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POLITICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR

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25/08/2023, 17:10 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_POCMEX_20/unidade_1/ebook/index.html#section_1 1/40
POLÍTICAS DE COMÉRCIOPOLÍTICAS DE COMÉRCIO
EXTERIOREXTERIOR
INTRODUÇÃO AOINTRODUÇÃO AO
COMÉRCIOCOMÉRCIO
INTERNACIONALINTERNACIONAL
Autor: Dra. Marcela Gimenes Bera Oshita
Revisor : Leonardo Aparec ido
IN IC IAR
25/08/2023, 17:10 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_POCMEX_20/unidade_1/ebook/index.html#section_1 2/40
introdução
Introdução
Olá, estudante! Nesta unidade vamos realizar uma introdução ao comércio
internacional. Para isso, faremos inicialmente um panorama geral sobre sua
evolução, em que você poderá conhecer as transformações nas teorias do
comércio internacional e a importância das relações comerciais entre os
países. Na sequência, buscaremos compreender a política econômica,
tratando das bases estruturais e de gestão. Veremos, também, as variáveis
macroeconômicas que impactam nos �uxos de comércio internacional, como
taxa de câmbio, in�ação, taxa de juros e a renda da economia.   Por �m,
estudaremos as relações existentes entre as atividades de comércio exterior e
o desenvolvimento macroeconômico.
25/08/2023, 17:10 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_POCMEX_20/unidade_1/ebook/index.html#section_1 3/40
As teorias do comércio internacional evoluíram ao longo da história, conforme
foram ocorrendo as mudanças nas formas de produção, dos meios de trocas
e no nível de intervenção do estado na economia. Se nós analisarmos as
formas de comércio entre o século XV e XVIII, veremos que na era
mercantilista “acreditava-se que uma nação seria tanto mais rica quanto
maiores fossem sua população e seu estoque de metais preciosos”
(CARVALHO; LEITE, 2017, p. 04).
O que signi�ca que o estado era responsável pela busca de providências de
forma a aumentar o bem-estar da população, estimular o comércio e as
exportações; de forma que a nação acumulasse o maior número de metais
preciosos possíveis. Por isso, havia um controle das importações, uma vez
que isso levaria a nação a dispor de suas riquezas.
Evolução doEvolução do
ComércioComércio
Internacional:Internacional:
Panorama GeralPanorama Geral
25/08/2023, 17:10 Ead.br
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No entanto, se os governantes de todos os países agissem dessa
forma, as economias se fechariam até o ponto em que não
importariam nada além do que fosse essencial e não pudesse ser
produzido internamente. Consequentemente, se essas políticas
tivessem continuidade, em um dado momento as exportações
�cariam praticamente reduzidas a zero, pois, para que algum país
pudesse efetivamente aumentar suas exportações, outros deveriam
incrementar as importações (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 04).
Observe que se todas as nações colocassem muitas barreiras às importações
não haveria comércio. “A atividade econômica nesse cenário pode ser vista
como um jogo de soma zero, no qual o ganho econômico de um país ocorria
às custas de outro” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 18).
Por isso, as proposições mercantilistas não eram consistentes, já que se não
era capaz de enxergar que as relações de trocas poderiam bene�ciar ambas
as partes envolvidas.  Neste contexto, surge a teoria das Vantagens absolutas
de Adam Smith, publicada em sua obra denominada de “A riqueza das
nações”, em 1776, onde inclui uma visão sistemática do livre comércio entre
os países (CARVALHO; LEITE, 2017).
De acordo com a teoria, uma nação tem uma vantagem absoluta se produzir
um bem com um custo menor do que outra nação. Assim, se um país tem
uma vantagem absoluta sobre a produção de um bem, signi�ca que são
necessários menos recursos e menos tempo para fornecer a mesma
quantidade de bens em comparação com o outro país.
Neste sentido, um país pode ter vantagem absoluta no custo da mão de obra,
ou na disponibilidade de fatores de produção, ou ainda na abundância de
recursos naturais. Neste aspecto, vamos considerar um exemplo em que duas
economias possuem vantagens absolutas em tudo, conforme o quadro a
seguir.
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Quadro 1.1 - Vantagem absoluta na produção de bens
Fonte: Elaborado pela autora.
No caso anterior, o Brasil tem uma vantagem absoluta na produção de
roupas, uma vez que produz 10 peças enquanto a Inglaterra produz 8. Além
disso, o Brasil também possui uma vantagem absoluta na produção de
automóveis, já que produz 24 enquanto a Inglaterra produz 2. Assim, como o
Brasil possui uma vantagem absoluta sobre os dois bens, de acordo com
Smith, não poderia haver relação de troca entre ambos os países.
Nesta perspectiva, para que ocorra uma relação de troca cada país deve
possuir vantagens absolutas sobre um determinado produto, gerando assim
e�ciência nessa relação. Essa e�ciência possibilita uma troca bené�ca, uma
vez que os produtores podem se especializar na produção do bem que possui
a vantagem absoluta e, mediante ao comércio, se bene�ciar da especialização
de outros produtores. Isso quer dizer que se um país obtém a vantagem
absoluta sobre um determinado bem, ele pode produzi-lo com melhor
qualidade, de forma mais rápida e com lucros mais altos do que outro país.
Entretanto, “sabemos que existem países pobres, sem tecnologia nem
recursos para produzir mercadorias a custos reduzidos em relação aos das
grandes potências. Essa situação não era contemplada pela teoria das
vantagens absolutas” (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 09).
Diante disso, surge, em 1817, David Ricardo, cujo publicou uma obra
denominada de Princípios de Economia Política e Tributação, na qual
“apresentou a teoria das vantagens comparativas, que explicava o comércio
Número de unidades produzidas por ano
País Roupas Automóveis
Brasil 10 24
Inglaterra 8 2
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mesmo entre nações sem vantagem absoluta na produção de algum bem”
(CARVALHO; LEITE, 2017, p. 09). Isto pois analisava o comércio internacional
de forma mais ampla, explicando os custos de oportunidade da escolha de
fabricar vários tipos de produtos usando recursos �nitos.
Vejamos um exemplo (considerando o Quadro 1.1), em que a vantagem
comparativa mede o custo de oportunidade de produzir um bem. Se o Brasil
produzir roupas, o custo de oportunidade é 24/10 = 2,4 automóveis perdidos.
Por sua vez, se a Inglaterra produz roupas, o custo de oportunidade é de 2/8 =
0,25. Portanto, o Brasil deve se especializar na produção de automóveis e a
Inglaterra deve se especializar na produção de roupas (mesmo que não
possua uma vantagem absoluta) em relação ao Brasil.
