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Questões de Língua Portuguesa

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Questões de Língua Portuguesa
1) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Leia com atenção os segmentos argumentativos a seguir. 
Assinale a opção que apresenta uma argumentação subjetiva. 
(A) A primeira causa de mortes de jovens na Espanha são os 
acidentes de trânsito, já que cada ano morrem cerca de 1400 
jovens entre 15 e 29 anos. 
(B) Esse é um filme tecnicamente perfeito, mas o roteiro não é 
original nem me emociona. 
(C) Já se comprovou que cerca de 44% das pessoas consultam 
seu celular assim que se levantam. 
(D) Se a mesa tem 1 metro e meio de comprimento, não a 
podemos colocar no salão, pois só há um metro de espaço livre. 
(E) Você não deve preocupar-se com esta prova; a maior parte 
dos candidatos é aprovada. 
Resposta: B
2) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Assinale a opção que indica a frase que não mostra nenhuma 
tomada de posição do enunciador. 
(A) Desconhece-se o resultado da pesquisa feita em São Paulo. 
(B) Esse cão é o animal mais afetuoso que conheço. 
(C) É preciso ser doido para não ver que isso degrada a paisagem. 
(D) Pessoalmente, não me sinto atraído por essa discussão. 
(E) O importante é que saibamos como é difícil chegar ao resultado.
Resposta: A
3) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
“O melhor colégio de Salvador é, sem dúvida, o de meu filho, pois 
é o que possui melhores condições de ensino”. Nesse raciocínio, a falha
de raciocínio argumentativo é identificada como
Questões de Língua Portuguesa
(A) generalização excessiva. 
(B) círculo vicioso. 
(C) falsa analogia. 
(D) simplificação exagerada. 
(E) argumento autoritário. 
Resposta: B
4) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Observe o seguinte silogismo: 
“Todos os cientistas são meio amalucados / Meu irmão é 
amalucado / Meu irmão é cientista.” 
Evidentemente, a conclusão desse raciocínio é falsa; o problema 
desse silogismo é que
(A) a primeira premissa é falsa. 
(B) a segunda premissa mostra ambiguidade; a segunda premissa 
mostra ambiguidade. 
(C) a conclusão não deriva das premissas. 
(D) o posicionamento dos termos está errado. 
(E) a segunda premissa está desconectada da primeira. 
Resposta: D
5) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Quanto aos sentidos em que se baseiam as descrições, assinale a 
opção que indica o texto que mostra essa identificação de forma 
correta. 
(A) “De uma mesa distante, a única ocupada, ainda vinha o ruído 
de vozes de homens. Uma gargalhada rebentou sonora em 
meio do vozerio exaltado.” / predominantemente, descrição visual. 
(B) “Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo 
azedo, deixou cair a casca no prato. Apanhou outro bago, 
mais doce.” / exclusivamente, descrição táctil. 
Questões de Língua Portuguesa
(C) “Nas Barcas, os armazéns tresandavam a lixo e peixe podre, 
as latas vazias de óleo, como cheiro de homens 
esfarrapados.” / descrição olfativa e gustativa. 
(D) “O pai comprou o sapato dois números maior... Enfiou no pé 
frio o sapato branco de tênis. Ao pentear-lhe o louro cabelo, 
a cabeça ainda em fogo.” / descrição visual e táctil. 
(E) “Examinou a sala. Na extremidade da mesa, um homenzinho 
escrevendo. No momento em que o Doutor Silveira se 
certificava disso, o personagem soltou a pena, mostrou uns 
olhos empapuçados e deixou escapar um gesto de 
repugnância.” / descrição visual e auditiva. 
Resposta: D
6) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
As preposições têm dois valores básicos: podem ter valor 
gramatical, quando são exigidas por um termo anterior, com 
presença obrigatória, e valor nocional, quando são empregadas 
para acrescentar alguma informação ao texto. 
Assinale a opção que mostra a frase em que a preposição de 
mostra valor nocional.
(A) Homem é como peça de avião. Sempre que gasta precisa ser 
logo trocado. 
(B) O puritanismo é o temor espantoso de que alguém possa ser 
feliz em alguma parte. 
(C) Não há maior prova de ignorância do que acreditar que o 
inexplicável é impossível. 
(D) Não é preciso muito para ser um produtor de coelhos. 
(E) Homem algum precisa apenas de um pequeno salário. 
