos de Família e Comunidade
Roteiro da aula
• O trabalho em equipe.
• Conceitos relacionados ao desenvolvimento do trabalho em equipe.
• Equipe Multiprofissional de Saúde.
• O trabalho em Equipe Multiprofissional.
• Reunião de Equipe.
• Discussão de casos clínicos na equipe.
• Avanços no trabalho em equipe.
O TRABALHO EM EQUIPE NA APS
• O trabalho em equipe contribui para a obtenção de impactos sobre os
diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença.
• A ação multiprofissional pressupõe a possibilidade da prática de um
profissional se reconstruir na prática do outro, ambos sendo
transformados para a intervenção na realidade em que estão
inseridos.
Link para o vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
CONCEITOS
• Equipe: um grupo de pessoas com habilidades complementares,
comprometidas umas com as outras e por um objetivo e projeto
comum.
• Equipe multiprofissional: aquela que não é centrada em uma única
especialidade.
CONCEITOS
• MulHdisciplinaridade: associação ou justaposição de disciplinas que
abordam um mesmo objeHvo a parHr de disHntos pontos de vista.
• Interdisciplinaridade: busca a superação das fronteiras disciplinares,
estabelecendo um consenso. Troca entre as disciplinas com
integração dos instrumentos, métodos e esquemas conceituais.
CONCEITOS
• Transdisciplinaridade: Princípio teórico que busca uma
intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um
tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não
existem fronteiras entre as disciplinas.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE
• Equipe Multiprofissional de Saúde: é composta por diferentes
profissionais, de diferentes áreas da saúde, que trabalham juntos para
oferecer um atendimento completo e personalizado aos pacientes.
• Cada um desses profissionais possui conhecimentos e habilidades
específicas que complementam o trabalho dos demais.
O TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
• Construção de um projeto comum
• Articulação das ações
• Interação comunicativa entre os agentes
• Superação do isolamento dos saberes
• Flexibilidade dos diferentes saberes
• Maior autonomia e criatividade dos agentes e integração entre disciplinas
REUNIÃO DE EQUIPE
• Planejar um espeço na agenda para reunião de equipe
• Organizar uma pauta para a reunião (pode ser construída durante a
semana anterior)
• Todos devem ter espaço de fala: fazer circular a palavra
• Deve ser um espaço para valorizar o saber de todos
• A reunião de equipe é planejada?
REUNIÃO DE EQUIPE - PLANEJAMENTO
• Objetivo
• Participantes
• Local, data, hora
• Duração estimada
• Material necessário
• Agenda
• Pautas
REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• Estimular a participação de todos.
• Gerenciar o tempo.
• Tomar decisões.
• Atribuir responsabilidades e apontar pendências.
• Fazer resumo e confirmar se todos compreenderam as combinações.
REUNIÃO DE EQUIPE - ACOMPANHAMENTO
• Acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas.
• Construção de pautas de forma coletiva ao longo da semana anterior
(quadro/caderno da equipe).
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Informes – breve.
• Monitoramento de indicadores (desconstrução da visão de que metas
e resultados são externos à equipe).
• Discussão de casos complexos.
• DiscuHr sobre o monitoramento dos casos existentes.
• Planejamento das visitas domiciliares.
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Avaliação do processo de trabalho.
• Discussão sobre o papel dos profissionais, incluindo NASF.
• Pactuar encaminhamentos e responsabilidades.
• Educação Permanente da equipe.
REUNIÃO DE EQUIPE – CUIDADO
• Reuniões não planejadas e mal conduzidas podem gerar:
• Perda de credibilidade.
• Transmissões de mensagem erradas.
• Perda de tempo dos envolvidos.
• Desmotivação e improdutividade da equipe.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• Casos difíceis que necessitam de múltiplos olhares para tomada de
decisão e acompanhamento da equipe.
• Fio condutor para a troca de saberes e construção conjunta de um
plano terapêutico comum.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• A discussão de caso em equipe promove: contribuição dos diversos
componentes da equipe a parHr de diferentes olhares.
• Conhecimento e responsabilização de todos os membros da equipe
pelos casos discuHdos.
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Pensar a Educação Permanente da Equipe a partir das necessidades
identificadas pela própria equipe.
• Responsabilidade de todos os membros da equipe na realização da
educação permanente.
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Avançar na comunicação, no compartilhamento e na interação
• Entender os conflitos como propulsores da mudança e como parte do
cotidiano do trabalho.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• PEDUZZI, M et al. Trabalho em equipe na perspectiva da gerência de
serviços de saúde: instrumentos para a construção da prática
interprofissional. Physis Revista de Saúde Coletiva, v21, n2, Rio de Janeiro,
2011. p.629-646.
• BRASIL. Estratégia Saúde da Família. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-
família>
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• JUSTANIMATE. Egghunt. Paul Yan. Youtube, 10 de outubro de 2006.
Disponível em: <hcps://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo>.
• PAULA, RA. Relação MulHprofissional do Trabalho em Equipe na
Atenção Básica de Saúde. Curso de Especialização em Atenção Básica
em Saúde da Família. UFMG. 2007.
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
OBRIGADO
nilsonando@gmail.com
O TERRITÓRIO E SUAS 
CONDICIONALIDADES
NILSON MASSAKAZU ANDO
FREDERICO GERMANO LOPES CAVALCANTE
Médicos de Família e Comunidade
ROTEIRO DA AULA
• Conhecendo o território.
• Território Vivo.
• Territórios na APS.
• Territorialização.
• Mapa Inteligente.
• O Território e o Ambiente.
CONHECENDO O TERRITÓRIO
• Imagine-se na seguinte situação: você está se apresentando a sua nova
equipe de saúde e a sua nova comunidade.