Assim, a teoria das vantagens absolutas atestava que o comércio
seria vantajoso sempre que houvesse diferenças nos custos de
produção de bens entre países. David Ricardo, com a sua teoria
das vantagens comparativas, resolveu um problema que Adam
Smith deixou em aberto: o que ocorreria quando, em um dado
país, os custos de produção de todas as mercadorias fossem
maiores do que no resto do mundo? Ricardo demonstrou que não
são os custos absolutos que importam, mas os relativos ou
comparativos, que, por sua vez, são determinados pela
produtividade do trabalho (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 21).
Assim, Adam Smith acreditava que a vantagem absoluta era uma necessidade
para o comércio bené�co. Já David Ricardo, por meio da teoria da vantagem
comparativa, argumentou que, de fato, um país não precisa ter uma
vantagem absoluta para que o comércio bené�co ocorra.
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Por sua vez, a teoria das vantagens comparativas apresentavaalgumas
limitações pelo “fato de que o único fator de produção relevante – o trabalho
– tinha níveis de produtividade diferentes nos distintos países e,
consequentemente, os bens tinham custos de produção diferentes”
(CARVALHO; LEITE, 2017, p. 42). Diante disso, Ricardo não justi�ca
economicamente esse fato.
“Somente no início do século XX surgiu uma explicação razoável para as
diferenças de custo de produção de uma mesma mercadoria produzida em
diferentes países – e para as razões do comércio” (CARVALHO; LEITE, 2017, p.
42). A teoria de Heckscher-Ohlin nasceu a partir do artigo de Eli Filip
Heckscher, que teve a sua tese de doutorado orientada por Bertil Ohlin, em
1933. Teoria essa “que a�rma que cada país se especializa e exporta o bem
que requer utilização mais intensiva de seu fator de produção abundante.
Esse enunciado nos coloca diante de conceitos novos, que precisam ser
discutidos com algum cuidado” (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 42).
saibamais
Saiba mais
Assista ao vídeo que faz uma explanação
sobre as vantagens comparativas e que
ajudará você, aluno(a), a avançar no
conhecimento sobre os aspectos que
envolvem o comércio internacional para os
países.
Para saber mais, acesse o link a seguir.
ASS IST IR
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Assim, o modelo de Heckscher-Ohlin propõe que os países comercializem e
exportem o que podem produzir de forma abundante e mais e�ciente. Além
disso, também destaca que a nação deve importar bens que não consegue
produzir com a mesma e�ciência de outra nação.
Note que essa teoria “demonstra que o comércio internacional tende a
favorecer o fator de produção mais disponível no país, em detrimento
daquele em escassez” (CÂNDIDO; DO CARMO, 2016, p. 10). Neste aspecto, a
proporção dos fatores de produção de cada nação estabelece o seu padrão
de importação e exportação.
Assim, considere o comércio entre o Brasil (com fartura de mão de obra) e os
Estados Unidos (com fartura de capital). Neste sentido, o Brasil exporta
produtos primários, que exigem uma grande quantidade de mão de obra, e
importa dos Estados Unidos produtos que por sua vez exigem uma grande
quantidade de capital (CÂNDIDO; DO CARMO, 2016). Entretanto, é importante
considerar as limitações dessas de proposições.
“Uma das premissas para que a teoria da dotação relativa dos fatores
pudesse encontrar validade estava localizada na necessidade de
estabelecimento do livre comércio” (CÂNDIDO; DO CARMO, 2016, p. 10).
Assim, as barreiras comerciais, como tarifas, por exemplo, tendem a
inviabilizar as trocas entre as nações.
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Derivado do modelo de Heckscher-Ohlin, o teorema de Stolper-Samuelson
descreve a relação que existe entre preços relativos da produção e
recompensas relativas aos fatores, especialmente para salários reais e
retornos reais ao capital. De acordo com o teorema de Stolper-Samuelson, “o
comércio bene�cia o fator de produção abundante em detrimento do fator
escasso de cada país” (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 39). Assim, o comércio
internacional in�uencia a repartição da renda entre o capital e o trabalho,
uma vez que há uma equalização dos preços dos fatores.
Se considerarmos uma situação de pleno emprego, entendemos que as
diferenças nas dotações relativas de fatores (capital, trabalho, recursos
naturais) provocam diferenças nas remunerações do trabalho e do capital.
Por exemplo, nos países em que o trabalho é abundante, os salários são
relativamente mais baixos que o retorno do capital, isso quer dizer que,
relativamente, uma unidade de capital recebe mais que uma unidade de
saibamais
Saiba mais
A Teoria da Cepal Segundo trata da
deterioração dos termos de troca que
ocorrem na comercialização entre os países
desenvolvidos e os subdesenvolvidos,
destacando que o preço dos produtos
primários comumente se desvaloriza em
relação ao preço dos produtos secundários.
O que signi�ca que os países
subdesenvolvidos, para que possam manter
a capacidade de importação, precisam
exportar quantidades cada vez maiores.
Fonte: Cândido e Do Carmo (2016).
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trabalho (CARVALHO; LEITE, 2017). Assim, a renda acaba sendo concentrada
em favor dos detentores do capital. Por sua vez, ocorre o oposto na nação
onde o capital é abundante e o trabalho escasso.
[...] a escassez relativa de fatores condiciona a distribuição da
renda. Com o comércio e a consequente especialização, como
vimos, o preço do fator abundante aumenta enquanto o do
escasso diminui, em ambos os países. Como as mesmas
quantidades de trabalho e de capital continuam empregadas, a
parcela dos salários na renda aumenta, e diminui a do juro, nos
países onde o trabalho é abundante. O mesmo processo redistribui
renda a favor do capital no país em que o trabalho é escasso
(CARVALHO; LEITE, 2017, p. 39).
Assim, quando o número de bens e fatores aumenta, é provável que pelo
menos um fator ganhe ou perca, sugerindo assim que, em qualquer país, um
aumento nos preços relativos do bem intensivo em mão de obra a tornará
melhor e o capital pior, e vice-versa, desde que alguma quantidade de cada
bem seja produzida.
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Portanto, no geral, pudemos compreender sobre as teorias do comércio
internacional e que as relações de trocas entre as nações podem resultar na
utilização de seus recursos abundantes com mais e�ciência. Neste aspecto,
alguns países podem produzir o mesmo bem com mais e�ciência e, portanto,
vendê-lo mais barato para aquele país que não puder produzir com a mesma
e�ciência.
