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SUMÁRIO 1 . APRESENTAÇÃO 01 2. HISTÓRICO DO CURSO 02 3. SERVIÇO DE PSICOLOGIA DA UNESP – CÂMPUS DE ASSIS 03 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO 04 5. OBJETIVOS DO CURSO 04 6. PERFIL PROFISSIONAL PRETENDIDO 05 7. ESTRUTURA CURRICULAR 05 8. CONCEPÇÃO DO NÚCLEO COMUM 06 9. CONCEPÇÃO DAS ÊNFASES 10 9.1.Processos Clínicos e Saúde Mental 10 9.1.1.Grade curricular da ênfase 10 9.2. Subjetividade, Trabalho e Administração do Social 11 9.2.1 Grade curricular da ênfase 11 9.3. Desenvolvimento Humano e Processos Educativos 12 9.3.1. Grade curricular da ênfase 12 9.4. Políticas Públicas e Clínica Crítica 13 9.4.1. Grade curricular da ênfase 14 10.PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS 16 10.1. Estágios Básicos 16 10.2. Estágios Específicos 18 11.ATIVIDADES COMPLEMENTARES 18 12. QUADRO DOCENTE 20 12.1 Docentes segundo a titulação 32 12.2. Docentes a serem contratados 33 13. PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS 34 13.1. Núcleo Comum 34 13.2. Ênfases 128 13.2.1. Processos Clínicos e Saúde Mental 128 13.2.2. Subjetividade, Trabalho e Administração do Social 228 13.2.3. Desenvolvimento Humano e Processos Educativos 292 13.2.4. Políticas Públicas e Clínica Crítica 326 14. REGIME ESCOLAR 425 14.1. SISTEMA DE PRÉ-REQUISITOS 426 14.2. SERIAÇÃO IDEAL 426 15. AUTO-AVALIAÇÃO DO CURSO 431 1 1 . APRESENTAÇÃO A elaboração da proposta curricular apresentada a seguir tomou como referência a Resolução nº 8, de 7 de maio de 2004, a qual instituiu as Diretrizes Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia – Conselho Nacional de Educação Superior – Câmara de Educação Superior. Para a construção da proposta em questão, o curso de Graduação em Psicologia – Unesp – Campus de Assis seguiu uma trajetória que privilegiou sua própria história e cultura acumuladas ao longo de suas quatro décadas de existência, ou seja, promoveu intensa participação de todas as suas instâncias representativas para culminar numa produção coletiva e que, de fato, pudesse, além de adotar as diretrizes curriculares nacionais, atender às expectativas de formação que o próprio curso foi elegendo. Assim foram envolvidos nas discussões sobre a reestruturação curricular os segmentos docente, discente e o corpo técnico do Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada “Dra Betti Katzenstein”. O Conselho do curso de Graduação em Psicologia constituiu uma comissão com representantes (titulares e suplentes) dos três Departamentos do curso (Psicologia Clínica, Psicologia Evolutiva, Social e Escolar e Psicologia Experimental e do Trabalho) e representantes do corpo discente. Com o andamento dos trabalhos da comissão, que adotou como linha de condução a discussão coletiva, a partir das propostas formalmente encaminhadas pelas diferentes instâncias. Em um segundo momento a comissão original foi ampliada, recebendo membros representantes de Grupos de Pesquisa, outros docentes dos Departamentos, do Conselho de curso e do CPPA. A comissão original sempre se manteve como uma referência para o recebimento de todas as propostas, análise e coordenação dos encaminhamentos e novos passos a serem seguidos. Este projeto, resultado dessa difícil, mas participativa trajetória, representa, para este curso, a concretização de um conjunto de sucessivas transformações que foram ocorrendo de forma natural no percurso transcorrido em todos esses anos, seguindo um movimento dialético de construção. Embora o antigo projeto pedagógico indique uma estrutura curricular clássica, a atenção à realidade social à qual se vincula exigiu que modificações fossem sendo articuladas, especialmente por meio dos projetos de extensão, de pesquisa, dos estágios curriculares e do oferecimento de disciplinas optativas que atendessem às demandas que novas práxis do psicólogo suscitava. Deste modo, o curso considera que a elaboração da nova proposta curricular possibilitou fundamentalmente um exercício de reflexão sobre o profissional que objetiva formar. No interior dessa reflexão pôde também avaliar os mais recentes caminhos seguidos pelo curso e as perspectivas de concretização formal das estratégias já adotadas na composição de um currículo consistente, que representasse o que este curso de Psicologia, inquestionavelmente, valoriza: sua afiliação às Ciências Humanas e os direcionamentos compatíveis a tal acepção, reiterando posicionamentos teóricos e metodológicos que fundamentem, solidamente, a formação do Psicólogo dentro dessa perspectiva. 2 2. HISTÓRICO DO CURSO A Universidade tem, ao longo dos tempos, reafirmado seu compromisso de contribuir para a concretização da cidadania em uma sociedade complexa e aberta. A necessidade de, em seu aspecto formativo, privilegiar a crítica como um dos caminhos indiscutivelmente importantes de acesso aos diversos campos do saber e da ciência, tornou-se iminente. A Psicologia, no intuito de acompanhar as transformações da sociedade, tem igualmente sido alvo de reformulações, especialmente no contexto da formação acadêmica, buscando desenvolver um profissional capaz de defrontar-se com as diversas problemáticas oriundas dessas mudanças. O curso de Psicologia da Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Unesp – foi instalado em 1966, na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis – Instituto Isolado de Ensino Superior. Inicialmente ofereceu uma formação voltada especificamente para a licenciatura, o que ocorreu até 1969. Com a implantação da modalidade Formação de Psicólogos, teve sua primeira turma formada em 1973. No ano seguinte foi instalada a Clínica de Psicologia Aplicada que passou a funcionar como órgão ligado ao desenvolvimento de estágios profissionalizantes do Curso. A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, criada em 1976, resultou da incorporação dos Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São Paulo. Entre essas escolas que vieram compor a Unesp, encontrava-se a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, voltada preferencialmente para a formação de professores das escolas secundárias do Estado. No entanto, essas escolas, pela própria formação que ofereciam e devido à necessidade de busca de um aprimoramento acadêmico, foram construindo identidades nas quais a pesquisa, ao lado da docência, passou a ocupar espaço privilegiado. Deste modo, passa a fundamentar-se no tripé que identifica a instituição acadêmica: a docência, a pesquisa e a extensão de serviços à comunidade. Com a Lei Estadual nº 952, de 30 de janeiro de 1976, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, como Instituto Isolado de Ensino Superior, perde personalidade jurídica de autarquia e passa a integrar a Universidade Estadual Paulista “Júlio de mesquita Filho”, como Instituto de Letras, Psicologia e História. Posteriormente passa a denominar-se, como até hoje, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, na qual, o curso de Psicologia, foi reconhecido pelo Decreto nº 68.185, de 9 de fevereiro de 1971. Em 1987, o curso foi reestruturado conforme Resolução Unesp 50 de 22/09/86 publicada no DOE de 23/09/86. Novamente passou por outra reestruturação no ano de 1997, na modalidade de Licenciatura, conforme Resolução Unesp 50 de 22/09/86 publicada no DOE de 23/09/86, alterada pela Resolução Unesp 63 de 17/11/1998 e publicada no DOE de 18/11/1998 e obteve a renovação do Reconhecimento pela Portaria CEE/GP n.º207/2002 publicada no D.O.E. em 20/06/2002. 3 3. SERVIÇO DE PSICOLOGIA DA UNESP – CAMPUS DE ASSIS CENTRO DE PESQUISA E PSICOLOGIA APLICADA “DR.ª BETTI KATZENSTEIN” O Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada é uma Unidade Auxiliar de Estrutura Complexa integrada à estrutura da faculdade de Ciências e Letras de Assis, tendo como objetivo principal o desenvolvimento de atividades concernentes ao campo da Psicologia. As atividades desenvolvidas no CPPA abrangem a prevenção e intervenção psicológica,integrando-se ações de pesquisa, ensino, extensão de serviços à comunidade, bem como a realização de eventos científicos. Ao longo de sua existência, o CPPA tem se caracterizado não apenas pela utilização de sua estrutura física, de materiais para o treinamento de técnicas psicológicas, como para a realização de estágios profissionalizantes e a conseqüente prestação de serviços à comunidade, mediante o atendimento da população, mas também das atividades desenvolvidas pelos integrantes da equipe técnica, de forma integrada com as atividades de ensino, pesquisa e extensão do Curso de Psicologia. Conforme disposto na resolução Unesp-40/02, modificada pela Resolução Unesp 91/02, e reconhecida pela resolução Unesp 101/03 de 25/09/03, aprovada pelo CO em 28/08/03 e publicada no D.O.E. em 26/09/03, o Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada “Dra. Betti Katzenstein” – CPPA – passou a ser considerado como Unidade Auxiliar de Estrutura Complexa. A partir de 1999, o CPPA sofreu uma reestruturação em seu planejamento e funcionamento, no que tange à sua articulação com a graduação e a pós- graduação. Assim, ele passa a expandir suas ações para outras unidades e cursos estabelecidos no Campus, por meio de projetos interdepartamentais. Deste modo, o CPPA organiza suas ações pelo desenvolvimento do Programa de Estudos Graduados em Psicologia, cuja proposta é a constituição de Núcleos e suas respectivas Linhas de Pesquisas, bem como Serviços de Suporte Técnico, em consonância com o currículo proposto. Atualmente os núcleos e grupos de trabalho propostos para compor o Programa de Estudos Graduados em Psicologia são os seguintes: NÚCLEO SER HUMANO E TRABALHO: Subjetividade e Saúde do Trabalhador Diagnóstico e Intervenção Psicossocial em Instituições de Trabalho NÚCLEO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE COLETIVA: Psicologia e Instituição Saúde Mental e Saúde Coletiva Velhice e Envelhecimento 4 NÚCLEO DE CLÍNICA CONTEMPORÂNEA: Psicanálise Família e Subjetividade Grupo de Estudos e Assistência à Infância NÚCLEO DE EDUCAÇÃO E PRÁTICAS COMUNITÁRIAS. Educação Infantil e inclusiva Ensino fundamental Atenção ao Aluno do Campus O CPPA deve ser compreendido como um espaço importante de interlocução com o Curso de Psicologia, que contempla em sua proposta curricular atividades complementares que se constituem em espaços diferenciados de aquisição e desenvolvimento do saber e defrontação com diversidades de contextos e práticas profissionais contemporâneas. Enfim, a relação entre o Curso de Psicologia e o CPPA deve atingir tanto o nível de extensão de serviços à comunidade, como da pesquisa e do ensino. 