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10- Riscos físico - PCA Risco físico e agentes físicos ocupacionais Agentes Físicos- agentes que representam formas de energia, dispersas no ambiente de trabalho, por sua geração inerente associada a sistemas e equipamentos, ou ainda por desvios ou vazamentos dos mesmos (controláveis ou não), que venham a interagir com o homem em seu trabalho Riscos Físicos nos ambientes de trabalho: Temperaturas extremas (calor e frio); Umidade; Ruído; Radiações (ionizantes ou não ionizantes); Vibrações; Pressões anormais (condição hiper ou hipobárica)- NR-15. Risco físico - CALOR Trabalhadores de forjarias, siderúrgicas, retíficas, caldeiras, olarias e plantas de cerâmica e trabalho sob o sol forte. Fatores que influenciam na determinação do calor ocupacional: o Taxa de metabolismo, determinada pelo tipo de atividade; o Fontes de calor- ambiente de trabalho e condições de ventilação ou exaustão o Temperatura do ambiente: radiação térmica / umidade e velocidade do ar. Para determinar o regime de trabalho máximo a que cada trabalhador pode estar exposto em temperaturas limite, é necessário avaliar: Tipo de atividade (taxa de metabolismo) x temperatura ambiente. A temperatura ambiente deve ser avaliada por equipamento especial, que determina o IBUTG. o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo: Representa o efeito combinado da radiação térmica, da temperatura de bulbo seco, da umidade e da velocidade do ar. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO CALOR- CONSEQUÊNCIAS o Desidratação- perda de líquidos na transpiração (suor); o Erupções cutâneas- manchas avermelhadas na pele; o Cãimbras- espasmos musculares, perda de eletrólitos na transpiração o Fadiga física- exaustão- gasto de energia para a manutenção da temperatura corporal; o Alterações cardiovasculares- vasodilatação- queda da PA, espessura do sangue: infartos e derrames; o Alterações SN- desconforto, ansiedade, irritabilidade, cefaléias, náuseas, tontura, desmaios; MEDIDAS DE PROTEÇÃO o Limitação da exposição- tabela de trabalho x descanso; o Movimentação do ar ambiente- ar condicionado, exaustores, ventiladores, abertura de janelas, etc; o Barreiras de proteção ao calor irradiante- máquinas e equipamentos; o Hidratação constante- isotônicos. Risco físico - FRIO Exposição ocupacional: o atividades ao ar livre: construção civil, agricultura, pesca, exploração de petróleo, resgate e salvamento, etc. o atividades em ambiente fechado: Câmaras frigoríficas (produtos congelados -12 a -18 °C), câmaras resfriadas (produtos resfriados- 0 a 10 °C), câmara climatizada (15 °C) Avaliação- temperatura de bulbo seco (°C) Para algumas atividades, pode ser considerada a Velocidade do ar e a Taxa metabólica. Exposição ocupacional- consequências: o Urticária- coceiras, dor e queimação, manchas avermelhadas, feridas e descamação da pele úlceras, etc o Raynaud- mudança de cor nas extremidades, dores e formigamento o Frosbite- congelamento da pele, com cristais de gelo na derme e epiderme; o Pés de imersão- palidez, umidade e dormência nos pés; o Hipotermia- perda de sensibilidade, confusão Mental, alucinações, arrepios, fraqueza muscular. Risco físico - UMIDADE A umidade não é um agente físico, mas sim uma condição ambiental. Quantidade de vapor de água existente em suspensão na atmosfera, formando nuvens ou precipitações. Utilizada na avaliação das temperaturas extremas- calor e frio. Faixa de conforto corresponde a temperatura ambiente entre 22 e 26 °C e umidades relativas entre 45 e 60%. Atividades em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos a saúde dos trabalhadores. Riscos gerados pela exposição à Umidade: o Riscos de queda Doenças respiratórias Doenças de pele Doenças circulatórias Risco físico - RUÍDO Ruído ocupacional Som: variação de pressão atmosférica em forma de ondas Nível de pressão sonora (NPS): intensidade das ondas sonoras, medidas em Decibéis (dB). Escala logarítmica Frequência- quanto o som é grave ou agudo, medida em Hertz (Hz) Ruído: é o tipo de som indesejado, um conjunto de vários sons não coordenados, que causam incômodo, desconforto e afetam a saúde dos trabalhadores. Classificação: Ruído contínuo: pequenas variações no nível de intensidade do som. Máquinas de corte, lixadeiras, envasadoras, embaladoras, carros, caminhões, empilhadeiras, ventiladores, furadeiras, etc Ruído intermitente: apresentam variações do nível em função do tempo. Brocas e moedores. Ruídos de impacto: altos níveis de sonoridade em espaço curto de tempo. Explosões e impactos. Bate- estaca, prensas, etc. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO Método ambiental qualitativo: detectar a presença do agente no ambiente. Método quantitativo ambiental: quantificar o fator no ambiente, utilizando instrumentos de medição. Decibelímetro. Para ruído contínuo ou intermitente, utiliza-se o dosímetro de ruído, que confere maior precisão e confiabilidade aos resultados. Dose x tempo de exposição. Dosímetro. LIMITES DE TOLERÂNCIA AO RUÍDO Referem-se aos níveis de pressão sonora e duração da exposição, que representem condições sob as quais se acredita que quase todos os trabalhadores podem ser expostos repetidamente, sem afetar adversamente sua capacidade de ouvir e entender a fala normal. NR-15 Anexo 1. Limites de tolerância ruído contínuo ou intermitente. DOENÇAS CAUSADAS PELO RUÍDO Surdez - tipos o Hipoacusia ou disacusia: audição diminuída; o Surdez leve: ainda pode ser ouvir normalmente a voz humana; o Surdez moderada: necessária utilização de prótese auditiva; o Surdez grave: audição muito difícil; o Surdez total: perda completa da audição- Anacusia o Presbiacusia: perda da audição relacionada com a idade; o PAIRO- Perda Auditiva Induzida pelo ruído (Ocupacional)- PAINPSE. EFEITOS SISTÊMICOS DA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO RUÍDO Sistema nervoso: distúrbios do sono; stress; alterações de humor; irritabilidade; falta de concentração; dor de cabeça. Cardiovasculares: Hipertensão; aumento da frequência cardíaca. Outros: distúrbios digestivos; zumbidos; fadiga; alergias e infecções. PAIR: PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO Perda da audição, lenta e progressiva, causada pela exposição excessiva ao ruído (Ocupacional ou não). Lesão degenerativa das células ciliadas da orelha interna- neurossensorial Perda auditiva por condução- alterações no conduto auditivo/ósseo, que impedem ou restringem a audição. Não são consideradas como PAIR. OTOTOXICIDADE CAUSADA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Substâncias ototóxicas são substâncias químicas que podem causar doenças e perdas auditivas em indivíduos ou trabalhadores expostos. Solventes: Dissulfeto de carbono (CS2)- usado na indústria e laboratórios; Tolueno, estireno, Tricloroetileno Antibióticos e medicamentos- o AAS, Furosemida (diurético de alça) o Aminoglicosídeos- Amicacina, Gentamicina e Neomicina o Eritromicina, Vancomicina. MONITORAMENTO BIOLÓGICO DA PAIR- AUDIOMETRIA A Audiometria é um exame realizado para detectar a capacidade auditiva das pessoas. Normalmente realizado por profissional Fonoaudiólogo ou Médico, muito utilizado em Saúde Ocupacional. Audiometria tonal- estímulos sonoros volume/intensidade (dB) e frequência Hz. Audiometria vocal- avalia a compreensão da fala, detecção do limiar de recepção e índice de reconhecimento- fonemas AUDIOMETRIA - INTERPRETAÇÃO DE PAIR - NR77 4.1.2. São considerados sugestivos de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados os casos cujos audiogramas, nas frequências de 3.000 e/ou 4.000 e/ou 6.000 Hz, apresentam limiares auditivos acima de 25 dB(NA) e mais elevados do que nas outras frequências testadas, estando estas comprometidas ou não, tanto no teste da via aérea quanto da via óssea, em um ou em ambos os lados. 