• Nesse momento o que é importante que você saiba desse território no
qual você acaba de chegar e pelo qual terá, junto com sua equipe de
saúde, responsabilidade sanitária?
• Veja as imagens a seguir e imagine que você pode estar em qualquer um
desses lugares...
COMEÇANDO A CONHECER MEU TERRITÓRIO
• Quem são as pessoas desse lugar?
• De que elas vivem?
• Como elas vivem?
• Como as famílias se organizam?
• Quem são os líderes dessa Comunidade?
COMEÇANDO A CONHECER MEU TERRITÓRIO
• Quais os locais utilizados para esporte e lazer?
• Quais os traços culturais e religiosos?
• Quais as condicionantes de saneamento e de descarte de lixo?
• Quais os riscos?
• Como é o meio ambiente?
TERRITÓRIO VIVO
• O território apresenta muito mais do que uma extensão geométrica
quando aplicado aos sistemas e serviços de saúde.
• O território tem um perfil demográfico, epidemiológico,
administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o caracteriza
e se expressa num território em permanente construção.
(MONKEN e BARCELLOS, 2005)
TERRITÓRIO NA APS
• No território da APS as práticas de saúde avançam para a integração
das ações de atenção, promoção, prevenção e recuperação, de forma
que as intervenções sobre os problemas sejam também sobre as
condições de vida das populações.
(MENDES, 1993)
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOS
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOSManaus é a capital do Amazonas.
Tem 5 Distritos Sanitários de Saúde:
DISA Leste
DISA Norte
DISA Oeste
DISA Sul
DISA Rural
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOS
Natal é a capital do Rio Grande do Norte.
Tem 5 Distritos Sanitários de Saúde:
Distrito Norte 1
Distrito Norte 2
Distrito Sul
Distrito Leste
Distrito Oeste
TERRITÓRIO ÁREA E TERRITÓRIO MICRO ÁREA
Exemplo de uma área de 
abrangência de uma 
Unidade Básica de Saúde 
com 2 Micro áreas 
nomeadas de “46” e “48”
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITORIALIZAÇÃO
• Ferramenta metodológica que possibilita o reconhecimento das
condições de vida e da situação de saúde da população de uma área
de abrangência.
TERRITORIALIZAÇÃO
• É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a
lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às
ações e serviços de saúde (Teixeira et al, 1998).
TERRITORIALIZAÇÃO
• Na organização do processo de trabalho, a territorialização representa
o caminho para fazer o reconhecimento do território vivo com vistas à
organização do processo de trabalho.
TERRITORIALIZAÇÃO - OBJETIVOS
• Conhecer como as pessoas vivem e adoecem e quais são os
determinantes de saúde neste território.
• Compreender as necessidades e potencialidades reais.
• Servir como elemento de planejamento e construção de um modelo
adequado à realidade local.
TERRITORIALIZAÇÃO - OBJETIVOS
• Gerar vínculo com a equipe e a comunidade, bem como incentivar a
participação popular.
• Identificar vulnerabilidades, populações expostas e problemas
prioritários para as intervenções da Equipe de Saúde.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Relações entre Instituições e atores sociais atuantes no território
sanitário
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• A territorialização é um ato que deve ser planejado e executado pelo
médico e sua equipe, em consonância e com o apoio da gestão do
município, por vários motivos, entre eles:
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• O território de uma área de abrangência de uma Unidade de Saúde
tem limites geográficos que só o gestor municipal e sua equipe têm
competência para determinar.
• Por isso, é importante a presença de um representante da equipe de
gestão no processo de planejamento da territorialização.
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• Pode acontecer de aquele território já ter sofrido processo de
territorialização e construção de “mapas vivos” anteriormente e esses
produtos podem ser reaproveitados.
• Devemos lembrar que as unidades que estamos chegando tem uma
história de trabalho e de ações e intervenções de saúde anteriores
que devem e podem ser aproveitados por todos os novos médicos.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Base para a organização das práticas e para o planejamento em saúde:
• Resgatar a história do lugar (cultural, social, econômica) com os
atores sociais do local.
• Resgatar com a gestão local, mapas anteriores e apoio de outras
secretarias.
• Colher dados escritos e guardados com os ACS.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Base para a organização das práticas e para o planejamento em saúde:
• Ir em campo para definir a delimitação do território geográfico (ruas,
vilas), identificando elementos geográficos (rios, morros, lagoas).
• Identificar Residentes Referência (lideranças, grupos sociais).
• Levantar indicadores de saúde (demanda da equipe: e-SUS AB,
PMAQ, RELATÓRIOS).
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
1. História e identidade territorial
• Origens do território
2. Comunidade Humana
• Origens, características demográficas, distribuição no sócio
espaço, segmentos e subgrupos, cultura, escolaridade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Organização social e política: sujeitos coletivos, processos de
mobilização, lideranças, associações e grupos.
• Qualidade e Condições de vida: moradias, espaços públicos,
alternativas de lazer.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Indicadores de saúde (morbimortalidade, saneamento básico,
etc.).
3. O “ambiente”: ecossistema(s) e paisagens modificados
• Onde está situada a unidade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
3. O “ambiente”: ecossistema(s) e paisagens modificados
• Número de famílias/pessoas atendidas.
• Saneamento básico (águas superficiais e profundas, drenagem).
• Relações da comunidade com os serviços ambientais (uso do solo
e mobilidade).
