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AS-NOVAS-TECNOLOGIAS-DA-INFORMAÇÃO-E-COMUNICAÇÃO-DIAGRAMADA

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As Novas Tecnologias 
da Informação 
e Comunicação 
 
 02 
 
 
1. Inclusão Digital 4 
O Papel do Professor e o Uso da Tecnologia 9 
 
2. Ensino Remoto 14 
 
3. Smartphones na Escola 20 
 
4. Computadores Atuais 28 
Armazenamento de Dados 33 
Componentes de um Computador 33 
 
5. Tablets e Aplicativos 37 
Tablets 37 
Aplicativos 38 
 
6. Redes de Computadores 42 
 
7. Referências Bibliográficas 46 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
1. Inclusão Digital 
 
 
Fonte: Lago Sul1 
 
partir do início do século XX, 
várias inovações tecnológicas 
começaram a se espalhar no cotidi-
ano das pessoas, entre as quais se 
destacam o telefone, o cinema, o rá-
dio, a revista e a televisão. Esses ti-
pos de inovações, mesmo surgindo 
antes do século XXI, ainda passa por 
inúmeras transformações e melho-
rias. Hoje em dia, várias tecnologias 
mais antigas, ao combinar outros 
avanços tecnológicos mais recentes, 
como aparelhos de telefonia celular 
conectados à rede mundial de com- 
 
1 Retirado em https://lagosul.com.br 
putadores, se tornaram produtos 
culturais de última geração. Essas 
tecnologias estão conectadas ao co-
tidiano do ser humano e estabele-
cem uma estreita relação com o con-
sumismo ditado por um mundo ex-
tremamente capitalista (TEIXEIRA, 
e MARCON, 2009). 
De acordo com Bonilla (2011), 
a partir da década de 1980, os avan-
ços tecnológicos, impulsionados por 
uma onda do consumismo, surgiram 
em todas as áreas da vida social, che-
gando a interferir na educação ofe- 
A 
 
 
5 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
recida pelas escolas. As pessoas po-
dem ver a invasão do mundo tecno-
lógico em diferentes períodos da vi-
da: no interior de sua casa, na rua e 
nas salas de aulas, nas diversões, no 
trabalho, ou seja, a vida na socieda-
de de hoje é cada vez mais padroni-
zada através das relação que se esta-
belece com as tecnologias. Portanto, 
o relacionamento estabelecido com 
as pessoas por meio do uso de apa-
relhos tecnológicos, mudou a forma 
de pensar, agir, sentir e gerar conhe-
cimento dos indivíduos. Nesse caso, 
a apropriação da cultura digital tor-
nou-se fundamental, pois tem mos-
trado intrinsecamente um processo 
de crescente reorganização das rela-
ções sociais, mediadas pelas tecno-
logias digitais, afetando em menor 
ou maior grau todos os aspectos do 
comportamento humano. 
Para a autora Pischetola 
(2016), é muito importante conse-
guir inserir essas tecnologias no am-
biente escolar para que os professo-
res possam unir conhecimento e in-
formação, promovendo assim novas 
estratégias metodológicas mediadas 
pelo uso das tecnologias digitais, a 
fim de promover a inclusão digital 
em sala de aula. A inclusão digital 
vai muito além do uso de tecnologias 
em sala de aula e se constitui em 
uma forma de inclusão social e justi-
ça, dando a muitos alunos a oportu-
nidade de acesso a tecnologias que 
nem sempre existiam em sua vida 
familiar. Portanto, pode-se dizer que 
a inclusão digital nas escolas não é 
apenas a aquisição e uso dessas tec-
nologias, mas também uma estraté-
gia importante para que alunos e 
professores busquem, em conjunto, 
ampliar seus conhecimentos a partir 
dos novos significados gerados por 
essas tecnologias em sua vida social 
diária. 
Segundo Carbonell (2016), a 
educação precisa propor novas pers-
pectivas para seus alunos, estimu-
lando-os a pensar em novas perspec-
tivas metodológicas de aprendiza-
gem e ensino. Os professores preci-
sam estar dispostos a trabalhar com 
seus alunos, para estabelecer méto-
dos e estratégias que facilitem o es-
tabelecimento de novas formas de 
geração de conhecimento. A educa-
ção se encontra diante de um desa-
fio, que é a inserção de novas tecno-
logias de informação e comunicação 
nas escolas para aumentar o índice 
de alfabetização tecnológica, que de-
mocratiza o acesso de estudantes e 
comunidades às tecnologias de in-
formação e comunicação, melhoran-
do a qualidade de ensino. Para que 
isso ocorra, não basta investir em in-
fraestrutura física, instalar laborató-
rios de informática nas escolas e ad-
quirir equipamentos sofisticados, se 
não investir na formação dos profes-
sores, formação do educador para 
 
 
6 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
operá-los e saber utilizá-los com fi-
nalidades educativas. 
Em consonância com os auto-
res Teixeira e Marcon (2009), é cor-
reto afirmar que, uma sociedade co-
nectada requer de um tipo de educa-
ção que inclui processos virtuais, 
educação em rede ou hipertextual e 
criatividade, elementos cujas carac-
terísticas são aleatórias, imprevisí-
veis e complexas. As tecnologias em 
rede são processos não lineares, 
abertos e descontínuos, apresentan-
do a informações como uma espécie 
de mosaico, que pode promover a 
construção do conhecimento pes-
soal e do conhecimento coletivo. Vi-
ver em uma sociedade globalizada e 
o tempo todo cercada de inovações 
tecnológicas, saber adaptar o uso 
dessas tecnologias em sala de aula 
pode permitir que os professores re-
vejam conceitos e práticas educacio-
nais, possibilitando que seus alunos 
interajam com o conhecimento em 
tempo real, além de ajudar na cons-
trução de um saber que esteja sinto-
nizado com seu contexto sociocultu-
ral. Para repensar a educação na so-
ciedade do conhecimento, é funda-
mental o reconhecimento do impor-
tante papel das Tecnologias da In-
formação e Comunicação (TICs) na 
construção de uma sociedade onde a 
inclusão e a justiça social sejam as 
prioridades. 
Conforme Bonilla (2011), fren-
te à conectividade emergente em 
nossa sociedade, torna-se cada vez 
mais necessário que o professor abra 
os olhos para todos os meios tecno-
lógicos que envolvem a realidade de 
seu aluno. Esse é um aspecto impor-
tante para a promoção de práticas 
pedagógicas que valorizem a inclu-
são digital e reconheçam o papel me-
diador dos dispositivos digitais na 
produção do conhecimento. Visto 
que o acesso às tecnologias da infor-
mação e comunicação não abrange a 
sociedade como um todo, é necessá-
rio desenvolver uma estratégia de 
universalização do acesso, que in-
clua e promova democraticamente a 
inclusão digital e a capacitação para 
o uso dessas tecnologias de acordo 
com as necessidades do indivíduo. 
No processo de inclusão digi-
tal, a escola é um dos locais mais de-
mocráticos para a implementação de 
políticas públicas de acesso às mí-
dias digitais. A partir desse acesso, o 
professor pode mediar o conheci-
mento e a inclusão digital democrá-
tica por meio da inserção de ações 
simples em suas práticas de ensino, 
como a utilização de laboratórios de 
informática e outros recursos tecno-
lógicos. É inegável que, nas últimas 
décadas, alunos e professores foram 
afetados pela tecnologia digital na 
vida escolar. Embora grande parte 
 
 
7 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
da prática docente ainda se baseie 
no modelo tradicionalista, que busca 
a perfeição por meio da repetição e 
do pensamento linear racional, a in-
serção de dispositivos culturais digi-
tais oferece aos professores a opor-
tunidade de repensar sua própria 
prática em sala de aula (CARBO-
NELL, 2016). 
De acordo com Teixeira e Mar-
con (2009), vive-se um momento de 
extrema contradição entre o atual 
modelo de ensino adotado pela esco-
la e os costumes culturais de seus 
alunos e professores, o que exige 
uma revisão das metodologias utili-
zadas. As escolas não devem apenas 
qualificar os alunos para o mercado 
de trabalho, mas também deve pre-
pará-los para a vida, promovendo 
novas práticas sociais de cidadania, 
críticas e de diálogo que sejam pode-
rosas para mudar o mundo. Diante 
disso, ignorar o uso da tecnologia no 
processo de geração doconhecimen-
to em sala de aula é negar a possibi-
lidade de os alunos explorarem ou-
tras linguagens, que estão gradativa-
mente se tornando parte da experi-
ência humana. Nesse caso, vale res-
saltar que existe uma contradição 
entre a vivência cotidiana do uso das 
tecnologias digitais, nas diversas ati-
vidades do cotidiano e a experiência 
do uso dessas tecnologias na prática 
docente. A experiência no espaço es-
colar nem sempre acontecerá de for-
ma dinâmica e viva, como aquelas 
que os usuários vivenciam nos diver-
sos espaços físicos fora da escola. 
Para a autora Bonilla (2011), 
deve-se ressaltar que apenas o uso 
da tecnologia digital no ambiente es-
colar não garante que o processo de 
ensino e aprendizagem seja mais di-
nâmico e atrativo. Isso porque não 
basta que as escolas não tenha aces-
so suficiente a recursos tecnológicos 
e materiais didáticos considerados 
modernos, o problema central é tor-
nar a prática docente significativa 
para todas as pessoas envolvidas na 
produção do conhecimento. Nesse 
caso, é muito importante que os pro-
fessores tenham consciência de que 
na educação é sempre necessário de-
linear novos conceitos pedagógicos, 
a partir da influência da utilização 
de novos recursos tecnológicos, vol-
tados para permitir novas oportuni-
dades do aluno aprender. 
Segundo Pischetola (2016), os 
pontos de vista educativos baseados 
na disseminação do conhecimento 
também podem ser aproveitados a 
partir do uso das redes digitais, à se-
melhança do enfadonho método das 
chamadas aulas tradicionais, cuja 
exposição e explicação coloca o pro-
fessor no centro dos processos edu-
cacionais. Frente à necessidade de 
reestruturar a prática docente, é 
possível inspirar no digital e nos 
seus desenvolvimentos, como por 
 
