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Anexo - Avançando em Novos Ambientes

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Entrando para o Comércio Exterior 
POR THIAGO PAGANO
Avançando em Novos Ambientes
A construção dos custos 
de importação e 
exportação (numerários)
 O que define os impostos para importação serão os NCMs a serem utilizados;
 Todo NCM tem impostos comuns na Importação, como o Imposto de Importação (II), Imposto para Produto 
Industrializado (IPI), PIS/COFINS. Em outras palavras, veja abaixo o exemplo, para o NCM 8704.21.90:
 Seguindo o exemplo anterior, é necessário dizer que o IPI, no caso é um imposto acumulativo, ou seja, 
depende do II para ter sua base de cálculos.
 ICMS é definido pelo Estado brasileiro que terá a sua entrada. Deve ser cobrado em separado dos demais. 
Abaixo segue tabela de ICMS Estadual.
NCM utilizado 8704.21.90
I.I. 35%
IPI 0%
PIS 2,62%
COFINS 12,57%
 Demais valores, como armazenagem, frete internacional (caso Incoterm
seja diferente de CIF, CRF ou outro incoterm que não inclua o frete), O valor 
cobrado pelo Sindicato dos Despachantes Aduaneiros (SDA) entre outros, 
como frete interno, retirada de licenças e honorários, conforme abaixo:
Registro DI
Licença de importação
Liberação AWB
Taxa Siscomex
Armazenagem
Taxas diversas
S.D.A.
Honorário Despachante
3
 O que é demurrage?
É a armazenagem da armazenagem, ou seja, quando um container é utilizado após seu free-time gerando a 
cobrança após o mesmo.
 O que e importante ressaltar?
Valor de importação sempre será o valor do item importado (EXW) + valor de impostos, chegando entre 55% ou 
80% do valor da carga para desembaraço, ou seja, claro que dependendo do NCM e do Incoterm a ser 
utilizado.
Outro fator importantíssimo lembrar é que o NCM nada mais é do que o coração da operação e, ele definirá 
quais licenças (caso tenham), impostos a serem cobrados e até para qual parametrização a carga poderá ir.
 E nos casos de Exportação?
A única questão é que na exportação não são cobrados impostos já que o Governo apoia este tipo de venda, 
ou seja, os únicos valores a serem inclusos em um numerário serão os relacionados a carga (frete, 
armazenagem, SDA) que em grande maioria das vezes virão em um numerário unificado pelo despachante.
 E em relação a armazenagem?
Empresas donas de armazéns alfandegados estão abertas a melhores negociações, para receberam as cargas.
Valor cobrado em cima do valor CIF da carga, e por períodos de até 15 dias, dependendo de cada armazém.
Para casos Aéreos, estes valores são de acordo com a tabela da concessionária que administra o aeroporto em 
questão. 
Valores cobrados por estadias e sempre acumulativos.
4
O que são Lis?
 São licenças especiais para alguns determinados NCMs que precisam de uma ação em especial. 
São “puxados pelos NCMs a serem adotados na importação.
 Tem prazo de vigência de 90 dias após o deferimento (podendo ser postergada antes de seu 
vencimento por mais 90 dias, conforme solicitação do Despachante junto a Receita Federal).
 Precisa ser vinculada a DI.
 Apresenta três estágios indicando situação no sistema; “para análise”, “deferida” e “indeferida”.
 Prazo de deferimento: 2 até 15 dias úteis, depende do órgão a ser analisada;
 Necessário ter dados do importador (Nome endereço e CNPJ), dados da carga, como quantidade, 
NCM utilizado, descrição, valor unitário, valor final, peso unitário e peso final, além dos dados do 
exportador e fabricante (Nome, endereço) e por fim o país de origem. Por fim, o Incoterm deverá 
ser informado também, assim como a moeda adotada na negociação.
 Pode ser pré-embarque ou pós embarque, definido pelo NCM.
 Após deferida caso necessária troca de informações, pode ser feita Substitutiva, não alterando os 
fatos principais da original.
 Causa multa caso não feita e necessária: Inicialmente de até R$5.000,00 caindo para 50% deste 
valor (R$2.500,00).
