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Cartilha Elaboracao de documentos_2020_11_20

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Prévia do material em texto

A(O) 
PSICÓLOGA(O) 
FRENTE AOS 
DESAFIOS DA 
ELABORAÇÃO DE 
DOCUMENTOS
FLORIANÓPOLIS, NOVEMBRO DE 2020
EQUIPE RESPONSÁVEL
COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO 
E FISCALIZAÇÃO DO X PLENÁRIO 
Adriana Braatz Zluhan
Giovana Mara Sens
Ivana de Paula Sousa
Jamir Sardá
EQUIPE TÉCNICA DEDICADA 
À COMISSÃO
Carlos EduardoRodrigues de Araújo
Daniela Furlan
Lucila de Castro Neves
Pâmela Lunardelli Trindade
Priscila de Abreu 
COMISSÃO DE ÉTICA DO X PLENÁRIO
Mariana Macedo Nora
Diego Remor Moreira Francisco
Janaína Henrique
Andrea Lemos Capoani de Moura
Pedro Augusto Crocce Carlotto
EQUIPE TÉCNICA DEDICADA 
À COMISSÃO
Flávia Elisa Haut
Iramaia Ranai Gallerani
SEDE DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 12a REGIÃO 
Rua Prof. Bayer Filho, 110 – Coqueiros – Florianópolis/SC – CEP: 88080-300 
Fone (48) 3244-4826 – https://crpsc.org.br/fale-conosco-1
SUBSEDE OESTE 
Av. Porto Alegre, 427-D, Ed. Lázio Executivo, Sala 802 – Centro – Chapecó/SC 
CEP: 89802-130 – Fone: (49) 3304-0388 – E-mail: oeste@crpsc.org.br
SUBSEDE SUL 
Rua Henrique Lage, 267, 2o andar, sala 2, Ed. João Benedet – Centro – Criciúma/SC 
CEP: 88801-010 – Fone: (48) 2102-7091 – E-mail: sul@crpsc.org.br
SUBSEDE NORTE 
Rua Mario Lobo, 61, sala 905/906, Centro, Joinville/SC – CEP: 89201-330 
Fone: (47) 3202-7421 – E-mail: norte@crpsc.org.br
A CARTILHA
A presente cartilha foi elaborada como um material de suporte 
para as oficinas “A(o) psicóloga(o) frente aos desafios da 
elaboração de documentos” quanto ao conteúdo ministrado 
pela equipe da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) 
e da Comissão de Ética (COE). O objetivo do material é servir 
à(ao) participante para acompanhar as falas e tomar notas para 
que possa se utilizar depois durante seu exercício profissional. 
Como o material prescinde de contextualização, não se 
autoriza a reprodução do material ou sua utilização para outras 
finalidades.
As oficinas foram planejadas devido ao grande número de 
dúvidas e denúncias recebidas tanto pela COF quanto pela 
COE referente à emissão de documentos decorrentes do 
exercício profissional de psicólogas(os), que impactam a vida 
das pessoas.
Esperamos contribuir ao enriquecimento das práticas, ao 
aprimoramento técnico e à valorização do compromisso social 
da Psicologia na promoção da saúde mental e qualidade de 
vida das pessoas!
3
www.crpsc.org.br
F crp12sc
T crpsc12
Y CRP12SC
I crpsc12
OBJETIVOS
	Orientar sobre as diretrizes normativas;
	Informar sobre os desafios identificados a partir 
do cotidiano de trabalho no CRP-12;
	Conduzir reflexões éticas e técnicas responsáveis;
	Criar espaços de mútua ajuda e 
compartilhamento de experiências.