 
8 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
exemplo hipertexto, interatividade, 
simulação, sugerindo práticas curri-
culares mais comunicativas, com 
mais e melhores autorias individuais 
e coletivas. Portanto, é importante 
questionar as práticas educacionais, 
para encontrar uma alternativa de 
abordagem metodológica que possa 
efetivamente estimular os alunos a 
participarem de um processo de en-
sino-aprendizagem mais adequado 
aos seus interesses e anseios. 
Em consonância com o autor 
Carbonell (2016), é correto afirmar 
que, as diversidades de linguagens 
usadas nas práticas sociais oferecem 
aos professores uma oportunidade 
para que as atividades de ensino en-
contrem diferentes formas de entrar 
em contato com o conhecimento. 
Portanto, é preciso focar na melho-
ria da qualidade do processo de en-
sino por meio do uso de imagens, ví-
deos, sons, e outros, de modo a au-
mentar ainda mais o trabalho com 
as informações em sala de aula, e 
tornar a geração de conhecimento 
mais agradável e dinâmica. 
Conforme Teixeira e Marcon 
(2009), de acordo com os Parâme-
tros Curriculares Nacionais (PCNs), 
qualquer que seja o espaço físico, as 
novas tecnologias de comunicação e 
informação têm penetrado no coti-
diano, e gerado demandas de vida e 
convivência que precisam ser anali-
sadas no espaço escolar. Televisão, 
rádio, informática, entre outras, 
aproximaram as pessoas por meio 
de imagens e sons até então inimagi-
náveis. Os sistemas tecnológicos, na 
sociedade contemporânea, fazem 
parte do mundo produtivo e da prá-
tica social de todos os cidadãos, 
exercendo um poder de onipresen-
ça, uma vez que criam formas de or-
ganização e transformação de pro-
cessos e procedimentos. 
A ocorrência da evolução so-
cial se deve a uma série de fatores 
extensos e complexos, incluindo os 
usos da digitalização em rede. A so-
ciedade de hoje é chamada por mui-
tas pessoas de sociedade da infor-
mação, e uma das suas característi-
cas é a existência das chamadas no-
vas tecnologias em quase todas as 
atividades cotidianas. Vive-se em 
uma realidade onde as crianças nas-
cem e crescem com a tecnologia ao 
seu alcance. A era da informação é 
resultado do desenvolvimento de 
novas tecnologias, que armazenam 
conhecimento e uma grande quanti-
dade de informações de forma práti-
ca. Estas novas tecnologias permite 
acessar o conhecimento difundido 
através das palavras, mas também o 
conhecimento difundido através de 
imagens, sons, vídeos, dentre outros 
(PISCHETOLA, 2016). 
De acordo com Carbonell 
(2016), é inegável que as crianças es-
tão cada vez mais utilizando equipa- 
 
 
9 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
mentos tecnológicos no dia a dia, e 
fechar os olhos para essa realidade é 
ignorar a infância vivida por crian-
ças que cada vez mais exploram o 
mundo por meio da tecnologia digi-
tal. Diante de tal situação, a socieda-
de contemporânea requer uma ree-
laboração contínuo do conhecimen-
to e, portanto, exige que as escolas 
estejam atentas para reavaliar cons-
tantemente suas estratégias de en-
sino-aprendizagem. 
 
O Papel do Professor e o 
Uso da Tecnologia 
 
Para os autores Teixeira e 
Marcon (2009), ainda nos bancos da 
escola, quando os futuros professo-
res recebem formação, estão dispo-
níveis muitos conhecimentos teóri-
cos, que visam orientar a sua prática 
docente na área do ensino e da teo-
ria, independentemente de serem 
voltados para a área tecnológica. Po-
rém, mesmo com um bom embasa-
mento teórico, a situação real da sala 
de aula muitas vezes ultrapassam os 
conhecimentos previamente adqui-
ridos, por isso é necessário delinear 
estratégias metodológicas que sejam 
compatíveis com a formação social e 
cultural dos alunos. Sentimentos co-
mo a insegurança levam a comuni-
dade docente a encontrar formas de 
trabalhar com os alunos para aten-
der às expectativas do sistema edu- 
cacional e de toda a comunidade es-
colar. 
Segundo Bonilla (2011), o uso 
de recursos técnicos nem sempre faz 
parte da rotina de ensino e, em mui-
tos casos, não condiz com a situação 
real de muitos professores e alunos. 
Ainda que a realidade social e cultu-
ral da instituição de ensino, em mui-
tos casos ainda carecem da constru-
ção de inovações metodológicas, 
nem sempre é fácil realizar grandes 
mudanças na prática pedagógica. 
Outro ponto a ser destacado é que 
muitos professores carecem de ex-
periência no manuseio de recursos 
tecnológicos. Tais dificuldades po-
dem ser encontradas tanto em pro-
fessores iniciantes quanto em pro-
fessores mais velhos, e diante da 
inovação tecnológica, os professores 
devem mudar suas posturas e tentar 
dar um novo significado às redes di-
gitais na prática docente. Produzir 
sentido significa tratar a rede digital 
como parte importante das relações 
humanas e, portanto, da forma co-
mo muitos sujeitos produzem co-
nhecimento na atualidade. 
Em consonância com os auto-
res Pischetola (2016), é correto afir-
mar que, com a popularização das 
tecnologias em rede, muitos profes-
sores se deparam com o desafio de 
conseguir utilizar as chamadas no-
vas tecnologias, para propor novas 
atividades de aprendizagem. Colo- 
 
 
10 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
car em prática essas atividades nem 
sempre traz uma sensação de segu-
rança aos professores, mas é neces-
sário sugerir novas formas dos alu-
nos produzirem conhecimento. Com 
um grande número de recursos tec-
nológicos disponibilizados pelas ins-
tituições de ensino, o uso das tecno-
logias pode ser um desafio contínuo 
aos professores. 
Conforme Carbonell (2016), os 
alunos podem se tornar verdadeiros 
parceiros para incentivar seus pro-
fessores a aprender mais e compre-
ender melhor a se apropriar das tec-
nologias digitais. O desafio que os 
professores enfrentam hoje é perce-
ber que as novas mídias e novas lin-
guagens emergentes na sociedade 
devem fazer parte da sala de aula, 
não se trata de levar a tecnologia a 
um certo grau de modernização do 
ensino, mas de compreendero po-
tencial e a contribuição das TICs pa-
ra a educação como recurso e apoio 
pedagógico em sala de aula e ambi-
ente de aprendizagem no ensino a 
distância. 
Os professores não podem ig-
norar a existência da tecnologia, 
mas devem cuidar para que haja 
concepção de que não se trata de 
substituir pelo que é novo, tudo o 
que o professor já trabalhou. Existe 
a necessidade de adaptação à con-
temporaneidade ao redor, para que 
 
se possa vislumbrar as diversas pos-
sibilidades que esses recursos po-
dem trazer na dinâmica do processo 
de ensino-aprendizagem. É preciso 
que os professores entendam as inú-
meras mudanças sociais trazidas pe-
lo digital, e estejam atentos à veloci-
dade de geração e compartilhamen-
to de informações da sociedade em 
rede, por meio de diferentes mídias. 
Desta forma, o aluno poderá adqui-
rir conhecimentos importantes para 
enriquecer seus conhecimentos 
(BONILLA, 2011). 
De acordo com Pischetola 
(2016), na sociedade atual, a diversi-
dade de linguagens é um dos seus 
traços distintivos, sendo o resultado 
da inserção contínua de vários meios 
de comunicação. Portanto, a cada é 
mais comum a utilização dos meios 
de comunicação no cotidiano dos 
alunos, como jogos, mensagem de 
multimídias, filmes, entre outros. 
Ao conseguir inserir essas tecnolo-
gias no ambiente escolar para buscar 
a adaptação a essas práticas, a quali-
dade do ensino prestado pode ser 
melhorada, mas vale reiterar que a 
presença da tecnologia no ambiente 
escolar por si só não garante a quali-
dade do ensino. São inúmeras as 
possibilidades metodológicas com a 
utilização da tecnologia digital em 
sala de aula, incluindo o uso de ima-
gens, jogos, músicas, vídeos e outras 
 
 
11 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
linguagens, que podem estar ainda 
mais próximas das experiências so-
ciais dos alunos. 
Para o autor Carbonell (2016), 
Hoje em dia, não existe um local 
ideal para que ocorra o aprendizado, 
mas o conhecimento pode ser pro-
porcionado em um local que respeite 
o tempo e a individualidade de cada 
aluno. Para tanto, os professores 
precisam estar atentos a essas possi-
bilidades, para que recursos tecno-
lógicos como filmes, músicas e infor-
mações obtidas em sites não caiam 
no puro conhecimento e prática edu-
cativa fora do olhar do cotidiano es-
colar. Uma vez envolvidos em ativi-
dades de prática social mediadas por 
tecnologia digital, os professores de-
vem perceber que trabalhos desen-
volvidos com recursos tecnológicos 
como filmes e imagens, quando bem 
desenvolvidos, podem ser verdadei-
ramente instigantes e muito úteis 
para os alunos aprenderem. A utili-
zação de estratégias metodológicas 
em sala de aula, que incorporem es-
ses recursos pode constituir um ver-
dadeiro estímulo para os alunos em-
barcarem em formas de explorar e 
investigar informações que vão além 
das formas tradicionais de trabalho 
em livros didáticos impressos. Ou 
seja, conseguir integrar as tecnolo-
gias como mediadoras do processo 
de ensino-aprendizado ainda é o 
principal desafio dos professores. 
Para quem trabalha na rede pública, 
o desafio é ainda maior, e essas esco-
las costumam carecer de recursos 
públicos para que as salas de aula se-
jam devidamente informatizadas. 
Segundo Teixeira e Marcon 
(2009), outra consideração impor-
tante a ser feita é se o uso da tecno-
logia e a situação real dos alunos es-
tão adequadas, o que exige que os 
professores escolham determinados 
critérios para que possam explorar 
os recursos digitais de forma dinâ-
mica e agradável em sala de aula. Os 
profissionais da área de educação 
têm percebido a necessidade de bus-
car constantemente novas estraté-
gias metodológicas para atender às 
necessidades e à curiosidade dos 
alunos. Esses profissionais se con-
frontam continuamente com inova-
ções tecnológicas que lhes permitem 
reconsiderar suas práticas de ensi-
no, na medida em que reinventam a 
forma de trabalhar com os alunos. 
Em consonância com a autora 
Bonilla (2011), é correto afirmar 
que, o professor atual já percebeu 
que novas habilidades e atitudes são 
essenciais para que o processo de 
ensino-aprendizado seja significati-
vo para seus alunos, e que seja capaz 
de responder aos objetivos que ele 
delineou anteriormente. Portanto, 
nas escolas, é necessário conduzir a 
prática docente com as diferentes 
tecnologias de forma crítica para 
 