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO Garantia de compreensão da Psicologia no campo das Ciências Humanas, com ênfase aos conhecimentos desse domínio; Desenvolvimento de perspectiva crítica, segundo a qual o sujeito psicológico constitui-se nas práticas históricas e sociais; Reconhecimento da diversidade e da complexidade da condição humana; Reconhecimento da necessidade de reflexão crítica referente à produção de conhecimentos e as práticas da Psicologia subordinadas às exigências do mercado; Unificação da teoria, prática e reflexão nos processos de produção, de difusão e de aplicação dos conhecimentos à realidade concreta; Reconhecimento do contexto de contradições sociais e possibilidades de transformações; Respeito à ética em suas relações profissionais com clientes, usuários e o público, bem como na divulgação e produção dos conhecimentos do campo da Psicologia. 5. OBJETIVOS DO CURSO Oferecer uma formação generalista a fim de afirmar a universalidade do conhecimento; Nortear-se pelos sistemas de pensamentos que compõem o saber da Psicologia e os paradigmas que tomam o ser humano como objeto de estudo; Garantir na estrutura do curso a indissociabilidade entre ensino-pesquisa- extensão; Promover o desenvolvimento de atitudes profissionais permanentemente vinculadas à produção do conhecimento; 5 Valorizar a pesquisa e garantir sua interligação com a prática do Psicólogo em diferentes áreas e formas de atuação profissional; Considerar a Psicologia como práxis; Promover a interlocução com outros campos de saber e a construção de novas concepções teórico-práticas; Possibilitar a construção de uma ética nas relações internas que permita a discussão de pertinência do trabalho individual no atendimento do interesse coletivo; Privilegiar práticas em diferentes áreas da Psicologia que atendam às demandas sociais e à promoção dos direitos humanos; Orientar-se, em suas relações com a sociedade, por uma ética fundada em valores que visem eqüidade e justiça social. 6. PERFIL PROFISSIONAL PRETENDIDO O Psicólogo que se pretende formar deverá reunir as características de um profissional com sólida formação humanista, possuidor de uma consciência crítica capaz de promover a eqüidade e a justiça social. Sua ação deverá ser pautada continuamente pela articulação da prática com a produção de novos conhecimentos e atitudes investigativas. Deverá ainda estar marcada por princípios éticos essenciais ao exercício da profissão e promoção da cidadania, ou seja, um profissional capaz de compreender a Psicologia como práxis para a problematização, construção e reconstrução do conhecimento, articulada com outros campos do saber, o que permite o reconhecimento da complexidade e multideterminação dos fenômenos psicológicos. 7. ESTRUTURA CURRICULAR O currículo pleno do Curso de Formação de Psicólogos – UNESP/ASSIS é composto por disciplinas e estágios básicos obrigatórios do Núcleo Comum, por disciplinas obrigatórias, optativas, estágios específicos das ênfases curriculares e atividades complementares que ocorrerão em ambos os níveis de ensino. O Curso funcionará em módulos semestrais e serão oferecidas quatro (4) Ênfases Curriculares, das quais o aluno deverá optar por duas, totalizando 4.020 horas, correspondentes a 268 créditos ao final do Curso, distribuídas conforme quadro abaixo: 6 NÚCLEO COMUM (6 semestres) ATIVIDADE CARGA HORÁRIA TOTAL 32 Disciplinas – 60 h 1 Disciplinas – 180 h 2100 2.280 Estágio Básico - 180h 180 ÊNFASE 1 (2 anos) 06 Disciplinas Obrigatórias – 60h 360 840 Disciplina Optativa I – 120h Disciplina Optativa II – 120h 240 Estágio Específico I – 120h Estágio Específico II – 120h 240 ÊNFASE 2 (2 anos) 06 Disciplinas Obrigatórias – 60h 360 840 Disciplina Optativa I – 120h Disciplina Optativa II – 120h 240 Estágio Específico I – 120h Estágio Específico II – 120h 240 Atividades Complementares 60 60 CARGA HORÁRIA TOTAL 4.020 8. CONCEPÇÃO DO NÚCLEO COMUM A concepção do Núcleo Comum está fundada em sistemas teóricos que consideram como referência os seguintes operadores de análise: fundamentos históricos, epistemológicos e teórico-metodológicos; ou seja, que objetos recorta e como; com que metodologia aborda seu objeto; concepção de homem e de sujeito adotada e abordagem do percurso e transformações históricas. Enfim, como a Psicologia tem questionado, refletido e analisado esse processo. Ficam assim constituídas as bases teóricas de apoio da proposta de formação básica: Eixo norteador: Teorias e Sistemas da Psicologia Teorias Psicanalíticas Neste enfoque, a partir de um vértice histórico, filosófico e metodológico das vertentes contidas na Psicanálise Freudiana, Psicanálise Kleiniana, Psicologia do Ego e Psicanálise Lacaniana, serão desenvolvidos os principais conceitos teóricos que fundamentam essas abordagens, em contraposição aos demais sistemas teóricos da Psicologia. Teorias Psicobiológicas 7 Neste enfoque os conceitos e proposiçõessão ancorados, de modo preciso, em propriedade mensuráveis. Este método prioriza a investigação do comportamento humano (e suas relações com o comportamento animal) sistematicamente observável por meio de paradigmas experimentais, testes psicológicos, escalas, entre outros. Evidencia as relações entre funcionamento normal e patológico no desenvolvimento humano. Os comportamentos podem ser inatos ou adquiridos, partindo do pressuposto de que os processos psicológicos são multifatoriais (genéticos e ambientais) e multidimensionais em sua gênese e expressão, levando em consideração os referidos fatores biológicos (neurofisiológicos, neuroquímicos, neuroplasticidade, etc.), psíquicos e sociais na produção e análise do comportamento. Teorias Interacionistas e Sócio-Históricas Constituem os propósitos das presentes abordagens: estudar, conhecer e refletir sobre as bases históricas, epistemológicas e metodológicas de concepção interacionistas e sócio-históricas, procurando destacar aspectos que se caracterizam e as distinguem entre si e das demais teorias. Tais sistemas atendem aos eixos estruturantes arrolados no artigo 5º, com a seguinte composição relacionada às disciplinas do Núcleo Comum: a) Fundamentos epistemológicos e históricos Disciplinas: - Fundamentos histórico-epistemológicos da Psicologia I e II - Fundamentos filosóficos b/c)Fundamentos teórico-metodológicos e procedimentos e a prática profissional Disciplinas: - Introdução à Pesquisa em Psicologia - Teorias Psicanalíticas I, II e III - Teorias Psicobiológicas I e II - Teorias Interacionistas e Sócio-históricas I, II e III - Noções Básicas de Estatística - Avaliação Psicológica: fundamentos teóricos e técnicos d) Fenômenos e processos psicológicos Disciplinas: - Processos Psicológicos Básicos - Psicologia Social I e II - Psicologia, Gêneros e Processos de Subjetivação - Modos de Produção, Trabalho e Subjetividade - Instituições e Grupos - Modelos de Subjetividade nas Culturas Moderna e Pós-moderna - Psicologia e adolescência na contemporaneidade 8 - O campo da atenção psicossocial e) Interfaces com campos afins do conhecimento Disciplinas: - Fundamentos Sociológicos - Fundamentos Antropológicos - Fundamentos Biológicos do Comportamento - Psicologia e Informática - Psicologia e Educação - História da Família e Realidade Brasileira - Formação Social e Cultural Brasileira f) Práticas profissionais Disciplinas: - Estágio Básico - Fundamentos da Ética O Núcleo Comum cumpre, portanto, um papel de introdução às práticas, por meio dos estágios, da pesquisa e das atividades complementares. As disciplinas do Núcleo Comum estão articuladas com os estágios, e especialmente com a pesquisa no sentido que os diferentes métodos e aportes teóricos para abordagem do objeto de estudo da Psicologia são trabalhados simultaneamente às propostas de intervenção e atuação no campo de Psicologia. Desta forma, o currículo, em seu Núcleo Comum, atende aos princípios definidos pela Resolução nº 8, na medida em que permite a compreensão crítica dos múltiplos referenciais que buscam apreender a amplitude do fenômeno psicológico, suas interfaces com os fenômenos biológicos e sociais. Estabelece também interlocução com outros campos de saber, possibilitando o reconhecimento da complexidade e multideterminação do fenômeno psicológico em suas vertentes econômicas, sociais, políticas e culturais, fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão. Enfatiza-se também neste currículo a importância da pesquisa numa relação permanente em todo o processo de ensino, como essencial à formação profissional. A organização do Núcleo Comum prevê a integração contínua entre ensino, pesquisa e extensão e ainda, a consolidação de um conjunto de conhecimentos que permita a continuidade do curso, por meio das ênfases de modo articulado e consistente, do ponto de vista do processo educativo. 