5
Órgãos mais comuns solicitantes:
 Cada órgão cobra seu valor por LI.
 Mais Comuns: ANVISA, INMETRO, EXÉRCITO, IBAMA, MAPA.
 Abaixo os itens, prazos e particularidade de cada;
• Itens voltados a saúde 
humana e animal, como 
cremes e remédios;
• Prazo médio para análise:
Até 10 dias úteis;
• Pode solicitar registro prévio 
de item;
ANVISA
• Eletrodomésticos, 
eletrônicos e itens de uso 
comum;
• Prazo médio para análise:
Até 15 dias úteis;
• Pode solicitar registro prévio 
de item;
• Certifica o item com seu 
selo de qualidade
INMETRO
• Componente explosivo ou 
explosivos em sua 
formulação;
• Prazo médio para análise:
Até 5 dias úteis;
• Não requer registro anterior;
• Em caso de armas de fogo 
ou armas brancas, 
necessário registro e prazo 
para deferimento vai até 2 
meses, pós registro;
EXÉRCITO
• Itens poluentes;
• Prazo médio para análise:
Até 10 dias corridos;
• Precisam de Registro 
LCVMM anterior;
IBAMA
• Itens alimentícios;
• Prazo médio para análise:
Até 7 dias úteis;
• Produto deve ser registrado 
ates no órgão;
MAPA
6
Mais sobre as LIs:
 Um fator importante a dizer sobre a LI é que a mesma é considerada um número, indicado no 
lado esquerdo superior em todas as páginas da mesma e caso exista demora em relação ao 
seu deferimento ou indeferimento, é necessário falar com o órgão específico. Muitas Lis finais 
(pré-registro) podem ficar discrepantes e algumas solicitações podem ser solicitadas.
7
E as Dis e CIs?
 Declaração de Importação (DI):
• Registrado no Siscomex.
• Necessário apresentar dados do importador (Nome endereço e CNPJ), dados da carga, como quantidade, NCM utilizado, descrição, 
valor unitário, valor final, peso unitário e peso final, além dos dados do exportador e fabricante (Nome, endereço) e por fim o país de 
origem. Por fim, o Incoterm deverá ser informado também, assim como a moeda adotada na negociação, modal embarcado, recinto 
alfandegado alocado e se existe algum regime especial, como Drawback, além do tipo de embalagem transportada (container, BAG 
e etc), além dos dados de seguro e despachantes aduaneiros habilitados (Nome e CPF);
 Apresenta dois status: “registrado” e o “em análise fiscal”;
 Prazo para movimentação de status: 1 dia útil, 
 Canal será indicado no Siscomex e no Comprovante de Importação, ou CI. 
 Pode-se colocar quantos ncms solicitados.
 Apresentará todos impostos gerados, além de custos com o frete entre outros.
 Abaixo veremos um modelo de CI e um de DI:
Comprovante de Importação (CI) Declaração de Importação pag.1(DI) Declaração de Importação pag.2(DI) Declaração de Importação pag.3(DI)
OBS: Em caso de multas por reclassificação de carga, 
por exemplo, os mesmos estarão no Siscomex e caso o 
importador solicite, o extrato poderá ser retirado e 
anexado ao processo.
8
Por fim, as DU-Es:
 Chamada de DI da exportação, ou seja, a declaração unificada de exportação (DU-E) é a 
autorização de saída da carga do país.
 Vale lembrar que as DU-Es também tem suas parametrizações, sendo elas apenas divididas em 
apenas verde, laranja e vermelha e conforme a regra informada sobre a DI, dependem também do 
sistema e das particularidades para serem parametrizadas.
 Desta vez, a diferença é que a carga está saindo e, por conta disto, serão informados os mesmos 
dados, porém em ordem invertida, além de não ter o campo relacionado a impostos.
 Regra igual a da DI
 Abaixo veremos um modelo de DU-E:
Declaração Unificada de Exportação (DU-E pág.1)
9
E as 
Importações e 
exportações 
temporárias?