 
12 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
compreender, propor e desenvolver 
estratégias de construção do conhe-
cimento, e democrática para esteja a 
serviço de uma educação preocupa-
da com a mudança social, visando 
democratizar o conhecimento e a 
mídia. O objetivo principal da prá-
tica de ensino deve ser o uso de todas 
as tecnologias de informação e co-
municação para expandir o conheci-
mento dos alunos. O professor tem a 
responsabilidade de trazer esses re-
cursos para a sala de aula, pois esses 
recursos não se destinam apenas a 
promover a aprendizagem, mas 
também são compreensíveis e po-
dem promover a interação e demo-
cratização da aprendizagem. 
Conforme Pischetola (2016), 
além do pessimismo ainda existente 
no ambiente escolar, onde a imagem 
tradicional do professor muitas ve-
zes sobrevive a todas essas invasões 
tecnológicas, percebe-se que o mun-
do atual está cada vez mais aberto, a 
explorar a produção de conhecimen-
to a partir de simples clique. Mas, 
quando a escola atual ainda é domi-
nada pelo tempo e espaço pré-deter-
minados, ignorando, resistindo ou 
mostrando dificuldades de incorpo-
rar a inovação tecnológica da era 
atual ao seu cotidiano, torna-se cada 
vez mais desafiador pensar em ino-
vações metodológicas na prática pe-
dagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
2. Ensino Remoto 
 
 
Fonte: O Povo2 
 
m consonância com o autor 
Ferreira (2020), é correto afir-
mar que, as aulas remotas estão cada 
vez mais em alta, porém ainda existe 
muitas dúvidas sobre o tem e sobre 
quais aspectos da educação básica e 
complementar essa modalidade de-
ve abranger. As aulas remotas é ba-
sicamente todo conteúdo produzido 
e disponibilizado online, acompa-
nhado das aulas virtuais ministradas 
em tempo real pelo professor res- 
 
2 Retirado em https://www.opovo.com.br 
ponsável por aquela disciplina. Elas 
devem ser realizadas sempre seguin-
do cronogramas adaptáveis do plano 
de ensino tradicional. Geralmente, 
essas aulas são adotadas como uma 
medida de emergência quando as 
atividades presenciais precisam ser 
suspensas por uma causa maior. Es-
se método tem como principal obje-
tivo evitar o atraso no progresso es-
colar de crianças, adolescentes e até 
mesmo universitários, dando todo 
E 
 
 15 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
suporte e materiais necessários para 
que ocorra aprendizado de qualida-
de e eficiente mesmo longe da sala 
de aula. 
Conforme Santos Da Costa e 
Costa (2021), como a educação re-
mota é uma medida emergencial, a 
intenção é que não se distancie mui-
to da experiência oferecida pelas au-
las presenciais na escola. O plano de 
aula e as atividades complementares 
e extracurriculares podem sofrer 
mudanças para se adequarem à rea-
lidade doméstica do perfil da turma, 
mas sem modificações significativas 
na metodologia da instituição. Sen-
do assim, através de plataformas vir-
tuais e online, os professores devem 
se encontrar com os alunos da turma 
seguindo os mesmos dias e horários 
em que deveriam ocorrer as aulas 
presenciais. Os softwares utilizados 
também devem proporcionar a inte-
ração por meio de chats, áudios e até 
mesmo compartilhamento de telas, 
quando necessário. 
De acordo com Eliezer, Ribei-
ro e Schutz (2020), em um panora-
ma geral, a principalmudança das 
aulas remotas para as presenciais é 
realmente o ambiente escolar e a 
possibilidade de contato social fí-
sico. Pois, são mantidos provas, exa-
mes, exercícios valendo notas e 
apresentações de trabalhos, que 
também são mediados pelos softwa-
res de educação remota. Portanto, 
consegue preservar mesmo que cada 
aluno esteja em sua casa. É impor-
tante ressaltar que os métodos avali-
ativos continuam os mesmos estabe-
lecidos pelo professor, junto com a 
estratégia pedagógica já adotada 
pela instituição. 
Segundo Ferreira (2020), di-
versamente do que muitas pessoas 
acreditam, há uma diferença signifi-
cativa entre aulas remotas e educa-
ção a distância (EaD), sendo que es-
sa última é uma modalidade que 
preza por aulas a distância e total-
mente elaboradas, de modo que o 
aluno não tenha a necessidade ir até 
um polo presencial da instituição. 
Enquanto as aulas remotas se tra-
tam apenas de uma alternativa tem-
porária para o ensino presencial, a 
educação a distância é totalmente 
elaborada e projetada para ocorrer 
fora das salas de aula, durante todo 
o curso ou ano letivo. 
Em consonância com os auto-
res Eliezer, Ribeiro e Schutz (2020), 
é correto afirmar que, conforme a le-
gislação atual, as aulas remotas não 
são permitidas no Brasil para tur-
mas de educação infantil e ensino 
fundamental, exceto em situações 
emergenciais, como é o caso do ho-
meschooling adotado mundialmen-
te no ano de 2020, devido a pande-
mia do coronavírus, ou como mate-
rial complementar. Sendo assim, a 
educação a distância é mais usada 
 
 16 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
para cursos extracurriculares e de 
ensino superior, como por exemplo 
nos casos de cursos técnicos e de idi-
omas. 
Conforme Ferreira (2020), al-
gumas características do ensino à 
distância são: 
 Todos os materiais preparados 
para as aulas a distância são 
gravados e não necessaria-
mente personalizados para 
uma única turma; 
 Aulas a distância contam ape-
nas com um tutor para tirar 
dúvidas em fórum e, ocasio-
nalmente, corrigir erros na 
plataforma; 
 O cronograma e o conteúdo 
das aulas a distância costu-
mam ser padronizados e se-
guidos fielmente sem grandes 
adaptações para se adequar às 
eventuais necessidades do alu-
no; 
 A interação presencial pode 
ocorrer apenas uma vez por 
semestre ou ser inexistente, a 
depender da metodologia de 
testes e de avaliações dos mó-
dulos que são aplicadas pela 
instituição. 
 
De acordo com Santos Da Cos-
ta e Costa (2021), as atividades as-
síncronas são aquelas adotadas nas 
aulas remotas e nas aulas a distân-
cia, em que alunos e professores não 
precisam estar online na plataforma 
simultaneamente. Ou seja, o conteú-
do das aulas pode ser gravado e 
acessado pelo estudante, quantas 
vezes ele quiser e a qualquer hora do 
dia. Além das vídeo-aulas que se en-
contram em plataformas de trans-
missões, outras atividades assíncro-
nas podem ser utilizadas para com-
plementar a educação remota, como 
os fóruns de discussão, o e-mail dis-
ponibilizado pelo professor para so-
lucionar dúvidas e pendências, sli-
des, e-books e conteúdos publicados 
em blogs e sites oficiais da institui-
ção. Em contrapartida, as atividades 
síncronas que fazem parte das aulas 
remotas tem como exigência uma 
interação instantânea e ao vivo entre 
o professor e a turma, que pode ser 
realizada através de salas virtuais de 
conferência, chats simultâneos e li-
gações de voz. 
Segundo Eliezer, Ribeiro e 
Schutz (2020), as aulas remotas é 
uma opção repleta de recursos e fun-
cionalidades, para facilitar muito a 
rotina de quem precisa estudar dire-
tamente da sua casa e sem a carga 
horária presencial escolar. Para 
conseguir aproveitar ao máximo es-
sa experiência, existem algumas di-
cas e orientações sugeridas especial-
mente pelos profissionais da área: 
 Alinhamento com a proposta 
da escola - mais do que nunca, 
alunos, pais e responsáveis 
precisam conhecer as metodo-
logias utilizadas pela escola e 
entender como aplicá-las na 
sua rotina de forma orgânica. 
 
 17 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
As boas instituições de ensino 
estão preparadas para dar es-
sas instruções e tirar todas as 
dúvidas sobre o funcionamen-
to das aulas remotas. 
 Foco em atividades práticas e 
funcionais - o cronograma das 
aulas remotas já vem pronto 
com todas as atividades que 
precisam ser praticadas em ca-
sa, e é indispensável que essas 
tarefas sejam cumpridas diari-
amente. Por isso, depois de 
acompanhar o material dos 
encontros virtuais, é preciso 
colocar a mão na massa para 
fazer as atividades junto e/ou 
para dar todo o suporte para 
os filhos fazerem, nos casos de 
pais e responsáveis. 
 Presença em todas as aulas on-
line - as aulas remotas são tão 
eficientes quanto as presenci-
ais, desde que levadas a sério. 
No início, é provável que, prin-
cipalmente as crianças rejei-
tem a ideia de estudar em casa, 
mas assim como na escola, a 
presença é importante e as fal-
tas podem não só levar à re-
provação, como também à 
perda de conteúdos extrema-
mente importantes para o 
aprendizado. Assim, aproveite 
que os encontros virtuais são 
feitos no conforto da sua resi-
dência e prepare um ambiente 
de estudos aconchegante para 
que se sentir bem instalado, 
mantendo longe qualquer dis-
tração o deixe desconcentrado 
durante a aula online. 
 Equilíbrio da carga horária 
com a rotina - com a carga ho-
rária escolar feita de casa, é co-
mum que os afazeres dos res-
ponsáveis acabem se mistu-
rando ao longo do dia, e isso 
não é nada proveitoso. Assim, 
para dar conta de tudo, é im-
portante separar horários ex-
clusivos para cada atividade, 
desde acompanhar as aulas até 
realizar as tarefas domésticas 
e o home office, no caso de pais 
que trabalham de casa. E, cla-
ro, lembre-se que o seu lar ain-
da é um espaço de lazer e isso 
precisa ser respeitado para ga-
rantir a harmonia e o bem-es-
tar de todos. 
 