• Formas de deslocamento e vias de transporte.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
4. Políticas públicas e projetos comunitários
• Como as políticas de educação, saúde, trabalho, cultura e lazer,
entre outras, estão acontecendo no território.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
5. Processos de produção no território (e os fluxos que o perpassam)
• Atividades econômicas (lícita e ilícitas) que ocorrem no território e
em seu entorno, tendo em vista a relevância de seus impactos
sobre a saúde da população e dos ecossistemas.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM 
CONTEMPLADOS
6. Os conflitos sócio ambientais e a percepção da comunidade
• Possíveis problemas e conflitos de poder, de uso e ocupação do
solo, culturais, étnicos, ambientais etc (todos da maior relevância
para a saúde).
TERRITORIALIZAÇÃO - MÉTODO E TÉCNICA DE 
COLETA DE DADOS
• Fichas do E-sus.
• Entrevista a moradores antigos, lideranças comunitárias, a Agentes
Comunitárias(os) de Saúde, a profissionais de saúde da Unidade Básica de
Saúde.
• Fontes de dados secundários IBGE, DATASUS, Secretaria Municipal de
Saúde.
• Diário de campo.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• MAPEAMENTO: aplicação do processo cartográfico sobre uma
coleção de dados ou informações, com vistas à obtenção de uma
representação gráfica da realidade perceptível, comunicada a partir
da associação de símbolos e outros recursos gráficos.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• ESQUADRINHAMENTO : definição dos limites geográficos/políticos.
• PLOTAGEM: colocação da representação física no mapa, seja a
unidade de saúde, seja o equipamento social, etc.
• Você pode utilizar o Google Earth (https://www.google.com.br/earth/
download/gep/agree.html) ou mesmo utilizar uma cartolina grande.
https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html
https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• O importante é que consiga representar sua área de abrangência
dividida em Microáreas, com o maior detalhamento possível, por ruas
e casas. Lembrando sempre que nossa área de maior interesse é a
família e as pessoas que lá estão, não é mesmo?
• Essas famílias se relacionam com seus vizinhos (a rua), seu bairro (a
micro área) e tudo que lá existe, sejam potencialidades e fragilidades.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• Esse diagnóstico é fundamental para enriquecimento da nossa
capacidade de intervenção no processo saúde doença no território.
RISCO RELATIVO
Cobertura das Unidades Básicas da Saúde da Família em Manaus
z
z
z e
c
=x̂
Alta renda
Baixa renda
Fonte: CNES - 04/03/2013.
POPULAÇÃO/QUARTEIRÃO
TERRITORIALIZAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA 
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Caracterizar a população.
• Identificar os problemas de saúde doença.
• Avaliar a situação socioeconômica e vulnerabilidade social.
• Vínculo.
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA 
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Mapeamento do território vivo - elementos estáticos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais.
• Planejamento de ações da equipe.
A TERRITORIALIZAÇÃO É O FILME DE QUEM É A COMUNIDADE. A PARTIR 
DAÍ CABE A EQUIPE, SENTAR COM OS DADOS, REFLETIR, DISCUTIR E 
PLANEJAR AS MELHORES AÇÕES PARA A SUA COMUNIDADE!
• Há várias ferramentas para se fazer o PES e o médico e a equipe deve
adotá-las no processo de trabalho o quanto antes.
O TERRITÓRIO E O AMBIENTE• Qual a responsabilidade da APS?
• “O processo de territorialização realizado pelas equipes de saúde da
família auxilia na identificação dos riscos ambientais a que a
comunidade está exposta, de forma que a aproximação entre esses
serviços amplia e qualifica o diagnostico de risco ambiental e propicia
mais efetividade no planejamento das ações de controle ambiental”
(Vidor A.C., 2012)
O TERRITÓRIO E O AMBIENTE
• Exemplos de indicadores que podem ser associados às doenças relacionadas ao saneamento
ambiental inadequado (DRSAI):
• Indicador de Pobreza;
• Taxa de crescimento populacional;
• Taxa de urbanização;
• Renda familiar per capita;
• Coleta de esgoto sanitário;
• Tratamento de esgoto;
• Saneamento inadequado;
• Coleta de lixo;
• Inundações ou enchentes;
• Qualidade da água;
• Água encanada;
• Tratamento de água;
• Coleta de lixo;
• Taxa de mortalidade infantil;
• Internações por doença diarreica aguda.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.436 de 21 de setembro de 2017.
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para
a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.488 de 21 de outubro de 2011. Aprova
a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas
para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/ bvs saudelegis gm /2011/prt2488_21_10_2011.html>.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• Borges C, Taveira VR. Territorialização. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de
Medicina e Família e Comunidade: Princípios, formação e prática. Porto Alegre:
Artmed, 2012.
• Vidor AC. Vigilância em Saúde. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de Medicina
e Família e Comunidade: Princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed,
2012.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Saúde ambiental: Guia
Básico para Construção de Indicadores. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
OBRIGADO
nilsonando@gmail.com
Acolhimento e Acesso 
Avançado
Nilson Massakazu Ando
Frederico Germano Lopes Cavalcante
OBJETIVOS DA AULA
• Compreender o conceito Acolhimento
• Compreender o conceito de Acesso Avançado.
• Compreender a diferença entre acesso e acessibilidade e a Atenção Primária à Saúde (UBS)
enquanto porta de entrada.
• Compreender o conceito ampliado de acolhimento enquanto prática humanizadora do cuidado.
• Compreender o conceito de escuta qualificada, estratégias de execução e quais profissionais
estão aptos a fazê-la.
• Compreender como implantar o acesso avançado em uma UBS e quais as vantagens de se
trabalhar com o mesmo.
• Compreender como se fazer a gestão de uma agenda.
• Compreender a diferença entre demanda espontânea e programada e como trabalhar de forma
a contemplar as duas demandas da melhor forma.