 Define-se por importação ou exportação temporária quaisquer cargas que irão apenas para feiras, 
eventos ou outras demonstrações como testes e utilizações que terão seu tempo no Brasil ou exterior 
limitados, fazendo com que apenas para aquele tempo sejam aceitos dentro ou fora do território 
brasileiro.
 Um exemplo clássico e bem ilustrativo são das competições esportivas, como a Fórmula 1, que 
permite que os itens que serão utilizados no evento estejam apenas para ele, ou seja, todas as 
cobranças em relação a impostos vão a zero.
 Um fato importante a ser dito é que para este caso, por exemplo,o tempo estimado é colocado em 
DI, ou seja, por um X dias, a carga estará disponível apenas para aquele evento. Ao final do mesmo, o 
item sairá do país quase que imediatamente. Com isto a DU-E é feita quase que de imediato.
 Dando outro exemplo um pouco mais complexo são as feiras e salões, vide Salão do Automóvel que 
acontece em São Paulo. Neste caso, por tratar-se de um evento ou feira, o item importado deverá 
assim que acabado o evento, sair imediatamente do país. Caso haja alguma venda para este tipo de 
item e a entrega quase que imediata, o item deverá ser nacionalizado, saindo da condição especial de 
item linha azul e indo para uma importação comum.
 O mesmo ocorre para itens que são enviados para faro para feiras e eventos, onde são estimados com 
tempo X fora do país e caso sejam comercializados, o processo de exportação deverá ser feito desde o 
princípio.
 Tirando em miúdos, as importações ou exportações temporárias permitem que todos os impostos e 
tarifas sejam zerados, porém com a regra de saírem ou voltarem ao seu país de origem em um tempo 
determinado.
 Em casos como importação, estas duas informações deverão ser mensuradas na DI, principalmente 
vinculando documentos de saída a mesma, provando que a carga apenas ficará por um curto período 
no país. Tais documentos seriam o BL de saída, para o próximo destino, além de outros como a Invoice
e o Packing List.
 Como dito anteriormente, caso seja vendido o item em território brasileiro, é feito um novo 
desembaraço, ficando a cargo de a Receita Federal definir possíveis multas, além de licenças, caso 
houver.
 O mesmo ocorre para casos de exportação, podendo ter um agravante quanto a venda no exterior, já 
que, caso não comprovada venda, pode-se classificar isto como descaminho de carga e a punição 
poderá ser do exportador brasileiro e as leis internacionais acionadas.
10
Outros assuntos da vinculados a área.
Direito Internacional
 Normalmente as operações que incluem cláusulas de direito internacional são operações relacionadas a grandes cargas, 
como venda de Commodities, operações em relação a uso de direito e imagem de uma marca e produto no exterior, além 
de falta de cumprimento de leis como entregas de produtos já acordadas e contratos entre empresas de origem e locais 
diferentes.
 É bem comum que contratos internacionais tendem a terem uma jurisdição neutra.
 Caso necessário, as partes deverão estar disponíveis, representados por seus dirigentes e com as devidas provas que sejam de 
acordo. Em caso de perda sem acordo, a empresa perdedora ficará visada e possivelmente entrará em uma lista negra, 
sendo deixada de lado em novas negociações. Outras situações são o pagamento de multas e até fechamento de empresa, 
podendo fazer com que o descumprimento das regras escritas em contrato seja cumprido.
 Em outras palavras, voltando ao caso da venda de um produto que saiu do país como exportação temporária e não provada 
que houve realmente uma venda, ou seja, o produto deveria ter voltado ao país poderá acarretar em penalidades as duas 
empresas, tanto a que vendeu a carga e não regularizou a saída quanto o comprador fora que agiu de “má fé”.
 O Direito internacional serve como não um órgão que penderá para um lado, mas sim um órgão que julgará as ações, 
podendo causar punições para todos os lados, ou seja, julgando os dois causadores da ação como culpados, perante as leis 
dos países que ambos operam.