9 NÚCLEO COMUM – GRADE CURRICULAR - DISCIPLINAS 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 3ºSEMESTRE 4º SEMESTRE 5º SEMESTRE 6º SEMESTRE 1 Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia I Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia II Introdução à Pesquisa em Psicologia Fundamentos da Ética Modos de Produção, Trabalho e Subjetividade Adolescência: Subjetividade e novos paradigmas 2 Fundamentos Biológicos do Comportamento Psicologia Social I Psicologia Social II Fundamentos Teóricos e Técnicos da Avaliação Psicológica Psicologia, Gêneros e Processos de Subjetivação O Campo da Atenção Psicossocial 3 Fundamentos Filosóficos Teorias Psicanalíticas I Teorias Psicanalíticas II Teorias Psicanalíticas III Políticas Públicas e Movimentos Sociais Instituições e Grupos 4 Fundamentos Sociológicos Processos Psicológicos Básicos Teorias Psicobiológicas I Teorias Psicobiológicas II História da Família e Realidade Brasileira Modelos de Subjetivação nas Culturas Moderna e Pós-Moderna 5 Fundamentos Antropológicos Teorias Interacionistas e Sócio-históricas I Teorias Interacionistas e Sócio-históricas II Teorias Interacionistas e Sócio-históricas III Psicologia e Educação Formação Social e Cultural Brasileira 6 Noções Básicas de Estatística Estatística Aplicada à Pesquisa em Psicologia Pesquisa e Intervenção em Psicologia 7 Estágio Básico 8 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 10 9. CONCEPÇÃO DAS ÊNFASES O curso de Psicologia – Unesp-Assis vem consolidando, ao longo de seu desenvolvimento, um conjunto de práticas sociais voltada para questões de caráter extensionista, originadas a partir de interrogações sobre modalidades contemporâneas de objetivação e de processos de subjetivação. Nessa perspectiva, a definição das ênfases curriculares estabeleceu domínios de atuação profissional destinadas ao aprofundamento das habilidades e competências iniciadas no Núcleo Comum, assegurando a concretização da vocação institucional, tendo em vista as especificidades regionais e locais. Ficam então constituídas as ênfases: 9.1. Ênfase 1: Processos Clínicos e Saúde Mental Criada frente a questões e demandas de ordem psicológica apresentadas por indivíduos ou grupos em distintos contextos, a ênfase Processos Clínicos e Saúde Mental se define por operar, a partir de uma ética do sujeito, o pensar clínico dentro de um continuum, seja ele diagnóstico ou terapêutico de modo a não dissociar um processo do outro. Uma das principais preocupações da ênfase está voltada para o desenvolvimento de diferentes recursos, estratégias e instrumentos compatíveis com processos clínicos e coerentes com referenciais teóricos diversos, voltados para o sujeito e em diversos domínios e níveis de ação profissional. A presente ênfase constitui-se como um aprofundamento das competências para atuação em Psicologia Clínica que abarquem intervenções de caráter diagnóstico, terapêutico e preventivo, de forma que não se dissocie um processo do outro, junto a indivíduos ou grupos de diferentes faixas etárias, sejam crianças, adolescentes, adultos, casal ou família e possa promover a saúde e a qualidade de vida em suas dimensões biopsicossocial. 9.1.1. Grade curricular da Ênfase Disciplinas Obrigatórias 7º Semestre 8º Semestre 9º Semestre 10º Semestre Psicodiagnóstico: fundamentos teóricos e técnicos Psicopatologia geral e Infantil Técnicas psicoterápicas psicanalíticas Psicologia e as Pessoas com Deficiência Vínculos Amorosos, Conjugalidade e Arranjos Familiares no Contemporâneo Psicologia da Saúde 11 Disciplinas Optativas 4º Ano 5º Ano Princípios e Métodos da Terapia Cognitivo- Comportamental - abordagens teórico- metodológicas A Prática Clínica na Abordagem Cognitivo-Comportamental Introdução ao Pensamento Psicanalítico de Donald W. Winnicott A Clínica Winnicottianae sua Atualidade: enquadres clínicos diferenciados Psicoterapia Psicanalítica na Contemporaneidade Psicoterapia Psicanalítica com Crianças: teoria e técnica Clínica Psicanalítica e Vínculos Prática Clínica e Intervenções em Instituições de Saúde Assistência e Pesquisa aos Indivíduos com Doenças Crônicas: teórico-prático Assistência e Pesquisa aos Indivíduos com Doenças Crônicas A Clínica Psicanalítica na Atualidade: articulações entre Freud e Ferenczi Psicanálise e Vincularidade Psicoterapia de Orientação Psicanalítica Psicoterapia de Orientação Psicanalítica: teoria da técnica 9.2. Ênfase 2: Subjetividade, Trabalho e Administração do Social Parte de pressuposto que a sociedade engendra um conjunto heterogêneo de discursos (médico, jurídico, pedagógico e assistencial) e práticas institucionais que objetivam campos empíricos de intervenção. Nesse sentido, o objetivo geral da ênfase é problematizar as relações da psicologia e a contemporaneidade: os processos de globalização e as novas formas de colonização, os processos de normalização social e suas relações com os processos hegemônicos do capital e as novas tecnologias. Para tanto, propõe vários estudos e reflexões que visam interrogar como o domínio da atividade humana é organizado, seja no trabalho, na saúde, na educação e no direito e como este domínio demanda formações estratégicas de relações de forças que sustentam tipos de saber e viabilizam as técnicas de controle social. 9.2.1 Grade curricular da ênfase Disciplinas Obrigatórias 7º Semestre 8º Semestre 9º Semestre 10º Semestre Psicologia Organizacional e Mundo do Trabalho: cenários e Tempo e Espaço na Contemporaneidade Gestão do social e tecnologias de controle 12 do Trabalho perspectivas e a Administração do Social Trabalho e Cotidiano Fatores Psicossociais e Saúde no Trabalho Disciplinas Optativas 4 Ano 5º Ano Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular: resgate histórico, aspectos teóricos e metodológicos Diagnóstico e Intervenção Organizacional: aprofundando práticas de gestão de pessoal Processo Saúde Doença no Trabalho: aspectos conceituais e metodológicos Psicologia e Saúde no Trabalho Pesquisa e Intervenção em Trabalho e Ambientes Virtuais On-line: aspectos teóricos e metodológicos Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador: reflexões teóricas, metodológicas e relatos de experiências Diagnóstico e Intervenção Organizacional: Aprofundando práticas de gestão de pessoal Modelo Psicobiossocial Aplicado ao Trabalho em Diferentes Contextos Modelo psicobiossocial aplicado ao trabalho em diferentes contextos Psicologia e Economia Solidária: orientação para o trabalho de campo Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador: aspectos teóricos e metodológicos 9.3. Ênfase 3: Psicologia Social, Educação e Subjetividade Considera as demandas de caráter psicológico advindas dos diferentes contextos institucionais, definidos como espaços educativos, quer sejam públicos, privados, ONGs ou outros, com o propósito de oferecer os elementos necessários à compreensão e reflexão crítica das relações que têm sido construídas entre a Psicologia e a Educação e das Políticas Públicas estabelecidas para esse campo. Salienta-se, ainda, como uma de suas principais preocupações a redefinição das periodizações clássicas das etapas da vida enquanto categorias sócio-culturais que sofreram transformações substanciais nos últimos tempos, modificando seus sentidos básicos. Visa examinar também, as contribuições da Psicologia para o processo de ensino – aprendizagem nos diversos níveis, mediante o diagnóstico das necessidades e o planejamento dos procedimentos de pesquisa e intervenção. 9.3.1. Grade curricular da ênfase Disciplinas Obrigatórias 13 7º Semestre 8º Semestre 9º Semestre 10º Semestre Infância, Psicologia e Educação: Conceitos e Práticas Adolescência e Sociedade Psicologia, Educação Escolar e Processos de Subjetivação Psicologia Social e Educacional nos Países da América Latina: Teorias, Prática Profissional e Políticas Públicas Envelhecimento, Finitude e Subjetividade Novas Tecnologias e Produção de Subjetividade no Contemporâneo Disciplinas Optativas 4º Ano 5º Ano Educação da Infância e Psicologia Histórico-Cultural: problematização e intervenção Brincar e Contextos de Intervenção: introdução à psicologia hospitalar Psicologia e Educação na Abordagem Histórico-Cultural Educação da Infância e Psicologia Histórico-Cultural: problematização e intervenção - módulo avançado Cartografias de Gêneros e Sexualidades na Educação de Crianças e Jovens I Psicologia Histórico Cultural: desenvolvimento humano e trabalho do psicólogo Envelhecimento e Processos de Subjetivação Cartografias de Gêneros e Sexualidades na Educação de Crianças e Jovens II Adolescência e os Processos de Escolha Profissional Envelhecimento e Processos de Subjetivação - módulo avançado Os Processos de Escolha Profissional na Contemporaneidade 9.4. Ênfase 4: Políticas Públicas e Clínica Crítica O objetivo geral desta ênfase é habilitar o aluno a refletir, produzir teoricamente e a atuar analítica e criticamente no campo das políticas públicas, considerando a produção da subjetividade como resultante de complexos 14 processos sócio-histórico-culturais transversalmente atravessados por forças e poderes de disciplinarização e/ou controle do social. Tal produção será investigada a partir dos seguintes eixos: a saúde coletiva; a atenção psicossocial na saúde coletiva; sexualidades e gêneros; a esquizoanálise; psicanálise com crianças e adolescentes e as politicas sociais; e a psicanálise de Freud a Lacan. 