Em consonância com as auto-
ras Santos Da Costa e Costa (2021), 
é correto afirmar que, diante da ne-
cessidade do ensino remoto, devido 
a pandemia que assola o mundo, 
muitas complicações surgiram, es-
pecialmente as que estão associadas 
à dificuldade de acesso dos estudan-
tes a dispositivos eletrônicos e ao si-
nal de Internet de qualidade. Além 
disso, diversas outras dificuldades 
de aprendizagem, propriamente di-
ta, em relação às perspectivas dos 
alunos, devido à necessidade de 
manter o isolamento social e, conse-
quentemente, a impossibilidade de 
encontrar os amigos, de interagir 
com os professores pessoalmente, 
dentre outras atividades que só po-
 
 18 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
dem ocorrer através da presença fí-
sica, do contato humano, do diálogo 
indispensável para que o processo 
de ensino-aprendizagem ocorra 
completamente. Diante desse con-
texto, é visível que o entusiasmo dos 
jovens alunos vem se apresentando 
baixíssimo durante os períodos de 
quarentena, e todas esses sentimen-
tos refletem negativamente nas 
questões que estão diretamente as-
sociadas ao desempenho escolar. 
Conforme Eliezer, Ribeiro e 
Schutz (2020), é fato que os estu-
dantes estão muito desmotivados, 
devido a essa mudança na forma de 
ensino. Mas, é importante conside-
rar que uma parcela significativa 
desse desânimo está intrinsecamen-
te relacionada ao contexto da pande-
mia de uma forma geral, e não so-
mente ao modelo de aulas remotas, 
pois é impossível produzir uma for-
ma de estudo satisfatório diante de 
sentimentos de ansiedade, tristeza, 
esgotamento e medo, e é por esse 
motivo que é muito importante pen-
sar a educação sob a ótica dos alu-
nos. 
De acordo com Ferreira 
(2020), além dos obstáculos e limi-
tações que o ensino remoto apresen-
ta, outro fator que deve ser levado 
em conta, é a impossibilidade de se 
discutir educação e tecnologia,sem 
fazer uma reflexão sobre as classes 
socioeconômicas, para delinear as 
diferenças entre as percepções dos 
estudantes de escolas públicas e os 
de escolas privadas. Essas são bem 
significativas, e muito provavelmen-
te relacionadas a fatores que inde-
pendem das próprias questões refe-
rentes à escola, como o modelo de 
aulas adotado, englobando barreiras 
ambientais de estudo do adolescente 
dentro de casa, aos aparelhos tecno-
lógicos usados e o relacionamento 
dos estudantes com a família. 
Segundo Santos Da Costa e 
Costa (2021), diante de todas as irre-
gularidades e dificuldades dessa fase 
de estudo durante a pandemia, po-
de-se perceber que falta discussões 
sobre a educação através das tecno-
logias digitais, especialmente nos 
dias de hoje, uma vez que o processo 
de ensino remoto deve continuar 
por algum tempo, até que as aulas 
possam voltar a ser presenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
3. Smartphones na Escola 
 
 
Fonte: Medium3 
 
s escolas da atualidade estão 
enfrentando cada vez mais de-
safios para transformar suas práti-
cas tradicionais em métodos que 
possam aproveitar o potencial e as 
facilidades das tecnologias digitais. 
É necessário reconsiderar as teorias 
da aprendizagem para abranger as 
características da era móvel, não 
apenas por meio do uso de laptops, 
telefones celulares e outras tecnolo-
gias móveis, mas também por meio 
da movimentação de pessoas e in- 
 
3 Retirado em https://medium.com/ 
formações e, consequentemente, 
através do contexto da aprendiza-
gem que é criado. Nesse sentido, po-
de-se constatar que as questões da 
mobilidade requerem metodologias 
que utilizam as tecnologias móveis, 
e são muito importante na perspec-
tiva da coautoria e coprodução, prin-
cipalmente para a construção de co-
nhecimentos que podem se consti-
tuir de forma dinâmica e colaborati-
va. Isso significa reconhecer que al-
A 
 
 21 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
guns dos modelos e valores tradicio-
nais nas instituições educacionais 
estão desatualizados. Uma vez que 
as escolas estão imersas nesse novo 
ambiente social, ajustes são urgen-
tes, pois até mesmo a compreensão 
dos processos de produção do co-
nhecimento e do uso das tecnologias 
tem outros significados (CARBO-
NELL, 2016). 
Para o autor Pinochet (2014), 
os smartphones estão se tornando 
cada vez mais populares devido à 
sua versatilidade, funcionalidade e 
tamanho. Em seu desenvolvimento, 
foram considerados como platafor-
mas de multimídia. E devido à im-
portância das plataformas multimí-
dia para o ensino-aprendizado, eles 
podem assumir o seu lugar como 
uma importante ferramenta para fa-
cilitar e mediar os processos de ensi-
no e aprendizado, levando em conta 
o seu potencial seu potencial de con-
versão de mídias, as redes sociais, e 
as demais facilidades da web 2.0. 
De acordo com Souza (2018), 
levando-se em conta a realidade da 
educação, principalmente no Brasil, 
há décadas há uma tentativa de se 
integrar as tecnologias e as mídias 
digitais aos currículos escolares nas 
atividades de ensino presencial. A 
partir da compreensão da necessida-
de de evolução e mudança de desem-
penho em todas as partes do ambi-
ente educacional, pode-se conside- 
rar que os negócios nesta área são 
complexos. 
Em consonância com o autor 
Gomes (2016), é correto afirmar 
que, a reforma do ensino que todos 
esperam é a transição da educação 
baseada exclusivamente na trans-
missão e orientação de informações, 
para a criação de um ambiente de 
aprendizagem no qual os alunos re-
alizem atividades e construam seus 
próprios conhecimentos. Mas é pre-
ciso perceber que ainda há muito 
trabalho a ser feito para conseguir 
uma mudança, especialmente, cul-
tural. Esta mudança enfrenta muitos 
desafios, um dos quais é o estabele-
cimento e formulação de um currí-
culo escolar de acordo com as neces-
sidades do novo ambiente social, ca-
racterizado pela mobilidade da in-
formação. Além disso, existem ou-
tros desafios pertinentes que limi-
tam as ações dos professores, como 
da composição de um currículo inte-
grado com as diversas mídias; a qua-
lidade na formação dos professores 
pode ser o reflexo dos currículos de 
licenciatura que os formam e que 
podem comprometer a qualidade da 
sua ação pedagógica. 
Conforme Carbonell (2016), 
com a integração das práticas do-
centes e das tecnologias digitais, es-
se desequilíbrio na educação brasi-
leira também está relacionado ao 
despreparo dos gestores da educa- 
 
 22 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
ção. Então, esses fatos podem estar 
relacionados à marginalização da 
profissão social da categoria docen-
te, com consequências desastrosas 
do ponto de vista de salário, sobrevi-
vência e dignidade, considerando 
também a falta de espaço físico nas 
escolas públicas. Essas questões po-
dem ser prejudiciais à formação in-
tegral dos alunos, pois podem gerar 
uma atraso na busca por uma educa-
ção de qualidade com foco na apren-
dizagem significativa. 
O desafio dado às escola hoje é 
o de mudar esse conjunto de concei-
tos, essas novas formas de conheci-
mento, esses novos estilos de saber 
que surgem a partir de uma escola 
cognitiva em formação numa prática 
cotidiana da escola, para que a esco-
la possa se integrar a esse novo mun-
do, nessa nova cultura, nesses novos 
signos. É justamente nesta forma de 
olhar o mundo sob uma nova pers-
pectiva e estar imerso na cultura di-
gital, que o universo escolar precisa 
estar atento as Tecnologias Digitais 
da Informação e comunicação 
(TDIC), para formar o aluno como 
um todo de acordo com o novo sím-
bolo dos recursos de mobilidade da 
informação. Nesse sentido, levando 
em conta que, ao longo do tempo, os 
desafios e aspectos enfrentados pela 
tecnologia educacional no Brasil 
precisam ser superados, pois consi-
derando a lógica de mercado apre-
sentada por esses produtos de con-
sumo, não importa como os smar-
tphones sejam obtidos, adquiriram 
sua importância, introduzindo ou-
tros valores e transformando os há-
bitos de toda uma sociedade. Por-
tanto, é possível refletir sobre o en-
sino e a aprendizagem e o uso desses 
recursos para a melhoria da quali-
dade da educação (GOMES, 2016). 
Para o autor Carbonell (2016), 
considerando que os alunos pos-
suem as informações e o conheci-
mento necessários para manipular 
os recursos dos smartphones, existe 
a possibilidade de utilizá-los como 
ferramentas para a produção de 
conteúdos digitais de aprendizagem. 
Essa é uma ação complexa, pois re-
quer um novo olhar sobre as rela-
ções, sobre a construção do conheci-
mento na escola, e também precisa 
de mais reflexão, ação e avaliação da 
prática. Sendo assim, pode fazer a 
diferença no sentido da relação com-
portamental entre a aprendizagem e 
as instituições escolares, e se carac-
teriza pelo comportamento coorde-
nado e colaborativo dos professores 
e permite que os alunos se tornem 
protagonistas. A diferença está na 
mobilização dos alunos que, quando 
se organizam em grupos, procuram 
conhecer mais profundamente os 
conteúdos que vão utilizar, e conver- 
 