Resposta: A
7) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022)
Todas as frases a seguir mostram dois segmentos sublinhados; 
Questões de Língua Portuguesa
assinale a opção que apresenta a frase em que a troca de posição 
desses segmentos traz inadequação.
(A) Não é fácil ganhar pouco e trabalhar muito. 
(B) Ele conhece todo o universo e não se conhece. 
(C) Desde o começo é mais cômodo saber pouco do que saber muito. 
(D) Quem erra a primeira casa do botão não conseguirá abotoar-se. 
(E) O que não se compreende não se possui. 
Resposta: C
8) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Questões de Língua Portuguesa
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
Em um dos trechos a seguir, pode-se observar a perspectiva do 
enunciador acerca doassunto referido; indique-o.
A) “Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade.” (3º§) 
B) “O conceito de democracia como ‘poder do povo’ surgiu na 
Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C.” (1º§) 
C) “Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já 
Questões de Língua Portuguesa
foi exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, 
[...]” (2º§) 
D) “Mas o que parece tão óbvio é, na verdade, um dilema das 
sociedades contemporâneas e uma luta de diversos segmentos,
[...]” (5º§)
Resposta: D
9) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Questões de Língua Portuguesa
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.) 
A partir do efeito de sentido produzido pelas relações estabelecidas
no interior da frase e, ainda, em relação ao período imediatamente
anterior; pode-se afirmar que o segmento destacado a seguir: 
“A democracia é, assim, um regime político que pressupõe a existência
de um governo direto ou indireto da população mediante eleições
regulares para os cargos administrativos do país, do estado ou do
município.” (1º§) apresenta:
A) Determinado propósito em relação ao fato expresso no 
período anterior. 
B) Indicação da introdução de um exemplo do conceito explorado
Questões de Língua Portuguesa
anteriormente. 
C) Concordância conclusiva que parte de um conceito inicial 
e remete à aplicação prática deste. 
D) Conclusão do que seria, de fato, o conceito democrático 
por meio da exploração de ideias distintas.
Resposta: C
10) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Questões de Língua Portuguesa
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Váriosautores.) 
“Há os que defendem a ideia de democracia como algo que 
diz respeito apenas à esfera política (votar e ser votado, por 
exemplo).” (3º§) Em relação à estrutura anterior, pode-se 
afirmar que:
A) Caso a expressão “ diz respeito ” fosse substituída por “faz 
referência”, o emprego da crase seria facultativo. 
B) O verbo “ haver ” pode ser reconhecido como verbo impessoal 
podendo ser substituído pelo verbo “ter”, no uso coloquial. 
C) O vocábulo “ apenas ” atua como modalizador discursivo cuja 
carga semântica remete à ideia de exclusão versus inclusão. 
Questões de Língua Portuguesa
D) A forma verbal “ defendem ” constitui, com o verbo “haver”, 
uma locução verbal cuja concordância é estabelecida com o 
pronome que promove a manutenção do referente. 
Resposta: B
11) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
Questões de Língua Portuguesa
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
Considerando o emprego dos mecanismos de coesão textual, observe
as propostas de reescrita para o trecho em destaque e indique a
sugestão em que a coesão foi mantida conforme observa-se no texto original. 
 
“A democracia é, assim, um regime político que pressupõe a existência
de um governo direto ou indireto da população [...]” (1º§) 
A) A democracia pressupondo a existência de um governo, 
seja direto ou indireto, da população [...] 
B) Assim, a democracia – regime político – pressupõe a existência de
um governo direto ou indireto da população [...] 
C) Assim, a democracia como um regime político que pressupõe a
existência de um governo direto ou indireto da população [...] 
Questões de Língua Portuguesa
D) A democracia é, assim, um regime político. Tal regime, 
pressu põe a existência, indiretamente, de um governo direto 
da população [...] 
Resposta: B
12) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
Questões de Língua Portuguesa
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempreocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
Em relação às ideias e informações apresentadas no texto, 
pode-se afirmar que: 
A) Tanto a economia quanto a política dependem de que a 
concepção de democracia esteja presente para que sejam 
estabelecidas em uma engrenagem social. 
B) Embora o conceito de democracia esteja diretamente 
relacionado à ideia de “poder do povo”, tal pressuposto 
mostra-se exclusivamente como uma ideia teórica. 
C) As várias concepções de democracia citadas no texto remetem
ao período histórico da sociedade, sendo o fator temporalidade
determinante e imprescindível para que haja tais distinções. 