9.4.1. Grade Curricular da Ênfase Disciplinas Obrigatórias 7º Semestre 8º Semestre 9º Semestre 10º Semestre Bases conceituais da saúde coletiva Processos de subjetivação e clínica na saúde mental coletiva O Paradigma Ético- estético-político e a Clínica: os processos intercessores Práticas Psicológicas na Contemporaneidade Expressões Estéticas e Processos de Subjetivação Políticas Públicas Sociais: Instituições, Processos de Subjetivação e Práticas Psi Disciplinas Optativas 4º Ano 5º Ano Perspectiva Queer na Psicologia Clínica A Clínica Crítica na Saúde Coletiva: impasses e outras demandas da subjetividade Escuta Sensível e Clínica Psicanalítica: o atendimento sob o olhar estético Perspectiva Queer na Psicologia Clínica e Direitos Humanos Formas, Nomes, Figuras: implicação e escuta psicanalítica Subjetividade e Experiência Estética: fundamentos da escuta implicada Atenção Psicossocial e Dependência Química Atenção Psicossocial: cuidado a dependência química 15 Políticas Públicas, Instituições e Atenção Psicossocial Clínica da Diferença: dispositivos clínicos Intercessões Institucionais Clínicas em Políticas Públicas 16 10. PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS 10.1. ESTÁGIOS BÁSICOS O estágio básico, localizado no Núcleo Comum, tem como objetivo principal colocar o aluno em contato direto com problemas e situações que demandam pesquisa e intervenção do psicólogo, a partir da compreensão dos múltiplos referenciais que compõem o fenômeno psicológico. Deve ainda possibilitar ao aluno conhecimentos e vivências, mediante observações, levantamento de informações, visitas e participação, quando for viável, de práticas no campo da psicologia desenvolvidas em instituições e serviços, públicos ou privados ou em projetos de extensão. Terá como suporte a integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão e, para tanto, será estruturado sob o formato de pesquisa. Deve ser orientado por objetivos e questões construídas com o aluno e utilizar procedimentos e instrumentos científicos, ou seja, criados porreferenciais teórico-metodológicos instituídos na diversidade do campo da Psicologia e enfocados nas demais disciplinas do Núcleo Comum. Além de coletar dados, materiais e informações o estágio deve estar baseado em indagações prévias ou que possam surgir ao longo do trabalho e deve perseguir a busca de respostas, o exercício de reflexões e o exercício da crítica, articulando o material empírico com teorias e conhecimentos acumulados por pesquisas sobre o assunto, relatadas na literatura. Esse estágio deverá culminar em relatórios e poderá gerar apresentações e debates, realizados com a maior amplitude possível, visando desenvolver o aluno em habilidades como escrita reflexão e discussão coletiva, indispensáveis à sua formação profissional. A responsabilidade por esses estágios será dos docentes encarregados pelo desenvolvimento das disciplinas do Núcleo Comum que deverão acompanhar todas as etapas do desenvolvimento do estágio, providenciando as orientações e supervisões necessárias para as diferentes tarefas envolvidas. Os estagiários serão organizados em pequenos grupos para a elaboração e execução do projeto de estágio dentro de um modelo de pesquisa que permita ao aluno um contato direto com os afazeres e os campos de atuação do psicólogo, inclusive, colaborando e executando algumas tarefas, até onde for possível, dentro da especificidade e dos limites de cada situação concreta. Para atingir esses objetivos serão desenvolvidas as seguintes atividades ao longo dos três semestres: - Observação de práticas e visitas a locais de trabalho do psicólogo e a projetos desenvolvidos no campo da psicologia, conforme o rol de possibilidades oferecido pelos supervisores. Quando for viável, em qualquer fase do projeto de estágio, é recomendável que o estagiário participe, colaborando em tarefas que estejam ao seu alcance. - Mapeamento de territórios psicossociais: levantamento de dados e informações com vistas à elaboração de diagnósticos de situação nos diferentes campos de atuação do psicólogo, procurando delimitar espaços de incidência de problemas e de produção de certas configurações psicossociais. 17 - A partir das observações, visitas e mapeamentos realizados os grupos deverão elaborar um projeto de estágio formulando um problema, estabelecendo objetivos e propondo um método de investigação e de intervenção calcado num referencial teórico-metodológico. - A produção dos grupos em todas as fases do estágio será compartilhada com os demais mediante a realização de seminários e reuniões para apresentação do trabalho de cada equipe. No final desse estágio cada grupo deverá elaborar um relatório expondo o problema abordado, o referencial teórico-medológico de apoio, os resultados obtidos, as discussões e conclusões, o qual será apresentado em sessão pública organizada especialmente para esse fim e destinada a todos os alunos do curso. Esse estágio será realizado de acordo com o seguinte cronograma: Terceiro Ano: - realização das observações, visitas e mapeamentos de territórios, com elaboração do projeto de pesquisa e/ou intervenção. - desenvolvimento do projeto de pesquisa e/ou intervenção. - conclusão da execução do projeto, elaboração do relatório final e apresentação do trabalho. A proposta de estágio articulará os eixos estruturantes descritos no Artigo 5º da Resolução nº 8, permitindo no processo de formação o acesso ao conhecimento das bases epistemológicas, históricas e teórico-metodológicas aos presentes na construção do saber psicológico; aos procedimentos para investigação científica e a prática profissional do Psicólogo e interfaces com campos afins. Para tanto desenvolverá competências e habilidades consideradas fundamentais para a atuação do Psicólogo e que compreendem: Competências do estágio básico Garantir ao profissional um domínio básico de conhecimentos psicológicos que o capacite para atuar em diferentes contextos de atuação da Psicologia. Assegurar o conhecimento da coerência de decisões metodológicas a serem utilizadas no processo de investigação científica no campo da Psicologia. Capacitar para análise dos processos psicológicos dos indivíduos, grupos e instituições. Habilidades do estágio básico Conhecer e saber aplicar diferentes técnicas de apreensão do fenômeno psicológico Conhecer procedimentos de levantamento de dados por meio de fontes especializadas Saber analisar, interpretar e fundamentar dados objetivos e subjetivos relacionados aos fenômenos psicológicos. Saber utilizar diferentes recursos como estatística e informática para análise e apresentação de dados. Saber elaborar relatórios. 18 Desenvolver a capacidade de crítica nas situações presentes no cotidiano. Conhecer diferentes contextos de atuação da Psicologia. Nessa concepção fica estabelecida a consideração de que o aluno poderá desenvolver o estágio partindo de seu interesse pela temática e demarcação do encaminhamento teórico a ser seguido no desenvolvimento das atividades. Importante indicar que a avaliação se dará de forma processual, considerando as construções realizadas e o percurso do aluno nas atividades programadas que culminarão na apresentação de um relatório final a ser divulgado na comunidade acadêmica. 10.2. ESTÁGIOS ESPECÍFICOS O estágio específico, previsto como atividade obrigatória a partir do sétimo semestre do Curso de Psicologia, é compreendido na perspectiva de continuidade da formação básica definida no Núcleo Comum e aprofundamento nas Ênfases Curriculares, fundamentadas nos princípios éticos e teórico- práticos indispensáveis para o exercício profissional. O estágio, compreendido desta forma, assegura um conjunto básico de competências e habilidades esperado do Psicólogo. A diversidade de orientações teórico-metodológicas, práticas e de contextos de inserção profissional exige uma pluralidade de visões do fenômeno psicológico por meio da articulação das competências e habilidades nos mais diferentes campos de atuação. Os estágios específicos desenvolvidos pelo aluno estarão vinculados às disciplinas optativas das Ênfases e, portanto, com programas de ensino que contemplam as relações entre ensino, pesquisa e extensão. As atividades de estágio específico visam aproximar o aluno, de forma sistemática e gradual, da práxis do psicólogo e constituem-se ainda num lugar de saberes e produção de conhecimento, a partir da vivência em diferentes contextos e realidades sociais. 11. ATIVIDADES COMPLEMENTARES As atividades complementares têm o objetivo de manter atualizado o currículo no que diz respeito às temáticas contemporâneas e a dinamização do mesmo. Deste modo, por possibilitar o desenvolvimento de atividades que priorizem a evolução da própria ciência e o atendimento de demandas contextualizadas, caracteriza-se por uma dimensão que possibilita um movimento de transformação constante, sem comprometer o núcleo de formação básica do aluno. Compreendem, fundamentalmente, o envolvimento dos alunos, de forma individual ou em grupo, como um dos princípios de sua estruturação. Essas atividades visam tornar flexível e dinamizar o currículo proposto, na medida em que poderão acompanhar a produção de novos conhecimentos no campo da Psicologia e as transformações sociais e políticas ocorridas no contexto brasileiro. Além disso, permitem o contato do aluno com modelos alternativos 19 de aprendizagem, fora do espaço de sala de aula, mediante a possibilidade de oferta de outros contextos de conhecimento, reflexão e crítica, imprescindíveis ao seu processo de formação. Tais atividades serão planejadas anualmente por um grupo coordenador, formado por docentes representantes do três departamentos. Dentre as atividades complementares serão programados Grupos de Estudo, Seminários Temáticos, Cursos de Extensão, Mini-Cursos, Oficinas, Atividades Culturais, Jornadas Temáticas, EventosCientíficos (com apresentação de trabalhos), Organização de Eventos Científicos e Culturais, Participação em Projetos Culturais e Artísticos, entre outras. 