 23 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
tê-los em dados e informações, que 
servirão de base para a edição de ví-
deos que poderão ser gravados e edi-
tados com o uso do smartphone. 
De acordo com Pinochet 
(2014), a popularização dos serviços 
de telefonia no Brasil e no mundo 
impactou na cultura da sociedade 
digital, onde o uso de smartphones 
deixou de ser sinônimo de luxo e po-
der, e passou a ser objeto de desejo e 
consumo das pessoas. A razão para 
este fato é a existência e promoção 
das funcionalidades e especificida-
des que facilitam a vidadas pessoas. 
Esses dispositivos ganharam novos 
recursos como versatilidade, funcio-
nalidade, mobilidade, pervasividade 
e ubiquidade. 
Em consonância com o autor 
Souza (2018), é correto afirmar que, 
no caso específico dos telefones ce-
lulares, pode-se dizer que os smar-
tphones de hoje são fruto do desen-
volvimento tecnológico, pois além 
da mobilidade, esses aparelhos tam-
bém possuem características perva-
sivas e ubíquas, que fazem com que 
permaneçam conectados em rede. 
Ou seja, podem ser transportados 
conectados à internet, colocados em 
bolsos e bolsas, e até mesmo manti-
dos nas mãos, na maioria dos casos. 
Essa característica de ser transpor-
tado pode ser chamada de mobili-
dade, e definida como uma conexão 
entre seu aspecto físico/espacial 
(transporte) e virtual/informacional 
(mídia). A mobilidade é a caracterís-
tica de ser móvel, de andar de um 
lado para o outro. 
Conforme Gomes (2016), um 
smartphone também pode extrair 
informações sobre o ambiente no 
qual está inserido, por meio de seus 
próprios sensores ou por meio da in-
teração com outros dispositivos. Es-
te propriedade é denominada perva-
sividade. A interação entre a compu-
tação móvel e os conceitos de com-
putação pervasiva fornece computa-
ção ubíqua. Portanto, computação 
ubíqua é um termo usado para des-
crever a onipresença da informática 
no dia a dia das pessoas. As funcio-
nalidades e recursos associados aos 
computadores estão espalhados e 
integrados em uma grande rede que 
coleta, recupera, processa, armaze-
na e distribui informações e intera-
ções no dia a dia das pessoas. 
Os smartphones podem ser 
considerados conversores de mídia 
que utilizam tecnologia de ponta, e 
estão associados às tecnologias 3G e 
4G, podendo acessar redes sociais, 
jogos e aplicativos para as mais di-
versas definições. As características 
dos conversores de mídia se devem 
às diferentes funções que os com-
põem. No mundo da convergência 
de mídia, cada história importante é 
contada, cada marca é vendida e ca-
da consumidor é recebido por várias 
 
 24 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
plataformas de mídia para mostrar 
que os smartphones são importan-
tes plataformas digitais que aumen-
tam a produção e o consumo de in-
formações. O celular passa a ser vis-
to como um “tele tudo”, ou seja, um 
telefone, câmera, TV, cinema, noti-
ciários, difusor de e-mail e SMS, 
WAP8, atualizador de sites, localiza-
dor por GPS, reprodutor de música 
(MP3) e demais aparelhos que po-
dem ser usados ao mesmo tempo 
(SOUZA, 2018). 
Para o autor Gomes (2016), 
com todas as facilidades e atrativos, 
os jovens levaram os smartphones 
para as escolas e salas de aula e, por 
isso, o uso de smartphones dentro 
das instituições escolares passou a 
ser proibido. Esse contexto situacio-
nal e paradoxal contraditórios mos-
trou as dificuldades enfrentadas pe-
las escolas em lidar com esta situa-
ção. No entanto, é difícil pensar que, 
na sociedade atual, as escolas fi-
quem excluídas de um ambiente so-
cial tão óbvio. Nesse sentido, o plano 
de construção do conhecimento por 
meio de celulares e smartphones se 
espalha em direção a novas oportu-
nidades de produção e consumo de 
conteúdos digitais, que podem ser 
transformados em conhecimento 
que beneficie pessoas, grupos e a so-
ciedade. 
De acordo com Carbonell 
(2016), sob o efeito combinado do 
paradigma da tecnologia da infor-
mação e das formas e processos so-
ciais, tanto o espaço quanto o tempo 
estão mudando. Os serviços de co-
municação proporcionados pela mo-
bilidade dos telefones móveis têm 
permitido o desenvolvimento contí-
nuo de comunidades virtuais e redes 
interativas. A sociedade de hoje re-
quer indivíduos que expressem inte-
resse em participar de determinados 
grupos compostos por diferentes in-
teresses, os quais podem estar rela-
cionado a finanças, cultura, política, 
religião e família. Com a formação 
desses grupos na rede virtual, as 
pessoas sentem cada vez mais a ne-
cessidade de se aproximarem de de-
terminados grupos, que se multipli-
cam, se reformulam e se renomeiam 
de acordo com os interesses pró-
prios e as necessidades da socie-
dade. 
Em consonância com o autor 
Pinochet (2014), é correto afirmar 
que, a evolução e o grande cresci-
mento dessas redes no ambiente es-
colar exige que as instituições de en-
sino e os profissionais tenham capa-
cidades pedagógicas inovadoras, as-
sim como o abandono das relações 
verticais, herdadas das sociedades 
industriais e disciplinares. Diante 
dessa nova lógica espacial existe 
uma pressão social que exige a ne-
cessidade de pertença, desperta nas 
pessoas uma maior necessidade de 
 
 25 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
consumo de bens que os identifique 
com grupos aos quais querem fazer 
contato. Essas relações se fortale-
cem e se multiplicam com a popula-
rização do smartphone. Tomando-o 
como referência em relação às redes 
sociais pode-se citar algumas, as 
mais acessadas, como: 
 WhatsApp; 
 Facebook; 
 Instagram; 
 Youtube; 
 Snapchat; 
 Twitter. 
 
Conforme Souza (2018), todas 
essas redes sociais possui seus atra-
tivos e objetivos característicos, mas 
todas tem, em comum, o uso do 
smartphone. É quase que uma 
“ofensa” alguém dizer que não usa 
nenhuma rede social ou que não tem 
smartphone e que, apenas usa o ce-
lular para fazer e receber chamadas, 
esse tipo de usuário está diminuindo 
cada vez mais. Nesse contexto, é 
conveniente pensar numa escola que 
leva em conta essas relações, assim 
como o número de estudantes que 
possuem smartphone. É preciso 
considerar que os grupos e as rela-
ções sociais que se formam não dei-
xam de existir quando eles estão no 
interior da escola. 
O percentual de estudantes 
que tem smartphones chama a aten-
ção de pesquisadores e estudiosos 
para o potencial de produção nas 
mãos dos jovens e que necessitam 
ser bem orientados para a constru-
ção da prática do bem. Afinal de con-
tas, o smartphone possui um poten-
cial de produção igual para qualquer 
finalidade, e esse potencial vem sen-
do, gradualmente, adquirido pelos 
próprios jovens, nas redes sociais, 
jogos e nos canais de publicação e 
compartilhamento de vídeos (PINO-
CHET, 2014). 
Para o autor Souza (2018), a 
computação ubíqua, como os smar-
tphones, tem o potencial de difundir 
o processo de ensino-aprendizagem 
e as relações entre professores e alu-
nos. Na computação ubíqua, os dis-
positivos tecnológicos estão conec-
tados em uma grande rede, e possui 
o potencial de proporcionar a oni-
presença do professor nos processos 
de ensino-aprendizagem. O desen-
volvimento de aplicativos de ensino-
aprendizagem em smartphones, 
possibilita que a aprendizagem seja 
onipresente para aluno, assim como 
o professor se torne onipresente pa-
ra os processos de acompanhamento 
no desenvolvimento e avaliação do 
aluno. 
De acordo com Gomes (2016), 
a tecnologia ubíqua, o smartphone, 
pode proporcionar, por exemplo: 
 A localização do aluno; 
 Com quem, quando e onde, o 
aluno fez contato para dirimir 
dúvidas; 
 
 26 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 Com quem, quando e onde 
teve diálogo; 
 Quais, quando e onde os exer-
cícios foram feitos; 
 Quais temas foram abordados; 
 Quais tecnologias foram utili-
zadas. 
 
Em consonância com o autor 
Carbonell (2016), é correto afirmar 
que, a tecnologia ubíqua permite 
uma avaliação cognitiva e comporta-
mental do aluno. Possibilita que o 
professor planeje estratégias de en-
sino, aprendizagem e avaliação, sín-
cronas e assíncronas, que permitem, 
por exemplo, exigir uma resposta 
instantânea do aluno. Essas infor-
mações ainda podem colaborar para 
a pesquisa científica, na qual o in-
vestigador pode descobrir padrões 
de uso e comportamento que pro-
porcionam ummelhor aprendizado 
do aluno. A concepção de onipresen-
ça acarreta que a maioria das funci-
onalidades e recursos relacionados 
aos dispositivos tecnológicos estão 
agrupados, ou, dispersos e integra-
dos, aumentando o número de for-
mas de entrada e saída da informa-
ção. No caso dos smartphones, exis-
te, por exemplo: 
 Microfone; 
 Teclado; 
 Mouse; 
 Leitor ótico; 
 Scanner; 
 Máquina fotográfica; 
 Vídeo; 
 Rádio; 
 TV; 
 Bússola; 
 Luminosidade; 
 Temperatura; 
 Altitude; 
 Mapa. 
 
Conforme Pinochet (2014), es-
ses recursos podem possibilitar a 
criação e compartilhamento de con-
teúdo pedagógico. Sendo assim, o 
smartphone é considerado um dis-
positivo ainda pouco usado nos pro-
cessos educacionais. Portanto, le-
vando-se em conta o contexto relaci-
onal entre sociedade, tecnologia e 
escola, é preciso destacar a necessi-
dade de criar ações metodológicas 
nas práticas de ensino que dá priori-
dade ao protagonismo dos alunos, 
incentivando-os a produzir conteú-
dos digitais de aprendizagem utili-
zando o smartphone, e consequente-
mente, uma aprendizagem de quali-
dade para a vida. 
 
27 
 
 
 
 28 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
4. Computadores Atuais 
 
 
Fonte: Toda Matéria4 
 
e acordo com Carvalho e Lore-
na (2017), a arquitetura dos 
computadores refere-se aos compo-
nentes de um sistema que são visí-
veis para o programador, ou seja, 
que possuem impacto direto sobre a 
execução lógica de um programa, 
como: 
 Conjunto de instruções; 
 Número de bits usados para 
representar dados; 
 Mecanismos de E/S; 
 Técnicas de endereçamento de 
memória. 
 
