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Risco físico e biológico

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10- Riscos físico - PCA
Risco físico e agentes físicos 
ocupacionais 
 Agentes Físicos- agentes que representam formas de
energia, dispersas no ambiente de trabalho, por sua 
geração inerente associada a sistemas e 
equipamentos, ou ainda por desvios ou vazamentos 
dos mesmos (controláveis ou não), que venham a 
interagir com o homem em seu trabalho
 Riscos Físicos nos ambientes de trabalho: 
Temperaturas extremas (calor e frio); Umidade; 
Ruído; Radiações (ionizantes ou não ionizantes); 
Vibrações; Pressões anormais (condição hiper ou 
hipobárica)- NR-15.
 
Risco físico - CALOR
 Trabalhadores de forjarias, siderúrgicas, retíficas, 
caldeiras, olarias e plantas de cerâmica e trabalho 
sob o sol forte.
 Fatores que influenciam na determinação
do calor ocupacional:
o Taxa de metabolismo, determinada pelo tipo de 
atividade;
o Fontes de calor- ambiente de trabalho e 
condições de ventilação ou exaustão
o Temperatura do ambiente: radiação térmica / 
umidade e velocidade do ar.
 Para determinar o regime de trabalho máximo a que 
cada trabalhador pode estar exposto em 
temperaturas limite, é necessário avaliar: Tipo de 
atividade (taxa de metabolismo) x temperatura 
ambiente.
 A temperatura ambiente deve ser avaliada por 
equipamento especial, que determina o IBUTG.
o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo: 
Representa o efeito combinado da radiação 
térmica, da temperatura de bulbo seco, da 
umidade e da velocidade do ar.
 EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO CALOR- 
CONSEQUÊNCIAS
o Desidratação- perda de líquidos na transpiração 
(suor);
o Erupções cutâneas- manchas avermelhadas na 
pele;
o Cãimbras- espasmos musculares, perda de 
eletrólitos na transpiração
o Fadiga física- exaustão- gasto de energia para a 
manutenção da temperatura corporal;
o Alterações cardiovasculares- vasodilatação- 
queda da PA, espessura do sangue: infartos e 
derrames;
o Alterações SN- desconforto, ansiedade, 
irritabilidade, cefaléias, náuseas, tontura, 
desmaios;
 MEDIDAS DE PROTEÇÃO
o Limitação da exposição- tabela de trabalho x 
descanso;
o Movimentação do ar ambiente- ar condicionado, 
exaustores, ventiladores, abertura de janelas, etc;
o Barreiras de proteção ao calor irradiante- 
máquinas e equipamentos;
o Hidratação constante- isotônicos.
Risco físico - FRIO
 Exposição ocupacional:
o atividades ao ar livre: construção civil, agricultura,
pesca, exploração de petróleo, resgate e 
salvamento, etc.
o atividades em ambiente fechado: Câmaras 
frigoríficas (produtos congelados -12 a -18 °C), 
câmaras resfriadas (produtos resfriados- 0 a 10 
°C), câmara climatizada (15 °C)
 Avaliação- temperatura de bulbo seco (°C)
 Para algumas atividades, pode ser considerada a 
Velocidade do ar e a Taxa metabólica.
 Exposição ocupacional- consequências:
o Urticária- coceiras, dor e queimação, manchas 
avermelhadas, feridas e descamação da pele 
úlceras, etc
o Raynaud- mudança de cor nas extremidades, 
dores e formigamento
o Frosbite- congelamento da pele, com cristais de 
gelo na derme e epiderme;
o Pés de imersão- palidez, umidade e dormência 
nos pés;
o Hipotermia- perda de sensibilidade, confusão 
Mental, alucinações, arrepios, fraqueza muscular.
 
