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Economia capitalista

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Economia capitalista
Vivemos em uma sociedade capitalista onde poucos possuem riquezas e luxo e a maioria tem apenas o mínimo, as vezes nem isso, para sobreviver. Entre eles existe a classe de pessoas que possuem mais recursos que os mais pobres, chamados de classe média. 
As classes que determinam a natureza da sociedade capitalista são a burguesia, composta pelos donos das fabricas, das fazendas, do grande comercio, ou seja, os empregadores; e o proletariado, que eram os trabalhadores, que vendiam sua força de trabalho por certo tempo à burguesia, em troca de um salário. Nessa sociedade existe uma separação entre o capital e o trabalho, onde quem trabalha não possui os meios de produção e quem tem os meios de produção não trabalha diretamente. 
A burguesia usa o trabalho dos proletários para produzir mercadorias e obter lucros, acumulando o capital para viver no conforto e luxo. O proletariado, no entanto, não acumula nada, trabalhando todos os dias apenas para sobreviver. Os burgueses contratam os proletários para trabalhar em suas empresas e encontram uma abundância de ofertas, onde se o trabalhador não aceitar suas condições de trabalho, há muitos outros que aceitarão, já para os proletários ou eles escolhem vender sua força de trabalho e ficar à mercê da exploração do patrão ou ficam livres e correm o risco de morrer de fome. 
Estas duas classes têm interesses antagônicos, já que se um ganha a outra perde. A burguesia tem interesse em conservar a sua situação privilegiada e perceberam que quanto mais a burguesia vai enriquecendo, a maioria do proletariado vai ficando cada vez mais pobres. 
A mercadoria é um objeto que tem um valor duplo, o valor do uso e o da troca. O valor do uso se baseia na qualidade da mercadoria, dependendo da necessidade e do gosto da pessoa, não podendo ser medido. Já o valor da troca, não se baseia na qualidade e pode ser medido, em que a mercadoria trocada se baseia na força e no tempo médio de trabalho do homem, por exemplo: um par de sapatos é trocado por 20 quilos de arroz, eles podem ser trocados pois o tempo médio gasto para produzi-las foram iguais. 
Cada mercadoria é resultante de vários processos produtivos já realizados, e todos os elementos como as matérias primas, maquinas, energia e outros materiais usados para fabricar, transferem seu valor antigo para a nova mercadoria, como por exemplo, no valor de um par de sapatos está embutido o valor da máquina, o que foi gasto para produzir e servindo como capital para compra de novas maquinas para substituir as que não prestarem, esses elementos é chamado de capital constante. A mercadoria também foi produzida pela força de trabalho dos operários, caindo por terra a ideia dos patrões de que os o capital deles é que cria o valor e que são apenas ajudantes do processo de produção. A força de trabalho é a base de toda a mercadoria, criando novos valores e estabelecendo variação de valores dentro do processo de produção, chamado de capital variável.
O burguês compra a força de trabalho do operário para usa-la durante um certo tempo em troca de salário e o jeito de trabalhar, o que vai ser produzido e o que trabalhador produz nesse tempo, é do patrão. A força do trabalho que o empregador compra do trabalhador se divide em duas partes, o trabalho necessário e o trabalho excedente. Por exemplo, em um dia de trabalho de 8 horas, o operário produz em 2 horas o valor que corresponde ao seu salário, e as 6 horas restantes ele trabalha de graça para o patrão, que é de onde vem o lucro do patrão. Nas 2 horas os trabalhadores produzem um valor igual ao que eles recebem do patrão em forma de salário, esse que é necessário para comprar provisões para se manterem vivos e continuarem trabalhando para os patrões. O salário então é determinado pelo valor das mercadorias necessárias para sustentar a família e a força de trabalho do operário. E o salário é apenas o valor da força de trabalho, não paga todo o trabalho realizado.
A segunda parte da força de trabalho não fica para o trabalhador que a produziu, chamado de trabalho excedente, já que a força de trabalho tem capacidade de produzir não só valores necessários para atender as suas necessidades, mas também produz valores excedentes. Em 8 horas de trabalhos, os operários em apenas 2 horas trabalham o suficiente para produzir o valor correspondente ao seu salário, as 6 horas restantes ele trabalha de graça para o patrão, é o chamado trabalho excedente, ou seja, produzindo mais do que ele recebe como salário. Esse trabalho excedente produz o lucro dos patrões. Os capitalistas sempre estão interessados em obterem lucros maiores, e para isso eles pagam salários baixos e aumentam a produtividade, o ritmo e a jornada de trabalho, evitam despesas de melhoria das condições de trabalho e de vida dos operários. Com o excesso de oferta de força de trabalho, a burguesia chega a explorar ainda mais o trabalhador invadindo a parte do trabalho necessário, superexplorando a força de trabalho, e como consequência, o proletário não recebe nem o mínimo para sua sobrevivência, fazendo com que toda a família se lance ao mercado de trabalho. 
Contrário aos interesses dos trabalhadores, causa uma constante luta entre essas duas classes. Os burgueses lutam para aumentar a sua taxa de lucro e os trabalhadores lutam por melhores salários, diminuição da jornada de trabalho, melhores condições de trabalho e etc. A forma de luta mais vantajosa dos trabalhadores é a da ação coletiva, aumentando a sua força e as possibilidades de suas reivindicações serem atendidas, já que um trabalhador sozinho é fraco para enfrentar os patrões. Foi assim que surgiram os sindicatos e as greves, se organizando e se tornando mais fortes para reivindicar seus direitos. 
 
Aline Cristina Jacinto de Freitas

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