Para o autor Tanenbaum 
(2013), a organização dos computa- 
 
4 Retirado em https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/ 
dores refere-se às unidades operaci-
onais e suas interconexões que im-
plementam as especificações da sua 
arquitetura, como: 
 Sinais de controle; 
 Interfaces com periféricos; 
 Tecnologia de memória. 
 
Apesar de ter ocorrido mudan-
ças drásticas na área da eletrônica, o 
microcomputador atual, ainda pos-
sui a mesma concepção funcional 
dos primeiros computadores eletrô-
nicos. Esse conceito é denominado 
Arquitetura de von Neumann, defi-
nido como uma unidade central de 
D 
 
 29 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
processamento, que recebe informa-
ções por meio de uma unidade de 
entrada de dados, processa as infor-
mações de acordo com as especifica-
ções de um programa armazenado 
na unidade de memória, e passa os 
resultados através de uma unidade 
de saída de dados (STALLINGS, 
2017). 
Segundo Wazlawick (2021), a 
história da tecnologia da informação 
está entrelaçada com a própria his-
tória humana e é considerada a ciên-
cia da informação. A primeira ferra-
menta usada por humanos para sim-
plificar os cálculos foram os dedos 
da mão, o que foi suficiente para 
aquela época, porque as operações 
aritméticas a serem realizadas eram 
muito simples. Os primeiros instru-
mentos que o ser humano utilizou 
para facilitar os cálculos foram os 
dedos das mãos, essa ferramenta era 
suficiente para a época, pois as ope-
rações aritméticas a serem efetuadas 
eram muito simples. Os primeiros 
computadores que surgiram, foram 
chamados de Computadores Mecâ-
nicos, e surgiram através dos tem-
pos, devido ao aprimoramento de al-
guns modelos criados. 
Em consonância com o autor 
Stallings (2017), é correto afirmar 
que, em uma ordem cronológica, a 
evolução dos computadores mecâni-
cos foi: 
 2600 a. C - Alguns pesquisa-
dores consideram Stonehenge 
o 1° computador feito pelo ho-
mem, trata-se de um monu-
mento paleolítico constituído 
de menires de 3 metros de al-
tura situado na Grã-bretanha. 
 2000 a. C - O ábaco é o nome 
genérico atribuído aos conta-
dores em geral utilizado no 
oriente, era feito inicialmente 
de conchas e seixos e evoluiu 
para contas móveis que se mo-
vimentam em hastes. 
 1621- O matemático inglês 
William Outgred inventa a ré-
gua de cálculo. 
 1623 - Wilhem Schilkard co-
meça a construção da 1ª má-
quina de calcular. 
 1642/1647 - O francês Blaise 
Pascal, utilizando sua máqui-
na conhecida como pascalina, 
conseguia somar e subtrair por 
meio de engrenagens mecâni-
cas. 
 1801 - O matemático francês 
Joseph Marie consegue arma-
zenar informações em placas 
perfuradas para controle de 
máquinas de tecelagem, o fato 
gerou grande temor de desem-
prego, por ser considerada 
uma máquina pré-automação. 
 1820 - Uma máquina de calcu-
lar idealizada pelo francês 
Charles Thomas vende mais 
de 1500 unidades, foi o 1° su-
cesso comercial nesse setor. 
 1822 - O inglês Charles Babba-
ge anuncia sua máquina dife- 
 
 
 30 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
rencial, mas o motor analítico 
do computador era composto 
por engrenagens que não pos-
suíam a precisão adequada, 
não funcionou de forma satis-
fatória. Babbage, sabendo que 
precisava de um software para 
o motor, contrata a 1ª progra-
madora do mundo, Ada Love-
lace. 
 1854 - George Boole estabelece 
os princípios binários que se-
riam utilizados posteriormen-
te como base pra o estudo de 
lógica matemática. 
 1880 - Hermann Hollerith, ba-
seado nas ideias de Babbage e 
Joseph, constrói uma máquina 
de tabulação chamada “tabu-
ladora” a qual foi usada no 
censo norte americano. 
 1896 - Hermann cria a Tabu-
lating Machine Company; 
 1911 - Hermann associa-se a 
outras empresas e a Tabula-
ting Machine Company passa 
a ser dirigida por Tomas Wat-
son; 
 1924 - Nasce a IBM (Interna-
tional Business Machine), re-
sultado da associação de Her-
mann e Watson. 
 
Conforme Carvalho e Lorena 
(2017), os Computadores Eletrôni-
cos Analógicos utilizavam válvulas 
que eram ligadas por quilômetros de 
fios, com a invenção da válvula ele-
trônica foi possível realizar opera-
ções aritméticas por meio de circui-
tos eletrônicos. 
De acordo com Stallings 
(2017), em uma ordem cronológica, 
a evolução dos computadores eletrô-
nicos analógicos, foi: 
 1931 - O primeiro computador 
analógico é construído pelo 
MIT (Massachustts Institute 
of Technology). 
 1937 - A IBM fabricou o pri-
meiro computador eletrome-
cânico, chamado MARK I. 
 
Para os autores Carvalho e Lo-
rena (2017), após a criação dos com-
putadores eletrônicos analógicos, 
surgiram os Computadores Eletrô-
nicos Digitais. Que evoluíram na se-
guinte ordem cronológica: 
 1939 - O primeiro computador 
eletrônico digital, é apresen-
tado pelo professor de mate-
mática John Atanasoft, ele foi 
o primeiro a usar válvula para 
os circuitos lógicos, mas sua 
construção foi abandonada em 
1942. 
 1943 - A Inglaterra construiu 
dez computadores, chamados 
de COLOSSUS I, que era um 
equipamento eletrônico digi-
tal a válvulas, utilizado para 
decifrar códigos militares dos 
alemães. 
 1946 - O ENIAC (Eletronic 
Numeric Integrator Analyser 
and Calculator) foi apresen-
tado como o primeiro grande 
computador eletrônico, ocu-
pava quase 200 metros qua-
drados, pesava 30 toneladas e 
 
 
 31 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
utilizava 18 mil válvulas, 10 
mil capacitores e milhares de 
relés e resistores, conseguia 5 
mil adições por segundo. 
 1950 - John Von Neuman, Ar-
thur Burks e Hermn Goldstine 
desenvolveram a lógica dos 
circuitos, conceitos de progra-
mas e operações por números 
binários utilizados até hoje. 
 1951 - O UNIVAC I, o primeiro 
computador a utilizar os con-
ceitos de Von Neuman, foi 
produzido em escala comer-
cial, pesava 5 toneladas e ocu-
pava 20 metros quadrados. 
 1959 - Marcou o fim dos com-
putadores pioneiros ou de pri-
meira geração, baseados em 
válvulas. 
 
Segundo Tanenbaum (2013), 
os computadores de primeira gera-
ção possuíam as seguintes caracte-
rísticas: 
 Circuitos eletrônicos e válvu-
las; 
 Usorestrito; 
 Precisava ser reprogramado a 
cada tarefa; 
 Grande consumo de energia; 
 Problemas devido ao excesso 
de aquecimento. 
 
A segunda geração de compu-
tadores surgiu entre as décadas de 
1950 e 1960, e o grande avanço na 
época foi a substituição das válvulas 
por transistores, que eram 100 vezes 
menores (WAZLAWICK, 2021). 
Em consonância com o autor 
Wazlawick (2021), é correto afirmar 
que, os computadores de segunda 
geração possuíam as seguintes ca-
racterísticas: 
 Início do uso comercial; 
 Grande ganho em velocidade, 
tamanho e custo; 
 As linguagens utilizadas For-
tran, COBOL ou ALGOL; 
 Consumia menos energia, era 
mais rápido e confiável; 
 Processamento em microsse-
gundos. 
 
Conforme Stallings (2017), a 
terceira geração de computadores 
surgiu nas décadas de 1960 e 1970, 
quando os transistores foram subs-
tituídos pela tecnologia de circuitos 
integrados (conectados com transis-
tores em pequenas placas de silício). 
De acordo com Wazlawick 
(2021), os computadores de terceira 
geração possuíam as seguintes ca-
racterísticas: 
 Diminuição do tamanho; 
 Maior capacidade de processa-
mento em nanossegundos; 
 Início dos computadores pes-
soais; 
 Baixo consumo de energia; 
 Mais confiáveis, compactos e 
menor custo. 
 
A quarta geração de computa-
dores estendeu-se da década de 1970 
até hoje em dia, otimizando a tecno-
 
 32 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
logia existente e o surgimento de mi-
crochips ou processadores. É deno-
minado microchip de computador 
pessoal (TANENBAUM, 2013). 
Para o autor Stallings (2017), 
os computadores de quarta geração 
possuem as seguintes característi-
cas: 
 Surgimento de softwares inte-
grados; 
 Processadores de texto; 
 Planilhas eletrônicas; 
 Supercomputadores; 
 Automação comercial e indus-
trial; 
 Robótica; 
 Era online. 
 
Segundo Carvalho e Lorena 
(2017), a quinta geração de compu-
tadores usam processadores com 
milhões de transistores. Nesta gera-
ção surgiram, arquitetura de 64 bits, 
os processadores com tecnologia 
RISC e CISC, discos rígidos com ca-
pacidade de mais de 600 GB, pen 
drives com mais de 1 GB de memória 
e discos ópticos com mais de 50 GB 
de espaço de armazenamento. 
Em consonância com o autor 
Tanenbaum (2013), é correto afir-
mar que, a inteligência artificial e 
sua conectividade marcam o desen-
volvimento da quinta geração de tec-
nologia. A inteligência artificial pode 
desafiar a inteligência humana, o 
que pode ser verificado em jogos e 
robôs. A conectividade está se tor- 
nando cada vez mais um requisito da 
indústria de computadores. Atual-
mente, exige-se que os computado-
res sejam capazes de se conectar a 
telefones celulares, TVs e muitos ou-
tros dispositivos, como geladeiras e 
câmeras de vigilância. 
Conforme Wazlawick (2021), 
os computadores de quinta geração 
possuem as seguintes característi-
cas: 
 O nascimento da Inteligência 
Artificial; 
 Reconhecimento de voz; 
 Sistemas inteligentes; 
 Computação Distribuída; 
 Computação nas Nuvens 
(Cloud Computing); 
 Computação Móvel; 
 Computação Ubíqua (presen-
ça direta das tecnologias na vi-
da das pessoas, em casa ou em 
convívio social); 
 Realidade Aumentada. 
 