 Em RESUMO: Direito Internacional é o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores que compõem a 
sociedade internacional. O Direito Internacional Público tem como missão o estabelecimento de uma norma jurídica 
internacional, ou seja, o respeito à soberania dos Estados, aos indivíduos e às suas peculiaridades. Por isso, muitos tratados e
convenções são realizados sempre com o propósito de aproximar os Estados. O Direito Internacional Privado tem como 
propósito indicar leis que regulem contratos firmados entre indivíduos de países diferentes, regular desordens entre Estados 
e particulares, indicando qual será a lei a ser utilizada para estabelecer uma relação, seja na esfera familiar – considerando as 
questões de alimentação, adoção, testamento, sucessões e contratual. Apesar de serem duas áreas pouco conhecidas, o 
Direito Internacional Público e Privado têm ganhado um impulso maior socialmente e mundialmente devido ao processo de 
globalização. Na verdade, o Direito Internacional permeia boa parte do nosso dia-a-dia. Sua relevância transcende a 
regulamentação das relações de Estados e de Organizações Internacionais e alcança normalmente de forma silenciosa e 
invisível, a todos nós.
12
https://jus.com.br/tudo/direito-internacional-privado
https://jus.com.br/tudo/processo
O que caracteriza contrabando e 
descaminho?
 As práticas que não são tão legais assim:
 É muito comum que algumas empresas estejam classificando sua carga erradamente para que se pague menos imposto na entrada.
 Caso dê canal diferente de verde, pode sofrer multas ou até o temido canal cinza.
 Mas isto é classificado como contrabando ou descaminho?
 Não, isto é reconhecido como um deslize ou um erro, por isto é passível de multa, dependendo da interpretação do Fiscal.
 Então, o que é considerado contrabando ou descaminho?
 O contrabando é considerado assim quando uma empresa paga por seus produtos importados por meios não legais, fraudando 
documentos originais. Em outras palavras, ao invés de pagar por uma importação com o valor 100% cheio (valor informado em 
invoice), a mesma faz documentos falsos, pagando para o fornecedor valores menores e utilizando doleiros ou contas de pessoa física 
para pagamento do saldo restante.
 Algumas empresas alegam fazer isto para estarem mais concorrentes com seus preços, porém além de multas graves, dependendo da
situação, pode ocorrer até a prisão dos envolvidos.
 Outra situação bem costumeira é o importador solicitar o envio de uma carga e não declarar alguns produtos, mais uma vez 
fraudando os documentos originais. Caso seja reconhecido isto pela RF, esta prática é classificada na hora como contrabando ou 
descaminho.
 O Importante é sempre estar de acordo com as regras e leis que a Receita Federal programa, além de sempre ficar de olho nas 
normativas lançadas em mercado para aquele determinado produto ou NCM.
 Por fim, outra prática totalmente condenável é a triangulação de carga, ou seja, uma empresa importadora compra uma carga fora 
do país e envia a mesma para um país no qual o Brasil faz fronteira, e após a nacionalização neste, faz apenas a transferência da 
carga para o Brasil, pagando menos impostos.
13
Como importar e exportar 
commodities:
 Tudo originalmente se inicia com uma “Letter of Intention” ou uma “LOI”, que na verdade é uma carta 
de intenção de compras, solicitado ao vendedor do item, produtor ou trading, com os dados do 
comprador, tipo de produto, origem, destino da carga, além da forma de pagamento, tipo de 
ensacamento, quantidade, tipo de contrato spot (quando é apenas 1 venda) ou anual (normalmente 
dividido em 12 entregas). Quanto mais informações de produto e negociação, melhor.
 Recebida a LOI pela trading ou pelo produtor, o preço é discutido juntamente com o cliente. Caso 
aceito, o fornecedor encaminha um pedido oficial, ou seja uma “Sales Checking Order”, ou chamada 
SCO e, o cliente deve responder com uma “Irrevogable Corporate Purchase Order”, ou “ICPO”; onde 
tudo que está acordado entre as partes está oficializado.
 Com a ICPO em mãos, o cliente enviará também ao fornecedor uma RWA, que é uma comprovação 
bancária autorizada pelo banco, onde a mesma é tarifada ou uma BCL, que é um documento com a 
mesma validade da RWA, porém não tarifado.