20 12. QUADRO DOCENTE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E DO TRABALHO DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Ana Maria Rodrigues de Carvalho Mestre Professor Assistente I - Modos de Produção, Trabalho e Subjetividade; - Psicologia, economia Solidária e Cooperativismo Popular – Resgate Histórico; - Mundo do Trabalho: Cenários e Perspectivas; - Psicologia, Economia solidária e Cooperativismo Popular - Aspectos Teóricos e Metodológicos; - Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular – Reflexões Teóricas, Metodológicas e Relatos da Prática. Carina Alexandra Rondini Marretto Doutor Professor Assistente Doutor I - Noções Básicas de Estatística; - Estatística Aplicada à Pesquisa em Psicologia. Cláudio Edward dos Reis Doutor Professor Assistente Doutor I - Princípios e Métodos da Terapia Cognitiva I; - Princípios e Métodos da Terapia Cognitiva II; - Princípios e Métodos da Terapia Cognitiva III; - Princípios e Métodos da Terapia Cognitiva IV; - Diagnóstico e Intervenção Organizacional I; - Diagnóstico e Intervenção Organizacional II; - Diagnóstico e Intervenção Organizacional III; - Diagnóstico e Intervenção Organizacional IV. 21 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E DO TRABALHO DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Eduardo Galhardo Doutor Professor Assistente Doutor I - Fundamentos Biológicos do Comportamento; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia I; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia II; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia III; - Psicologia dos portadores de necessidades especiais. Elizabeth Piemonte Constantino Doutor Professor Assistente Doutor I - Introdução à Pesquisa em Psicologia; - Políticas Públicas para Infância e Adolescência: Pesquisa e Intervenção I. Fernando Frei Doutor Professor Assistente Doutor I - Noções Básicas de Estatística; - Estatística Aplicada à Pesquisa em Psicologia. Flávia Heloísa dos Santos Doutor * Professor Assistente Doutor I - Processos Psicológicos Básicos; - TSP – Teorias Psicobiológicas I; - TSP – Teorias Psicobiológicas II; - Neuropsicologia e Desenvolvimento Humano I; - Neuropsicologia e Desenvolvimento Humano II. Francisco Hashimoto Livre- docente Livre- docente I - Introdução à Pesquisa em Psicologia; - Trabalho e Subjetividade na Pespectiva da Psicossociologia I; - Trabalho e Subjetividade na Pespectiva da Psicossociologia II; - Trabalho e Subjetividade na Pespectiva da Psicossociologia III; 22 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E DO TRABALHO DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS - Trabalho e Subjetividade na Pespectiva da Psicossociologia IV. José Luiz Guimarães Livre- docente Livre- docente I - Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia I; - Políticas Públicas para Infância e Adolescência: Pesquisa e Intervenção I. Maria Laura Nogueira Pires Doutor* H - Processos Psicológicos Básicos; - TSP – Teorias Psicobiológicas I; - TSP – Teorias Psicobiológicas II. Maria Luiza Gava Schmidt Doutor * Professor Assistente Doutor I - Psicologia Organizacional e do Trabalho; - Saúde no Trabalho na Perspectiva Sociodramática I; - Saúde no Trabalho na Perspectiva Sociodramática II; - Saúde no Trabalho na Perspectiva Sociodramática III; - Saúde no Trabalho na Perspectiva SociodramáticaIV. Wilka Coronado Antunes Dias Doutor Professor Assistente Doutor I - Psicologia Organizacional e do Trabalho; - Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador I; - Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador II; - Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador III; - Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador IV. * Pós Doutorado 23 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Abílio da Costa Rosa Doutor Professor Assistente Doutor I - A Clínica Crítica na atenção Psicossocial: Impasses e Outras Demandas da Subjetividade na Saúde Coletiva I; - Processos de Subjetivação e Clínica na Saúde Mental Coletiva; - A Clínica Crítica na atenção Psicossocial: Impasses e Outras Demandas da Subjetividade na Saúde Coletiva II - A Clínica Crítica na atenção Psicossocial: Impasses e Outras Demandas da Subjetividade na Saúde Coletiva III - A Clínica Crítica na atenção Psicossocial: Impasses e Outras Demandas da Subjetividade na Saúde Coletiva IV Diana Pancini de Sá Antunes Ribeiro Mestre Professor Assistente I - Fundamentos Teóricos e Técnicos da Avaliação Psicológica; - Introdução ao Pensamento Psicanalítico de Donald W. Winnicott; - O Pensamento Psicanalítico de Donald W. Winnicott e sua Atualidade na Clínica com Crianças; - Técnicas Psicoterápicas Psicanalíticas; - A Clínica Winnicottiana com Crianças e sua Atualidade: Enquadres Clínicos Diferenciados I; 24 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS - A Clínica Winnicottiana com Crianças e sua Atualidade: Enquadres Clínicos Diferenciados II. Fernando Silva Teixeira Filho Doutor * Professor Assistente Doutor I - Psicologia, Gêneros e Processos de Subjetivação - Clínica das Sexualidades I; - Clínica das Sexualidades II; - Clínica das Sexualidades III. Helena Rinaldi Rosa Doutor Professor Assistente Doutor I - Fundamentos Teóricos e Técnicos da Avaliação Psicológica; - Psicodiagnóstico: Fundamentos Teóricos e Técnicos; - Atendimento Psicológico com base na Teoria Psicanalítica I; - Atendimento Psicológico com base na Teoria Psicanalítica II; - Atendimento Psicológico com base na Teoria Psicanalítica III; - Atendimento Psicológico com base na Teoria Psicanalítica IV. 25 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Heloísa Maria Heradão Rogone Doutor Professor Assistente Doutor I - Psicanálise e Políticas Públicas I; - Psicanálise e Políticas Públicas II - A Psicanálise e o Narrar no Mundo Contemporâneo I; - A Psicanálise e o Narrar no Mundo Contemporâneo II. Jorge Luis Ferreira Abrão Doutor Professor Assistente Doutor I - TSP – Teorias Psicanalíticas II; - Intervenções Psicanalíticas Crianças I; - Intervenções Psicanalíticas Crianças II; - Intervenções Psicanalíticas com Bebês: da Observação à Clínica I; - Intervenções Psicanalíticas Crianças com Bebês: da Observação à Clínica II; - Brincar, Símbolos e Contextos de Intervenção I; - Brincar, Símbolos e Contextos de Intervenção II; - Psicologia dos portadores de necessidades especiais. Liamar Aparecida dos Santos Mestre Professor Assistente P - Bases Conceituais da Saúde Coletiva; - Atenção Psicossocial e Atenção Básica I; - Atenção Psicossocial e Atenção Básica II; - Atenção Psicossocial e Atenção Básica III; - Atenção Psicossocial e Atenção Básica IV. 26 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Marcia Elizabeth Torresi Doutor Professor Assistente Doutor I - Introdução às Teorias de Reich e Neo- Reichianas I; - Psicopatologia Geral e Infantil; - Introdução às Teorias de Reich e Neo- Reichianas II; - Técnicas Psicoterápicas Psicanalíticas; - Introdução às Teorias de Reich e Neo- Reichianas III; - Introdução às Teorias de Reich e Neo- Reichianas IV. Maria Luísa Louro de Castro Valente Doutor Professor Assistente Doutor I - História da Família e Realidade Brasileira; - Clínica e Pesquisa com Adultos e Família I; - Clínica e Pesquisa com Adultos e Família II; - Clínica e Pesquisa com Adultos e Família III; - Clínica e Pesquisa com Adultos e FamíliaIV; Marília Aparecida Muylaert Doutor Professor Assistente Doutor I - Clínica da Diferença I; - Clínica da Diferença II; - O Paradigma Ético-Estético-Político e a Clínica: os Processos Intercessores; - Clínica da Diferença III; - Clínica da Diferença IV. 27 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Marlene Castro Waideman Doutor Professor Assistente Doutor P - Adolescência: Subjetividade e Novos Paradigmas; - Intervenção e Pesquisa com Adolescentes I; - Intervenção e Pesquisa com Adolescentes II; - Família, Adulto e Adolescente na Clínica Contemporânea I; - Família, Adulto e Adolescente na Clínica Contemporânea II. Nelson Silva Filho Doutor Professor Assistente Doutor I - Pesquisa e Intervenção em Psicologia I; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia II; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia III; - Assistência e Pesquisa com Indivíduos portadores de infecção pelo HIV, doentes ou não de AIDS I; - Assistência e Pesquisa com Indivíduos portadores de infecção pelo HIV, doentes ou não de AIDS II; - Técnicas Psicoterápicas Psicanalíticas; - Assistência e Pesquisa com Indivíduos portadores de infecção pelo HIV, doentes ou não de AIDS III; - Assistência e Pesquisa com Indivíduos portadores de infecção pelo HIV, doentes ou não de AIDS IV; 28 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Roberto Yutaka Sagawa Livre Docente Livre- docente I - Teorias Psicanalíticas I; - Psicoterapia Psicanalítica e Saúde Mental Coletiva I; - Psicopatologia Geral e Infantil; - Psicoterapia Psicanalítica e Saúde Mental Coletiva II; - Técnicas Psicoterápicas Psicanalíticas; - Psicoterapia Psicanalítica em Instituição Pública de Saúde Mental I; - Psicoterapia Psicanalítica em Instituição Pública de Saúde Mental II. Wiliam Siqueira Peres Doutor Professor Assistente Doutor I - Psicologia, Gêneros e Processos de Subjetivação; - Clínica das Sexualidades IV. * Pós Doutorado 29 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EVOLUTIVA, SOCIAL E ESCOLAR DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Carlos Rodrigues Ladeia Doutor Professor Assistente Doutor I - Teorias Interacionistas e Sócio-Históricas II; - Modos de Produção, Trabalho e Subjetividade; - Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular - Resgate Histórico; - Mundo do Trabalho: Cenários e