De acordo com Tanenbaum 
(2013), os computadores podem ser 
classificados de acordo com os se-
guintes critérios: 
 Quanto à característica de 
operação; 
 Quanto ao porte (tamanho); 
 Quanto à característica de 
construção. 
 
Para o autor Wazlawick 
(2021), quanto a característica de 
operação, os computadores podem 
ser classificados em: 
 
 33 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 Analógicos - processam sinais 
elétricos variáveis, aplicados a 
problemas de controle de pro-
cessos, sua precisão e veloci-
dade são menores que a dos 
computadores digitais. 
 Digitais - representam tanto a 
programação como os dados 
por meio de dígitos, através de 
(0 e 1), sua velocidade é me-
dida em megahertz. 
 
Segundo Stallings (2017), 
quanto ao porte, os computadores 
podem ser classificados em: 
 Mainframes (Computadores 
de Grande Porte) - manipulam 
grande quantidade de infor-
mações atendendo vários usu-
ários ao mesmo tempo, especi-
almente voltados a aplicações 
comerciais, v=10 mips. 
 Supercomputadores - utiliza-
ção em laboratórios de pesqui-
sa, centros militares de inteli-
gência artificial, muito rápido, 
avalia-se o desempenho atra-
vés de instruções executadas 
por segundo, v=100 mips. 
 Minicomputadores - possuem 
alguns dos recursos de um ma-
inframe, tem um bom proces-
samento e equipam laborató-
rios de empresas de desenvol-
vimento e centros de estudos. 
 Microcomputadores - são má-
quinas voltadas para o uso de 
pequenas empresas, escolas e 
uso doméstico, são divididos 
em duas categorias: mesa 
(desktops) e portáteis (note-
books). 
Quanto a característica de 
construção, os computadores são 
agrupados em geração, de acordo 
com a alteração da tecnologia (CAR-
VALHO e LORENA, 2017). 
 
Armazenamento de Dados 
 
Em consonância com os auto-
res Carvalho e Lorena (2017), é cor-
reto afirmar que, na área da compu-
tação, é muito importante levar em 
consideração a capacidade de arma-
zenamento, pois ao realizar certas 
operações no computador trabalha-
se com arquivos que podem ser sal-
vos para uso posterior. Claro, que 
quando se armazena algo, ocupa-se 
uma certa quantidade de espaço de 
armazenamento. A unidade de me-
dida para dados de computador são 
bits e bytes. Cada valor de um código 
binário é chamado de “bit”, que é a 
menor unidade de informação. Cada 
grupo de 8 bits forma um byte, que 
corresponde a um caractere, seguin-
do o código binário. 1 0 0 1 0 1 1 0 
 
Componentes de um Com-
putador 
 
Conforme Tanenbaum (2013), 
os componentes de um computador 
são os seguintes: 
 Hardware - É um termo em in-
glês que não tem uma tradu-
 
 34 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
ção específica, deriva da pala-
vra hard em inglês, que signi-
fica duro. É usado para definir 
todos os componentes físicos 
(mecânicos, magnéticos e ele-
trônicos) de um computador, 
ou seja, a máquina propria-
mente dita. O hardware de um 
computador pode ser dividido 
basicamente em quatro cate-
gorias: processador, placa-
mãe, memória e dispositivos 
de entrada e saída. 
 Processador - também cha-
mado de Unidade Central de 
Processamento (UCP), do in-
glês Central Processing Unit 
(CPU), é o principal compo-
nente eletrônico de um com-
putador. Ele fica acoplado a 
placa-mãe e é o responsável 
pela execução, com auxílio da 
memória e dos dispositivos de 
entrada e saída, de todas as 
operações no computador. Po-
de ser considerado o “cérebro” 
do computador. Exemplo: 
Processador da Intel Processa-
dor da AMD. 
 Memória - é formada por to-
dos os dispositivos que são uti-
lizados para armazenar dados 
e instruções, seja de forma 
temporária ou permanente. 
Pode se dizer que depois do 
processador, a parte mais im-
portante de um computador é 
a sua memória. Há diversos 
dispositivos submetidos a uma 
hierarquia formando a memó-
ria do computador, mas para 
se ter uma visão inicial simpli-
ficada, é possível dividi-los em 
dois grandes grupos princi-
pais: a memória principal e a 
memória secundária. A me-
mória principal é aquela que é 
acessada diretamente pelo 
processador e armazena os da-
dos de forma eletrônica. Apre-
senta alta velocidade e baixa 
capacidade de armazenamen-
to. É formada pela memória 
RAM (do inglês Random Ac-
cess Memory, que significa 
“memória de acesso aleató-
rio”), que armazena as infor-
mações que são utilizadas no 
trabalho do processador; e 
pela memória ROM (Read 
Only Memory, “memória so-
mente para leitura”), que ar-
mazena as instruções de inici-
alização do computador. 
 Placa-Mãe - do inglês mother-
board, também chamada 
mainboard, em inglês para 
“placa principal”, é a principalplaca do computador, respon-
sável pela interconexão de to-
dos os dispositivos que o com-
põem. Se o processador é o 
“cérebro” do computador, po-
de-se comparar a placa-mãe 
ao “sistema nervoso”. 
 Software - ou programa, é a 
parte lógica do computador, 
ou seja, o conjunto de dados e 
instruções passadas para os 
componentes físicos de um 
computador para que ele pos-
sa executar determinada tare- 
 
 
 35 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
fa, para a qual o software foi 
projetado. Software, assim co-
mo hardware, é um termo em 
inglês que não tem tradução, 
derivando da palavra soft em 
inglês, que significa “mole”. A 
função do software é facilitar a 
interação dos usuários com os 
componentes físicos do com-
putador, transformando-o em 
algo realmente útil. Existe um 
programa para cada tarefa que 
se deseja executar utilizando o 
computador. Para que um 
computador seja capaz de edi-
tar textos, por exemplo, deve 
possuir um programa editor 
de textos. Para que ele seja ca-
paz de reproduzir um DVD, 
deve possuir um programa re-
produtor de mídias. Para aces-
sar sites na Internet, é utiliza-
do um navegador, e assim por 
diante. 
 
36 
 
 
 
 37 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
5. Tablets e Aplicativos 
 
 
Fonte: Nova Escola5 
 
Tablets 
 
s tablets agem como um catali-
sador na introdução de uma 
nova ordem educacional impulsio-
nada pela tecnologia. Sua utilização 
na educação escolar apresenta di-
versas vantagens, entre elas o fato de 
ser um dispositivo leve que pode ar-
mazenar todos os livros nas mochi-
las dos alunos do ensino médio, e to-
dos os livros da biblioteca, além de 
suportar novas formas de ensino e 
aprendizagem (GOMES, 2016). 
 
5 Retirado em https://novaescola.org.br/ 
Para os autores Camargo e Da-
ros (2019), o preço de custo médio 
de um tablet também é muito favo-
rável, por exemplo, um tablet pré-
instalado com todo o conteúdo de li-
vro didático exigido para escolas de 
ensino médio nos Estados Unidos 
será compatível ou até mais barato 
do que um livro didático em termos 
de preço. Um tablet é mais do que 
apenas um livro didático, pois seu 
conteúdo pode ser continuamente 
modificado e atualizado. Além disso, 
os tablets também aplicam testes, 
O 
 
 38 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
permitem que os alunos participem 
de projetos cooperativos ou apoiam 
a educação de crianças em áreas ru-
rais remotas. Por ser um computa-
dor completo, o tablet também é 
compatível com aplicativos especia-
lizados que podem atender crianças 
com dificuldades de aprendizagem 
ou com diferentes estilos de apren-
dizagem. Como os requisitos de fon-
te de energia do tablet é muito pe-
queno, ele pode ser usado em locais 
onde a fonte de alimentação não é 
confiável. Portanto, em geral, os ta-
blets se apresentam como um catali-
sador para promover a transforma-
ção lenta e gradual da educação. 
Segundo Bairral e Carvalho 
(2019), nesse caso, a tecnologia do 
tablet por si só não pode mudar o 
modelo cartesiano e pragmático, 
que sempre foi o centro da educação 
no Brasil. Somente com um grande 
esforço, incluindo a adoção de novos 
modelos de formação de professo-
res, e adotando metodologias e prá-
ticas de ensino diferentes dos atuais, 
pode-se garantir mudanças estrutu-
rais na educação do Brasil. Nessa 
perspectiva, existem muitos recur-
sos de informação e comunicação 
que podem fazer uma mudança fun-
damental nas escolas, mas faltam re-
cursos humanos e crenças claras pa-
ra promover essa mudança. 
De acordo com Gomes (2016), 
com a implementação inicial dos ta- 
blets, as escolas serão obrigadas a 
investir rapidamente em infraestru-
tura e treinamento de professores, 
para que eles possam aprender a 
aplicar novas tecnologias em sala de 
aula e melhorar a qualidade do ensi-
no. Usar um tablet na escola trará 
efeitos positivos e negativos. Como 
aspecto negativo, principalmente 
enfatiza que a maioria dos professo-
res não está preparada para usar as 
tecnologias digitais. Em relação ao 
aspectos positivos, é preciso ressal-
tar que, ao adotar os tablets o mais 
rápido possível, as escolas serão 
obrigadas a investir rapidamente na 
capacitação de docentes e funcioná-
rios para que os professores possam 
aprender a aplicar as novas tecnolo-
gias em sala de aula, melhorar a qua-
lidade do ensino e tentar participar e 
estimular o interesse dos alunos em 
aprender, incrementando as apren-
dizagens na medida em que conquis-
tem seu interesse para um conteúdo 
mais interativo, dinâmico e atraen-
te. 
 