 Enviados isto, o próximo passo é o cliente enviar o pagamento ao fornecedor ou trading, muitas vezes 
utilizando de uma “Letter of Credit” ou conhecida como “LC”, que é uma transferência bancária, 
onde o banco do cliente se comprometea pagar por aquela carga e, assumirá quaisquer riscos, caso 
o cliente não o pague.
 Com a LC em mãos e ICPO, o fornecedor ou trading dará início a produção e, em um tempo 
estimado enviará os devidos documentos de análise da carga para o cliente, alegando que a carga 
está de acordo e que o contrato está honrado.
 Após isto, os documentos de embarque são feitos e enviados ao cliente e a carga é 
embarcada.
 Operações são assim são comuns em Trading Companies e auxiliam as partes a evitar fraudes.
14
Erros Comuns em Comex:
1. “Usar o FOB para embarques aéreos ou rodoviários.”
Resp.: Quando o profissional da área vai entender que o Incoterm FOB é usado apenas em casos marítimos, para 
casos multimodais deve-se usar o CPT (cost paid to) que pode ser o mais próximo do FOB, porém já com o frete 
pago até um determinado local. Para casos aéreos ou rodoviários, não existem semelhantes ao FOB.
2. “Seguro não serve para nada, é apenas um custo besta a mais.”
Resp. Outro erro e talvez um dos mais gritantes e absurdos da área, já que por mais que não possam parecer, 
acidentes ou roubos de cargas são comuns e, alguém deverá ser responsabilizado por isto. Quem arcará com os 
valores caso a carga caia no mar, ou peguem fogo, iguais as fotos abaixo?
3. Todo fiscal da Receita só libera a carga com pagamento de “bola”.
Resp.: Absurdo, já que a função dos fiscais é simplesmente verificarem se a carga está de acordo com o 
documento e com o que foi informado. Em um passado distante, foram feitas operações contra a corrupção de 
fiscais da RF e, muitos afastados. Normalmente existem rodízios programados de Fiscais entre zonas primárias e 
secundárias, fazendo com que a distribuição de carga dificilmente caia para o mesmo fiscal sempre. Outro fator 
é o fator “nada tema”, ou seja, se suas DIs e seus documentos estão “redondos”, não existe como ter multas de 
reclassificação, por exemplo.
15
4. Canal amarelo é apenas análise documental.
Resp.: Uma mentira construída, já que antigamente diziam que a análise documental era mais simples que a física, o 
que realmente é, porém vai do fiscal solicitar a física ou documental neste tipo de parametrização. Normalmente ela 
irá para apenas análise documental, mas não é uma regra.
5. Importação não dá retorno.
Resp. Tudo depende de encontrar um bom produto fora, de análise quanto a venda de produtos semelhantes no 
mercado brasileiro e em relação a preço. Por muitas vezes mesmo comprando em moedas mais caras como o Dólar, 
EURO ou Libra, mesmo assim é viável fazer importação, devido ao produto que está já nacionalizado ter uma 
qualidade inferior ou mesmo ser bem mais caro quando fizer a conversão.
6. Uma invoice não serve como contrato.
Resp.: Muitos acham que a invoice não serve como contrato, pois quando na verdade sim, é um contrato, já que ela 
determina todos os pontos como entrega, incoterm a ser usado, dados da carga, comprador e vendedor e até 
muitas vezes o prazo de entrega. Não é tão mais vantajoso fazer contratos para cada venda, já que além de muitas 
vezes tempo perdido, a própria invoice já vale como um.
7. Packing list não é necessário.
Resp.: Muitos dizem que packing list não é um documento necessário, porém se a invoice apresentar os dados de 
peso e volume da carga, sim, não é, mas caso exista uma parametrização diferente de verde, tal documento será 
solicitado.
8. BL, AWB ou MIC-CRT não podem ser corrigidos.
Resp.: Outro absurdo, já que o prazo máximo para cada correção destes documentos é em até 48 horas antes da 
entrada da carga no Brasil e registro no Siscarga. Os Armadores costumam “chiar” quanto a isto, mas acabam 
cedendo.