SUMÁRIO
 COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO 
E FISCALIZAÇÃO .......................................... 5
RESOLUÇÃO CFP No 6/2019 ....................... 6
MODALIDADES DE DOCUMENTOS 
PSICOLÓGICOS ............................................. 8
ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS 
PSICOLÓGICOS ...........................................10
LAUDO E RELATÓRIO EM EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL ................................11
ENTREGA DE DOCUMENTOS ...................12
REGISTRO DOCUMENTAL ........................13
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ...........16
COMISSÃO DE ÉTICA .................................18
PALAVRAS CHAVES
Xxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxx 
Xxxxxxxxxxx xxxxx 
Xxxxxxxxxxxxxxx
COMISSÃO 
DE ORIENTAÇÃO 
E FISCALIZAÇÃO
Diretrizes normativas para a elaboração 
de documentos psicológicos
PRINCIPAIS NORMAS ABORDADAS NA OFICINA
• Política de Orientação e Fiscalização 
Resolução CFP no 10/2017
• Código de Ética Profissional do Psicólogo 
Resolução CFP no 10/2005
• Elaboração de documentos psicológicos
Resolução CFP no 06/2019
• Avaliação psicológica 
Resolução CFP no 09/2018
• Registro documental obrigatório 
Resolução CFP no 01/2009
5
O QUE É UM DOCUMENTO PSICOLÓGICO?
Deve refletir o compromisso 
com os princípios éticos da 
profissãoe apresentar osdados 
comobjetividade, rigidez e 
linguagem profissional.
Meio pelo qual as(os) 
psicólogas(os) comunicam 
resultados ou informações 
acerca do seu trabalho.
São motivados, ou 
seja, respondem a 
uma solicitação ou 
são resultado de uma 
avaliação psicológica.
Resulta da prestação 
direta de serviços 
psicológicos a uma 
pessoa, grupo ou 
organização.
Possui amparo normativo que 
organiza de forma precisa 
os tipos e a estrutura dos 
documentos psicológicos.
Possui modalidades 
diferentes de acordo com a 
finalidade da comunicação.
RESOLUÇÃO 
CFP No 6/2019
Ponto de partida
ATUAÇÃO TRANSFORMADORA E SIGNIFICATIVA
• Implicações sociais decorrentes do uso dos documentos 
escritos produzidos pelas(os) psicólogas(os);
COMPLEXIDADE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
• Construção de documentos decorrentes de diversos campos 
de atuação.
RACIOCÍNIO PSICOLÓGICO
“Atitude avaliativa, compreensiva, integradora e contínua, 
que deve orientar a atuação nos diferentes campos da Psicologia 
e estar relacionada ao contexto que origina a demanda.”
“Toda a ação da(o) psicóloga(o) demanda um raciocínio 
psicológico.”
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
“Ação sistemática e delimitada no tempo, com a finalidade 
de diagnóstico ou não, que utiliza de fontes de informações 
fundamentais e complementares com o propósito de uma 
investigação realizada a partir de uma coleta de dados, estudo 
e interpretação de fenômenos e processos psicológicos.”
• Processo estruturado de investigação de fenômenos 
psicológicos;
• Fornece informações à tomada de decisão (demandas, 
condições e finalidades específicas);
• Decisão baseada, obrigatoriamente, em fontes fundamentais 
de informação;
• Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI: 
http://satepsi.cfp.org.br/
VOLTANDO À RESOLUÇÃO CFP No 6/2019
Elaboração de documentos psicológicos
• Institui REGRAS para elaboração de documentos escritos 
produzidos pelo(a) psicólogo(a) no exercício profissional. 
Possui formato normativo e orienta de forma precisa a escrita 
de documentos psicológicos. 
• Documentos psicológicos devem ser emitidos mediante 
solicitação ou em decorrência de avaliação psicológica.
6 7
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: FONTES DE INFORMAÇÃO
Diretrizes da Resolução CFP no 9/2018
COMPLEMENTARES
Técnicas e instrumentos 
não psicológicos com respaldo 
científico da área e que respeitem 
os princípios do código.
Documentos técnicos 
(protocolos e relatórios de equipes 
multiprofissionais).
FUNDAMENTAIS
Testes psicológicos.
Entrevistas psicológicas; anamnese.
Protocolos ou registro de observação 
do comportamento.
	Pessoa atendida;
	Responsáveis legais pela pessoa atendida;
	Organizações;
	Equipes multidisciplinares;
	Outros profissionais;
	Autoridades.
QUEM PODE 
SOLICITAR UM 
DOCUMENTO?
8 9
MODALIDADES 
DE DOCUMENTOS 
PSICOLÓGICOS
Resolução CFP no 6/2019
DECLARAÇÃO
• DOCUMENTO SIMPLES
• Serve para comunicar informações pontuais sobre a prestação 
do serviço.
• Principais finalidades:
• Informar comparecimento ao atendimento;
• Informar realização de acompanhamento (frequência, 
• tempo, dias e horários).