O que resulta em uma especialização do comércio internacional, uma vez que
essas relações comerciais maximizam a capacidade de um país de produzir e
adquirir bens. Entretanto, o comércio internacional pode também permitir
ine�ciências nos países em desenvolvimento, principalmente com relação à
deterioração dos termos de troca.
praticar
reflita
Re�ita
O comércio internacional é bené�co?
Sim. Uma vez que existem ganhos nas
negociações, assim, essa relação de
troca entre os países traz benefícios
para ambos.
Fonte: Krugman, Obstfeld e Melitz
(2015).
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praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
“O fato é que a existência do comércio internacional faculta aos países o
aproveitamento de suas aptidões, empregando seus recursos na produção
daqueles bens de custos relativamente mais baixos e trocando-os por bens de
custos relativamente mais altos. Assim, os países produzem e trocam entre si maior
variedade e quantidade de bens que seriam menores e teriam custo mais elevado,
caso cada país tentasse ser autossu�ciente”.
NOGAMI, O.; PASSOS, C. R. M. Princípios de economia . 7. ed. São Paulo, SP:
Cengage Learning, 2016. p. 524.
A respeito das teorias relacionadas ao comércio internacional, assinale a alternativa
correta.
a) Os mercantilistas acreditavam que o comércio poderia trazer vantagens
para ambos os envolvidos na negociação.
b) O modelo de Heckscher-Ohlin propõe que os países devem importar o que
podem produzir de forma mais e�ciente.
c) O teorema de Stolper-Samuelson descreve a relação que existe entre
preços absolutos da produção e recompensas absolutas dos fatores.
d) Para David Ricardo, um país não precisa ter uma vantagem absoluta para
que o comércio bené�co ocorra entre os países.
e) Adam Smith acreditava que a vantagem comparativa era uma necessidade
para o comércio bené�co.25/08/2023, 17:10 Ead.br
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A economia que toma decisões com base nas vantagens comparativas obterá
como resultado uma expansão relativa do(s) setor(es) que empregam de
forma intensa o fator abundante. O que resulta em incentivos ao aumento da
produção intensiva em trabalho, para a maioria dos países em
desenvolvimento, em vez de uma produção de capital intensivo, “o que
signi�ca expandir a agricultura tradicional, os bens primários e as
manufaturas intensivas em trabalho” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 425). Neste
aspecto, podemos a�rmar que o comércio internacional estimula o emprego
e a renda.
Além disso, na medida que o país em desenvolvimento é um país que possui
grandes volumes de exportações de bens, a expansão da exportação pode
levar a efeitos indesejados em termos de troca, que reduzirão os ganhos
esperados do comércio e pode levar a uma distribuição dos ganhos do
comércio que bene�cie os parceiros mais desenvolvidos (APPLEYARD et al .,
2010).
Política Econômica:Política Econômica:
Bases Estruturais eBases Estruturais e
de Gestãode Gestão
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Por �m, a expansão da produção dos produtos básicos intensivos
em trabalho e a dependência dos países desenvolvidos de
produtos tecnológicos e intensivos em conhecimentos e de bens de
capital podem levar a uma dependência econômica crítica e
também a relações inextricáveis entre a saúde dos países em
desenvolvimento e a dos países industrializado (APPLEYARD et al.,
2010, p. 425).
Assim, os ganhos do comércio dos países em desenvolvimento se originam
dos ganhos tradicionais de comércio e especialização, o que pode resultar em
uma saída para o superávit. Todavia, as in�exibilidades nas economias
tradicionais e natureza das exportações intensivas em trabalho podem
resultar em ganhos estáticos relativos do comércio “menores do que aqueles
para a economia industrial mais �exível e também podem ser reduzidos pelos
efeitos indesejados do incremento da instabilidade econômica e do
comportamento dos termos de troca” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 425).
Vale destacar que, com a integração econômica (áreas de livre comércio), há
uma expansão trazida pelo acesso aos ampliados mercados internacionais
que possibilita que os países menos desenvolvidos aproveitem economias de
escala que não seriam possíveis somente com o mercado doméstico. “Assim,
as indústrias que não são competitivas internacionalmente em um mercado
isolado podem bem ser competitivas por meio do comércio internacional se
houver potenciais economias de escala” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 426).
Cabe destacar que o comércio internacional pode estimular o
desenvolvimento mais competitivo dos setores nascentes ao possibilitar o
acesso a um mercado e a exposição de produtos e processos em maior
escala. “Isso, naturalmente, é uma das razões citadas para o uso dos
instrumentos da política de comércio para restringir importações ou
promover exportações, embora haja problemas com o uso das políticas na
prática” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 426).
Além disso, a lei antitruste promove efeitos positivos sobre o comércio, uma
vez que pune práticas anticompetitivas daqueles que buscam restringir a
produção para elevar os preços. O que permite:
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investimentos aumentados resultando de mudanças no ambiente
econômico, a maior disseminação de tecnologia nos países em
desenvolvimento (isto é, o ciclo do produto), a exposição a novos e
diferentes produtos, e mudanças nas instituições que
acompanham a maior exposição a diferentes países, culturas e
produtos (APPLEYARD et al., 2010, p. 426).
Assim, é importante reconhecer como as relações da produção mundial
mudam entre mercadorias ou setores distintos. Nesta perspectiva, os efeitos
do crescimento das exportações sobre o crescimento e o desenvolvimento
econômico pode variar de mercadoria para mercadoria. Isto pois há aquelas
mercadorias que agem como “polos de crescimento” para a economia,
enquanto a produção primária,  por exemplo, possui poucos efeitos fora de
seu próprio setor. Além disso, há a questão da   variação nos retornos de
escala características entre as distintas mercadorias (APPLEYARD et al ., 2010).
Dessa forma, uma nação:
pode não parecer ter uma vantagem de custo relativa em um
produto particular no nível de produção necessário para preencher
o mercado doméstico, mas pode muito bem haver uma vantagem
comparativa naquele produto em um nível maior de produção
(APPLEYARD et al., 2010, p. 426-427).
De forma semelhante, é caracterizado por um retorno baixo em escala um
produto que aparenta uma vantagem no custo corrente, mas que pode ter
limitadas possibilidades de exportação. Cabe ressaltar que, sob uma
perspectiva interna, “a oferta doméstica e as condições de demanda que
estão subjacentes às vantagens comparativas correntes e futuras foram e
ainda continuarão a ser in�uenciadas pela natureza imperfeita dos mercados
e pela política governamental” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 427).