4.2. A interpretação dos resultados do exame audiométrico sequencialdeve seguir os seguintes parâmetros: Desencadeamento: comparação do audiograma sequencial com o de referência mostra uma evolução, preenchendo um dos critérios: o a. a diferença entre as médias aritméticas dos limiares auditivos no grupo de frequências de 3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 dB(NA); o b.a piora em pelo menos uma das frequências de 3.000, 4.000 ou 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 15 dB(NA). Agravamento: casos já confirmados em exame audiométrico de referência, nos quais a comparação de exame audiométrico sequencial com o de referência mostra uma evolução, preenchendo um dos critérios: o a diferença entre as médias aritméticas dos limiares auditivos no grupo de frequência de 500, 1.000 e 2.000 Hz, ou no grupo de frequências de 3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 dB(NA); o a piora em uma frequência isolada iguala ou ultrapassa 15 dB(NA). Gerenciamento do PCA (Programa de conservação auditiva) -> PCA- PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA Objetivos: o Preservar a saúde do trabalhador, prevenindo que a exposição a níveis de pressão sonora elevados, ou alguns produtos ototóxicos, possam levar a PAINSPE, que é irreversível e danosa à saúde; o Atendimento às exigências da legislação- Normas Regulamentadoras visam: “a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venha a existir no ambiente do trabalho”. Etapas do Programa: o Reconhecimento dos riscos: avaliação do risco ruído no ambiente e no trabalhador, assim como a exposição a produtos que possam causar toxicidade ao sistema auditivo (ototoxicidade). Limite de Tolerância 85 dB e Níveis de Ação 80 dB. Selecionar as populações de trabalhadores suscetíveis- Grupos Homogêneos de Exposição (GHE). o Monitoramento biológico: audiometrias sequenciais o Investigação do Nexo Causal: relacionar a exposição no trabalho com a doença. o Medidas de proteção e controle: eliminação ou atenuação do risco (proteção coletiva, manutenção, substituição ou enclausuramento de máquinas e equipamentos), medidas de proteção individual o Treinamento e capacitação: os trabalhadores devem ser capacitados em relação aos perigos da exposição ao ruído, bem como às medidas protetivas e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Risco físico - RADIAÇÕES Radiação é uma energia que provém de uma fonte e viaja pelo espaço, atingindo materiais e pessoas RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES Modalidade de baixa frequência e baixa energia (campo eletromagnético), proveniente de fontes naturais e não naturais. Não são capazes de ionizar, ou seja, alterar o DNA. Tipos e exemplos: ondas de rádio, telefones celulares e sem fio, antenas de telefonia celular, luz elétrica, redes de Wi-fi, micro-ondas. Principais efeitos à saúde- relacionados a exposição solar. Radiação UV. o queimaduras solares- lesões de pele o câncer de pele- carcinomas espinocelular e basocelular. Medidas de controle o diminuição da exposição (controle dos horários de exposição) o utilização de EPIs- roupas de proteção e protetores solares. RADIAÇÕES IONIZANTES Modalidade de alta energia, suficientes para remover elétrons dos átomos, criando os íons. Devido ao potencial de provocar alterações na molécula de DNA, são potencialmente cancerígenas Fontes naturais- radônio: gás natural, sem cheiro, cor ou sabor, que tende a se concentrar em ambientes fechados como minas subterrâneas, residências ou locais de trabalho. Inalado se deposita nos pulmões, podendo causar câncer de pulmão. Fontes não naturais- produzidas pelo homem: Raios X- tomografia, radioterapia, diagnóstico (radioisótopos) e usinas nucleares Tipos de radiação ionizante: o Raios X: radiação eletromagnética produzida pelos aparelhos de Raio X- alta capacidade de penetração no corpo humano; o Raios Gama: radiação de maior frequência- emitida por radioisótopos e reatores nucleares. Muito penetrante o Nêutrons: não apresentam cargas elétricas, mas podem danificar as células- reatores nucleares e aceleradores de partículas o Partículas beta: elétrons livres emitidos em altas velocidades. Não atravessam longas distancias, mas podem causar mutações o Ultravioleta: radiação eletromagnética de menor frequência capaz de ionizar átomos. Luz solar- causa Câncer de pele. Principais efeitos a saúde o efeitos agudos: náuseas, perda de cabelo, queimaduras na pele- exposição a altas doses o efeitos crônicos- alterações no DNA (câncer), esterilidade, mutações genéticas Medidas de controle e proteção: o Coletiva- Paredes e portas de chumbo- vedação da radiação. Distanciamento da fonte- aparelhos de Raio X / Tomografia Manutenção dos aparelhos