Importância da Contabilidade de Custos

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Custos e Orçamentos 
Notas de aula 
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Aula 1: Importância e objetivos dos conceitos de custos. 
 
O QUE É CUSTO? 
A contabilidade de custos surgiu com a revolução industrial. Apurar o custo de um produto até 
então não era uma necessidade já que a produção era baseada no artesanato. Um artesão podia 
destinar todo seu tempo na fabricação de uma unidade de um produto qualquer e o preço 
cobrado era reconhecido pelo comprador como justo. A contabilidade já era utilizada pelas 
empresas comerciais, mas o escopo era a apuração do lucro da atividade comercial. Com a 
revolução industrial e as técnicas de produção em massa, o custo de uma unidade de 
determinado produto pode determinar haverá lucro na atividade industrial, e em última instância 
determinar a sobrevivência do negócio. 
Para a apuração do Resultado do Exercício nas empresas comerciais bem como a apuração do 
Balanço Patrimonial no final do exercício bastava o levantamento físico dos estoques, o total de 
compras no período e o montante dos estoques iniciais. Vejamos a tabela 1.1: 
 
 Estoque inicial 
+ Compras 
- Estoque final 
= Custo das Mercadorias Vendidas 
 
Tabela .11: Apuração do custo da mercadoria vendida 
 
Todos os valores envolvidos são facilmente apuráveis ou controlados pelo contador da 
empresa. A partir disso a apuração de Resultado do Exercício fica da forma apresentada na tabela 
1.2: 
 
 Receita obtida na venda de mercadorias 
- Custo das Mercadorias que foram vendidas 
= Lucro na comercialização das mercadorias 
- Despesas de administrar o negócio 
- Despesas de comercializar as mercadorias 
- Despesas de financiar o negócio 
= Lucro líquido 
 
 
Tabela 1.2: Apuração do resultado do exercício 
 
Com o advento das empresas industriais a apuração do resultado do exercício continua sendo 
efetuado da mesma forma que as empresas comerciais (vide tabela 1.2), porém a apuração do 
custo dos produtos vendidos já não é tão simples. Fabricar um produto significa agregar diversos 
insumos, vejamos: 
• Matérias-primas exigidas para a fabricação; 
• Produtos acabados que farão parte do produto final; 
• Mão-de-obra das pessoas que contribuíram com a fabricação; 
• Custo de operação dos equipamentos utilizados; 
• Energia utilizada; 
• Outros custos do processo industrial. 
 
 
 
 
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Verificamos então que não é tão simples calcular o custo de um produto. São muitas variáveis 
envolvidas e cada uma per si importante para a apuração final do custo industrial. 
Diante disso podemos conceituar a contabilidade de custos como: 
 
 
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos 
gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma 
mercadoria ou um serviço. 
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e 
interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da 
organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, 
para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de 
decisão. 
 
 
O USO GERENCIAL DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
No princípio, a preocupação da contabilidade era resolver os problemas fiscais e de resultado. 
Os contadores tinham como ponto de vista a apuração de resultado, a mensuração dos estoques 
existentes e os impostos a recolher. A contabilidade de custos não era utilizada como instrumento 
de gestão. 
Com o aumento da complexidade do mundo dos negócios, constatou-se que as informações 
fornecidas pela contabilidade de custos eram potencialmente úteis ao auxilio gerencial 
extrapolando a mera determinação contábil do resultado do período. 
Nesse novo campo, a contabilidade de custos, tem duas funções relevantes: 
• Auxiliando o Controle: os custos podem, através de comparações com padrões e 
orçamentos, indicar onde está ocorrendo problemas ou situações não previstas. 
• Na Tomada de Decisões: as informações de custos subsidiam informações úteis nos 
processos decisórios de curto e longo prazo, como: corte de produtos, fixação de preços de 
vendas, opção de compra ou fabricação de produtos etc. 
Resumidamente, de apêndice da contabilidade financeira, a contabilidade de custos passou a 
desempenhar importante papel como sistema de informações gerenciais, obtendo lugar de 
destaque nas empresas. 
Cabe aqui ressaltar, que o ambiente concorrencial onde as empresas encontram-se inseridas 
está em contínua mudança, modificando constantemente a quantidade e a qualidade das 
informações demandadas pela empresa. Isto aliado ao fato de que o uso da contabilidade de custos 
em sua nova função (auxilio gerencial) é relativamente recente faz com que haja permanente e 
rápido aprimoramento nos procedimentos da contabilidade de custos. 
 
A FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição dos 
custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais: 
a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. 
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da 
empresa. 
c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões. 
 
 
 
 
 
 
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Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para: 
1) A determinação dos custos dos fatores de produção; 
2) A determinação dos custos de qualquer natureza; 
3) A determinação dos custos dos setores de uma organização 
4) A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empresa; 
5) À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou solucionar 
problemas especiais; 
6) O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da 
capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário para 
conserto, dos serviços de garantia dos produtos; 
7) A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as 
de 
8) Despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do 
equipamento; 
9) A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos 
estoques mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra; 
10) O estabelecimento dos orçamentos; 
11) Determinação do preço de venda dos produtos ou serviços. 
 
TERMINOLOGIA EM CUSTOS 
Quando falamos em custos, falamos em uma terminologia específica. Os termos utilizados são 
comuns ao dia a dia das pessoas, vejamos: 
• GASTO: É o sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou 
serviço qualquer representado por promessa ou entrega de ativos 
• CUSTO: Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outro bem ou serviço. 
Isto é: o valor dos insumos utilizados na produção de um bem. O custo se diferencia do 
gasto pelo fato que esse último refere-se aos insumos adquiridos, enquanto que o custo 
está relacionado com os insumos efetivamente utilizados na produção. 
• DESPESA: Despesa é o valor dos insumos não identificados com a produção e que são 
consumidos para o funcionamento da empresa, isto é, refere-se às atividades não 
produtivas da empresa, geralmente sendo separadas em Administrativa, Comercial e 
Financeira. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos pelo fato de estarem 
relacionadas com a administração geral da empresa, ao passo que o custos estão ligados 
com a produção. 
Esta diferenciação provavelmente decorre da origem da contabilidade de custos. A 
contabilidade financeira era inicialmente usada em empresas comerciais. Os custos eram 
relacionados com as mercadorias vendidas, enquanto as despesas identificavam-se com 
a empresa. Ao se empregar a mesma lógica em empresas industriais, naturalmente, o 
custo ficou identificado com as atividadesprodutivas e as despesas continuaram 
relacionadas com as atividades destinadas à administração da empresa em geral, à parte 
financeira e comercial. 
A diferenciação entre custos e despesas é importante para a contabilidade financeira, 
pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são 
consideradas diretamente no cálculo do lucro do período 
• INVESTIMENTO: Gasto classificado como um ativo em função da sua vida útil ou benefício 
atribuível a períodos futuros. Os investimentos podem ter naturezas e períodos de 
ativação variados. O gasto com a aquisição de produtos para o estoque é um investimento 
 
 
 
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assim como o gasto com a aquisição de equipamentos produtivos também e o gasto com 
a aquisição da participação de uma sociedade mercantil. 
• PERDA: Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. Não pode ser 
confundido com uma despesa (e muito menos com um Custo) exatamente por sua 
característica de anormalidade e involuntariedade. 
• DESEMBOLSO: é o pagamento resultante da obtenção de insumos e que pode ocorrer em 
momento diferente do gasto. Por exemplo: se for efetuada uma compra de material com 
60 dias de prazo para o pagamento, o gasto ocorre imediatamente, mas o desembolso só 
ocorre no dia do pagamento. 
 
SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS E O RATEIO DE DESPESAS 
De acordo com a terminologia apresentada acima, podemos ainda proceder a separação entre 
custo e despesa da seguinte forma: 
Como custo os gastos com bens e serviços relacionados diretamente com a área produtiva. 
Como despesas os gastos com bens e serviços relacionados com as áreas que suportam a 
atividade operacional da empresa. 
Alguns gastos são comuns a todas as atividades operacionais da empresa sendo necessária a 
classificação desses gastos como custos ou despesas. Esse trabalho é possível mediante um rateio 
dos gastos comuns entre todas as áreas da empresa. 
Imaginemos que uma empresa mantém todas as suas atividades em um mesmo local, e que 
possui gastos com aluguel do imóvel no montante de R$ 50.000,00. Uma das formas de rateio do 
gasto com aluguel entre as diversas áreas da empresa é baseada na área ocupada por cada 
departamento. Imaginando ainda uma área total do imóvel de 4.000 m2, e a área individual dos 
departamentos distribuída conforme a tabela abaixo teremos o seguinte rateio para os gastos 
com aluguel: 
 
Rateio dos Gastos com Aluguel do Imóvel 
Departamentos 
Área ocupada 
(m2) 
Proporção de cada departamento em 
relação ao total 
Despesa apropriada 
(R$) 
Produção 2.500 62,5000% 31.250,00 
Administração 900 22,5000% 11.250,00 
Vendas 600 15,0000% 7.500,00 
 4.000 100,0000% 50.000,00 
 
O cálculo é feito a partir da proporção da área de cada departamento em relação a área total: 
Vejamos um exemplo:Qual a proporção entre os 2.500m2 da Produção e os 4.000 m2da área total da fábrica? 
Calculando a proporção teremos: 𝟐. 𝟓𝟎𝟎 ÷ 𝟒. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟓 𝒐𝒖 𝟔𝟐, 𝟓% 
Com isso utilizamos essa proporção para o rateio do aluguel: 𝑹$ 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎 × 𝟔𝟐, 𝟓𝟎𝟎𝟎% = 𝑹$ 𝟑𝟏. 𝟐𝟓𝟎, 𝟎𝟎 
Tabela 1.3: Exemplo de rateio 
 
Outra situação que encontramos com certa frequência dentro das empresas, é quando ocorre 
o uso de instalações, equipamentos e mão-de-obra da produção, para a elaboração de bens ou a 
execução de serviços não destinados à venda. São exemplos disso os serviços de manutenção do 
prédio, reforma e pintura de equipamentos não fabris, etc., com uso do pessoal da manutenção 
da fábrica. Esses gastos não podem ser considerados no custo de produção desse período. 
Através de um apontamento de mão-de-obra e dos materiais utilizados, o montante desses 
gastos será tratado como custo, despesa ou investimento, dependendo do que tiver sido 
realizado. 
 
 
 
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O SIGNIFICADO DE CUSTOS E DESPESAS NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
Os termos Custos e Despesas são encontrados nas DREs de empresas industriais, comerciais e 
prestadoras de serviços. Os custos referem-se a produtos, mercadorias ou serviços que foram 
entregues ou prestados aos clientes gerando as respectivas receitas. Assim se uma determinada 
receita corresponde à venda de 1.000 unidades de um produto, o custo corresponderá a 1.000 
unidades desse produto. Na Demonstração de Resultados os custos estão sempre relacionados 
com as receitas. 
As despesas são consideradas esforços realizados para gerar a receita e administrar a empresa. 
Os valores lançados na DRE correspondem ao período que a demonstração se refere. Assim, uma 
DRE de 2009 corresponde ao período de Janeiro a Dezembro do ano de 2009. 
Em uma Empresa Industrial, os Custos correspondem aos gastos relativos à fabricação dos 
produtos. Já as despesas referem-se aos gastos relacionados à administração da empresa e a 
geração de receitas. Assim os custos e as despesas são identificados de acordo com as divisões de 
uma empresa industrial, vejamos: 
Fábrica Administração Comercial 
Aqui ocorrem os CUSTOS Aqui ocorrem as DESPESAS 
A Demonstração de Resultados de uma empresa industrial ficará desta forma: 
 