Risco físico - UMIDADE
 A umidade não é um agente físico, mas sim uma 
condição ambiental. Quantidade de vapor de água 
existente em suspensão na atmosfera, formando 
nuvens ou precipitações.
 Utilizada na avaliação das temperaturas extremas- 
calor e frio.
 Faixa de conforto corresponde a temperatura 
ambiente entre 22 e 26 °C e umidades relativas entre
45 e 60%.
 Atividades em locais alagados ou encharcados, com 
umidade excessiva, capazes de produzir danos a 
saúde dos trabalhadores.
 Riscos gerados pela exposição à 
Umidade:
o Riscos de queda Doenças respiratórias Doenças 
de pele Doenças circulatórias
 
Risco físico - RUÍDO
Ruído ocupacional
 Som: variação de pressão atmosférica em forma de 
ondas
 Nível de pressão sonora (NPS): intensidade das 
ondas sonoras, medidas em Decibéis (dB). Escala 
logarítmica
 Frequência- quanto o som é grave ou agudo, medida 
em Hertz (Hz)
 Ruído: é o tipo de som indesejado, um conjunto de 
vários sons não coordenados, que causam 
incômodo, desconforto e afetam a saúde dos 
trabalhadores.
Classificação:
 Ruído contínuo: pequenas variações no nível de 
intensidade do som. Máquinas de corte, lixadeiras, 
envasadoras, embaladoras, carros, caminhões, 
empilhadeiras, ventiladores, furadeiras, etc
 Ruído intermitente: apresentam variações do nível 
em função do tempo. Brocas e moedores.
 Ruídos de impacto: altos níveis de sonoridade em 
espaço curto de tempo. Explosões e impactos. Bate- 
estaca, prensas, etc.
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
 Método ambiental qualitativo: detectar a presença 
do agente no ambiente.
 Método quantitativo ambiental: quantificar o fator 
no ambiente, utilizando instrumentos de medição. 
Decibelímetro.
Para ruído contínuo ou intermitente, utiliza-se o 
dosímetro de ruído, que confere maior precisão e 
confiabilidade aos resultados. Dose x tempo de 
exposição. Dosímetro.
 
LIMITES DE TOLERÂNCIA AO RUÍDO
 Referem-se aos níveis de pressão sonora e duração 
da exposição, que representem condições sob as 
quais se acredita que quase todos os trabalhadores 
podem ser expostos repetidamente, sem afetar 
adversamente sua capacidade de ouvir e entender a
fala normal. 
 NR-15 Anexo 1. Limites de tolerância ruído contínuo 
ou intermitente.
DOENÇAS CAUSADAS PELO RUÍDO
 Surdez - tipos 
o Hipoacusia ou disacusia: audição diminuída;
o Surdez leve: ainda pode ser ouvir normalmente a 
voz humana; 
o Surdez moderada: necessária utilização de 
prótese auditiva; 
o Surdez grave: audição muito difícil;
o Surdez total: perda completa da audição- 
Anacusia
o Presbiacusia: perda da audição relacionada com a
idade;
o PAIRO- Perda Auditiva Induzida pelo ruído 
(Ocupacional)- PAINPSE.
EFEITOS SISTÊMICOS DA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA
AO RUÍDO
 Sistema nervoso: distúrbios do sono; stress; 
alterações de humor; irritabilidade; falta de 
concentração; dor de cabeça.
 Cardiovasculares: Hipertensão; aumento da 
frequência cardíaca.
 Outros: distúrbios digestivos; zumbidos; fadiga; 
alergias e infecções.
 
PAIR: PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO
 Perda da audição, lenta e progressiva, causada pela 
exposição excessiva ao ruído (Ocupacional ou não).
 Lesão degenerativa das células ciliadas da orelha 
interna- neurossensorial
 Perda auditiva por condução- alterações no conduto
auditivo/ósseo, que impedem ou restringem a 
audição. Não são consideradas como PAIR.
OTOTOXICIDADE CAUSADA POR SUBSTÂNCIAS 
QUÍMICAS
 Substâncias ototóxicas são substâncias químicas que 
podem causar doenças e perdas auditivas em 
indivíduos ou trabalhadores expostos.
 Solventes: Dissulfeto de carbono (CS2)- usado na 
indústria e laboratórios; Tolueno, estireno, 
Tricloroetileno
 Antibióticos e medicamentos- 
o AAS, Furosemida (diurético de alça)
o Aminoglicosídeos- Amicacina, Gentamicina e 
Neomicina
o Eritromicina, Vancomicina.
MONITORAMENTO BIOLÓGICO DA PAIR- 
AUDIOMETRIA
 A Audiometria é um exame realizado para detectar a
capacidade auditiva das pessoas.
 Normalmente realizado por profissional 
Fonoaudiólogo ou Médico, muito utilizado em Saúde
Ocupacional.
 Audiometria tonal- estímulos sonoros 
volume/intensidade (dB) e frequência Hz.
 Audiometria vocal- avalia a compreensão da fala, 
detecção do limiar de recepção e índice de 
reconhecimento- fonemas
 