emissores de radiação o Individual- dosimetria (proteção por doses); EPI (aventais, luvas, máscaras). Risco Físico - VIBRAÇÃO São oscilações a que o corpo, ou partes dele, estão expostas em algumas atividades de trabalho. Determinada pela magnitude (aceleração- m/s²) e frequência (ciclos por segundo- Hertz (Hz)) Vibrações de sistema Mão-Braço: martelos de britagem, martelos pneumáticos, lixadores, chaves de aperto.. o Efeitos Distúrbios Vasculares- Síndrome de Raynaud Distúrbios Neurológicos- dormência nos dedos e nas mãos; Síndrome do Túnel do Carpo- movimentos repetitivos, posturas inadequadas e aperto firma na máquina; Distúrbios Musculares- fraqueza e diminuição da força muscular, dores nas mãos e braços; Vibração de Corpo inteiro: máquinas e equipamentos (retroescavadeiras, tratores, caminhões e outros veículos pesados. o Efeitos Dores lombares, ombros e pescoço- degeneração da coluna vertebral, hérnias de disco. Medidas de proteção o Eliminação ou redução das vibrações na fonte; o Diminuição da transmissão das vibrações para o trabalhador exposto; o Utilização de EPI (luvas, cintos, botas)- isolamento; o Informação e formação do trabalhador; o Redução do tempo de exposição – revezamento/pausas. Risco Físico - PRESSÕES ANORMAIS São condições ou situações de trabalho, no qual são realizadas atividades sob pressões maiores que a atmosférica (condição hiperbárica), ou em ambiente submerso, ambas exigindo descompressão. Condições hipobáricas- trabalho em grandes altitudes. Atividades: trabalho em tubulões pressurizados (fundação de pontes e barragens), mergulhadores, câmeras hiperbáricas. Regulamentada pelo anexo 6 da NR15 (Atividades e operações insalubres). Premissas: o O trabalhador não poderá sofrer mais de uma compressão num período de 24 horas; o Deverá ter mais de 18 e menos de 45 anos; o Deverão ser submetidos a avaliação médica periódica e antes da atividade; PRESSÕES HIPERBÁRICAS o Efeitos à saúde: relacionados a transformação do Nitrogênio, que estava líquido no sangue, em bolhas, que ocorrem no processo de descompressão. Embolia gasosa; Enfisema subcutâneo; Ruptura dos alvéolos pulmonares; Narcose pelo Nitrogênio (compressão); Doenças articulares. o Nos trabalhos de Câmeras hiperbáricas e compressão rápida: Rupturas timpânicas; Otite média não supurativa; Labirintite; Sinusite barotraumática. CÂMERAS HIPERBÁRICAS- Administração de grande quantidade de oxigênio terapêutico. o Indicações: cicatrização (pé diabético), anemias graves, embolia pulmonar, queimaduras, doença da descompressão. o Riscos: convulsões e narcose pelo Oxigênio. 11- Risco biológico - NR32 - COVID-19 Definição: Quando o ambiente pode apresentar agentes como vírus, bactérias, parasitas, fungos, ácaros e protozoários, levando a probabilidade de exposição a estes agentes, podendo causar um grande número de doenças e danos à saúde dos trabalhadores Atividades: Laboratórios; Clínicas e hospitais; Alimentação (Frigoríficos e abatedouros); Limpeza (lixo urbano, galerias de esgoto etanques) Manipulação de microrganismos Agentes biológicos Bactérias: Tuberculose, Estafilococos/streptococos (Pneumonias, dermatoses), Salmonella/Shiguella (intoxicação alimentar), Tétano, Difteria, Cólera, etc... Vírus: HIV, Hepatites (A, B, C), H1N1, Varicela, Catapora, Rubéola, Sarampo, Febre amarela, Raiva, COVID-19. Fungos: Onicomicoses (unhas), candidíase (vagina, boca, garganta), pneumocistose, aspergilose (sinusite), Histoplasmose, etc... Protozoários: Leishmaniose, Malária, Toxoplasmose, Doença de Chagas, Giardíase, Amebíase, etc... Parasitas: Ascaridíase, teníase, ancilostomíase, oxiuríase, esquistossomose, etc... Classificação dos riscos biológicos Classe de Risco 1: Agentes biológicos que apresentam pequena ou nenhuma capacidade de gerar danos ao trabalhador e seu risco de propagação é baixo. Inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. Classe de Risco 2: Agentes biológicos que apresentam uma moderada capacidade de gerar danos ao trabalhador e baixo risco de propagação no ambiente de trabalho ou comunidade como, o vírus da rubéola e Schistosoma mansoni. São agentes que podem causar doenças em pessoas e animais, mas há tratamentos. Classe