 Receita obtida na venda dos produtos 
- Custo dos produtos que foram vendidos 
= Lucro na comercialização dos produtos 
- Despesas de administrar, comercializar produtos e financiar o negócio 
= Lucro líquido 
Tabela 1.4: DRE de uma empresa Industrial 
Em uma Empresa Comercial, os Custos correspondem aos gastos relativos à aquisição das 
mercadorias. Já as despesas referem-se aos gastos relacionados à administração da empresa e a 
geração de receitas. A Demonstração de Resultados de uma empresa comercial ficará desta 
forma: 
 
 Receita obtida na venda das mercadorias 
- Custo das mercadorias que foram vendidos 
= Lucro na comercialização das mercadorias 
- Despesas de administrar, comercializar mercadorias e financiar o negócio 
= Lucro líquido 
Tabela 1.5: DRE de uma empresa Comercial 
Em uma Empresa Prestadora de Serviços, os Custos correspondem aos gastos relativos à 
execução dos serviços. Já as despesas referem-se aos gastos relacionados à administração da 
empresa e a geração de receitas. A Demonstração de Resultados de uma empresa prestadora de 
serviços ficará desta forma: 
 
 Receita obtida na prestação dos serviços 
- Custo dos serviços que foram prestados 
= Lucro na prestação de serviços 
- Despesas de administrar, comercializar serviços e financiar o negócio 
= Lucro líquido 
Tabela 1.6: DRE de uma empresa Prestadora de Serviços 
 
 
 
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CONCEITUAÇÃO DE TRIBUTOS 
Quando uma empresa é constituída, passa a ser contribuinte de alguns impostos. Sob o ponto 
de vista de quem os recolherá, os impostos são distribuídos em três categorias: 
• Impostos Federais 
• Impostos Estaduais 
• Impostos Municipais 
Alguns impostos incidem sobre coisas específicas. Um bom exemplo é o IPTU (Imposto sobre a 
propriedade Predial e Territorial Urbana), um imposto municipal que incide sobre o valor do 
imóvel urbano, não importando qual a finalidade que seu proprietário dá a ele. Uma casa que é 
deixada fechada o ano inteiro terá a incidência do imposto da mesma forma que o prédio de um 
Banco na Av. Paulista, pois o fato gerador do imposto é a propriedade do imóvel. Outro exemplo 
é o IPVA (imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), imposto estadual que é 
cobrado dos proprietários de veículos automotores, já que o fato gerador é a propriedade de um 
veículo automotor. 
Outros tipos de impostos dependem das operações das pessoas físicas e jurídicas, pois é 
através da operação (trabalho, compra, venda, prestação de serviços, etc.) que nasce o fato 
gerador. O fato gerador é uma expressão utilizada em Direito tributário que representa um fatoou conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um 
tributo determinado. 
Também é importante salientarmos o Regime tributário: No Brasil vigoram alguns regimes 
tributários. Esses são determinados visando à legislação do IR (Imposto de Renda), mas sua 
influência se estende também para o cálculo de outros tributos como o PIS (Programa de 
Integração Social) e o COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) 
• Lucro presumido: Regime optativo de apuração do IRPJ, em que se tem a aplicação de 
percentuais legais sobre a receita global para se determinar a base de cálculo do tributo. 
• Lucro real: Regime optativo de apuração do IRPJ que prioriza o resultado (Lucro ou 
Prejuízo Líquido) ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas na 
legislação para fins de apuração do tributo. 
• Lucro arbitrado: O lucro arbitrado é um método alternativo para a quantificação da 
renda tributável para as pessoas jurídicas. É uma situação especial aplicada apenas nos 
casos previstos pela legislação do imposto de renda em situações de intervenção. 
• Simples Nacional: Regime criado em respeito ao artigo 179 da constituição, que prevê a 
regime simplificado e favorecido de tributação a microempresas e empresas de 
pequeno porte. Por este regime os tributos incidentes sobre a entidade são substituídos 
pelo SIMPLES NACIONAL aplicando-se uma alíquota tabelada. Sendo ainda dispensada 
da escrituração contábil, tributária e societária. 
 