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De acordo com Appleyard et al . (2010), normalmente as operações dos
mercados e os atributos dos produtos transacionados são distintos entre
nações em desenvolvimento e as desenvolvidas. O que pode resultar “em
maior participação dos benefícios relacionados ao comércio para os países
industrializados e podem contribuir para a manutenção do
subdesenvolvimento nos países menos desenvolvidos” (APPLEYARD et al .,
2010, p. 427) devido à instabilidade das exportações e mudanças de longo
prazo nos termos de troca.
A instabilidade de exportação está relacionada ao fato de os rendimentos de
exportações �utuarem em maior extensão nos países subdesenvolvidos do
que em países desenvolvidos. Constantemente, o foco não são os
saibamais
Saiba mais
Conforme a renda real cresce, ela afeta tanto
os produtores como os consumidores. Os
produtores precisam decidir como alterar a
produção, de acordo com o aumento dos
recursos ou a mudança da tecnologia. Os
consumidores, por sua vez, devem decidir
como gastar a renda real adicional. Essas
duas decisões têm implicações na
participação do país no comércio
internacional e, portanto, na determinação
de os países se tornarem mais ou menos
abertos ao comércio à medida que o
crescimento econômico ocorre.
Fonte: Appleyard et al . (2010, p. 203).
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rendimentos de exportações, mas as �utuações de preços delas (APPLEYARD
et al ., 2010). Isto pois essa variabilidade é vista como um problema,
uma vez que um alto nível de abertura de muitos países em
desenvolvimento (isto é, uma grande razão entre comércio externo
e produto interno bruto, PIB), a variabilidade no setor de
exportação é normalmente associada a variabilidade do PIB e o
nível de preços domésticos (APPLEYARD et al., 2010, p. 427).
Já a instabilidade interna gera incertezas nos produtores e consumidores. O
que “pode tensionar os instrumentos de política macroeconômica um tanto
inefetivos dos países em desenvolvimento. Além disso, o planejamento para o
desenvolvimento é mais difícil” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 427).
Por exemplo, quando as exportações estão gerando altos rendimentos, os
projetos de desenvolvimento econômico podem se voltar para a importação
de tecnologia, mas quando os rendimentos de exportação declinam, não há
disponibilidade de moeda estrangeira para completar e operar os projetos, o
que resultaem desperdício e descontinuidade desse projeto (APPLEYARD et al
., 2010).
“Uma opção política que vem recebendo cada vez mais atenção é a
elaboração de projetos de integração econômica entre os países em
desenvolvimento. Esses projetos podem ser, por exemplo, áreas de livre-
comércio ou mercados comuns” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 427), em que os
países-membros dos países em desenvolvimento podem evitar a potencial
deterioração do termos de trocas com relação aos países industrializados
pelo aumento do comércio entre si.
Assim, ao ampliar o tamanho do mercado, isso pode estimular investimento,
na produção de manufaturados e na diversi�cação necessária para evitar a
instabilidade das exportações e a deterioração do termo de troca.
“Entretanto, tais uniões incorrem em di�culdades no que concerne ao
sacrifício da soberania nacional e à distribuição dos benefícios entre os países
parceiros” (APPLEYARD et al ., 2010, p. 427).
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reflita
Re�ita
A integração econômica, pode
promover o desenvolvimento
econômico?
Sim, uma vez que possibilita uma
maior mobilidade de fatores, como
mão de obra especializada, máquinas,
equipamentos e tecnologia.
Cabe destacar que, a partir do conceito de criação e desvio de comércio, é
possível avaliar os efeitos da integração econômica. Neste aspecto, a criação
de comércio acontece quando a união entre os países tem um efeito no
aumento de comércio, especialmente para os produtores mais e�cientes. Já o
desvio de comércio pressupõe  que o aumento do comércio entre os países
ocorre por meio do comércio com os países de fora dessa relação (CÂNDIDO;
DO CARMO, 2016).
A integração econômica pode resultar, além dos efeitos da criação e desvio do
comércio, em  ganhos de economia de escala, num aumento da concorrência
e da e�ciência produtiva, economias de gastos administrativos, na atração de
investimentos diretos etc., decorrentes, principalmente, do aumento do poder
de barganha e da superação de mercados imperfeitos e, portanto, reduzindo
os custos de transação espacial das empresas (CÂNDIDO; DO CARMO, 2016).
Neste contexto, Strielkowski, Tcukanova e Zarubina (2017) salientam que na
era da integração econômica, as empresas multinacionais se tornaram a força
dominante na economia internacional. Prevenido com os novos avanços em
tecnologia, fundos ilimitados e apoio dos governos locais, as multinacionais
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buscam aumentar sua esfera de in�uência nos negócios e multiplicar seus
negócios ativos, entrando nos novos mercados promissores. As novas
economias emergentes costumam se tornar objeto de interesse de vários
empreendimentos comerciais.
A decisão de internalização ocorre de acordo com quatro
parâmetros: (1) fatores especí�cos da indústria (produto e
estrutura do mercado externo); (2) fatores especí�cos da região; (3)
fatores especí�cos do país, incluindo políticas governamentais; e (4)
fatores especí�cos da �rma (habilidade da gestão para organizar o
mercado interno). A internalização só ocorre até o ponto onde os
benefícios equivalem aos custos (GUEDES, 2007, p. 54).
Assim, os objetivos das multinacionais no contexto internacional envolvem
redução de custos, maximização da e�ciência das operações correntes e a
busca pelo aprendizado. Para isso, as empresas focam no desenvolvimento
de economia de escala, economia de escopo, e exploração das diferenças
nacionais (GUEDES, 2007). Com isso, a organização interna das multinacionais
torna-se relevante nas operações além das fronteiras nacionais, em relação à
escala e ao escopo, e na busca pelo aprendizado e crescimento. Para isso,
algumas multinacionais utilizam seus processos de produção em
instalações estrangeiras próximas de grandes bases de
consumidores. Isso é categorizado como investimento estrangeiro
direto (IED) horizontal. Uma alternativa é exportar para um
mercado em vez de operar com um a�liado estrangeiro naquele
mercado. O perde-ganha entre exportações e IED envolve um baixo
custo por unidade para IED (sem custo de comércio), mas um custo
�xo adicional associado à instalação estrangeira. Somente
empresas que operam em escala grande o su�ciente vão escolher
a opção de IED sobre as exportações (KRUGMAN; OBSTFELD;
MELITZ, 2015, p. 156).
Há empresas multinacionais que executam algumas partes da sua cadeia de
produção em instalações estrangeiras. Isso é conhecido como investimento
estrangeiro direto (IED) vertical. Uma alternativa é realizar a terceirização das
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partes da cadeia produção em uma entidade estrangeira independente
(KRUGMAN; OBSTFELD; MELITZ, 2015).