D) O fato de o alcance da ideia de democracia estar relacionado
Questões de Língua Portuguesa
a segmentos distintos constituintes da sociedade permite reconhecer
a proporcionalidade quanto ao nível de envolvimento da população
em questões específicas. 
Resposta: D
13) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
Questões de Língua Portuguesa
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
De acordo com o emprego no 4º§ do determinante “Essas” 
e sua função discursivo-textual, pode -se afirmar que tal vocábulo:
A) Informa a relação com a pessoa do discurso. 
B) Estabelece uma relação de vínculo com as pessoas do 
discurso. 
C) Indica que o termo designado possui referente já
introduzido no texto. 
D) Atribui relevância específica ao termo “diferenças” em
relação ao enunciado. 
Questões de Língua Portuguesa
Resposta: C
14) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
Questões de Língua Portuguesa
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada dedecisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
A expressão empregada para introduzir o 2º§ do texto indica:
 
A) Anulação das ideias expostas no parágrafo anterior. 
B) Relação de concessão mediante o conceito de democracia 
apresentado. 
C) Um nível maior de importância das informações e ideias 
expressas no 1º parágrafo sobre as do 2º parágrafo. 
D) Expressão de uma ressalva mediante o exposto anteriormente
em relação à circunstância expressa no parágrafo.
Resposta: D
15) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
Questões de Língua Portuguesa
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
Questões de Língua Portuguesa
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
Pode-se inferir que o 5º§ é introduzido por um questionamento que:
 
 
A) Apresenta uma resposta que denota a perspectiva do 
enunciador. 
B) Atua como recurso de expressão retórico, promovendo a 
reflexão sobre o assunto. 
C) Tem como objetivo a obtenção de uma resposta de acordo 
com as reflexões propostas . 
D) Reforça as críticas feitas anteriormente às questões
políticas, econômicas e socia is relacionadas à democracia.
Resposta: B
16) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
Questões de Língua Portuguesa
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
Questões de Língua Portuguesa
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
A expressão destacada a seguir em: “em um governo de 
todos, ‘ do povo, pelo povo e para o povo ’.” apresenta concepções
diferentes de acordo com o efeito produzido pelos 
conectivos que antecedem o substantivo “povo”. Assinale, 
a seguir, a alternativaque apresenta o sentido correto para 
cada uma delas, sequencialmente conforme apresentam-se no enunciado.
 
A) Origem; destinação; propósito. 
B) Condição; element o partitivo; modo. 
C) Prerrogativa; indicação do agente; finalidade. 
D) Relação com o assunto; meio; em benefício de. 
Resposta: C
17) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023)
Democracia 
 
O conceito de democracia como “poder do povo” surgiu 
na Grécia antiga, aproximadamente no século V a.C. O termo 
demokratia é composto dos vocábulos demos, “povo”, e kratos, 
“poder”. A democracia é, assim, um regime político que pressupõe
a existência de um governo direto ou indireto da população 
mediante eleições regulares para os cargos administrativos do 
país, do estado ou do município.
 
Questões de Língua Portuguesa
No entanto, o exato significad o de “poder do povo” depende do
período histórico e da sociedade que se tem como referência,
assim como de diferenças conceituais e ideológicas. 
Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi 
exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de 
homens letrados, de homens e mulheres adultos etc.
 
Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia
presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia
como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser
votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida
econômica (como participar na definição do orçamento público de
certa localidade), social (decidir sobre leis que tratem da vida
privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que
aparatos de cultura, como teatros e cinemas, e de lazer, por
exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). 
Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem
influência de diferentes matizes ideológicos. 
Nas sociedades em que a participação popular nas decisões 
governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia
perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda 
casos de nações que pre tendem impor seu sistema de democracia
a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses
em outros países. 
Quais seriam, então, as características necessárias para 
um governo democrático? É bastante difundida, em nossa 
sociedade, a ide ia de que todos os indivíduos devem ter
direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe
social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na 
verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma 
luta de diversos segmentos, que busca reconhecimento e 
aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. 
O conceito de povo como coletividade que compartilha 
direitos e deveres considerados essenciais surgiu no período 
histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com 
a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do
momento em que os seres humanos passam a ser vistos como 
juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em 
um governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
Questões de Língua Portuguesa
A democracia, no entanto, não fo i o sistema político predominante
na história. Desde sua formação, em Atenas, até o século XIX,
poucos governos adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da
participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes
grupos excluídos do processo de tomada de decisão política. Portanto,
ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. 
(Sociologia em movimento. – 2ª ed. – São Paulo: Moderna, 2016. Vários 
autores.)