ATESTADO PSICOLÓGICO
• Comunica situação, estado ou funcionamento psicológico, 
fundamentado no diagnóstico psicológico e em argumentos 
técnico-científicos.
• DOCUMENTO DECORRENTE DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
• Documento sintético: apenas a informação principal 
e necessária ao cumprimento de sua finalidade.
• Em TEXTO CORRIDO, para evitar adulterações.
• Deve ser requerido formalmente.
Quando justificadamente necessário, 
é possível fazer uso da Classificação 
Internacional de Doenças (CID) ou outras 
Classificações diagnósticas científicas 
e socialmente reconhecidas como fonte 
de enquadramento diagnóstico.
• Principais finalidades: 
• Justificar faltas, impedimentos, afastamentos 
ou dispensas. 
• Justificar a aptidão para atividades específicas 
após avaliação psicológica.
• Ex.: manuseio e porte de arma de fogo, 
condução de veículos, trabalho em 
condições específicas.
LAUDO PSICOLÓGICO
• Apresenta os resultados do processo de 
avaliação psicológica (AP) comosubsídio 
para a tomada de decisões em diversos 
contextos.
• Emitido quando a finalidade do documento 
requer a comunicação de informações 
detalhadas e contextualizadas sobre a AP, 
diante das quais podem ser apresentados 
encaminhamentos, diagnósticos, prognósticos, 
propostas de tratamento, entre outras 
conclusões.
• Informar apenas o estritamente necessário à 
finalidade do documento, preservando o sigilo 
sobre as demais informações.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
• Documento descritivo que comunica 
informações, encaminhamentos, intervenções, 
evolução ou orientações decorrentes da 
atuação profissional (finalizada ou em 
andamento) que não resultam de uma 
demanda por avaliação psicológica.
• Inovação da Resolução CFP no 6/2019: 
distinção entre Relatório e Laudo psicológico 
possibilita a comunicação escrita decorrente 
da atuação psicológica em variados contextos 
de atuação, podendo desempenhar 
finalidades diversas conforme os objetivos 
do trabalho e o que está sendo solicitado. 
A Previdência e Consolidação das 
Leis Trabalhistas não preveem 
a Psicologia entre as profissões 
passíveis de justificar falta ao 
trabalho ou estudo. Embora seja um 
documento legítimo, a empresa não 
é obrigada a aceitá-lo a menos que 
exista acordo de trabalho coletivo 
ou convenção que pressuponha esta 
justificativa na empresa em questão.
Embora o relatório possa 
mencionar o diagnóstico 
psicológico, essa não 
é sua finalidade.
A descrição literal das sessões 
ou atendimentos deve ser 
evitada e utilizada apenas 
quando justificada tecnicamente!
10 11
ESTRUTURA 
DOS DOCUMENTOS 
PSICOLÓGICOS
Padrões e diretrizes
PARECER PSICOLÓGICO
• Comunica o pronunciamento da(o) psicóloga(o) sobre uma 
questão-problema ou documento psicológico questionado, 
a partir da expertise em determinada área da Psicologia.
• Finalidade: sanar dúvidas técnicas que estão interferindo 
na decisão do solicitante. É, portanto, uma resposta a uma 
consulta que exige conhecimento aprofundado no assunto.
• Pode ser requerido por meio de quesitos, que devem ser 
avaliados e respondidos pela(o) profissional conforme 
os limites de sua atribuição.
• A estrutura de cada documento está definida na Resolução 
CFP no 6/2019, que padroniza: 
• Os títulos dos documentos;
• O formato (texto corrido ou itens);
• O tipo de conteúdo pertinente a cada documento;
• A organização dos conteúdos e itens em cada documento;
• Referências bibliográficas:
• Item obrigatório em laudos e pareceres;
• Preferencialmente em nota de rodapé, para que a assinatura 
da(o) profissional encerre o documento;
• Condizentes com a demanda e pertinentes à ciência 
psicológica.
• Numerar e rubricar laudas, assinando ao final.
O parecer não é o documento adequado para 
comunicar resultados/informação decorrente 
de avaliação/intervenção psicológica.
LAUDO E RELATÓRIO 
EM EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL
Aspectos normativos
RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL
• Consta como uma modalidade de documento psicológico 
definida no art. 12 da resolução.