de Risco 3: Agentes biológicos que podem causar sérios danos ao trabalhador e têm risco moderado de propagação e possuem a capacidade de transmissão, pessoa a pessoa, e, especialmente por via respiratória. Estes agentes biológicos podem transmitir doenças graves e fatais como, a febre amarela e o HIV. Classe de Risco 4: Agentes biológicos de alta periculosidade, sem tratamento eficaz e que apresentam risco para toda a sociedade, pois, têm alto poder de propagação. Um exemplo, é o ebola, que não tem um tratamento eficaz, muitas vezes leva ao óbito do paciente, e têm facilidade de propagação. Formas de transmissão na exposição Tipos de exposição o Material pérfuro-cortante: bisturis, lâminas, agulhas; o Mucosas; o Pele íntegra; o Inalação de gotículas/aerossóis. Veículo ou material biológico o Sangue, secreções (vaginal, sêmen e tecidos); o Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdio), líquido amniótico, líquor, líquido articular e saliva. o Suor, lágrimas, fezes, urina, escarro. o Ar Tipos de exposição Exposição deliberada: é quando o trabalhador manipula diretamente o agente biológico, quando esta manipulação faz parte de sua atividade profissional. Nesses casos, na grande maioria das vezes, os agentes já estarão determinados, pois haverá conhecimento prévio sobre a fonte de risco a qual o trabalhador estará exposto o Exemplos: de exposição deliberada as atividades em laboratórios de diagnóstico microbiológico e desenvolvimento de vacinas, remédios e antibióticos, dentre outros. Exposição não deliberada: nesse caso, a manipulação dos agentes causadores de Riscos Biológicos não faz parte da atividade profissional do trabalhador, ou seja, ele não manipula diretamente um agente biológico. o Exemplos: médicos, dentistas, profissionais de coleta de lixo, etc. Nexo entre exposição e doença de trabalho Limitações e características da exposição a agentes biológicos: o Identificação do agente da exposição; o Determinação quantitativa do agente agressor; o Atividades de trabalho- manipulação de pessoas e materiais; Doença Relacionada ao Trabalho- equivalente aos acidentes de trabalho: o CLT- Art 19: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. CLT- Art 20: § 1o Não são consideradas como doença do trabalho: A doença degenerativa; (doença degenerativa da coluna) A inerente a grupo etário; (diminuição da acuidade visual por conta da idade) A que não produza incapacidade laborativa; A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho (malária/ COVID) Prevenção - NR32 - biossegurança A Norma Regulamentadora 32 tem por objetivo estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à Segurança e à Saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Em relação aos riscos biológicos no trabalho, o PCMSO deve conter: o o reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos; o a localização das áreas de risco; o a relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, local onde desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos; o a vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos; o programa de vacinação Medidas de proteção - ordem de prioridade: 1- Medidas para o controle de riscos na fonte, que eliminem ou reduzam a presença dos agentes biológicos, como por exemplo: Redução do contato dos trabalhadores do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde com pacientes- fonte (potencialmente portadores de agentes biológicos), evitando-se procedimentos desnecessários; Afastamento temporário dos trabalhadores do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde com possibilidade de transmitir agentes biológicos; Eliminação de plantas presentes nos ambientes de trabalho; Eliminação de outras fontes e reservatórios, não permitindo o acúmulo de resíduos e higienização, substituição ou descarte de equipamentos, instrumentos, ferramentas e materiais contaminados; Restrição do acesso de visitantes e terceiros que possam representar fonte de exposição; Manutenção do agente restrito à fonte de exposição ou ao seu ambiente imediato, por meio do uso de sistemas fechados e recipientes fechados, enclausuramento, ventilação local exaustora, cabines de segurança biológica, segregação de materiais e resíduos, dispositivos de segurança em perfurocortantes e recipientes adequados para descarte destes perfurocortantes. 