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Aula 02 - Positivismos de Comte e Funcionalismo de Durkheim

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Aula 02 – Posi vismos de Comte e Funcionalismo de Durkheim 
 
Auguste Comte 
O posi vismo de Auguste Comte e o funcionalismo de Émile Durkheim são duas correntes de 
pensamento importantes na sociologia e na filosofia social. 
Auguste Comte (1798-1857) foi um filósofo e sociólogo francês, considerado um dos 
fundadores da sociologia como disciplina acadêmica. Ele foi o criador do termo "sociologia" e 
um dos principais expoentes do posi vismo, uma corrente filosófica que enfa za a importância 
da ciência e do método cien fico na compreensão do mundo e da sociedade. 
Comte acreditava que a sociedade evoluiu ao longo do tempo, passando por três estágios: o 
teológico, o meta sico e o posi vo. No estágio posi vo, a sociedade é governada pela ciência e 
pelo método cien fico, que fornecem a base para a compreensão da natureza e da sociedade. 
Comte via a sociologia como uma disciplina cien fica que deveria seguir o mesmo caminho da 
sica e da química, tornando-se uma ciência posi va. 
Ele também defendia a ideia de que a sociedade deveria ser governada por uma elite de 
cien stas e intelectuais que seriam capazes de aplicar os princípios do posi vismo na 
administração pública e na organização social. Essa ideia deu origem ao que Comte chamou de 
"religião da humanidade", que propunha uma nova forma de religiosidade baseada na ciência 
e na razão. 
Comte teve uma grande influência sobre a sociologia e outras disciplinas sociais no século XIX e 
início do século XX, e suas ideias con nuam a ser estudadas e deba das na atualidade. 
 
Émile Durkheim 
Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês que é considerado um dos fundadores 
da sociologia moderna. Ele é amplamente conhecido por seu trabalho na área da teoria 
sociológica e é reconhecido como um dos pioneiros do funcionalismo na sociologia. 
Durkheim acreditava que a sociedade era uma en dade que exis a por si só, além das pessoas 
que a compunham. Ele argumentava que a sociedade nha uma estrutura e uma organização 
próprias, e que era possível estudá-las de forma obje va e cien fica. 
O funcionalismo de Durkheim enfa zava a importância da função social das ins tuições e dos 
comportamentos sociais. Ele argumentava que as ins tuições sociais, como a família, a escola e 
a religião, desempenhavam funções específicas que man nham a coesão social e o equilíbrio. 
Durkheim acreditava que a sociologia deveria estudar as ins tuições e comportamentos sociais 
em termos de suas funções e efeitos sobre a sociedade como um todo, em vez de se 
concentrar apenas em indivíduos ou grupos isolados. 
Durkheim também é conhecido por seu trabalho em sociologia da religião, onde ele estudou a 
religião como uma ins tuição social e seu papel na coesão social. Ele argumentava que a 
religião desempenhava uma função importante na vida das pessoas, fornecendo um senso de 
propósito e significado. 
As ideias de Durkheim veram um grande impacto no desenvolvimento da sociologia como 
disciplina acadêmica, e muitas de suas ideias con nuam a influenciar a maneira como os 
sociólogos pensam sobre a sociedade hoje em dia. 
 
O que é Progresso? 
O progresso pode ser definido como um movimento em direção a um estado ou condição 
melhor, mais avançado ou mais desejável. Geralmente, é associado a ideias de 
desenvolvimento, inovação, melhoria e evolução, e pode se referir a vários aspectos da vida, 
como tecnologia, ciência, cultura, polí ca, economia, saúde e bem-estar, entre outros. 
O conceito de progresso é muito valorizado em muitas sociedades modernas, pois é 
considerado um obje vo a ser alcançado, uma fonte de mo vação e uma medida de sucesso. 
No entanto, há debates sobre como medir e definir o progresso, bem como sobre as 
consequências e os efeitos colaterais do progresso em várias áreas. 
Alguns crí cos argumentam que o progresso pode ter efeitos nega vos, como a degradação do 
meio ambiente, a desigualdade social, a perda de valores culturais e a exploração de pessoas e 
recursos. Por isso, a noção de progresso é frequentemente avaliada em termos de seus efeitos 
benéficos e prejudiciais, e muitas vezes é vista como um processo dinâmico e em constante 
evolução, que deve ser analisado e orientado para atender às necessidades e aos valores das 
pessoas e da sociedade. 
 