Considerando a aplicação da norma padrão da língua, assinale 
a afirmativa correta.
A) Em substituição a “Outras a aplicam [...]” (3º§), estaria correta 
a proposta da seguinte redação: “Outras aplicam -lhe [...]”, 
sendo preservado o mesmo nível de formalidade do trecho 
original. 
B) Em “Há os que defendem a ideia de democracia [...]” (3º§), 
se em lugar da expressão “ideia de democracia” houvesse 
apenas “democracia”, o “a” antecedente, obrigatoriamente, 
seria craseado. 
C) Em “[...] questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, 
como ocorre em relação ao aborto [...]” (3º§), pode-se assegurar
que os três termos destacados apre sentam equivalência morfológica. 
D) Em “Outras a aplicam também a áreas da vida econômica 
[...]” (3º§), os termos destacados são equivalentes quanto 
ao significado; assim o primeiro “a” poderia ser omitido
conferindo maior objetividade ao segmento. 
Resposta: C
18) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
Questões de Língua Portuguesa
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, 
esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
Questões de Língua Portuguesa
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo. (...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
depipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
Questões de Língua Portuguesa
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que a 
vida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
O recurso de usar a imagem da pipoca, no 
texto, serve, principalmente, para:
(A) Mostrar a diferença entre os milhos: os 
normais, bons para o comércio, e os nanicos, 
que servem só para pipoca.
(B) Despertar uma reflexão sobre a 
possibilidade de transformação do ser humano 
pelas dificuldades da vida, como ocorre a 
transformação do milho em pipoca pelo poder 
do fogo.
(C) Destacar a importância de se buscar 
serventia para tudo, antes de se descartar como 
ocorreu com aqueles que colocaram os milhos 
nanicos, na panela, até que eles estourassem e 
se transformassem em pipoca, servindo de 
alimento.
(D) Permitir ao narrador refletir sobre o 
Questões de Língua Portuguesa
próprio fazer poético, já que ele declara que 
começa a refletir sobre a pipoca e como é 
importante escrever, profissionalmente, sobre 
alimentos. 
(E) Demonstrar que está cada vez mais em 
voga escrever sobre culinária, pois é um nicho 
novo que tem conquistado muitos leitores e 
admiradores.
Resposta: B
19) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
Questões de Língua Portuguesa
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, 
esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo. (...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
Questões de Língua Portuguesa
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Questões de Língua Portuguesa
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que a 
vida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
Quando o narrador declara “As comidas, para 
mim, são entidades oníricas.”, ele quer dizer, 
em relação ao termo destacado, que as comidas 
são entidades que têm a ver com:
(A) Sonho.
(B) Metafísica.
(C) Misantropia.
(D) Utopia.
(E) Quiromancia.
Resposta: A
20) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
Questões de Língua Portuguesa
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo,esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Questões de Língua Portuguesa
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo. (...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
Questões de Língua Portuguesa
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que a 
vida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
A principal estratégia empregada para 
desenvolver as ideias do texto é o(a):
(A) Exemplificação literária.
(B) Dado estatístico.
(C) Citação.
(D) Comparação.
(E) Comprovação científica.
Resposta: D
21) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
Questões de Língua Portuguesa
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, 
esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
Questões de Língua Portuguesa
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo. (...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
Questões de Língua Portuguesa
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que avida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
Todos os pronomes pessoais oblíquos átonos, 
abaixo, destacados podem mudar de posição 
em relação ao verbo a que se referem; a 
EXCEÇÃO encontra-se na alternativa:
(A) “A culinária me fascina.” (1º parágrafo).
(B) “Não vão se transformar na flor branca 
macia.” (15º parágrafo)
(C) “(...) mas o fato é que houve alguém que 
teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las 
numa panela sobre o fogo, (...)” (6º parágrafo)
(D) “O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos.” (11º parágrafo)
(E) “Piruá é o milho de pipoca que se recusa a 
estourar.” (13º parágrafo)
Questões de Língua Portuguesa
Resposta: E
22) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, 
esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
Questões de Língua Portuguesa
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo. (...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Questões de Língua Portuguesa
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que a 
vida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
Assinale a alternativa que apresenta 
justificativa correta para o uso da vírgula no 
fragmento “Em Minas, todo mundo sabe o que 
é piruá.” (13º parágrafo):
(A) Destaca um adjunto adverbial deslocado na oração.
Questões de Língua Portuguesa
(B) Isola um aposto explicativo.