“Tanto um quanto o outro modo de operação são caracterizados como
terceirização. [...] a terceirização envolve baixos custos de produção, mas um
custo �xo adicional” (KRUGMAN; OBSTFELD; MELITZ, 2015, p. 156). Cabe
destacar que apenas as entidades que possuem uma grande escala   de
produção vão optar por terceirizar, uma vez que podem levar vantagem nas
diferenças de custos mediante aos locais de produção.
Esse tipo de decisão ocorre da mesma forma como os modelos de vantagem
comparativa, nos quais a produção no nível da indústria  é determinada por
meio das diferenças de custos relativos pelos países (KRUGMAN; OBSTFELD;
MELITZ, 2015). “As consequências de bem-estar também são similares:
existem ganhos agregados do aumento da produção multinacional e
terceirização, mas também mudanças na distribuição de renda que deixam
algumas pessoas em pior condição” (KRUGMAN; OBSTFELD; MELITZ, 2015, p.
157).
Diante disso, cabe ressaltar que as atividades de empresas multinacionais
tradicionalmente atraem muita atenção política, uma vez que os governos
desejam atrair investimento estrangeiro direto. Acredita-se que as
multinacionais promovam crescimento criando empregos, realizando novos
investimentos, introduzindo novas tecnologias e permitindo que as
economias hospedeiras se integrem e melhorem nas cadeias globais de valor.
praticar
Vamos Praticar
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Leia o trecho a seguir.
“O fenômeno da especialização também ocorre entre os países, uma vez que os re-
cursos existentes são distribuídos desigualmente. Enquanto alguns países são mais
bem dotados de terra, outros são mais bem dotados de mão de obra especializada;
outros, ainda, são mais bem dotados de capital. Dessa forma, tendem a ser ricos ou
pobres com relação a determinado fator de produção”.
NOGAMI, O.; PASSOS, C. R. M. Princípios de economia . 7. ed. São Paulo, SP:
Cengage Learning, 2016. p. 523.
A respeito da política econômica, bases estruturais e de gestão, assinale a
alternativa correta.
a) Os ganhos do comércio dos países em desenvolvimento se originam dos
ganhos avançados de comércio, o que implica em dé�cits.
b) A criação de comércio pressupõe que o aumento do comércio entre os
países ocorre por meio do comércio com os países de fora dessa relação.
c) Os efeitos do crescimento das exportações sobre o crescimento e o
desenvolvimento econômico pode variar de mercadoria para mercadoria
d) A integração econômica ampliou mercado e possibilitou que países menos
desenvolvidos aproveitem as deseconomias de escala.
e) A integração econômica resultou em criação e desvios de comércio,
deseconomias de escalas, redução da concorrência e aumento da e�ciência
produtiva.
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Os aumentos nas exportações elevam o nívelde emprego e de renda, uma
vez que o mercado externo paga aos exportadores pelo bem adquirido. Em
contrapartida, as importações representam uma saída de recursos do país,
pois temos de pagar pelos bens que adquirimos externamente. Neste
aspecto, ao importarmos geramos emprego e renda nesses países dos quais
importamos  (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012).
VariáveisVariáveis
MacroeconômicasMacroeconômicas
que Impactam nosque Impactam nos
Fluxos de ComércioFluxos de Comércio
InternacionalInternacional
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Assim, se as exportações forem maiores que as importações, repercutirá
positivamente na economia, resultando no aumento de emprego e de renda,
da mesma forma que uma política �scal faria. Por sua vez, um saldo negativo,
em que as importações são maiores que as exportações, provocaria queda no
nível de emprego e de renda da economia  (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012).
Neste contexto, os governos utilizam-se de medidas protecionistas com a
�nalidade de restringir a entrada de determinados produtos no país. Medidas
protecionistas essas que visam proteger a indústria nascente, a segurança
nacional, o emprego, e combater os dé�cits comerciais entre importações e
exportações.
Isto pois uma indústria nascente pode não sobreviver à competição externa.
Neste aspecto, tais empresas “deveriam ser protegidas, ao menos
temporariamente, por altas tarifas ou cotas até que conseguissem
desenvolver e�ciência tecnológica e economias de escala que lhes
possibilitassem competir com as indústrias estrangeiras” (NOGAMI; PASSOS,
2016, p. 529).
Além disso, um país deve procurar proteger negócios estratégicos do ponto
de vista de segurança da nação, bem como promover a substituição das
importações por bens produzidos internamente, de forma a estimular a
Figura 1.1 - Comércio internacional
Fonte:   Meunklad / 123RF.
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criação de novos negócios e a geração de empregos   (NOGAMI; PASSOS,
2016).
Para isso, o governo pode criar restrições ao comércio internacional, como
barreira tarifária e não tarifária. Ao aplicar a barreira tarifária, um imposto é
adicionado ao preço internacional do bem, de forma que o preço do mesmo
produto fabricado dentro do país se torne competitivo; protegendo, assim, os
produtos desenvolvidos internamente de forma que não sofram a
concorrência de produtos importados mais baratos (NOGAMI; PASSOS, 2016).
Em contrapartida, ao utilizar-se da barreira não tarifária, com a �nalidade de
estimular a competitividade do produto nacional, observe que não se aplica
um imposto, mas “obstáculos quantitativos ou burocráticos que oneram ou
inviabilizam as importações. Como restrições burocráticas podemos citar os
certi�cados de origem e vistos consulares. Como restrições quantitativas
temos a �xação de cotas”  (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 529).
Por outro lado, o governo adota incentivo à ampliação do comércio
internacional para que o preço do produto nacional se torne mais barato do
que o preço do produto equivalente no exterior. Para isso, o governo
incentiva as exportações por meio de incentivos �scais e/ou creditícios
(�nanciamento a juros subsidiados ao exportador). Além disso, o governo
pode eliminar uma série de passos burocráticos que deveriam ser executados
em uma exportação (NOGAMI; PASSOS, 2016).
Assim, as barreiras ou incentivos são formas muito usuais do estado intervir
no Comércio Internacional. Todavia, em determinadas condições da
economia, a aplicação de tais políticas poderá ser inversa, buscando o
incentivo às importações e desestimulo às exportações.
O comércio internacional, com base na Teoria da Vantagem Comparativa,
sofre in�uências dos governos por meio de instrumentos de Política
Comercial Internacional, através da introdução de ações que viabilizam as
exportações ou barram as importações, ou ambos (NOGAMI; PASSOS, 2016).