LAUDO
• Não consta como uma modalidade à parte, mas há a 
possibilidade de apresentar conclusões integradas à avaliação 
da equipe multi (incisos V, VI e VII do art. 13).
	Preservação da autonomia: considerar os 
objetivos coletivos da equipe sem sujeita-se a 
eles, preservando sua autonomia teórico-técnica e 
assumindo somente atividades para as quais esteja 
preparada(o) (Código de Ética Profissional, art. 1o, b).
	Sigilo profissional: registrarem documento multi 
apenas as informações que subsidiam a conclusão 
conjunta da equipe.
Pode ser redigidoem conjunto 
com os demais profissionais
Psicóloga(o) deve redigir 
separadamente
COMPROMISSOS 
ÉTICOS NA 
ELABORAÇÃO 
DEDOCUMENTOS 
MULTI
12 13
ENTREGA DE 
DOCUMENTOS
REGISTRO 
DOCUMENTAL
• Os documentos psicológicos devem ser entregues 
diretamente:
• ao beneficiário do serviço;
• ao seu responsável legal;
• e/ou ao solicitante.
• Entrevista devolutiva obrigatória para a entrega de relatório e 
laudo, mas deve ser disponibilizada nos demais casos. 
• Não sendo possível a entrevista, deve-se registrar a justificava 
em prontuário.
• Manter protocolo de entrega:
• Orientar sobre a utilização adequada do documento (atestado, 
relatório, laudo e parecer podem conter indicação sobre a 
impossibilidade de utilização para fins diversos);
• Comprovação que o solicitante recebeu e se responsabiliza 
pelo uso e sigilo das informações;
• Comprovação do conteúdo emitido no documento que foi 
entregue, evitando adulterações (coletar rubrica e arquivar 
cópia junto ao prontuário).
• Materialidade do trabalho realizado:
• Registro das informações, procedimentos, resultados, 
providências e decisões tomadas no curso do 
trabalho;
• Atualizar com frequência (preservar 
fidedignidade dos dados);
• Anexar os documentos emitidos, materiais e 
instrumentos pertinentes ao processo.
• Reúne as informações que fundamentam os 
documentos produzidos.
• Prontuário psicológico
• Acessado pela pessoa atendida ou 
representante legal (linguagem acessível e 
adequada à profissão).
• Registro documental exclusivo
• Materiais privativos acessados somente pela(o) 
profissional (materiais/instrumentos aplicados, folhas 
resposta de testes, relatos de sessão...).
• 
• Guarda dos registros documentais:
• Responsabilidade da psicóloga(o) e da instituição em 
que foi prestado o serviço;
• Condições adequadas de segurança e sigilo;
• Prazo mínimo de guarda: 5 anos (pode ser ampliado 
em casos específicos).
Registrar documentalmente 
o trabalho é uma obrigação 
das(os) psicólogas(os) 
independente da área 
de atuação. 
14 15
PRINCÍPIOS TÉCNICOS
• Atividade a ser desempenhada com competência técnica 
e autonomia intelectual.
• Argumentações sustentadas em conhecimentos próprios 
da ciência psicológica que favoreçam a qualidade técnico-
científica do documento.
• Dados fidedignos, adequados à elucidação da demanda 
e próprios à finalidade de cada documento.
• Análises atentas aos condicionantes históricos e sociais 
que impactam os fenômenos psicológicos observados.
• compromisso social da profissão de subsidiar a tomada 
de decisões contextualizadas, acertadas e responsáveis.
• Validade (art. 17): citar previsão legal ou embasamento técnico 
que indique a expectativa de permanência dos fenômenos 
observados e, quando necessário, a frequência com que 
o fenômeno deve ser reavaliado.
PRINCÍPIOS DA LINGUAGEM TÉCNICA
• Escrita impessoal (na terceira pessoa) e de acordo as normas 
cultas da língua portuguesa.
• Comunicação objetiva, apresentando os conteúdos de forma 
organizada, coerente com os princípios da profissão e acessível 
aos sujeitos e solicitantes. 
• A linguagem deve refletir a conduta esperada dos 
profissionais, especialmente quanto à promoção dos valores 
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Os documentos não devem ser usados para emissão de juízo 
de valor e opiniões pessoais. 