➢Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização 
(PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um 
profissional específico para fazê-lo
➢O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário 
em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no 
processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela 
resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. 
compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que
procuram os serviços de saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
Acolhimento -
OBJETIVOS
➢ Ampliar o acesso;
➢ Buscar a integralidade da atenção;
➢ Reorganizar o serviço a partir das necessidades, riscos e vulnerabilidade 
dos usuários;
➢ Redefinir relações;
➢ Reavivar conhecimentos ampliando a visão de análise e atuação sobre os 
problemas de saúde;
➢ Qualificação e humanização da assistência;
➢ Reconhecer o usuário como sujeito no seu processo saúde-doença.
Para que serve o
acolhimento?
• É uma forma de ampliação e facilitação do acesso.
• Facilita a continuidade e redefinição dos projetos terapêuticos dos 
usuários.
• Pode servir como um dispositivo de reorganização do processo de 
trabalho em equipe.
Acolhimento x Triagem
“O acolhimento na porta de entrada só ganha sentido se entendemos como uma
passagem para o acolhimento nos processos de produção de saúde.”
ACOLHIMENTO
-Objetivo: inclusão 
sob a ótica do vínculo 
e da vulnerabilidade
-Programação X 
Imprevisto.
“quem precisa ser 
atendido?”
TRIAGEM
- Objetivo : exclusão
“quem não vou 
atender?”
“quem não deveria 
estar aqui?”
ACOLHIMENTO
“Encontro complexo” entre dois ou mais SUJEITOS
Sujeito Usuário
Co-produção de compromissos singulares a partir de 
necessidades, de interesses e de direitos de cada um desse 
sujeitos.
Sujeito 
Profissional de 
Saúde
“É UMA FORMA DE ATENDER A TODOS QUE PROCURAM OS 
SERVIÇOS ROMPENDO COM A LÓGICA DA EXCLUSÃO.”
“
ESCUTAR 
ANALISAR
A DEMANDA
RESPONSABILIZAR-SE 
E DIVIDIR 
RESPONSABILIDADE
DAR RESPOSTAS 
AO USUÁRIO E 
SUA REDE SOCIAL
OUVIR 
PEDIDOS
Dimensões do Acolhimento
COMO POSTURA
• Prevenir,
• Cuidar,
• Proteger,
• Tratar,
• Recuperar,
• Promover
COMO TÉCNICA
• Avaliar riscos e 
vulnerabilidade.
• Construir
respostas
positivas.
• Usuário como 
sujeito ativo e 
participante da 
própria saúde
REORIENTADOR DO 
SERVIÇO
• Avaliação das 
demandas e 
construção coletiva
do fluxo dos serviços
ACOLHER PRESSUPÕE ESCUTARESCUTAR
Desafios
➢ Ampliar o acesso:
Sem sobrecarga para as equipes 
Sem prejudicar a qualidade das
ações
➢ Superar a prática profissional centrada na 
dimensão biológica e centrada no 
profissional.
➢ Formular formas de adaptação a 
vulnerabilidade local
➢ Responsabilização de toda a unidade.
Importante Lembrar...
• Um aspecto dos Serviços de Saúde mais valorizado pela população e que 
mais gera insatisfação quando não está ocorrendo de forma adequada é:
↓
O ACESSO
➢ Amplitude de horário;
➢ Ausência de atraso de nomeação;
➢ Ausência de atraso na chegada à UBS.
O Acesso e o Primeiro
Contato
“O princípio do primeiro contato refere-se ao fato de ser o ponto de
entrada mais fácil e próximo do usuário para os serviços de um sistema
de saúde, portanto, a acessibilidade advoga por um local de
atendimento próximo e que não prejudique ou atrase o diagnóstico e
as intervenções necessárias para se resolver um determinado problema
de saúde.”
Brasil. MS. Esteche FF. Módulo: Acolhimento
à demanda espontânea e à demanda
programada. Unidade I – Acolhimento.
Acesso e
Acessibilidade
• Para Donabedian (2003), acesso e acessibilidade a ações e serviços de
saúde têm significados semelhantes. Dizem respeito à capacidade de
obtenção de cuidados de saúde, quando necessário, de modo fácil
e conveniente.
• Acessibilidade ou acesso aparecem como um dos aspectos da oferta
de serviços relativos à capacidade de produzir serviços e de
responder às necessidades de saúde de uma determinada população.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a partir 
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
Acesso e
Acessibilidade
• A acessibilidade tem duas dimensões:
• Geográfica: refere-se à distância e ao tempo de locomoção dos usuários 
para chegar aos serviços, incluindo os custos da viagem, dentre outros.
• Sócio-organizacional: diz respeito a todas as características da oferta que 
podem facilitar ou dificultar a capacidade das pessoas no uso dos serviços.
Acesso e
Acessibilidade
• Na dimensão sócio organizacional de acessibilidade, Donabedian
(2003) evidencia a importância da adequação dos profissionais de
saúde e dos recursos tecnológicos utilizados frente às
necessidades dos usuários.
• Assim, não basta a existência dos serviços,mas o seu uso tanto 
no início como na continuidade do cuidado. Ou seja, os serviços 
precisam ser oportunos, contínuos, atender à demanda real e ser 
capazes de assegurar o acesso a outros níveis de atenção.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a partir 
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
E o que é o Acesso 
Avançado?
• É um modelo de acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela 
equipe consegue um atendimento quando precisa, no horário mais 
adequado e com a forma de agendamento mais confortável;
• Mais conhecido como “Faça o trabalho de hoje, hoje!”
• Geralmente a agenda tem 65-75% das vagas para o mesmo dia com 
grande capacidade de oferta de consultas.
• Nesse modelo há diminuição do tempo de espera e do absenteísmo 
muito comum em marcações a longo prazo.
