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CONTROLE NEUROQUÍMICO DA RESPIRAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
 
Docente: Prof. Fabiano Ferreira 
Discente: Maria Gabriella de Lira Ramos 
Disciplina: Fisiologia humana 1 (FF249) 
Curso: Odontologia 
 Atividade: Resumo sobre controle neuroquímico da respiração. 
 
CONTROLE NEUROQUÍMICO DA RESPIRAÇÃO 
 
Quanto a regulação da respiração pelo SN, existem dois mecanismos, o controle imposto pelo centro 
respiratório e o controle químico realizado pela área quimiossensível do bulbo, ambos processos 
localizados no tronco encefálico, dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. Os neurônios responsáveis 
pelo controle da respiração localizam-se na ponte e no bulbo. Em relação ao controle pelo centro 
respiratório, existem três grupos distintos de neurônios – o grupo respiratório dorsal, o grupo respiratório 
ventral e o centro pneumotáxico (grupos respiratórios pontinos). O grupo respiratório dorsal, tanto 
recebe aferências sensitivas provindas do nervo vago e glossofaríngeo, como também a partir dele saem 
vias motoras respiratórias. Os neurônios aferentes sensitivos levam para o grupo respiratório dorsal 
sinais de concentração de O2, sinais de concentração de CO2 no sangue e também da expansão dos 
pulmões. Desse grupo, partem vias eferentes motoras que inervam o diafragma, por meio de um 
neurônio anatomicamente conhecido como nervo frênico. Portanto, esse grupo tem como função 
controlar a inspiração normal, em repouso, fazendo isso através da emissão de potenciais de ação de 
forma rítmica. O Centro pneumotáxico tem neurônios que projetam seus axônios sobre o grupo 
respiratório dorsal, controlando, assim, a frequência respiratória, podendo aumenta-la ou diminui-la. O 
grupo respiratório dorsal e o centro pneumotáxico atuam, principalmente, no controle da respiração em 
repouso. O grupo respiratório ventral – localizado na região do bulbo, emite uma via motora respiratória, 
que inerva justamente os músculos acessórios da respiratório, tendo como função amplificar a 
respiração, ou seja, é ativo na respiração profunda. Enquanto o controle químico – área quimiossensível 
do bulbo – refere-se a um conjunto de neurônios responsáveis por detectar, principalmente, 
concentrações de íons hidrogênio, indiretamente formados a partir do aumento da concentração de CO2. 
Lembrando que há quimiorreceptores centrais e periféricos, que podem alterar e influenciar os processos 
respiratórios para manter a homeostase dos gases, com destaque para o CO2. Os quimiorreceptores 
centrais se localizam no assoalho do quarto ventrículo, são estimulados por íons H+, que apresentam 
uma ação indireta, mediada pelo CO2, isso porque o hidrogênio é um íon impermeável à barreira 
hematoencefálica, barreira protetora que impede a entrada de várias substâncias possivelmente tóxicas 
ao SNC, por outro lado o CO2 é um gás que atravessa essa barreira, assim, por meio da entrada do CO2 
no quarto ventrículo, existirá a formação do íon hidrogênio - água mais dióxido de carbono na presença 
da anidrase carbônica, forma o ácido carbônico, que é muito instável e após a sua formação é dissociado 
em duas espécies iônicas, liberando íons hidrogênio e íons bicarbonato, a liberação dos íons H+ 
estimulará os quimiorreceptores, acontecendo a modulação do centro respiratório. Assim, o íon 
hidrogênio quando penetra no líquido cefalorraquidiano estimula os neurônios da área sensitiva que, por 
sua vez, emite seus axônios para o grupo respiratório dorsal, aumentando a ventilação pulmonar. Pode-
se observar que o aumento de CO2 (hipercapnia – geralmente acontece em razão da hipoventilação), 
por exemplo, aumenta a concentração de íons H+ – meio mais ácido, menor pH -, estimula os 
quimiorreceptores do bulbo, excita os músculos respiratórios, aumentando a frequência respiratória e 
tem como resultado final o aumento do pH e a diminuição da pressão de CO2 no sangue, para assim 
atuar mantendo o equilíbrio do pH no corpo. 
 
 
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Referências bibliográficas 
 
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2010 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. [S.l]: 
Artmed, 2017.

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