Cada produto ou serviço vendido traz embutida em seu preço certa quantidade de impostos. 
Esses impostos têm duas características importantes que devemos estudar: 
a) Impostos Intrínsecos: Podemos dizer que esse imposto faz parte da base de cálculo do 
preço de venda. Assim, chamamos de intrínseco, porque o valor do imposto está 
incluído no preço da mercadoria ou do serviço. Isto é, a base de cálculo do imposto 
inclui o próprio imposto. 
Por exemplo: Um determinado produto tem a alíquota de 18% de ICMS e o seu preço é 
de R$ 100,00: O valor do ICMS é de R$ 18,00 e o valor que será pago pelo comprador é 
de R$ 100,00. Se o preço fosse R$ 200,00 o ICMS seria de R$ 36,00 e assim por diante. O 
ICMS faz parte do preço estipulado para a venda do produto. 
 
 
 
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b) Impostos Extrínsecos: Estes não fazem parte da base de cálculo do imposto. Isto é, a 
alíquota é aplicada sobre o preço de venda, que é à base de cálculo do imposto. Depois 
o imposto será somado ao preço de venda e o comprador pagará esta soma. 
Utilizemos o exemplo anterior: O IPI incidente sobre um produto tem uma alíquota de 
10%. Se o preço do produto for R$ 100,00 o IPI será de R$ 10,00 e o valor que será pago 
pelo comprador é de R$ 110,00. O IPI não faz parte do preço estipulado e será somado a 
esse preço para a venda do produto. 
 
Os principais impostos e contribuições incidentes sobre as empresas, suas mercadorias e os 
serviços prestados são: 
a) Simples Nacional (lei complementar 123/06): 
b) COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – lei complementar 
70/91): 
c) IRPJ (Impostos de Renda das Pessoas Jurídicas – Lei 9.779/99): 
d) CSSL (Contribuição social sobre o Lucro Líquido – lei 7.689/88): 
e) ICMS (Impostos sobre a Circulação de Mercadorias, Prestação de Serviços, de 
Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações – lei complementar 87/96 
e posteriores): 
f) IPI (Imposto sobre Produtos industrializados – Decreto 4.544/02): 
g) PIS (Programa de Integração Social – Lei complementar 7/70): 
h) ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – lei complementar 116/03): 
A lista dos 85 impostos, contribuições, taxas e contribuições de melhoria existentes no 
Brasil está disponível no portal: 
http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm. 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE IMPOSTOS 
São compensáveis/recuperáveis os Impostos que apesar de pagos pelo contribuinte de direito, 
numa primeira etapa, podem ser compensados ou deduzidos do que tiver de ser pago pelo 
mesmo contribuinte, numa etapa seguinte, ou seja, quando haja incidência desse tributo na saída 
das mercadorias ou produtos. 
Exemplos: 
a) O IPI pago na aquisição de matéria-prima pela indústria; 
b) O ICMS pago na aquisição de matéria-prima pela indústria; 
c) O ICMS pago na aquisição de mercadorias pelo comerciante. 
Os impostos compensáveis/recuperáveis são registrados em contas representativas de direitos 
realizáveis, enquanto que os não recuperáveis integram o custo das mercadorias. 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1) Classifique os eventos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): 
C – D – I – P : Compra de matéria-prima para estoque 
C – D – I – P : Consumo de energia elétrica na fábrica 
C – D – I – P : Utilização de mão-de-obra pela produção 
C – D – I – P : Consumo de combustível pelos veículos do comercial 
C – D – I – P : Gastos com pessoal do faturamento (salário) 
C – D – I – P : Aquisição de máquinas para a fábrica 
C – D – I – P : Depreciação das máquinas do escritório 
C – D – I – P : Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) 
C – D – I – P : Pagamento de honorários da administração 
C – D – I – P : Depreciação do prédio da empresa 
C – D – I – P : Utilização de matéria-prima pela produção 
C – D – I – P : Aquisição de embalagens para estoque 
C – D – I – P : Deterioração do estoque de matéria-prima causado por uma enchente 
C – D – I – P : Remuneração do tempo do pessoal em greve 
C – D – I – P : Geração de sucata no processo produtivo 
C – D – I – P : Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
C – D – I – P : Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos 
C – D – I – P : Imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS) 
C – D – I – P : Comissões proporcionais às vendas 
C – D – I – P : Reconhecimento de duplicata como não recebível 
C – D – I – P : Consumo de combustível pelo gerador da fábrica 
C – D – I – P : Consumo das embalagens pela produção 
C – D – I – P : Gastos com o pessoal da produção 
 