E isso é possível a partir da reorganização do processo de 
trabalho, de pequenos rearranjos nos fluxos da unidade, nas 
formas de agendamento e no enfrentamento de alguns
desafios:
• Abrir mão de uma agenda fragmentada em função de grupos por patologias ou faixas etárias 
(dias específicos para gestantes, crianças, hipertensos ou diabéticos).
• Evitar pré-agendamentos prolongados, pois pode gerar um desperdício de tempo
• Envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer os melhores recursos de acordo com as 
necessidades da população de sua área.
• A equipe precisa estar mais voltada para as necessidades da população, com uma agenda mais
adequada à procura diária das pessoas (ter diagnósticos de demandas atualizados);
• Definir quanto tempo será necessário para uma consulta pré-agendada, considerando que esta se 
dará para no máximo uma semana e ir diminuindo esse tempo até conseguir chegar “Faça o
trabalho de hoje, hoje!”!
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 1º: O acesso avançado anda junto com o acolhimento e a escuta
qualificada. A escuta qualificada preferencialmente é feita pelo
profissional da enfermagem, porém pode ser feita pelo próprio
médico ou cirurgião dentista da equipe.
• Por isso, um dos pressupostos, se isso ainda não acontece, para
melhorar o acesso na unidade de saúde, é o maior envolvimento do
enfermeiro no cuidado das pessoas da sua área. Dessa forma, é
importante que cada enfermeiro tenha seu próprio consultório e
que esse seja próximo ao do médico de sua equipe. Essa disposição
dos consultórios facilita o entendimento da vinculação para a equipe
e para a população e também agiliza as interconsultas entre médicos
e enfermeiros.
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 2º: Fluxo do atendimento – ESCUTA RÁPIDA
• Caso o usuário venha para um serviço específico (vacinação, farmácia, coleta
de exame, etc) , ali mesmo ele deve ser direcionado para que já haja
resolutividade sem necessidade de passar por nenhuma outra etapa.
• A pessoa passa pela recepção apenas para identificar qual a sua equipe e já é
agendada/encaminhada para ser atendida pelos profissionais de referência.
• A recepção (escuta rápida), nesse modelo, poderá fazer perguntas breves
para identificar a necessidade imediata ou não de consulta.
• Caso tenha necessidade de consulta, nesse momento retira-se o prontuário
(se ainda for físico) e direciona a pessoa que procura atendimento no dia para
a sua própria equipe (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos) no
caso do usuário estar procurando por consulta nesse dia.
Escutar significa, num primeiro momento, acolher toda
queixa ou relato do usuário mesmo quando possa parecer não
interessar diretamente para o diagnóstico e tratamento. Mais
do que isto, é preciso ajudá-lo a reconstruir (e respeitar) os
motivos que ocasionaram o seu adoecimento e as correlações
que o usuário estabelece entre o que sente e a vida – as
relações com seus convivas e desafetos.
Importante por exemplo perguntar por que ele acredita que
adoeceu e como ele se sente quando tem este ou aquele
sintoma.
Quanto mais a doença for compreendida e correlacionada com
a vida, menos chance haverá de se tornar um problema
somente do serviço de saúde, mas sim, também, do sujeito
doente.
ESCUTA 
QUALIFICADA
• A equipe define quem ficará responsável por fazer a escuta
qualificada.
• Nela, o profissional de nível superior já conseguirá resolver grande 
parte das demandas que chegam para a equipe. E aquelas que são 
necessárias realmente de serem vistas pelo médico, são direcionadas
pelo médico no mesmo dia.
• A ambiência, o fluxo favorável e estudado para cada unidade e 
situação, reuniões de equipe periódicas para revisão de protocolos e 
de situações conflituosas e principalmente a vontade de fazer dar 
certo é a receita para que o ACOLHIMENTO COM ACESSO AVANÇADO
seja implantado com sucesso.
Agenda Compartilhada e
Acesso Avançado
27
A AGENDA
➢As agendas tem um papel fundamental nas atividades das unidades,
permitindo um acesso pautado na equidade e universalidade;
➢Devem garantir esse acesso e a qualidade da atenção em saúde a toda a
população;
➢Deve ser construída a partir de um diagnóstico situacional da realidade
social e epidemiológica da comunidade, associado à análise dos riscos e
vulnerabilidades desse território e levantamento de problemas;
A AGENDA
• O tipo de agenda vai depender do tipo de processo de trabalho e de 
acesso que está funcionando na unidade.
• Mas alguns princípios são básicos:
• Deve sempre ser dialogada e socializada entre todos da equipe;
• Qualquer mudança (férias, afastamento, mudança de horário, etc) 
deve ser informada, principalmente para àqueles que ficam na 
recepção (escuta rápida);
• Assim, se a equipe está em ACESSO AVANÇADO 100% na agenda não 
haverá “consulta agendada” e assim por diante.
AGENDA
Cuidado
Agendado
Cuidado 
Continuado
Atividades 
EducativasReuniões 
de 
Equipe
Visita 
Domiciliar
Demanda
Imediata
Tempo 
para 
escrever...
EXEMPLO DAS 
ATIVIDADES DE UMA 
AGENDA
Como viabilizar o acolhimento à demanda
espontânea?
• Toda a equipe é responsável pelo acolhimento.
• Identificar casos de maior risco e vulnerabilidade e facilitar o
acesso dos usuários a uma avaliação mais rápida pelo
profissional mais adequado (escuta qualificada).
• Fluxos de transferência / encaminhamento dos usuários que 
necessitam de outros recursos assistenciais.
• Discutir critérios de risco e organizar a agenda dos profissionais 
de modo a contemplar a agenda programada e casos agudos.
• Diálogo com os usuários.