Perspectivas; - Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular - Aspectos Teóricos e Metodológicos; - Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular – Reflexões Teóricas, Metodológicas e Relatos da Prática; - Psicologia, Infancia e Contemporaneidade IV. Cristina Amélia Luzio Doutor Professor Assistente Doutor I - Políticas Públicas e Movimentos Sociais; - A Atenção Psicossocial: Gestão e Produção de Cuidados I; - A Atenção Psicossocial: Gestão e Produção de Cuidados II; - A Atenção Psicossocial: Gestão e Produção de Cuidados III; - A Atenção Psicossocial: Gestão e Produção de Cuidados IV; 30 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EVOLUTIVA, SOCIAL E ESCOLAR DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Elisabeth da Silva Gelli Doutor Professor Assistente Doutor I - Teorias Interacionistas e Sócio-Históricas I; - Políticas Públicas para Infância e adolescência: Pesquisa e Intervenção II; - Psicologia, Infância e Contemporaneidade III. Fernando Zanetti Mestre H José Sterza Justo Livre-Docente Livre- docente I - Pesquisa e Intervenção em Psicologia I; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia II; - Modelos de subjetivação nas Culturas Moderna e Pós-moderna; - Pesquisa e Intervenção em Psicologia III - Tempo e Espaço na Contemporaneidade e a Administração do Social; Lauro César Ibanhes Doutor Professor Assistente Doutor P - Formação Social e Cultural Brasileira Luis Carlos da Rocha Doutor Professor Assistente Doutor I - Psicologia Social I - Psicologia Social II Mário Sergio Vasconcelos Livre-Docente Livre- docente I - Teorias Interacionistas e Sócio-Históricas III; - Psicologia, Infância e Contemporaneidade I; - Brincar, Símbolos e Contextos de Intervenção I; - Brincar, Símbolos e Contextos de Intervenção II 31 DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EVOLUTIVA, SOCIAL E ESCOLAR DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Nelson Pedro da Silva Doutor Professor Assistente Doutor I - Psicologia e Educação; - Ética e Moral na Adolescência I; - Psicologia, Infância e Contemporaneidade II; - Ética e Moral na Adolescência II. Paulo T. Rabelo da Motta Mestre Professor Assistente I - Adolescência e os Processos de Escolha Profissional I; - Adolescência e os Processos de Escolha Profissional II. Silvio Yasui Doutor Professor Assistente Doutor I - O Campo da Atenção Psicossocial; - Atenção Psicossocial e os Novos Dispositivos de Cuidado I; - Atenção Psicossocial e os Novos Dispositivos de Cuidado II; - Atenção Psicossocial e os Novos Dispositivos de Cuidado III; - Atenção Psicossocial e os Novos Dispositivos de Cuidado IV. Soraia Georgina F. P.Cruz Doutor Professor Assistente Doutor I - Instituições e Grupos; - Gestão do Social e Tecnologias de Controle. Viviane Caputto Mestre H Matheus Fernandes de Castro Mestre H 32 DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DOCENTE TITULAÇÃO CARGO OU FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO DISCIPLINAS Áureo Busetto Doutor Professor Assistente Doutor I - Fundamentos Sociológicos. Hélio Rebello Cardoso Júnior Livre-Docente Livre- Docente I - Fundamentos Filosóficos. Tomás Rafael Cruz Cáceres Mestre Professor Assistente I Wilton Carlos Lima da Silva Doutor Professor Assistente Doutor I - Fundamentos Antropológicos. 12.1. DOCENTES SEGUNDO A TITULAÇÃO TITULAÇÃO NÚMERO PORCENTAGEM Graduados 0 00,00 Especialistas 0 00,00 Mestres 08 18,00 Doutores 30 68,00 Livre-Docentes 06 14,00 TOTAL 44 100,00 Obs.: 4 docentes possuem Pós-Doutorado 33 12.2. DOCENTES A SEREM CONTRATADOS Disciplina Disciplina/ Créditos Semestral/ ano Semestre/ Ano da Contratação Titulação Regime de Trabalho Fundamenos Históricos e Epistemológicos da Psicologia II 04 1ºsemestre 2007 Doutor I Fundamentos da Ética 04 4ºsemestre 2007 Doutor I Teorias Psicanalíticas III 04 4ºsemestre 2007 Doutor I Expressões Estéticas e Processos de Subjetivação 04 10ºsemestre 2007 Doutor I Já foram previstos ou estão em andamento os processos para contratação de docentes, com titulação mínima de Doutor e em regime RDIDP, que seriam responsáveis por disciplinas do antigo currículo (conforme quadro abaixo). Tais contratações serão re-direcionadas pelos chefes dos departamentos de forma a suprir as necessidades do novo currículo. DISCIPLINAS POR DEPARTAMENTO (antigo currículo) DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL E DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EVOLUTIVA, SOCIAL E ESCOLAR Técnicas de Observação e Entrevista Estatística Psicologia da Aprendizagem Técnicas de Exame e Aconselhamento Psicológico I Psicologia Experimental Psicologia Educacional Técnicas de Exame e Aconselhamento Psicológico II -- Psicologia Comunitária Psicopatologia -- -- Técnicas Projetivas -- -- 34 13. PLANOS DE ENSINO DAS DISCIPLINAS 13.1. Núcleo Comum FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E EPISTEMOLÓGICOS DA PSICOLOGIA I Formação de Psicólogo Núcleo Comum Disciplina obrigatória Carga Horária : 60 horas/aula Créditos: 04 (quatro) Semestre: 1º Docente responsável: Prof. Dr. José Luiz Guimarães EMENTA: A disciplina contempla os aspectos históricos e epistemológicos que antecederam o surgimento da Psicologia e que contribuírampara o seu processo constitutivo e de reconhecimento enquanto ciência, no final do século XIX até a contemporaneidade. OBJETIVOS: Geral: Conhecer e analisar criticamente os principais sistemas e teorias psicológicas, a partir dos seus pressupostos históricos, epistemológicos e metodológicos. Específicos: Situar a psicologia histórica e geograficamente como projeto de ciência independente, inclusive em suas tendências atuais; Reconhecer que as múltiplas áreas e diferentes abordagens do psicólogo podem ser integradas e ordenadas no eixo de referência da evolução histórica das psicologias; Avaliar os vínculos das psicologias contemporâneas com seus respectivos contextos de origem. Conhecer as diferentes áreas de atuação em psicologia e as possíveis formas de intervenção do psicólogo nestas áreas; Demonstrar atitude investigativa diante do conhecimento; Identificar as diferentes áreas de atuação em psicologia e as possíveis formas de intervenção do psicólogo nestas áreas; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 3.1. O problema da definição e objetos de estudo da Psicologia; 3.2. Contexto sócio - histórico para o surgimento da Psicologia: A Psicologia pré-científica 3.3. Wundt e o surgimento da Psicologia científica; 3.4. Os sistemas em Psicologia: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo e Gestalt; 3.5. A Psicanálise e a sua influência na Psicologia; 3.6. Áreas e campos de atuação em Psicologia; 3.7. História da psicologia no Brasil e a produção científica atual 35 METODOLOGIA DE ENSINO: Aulas expositivas; Seminários; Discussões em grupos Outros AVALIAÇÃO: Provas individuais; Exercícios grupais Seminários Outros BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ABIB, J. A. D. Prólogo à história da Psicologia. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, Vol. 21, (1), Jan-Abr,2005, pp. 53-60. ANTUNES, M. A. M. .A Psicologia no Brasil: Leitura Histórica Sobre sua Constituição. 3a. ed. São Paulo: UNIMARCO Editora. ISBN: 85-283-0138- 9, 2005 BOCK, A. M. B.; FURTADO, O. e TEIXEIRA, M. L. 13a ed. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva. 2003 FIGUEIREDO, L. C. & SANTI, P. L. R. 2a. ed. Psicologia - Uma (nova) introdução: uma visão histórica da psicologia como ciência. São Paulo: EDUC – Editora da PUC-SP. ISBN: 85-283-01-29-X, 2000. _________________. Matrizes do pensamento psicológico. Petrópolis: Vozes. 9a ed, 2002. SERBENA, C. A. & RAFFAELLI, R. Psicologia como disciplina científica e discurso sobre a alma: Problemas epistemológicos e ideológicos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 1, p. 31-37, jan./jun. 2003. http://www.unifor.br/pls/oul/bc_exibe_dados_obra_ncm?p_cd_obra=999999 SCHULTZ, D. P. & S. E. História da Psicologia Moderna. 8a. edição. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. ISBN: 85-221-0425,2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARPIGIANI, B. Psicologia: Das Raízes aos Movimentos Contemporâneos. 2a. Edição Revista. São Paulo: Thonson Editores. ISBN: 85-221-0215-5, 2002. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGI. Psicologia no Brasil: Direções epistemológicas. Brasília: CFP,1995. ACHAR, R. Psicólogo brasileiro: Praticas emergentes e desafios para a formação. 2a ed. Sao Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. FIGUEIREDO, L. C. A Invenção do psicológico: Quatro séculos de subjetivação 1500-1900. 5a ed. São Paulo: Escuta, 2002. HONDA, H. Notas sobre a noção de inconsciente em Wundt e Leibnitz Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, Vol. 20, (3) Set-Dez 2004, pp. 275- 277. JAPIASSU, H. Introdução à epistemologia da Psicologia. 5a ed. São Paulo: Letras & Letras, 1995. http://www.unifor.br/pls/oul/bc_exibe_dados_obra_ncm?p_cd_obra=999999 http://www.unifor.br/pls/oul/bc_exibe_dados_obra_ncm?p_cd_obra=999999 36 LEOPOLDO E SILVA, F. Descarte: A metafísica da Modernidade. São Paulo: Editora Moderna, 1993. ROSENFELD, A. O pensamento psicológico. São Paulo: Editora Perspectiva, 128 p. ISBN: 8527306484, 2006. PACHECO FILHO, R. A. Psicanálise, Psicologia e Ciência: Continuação de uma polêmica. Estudos de Psicologia, 1 (2), 68-85, 1997. Disponível em: http://www.Scielo.br/. (Acessado em 15/02/2003) 37 FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO Formação de Psicólogo Núcleo Comum Disciplina obrigatória Carga Horária : 60 horas/aula Créditos: 04 (quatro) Semestre: 1º Docente responsável: Dr. Eduardo Galhardo 1. EMENTA: Leis e processos fundamentais da hereditariedade. Pesquisa Genômica e terapia gênica. Introdução à Genética Humana aplicada a Psicologia. Aspectos genético-evolutivos do comportamento humano. Inter-relações entre hereditariedade e meio ambiente na determinação do comportamento. 