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MINI CURSO TECNICAS DE REDAÇÃO - UNIMAR

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Prévia do material em texto

TÉCNICAS DE REDAÇÃO: 
DICAS PARA ESCREVER 
BEM
Prof. Dr. LUIZ FERNANDO MARTINS DE LIMA
Reitor
Márcio Mesquita Serva
Vice-reitora
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. José Roberto Marques de Castro
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva
Pró-reitor Administrativo
Marco Antonio Teixeira
Direção do Núcleo de Educação a Distância
Paulo Pardo
Coordenadora Pedagógica do Curso
Fabiana Aparecida Arf
Designer Educacional
Juliana Spadoto
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico
B42 Design
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A 
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Universidade de Marília 
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 
CEP 17.525–902- Marília-SP
Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia
G915b Sobrenome, Nome autor
Titulo Disciplina [livro eletrônico] / Nome completo autor. - 
Marília: Unimar, 2020.
PDF (XXX p.) : il. color.
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. palavra 2. palavra 3. palavra 4. palavra 5. palavra 6.
palavra 7. palavra 8. palavra I. Título.
CDD – 610.6952017
Introdução
Escrever pode ser um desafio para pessoas de todas as idades. Como começar aquele
texto que o professor pediu ou o artigo que queremos submeter a uma revista? Se
você, um dia, já se sentou diante da tela em branco do Word e se sentiu intimidado por
aquele cursor piscando que parecia zombar de sua inabilidade de colocar palavras na
tela, saiba que você não é o único. Mas saiba também que há modos de fazer aquele
pequeno cursor simplesmente continuar se movendo, que há um jeito relativamente
fácil de palavras acabarem encontrando seu lugar.
Hesitar na hora de escrever qualquer texto é comum porque muitas pessoas ficam
preocupadas demais com o resultado, já pensando no produto final da escrita antes
mesmo de começarem. Contudo, escrever é uma jornada, é um processo, e você não
precisa saber exatamente onde esse caminho o levará antes mesmo de dar o primeiro
passo. Na verdade, muitas vezes, os melhores textos nascem de ideias inesperadas que
surgem quando já estamos no meio do processo de escrita. Os melhores escritores, até
mesmo os profissionais, começam a escrever tendo em mente apenas uma ideia geral
sobre o que o texto irá tratar e, enquanto escrevem, pensam sobre o assunto e testam
ideias, formam o que será o produto final.
Durante as próximas quatro aulas, detalharemos o processo de escrita e mostraremos
como, quando o conhecemos passo a passo. Assim, transformando qualquer produção
textual em algo simples e que resulta em um bom texto.
Na primeira aula, apresentaremos o conceito de pré-escrita, que é o momento de
pesquisar o assunto sobre o qual será escrito e traçar um plano geral a ser seguido; a
segunda aula, será focada no primeiro rascunho, quando avaliaremos o potencial da
pesquisa realizada e começaremos a dar vida ao nosso texto; na terceira aula,
falaremos da reescrita, estágio no qual o primeiro-rascunho começa a tomar formas
mais claras e harmoniosas, moldando-se em direção à sua forma final; por fim, na
quarta e última aula, discutiremos a revisão, mostrando os erros gramaticais mais
comuns encontrados em textos e como evitá-los, além de dar algumas dicas para que
sua revisão fique a melhor possível. 
3
005 Aula 01:
011 Aula 02:
018 Aula 03:
025 Aula 04:
Pré-Escrita 
Primeiro Rascunho 
Reescrita 
Revisão
01
Pré-Escrita
Escrever sempre esteve presente em nosso dia a dia, seja no ato de redigir um
bilhete, uma mensagem para um amigo, um e-mail, um status nas redes sociais.
Contudo, no contexto do ensino superior, escrever se reveste de uma nova
importância, e, desse modo, essa atividade que nos é tão familiar e que fazemos sem
nenhuma dificuldade pode se tornar uma fonte de preocupação e estresse. Muitas
vezes, durante nossa vida acadêmica, precisaremos escrever sob uma certa pressão,
pois não estamos escrevendo apenas por que queremos, mas por que precisamos
entregar um trabalho para receber nota em alguma matéria, queremos escrever um
artigo para uma certa revista ou até mesmo precisamos entregar nosso trabalho final
para conseguirmos nossa titulação.