Perguntas que podem ajudar a equipe na 
implantação do acolhimento:
• Existe acolhimento na unidade? Quem são os responsáveis? Como é 
feito? Como podemos melhorar?
• Como é organizado o fluxo dos usuários na unidade?
• Quais as principais dúvidas e necessidades dos usuários?
• Quais os problemas e conflitos enfrentados pelos profissionais no que 
diz respeito ao acolhimento?
• Quais as tentativas de solução desses problemas?
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 1. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 2. 1. ed.; 1. reimpr. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Esteche FF. Acolhimento à demanda espontânea e programada. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família –
PEPSUS. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://avasus.ufrn.br/
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção da saúde(Série B. Textos Básicos de Saúde). 2. ed. 5. 
reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
• Wolmann A et al. Novas possibilidades de organizar o Acesso e a Agenda na Atenção Primária à Saúde. Prefeitura 
Municipal de Curitiba, 2014. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em 
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
• Murray M, Tantau C. Same-Day Appointments: Exploding the Access Paradigm. Fam Pract Manag. 2000 Sep;7(8):45-50. 
Acessoem 02 de fev 2019. Disponível em https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html.
https://avasus.ufrn.br/
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html
ABORDAGENS NA PESSOA, NA 
FAMÍLIA E VISITA DOMICILIAR
Nilson Massakazu Ando
Frederico Germano Lopes Cavalcante
Roteiro da aula
1. Método Clínico Centrado na	Pessoa (MCCP)
2. Tipologias	familiares e	 ferramentas de	
abordagem	 familiar: Ciclo	de vida familiar,	
Genograma,	Ecomapa,	APGAR	familiar, FIRO	e
PRACTICE
3. Visita domiciliar
Método Clínico
Centrado na
Pessoa (MCCP)
• Vídeo-aula: Método Clinico Centrado na Pessoa - MSP0672
• Prof. Dr. Gustavo Gusso (FMUSP)
• Duração:	26 minutos
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HXuiRefleM8
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
https://www.youtube.com/watch?v=HXuiRefleM8
Aplicação do Método Clínico Centrado na 
Pessoa (MCCP)
• Vídeo: IPES e PSOs: Método Clínico Centrado na Pessoa
• Programa de Residência Médica em Medicina de Família e	
Comunidade, SMS-RJ -2016
• Duração: 6 minutos
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=17-SNbKtKZc
https://www.youtube.com/watch?v=17-SNbKtKZc
Aplicação do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
•Reflita se há diferença entre as	duas	abordagens	
clínicas?
•Há diferença no tempo de duração dessas consultas?
•Qual abordagem gera melhor resultado na	saúde	da	
pessoa?
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
• Vídeo: Começou	uma família…Responsamuitabilidade!
• Produção: Tecendo prosa
• Duração: 2 minutos
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-eSBSVr3Ls
Abordagem familiar
https://www.youtube.com/watch?v=8-eSBSVr3Ls
Abordagem familiar
• Conceitos de família
“A família é um modelo universal para o	viver. Ela é unidade de	
crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é	também a	
unidade da saúde e da doença.” Natan	W. Ackerman
“A família é o conjunto de	pessoas, ligadas por laços de parentesco,	
dependência doméstica ou normas de	convivência, que residem na	
mesma unidade domiciliar. Inclui empregado (a) doméstico (a) que	
reside no domicílio, pensionista e agregados.” Ministério da Saúde, Brasil (2001)
Tipos de	arranjos familiares
1. Família nuclear bigeracional (pais e filhos);
2. Família	extensiva (três ou quatro gerações);
3. Família unitária	(uma só pessoa, ex.: viúva sem filhos);
4. Família adotiva temporária;
5. Família adotiva bi-racial / multicultural;
6. Casal residindo separadamente;
7. Família monoparental (filho/s com pai ou mãe);
8. Família homossexual (com	ou sem filho/s);
9. Família reconstituída (remarried/step families);
10. Família institucional (instituto com função de criar e desenvolver afetivamente a	
criança/adolescente);
11. Famílias com	constituição funcional (pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com	forte	
compromisso mútuo).
Abordagem familiar
Ferramentas de abordagem familiar
1. Ciclos de vida
2. Genograma
3. Ecomapa
4. APGAR familiar
5. FIRO
6. PRACTICE
Abordagem familiar
Ciclos de vida
FASE DO CICLO DE VIDA
1. Saindo de casa: jovens solteiros
2. O novo casal
3. Família com filhos pequenos
4. Famílias com filhos adolescentes
5. Lançando os filhos e seguindo em frente
6. Famílias no estágio tardio: a velhice
FASE DO CICLO DE VIDA
(Popular)
Família composta por jovem 
adulto
Família com filhos pequenos
Família no estágio tardio
Abordagem familiar
Estágios do ciclo de vida familiar de classe média
Estágios do ciclo de vida familiar de classe média
Abordagem familiar
Ciclos de vida
MLS (quatro anos) vem à UBS queixando-se de diarreia e vômitos há
dois dias. Ela está acompanhada de sua irmã de 10 anos. Seu pai (29
anos) está acamado há dois anos, devido a bala perdida que o acertou
na coluna lombo-sacra quando vendia bebidas informalmente na rua.
Sua mãe (30 anos) está trabalhando como doméstica e lavandeira para
manter financeiramente a família. O outro irmão, de dois anos, ficou em
casa, aguardando as irmãs mais velhas retornarem da UBS.
Em qual(is)	estágio(s) do ciclo de vida está a família de MLS?