(C) Separa um termo de uma enumeração.
(D) Destaca um termo com valor conclusivo.
(E) Isola uma vocativo.
Resposta: A
23) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
A pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu 
até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que 
sou mais competente com as palavras do que 
com as panelas. (...)
Sabedor das minhas limitações e 
competências, nunca escrevi como chefe. 
Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e 
teólogo — porque a culinária estimula todas 
essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. 
Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um 
dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois 
foi precisamente isso que aconteceu. (...)
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos 
meus milhos graúdos aparecessem aquelas 
espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de 
me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto 
de vista de tamanho, os milhos da pipoca não 
podem competir com os milhos normais. Não 
sei como isso aconteceu, mas o fato é que 
houve alguém que teve a ideia de debulhar as 
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, 
Questões de Língua Portuguesa
esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. (...)
Repentinamente os grãos começaram a 
estourar, saltavam da panela com uma enorme 
barulheira. Mas o extraordinário era o que 
acontecia com eles: os grãos duros quebra-
dentes se transformavam em flores brancas e 
macias que até as crianças podiam comer. O 
estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, 
brincadeira, molecagem, para os risos de todos, 
especialmente as crianças. É muito divertido 
ver o estouro das pipocas! (...) 
É que a transformação do milho duro em 
pipoca macia é símbolo da grande 
transformação porque devem passar os homens para
que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve 
ser aquilo que acontece depois do estouro. O 
milho da pipoca somos nós: duros, quebra-
dentes, impróprios para comer, pelo poder do 
fogo podemos, repentinamente, nos 
transformar em outra coisa — voltar a ser 
crianças! Mas a transformação só acontece 
pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo 
continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes 
transformações acontecem quando passamos 
pelo fogo.(...)
O fogo é quando a vida nos lança numa 
situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser 
fogo de fora: perder um amor, perder um filho, 
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. 
Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, 
ansiedade, depressão — sofrimentos cujas 
causas ignoramos. (...)
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
Questões de Língua Portuguesa
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, 
pense que sua hora chegou: vai morrer. (...) A 
pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a 
grande transformação acontece: PUF!! — e ela 
aparece como outra coisa, completamente 
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. 
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo 
como borboleta voante. (...)
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. 
Falando sobre os piruás com os paulistas, 
descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, 
inclusive, acharam que era gozação minha, que 
piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar 
o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho 
de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor 
pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o 
assombro do estouro da pipoca. Com certeza 
ele tem uma explicação científica para os 
piruás. Mas, no mundo da poesia, as 
explicações científicas não valem. (...)
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o 
fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham
que não pode existir coisa mais 
maravilhosa do que o jeito delas serem. (...) A 
sua presunção e o seu medo são a dura casca 
do milho que não estoura. O destino delas é 
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão 
se transformar na flor branca macia. Não vão 
dar alegria para ninguém. Terminado o estouro 
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os 
piruás que não servem para nada. Seu destino 
é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos 
que voltaram a ser crianças e que sabem que a 
vida é uma grande brincadeira...
ALVES, Rubem. A pipoca. In:_____. 
Questões de Língua Portuguesa
O amor que acende a lua. 
Campinas, SP: Papirus, 1999.
O pronome destacado na passagem “(...) 
sofrimentos cujas causas ignoramos.” (11º 
parágrafo) estabelece uma relação coesiva, 
recuperando, no texto, o termo:
(A) “ansiedade”.
(B) “sofrimentos”.
(C) “causas”.
(D) “pipoca”.
(E) “depressão”.
Resposta: B
24) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
O substantivo composto, abaixo, cujo plural 
está correto encontra-se na opção:
(A) Navios-escolas.
(B) Carta-bilhetes.
(C) Guardas-sóis.
(D) Salários-família.
(E) Recos-recos.
Resposta: D
25) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
Na sentença: “De outras ovelhas cuidarei, que 
não de vós.”, o conectivo destacado assume um 
valor semântico de:
(A) Oposição.
(B) Condição.
Questões de Língua Portuguesa
(C) Finalidade.
(D) Causa.
(E) Alternativa.
Resposta: A
26) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
Quanto ao fenômeno sintático de regência 
verbal, a alternativa com regência 
INADEQUADA, segundo as regras 
gramaticais, encontra-se em:
(A) Suas atitudes implicariam castigo severo.
(B) Chegamos mais cedo a casa para 
descansar.
(C) Todos preferiam estudar Português do que 
Matemática.