Porém, há certos aspectos fundamentais no processo de escrita que facilitam a vida
de todos que os conhecem, assim como também ajudam aqueles que têm dificuldade
em começar a escrever ou se sentem desconfortáveis em apresentar um texto já
pronto. E são esses aspectos que iremos abordar a seguir. 
Procurando um Tema
É óbvio que você não pode simplesmente se sentar e começar sem ter ideia alguma
sobre o que irá escrever. Contudo, você não precisa já saber exatamente como seu
texto será no ponto de chegada, tudo o que você precisa nesse momento é saber qual
é o seu ponto de partida.
Em nossa carreira acadêmica, o mais comum é que, quando nos propomos a
escrever, já sabemos, de modo geral, o assunto que deve ser tratado no texto. Os
professores pedem trabalhos, as revistas acadêmicas abrem chamadas para
publicação sobre um assunto específico, os trabalhos de conclusão seguem um tema
já previamente escolhido. E apenas esse tema geral já é o suficiente para ser nosso
ponto de partida.
Com base nessa proposta de texto, definiremos o tema específico. Para tomar essa
decisão, há várias coisas que você pode fazer. Por exemplo, pode conversar com
colegas e professores sobre o assunto e, talvez, em meio à conversa, uma ideia para o
tema do seu texto surja. Você também pode pesquisar em livros ou em sites
confiáveis na internet, e, entre todas as informações que conseguir, provavelmente
um ângulo que o agrade para abordar o assunto surgirá.
6
Contudo, há também um terceiro modo de se eleger um tema para seu texto, um
método chamado de “escrita livre”.
Escrita Livre
Ideias constantemente passam em nossa mente, nós nunca estamos pensando em
nada, e a escrita livre é um meio de colocar essas ideias, que podem parecer caóticas,
no papel. Desse modo, fica muito mais fácil organizá-las, analisá-las e desenvolvê-las.
A escrita livre é muito simples. Consiste apenas em escrever tudo o que passa pela
sua cabeça sobre certo assunto por alguns minutos. Escreva por mais ou menos dez
minutos, sem parar para julgar, melhorar ou corrigir. A forma do texto não é
importante nesse momento. Se obrigue a continuar escrevendo até o fim do tempo
estipulado, mesmo se achar que já esgotou tudo o que podia dizer sobre o tema
escolhido. Se for necessário, olhe-o por um novo ângulo e continue escrevendo.
Quando estiver fazendo isso e encontrar uma ideia que lhe agrade, concentre-se
nessa ideia, tentando colocar nela quantos detalhes conseguir.
Depois, releia tudo e marque as ideias que gostou. Escolha uma ou mais entre elas
para ser o tema específico do seu texto. Agora que você encontrou o verdadeiro
objeto da sua escrita, está na hora de seguir em frente. 
Você está Realmente Pronto
para Seguir em Frente?
É possível julgar que, uma vez ciente do assunto específico do texto, já seja possível
continuar o processo da escrita. Porém, antes de passar para a próxima fase, o
melhor é fazer a si próprio as seguintes perguntas:
1 – A ideia me interessa pessoalmente?
Lembre-se de que você terá de pesquisar bastante e escrever e reescrever várias
vezes sobre o assunto escolhido. Todo o projeto será bastante tedioso, e
provavelmente fadado a ser abandonado ou a ter um resultado inferior, se você se
propuser a escrever sobre algo que não lhe interessa ou agrada.
7
O fato de o tema geral já ser pré-determinado, por um professor ou revista ou projeto
previamente escolhido, não é motivo para que você decida que não irá gostar de
escrever sobre ele e nem ao menos ir pesquisar para descobrir os diferentes pontos
de vistasob os quais o tema pode ser abordado. Lembre-se que qualquer assunto
que exista tem tantas ramificações e pode ser estudado por tantos ângulos que é
virtualmente impossível nenhum deles despertar sua curiosidade.
Além disso, sua audiência provavelmente irá perceber sua falta de comprometimento
com o assunto quando ler o produto final e ficará tão entediada ao ler seu texto
quanto você estava ao redigi-lo.
2 – Tenho tempo suficiente para escrever sobre esse tema como ele
demanda?
Algumas vezes, uma boa ideia, para ser desenvolvida de modo apropriado, precisa de
mais tempo do que o prazo que temos. Nesse caso, volte ao início e encontre outra
ideia, uma que você consiga tratar adequadamente no prazo estabelecido.
3 – Tenho tudo o que preciso?
Certifique-se que você tenha acesso aos livros necessários para realizar sua pesquisa.
