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BREVE HISTÓRICO DA DISLEXIA

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BREVE HISTÓRICO DA DISLEXIA
A dislexia foi identificada pela primeira vez por Berklan no ano de 1881. O termo “dislexia” foi utilizado em 1887 por um oftalmologista de Stuttgart da Alemanha, Rudolf Berlin. Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grandes dificuldades no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais adequadas em todos os outros aspectos.
W. Pringle Morgan, um físico britânico de Seaford, Inglaterra publicou em 1896, a descrição de uma desordem específica de aprendizagem na leitura no British Medical Journal, intitulado "Congenital Word Blindness". 
O artigo descrevia o caso de um menino de quatorze anos de idade que não havia aprendido a ler, todavia apresentava inteligência normal, realizando todas as atividades comuns de uma criança dessa idade.
Durante os anos de 1890 e início de 1900, o oftalmologista escocês James Hinshelwood, publicou uma série de artigos nos jornais médicos descrevendo casos parecidos, dentre eles uma monografia publicada em 1917 sobre Cegueira Verbal Congênita, caracterizada por uma deficiência no processamento verbal dos sons encontrados em pacientes com inteligência normal, mas que apresentavam dificuldades para aprender a ler e escrever.
Um dos primeiros pesquisadores a estudar a dislexia foi Samuel T. Orton (apud Iak, 2004), um neurologista que inicialmente trabalhou com vítimas de traumatismos.
 No ano de 1925, Orton estudou o caso de um menino que não conseguia ler e que apresentava sintomas parecidos aos de algumas vítimas de traumatismo. Estudou as dificuldades de leitura, concluindo que existia uma síndrome não correlacionada a traumatismos neurológicos que provocava a dificuldade no aprendizado da leitura.
Também observou que a dificuldade em leitura da dislexia aparentemente não estava correlacionada com dificuldades estritamente visuais, afirmando que na infância esses distúrbios estariam relacionados a um defeito no reconhecimento de orientação das letras e de sua sequência nas palavras, uma vez que a orientação espacial e percepção visual de sujeitos disléxicos permanecem inalterados.
Ele acreditava que essa condição era causada por uma falha na laterização do cérebro, assim, levantou a hipótese de uma instalação inadequada da dominância lateral, teoria formulada por Broca no ano de 1863. Consequentemente, a escrita espelhada seria explicada por um conflito entre os dois hemisférios, em função da predominância e, então, postulou a mesma explicação para a gagueira e o atraso na linguagem.
A Fiel Foundation, em 1945, recebeu verbas para uma pesquisa das características perceptuais e neurológicas de quinze crianças que apresentavam dificuldades de leitura e esses resultados da pesquisa foram apresentados pela Drª Lauretta Bender, em 1950, na Seção de Neurologia e Psiquiatria da New York Academy of Medicine e em Congresso da Orton Dyslexia Society, no ano de 1951. Por ser disléxica a doutora Lauretta Bender dedicou-se aos estudos que a ajudaram a compreender o problema da dislexia.
A hipótese referente à especialização dos hemisférios cerebrais de Orton foi alvo de novos estudos póstumos na década de 1980 e 1990, estabelecendo que o lado esquerdo do planum temporale, uma região cerebral associada ao processamento da linguagem é fisicamente maior que a região direita nos cérebros de pessoas não disléxicas. Entretanto, nas pessoas disléxicas, essas regiões são simétricas ou mesmo ligeiramente maior no lado direito do cérebro. 
Atualmente, pesquisadores estão buscando uma correlação neurológica e genética para a dificuldade em leitura.

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