• O uso de transcrições de falas das pessoas atendidas 
requer justificativa técnica e ética, bem como a necessária 
contextualização textual. 
PRINCÍPIOS ÉTICOS
• Código de Ética Profissional do Psicólogo
• Art. 1o: deveres fundamentais.
• Alíneas ‘b’, ‘c’: capacitação profissional e compromisso com 
a qualidade do trabalho.
• Alíneas ‘e’, ‘f ’, ‘g’, ‘h’: direitos dos usuários de requerer informações 
sobre a atuação dos psicólogos, que deve estar devidamente 
contratada.
• Art. 2o: condutas vedadas. 
• Utilizar a profissão em favor da manutenção de estereótipos 
e violação de direitos ou para a promoção de convicções 
pessoais.
• Emitir documentos sem qualidade ou a partir de dados e 
declarações falsas. 
• Prejudicar os vínculos profissionais importantes ao objetivo 
do trabalho. Importante para refletir sobre demandas externas 
(perícia).
• Art. 6o e 12: compartilhamento de informações com outros 
profissionais e equipes multiprofissionais. 
• Art. 9o, 10, 13: sigilo e busca do menor prejuízo (crianças 
e adolescentes). 
• Art.15 e 18: Zelo na destinação de arquivos e instrumentos 
confidenciais. 
• Resolução CFP no 6/2019, art. 7o:
• § 2o. Sigilo em relação às equipes, à Justiça e políticas públicas, 
identificando riscos e compromissos do alcance social 
do documento.
• § 4o. Possibilidade de intervir sobre a demanda que gerou o 
documento, observando a reformulação dos condicionantes 
que provocam o sofrimento psíquico ou a situação de violação 
de direitos.
• § 6o. Elaborar e fornecer documentos quando solicitada(o) 
ou quando realiza uma avaliação psicológica.
• § 7o. Responsável ética e disciplinarmente por cumprir 
as diretrizes e responsável civil e criminalmente pelas 
informações dos documentos.
16 17
COMPETÊNCIAS 
PROFISSIONAIS
AS(OS) PSICÓLOGAS(OS) TRABALHAM 
DIARIAMENTE COM DEMANDAS COMPLEXAS 
E IMPREVISÍVEIS, POSTO QUE A REALIDADE 
SE APRESENTA ALHEIA A QUALQUER 
REGULAMENTAÇÃO.
• Para além do domínio teórico-técnico sobre 
os procedimentos e objeto de estudo/atuação, 
deve aprimorar e desenvolver competências profissionais 
para responder adequadamente ao público que 
a(o) contrata. 
• Deve preparar-se para saber delimitar as condições 
necessárias ao seu processo de trabalho sem as quais, 
de acordo com o consenso democrático materializado 
no Código de Ética Profissional, a qualidade e segurança 
do trabalho podem ser prejudicadas.
ATITUDES QUE PODEM CONTRIBUIR 
PARA O DESENVOLVIMENTO DE 
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, 
CONSIDERANDO AS SITUAÇÕES 
CONCRETAS ORIENTADAS COTIDIANAMENTE 
PELA EQUIPE TÉCNICA DO CRP-12:
• Conhecer o Código de Ética Profissional da(o) 
Psicóloga(o)...
• Pois este é o Código que expressa a conduta esperada 
dessas(es) profissionais. Deve ser cotidianamente consultado, 
interpretado e servir como norte para a tomada de decisões 
diante dos conflitos éticos inaugurados diariamente pela 
prática da Psicologia.
• Conhecer as resoluções que normatizam a sua área...
• Pois as normativas dependem da participação democrática 
de suas profissionais que, no questionamento legítimo 
às normativas promovem a atualização dos parâmetros 
técnicos que guiam a prática.
• Estabelecer acordos de trabalho transparentes, honestos 
e responsáveis...
• Para que se possa, sempre que necessário, reforçar esse 
contrato, indicando os limites que impedem o atendimento 
a solicitações que o extrapolem.
• Compreender profundamente a solicitação 
de um documento...
• Para atender ao pedido de forma honesta, fidedigna 
e coerente à demanda e ao trabalho que foi ou vem 
sendo executado.
• Manter isenção em relação às partes conflitantes... 