(D) Assistimos empolgados ao filme recém-
lançado.
(E) Aspirei o ar perfumado e puro da noite.
Resposta: C
27) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022)
Na sentença “Todos gostavam muito de ouvir 
o belo cantar da menina Ana.”, o termo 
destacado deve ser classificado como um(a):
(A) Verbo.
(B) Adjetivo.
(C) Pronome.
(D) Substantivo.
(E) Advérbio.
Questões de Língua Portuguesa
Resposta: D
28) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
Texto para a questão. 
“Podemos acreditar que tudo que a vida nos 
oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e 
hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta 
de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz 
uma bênção escondida; uma bênção que só serve para 
esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. 
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. 
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso 
viver cada minuto porque ali encontramos a saída de 
nossas confusões, a alegria de nossos bons mom entos, 
a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca 
podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior 
porque todos os dias são diferentes, porque estamos 
em constante processo de mudança.” - Paulo Coelho
Sobre o texto, é CORRETO afirmar que: 
A) nosso futuro é uma mera repetição do mal que 
praticamos durante o passado. 
B) todos os dias são exatamente iguais durante os 365 
dias do ano. 
C) nossas manhãs são sempre abençoadas porque 
são milagrosas. 
D) nossos milagres sã o encontrados em templos 
religiosos. 
E) é importante não permitir que nossos dias sejam 
iguais já que passamos por constantes processos 
de mudança. 
Resposta: E
29) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
Texto para a questão. 
“Entendidas por especialistas e educadores como 
ferramentas essenciais e indispensáveis na era da 
Questões de Língua Portuguesa
comunicação, as novas tecnologias ganham espaço 
efetivo nas salas de aula. Computadores ligados à 
internet, software de criação de sites, tele visão a cabo, 
sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas 
das possibilidades existentes e que podem ser 
aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos 
facilitadores do aprendizado.” - Ana Letícia Carvalho Machado 
Sobre o texto, assinale a alternativa INCORRETA : 
A) A palavra “excluída” é acentuada porque o "i" é 
tônico e forma hiato com a vogal anterior. 
B) A passagem “...as novas tecnologias ganham 
espaço efetivo nas salas de aula.” foi empregada na 
voz passiva 
C) A palavra “essenciais” está grafada corretamente. 
D) A palavra “rádio” está acentuada de acordo coma 
as regras. 
E) A palavra “aproveitadas” concorda com 
“possibilidades” . 
Resposta: B
30) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
Texto para a questão. 
“A maior parte dos homens retornaria aos antigos 
costumes em matéria de fé e de moral se 
conseguissem ampliar suficientemente os seus 
horizontes. É principalmente a sua estreiteza mental 
que os mantém nos trilhos da negação. Mas esse 
alargamento mental é facilmente mal interpretado, 
porque a mente precisa ser alargada para poder 
enxergar as coisas simples, ou mesmo as que são 
evidentes em si mesmas.” - Gilbert Keith Chesterton 
O recurso coesivo grifado acima pode ser substituído, 
CORRETAMENTE, por:
A) já que. 
B) porque. 
C) portanto. 
Questões de Língua Portuguesa
D) à medida que. 
E) todavia . 
Resposta: E
31) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
Texto para a questão. 
“Todos temos sede de ser valorizados, amados, 
reconhecidos e atendidos em nossos anseios! Em uma 
sociedade pluralista na qual vivemos, quando não 
somos aceitos com os nossos princípios, ideias e 
valores, o início do caminho da solidão à integração, só 
pode ser iniciado com a confiança em nossa própria 
identidade e valor.” - Francisco Adua Esposito 
O processo de construção sintática entre os termos 
“confiança” e “em nossa própria identidade e valor.” é: 
A) Concordância nominal. 
B) Regência verbal. 
C) Regência nominal. 
D) Concordância verbal. 
E) Colocação pronominal . 
Resposta: C
32) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à 
concordância verbal, EXCETO: 
A) Confeccionam-se bolsas de couro. 
B) Necessitam-se de alimentos não perecíveis para 
campanha desse Natal. 
C) Aluga-se chácara na zona rural de Petrolina. 
D) Precisa-se de especialistas em educação ambiental. 
E) É proibido entrada com animais neste recinto . 
Questões de Língua Portuguesa
Resposta: B
33) (FACAPE/PREF.PETROLINA-PE/ASSISTENTE ADM./2023)
.............. é uma operação administrativa que
consiste em determinar

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