9. Drawback é uma prática esquecida.
Resp.: Realmente sim, é mal usada, já que as empresas não conhecem seu principal potencial. O regime drawback 
nada mais é do que importar um produto a ser manufaturado, manufaturar o produto e exportá-lo, ou seja, reduzindo 
ou até “matando” os impostos na hora da entrada no Brasil.
16
10. Registrar a DI até certa hora fará com que a mesma vá para canal verde.
Resp.: Outro mito, já que hoje em dia, todos os recintos alfandegados de zona primária ou secundária tem 
seus horários de parametrização já estabelecidos, ou seja, independentemente da hora, as cargas serão 
parametrizadas. Antigamente existia essa ideia já que era visto, que por amostragem, as cargas 
registradas até tal hora iam para canal verde, onde na verdade isto dependia do NCM solicitado.
11. Se a Nota Fiscal está errada, não existe correção e a carga seguirá assim mesmo.
Resp.: Toda nota fiscal emitida, independente se para importação, exportação ou venda comum tem o 
prazo de até 48 horas para ser cancelada. Caso passe do horário terá que ser emitida uma NFE correta, 
fazendo com que a Nota original dê sua entrada em estoque novamente para que haja a saída correta.
12. A cotação de moeda recorrente do dia é a mesma de pagamento de frete e envio de dinheiro para 
o exterior.
Resp.: Seria o melhor dos mundos, porém totalmente fora de cogitação, já que para envio de montante 
para outro país, a cotação de qualquer moeda respeita os valores do BACEN e não são as mesmas da 
cotação divulgada. Em relação ao pagamento de frete e outros custos referentes em outras moedas, 
cada armador ou Cia aérea tem sua cotação, podendo variar, porém nunca será a mesma do valor 
divulgado abertamente.
13. Agente de carga consegue manipular os preços para si.
Resp.: Depende, já que o custo que o agente de cargas (freight forwarder) passará para seus clientes é 
de acordo com uma tabela que este tem junto a transportadoras (rodoviário), Armadores (marítimo) ou 
Cias. Aéreas. De fato, eles precisam ter seu ganho nas operações, mas em muitas vezes é pouco. O que 
os fazem ganhar é o volume de operações e, a manipulação de valores muito acima de mercado os faz 
sair de quaisquer negociações.
17
Quais as funções dos envolvidos junto a RFB?
• Analisar a carga em canal diferente de verde;
• Envio de relatórios a RFB com n° de casos 
resolvidos e suas resoluções;
• Análise de Revisões de Estimativa e 
aumento de Radar;
FISCAIS
01
03
05
04
• Poder parecido com o de fiscais, porém 
não vão a campo;
• Analisam as irregularidades em 
históricos das empresas;
AUDITORES
02
• Fazer Laudos técnicos caso os Fiscais solicitem, para liberação de 
carga;
• Analisar conteúdo da carga “in loco”, além de tirar fotos e analisar 
documentação específica;
PERITOS
• Pode exercer busca e apreensão a carga e 
envolvidos;
• Tem poder de escolta de carga, caso 
solicitado;
POLÍCIA FEDERAL
• Auxiliam a todos, inclusive público e fiscais 
diretamente;
• Auxiliam fiscais em agendamentos de horários em 
caso de conferência;
• Recepcionam Despachantes em encontros com 
fiscais;
SECRETÁRIOS, ATENDENTES E 
AJUDANTES GERAIS
18
Marketing Internacional
 Com as mudanças do mundo e a velocidade de informação, onde hoje pesquisar uma empresa em outro país torna tudo mais 
simples, o Marketing Internacional definitivamente veio para ser uma ferramenta de ajuda para todas as operações voltadas a 
importação e exportação, além de quaisquer ações voltadas a internacionalização da empresa em si.
 Por definição livre, marketing é qualquer estratégia empresarial de otimização de lucros por meio da adequação da produção e 
oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores, recorrendo a pesquisas de mercado, design, 
campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda etc. Partindo desta ideia, o Marketing internacional apenas agrega valor a 
produtos e empresas por suas campanhas, com o intuito de vendas e compras internacionais. Em outras palavras, tudo o que 
promove produto, serviços e a própria empresa internacionalmente.