• Principalmente em se tratando do atendimento à situações 
judicializadas, colocando o saber da Psicologia à serviço 
da tomada de decisões justas, contextualizadas e competentes 
na erradicação de toda e qualquer forma de violação 
de direitos humanos. 
• Avaliar criticamente quem tem direito a solicitar 
informações e quem deve ser cientificado sobre 
a emissão do documento...
• Para dirimir riscos que o documento pode representar à pessoa 
e aos vínculos de confiança necessários ao trabalho.
• Buscar apoio da equipe técnica do CRP-12...
• Frente aos desafios que emergem no cotidiano de trabalho.
• Buscar supervisão e aprimoramento...
• Para qualificar suas práticas e fornecer informações condizentes 
com os avanços científicos da profissão.
18 19
COMISSÃO 
DE ÉTICA
A COMISSÃO DE ÉTICA (COE) DO CRP-12 
TEM A ATRIBUIÇÃO DE ACOLHER E TRAMITAR 
AS DENÚNCIAS RECEBIDAS ACERCA 
DE POSSÍVEL EXERCÍCIO IRREGULAR 
DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGA(O). 
• A temática da elaboração de documentos representa 
35,5% do total de denúncias recebidas pela Comissão, 
de 1994 a 2020. O principal contexto de decúncia 
é a clínica, o que nos remete a algumas questões:
• O entendimento de que o trabalho clínico, em muitos casos, 
se faz de forma isolada, sem considerar o território em que 
a pessoa atendida se encontra e em desarticulação com 
a rede de serviços que a circunda; 
• A falta de discussões de casos, supervisão e trocas entre 
os pares pode influenciar na qualidade do exercício 
profissional;
• A falta de definição do papel profissional enquanto 
psicóloga(o) clínica(o), a despeito do trabalho de perícia 
e assistência técnica, traz prejuízos de ordem ética e técnica. 
A MAIOR PARTE DAS DENÚNCIAS (58,5%) 
NA CATEGORIA DE ELABORAÇÃO 
DE DOCUMENTOS SE REFERE À FALTA 
DE FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA 
NA ESCRITA DOCUMENTAL. 
• O que isso quer dizer? 
• Falta de conhecimento sobre a Resolução CFP no 006/2019, 
principalmente no que se refere à estrutura e finalidade dos 
documentos;
• Dificuldade para articular os conteúdos advindos do trabalho 
realizado com a análise, com respaldo em teorias e técnicas 
da ciência psicológica, de forma coesa, objetiva e com 
a linguagem adequada;
• Análises realizadas de forma parcial, muitas vezes, 
desconsiderando o amplo contexto de ocorrência dos fatos; 
• Não há nitidez quanto aos construtos ou fenômenos psíquicos 
que a(o) profissional pretende avaliar (extrapola os limites desse 
processo ou não conseguir elencar quais dados são importantes 
constar no documento).
• Cuidados importantes na elaboração de documentos
• Analisar os condicionantes das pessoas atendidas e/ou 
avaliadas (contexto histórico, social, cultural e econômico 
das pessoas envolvidas); 
• O uso de transcrições de falas ou informações decorrentes 
dos atendimentos deve acontecer de forma subsidiada e 
justificada, considerando a quem o documento será destinado;
• Colher informações sobre o contexto de solicitação, finalidade 
da elaboração e para quem será entregue;
• Não realizar inferências sobre pessoas que não perticiparam do 
processo de atendimento ou avaliação sem que haja o devido 
respaldo teórico;
• Não fazer afirmações categóricas ou previsão taxativas 
de resultados;
• A realização de indicativos para a proteção aos direitos de 
pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pode ocorrer 
de diferentes formas, a exemplo de notificações à Vigilância 
Epidemiológica ou comunicações a autoridades competentes, 
e não exclusivamente por meio de documento elaborado. 
• Sobre a entrega de documentos
• Realizar análise sobre o impacto da entrega de um documento 
tal qual se apresenta (em termos de estrutura e conteúdo). 
O documento pode acarretar em consequências danosas 
e irreversíveis às relações sociais e familiares dos envolvidos 
no processo de atendimento ou avaliação; 
• Atenção aos direitos das pessoas envonvidas no processo 
de atendimento, sobre o acesso às informações, a exemplo 
de genitores em litígio.
Indicativos acerca da elaboração de documentos
https://crpsc.org.br/

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