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Neste aspecto, devemos lembrar que, por meio de taxas e impostos, o
comércio interno de um país tem in�uência signi�cativa na geração de
recursos aos governos. Da mesma forma, se aplica ao comércio internacional,
somente modi�cando o fato gerador do imposto.
Isto pois no comércio internacional se exportam impostos, entretanto, cria-se
o imposto alfandegário, o que signi�ca que para uma mercadoria entrar no
país ela será taxada conforme a política econômica do país que está
importando (NOGAMI; PASSOS, 2016). Assim, por meio da política
alfandegária, os governos poderão distorcer o livre comércio, interferindo no
comércio internacional.
Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio é o valor, em moeda nacional, em comparação com uma
unidade de moeda estrangeira. Isto é, “a taxa de câmbio é o preço de uma
moeda em termos de outra. Obviamente, há pelo menos tantas taxas de
câmbio quanto moedas estrangeiras” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 537). No
Brasil, a moeda internacional de referência é o dólar americano. Assim, se um
dólar americano vale, por exemplo, R$ 5,00, a taxa de câmbio entre as duas
moedas é: US$ 1,00 = R$ 5,00.
“No Brasil, as divisas são monopólio do Estado, que é representado pelo
Banco Central. As operações de câmbio, por sua vez, só podem ser
conduzidas por meio de estabelecimento bancário autorizado a operar em
câmbio pelo Banco Central” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 537). Como a taxa de
câmbio é um preço, ela será in�uenciada pela oferta e demanda de divisas, de
moeda estrangeira em um determinado país.
Neste aspecto, a oferta de divisas depende, em especial, do volume de
exportações, pois as moedas estrangeiras recebidas em troca das vendas
externas devem ser trocadas por moeda nacional; e da entrada de capitais
externos, que devem ser trocados por moeda nacional. Diante disso, ao
vender o produto ou serviço no mercado internacional, o importador envia
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divisas, isto é, dólares, como pagamento ao Banco Central, obtém os dólares,
pagando ao exportador nacional em reais (NOGAMI; PASSOS, 2016).
Por sua vez, a demanda de divisas depende: da quantidade de importações,
pois os importadores precisam de moeda (dólar) para pagar suas compras
realizadas no exterior; e da saída de capitais externos, em forma de
pagamento de juros e amortizações de empréstimos etc. (NOGAMI; PASSOS,
2016).
Portanto, para realizar transações no mercado internacional, o banco central
precisa ter uma reserva de moeda estrangeira, obtida por meio de superávits
comerciais ou investimento estrangeiro direto. Neste aspecto, é importante
ressaltar que o preço da moeda estrangeira em termos de moeda nacional
depende da oferta e da demanda de divisas. Preço esse que, muitas vezes,
pode ser controlado pela compra e venda de moeda no mercado �nanceiro
pelo Banco Central. Por isso, a importância de o Banco Central possuir uma
reserva de moeda, de forma que consiga controlar as volatilidades do
mercado de câmbio. Assim, para entendermos um pouco mais sobre isso,
devemos compreender o funcionamento dos regimes cambiais �xo   e
�utuante.
No regime de câmbio �xo, a taxa de câmbio é �xa, sendo
determinada pelo Banco Central, ou seja, o Banco Central se
compromete a comprar e a vender divisas a um preço �xado por
ele. Em geral, há um pequeno diferencial entre as taxas de compra
e venda para cobrir os custos da transação. Nesse caso, o país �xa
sua taxa de câmbio, porém reserva-se ao direito de alterá-la caso
enfrente um desequilíbrio fundamental em seu balanço de
pagamentos (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 538).
Esse sistema possui como vantagem facilitar a tomada dedecisões dos
agentes econômicos. Uma vez que reduz as incertezas com relação às
expectativas cambiais. Por sua vez, nesse regime cambial o Banco Central
deve possuir moeda estrangeira em volume su�ciente para atender a uma
situação de dé�cit no Balanço de Pagamentos. “Deve também estar
preparado para adquirir qualquer excesso de moeda estrangeira – superávit
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no balanço de pagamentos –, aceitando, assim, a perda de graus de liberdade
na condução da política monetária” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 538).
Isto, pois, quando o governo precisa manter a taxa de câmbio �xa, ele faz isso
interferindo na oferta e demanda de moeda estrangeira no mercado
�nanceiro, comprando e vendendo moeda (dólar) de forma que ele garanta o
preço estabelecido. Entretanto quando ele faz isso,  amplia e reduz a oferta
de moeda (em reais) na economia, perdendo o controle da política monetária
interna, �cando refém da política cambial �xa.
Por outro lado, no regime de taxas de câmbio �utuantes, o valor da taxa de
câmbio passa a ser estabelecido livremente pelo mercado, pela oferta e a
demanda por divisas, sem nenhuma intervenção do Banco Central, isto é, a
taxa de câmbio deve se ajustar de forma a equilibrar o mercado de divisas
(NOGAMI; PASSOS, 2016).
Dessa forma, se ocorrer “excesso de oferta de moeda estrangeira, seu preço
cairá, ou seja, a moeda nacional se valorizará. Da mesma forma, se houver
excesso de demanda pela moeda estrangeira, o seu preço se valorizará, isto é,
a moeda nacional se desvalorizará”  (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 539).
No Brasil, utiliza-se hoje um sistema misto, denominado   de �utuação suja,
 em que a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, mas o Banco Central
intervém, buscando equalizar os movimentos almejados da taxa de câmbio,
de forma a limitar sua instabilidade.
Voltando para o cenário das exportações, em um câmbio �exível, comumente,
“quanto mais alta a taxa de câmbio, maior deverá ser a quantidade que as
�rmas desejarão exportar. Da mesma forma, quanto menor for a taxa de
câmbio, menos as �rmas desejarão exportar” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p.
539).
Neste contexto, uma elevação no preço da moeda estrangeira é conhecida
como desvalorização cambial. “Assim, o termo desvalorização signi�ca que a
moeda nacional passa a valer menos em termos de moeda estrangeira.
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Reciprocamente, uma diminuição no preço da moeda estrangeira denomina-
se valorização cambial” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 542).
Cabe destacar que a desvalorização ou valorização cambial interfere nas
relações de trocas, uma vez que uma desvalorização estimula as exportações,
pois os exportadores poderão receber mais reais por produto exportado. Em
contrapartida, desestimula as importações, pois os importadores receberão
menos reais por produto importado (NOGAMI; PASSOS, 2016), aumentando,
assim, as divisas do país.