Você pode ter esses livros em sua casa, ou pegá-los de uma biblioteca ou emprestá-
los de um amigo.
No caso de o assunto que você irá abordar no texto necessitar de um componente
prático ou experimental, verifique se todo o material está à sua disposição. Você pode
consultar o laboratório de sua faculdade para saber se ele possui tudo o que você
precisa e perguntar como funciona o acesso de estudantes a ele. Claro que o único
modo de você saber o que irá precisar é se pesquisar sobre o assunto. Então, nesse
ponto, seu estudo do objeto sobre o qual irá escrever já está se aprofundando.
Caso você descubra que não poderá reunir todo o material que precisa para sua
pesquisa, retorne um passo e encontre outro tema. É melhor descartar um tema que
não pode ser abordado de modo satisfatório agora, do que ter como resultado um
texto com ideias ou argumentações fracas. 
8
Antes de passar da fase de pré-escrita para a produção do primeiro
rascunho, certifique-se que está contente com o assunto sobre o qual irá
escrever e que tem o tempo e material necessários para abordá-lo de modo
satisfatório.
Desenvolvendo um Plano de
Escrita
Agora que você já tem seu tema e sabe que tem acesso a todo o material necessário,
tudo o que você precisa é de um plano. Organizar suas ideias é muito importante,
principalmente se você estiver escrevendo um trabalho acadêmico ou artigo científico.
O primeiro passo é rever todos os detalhes que conseguiu juntar até agora (seu tema,
suas ideias, o material necessário) e ver se consegue deslumbrar como o produto final
pode ser. Se tudo ainda estiver muito vago, talvez seja melhor pesquisar um pouco
mais sobre o assunto ou retornar à escrita livre e ver o que mais consegue com ela.
Mas, se você já consegue ter uma ideia de como seu texto vai ficar no final, significa
que já tem tudo o que precisa para seguir em frente.
Depois, organize suas ideias. Você pode criar uma lista, apenas colocando as ideias
em tópicos; um agrupamento, no qual as ideias se juntam umas às outras como
galhos de uma árvore; ou já fazer um esboço, no qual você coloca seu tema principal
e os subtemas que nasceram dele, com as ideias para apoiarem suas afirmações ou
ponto de vista. Claro que você não pode organizar ideias e argumentos que ainda não
tem. Nesse estágio, sua pesquisa sobre o tema escolhido estará bastante avançada e
você precisa dominar o assunto sobre o qual irá escrever. 
9
Fonte: Disponível aqui
O Portal de Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), é uma biblioteca virtual que reúne e disponibiliza a
instituições de ensino e pesquisa no Brasil o melhor da produção científica
internacional. Ele conta com um acervo de mais de 45 mil títulos com texto
completo, 130 bases referenciais, 12 bases dedicadas exclusivamente a
patentes, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas
técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual.
Por fim, escreva um único parágrafo. Ele lhe dará uma ideia da direção para qual seu
texto está indo, ajudará a clarear suas ideias e a julgar se você já se preparou o
suficiente para começar a escrever sobre o assunto ou se está com dificuldades e
precisa retomar a pesquisa. Nele, tente ser claro em relação ao tema que será tratado
no decorrer do texto.
Se você chegou até aqui e já selecionou seu assunto principal, já sabe como irá tratá-
lo, arrumou seu material de apoio e ainda por cima tem seu parágrafo escrito, isso
significa que você está pronto para começar a escrever seu primeiro rascunho.
10
http://www.periodicos.capes.gov.br/
02
Primeiro 
Rascunho
Chegou o momento de efetivamente começar a escrever seu texto. Toda a sua
pesquisa e ponderação sobre o assunto o trouxeram até aqui. Neste momento, você
começará a ver como será seu produto final.
Quando começar seu primeiro rascunho, tente escrever o máximo possível de uma
vez só, enquanto toda a sua pesquisa e ideias geradas na pré-escrita ainda estão
frescas em sua cabeça. Enquanto escreve, baseie-se no plano que traçou, mas
lembre-se de que ele é apenas um guia. Se sentir que seu plano deve ser modificado,
não tenha medo de fazer isso. Talvez uma ideia mais interessante surja enquanto
estiver escrevendo, ou mesmo um ponto de vista novo. Não ignore isso apenas
porque não fazia parte do seu plano original. Se você perceber que essa nova
perspectiva pode melhorar seu texto, mude seu plano para acomodá-la; se sentir que
apenas estará se perdendo no caminho, saindo pela tangente em um assunto que
não necessariamente trará nada de importante para o seu texto,  mantenha-se no seu
plano.