AUDIOMETRIA - INTERPRETAÇÃO DE PAIR - 
NR77
 4.1.2. São considerados sugestivos de perda auditiva 
induzida por níveis de pressão sonora elevados os 
casos cujos audiogramas, nas frequências de 3.000 
e/ou 4.000 e/ou 6.000 Hz, apresentam limiares 
auditivos acima de 25 dB(NA) e mais elevados do 
que nas outras frequências testadas, estando estas 
comprometidas ou não, tanto no teste da via aérea 
quanto da via óssea, em um ou em ambos os lados.
 4.2. A interpretação dos resultados do exame 
audiométrico sequencialdeve seguir os seguintes 
parâmetros: Desencadeamento: comparação do 
audiograma sequencial com o de referência mostra 
uma evolução, preenchendo um dos critérios:
o a. a diferença entre as médias aritméticas dos 
limiares auditivos no grupo de frequências de 
3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 
dB(NA);
o b.a piora em pelo menos uma das frequências de 
3.000, 4.000 ou 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 15 
dB(NA).
 Agravamento: casos já confirmados em exame 
audiométrico de referência, nos quais a comparação 
de exame audiométrico sequencial com o de 
referência mostra uma evolução, preenchendo um 
dos critérios:
o a diferença entre as médias aritméticas dos 
limiares auditivos no grupo de frequência de 500, 
1.000 e 2.000 Hz, ou no grupo de frequências de 
3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 
dB(NA);
o a piora em uma frequência isolada iguala ou 
ultrapassa 15 dB(NA).
Gerenciamento do PCA (Programa de 
conservação auditiva) -> PCA- PROGRAMA DE
CONSERVAÇÃO AUDITIVA
 Objetivos: 
o Preservar a saúde do trabalhador, prevenindo 
que a exposição a níveis de pressão sonora 
elevados, ou alguns produtos ototóxicos, possam
levar a PAINSPE, que é irreversível e danosa à 
saúde;
o Atendimento às exigências da legislação- Normas 
Regulamentadoras visam: “a preservação da 
saúde e da integridade dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, 
avaliação e consequente controle da ocorrência 
de riscos ambientais existentes ou que venha a 
existir no ambiente do trabalho”.
 Etapas do Programa: 
o Reconhecimento dos riscos: avaliação do risco 
ruído no ambiente e no trabalhador, assim como 
a exposição a produtos que possam causar 
toxicidade ao sistema auditivo (ototoxicidade). 
Limite de Tolerância 85 dB e Níveis de Ação 80 
dB. Selecionar as populações de trabalhadores 
suscetíveis- Grupos Homogêneos de Exposição 
(GHE).
o Monitoramento biológico: audiometrias 
sequenciais
o Investigação do Nexo Causal: relacionar a 
exposição no trabalho com a doença.
o Medidas de proteção e controle: eliminação ou 
atenuação do risco (proteção coletiva, 
manutenção, substituição ou enclausuramento 
de máquinas e equipamentos), medidas de 
proteção individual 
o Treinamento e capacitação: os trabalhadores 
devem ser capacitados em relação aos perigos da 
exposição ao ruído, bem como às medidas 
protetivas e utilização dos Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI).
 