O que é Progresso; para Comte e Durkheim 
Tanto Comte quanto Durkheim foram influenciados pelo posi vismo, que acreditava no 
progresso como um processo cien fico e racional que levaria a sociedade a um estado mais 
avançado e a uma melhor compreensão da natureza e da vida social. 
Para Comte, o progresso era visto como um movimento em direção a uma sociedade mais 
organizada, mais racional e mais cien fica. Ele argumentava que a história da humanidade era 
dividida em três estágios evolu vos: o estágio teológico, o estágio meta sico e o estágio 
posi vo. No estágio teológico, a religião era a principal fonte de conhecimento e explicação do 
mundo. No estágio meta sico, as explicações religiosas eram subs tuídas por explicações 
filosóficas e especula vas. E, no estágio posi vo, o conhecimento cien fico empírico seria a 
fonte de todas as explicações. Comte acreditava que a sociedade estava se movendo em 
direção a este estágio posi vo, que seria marcado pelo desenvolvimento da ciência e da 
tecnologia. 
Por sua vez, Durkheim via o progresso como um movimento em direção a uma sociedade mais 
integrada e coesa. Ele argumentava que a sociedade moderna estava se tornando mais 
complexa, e que isso poderia levar a uma maior individualização e fragmentação social. Para 
evitar isso, Durkheim acreditava que as ins tuições sociais deveriam se tornar mais 
especializadas e diferenciadas, mas também mais interdependentes e coesas. Ele via a religião, 
a moralidade e a educação como fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade 
mais coesa e integrada. 
Em resumo, para Comte e Durkheim, o progresso seria um movimento em direção a uma 
sociedade mais organizada, racional, cien fica e integrada. Eles acreditavam que esse 
progresso seria alcançado através do avanço da ciência e do desenvolvimento de ins tuições 
sociais mais especializadas e coesas. 
 
O que é fato social? 
O conceito de "fato social" foi desenvolvido por Émile Durkheim, um dos fundadores da 
sociologia. Ele define o fato social como um fenômeno cole vo, que é exterior ao indivíduo e 
que exerce sobre ele um poder coerci vo, ou seja, uma força que o obriga a agir de 
determinada maneira. 
Durkheim argumenta que o fato social é uma realidade obje va que pode ser estudada 
cien ficamente, independentemente das intenções, desejos e mo vações dos indivíduos. Os 
fatos sociais incluem ins tuições, normas, valores, costumes, leis, crenças e outras formas de 
comportamento cole vo. Eles são criados e man dos pela sociedade, e têm um papel 
fundamental na estruturação da vida social. 
Um exemplo de fato social seria a língua. A língua é um fenômeno cole vo que existe 
independentemente da vontade dos indivíduos e que exerce um poder coerci vo sobre eles, 
uma vez que determina a maneira como as pessoas se comunicam e se relacionam umas com 
as outras. A língua é aprendida pelos indivíduos por meio da socialização e é transmi da de 
geração em geração, tornando-se uma parte integrante da cultura e da sociedade. 
Para Durkheim, o estudo dos fatos sociais é fundamental para compreender a sociedade como 
um todo, e para iden ficar as estruturas e padrões que orientam a ação humana. Ele 
acreditava que a sociologia deveria se concentrar no estudo dos fatos sociais, e que o 
conhecimento desses fatos seria a base para a compreensão das leis que regem a vida social. 
 
Auguste Comte: leis sociais (fato social) 
 
Auguste Comte, outro dos fundadores da sociologia, também teve um conceito semelhante ao 
de "fato social" desenvolvido por Durkheim, mas ele usou uma terminologia diferente. 
Comte chamou os fatos sociais de "leis sociais", que seriam as regras que governam o 
comportamento humano em sociedade.Ele argumentava que essas leis eram universais e 
imutáveis, e que o papel da sociologia seria descobrir essas leis e u lizá-las para orientar a ação 
social. 
Comte também acreditava que os fatos sociais ou leis sociais eram independentes da vontade 
individual, ou seja, que os indivíduos não poderiam alterá-los simplesmente por desejarem 
fazê-lo. Assim, ele defendia a ideia de que a sociedade seria uma "ordem natural" governada 
por leis sociais, assim como a natureza é governada por leis sicas. 
Embora o conceito de Comte não seja idên co ao de Durkheim, ambos os pensadores 
compar lham a ideia de que a sociologia deve buscar compreender os padrões obje vos que 
governam a vida social, independentemente das intenções e desejos individuais.

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