Aplicativos 
 
Os aplicativos móveis são pro-
gramas desenvolvidos especifica-
mente para sistemas operacionais 
usados por dispositivos móveis (co-
mo tablets e smartphones), pois são 
usados em dispositivos equipados 
com telas sensíveis ao toque, para 
 
 39 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
que possam interagir e navegar em 
aparelhos dotados de tela touchs-
creen (BAIRRAL e CARVALHO, 
2019). 
Para o autor Gomes (2016), os 
aplicativos abrangem diversas clas-
ses de programas, podem ser: 
 Jogos; 
 Organizadores pessoais; 
 Editores de texto; 
 Leitores de e-books; 
 Bate-papos. 
 
Segundo Camargo e Daros 
(2019), como todos sabemos, o obje-
tivo dos APPs é facilitar o dia a dia 
quem o utiliza, para lhe proporcio-
nar as mais diversas funcionalidades 
e possibilidades ilimitadas. Os apli-
cativos podem ser instalados no dis-
positivo, baixado pelo usuário por 
meio de uma loja online ou virem 
instalado diretamente da fábrica no 
dispositivo. Alguns dos aplicativos 
disponíveis são gratuitos, enquanto 
outros são pagos. 
De acordo com Bairral e Car-
valho (2019), os APPs aparecem to-
dos os dias das mais diversas for-
mas, e uma delas é o ensino de con-
teúdo escolar. O desenvolvimento 
da aprendizagem móvel prova que 
os aplicativos móveis de educação de 
hoje são amplamente utilizados. A 
profusão de aplicativos móveis edu-
cacionais na atualidade é justificada 
pelo desenvolvimento da mobile le-
arning (m-learning), aprendizagem 
móvel, é caracterizada pelo uso de 
novas funções de smartphones e no-
vas tecnologias de redes Wi-Fi e 5G, 
que possibilitam portabilidade, inte-
ratividade, a sensibilidade ao con-
texto, a conectividade e a individua-
lidade e sinalizam como condições 
favoráveis para que os educadores 
pesquisem e desenvolvam métodos 
de ensino que incluam o uso desses 
dispositivos nas escolas. 
O desenvolvimento da mobile 
learning está relacionado às neces-
sidades sociais de formação e certifi-
cação profissional, e à mobilidade 
imposta pela pós-modernidade, esta 
última obriga a novos padrões de re-
lações sociais, o que leva a mudan-
ças nessas relações, que afetam toda 
a prática social. Em um mundo de 
redes interconectadas, aa interações 
ocorrem em um ritmo mais rápido, 
portanto, a tecnologia pode promo-
ver o desenvolvimento individual e 
coletivo. Para atender às novas ne-
cessidades sociais, o processo de en-
sino também está vinculado à ultra 
mobilidade e portabilidade, e a m-
learning tornou-se uma alternativa 
ao m-learning (ensino a distância), 
ou seja, como um tipo de aprendiza-
gem formalizada e institucionali-
zada. E como é um estudo informal, 
qualquer pessoa pode estudar em 
 
 40 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
qualquer lugar, devido ao fácil aces-
so a dispositivos móveis, redes sem 
fio e aplicativos educacionais (CA-
MARGO e DAROS, 2019). 
Para os autores Bairral e Car-
valho (2019), não se deve esquecer 
que a aprendizagem humana é sem-
pre contextualizada e quem aprende 
nunca aprenderá no vazio. A apren-
dizagem se processa alicerçada no 
conhecimento já estabelecido, que é 
a base para a formação de novos co-
nhecimentos. Portanto, os dispositi-vos móveis também podem atuar co-
mo um suporte, facilitando o apren-
dizado. Sendo assim, a novidade dos 
dispositivos móveis é promover uma 
aprendizagem real, pois está mais 
próximo da situação específica que 
requer conhecimento para compre-
ender a realidade vivida. 
Segundo Gomes (2016), uma 
perspectiva pedagógica de aprendi-
zagem móvel deve incluir três carac-
terísticas centrais: 
 Autenticidade - relaciona-se à 
forma como determinados de-
talhes de uma tarefa, como ca-
racteres, instrumentos e ou-
tros, são semelhantes ao mun-
do real, enquanto um nível de 
processo de autenticidade re-
fere-se à como as práticas do 
aluno são semelhantes às prá-
ticas realizadas na comunida-
de; 
 Colaboração - é a caracterís-
tica que leva à socialização do 
aprendizado, ou seja, os alu- 
nos podem fazer conexões com 
outras pessoas usando os re-
cursos do dispositivo móvel. 
Pode-se criar uma rede social 
on-line para interação entre 
alunos e professores; 
 Personalização - diz respeito 
ao controle sobre o lugar (físi-
ca ou virtual), ritmo e tempo 
que se aprende, ou seja, os alu-
nos podem desfrutar de auto-
nomia sobre o seu conteúdo de 
aprendizagem. 
 
De acordo com Camargo e Da-
ros (2019), apesar dos alunos e da 
escola perceberem o potencial da 
aprendizagem móvel e de suas van-
tagens, ainda falta conhecimento 
aplicado e concreto de estratégias do 
potencial dos dispositivos e das apli-
cações para deles tirar proveito, ou 
seja, ainda são poucas as ideias e 
projetos de como usar esses aplicati-
vos móveis na escola. 
 
 
 41 
 
 42 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
6. Redes de Computadores 
 
 
Fonte: Onedio6 
 
m consonância com o autor 
Alencar (2010), é correto afir-
mar que, entre as pessoas que não 
são especialistas em TI, o conceito 
de redes de computadores é talvez 
um dos mais famosos. Afinal, as pes-
soas vivem em rede, como família, 
amigos e trabalho. Além disso, todos 
estão sempre conectados a redes so-
ciais. No caso dos computadores, 
não é diferente, quando estão conec-
tados entre si, também formam uma 
rede. 
Segundo Cabral e Seraggi 
(2017), de forma simplificada, uma 
rede de computadores pode ser defi- 
 
6 Retirado em https://onedio.com/ 
nida como uma estrutura de compu-
tadores e dispositivos conectados 
por meio de um sistema de comuni-
cação para compartilhar informa-
ções e recursos entre si. Esses siste-
mas envolvem meios de transmissão 
e protocolos. 
Conforme Alencar (2010), as 
redes de computadores podem ser 
definida como um grupo de disposi-
tivos que podem trocar informações 
entre si, além de compartilhar os 
mesmos recursos. Os recursos são, 
por exemplo, conexões com a Inter-
net, que são distribuídas entre todas 
as máquinas conectadas a uma de- 
E 
 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
43 
terminada rede. Basicamente, uma 
empresa não pode existir sem uma 
rede. Ele permite que os usuários 
compartilhem dados, equipamentos 
e comunicações. Além disso, as re-
des de computadores podem existir 
em diferentes formatos, não apenas 
em um. 
Em consonância com os auto-
res Cabral e Seraggi (2017), é correto 
afirmar que, os diferentes tipos de 
redes de computadores são defini-
dos por dois fatores principais, sen-
do eles: 
 O modelo dos equipamentos 
que serão conectados a ela; 
 A distância que esses equipa-
mentos se encontram um do 
outro. 
 
Segundo Alencar (2010), uma 
das características mais utilizadas 
para a classificação das redes é a sua 
abrangência geográfica. Assim, as 
redes são classificadas em: 
 Locais - LAN (Local Area 
Networks), é uma rede local, 
ou seja, de curta distância, 
esse é o formato com o qual a 
maioria das pessoas estão ha-
bituadas. Ela conecta disposi-
tivos próximos, reunidos em 
um mesmo ambiente, como 
por exemplo, o escritório de 
uma PME ou uma residência. 
 Campus - CAN (Campus Area 
Network), possui um propó-
sito bastante parecido com a 
LAN. Contudo, ela já possui 
um alcance maior. Sua utilida-
de é permitir a conexão entre 
redes de um mesmo complexo 
ou condomínio, como univer-
sidades, hospitais e centros co-
merciais. 
 Metropolitanas - MAN (Me-
tropolitan Area Networks), 
para conectar as redes locais 
dentro de distâncias maiores. 
Ela pode ser utilizada para es-
tabelecer uma conexão entre 
escritório que estão em um 
mesmo município ou cidades 
vizinhas, cobrindo algumas 
dezenas de quilômetros. 
 Geograficamente distribuídas 
- WAN (Wide Area Networks), 
é uma rede de longa distância. 
Sua cobertura é bastante supe-
rior à das redes LAN e MAN. 
Com ela é possível conectar 
equipamentos em diferentes 
localidades, de países até con-
tinentes. 
 Área regional - RAN (Regional 
Area Network), conta com al-
cance maior que as redes do 
tipo LAN e MAN, porém me-
nor que as WAN. A conexão de 
alta velocidade, através de fi-
bra ótica, é uma de suas prin-
cipais características. 
 Pessoal - PAN (Personal Area 
Network), que significa rede 
de área pessoal, é a com maior 
limitação de alcance. Ela co-
necta apenas aparelhos que es-
tão a uma distância curtíssi-
ma, um exemplo desse tipo de 
rede é o Bluetooth. 
 
 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
44 
Conforme Cabral e Seraggi 
(2017), alguns exemplos de facilida-
des que podem ser obtidas através 
de uma rede de computadores: 
 Compartilhamento impresso-
ras. 
 Compartilhamento de docu-
mentos, aplicativos e outros 
produtos digitais. 
 Facilita a replicação de dados 
para backup. 
 Comunicação. 
 Vídeo conferência. 
 
 
 45 
 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
46 
7. Referências Bibliográficas 
 
ALENCAR, MÁRCIO AURÉLIO DOS 
SANTOS. Fundamentos de Redes de Com-
putadores. Manaus: Universidade Federal 
do Amazonas, CETAM, 2010. 
 
BAIRRAL, MARCELO; CARVALHO, 
MERCEDES. Dispositivos Móveis no En-
sino de Matemática: Tablets e Smartpho-
nes. São Paulo: Livraria da Física, 2019. 
 
BONILLA, MARIA HELENA SILVEIRA. 
Inclusão Digital. Polêmica Contemporâ-
nea. Salvador: Edufba, 2011. 
 
CABRAL, ALEX DE LIMA; SERAGGI, 
MARCIO ROBERTO. Redes de Computa-
dores: Teoria e Prática. São Paulo: Senac, 
2017. 
 
CAMARGO, FAUSTO; DAROS, THUINIE. 
A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pe-
dagógicas para Fomentar o Aprendizado 
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