Agora que você está começando a escrever o que futuramente se tornará seu texto
pronto, pode ser que tudo esteja indo bem. Você conhece o assunto, sabe como tratá-
lo, sabe que caminho seguir e, desse modo, sua escrita está fluindo e você não está
tendo dificuldades.
Contudo, pode acontecer também de você não estar achando tão fácil assim colocar
aquelas primeiras palavras no papel, por mais que já saiba sobre o que quer escrever
e de que modo. Nesse caso, há algumas dicas para sair desse momento inicial de
hesitação. 
Escreva Naturalmente
Uma ótima dica para você começar e escrever é escrever como se ninguém estivesse
lendo, pois, na verdade, ninguém está mesmo. Lembre-se que esse é apenas o
primeiro rascunho, não o texto final que será lido por outras pessoas (e, também,
provavelmente julgado). Se, nesse momento do processo da escrita, você se importar
demais com as opiniões que seu futuro interlocutor terá sobre seu texto, você pode
ficar tão preocupado em achar a palavra perfeita, a cadência adequada da frase,
cumprir todas as regras gramaticais, que provavelmente irá travar diante do papel em
branco.
12
Então, se isso acontecer, pense que ninguém lerá o que você está escrevendo nesse
momento. Depois do primeiro rascunho, o texto pode passar por quantas melhorias
forem necessárias antes de que a primeira pessoa, além de você, o leia. Então, não se
preocupe tanto. Isso já pode ser o suficiente para soltá-lo e permitir que você comece
a colocar as palavras no papel. 
Seja Honesto
Não tente mentir para seu leitor. Se você não conhece algum assunto o suficiente
para escrever sobre ele, volte para a pesquisa e aprenda mais. Não tente fingir saber
algo que realmente não sabe, pois, desse modo, seus leitores irão perceber e sua
escrita irá perder credibilidade. Além disso, é muito mais difícil escrever sobre algo
que você não conhece. Nesse caso, você terá que parar de escrever a cada momento
para conferir se sua informação está certa ou não, ou, pior ainda, irá apenas juntar
um monte de palavras umas atrás das outras, sem muito significado, pois estará
tentando apenas colocar a quantidade de palavras na folha que sua tarefa pede, ao
mesmo tempo que tenta transmitir o mínimo de informações possíveis, para diminuir
a chance de escrever algo absurdo.
13
Acredite, enrolar é muito mais trabalhoso (tirando ser inútil e uma perda do seu
tempo) do que simplesmente ir pesquisar para conhecer melhor o assunto. Além
disso, não tente escrever com a linguagem de outra pessoa. Tentar imitar as
construções de frase ou escolha vocabular de outra pessoanão irá ajudá-lo a escrever
seu primeiro rascunho. Se você não acha que seu texto está formal o suficiente para a
tarefa pedida, não se preocupe. Não se importe com isso agora. Será possível
adequar melhor o texto para seu público mais adiante. 
No primeiro rascunho, não se preocupe com a forma do seu texto, mas
somente no conteúdo. Coloque suas ideias no papel e se preocupe com a
linguagem adequada para expressá-las apenas na próxima etapa.
Como Começar
O primeiro parágrafo é muito importante, pois ele deve mostrar qual será o assunto
tratado, despertar a curiosidade do leitor para que ele continue lendo, estabelecer a
linguagem e o tom usados pelo resto do texto. Contudo, você não precisa se
preocupar com tudo isso agora, pois ainda está escrevendo o primeiro rascunho. A
linguagem, por exemplo, pode ser refinada e ajustada na reescrita. Mas seria bom,
nesse momento do processo, pensar em como apresentar o tema para seu leitor e
como despertar o interesse para o resto do texto. Há algumas maneiras de compor
esse parágrafo inicial que podem ajudá-lo a alcançar esses objetivos.
14
Citação
Você pode começar seu texto com uma citação, desde que ela seja relevante para o
assunto que será tratado. Mas tome cuidado com citações da internet. Muitas delas
são simplesmente inventadas e atribuídas, quase aleatoriamente, a alguém
conhecido. Você pode encontrar uma boa citação no próprio material que juntou para
sua pesquisa.
Mostre a Conclusão
Dê a seu leitor uma pequena dose da sua conclusão, para que, desse modo, ele fique
curioso para acompanhar seu raciocínio e ler sobre o seu processo.