2- Medidas para o controle de riscos na trajetória entre a fonte de exposição e o receptor ou hospedeiro, que previnam ou diminuam a disseminação dos agentes biológicos ou que reduzam a concentração desses agentes no ambiente de trabalho, como por exemplo: Planejamento e implantação dos processos e procedimentos de recepção, manipulação e transporte de materiais, visando a redução da exposição aos agentes; Planejamento do fluxo de pessoas de forma a reduzir a possibilidade de exposição; Redução da concentração do agente no ambiente: isolamento de pacientes, definição de enfermarias para pacientes com a mesma doença, concepção de ambientes com pressão negativa, instalação de ventilação geral diluidora; Realização de procedimentos de higienização e desinfecção do ambiente, dos materiais e dos equipamentos; Realização de procedimentos de higienização e desinfecção das vestimentas; Implantação do gerenciamento de resíduos e do controle integrado de pragas e vetores. 3- Medidas de proteção individual, como: Proteção das vias de entrada do organismo (por meio do uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs): respiratória, pele, mucosas; Implementação de medidas de proteção específicas e adaptadas aos trabalhadores do serviço de saúde, bem como àqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde com maior suscetibilidade: gestantes, trabalhadores alérgicos, portadores de doenças crônicas. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL- EPIs o Luvas- Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue, fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório. Devem ser utilizadas luvas de látex descartáveis estéreis (luvas cirúrgicas) ou nãoestéreis (luvas de procedimento). Para pessoas alérgicas ao látex, utilizar luvas de PVC, vinil ou nitrila o Jaleco ou avental- O jaleco fornece uma barreira ou proteção e reduz a oportunidade de transmissão de microrganismos e contaminação química. Previne a contaminação das roupas, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado. Deve ser de mangas longas, confeccionado em algodão ou fibra sintética (não inflamável). O jaleco ou avental descartável deve ser resistente e impermeável o Óculos de proteção o Protetor facial (ampla visão)- para coleta de material ou procedimentos invasivos de vias aéreas; o Máscaras de proteção- são equipamentos de proteção das vias aéreas (nariz e boca), confeccionados em tecido ou fibra sintética descartável, utilizadas em situações de risco de formação de aerossóis e salpicos de material potencialmente contaminado. As máscaras ou respiradores N95 ou PFF2 (95 e 94% de eficiência de filtração, respectivamente), possuem filtro eficiente para retenção de partículas maiores que 0,3 μm, vapores tóxicos e contaminantes presentes na atmosfera sob a forma de aerossóis, tais como o bacilo da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) e outras doenças de transmissão aérea. Dessa forma, aumentam a proteção dos profissionais manipuladores. o Outros equipamentos: toucas ou gorros, botas ou calçados de segurança, pró-pés. Desafio da COVID-19 Enfrentamento da Pandemia de COVID-19- empresas que não puderam paralisar suas atividades. Plano de Prevenção e Contingenciamento Etapas e ações: o Envolvimento multidisciplinar- saúde, segurança, pessoas, jurídico, etc. o Sistema de comunicação; o Atendimento aos requisitos legais- Federal, estadual e municipal o Atendimento às normas técnicas- Ministério da Saúde, ANVISA, OMS, CDC, etc. o Acompanhamento da evolução da Pandemia- atualização epidemiológica, técnica e legislação; o Procedimentos de proteção dos trabalhadores- utilização de máscaras, higiene pessoal, distanciamento social, medição de temperatura, medidas de Home Office (quando possível); o Procedimentos técnicos- rastreamento e afastamento dos contatantes e sintomáticos, plano de testagem, acompanhamento da vacinação; o Indicadores de acompanhamento: número de testes realizados, casos confirmados, recuperados e óbitos.
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