2. OBJETIVOS: Gerais: A disciplina visa estabelecer a integração entre genética e psicologia, o que representa a tendência mundial na análise multidisciplanar do comportamento humano ressaltado nos princípios e compromissos (item b do art 3o. e o eixo estruturante descrito no item e do art.5o das diretrizes curriculares), além de discutir os avanços nesta área do conhecimento, principalmente em relação ao projeto genoma e suas consequências. Específicos: Compreender as bases biológicas do comportamento; Verificar as relações entre a Biologia Humana e a Psicologia; Reconhecer as bases genéticas de várias anomalias. Verificar os mecanismos de auto-duplicação do DNA , síntese de proteínas, e a ocorrência de mutações, relacionando-os com as doenças metabólicas causadoras (ou não) deficiência mental;. Relacionar os processos de divisão celular e respectivas falhas às conseqüentes aberrações cromossômicas; Compreender as aplicações da Biologia Molecular e da pesquisa genômica na promoção da saúde humana; Analisar as pesquisas em genética dos distúrbios mentais e características comportamentais Reconhecer as bases genéticas do comportamento; da inteligência e dos distúrbios mentais. Verificar como agem os processos evolutivos no estabelecimento das características fenótipicas e padrões do comportamento. Identificar a interação entre o ambiente e as populações. Verificar as etapas evolutivas relativas a origem de Homo sapiens sapiens. Compreender a importância da evolução cultural na evolução humana. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 3.1. Conceitos básicos em Citologia e Genética 3.2. Projeto Genoma Humano – O Material Genético Humano (estrutura e funcionamento). 38 3.3. As causas do nascimento de crianças com necessidades especiais e portadoras de anomalias genéticas. 3.4. Genética da inteligência. 3.5. Genética dos Distúrbios Mentais. 3.6. Genética do Comportamento Humano. 3.7. Bases da teoria de Evolução Biológica. 3.8. Evolução Humana – Princípios relacionados às características físicas peculiares de nossa espécie e o comportamento social 3.9. Evolução Humana – Relações Filogenéticas e Estudo da Linhagem Evolutiva Humana. 3.10. Evoluçao Humana e Aspectos Sociais, a Importância da Evolução Cultural 4. METODOLOGIA DE ENSINO: Aulas expositivas com utilização de recursos audiovisuais e de multimeios. Aulas práticas. Aulas teórico/práticas com exibição de vídeos e discussões. Grupos de discussão. 5. AVALIAÇÃO: Avaliação escrita individual Avaliação escrita em grupo Relatório de Atividades Teórico-Práticas Participação e Assiduidade Seminários de Evolução Projeto de Pesquisa 6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA FOLEY, R. Os Humanos antes da Humanidade. Uma perspectiva evolucionista. Ed. UNESP, São Paulo 2003. FUTUYMA, D.J. . Biologia Evolutiva – Sociedade Brasileira de Genética, CNPq.1992 GALHARDO, E. PET 0976 – Biologia – Material Didático [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.assis.unesp.br/egalhard/biologia.htm. Arquivo atualizado em novembro de 2005 JORDE, L. B.; CAREY, J.C.; BAMSHAD, M.J.; WHITE, R. L.. Genética Médica. Rio de Janeiro - Ed. Elsevier 2004 KAPCZINSKI, F.; QUEVEDO, J.; IZQUIERDO,I. Bases Biológicas dos Transtornos Psiquiátricos. - 2ª Edição. Ed ARTMED. Porto Alegre – RS, 2004 OTTO, P.G.; OTTO, P.A.; FROTA-PESSOA, O. Genética Humana e Clínica. Ed. Roca, São Paulo, 2004. http://www.assis.unesp.br/egalhard http://www.assis.unesp.br/egalhard 39 7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COPPENS, Y. Origens do Homem (CD-ROM). Cryo Interactive Entertainment, Magellan Multimidia,1996. JONES, K. L. Smith’s Padrões Reconhecíveis de Malformações Congênitas, Brasil Ed Manole 1ª Ed.1998. PINKER S. Tábula Rasa – A negação contemporânea da natureza humana. Ed. Companhia das Letras. São Paulo - 2004 - 684 pág PLOMIN, R.; De FRIES, J.C.; McCLEARN, G.E. & McGUFFIN, P. Behavioral Genetics. Ed Freeman 4ª Edição - 2000 - 449 pág RIDLEY, M. O que nos faz Humanos – genes, natureza e experiência. Ed. Record. Rio de Janeiro, 2004 – 399 pág 40 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS Formação de Psicólogo Núcleo Comum Disciplina obrigatória Carga Horária : 60 horas/aula Créditos: 04 (quatro) Semestre: 1º Docente responsável: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Júnior EMENTA Os elementos que se destacam na interseção da Filosofia com a Psicologia são questões filosóficas de longo alcance e que envolvem uma série de autores consagrados, entre elas: razão e vontade; crítica e razão; consciência e inconsciente. O mesmo é válido para questões epistemológicas, dentre as quais: conhecimento e subjetividade, conhecimento e empirismo. OBJETIVO GERAL Produzir uma configuração da psicologia em face de questões filosóficas e epistemológcas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Familiarizar-se com alguns conceitos fundamentais da filosofia moderna, principalmente quanto a sua relação com a psicologia; Compreender a gênese da Psicologia como ciência e de que modo a crise do racionalismo a atinge; (Re)conhecer algumas questões filosóficas que influenciaram a Psicanálise e a crítica ao freudismo. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: A) Aspectos gerais do pensamento moderno: 1 – o subjetivismo cartesiano 2 – o empirismo e a associação de idéias 3 – A racionalidade kantiana B) Psicanálise, positivismo e a descoberta do misto somático-psíquico. C) A crise da razão e a vida não-consciente: o problema da existência. D) Psicologia como prática de saber, poder e subjetivação. METODOLOGIA DE ENSINO Além das aulas expositivas, serão utilizados ainda seminários e discussões de textos. AVALIAÇÃO A avaliação será feita com base nas discussões de textos e provas escritas. 41 BIBLIOGRAFIA BÁSICA BERKELEY, G. Tratado sobre os Princípios do conhecimento Humano. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1980. COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva (1ª e 2ª lições), Col. “Os Pensadores”, vol. XXIII, São Paulo: Abril, 1973. DESCARTES, R. As Paixões da Alma. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1979. FOUCAULT, Michel. “Scientia Sexualis”, “O que está em jogo” e “domínio”, in História da Sexualidade: a vontade de saber, vol. 1, 4ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1982. FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1988. HUME, D. Investigação sobre o Entendimento Humano. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1980. KANT, I. Prolegômenos a qualquer Metafísica futura que possa vir a ser considerada como Ciência. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1980. KELLER, F.S. A Definição de Psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos. Herder, 1970. LOCKE, J. Ensaio sobre o Entendimento Humano. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1991. MARCUSE, Herbert. Cultura e sociedade. Trad. Wolfgang Leo Marr et. al. São Barroso. Rio de Janeiro: Saga, 1969. NIETZSCHE, F. Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1978. REICH, Wilhelm. A função do orgasmo. Problemas econômico-sexuais da energia orgone. Trad. Maria da Glória Novak. 19ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. SCHOPENHAUER, Arthur, Cap. XII “Contribuições à doutrina do sofrimento do mundo”; Cap. XIII “Contribuição à doutrina da afirmação e da negação do querer- viver”, in Parerga e Paralipomena, Col. “Os Pensadores”, São Paulo: Abril, 1974. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSOUN, Paul-Laurent. “Da anatomia à tópica; o modelo brückiniano”, in Introdução à Espistemologia Freudiana. Rio de Janeiro: Imago, 1983. CACCIOLA, Maria Lúcia. “Schopenhauer e o inconsciente”, in AUFRANC, Ana Lia, et Al., O inconsciente: várias leituras. São Paulo: Escuta, 1991, pp. 11-25. COMTE, Auguste. Catecismo Positivista (8ª conferência), Col. “Os Pensadores”, vol. XXIII, São Paulo: Abril, 1973. DESCARTES, R. Discurso do Método. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1979. DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1976, passim. FIGUEIREDO, L. C. M. Matrizes do Pensamento Psicológico. SP: Vozes, 1991. FOUCAULT, Michel. “Aphrodisia”, “Chresis”, “Enkrateia, in História da Sexualidade: o uso dos prazeres, vol. 2, 4ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1982. JAPIASSU. H. Introdução à Epistemologia da Psicologia. Imago, 1997. Paulo: Paz e Terra, 1997. vol. 1 . 42 MARCUSE, H. Materialismo histórico e existência. 2ª. Ed. Trad. Vamireh Chacon. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 1968. ______. Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social. Trad. Marilia MARQUES, J. Descartes e sua concepção de Homem. SP: Edições Loyola, 1993. MARTON, Scarlet. “Nietzsche: consciência e inconsciente”, in AUFRANC, Ana Lia, et Al., O inconsciente: várias leituras. São Paulo: Escuta, 1991, pp. 27-41. NIETZSCHE, F. O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música. SP: Abril Cultural (Os Pensadores), 1978. ______. Análise do caráter. Trad. Maria Lizette Branco e Maria Manuela Pecegueiro. São Paulo: Martins Fontes, 1979. REICH, W. A revolução sexual. Trad. Ary Blaustein. 5ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. SCHOPENHAUER, A. O Mundo como Vontade e Representação. Col. “Os Pensadores”, São Paulo: Abril, 1974. SCHULTZ, D. P. e SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. SP: Cultrix, 1992. TEIXEIRA, L. Ensaio sobre a Moral de Descartes. SP: Brasiliense, 1990. WALKER, E. L. Psicologia como Ciência Natural e Social. 