Por outro lado, os impactos in�acionários de uma desvalorização
cambial não podem ser esquecidos, uma vez que ela aumenta o
custo dos produtos importados. No caso de fatores de produção
importados, uma desvalorização signi�ca aumento nos custos de
produção. Se as �rmas repassarem esses aumentos de custo para
os preços dos produtos, os preços internos acabam por se elevar
(NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 543).
reflita
Re�ita
O aumento das exportações e do
investimento estrangeiro direto pode
levar à expansão de moeda (em reais)
na economia?
Sim, uma vez que sempre que o banco
central trocar dólares que entram no
país por reais, isso gera uma expansão
monetária na economia, o que pode
resultar em maiores níveis de
emprego e renda.
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Além disso, as desvalorizações cambiais aumentam o estoque da dívida
externa em reais. Pois, por exemplo, se uma empresa faz um empréstimo no
exterior, ela paga em dólares, mas, para isso, precisa trocar real por dólar no
banco, e se o dólar estiver mais caro, isso encarece o valor da amortização.
praticar
Vamos Praticar
Leia o excerto a seguir.
“Como cada país possui sua própria moeda, com valores diferentes, há necessidade
de um ponto de encontro dos compradores de moedas com os respectivos
vendedores. Esse ponto de encontro é o Mercado Cambial. Curiosamente,
poderíamos conjecturar por que não haveria uma moeda única para todos os países
do mundo. Evidentemente, isso traria uma facilidade muito grande para o comércio
internacional, porque as operações de câmbio tornar-se-iam desnecessárias”.
MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior . 16. ed. São Paulo: Atlas,
2020. p. 149.
A respeito das variáveis macroeconômicas que impactam nos �uxos de comércio
internacional, assinale a alternativa correta.
a) Na desvalorização cambial, do real frente ao dólar, há um estímulo à
exportação, pois os  exportadores receberão mais moeda nacional por
produto importado.
b) As importações representam uma entrada de recursos do país, pois temos
de pagar pelos bens que adquirimos externamente.
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c) A elevação e redução do preço da moeda estrangeira frente à moeda
nacional é conhecida como valorização e desvalorização cambial,
respectivamente.
d) Um aumento e redução do valor da moeda nacional frente à moeda
estrangeira é destacado como desvalorização e valorização cambial,
respectivamente.
e) As valorizações cambiais do real frente ao dólar aumentam as dívidas
externas do país, em contrapartida, as desvalorizações reduzem a dívida.
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Para entendermos os impactos macroeconômicos no comércio exterior, é
importante compreendermos inicialmente as variáveis econômicas que são
in�uenciadas pelo processo de importações e exportações. Variáveis essas
representadas pela renda, taxa de câmbio, preços, barreiras e subsídios ao
comércio internacional.
Há uma relação direta entre a renda nacional e as importações, uma vez que
um “aumento da produção e da renda nacional signi�ca que o país está
crescendo e que demandará mais produtos importados, na forma de bens de
consumo, de matérias-primas e de bens de capital” (NOGAMI; PASSOS, 2016,
p. 536). Por sua vez, se a renda mundial aumentar, o comércio mundial
também se elevará e as exportações devem aumentar. Assim, há uma relação
direta entre as variações da renda mundial e as exportações.
ImpactosImpactos
MacroeconômicosMacroeconômicos
no Comérciono Comércio
ExteriorExterior
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Já com relação à taxa de câmbio, uma desvalorização cambial resultará em
aumento de preço dos produtos importados, desestimulando “as importações
que, apesar de manter seus preços em dólares, exigirão mais reais por dólar
de produto importado. Nesse caso, existe uma relação inversa entre
desvalorização cambial e importações” (NOGAMI; PASSOS, 2016, p. 536). Por
outro lado, a desvalorização estimula as exportações (relação direta), já que
os exportadores receberão mais por dólar, levando também os importadores
a adquirir mercadoria interna ao invés de importar, gerando, assim, emprego
e renda na economia interna.
A elevação dos preços (em moeda estrangeira) dos produtos importados
resultará em uma redução das importações. Por isso, há uma relação negativa
entre o preço (em moeda estrangeira) dos produtos importados e as
importações (NOGAMI;PASSOS, 2016). Por sua vez, um aumento dos preços
dos bens internos estimulará a substituição desses bens por similares
produzidos no mercado externo, elevando as importações. Isto quer dizer que
há uma relação positiva entre os preços internos e as importações.
Preços Externos (US$): Uma elevação nos preços externos dos
produtos por nós exportados deverá elevar as exportações. Nesse
caso, existe uma relação direta entre os preços externos dos
produtos produzidos nacionalmente e as exportações. Preços
Internos (R$): Um aumento nos preços internos dos produtos
exportáveis poderá estimular o aumento das vendas no mercado
interno, diminuindo as importações. Nesse caso, existe uma
relação inversa entre preços internos e exportações (NOGAMI;
PASSOS, 2016, p. 537).
A determinação de barreiras tarifárias e não tarifárias às importações pode
resultar em uma redução na aquisição de produtos importados. Por isso,
pode-se dizer que há uma relação negativa entre a determinação de barreiras
tarifárias e não tarifárias e as importações.
Os incentivos às exportações podem ser: isenções de impostos, “creditícios (o
produtor nacional consegue �nanciamento a juros subsidiados), ou de
natureza burocrática, podem estimular as exportações. Existe, então, uma
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relação direta entre aumento de incentivos e exportações” (NOGAMI; PASSOS,
2016, p. 537).
Observe que de certa forma os �uxos comerciais de um país afetam o seu
Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo, uma vez que há recursos (mão de
obra, capital e infraestrutura) não empregados. Assim, as variações no
comércio in�uenciarão a demanda agregada, o produto e o emprego da
economia.
Desse modo, a variação do comércio está representada nas contas comerciais
da balança comercial de um país, que é um re�exo do equilíbrio entre a
poupança e o investimento, da produtividade absoluta ou da riqueza
nacional. Assim, para que os ajustes sejam realizados nas contas comerciais
de um país, é necessário uma variação na poupança ou investimentos
domésticos. Isso, a longo prazo, decorrerá dos movimentos nos preços
relativos do país, mediante variações da taxa de câmbio (SAMUELSON;
NORDHAUS, 2012).
Neste aspecto, pode-se notar que a taxa de câmbio possui um papel
fundamental de equilíbrio na economia, já que as mudanças nas taxas de
câmbio são uma forma de ajuste da poupança e o investimento, funcionando
como um instrumento que visa garantir que o nível de exportações líquidas
equilibre a poupança e o investimento domésticos (SAMUELSON; NORDHAUS,
2012).