Risco físico - RADIAÇÕES
 Radiação é uma energia que provém de uma fonte e 
viaja pelo espaço, atingindo materiais e pessoas
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
 Modalidade de baixa frequência e baixa energia 
(campo eletromagnético), proveniente de fontes 
naturais e não naturais. Não são capazes de ionizar, 
ou seja, alterar o DNA.
 Tipos e exemplos: ondas de rádio, telefones 
celulares e sem fio, antenas de telefonia celular, luz 
elétrica, redes de Wi-fi, micro-ondas.
 Principais efeitos à saúde- relacionados a exposição 
solar. Radiação UV.
o queimaduras solares- lesões de pele
o câncer de pele- carcinomas espinocelular e 
basocelular.
 Medidas de controle
o diminuição da exposição (controle dos horários 
de exposição) 
o utilização de EPIs- roupas de proteção e 
protetores solares.
RADIAÇÕES IONIZANTES
 Modalidade de alta energia, suficientes para 
remover elétrons dos átomos, criando os íons.
 Devido ao potencial de provocar alterações na 
molécula de DNA, são potencialmente cancerígenas
 Fontes naturais- radônio: gás natural, sem cheiro, 
cor ou sabor, que tende a se concentrar em 
ambientes fechados como minas subterrâneas, 
residências ou locais de trabalho. Inalado se deposita
nos pulmões, podendo causar câncer de pulmão.
 Fontes não naturais- produzidas pelo homem: Raios 
X- tomografia, radioterapia, diagnóstico 
(radioisótopos) e usinas nucleares
 Tipos de radiação ionizante:
o Raios X: radiação eletromagnética produzida 
pelos aparelhos de Raio X- alta capacidade de 
penetração no corpo humano;
o Raios Gama: radiação de maior frequência- 
emitida por radioisótopos e reatores nucleares. 
Muito penetrante
o Nêutrons: não apresentam cargas elétricas, mas 
podem danificar as células- reatores nucleares e 
aceleradores de partículas
o Partículas beta: elétrons livres emitidos em altas 
velocidades. Não atravessam longas distancias, 
mas podem causar mutações
o Ultravioleta: radiação eletromagnética de menor 
frequência capaz de ionizar átomos. Luz solar- 
causa Câncer de pele.
 Principais efeitos a saúde
o efeitos agudos: náuseas, perda de cabelo, 
queimaduras na pele- exposição a altas doses
o efeitos crônicos- alterações no DNA (câncer), 
esterilidade, mutações genéticas
 Medidas de controle e proteção:
o Coletiva- 
 Paredes e portas de chumbo- vedação da 
radiação. 
 Distanciamento da fonte- aparelhos de Raio 
X / Tomografia
 Manutenção dos aparelhos emissores de 
radiação
o Individual- 
 dosimetria (proteção por doses); 
 EPI (aventais, luvas, máscaras).
 
Risco Físico - VIBRAÇÃO
 São oscilações a que o corpo, ou partes dele, estão 
expostas em algumas atividades de trabalho. 
Determinada pela magnitude (aceleração- m/s²) e 
frequência (ciclos por segundo- Hertz (Hz))
 Vibrações de sistema Mão-Braço: martelos de 
britagem, martelos pneumáticos, lixadores, chaves 
de aperto..
o Efeitos
 Distúrbios Vasculares- Síndrome de Raynaud
 Distúrbios Neurológicos- dormência nos dedos
e nas mãos;
 Síndrome do Túnel do Carpo- movimentos 
repetitivos, posturas inadequadas e aperto 
firma na máquina;
 Distúrbios Musculares- fraqueza e diminuição 
da força muscular, dores nas mãos e braços;
 Vibração de Corpo inteiro: máquinas e 
equipamentos (retroescavadeiras, tratores, 
caminhões e outros veículos pesados.
o Efeitos
 Dores lombares, ombros e pescoço- 
degeneração da coluna vertebral, hérnias de 
disco.
 Medidas de proteção
o Eliminação ou redução das vibrações na fonte;
o Diminuição da transmissão das vibrações para o 
trabalhador exposto; 
o Utilização de EPI (luvas, cintos, botas)- 
isolamento;
o Informação e formação do trabalhador;
o Redução do tempo de exposição – 
revezamento/pausas.
 