Ciclo de vida da família de classe popular
1. Família composta por jovem 
adulto
• Adolescente precisa sair de 
casa para trabalhar 
precocemente
• Tornam-se adultos “sozinhos”
• Processo pode começar por 
volta dos 10 anos de idade
2. Família com filhos pequenos
• Etapa de grande acúmulo de 
papéis
• Inclui tarefas do novo casal e 
da família com filhos 
pequenos: novo sistema 
conjugal, papéis paternos e 
maternos
• Acúmulo de gerações
• Relações menos duradouras
• Reestruturações frequentes 
devido a novos 
relacionamentos
3. Família no estágio tardio de 
vida
• Idosos continuam sustentando 
família
• Inexistência do “ninho vazio”
• Homens e mulheres tornam-
se avós mais cedo, ainda com 
capacidade reprodutiva
• Acúmulo de gerações no 
mesmo ambiente 
Exercício 1
Explique como geralmente se caracteriza o ciclo de vida da família da	
classe popular
Exercício 1
Explique como geralmente se caracteriza o ciclo de vida da família da	
classe popular
Abordagens na pessoa, na família e visita domiciliar
Abordagem familiar - Genograma
Conceito:
O genograma é uma ferramenta	
da abordagem familiar que nos	
ajuda	a	demonstrar	esquematica	e	
dinamicamente problemas	
biomédicos, genéticos,	
comportamentais	e	sociais	que	
envolvem a família estudada.
Avalia 5 domínios familiares:
1. O modo de comunicação;
2. As relações;
3. As doenças;
4. Os problemas familiares	e
5. As experiências traumáticas.
Abordagem familiar - Genograma
Aplicação:
A aplicação	do genograma à clínica	
na APS permite visualizar o	processo	
de adoecer, facilita o	plano	
terapêutico e permite à	família uma	
melhor compreensão sobre o	
desenvolvimento de suas patologias.
Exercício 2
Observe a figura a seguir:
Sobre	as	relações	familiares	
representadas nesse genograma,	é	
correto afirmar que:
A) Ricardo	tem	uma	relação	
conflituosa com Júlio.
B) João	tem	uma	relação	de	
proximidade com Ricardo.
C) Maria	tem	uma	relação	de	
distanciamento com Vera.
D) João	tem	uma	relação	de	muita	
proximidade com Ana.
Abordagem familiar 
Ecomapa
• Demonstra as	relações entre	os membros de	uma família e	a	
comunidade e ajuda a avaliar os apoios e suportes disponíveis e	
sua	utilização pela	família.
• Uma família que	tem poucas conexões com	a comunidade e	
entre	seus membros necessita maior investimento da equipe	
para melhorar seu bem estar.
Informações contidas no ecomapa:
1. a vizinhança (área física);
2.serviços da comunidade (médicos, saúde mental, toxico-dependência,	
violência doméstica, conselhos);
3.grupos sociais (igrejas; grupos cívicos: comissão de	pais, de bairro;	
grupos de convívio, ONG);
4. educação;
5. relações pessoais significativas (amigos, vizinhos, família mais afastada);
6. trabalho;
7. outras (específicas da família e	da área em que	habita).
Informações contidas no ecomapa:
- membros da	família e suas idades no centro	do	círculo
- utiliza símbolos do	genograma
- círculos externos mostram os contatos da	família com membros	
da comunidade ou com	pessoas	e grupos significativos
- linhas indicam o tipo de conexão
Abordagem familiar
Informações contidas no ecomapa:
• linhas contínuas: ligações fortes, relações sólidas
• ------------ linhas tracejadas:	ligações frágeis, relações tênues
• // linhas com barras ou talhadas: aspectos estressantes,	
relações conflituosas
• →←↔ setas: fluxo de	energia e/ou recursos
• Ausência de linhas: ausência de	conexão
Abordagem familiar - Ecomapa
Abordagem familiar - APGAR familiar
• Adaptation (Adaptação),
• Partneship (Participação),
• Growth (Crescimento),
• Affection (Afeição)	e
• Resolve (Resolução).
O APGAR familiar é um questionário	
composto por cinco	perguntas, que	
pretende quantificar a percepção	
que o doente tem do	
funcionamento familiar, bem como	
esclarecero	tipo	de	
relação/integração	que	ele	tem	com	
os membros da família.
Abordagem familiar - FIRO (Orientações 
Fundamentais nas Relações Interpessoais)
O	FIRO é	utilizado para compreender as	mudanças no ciclo de vida familiar,
avaliar as alterações conjugais ou familiares, patologias graves e pacientes
terminais. As relações familiares se inserem em três dimensões: inclusão,
controle	e intimidade, ou seja, a família pode ser estudada quanto	às suas	
relações de poder, comunicação e afeto.
Aplicações do FIRO
• Idoso deprimido após a perda do cônjuge
• Transtorno de humor emmulher perimenopáusica
• Adulto começa a	beber após aposentar-se por	invalidez
• Casal	queixa-se	de	que	seu	filho	está	incontrolável	com	a	chegada	de	um	novo	
irmão
• Casal	queixa-se que a intimidade	e as	relações	sexuais já não são satisfatórias
Abordagem familiar - PRACTICE
.
Exercício 3
Na prática do médico de família, a	da abordagem familiar contribui	
para o	plano de prevenção, de investigação clínica e de	tratamento de	
casos simples e complexos. O instrumento de abordagem familiar que	
identifica todos os sistemas envolvidos e relacionados com a pessoa,	
com a	família em questão e com o	meio	onde vivem é denominado:
A) Apgar da	família.
B) Genograma.
C) Ciclo vital.
D) Ecomapa.
Visita domiciliar
•Vídeo:	Agente	Comunitário	de	
Saúde.