 Existem alguns exemplos claros de marketing internacional que podem ser adotados, conforme abaixo:
Site multi-
lingual
Grupos em
redes sociais
Feiras e “boca-a-
boca”
Parcerias e 
banners 
eletrônicos
Envio de malas
diretas
01 02 03 04 05
19
AlgunsConselhos:
20
Como fazer sua cadeia logística funcionar?
 O grande desafio das empresas que contam com o comércio 
exterior é como ajustar e manter sua cadeia logística sempre 
funcionando com eficiência.
 Análise de compras e cadeia logística, identificando 
oportunidades e falhas;
 Aplicação de técnicas como o “just-in-time”;
 Em suma, o que é prioritário, vem na frente, sempre claro, não 
fazendo com o que já está em desembaraço, por exemplo, atrase, 
assim não gerando custos extras como armazenagem e remoção.
 Prazos de entrega, possíveis desvios e atrasos
 Outra questão quanto a isto é a análise de estoques, ou seja, 
controle de quando o departamento de compras e importação 
deverá fazer a solicitação de compra junto ao fornecedor. Para 
que o estoque esteja de acordo, são necessários que sejam feitos 
inventários, e recontagens de itens, para que o mesmo número 
disponível seja o número real em produtos.
 Outro ponto a ser esclarecido também é os que os departamentos 
de faturamento e financeiro devem funcionar como braços destes, 
agindo conforme as solicitações e fazendo com que o giro de 
produtos aumente de forma clara, sem atravancar processos por 
falta de pagamento ou falta de faturamento quanto a notas 
fiscais. Exemplos disso são os pagamentos para fornecedores e 
prestadores de serviços, fazendo com que a cadeia seja 
respeitada. Com uma estratégia financeira bem concisa, nenhum 
custo extra será gerado.
 Por fim, já em questão de importação, todos os produtos deverão 
estar classificados da melhor forma possível, para que assim não 
haja desde um canal diferente de verde até multas geradas por 
reclassificação de carga e aumento nos valores de armazenagem. 
O quanto mais a importação estiver “redonda”, mais rápido será o 
recebimento da carga.
 Qualquer gestão “Just-in-time” funciona por conta de 
colaboradores bem treinados e dispostos a ajudar em relação ao 
funcionamento da empresa por si.
 Estudo de estoque crítico, aplicação de gestão de controles e 
inventários;
NECESSIDADE
COMPRAS
EMBARQUE E 
LIBERAÇÃO
RECEBIMENTO 
E
ESTOQUE
SUPPLY CHAIN 
21
Importância de sistemas Integrados:
 Evita erros de compras, integra sistemas entre si e dá 
liberdade ao operador controlar as compras, estoques, 
NFEs e etc.
 Permite fazer Pedidos de Compras (POs), recebimento de 
confirmações (Order Confimation) dos fornecedores, 
“Imput” de documentos como Invoice, Packing list, BLs e 
Dis;
 Emissão de NFE automática e controle de estoque por 
código de barras;
 Dá números corretos de compras e estoque, como 
inventário feito e valoração de material;
 Identifica onde estão as cargas estocadas;
 Permite controle de histórico como compras em períodos 
e valores antigos de produtos;
 Prevê consumo e compras futuras;
 Contato com prestadores, como despachantes 
aduaneiros, agentes de cargas e transportadoras;
22
Como se 
atualizar em 
comex?
 Cursos rápidos de entidades, como Aduaneiras, SENACs, FIESP, SEBRAE e etc;
 Canais no Youtube como o ComexFácil, Marco Silva Educa, Nicola Minervini, 
AceleraExport e Comexblog;
 Consultorias de comex e conteúdo na internet;
 Graduações e pós-graduações;
 Mídia eletrônica, como portais na Internet;
 Redes sociais, como LinkedIn, Instagram e Facebook de entidades e 
comunidades da área de comex;
 Dar atenção a despachantes, fiscais, gerentes e consultores reconhecidos;
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