Risco Físico - PRESSÕES ANORMAIS 
 São condições ou situações de trabalho, no qual são 
realizadas atividades sob pressões maiores que a 
atmosférica (condição hiperbárica), ou em ambiente
submerso, ambas exigindo descompressão.
 Condições hipobáricas- trabalho em grandes 
altitudes.
 Atividades: trabalho em tubulões pressurizados 
(fundação de pontes e barragens), mergulhadores, 
câmeras hiperbáricas. Regulamentada pelo anexo 6 
da NR15 (Atividades e operações insalubres).
 Premissas:
o O trabalhador não poderá sofrer mais de uma 
compressão num período de 24 horas; 
o Deverá ter mais de 18 e menos de 45 anos;
o Deverão ser submetidos a avaliação médica 
periódica e antes da atividade;
 PRESSÕES HIPERBÁRICAS
o Efeitos à saúde: relacionados a transformação do 
Nitrogênio, que estava líquido no sangue, em 
bolhas, que ocorrem no processo de 
descompressão.
 Embolia gasosa;
 Enfisema subcutâneo;
 Ruptura dos alvéolos pulmonares;
 Narcose pelo Nitrogênio (compressão);
 Doenças articulares.
o Nos trabalhos de Câmeras hiperbáricas e 
compressão rápida: 
 Rupturas timpânicas;
 Otite média não supurativa; 
 Labirintite;
 Sinusite barotraumática.
 CÂMERAS HIPERBÁRICAS- Administração de 
grande quantidade de oxigênio terapêutico.
o Indicações: cicatrização (pé diabético), anemias 
graves, embolia pulmonar, queimaduras, doença 
da descompressão. 
o Riscos: convulsões e narcose pelo Oxigênio.
 
11- Risco biológico - NR32 - COVID-19
Definição:
 Quando o ambiente pode apresentar agentes como 
vírus, bactérias, parasitas, fungos, ácaros e 
protozoários, levando a probabilidade de exposição 
a estes agentes, podendo causar um grande número 
de doenças e danos à saúde dos trabalhadores
 
Atividades:
 Laboratórios;
 Clínicas e hospitais;
 Alimentação (Frigoríficos e abatedouros);
 Limpeza (lixo urbano, galerias de esgoto etanques)
 Manipulação de microrganismos
 
Agentes biológicos
 Bactérias: Tuberculose, Estafilococos/streptococos 
(Pneumonias, dermatoses), Salmonella/Shiguella 
(intoxicação alimentar), Tétano, Difteria, Cólera, 
etc...
 Vírus: HIV, Hepatites (A, B, C), H1N1, Varicela, 
Catapora, Rubéola, Sarampo, Febre amarela, Raiva, 
COVID-19.
 Fungos: Onicomicoses (unhas), candidíase (vagina, 
boca, garganta), pneumocistose, aspergilose 
(sinusite), Histoplasmose, etc...
 Protozoários: Leishmaniose, Malária, Toxoplasmose, 
Doença de Chagas, Giardíase, Amebíase, etc...
 Parasitas: Ascaridíase, teníase, ancilostomíase, 
oxiuríase, esquistossomose, etc...
 
Classificação dos riscos biológicos
 Classe de Risco 1: Agentes biológicos que 
apresentam pequena ou nenhuma capacidade de 
gerar danos ao trabalhador e seu risco de 
propagação é baixo. Inclui os agentes biológicos 
conhecidos por não causarem doenças no homem 
ou nos animais adultos sadios. Exemplos: 
Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis.
 Classe de Risco 2: Agentes biológicos que 
apresentam uma moderada capacidade de gerar 
danos ao trabalhador e baixo risco de propagação no
ambiente de trabalho ou comunidade como, o vírus 
da rubéola e Schistosoma mansoni. São agentes que 
podem causar doenças em pessoas e animais, mas 
há tratamentos.
 Classe de Risco 3: Agentes biológicos que podem 
causar sérios danos ao trabalhador e têm risco 
moderado de propagação e possuem a capacidade 
de transmissão, pessoa a pessoa, e, especialmente 
por via respiratória. Estes agentes biológicos podem 
transmitir doenças graves e fatais como, a febre 
amarela e o HIV.
 Classe de Risco 4: Agentes biológicos de alta 
periculosidade, sem tratamento eficaz e que 
apresentam risco para toda a sociedade, pois, têm 
alto poder de propagação. Um exemplo, é o ebola, 
que não tem um tratamento eficaz, muitas vezes 
leva ao óbito do paciente, e têm facilidade de 
propagação.
 