•Duração: 4 minutos
• Fonte:	Diário de um Posto de Saúde:
https://www.youtube.com/watch?v=lc_qUXTIj7Q&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=lc_qUXTIj7Q&t=1s
A Atenção Domiciliar proporciona ao	
paciente um cuidado ligado diretamente aos	
aspectos referentes à estrutura familiar, à	
infraestrutura do domicílio e à	estrutura	
oferecida pelos serviços para esse tipo de	
assistência. Assim, evita-se hospitalizações	
desnecessárias, diminui o	risco de	infecções	
e	a	superlotação de serviços de	urgência e	
emergência, melhora a	gestão dos leitos	
hospitalares e o	uso dos recursos.
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
A Política Nacional de Atenção Domiciliar (PNAD):
=> definiu três níveis de atenção domiciliar (AD1, AD2 e AD3), sendo o	
primeiro nível (AD1) de responsabilidade das equipes de Atenção	
Primária à	Saúde (APS);
Þ valorizou a APS como âmbito privilegiado assistencial e responsável	
pela maior parte dos cuidados em AD no Brasil.
Þ reforçou a visita domiciliar (VD) como ação ímpar para o	
conhecimento do contexto da pessoa mediante observação ativa,	
abordagem familiar e reconhecimento dos determinantes sociais	
atuantes.
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
• O (a) Sr.(a) sabia que esse serviço de atenção domiciliar é	do SUS?	
SIM: 83,98% e NÃO: 15,86%
• Além do atendimento pela Equipe de Atenção Domiciliar, o	(a)	Sr.(a) e	
sua família são acompanhados por uma Equipe de	Saúde da	Família	
SIM: 53,00% e NÃO: 46,11%
• Após a alta do Melhor em Casa houve necessidade de continuidade	
de tratamento pela equipe da	Unidade Básica	de Saúde?
NÃO, NÃO HOUVE NECESSIDADE: 40,99% ; SIM, NA UBS: 36,52% ;	
SIM, NO DOMICÍLIO:74% ; SIM, MAS NÃO TEVE ACESSO: 9,65%
• Fonte: DOGES/SGEP/MS (2017)
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
Referências bibliográficas
• McWHINNEY, Ian R; FREEMAN, Thomas R. Manual de Medicina de Família e 
Comunidade de McWHINNEY. 4 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2017, 536 p.2.
• STEWART, Moira et al. Medicina Centrada na Pessoa: transformando o método 
clínico. 3 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2017, 416 p.3. 
• GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de 
Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: 
ARTMED, 2019,2388p.
• DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, 
organizadores. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em 
Evidências. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.5. 
• STARFIELD, Barbara. Atenção Primária, equilíbrio entre necessidades de saúde, 
serviços-tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. 726p. 
[disponível na Internet: 
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130805por.p df]
SAÚDE DE POPULAÇÕES 
ESPECÍFICAS E POLÍTICAS DE 
EQUIDADE
NILSON MASSAKAZU ANDO
FREDERICO GERMANO LOPES CAVALCANTE
Médicos de Família e Comunidade
ROTEIRO DE AULA
• Princípio da equidade.
• Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
• Política Nacional de Atenção à Saúde da População de Rua.
• Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
• Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e
das Águas.
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional.
• Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
• Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada.
O que é saúde?
“[...] a resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso a posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de
tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as
quais pode gerar grandes desigualdades nos níveis de vida [...]”
(8ª Conferência Nacional de Saúde)
Princípio da Equidade
• O Estado deve tratar "desigualmente os desiguais", concentrando
seus esforços e investimentos em zonas territoriais com piores índices
e déficits na prestação do serviço público.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE 
INTEGRAL DA POPULAÇÃO 
NEGRA
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• Raça: categoria essa que foi histórica e culturalmente construída e
que é constituída de pessoas que são, efetiva ou potencialmente,
vítimas de desvantagens sociais por efeitos de preconceito e
discriminação relativos a origem étnica ou as marcas visíveis de que
são portadoras a cor ou outras características físicas superficiais
(fenótipo).
(FIGUEROA, 2004)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• A identidade racial, que tem íntima relação com a influência da
raça/cor na construção da personalidade e dos relacionamentos
sociais, é um dos fatores a ser levado em conta no sentido de
prevenir doenças de modificação dos fatores do meio ambiente que
impedem ações equânimes em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• Racismo: “sistema de relação social que apregoa uma práxis política
de exclusão do diferente, visando manter uma ordem dominante. E o
que mantém simbolicamente essa práxis é medo da perda do poder,
mesmo que esse poder seja micro ou pontual. Dessa forma, o racismo
é um poder excludente”
(SANTOS, 2001)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• Racismo Institucional: “(...) o fracasso coletivo de uma organização em
prover um serviço profissional e adequado às pessoas com certos
marcadores grupais de cor, cultura, origem étnica ou regional, o que
caracteriza esse tipo de racismo é que ele extrapola as relações
interpessoais e ocorre à revelia das boas intenções individuais, implicando
o comprometimento dos resultados de planos e metas de instituições,
gestões administrativas e de governo.”
(PCRI, 2005)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• 53,6% da população brasileira se autodeclara negra (PNAD, 2014).
• Do total de 1.583 mortes maternas em 2012, 60% eram de mulheres
negras e 34% de brancas.
• Em 2012, a taxa específica (por 100 mil hab.) de homicídios de jovens
negros foi três vezes maior que a referida taxa de jovens brancos.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA 
POPULAÇÃO NEGRA 
• Dos 39.123 óbitos infantis notificados em 2012, 45% foram de crianças negras e
41% de brancas; esta diferença é maior entre as mortes que ocorrem na primeira
semana de vida, sendo que 47% são de crianças negras e 38% de brancas.
• De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade pela doença falciforme dobrou no país,
sendo praticamente influenciada pelas tendências das cor/raças pretas e pardas.
• Em 2012, as maiores taxas de mortalidade por diabetes ocorreram na população

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