2) O contador da Mármores e Granitos Paulista Ltda está elaborando o fechamento das 
demonstrações financeiras do ano de 2009. Para isso ele dispõe das seguintes informações: 
 
Receita obtida na venda de mercadorias 2.877.000,00 
Impostos incidentes sobre as vendas 316.470,00 
Despesas de administrar o negócio 460.320,00 
Despesas de comercializar as mercadorias 86.310,00 
Despesas de financiar o negócio 71.925,00 
Estoque no início do ano 750.000,00 
Compras efetuadas no período 1.950.000,00 
Estoque ao final do período 900.000,00 
 
Tendo esses dados em mãos vamos ajudá-lo a elaborar o DRE da entidade? 
 
 
3) Classifique os gastos abaixo relacionados em Custos (C), Despesas (D), Perdas (P), 
investimento (I) ou Desembolso (S). Totalize cada um deles. 
 
Gastos R$ Gasto 
Comissão de vendedores 100.000,00 
Pagamento de compras efetuadas anteriormente 240.000,00 
 
 
 
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Salários da fábrica 140.000,00 
Matéria prima consumida pela produção 400.000,00 
Material estragado por imperícia do estagiário 3.000,00 
Salário da administração 120.000,00 
Aquisição de novos computadores 76.000,00 
Depreciação fábrica 85.000,00 
Honorários da diretoria 50.000,00 
Pagamento da conta de eletricidade 40.000,00 
Consumo de material de embalagem na produção 58.000,00 
Manutenção do escritório administrativo 35.000,00 
Manutenção do torno CNC da produção 12.000,00 
Material de expediente 5.000,00 
Manutenção no piso da fábrica 30.000,00 
Salário do gerente de produção 34.000,00 
Juros sobre financiamento 30.000,00 
Aquisição do novo software ERP para a empresa450.000,00 
Embalagem diversas utilizadas na produção 15.000,00 
Matéria-prima com data de vencimento expirada 10.000,00 
Energia elétrica da fábrica 55.000,00 
Repintura da sala da diretoria 12.000,00 
Pagamento da repintura da sala da diretoria 6.000,00 
Manuenção da frota de entrega 11.000,00 
Frete de venda 12.000,00 
Total 2.029.000,00 
 
 
4) Elabore a distribuição através de rateio dos custos de energia elétrica da empresa no valor de 
R$ 64.500,00 pelos departamentos conforme os critérios abaixo: 
Departamento 
Kw/h 
instalado 
Produção 200.000 
 
 
Administração 12.000 
 
 
Comercial 3.000 
 
 
 215.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Mestre Jacimara Parras Rodrigues Melatti