Formas de transmissão na exposição
 Tipos de exposição
o Material pérfuro-cortante: bisturis, lâminas, 
agulhas;
o Mucosas;
o Pele íntegra;
o Inalação de gotículas/aerossóis.
 Veículo ou material biológico
o Sangue, secreções (vaginal, sêmen e tecidos);
o Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, 
pericárdio), líquido amniótico, líquor, líquido 
articular e saliva.
o Suor, lágrimas, fezes, urina, escarro.
o Ar
 
Tipos de exposição
 Exposição deliberada: é quando o trabalhador 
manipula diretamente o agente biológico, quando 
esta manipulação faz parte de sua atividade 
profissional. Nesses casos, na grande maioria das 
vezes, os agentes já estarão determinados, pois 
haverá conhecimento prévio sobre a fonte de risco a 
qual o trabalhador estará exposto
o Exemplos: de exposição deliberada as atividades 
em laboratórios de diagnóstico microbiológico e 
desenvolvimento de vacinas, remédios e 
antibióticos, dentre outros.
 Exposição não deliberada: nesse caso, a manipulação
dos agentes causadores de Riscos Biológicos não faz 
parte da atividade profissional do trabalhador, ou 
seja, ele não manipula diretamente um agente 
biológico.
o Exemplos: médicos, dentistas, profissionais de 
coleta de lixo, etc.
 
Nexo entre exposição e doença de 
trabalho
 Limitações e características da exposição a agentes 
biológicos:
o Identificação do agente da exposição;
o Determinação quantitativa do agente agressor;
o Atividades de trabalho- manipulação de pessoas e
materiais;
 Doença Relacionada ao Trabalho- equivalente aos 
acidentes de trabalho:
o CLT- Art 19: Acidente do trabalho é o que ocorre 
pelo exercício do trabalho a serviço de empresa 
ou de empregador doméstico ou pelo exercício 
do trabalho, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho. CLT- Art 20: § 1o Não
são consideradas como doença do trabalho:
 A doença degenerativa; (doença degenerativa 
da coluna)
 A inerente a grupo etário; (diminuição da 
acuidade visual por conta da idade)
 A que não produza incapacidade laborativa;
 A doença endêmica adquirida por segurado 
habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de 
exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho (malária/ COVID)
Prevenção - NR32 - biossegurança
 A Norma Regulamentadora 32 tem por objetivo 
estabelecer as diretrizes básicas para a 
implementação de medidas de proteção à Segurança
e à Saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.
 Em relação aos riscos biológicos no trabalho, o 
PCMSO deve conter:
o o reconhecimento e a avaliação dos riscos 
biológicos;
o a localização das áreas de risco;
o a relação contendo a identificação nominal dos 
trabalhadores, sua função, local onde 
desempenham suas atividades e o risco a que 
estão expostos;
o a vigilância médica dos trabalhadores 
potencialmente expostos;
o programa de vacinação
 
Medidas de proteção - ordem de 
prioridade:
1- Medidas para o controle de riscos na fonte, que 
eliminem ou reduzam a presença dos agentes 
biológicos, como por
exemplo:
 Redução do contato dos trabalhadores do serviço de 
saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde com pacientes-
fonte (potencialmente portadores de agentes 
biológicos), evitando-se procedimentos 
desnecessários;
 Afastamento temporário dos trabalhadores do 
serviço de saúde, bem como daqueles que exercem 
atividades de promoção e assistência à saúde com 
possibilidade de transmitir agentes biológicos;
 Eliminação de plantas presentes nos ambientes de 
trabalho;
 Eliminação de outras fontes e reservatórios, não 
permitindo o acúmulo de resíduos e higienização, 
substituição ou descarte de equipamentos, 
instrumentos, ferramentas e materiais 
contaminados;
 Restrição do acesso de visitantes e terceiros que 
possam representar fonte de exposição;
 Manutenção do agente restrito à fonte de exposição 
ou ao seu ambiente imediato, por meio do uso de 
sistemas fechados e recipientes fechados, 
enclausuramento, ventilação local exaustora, 
cabines de segurança biológica, segregação de 
materiais e resíduos, dispositivos de segurança em 
perfurocortantes e recipientes adequados para 
descarte destes perfurocortantes.
 