Considere, por exemplo, que o governo gere um dé�cit �scal, que levará a um
desequilíbrio no mercado poupança–investimento, resultando em um
aumento das taxas de juros internas em comparação com as taxas de juros
internacionais; o que levará à atração de fundos do exterior e a uma
apreciação cambial do país que apresenta dé�cit público (SAMUELSON;
NORDHAUS, 2012).
Note que a apreciação tende a resultar em uma redução “das exportações e
ao aumento das importações, ou a uma redução das exportações líquidas.
Essa tendência continuará até que as exportações líquidas tenham diminuído
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o su�ciente para anular a diferença entre poupança e investimento”
(SAMUELSON; NORDHAUS, 2012, p. 509).
Cabe destacar que, em uma economia que não pode in�uenciar as taxas de
juros internacionais, uma menor despesa pública ou um aumento na
poupança privada aumentará a poupança nacional, resultando em uma
depreciação da taxa de câmbio até que as exportações líquidas tenham se
elevado o su�ciente para equilibrar a elevação na poupança doméstica
 (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012).
Uma elevação do investimento doméstico por causa de uma melhoria do
ambiente empresarial, ou aumento das inovações, por exemplo, resultará em
um deslocamento da função de investimento. “Isso levará a uma apreciação
da taxa de câmbio até que as exportações líquidas diminuam o su�ciente
para equilibrar a poupança e o investimento. Neste caso, o investimento
doméstico expulsa o investimento externo” (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012,
p. 509).
Uma elevação das taxas de juros mundiais reduzirá o nível de investimento, o
que levará a uma elevação “na diferença entre poupança e investimento, a
uma depreciação da taxa de câmbio e a um aumento nas exportações
líquidas e do investimento externo. Isso corresponderia a um deslocamento
ao longo da curva do investimento” (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012, p. 509).
Um aumento do PIB em economias abertas envolve uma grande diversidade
de políticas, o que inclui uma estabilidade macroeconômica, direitos de
propriedade garantidos e, acima de tudo, um bom retorno de forma previsível
para o investimento.
“No longo prazo, a forma isolada mais importante de aumentar o produto per
capita e os níveis de vida é assegurar que o país adote as melhores práticas
tecnológicas nos seus processos de produção” (SAMUELSON; NORDHAUS,
2012, p. 510), uma vez que não adianta possuir uma taxa elevada de
investimento, se esses investimentos não podem in�uenciar a taxa de juros
internacional.
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praticar
Vamos Praticar
Leia o excerto a seguir.
“Inúmeras vezes, no Brasil, o governo manteve taxas de câmbio irrealmente baixas
para combater a in�ação. Como consequência, houve quedas das nossas
exportações, o que ocasionou os fatos anotados em itens anteriores: desemprego e
escassez de divisas. Diga-se de passagem, a escassez de divisas levou-nos a
moratórias”.
MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior . 16. ed. São Paulo: Atlas,
2020. p. 263.
A respeito dos impactos macroeconômicos no comércio exterior, assinale a
alternativa correta.
a) Uma redução dos preços dos produtos internos incentivará a substituição
desses bens por similares produzidos no mercado externo.
b) A apreciação cambial tende a resultar em uma elevação nas exportações e
uma redução nas importações.
c) Os �uxos comerciais são incapazes de afetar o produto interno bruto de
um país no curto prazo.
d) A redução da taxa de juros doméstica resulta em um deslocamento
negativo da função investimento.
e) A redução das taxas de juros globais reduz o investimento, elevando a
diferença entre poupança e investimento.
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indicações
Material
Complementar
FILME
Babel
Ano: 2006
Comentário: Em referência à história da bíblia, Babel é
um �lme que trata de diferentes culturas e as
interações, muitas vezes difíceis, que ocorrem dentro
delas e entre elas. Neste aspecto, o �lme pretende
explicar como as diferenças culturais e linguísticas
surgiram.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o link a
seguir.
TRA ILER
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LIVRO
Economia Internacional
Editora: Saraiva
Autores: Maria Auxiliadora de Carvalho e César
Roberto Leite
ISBN: 978-85-472-1374-9
Comentário: Este material de estudos traz em detalhes
o avanço das teorias do comércio internacional, com
um olhar econômico, e ainda trata da relação das
variáveis macroeconômicas e a sua in�uência no
comércio internacional, onde explora inicialmente uma
economia fechada, isto é, sem comércio externo, e na
sequência uma economia aberta, com o comércio
externo.
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conclusão
Conclusão
Olá, nesta unidade você teve a oportunidade de compreender os aspectos
introdutórios que envolvem o comércio internacional. Diante disso,
estudamos sobre a evolução das teorias do comércio internacional,
compreendendo a importância das teorias de vantagens absolutas e
comparativas, nas relações de trocas do mundo atual. Além disso, pudemos
entender a política econômica e as bases estruturais e de gestão. Vimos,
também, a importância das variáveis macroeconômicas nos �uxos de
comércio e o impacto que podem gerar na economia, principalmente a
in�uência da variável taxa de câmbio. Ademais, entendemos as relações
existentes entre as atividades de comércio exterior e o desenvolvimento
macroeconômico.
referências
Referências
Bibliográ�cas
APPLEYARD, D. et al . Economia internacional . 6. ed. Porto Alegre: AMGH,
2010.
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CÂNDIDO, E; DO CARMO, J. M. Economia internacional . 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
CARVALHO, M. A.; LEITE, C. R. Economia internacional . 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
GUEDES, A. L. Negócios internacionais . São Paulo: Cengage Learning, 2007.
KRUGMAN, P. R.; OBSTFELD, M.; MELITZ, J. M. Economia internacional . São
Paulo: Pearson, 2015.
MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior . 16. ed. São Paulo:
Atlas, 2020.
NOGAMI, O.; PASSOS, C. R. M. Princípios de economia . 7. ed. São Paulo, SP:
Cengage Learning, 2016.
SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia . 19. ed. Dados eletrônicos.
Porto Alegre: AMGH, 2012.
STRIELKOWSKI, W.; TCUKANOVA, O.; ZARUBINA, Z. Globalization and economic
integration: the role of modern management. Polish Journal of Management
Studies , v. 15, n. 1, 2017. Disponível em:
https://yadda.icm.edu.pl/baztech/element/bwmeta1.element.baztech-
7eae18e3-55b2-4c61-9697-7e7ad3b�5e4/c/Strielkowski_PJMS_15_1.pdf .
Acesso em: 04 abr. 2020.
https://yadda.icm.edu.pl/baztech/element/bwmeta1.element.baztech-7eae18e3-55b2-4c61-9697-7e7ad3bff5e4/c/Strielkowski_PJMS_15_1.pdf

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