1973. 43 FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS Formação de Psicólogo Núcleo Comum Disciplina obrigatória Carga Horária : 60 horas/aula Créditos: 04 (quatro) Semestre: 1º Docente responsável: Dr. Áureo Busetto EMENTA: A disciplina abordará a contribuição da sociologia para a compreensão e análise dos principais conjuntos de relações sócias da atualidade, sempre buscando um diálogo e interface com a psicologia, notadamente a psicologia social. OBJETIVOS GERAIS: O objetivo da disciplina e tornar conhecido ao aluno fundamentais conceitos do pensamento sociológico, tanto os elaborados pelas chamadas teorias sociológicas clássicas quanto os formulados por teorias sociológicas contemporâneas, mediante a análise das suas aplicações em estudos sobre a sociedade e o dialogo com principais e atuais conhecimentos produzidos pela área da Psicologia. ESPECÍFICOS: Espera-se que ao final da disciplina o aluno possa: identificar a relação entre o surgimento e o desenvolvimento da Sociologia e a dinâmica das transformações sociais contemporâneas; avaliar os limites e avanços da aplicação das teorias sociológicas no estudos de temas específicos da realidade social, refletir sobre as possibilidades e obstáculos da interface entre Sociologia e Psicologia, quer em atividades de pesquisa ou em práticas profissionais diversas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I - Questões preâmbulares A emergência e desenvolvimento da Sociologia como ciência: causas e conseqüências. Possibilidades e obstáculos do diálogo entre Sociologia e Psicologia. Notas para uma Sociologia reflexiva Unidade II – Os fundamentos teóricos da Sociológica Clássica Fato social e método da causação funcional de E. Durrkheim.. Ação sociale o método compreensivo de M. Weber. Consciência de classe, luta de classes e o materialismo histórico de k. Marx. Unidade III – Novas fundamentações teóricas da Sociologia O global no fragmento social na Sociologia de M/ Maffesoli. A Sociologia cultural de N. Elias. A Sociologia da prática de P. Bourdieu. A teoria da estruturação social de A. Giddens. 44 METODOLOGIA DE ENSINO: Aulas expositivas; Seminários. Análise de material audiovisual relacionado com temáticas tratadas AVALIAÇÃO: As atividades de avaliação serão as seguintes; seminário e prova escrita. Os seminários serão avaliados com base em dois critérios: participação individual no grupo e apresentação coletiva caráter. A prova será escrita, sem consulta. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BOURDIEU, P. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. COHN, G. (org.) Weber: coleção grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1988. DURKHEIM, Emile As regras do método sociológico. São Paulo; Editora Nacional, 1980. ELIAS, N. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990. GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989. IANNI, O. (org.) Marx. Coleção grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1988. MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Flama, 1946. RODRIGUES, José Albertino. Durkheim. Coleção Grandes Cientistas Sociais. S.Paulo: Ática, 2002. WEBER, Max. Economia e sociedade. Vol. I. Brasília: Editora da UnB. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições da sociologia de P. Bourdieu. Petrópolis: Vozes, 2003 BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: DIFEL, 1989. BURKE, P. Sociologia e história. Porto: Edições Afrontamentos, 1980. HENRICH, Natalie. A sociologia de Norbert Elias. Bauru: Edusc, 2002. MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos. Rio de Janeiro: Forense, 1990. 45 FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS Formação de Psicólogo Núcleo Comum Disciplina obrigatória Carga Horária : 60 horas/aula Créditos: 04 (quatro) Semestre: 1º Docente responsável: Dr. Wilton Carlos Lima da Silva EMENTA: A disciplina abordará a contribuição da antropologia para a compreensão do estudo de temáticas da vida contemporânea como a saúde, a religiosidade, a violência, a sexualidade, e outras questões afins, buscando um diálogo com a psicologia. OBJETIVOS: A) GERAIS: Capacitar o aluno à compreensão dos processos sociais e culturais que caracterizam as sociedades humanas, e Despertar no aluno a percepção das inter-relações possíveis entre seu campo de estudo em específico com a Antropologia. B) ESPECÍFICOS: Identificar a relação entre o surgimento e desenvolvimento da Antropologia com a dinâmica de rápida transformação das sociedades contemporâneas, Identificar as relações entre personalidade e cultura, sob a perspectiva da Antropologia; Delimitar alguns dos principais conceitos teóricos da Antropologia Social e Cultural, assim como suas contribuições e limitações para explicar a sociedade contemporânea, e Identificar inter-relações entre o campo de estudo da Antropologia com a Psicologia. CONTEÚDO: Apresentação do Programa de Curso, discussão do calendário, processos didático-pedagógicos e métodos de avaliação. Antropologia e a compreensão o homem. Origens e desenvolvimento da Antropologia: viajantes, eruditos e pioneiros. Tendências do Pensamento Antropológico Contemporâneo: determinações culturais e pólos teóricos. Estudos Temáticos. Encerramento do curso. METODOLOGIA DE ENSINO: Aulas expositivas e dialogísticas Seminários Discussões em grupo 46 AVALIAÇÃO: Atividades desenvolvidas: seminário temático, fichamentos, prova escrita e participação em aula; Forma de avaliação: a prova escrita (sobre tópicos de Antropologia) originará um nota; o(s) fichamento(s) (resumos críticos de textos escolhidos) também originarão uma nota, os seminários (sobre tópicos do programa de curso) originarão duas notas, uma de caráter individual (pela participação do discente durante o processo) e outra de caráter coletivo (pelo trabalho escrito e pela exposição feita pelo grupo); a participação em aula será tomada como referência para “arrendondamento” da média final. A média final será atribuída de acordo com média aritmética entre as notas obtidas pelo aluno entre as atividades desenvolvidas, com o objetivo de atender aos compromissos de uma avaliação processual, diagnóstica e flexível. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BERGER, Peter. Perspectivas Sociológicas, Petrópolis, Vozes, 1972. EVANS-PRITCHARD, E. E. A noção de bruxaria como explicação de infortúnios. Cadernos de Antropologia. Brasília: UnB, 1973. GEERTZ, Clifford. “Uma Descrição Densa: por uma Teoria Interpretativa da Cultura”, In: A Interpretação das Culturas. S. Paulo: Livros Técnicos e Científicos, s.d., p. 13-44. LAPLATINE, François. Aprender Antropologia. S. Paulo: Brasiliense, 2000, p. 37-94. LAPLATINE, François. Aprender Antropologia. S. Paulo: Brasiliense, 2000, p. 111-149. LARAIA, ROQUE DE BARROS. CULTURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO. RIO DE JANEIRO: ZAHAR, 1997. LEVI-STRAUSS, Claude. “Raça e História”, In: Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976, p. 328-366. LEVI-STRAUSS, Claude. A noção de estrutura em etnologia. Col. Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1985, p. 1-43. MALINOWSKI, Bronislaw. Introdução, In: Os Argonautas do Pacífico Ocidental. Col. Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1984, p. 16-34. MEAD, Margareth.. “Como escreve o antropólogo”, In: Macho e fêmea. Petrópolis: Vozes, 1971, p. 36-53. MINER, Horace. Ritos corporais entre os nacirema. (Originalmente publicado em ROONEY, A.K. DE VORE, P.L. You and the others - Readings in Introductory Anthropology, Cambridge: Erlich, 1976) Disponível em <http://www.aguaforte.com/antropologia/nacirema.htm> Visitado em 21/08/2000. MONTAIGNE, Barão de. Dos Canibais, In: Ensaios. Col. Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1984, p. 100-106. http://www.aguaforte.com/antropologia/nacirema.htm 47 SILVA, Wilton C. L. As terras inventadas: natureza e viajantes no Brasil (Jean de Léry, Antonil e Richard Francis Burton). BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: AZZAN JÚNIOR, Celso. Antropología e Interpretação: explicação e compreensão nas antropologias de Levi-Strauss e Geertz. Campinas: UNICAMP, 1993. BECKER, H. "Marginais e Desviantes" in Uma Teoria da Ação Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. BERGER, P. & BERGER, B. "Socialização: Como Ser Membro da Sociedade" In BOAS, Franz. Antropologia Cultural.Rio de Janeiro: Zahar, 2004. BOAS, Franz. Questiones Fundamentales de ANTROPOLOGIA CULTURAL. (The mind of Primitiv Man – Orig. 1911). [Buenos Aires, Lautaro, 1947. Introducción p. 11-24; 8 – Raza. Language y cultura (p. 143-154); 13 – El problema racial en la sociedad moderna p. 241-258]. CLIFFORT, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002. CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: USC, 1999. DURKHEIM, Émile e MAUSS, Marcel. “Algumas formas primitivas de classificação”, In: MAUSS, M. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1981, pp 399-455. EVANS-PRITCHARD, E. E. Os Nuers. A descrição do modo de subsistência e das instituições políticas de um povo nilótico. São Paulo: Perspectiva, 1976. Introdução, Cap. 3, pp 5-21; 107-150. GEERTZ, Clifford. O saber local. Petrópolis: Vozes, 2003. JACÓ-VILLEA, Ana Maria. CEREZZO, Antônio Carlos. RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Clio-Psyché. Ontem: fazeres e dizeres psi na história do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. JACÓ-VILLEA, Ana Maria. CEREZZO, Antônio Carlos. RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Clio-Psyché. Hoje: fazeres e dizeres psi na história do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. KEESING, Felix. Antropologia Cultural.
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