2- Medidas para o controle de riscos na 
trajetória entre a fonte de exposição e o
receptor ou hospedeiro, que previnam 
ou diminuam a disseminação dos 
agentes biológicos ou que reduzam a 
concentração desses agentes no 
ambiente de trabalho, como por exemplo:
 Planejamento e implantação dos processos e 
procedimentos de recepção, manipulação e 
transporte de materiais, visando a redução da 
exposição aos agentes;
 Planejamento do fluxo de pessoas de forma a reduzir
a possibilidade de exposição;
 Redução da concentração do agente no ambiente: 
isolamento de pacientes, definição de enfermarias 
para pacientes com a mesma doença, concepção de 
ambientes com pressão negativa, instalação de 
ventilação geral diluidora;
 Realização de procedimentos de higienização e 
desinfecção do ambiente, dos materiais e dos 
equipamentos;
 Realização de procedimentos de higienização e 
desinfecção das vestimentas;
 Implantação do gerenciamento de resíduos e do 
controle integrado de pragas e vetores.
 
3- Medidas de proteção individual, como:
 Proteção das vias de entrada do organismo (por 
meio do uso de Equipamentos de Proteção 
Individual - EPIs): respiratória, pele, mucosas;
 Implementação de medidas de proteção específicas 
e adaptadas aos trabalhadores do serviço de saúde, 
bem como àqueles que exercem atividades de 
promoção e assistência à saúde com maior 
suscetibilidade: gestantes, trabalhadores alérgicos, 
portadores de doenças crônicas.
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL- EPIs
o Luvas- Usar luvas de látex SEMPRE que houver 
CHANCE DE CONTATO com sangue, fluídos do 
corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e 
animais de laboratório. Devem ser utilizadas luvas
de látex descartáveis estéreis (luvas cirúrgicas) ou
nãoestéreis (luvas de procedimento). Para 
pessoas alérgicas ao látex, utilizar luvas de PVC, 
vinil ou nitrila
o Jaleco ou avental- O jaleco fornece uma barreira 
ou proteção e reduz a oportunidade de 
transmissão de microrganismos e contaminação 
química. Previne a contaminação das roupas, 
protegendo a pele da exposição a sangue e 
fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de 
material infectado. Deve ser de mangas longas, 
confeccionado em algodão ou fibra sintética (não 
inflamável). O jaleco ou avental descartável deve 
ser resistente e impermeável
o Óculos de proteção
o Protetor facial (ampla visão)- para coleta de 
material ou procedimentos invasivos de vias 
aéreas;
o Máscaras de proteção- são equipamentos de 
proteção das vias aéreas (nariz e boca), 
confeccionados em tecido ou fibra sintética 
descartável, utilizadas em situações de risco de 
formação de aerossóis e salpicos de material 
potencialmente contaminado.
 As máscaras ou respiradores N95 ou PFF2 (95 
e 94% de eficiência de filtração, 
respectivamente), possuem filtro eficiente 
para retenção de partículas maiores que 0,3 
μm, vapores tóxicos e contaminantes 
presentes na atmosfera sob a forma de 
aerossóis, tais como o bacilo da tuberculose 
(Mycobacterium tuberculosis) e outras 
doenças de transmissão aérea. Dessa forma, 
aumentam a proteção dos profissionais 
manipuladores.
o Outros equipamentos: toucas ou gorros, botas ou
calçados de segurança, pró-pés.
 
Desafio da COVID-19
 Enfrentamento da Pandemia de COVID-19- empresas
que não puderam paralisar suas atividades.
 Plano de Prevenção e Contingenciamento
 Etapas e ações:
o Envolvimento multidisciplinar- saúde, segurança, 
pessoas, jurídico, etc.
o Sistema de comunicação;
o Atendimento aos requisitos legais- Federal, 
estadual e municipal
o Atendimento às normas técnicas- Ministério da 
Saúde, ANVISA, OMS, CDC, etc.
o Acompanhamento da evolução da Pandemia- 
atualização epidemiológica, técnica e legislação;
o Procedimentos de proteção dos trabalhadores- 
utilização de máscaras, higiene pessoal, 
distanciamento social, medição de temperatura, 
medidas de Home Office (quando possível);
o Procedimentos técnicos- rastreamento e 
afastamento dos contatantes e sintomáticos, 
plano de testagem, acompanhamento da 
vacinação;
o Indicadores de acompanhamento: número de 
testes realizados, casos confirmados, recuperados
e óbitos.

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