Faça uma Pergunta
Você também pode provocar seu leitor com uma pergunta. Essa pergunta pode não
ter resposta, desde que ela seja ornamental em relação ao assunto. Por exemplo,
você poderia escrever: “Não é um prazer, uma vez que se aprendeu algo, colocá-lo em
prática nas horas certas?” Contudo, não faça uma pergunta que pode ser respondida
se não for respondê-la em seu texto.
Simplesmente Comece
Se você conhece seu assunto, sabe o que quer escrever, aonde quer chegar, mas,
ainda assim, não parece conseguir sair da hesitação inicial e o papel em branco ainda
o intimida demais, simplesmente comece. Você pode começar com a primeira coisa
que lhe vem à cabeça, como: “Presta atenção, porque pelas próximas páginas eu vou
te ensinar tudo que eu sei sobre o livro 1984, de George Orwell. Então, sente-se aí,
fique quieto e aproveite a viagem”. Obviamente, essa não é uma frase que irá sair do
15
primeiro rascunho. Contudo, se você não tem a mínima ideia de como começar a
escrever, talvez escrever algo informal pode lhe dar o empurrão inicial que precisa
para ir em frente.
Você está Realmente Pronto?
Se você chegou até aqui e assim mesmo não está conseguindo escrever seu primeiro
rascunho, eu tenho uma má notícia. Talvez não estivesse tão pronto como achava que
estava para seguir em frente depois da pré-escrita. Pode ser que precise pesquisar e
conhecer mais seu assunto, ou desenvolver melhor suas ideias, ou delinear mais uma
vez seu plano.
Mas não se preocupe. Isso é normal. Algumas vezes nós só percebemos que temos de
pesquisar melhor sobre algum tema quando já estamos escrevendo sobre ele e
vemos o quão complexo ele pode ser. Ou simplesmente percebemos que nosso plano
inicial não está dando tão certo quanto achávamos que daria.
Nesse caso, apenas pesquise mais, aprenda mais, trace melhor seu plano, depois
volte a escrever. Não tente ir em frente sem estar preparado. Você não apenas
perderá seu tempo, ficando horas olhando para a tela do computador sem ter a
mínima ideia do que digitar, como seu trabalho não ficará tão interessante quanto
poderia ser. Sem contar o estresse e desgaste pela frustração de não estar
conseguindo seguir em frente. É muito mais difícil, entediante e estressante lidar com
um assunto desconhecido do que com algo que você entende e sobre o qual quer
aprender mais. 
16
Fonte: Disponível aqui
A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) integra e
dissemina, em um só portal de busca, os textos completos das teses e
dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. O
acesso a essa produção científica é livre de quaisquer custos.
No caso de ter sido bem-sucedido em escrever seu primeiro rascunho e se estiver
satisfeito com o resultado, pode passar para a próxima etapa: a reescrita.
17
http://bdtd.ibict.br/vufind/
03
Reescrita
Nesta etapa, você já tem todas as suas ideias no papel. Contudo, o texto não deve
estar com um aspecto formal muito bom. Você escreveu mais preocupado em
expressar o que sabia sobre o assunto e o que queria escrever sobre ele, e não em
como seria a aparência estrutural do seu texto. O produto final, até agora, não era sua
prioridade. Contudo, desta etapa em diante, começaremos a nos preocupar em como
seu texto será apresentado ao leitor.
Pense que você está criando algo e já tem a estrutura, só falta o acabamento externo.
Seu primeiro rascunho era a sua matéria bruta, e agora vamos começar a lapidá-lo até
seu texto se tornar algo que você possa ter orgulho de apresentar a um professor ou
ao editor de alguma revista.
A partir desta etapa, você precisa ser mais detalhista do que havia sido
anteriormente. Na escrita livre e no primeiro rascunho, você pôde se dar ao luxo de
escrever de um modo mais espontâneo (principalmente na escrita livre). Contudo,
agora, chegamos a um ponto no qual você precisará pensar com mais cuidado em
como será seu texto, em todos os seus aspectos, sejam eles relativos ao conteúdo ou
à forma.
Mas antes de passar para a reescrita propriamente dita, é necessário analisar o
material bruto que tem em mãos. 
Avalie o Potencial do Primeiro
Rascunho
Releia o que escreveu. Não se preocupe com erros gramaticais, se aquela frase não
soa como gostaria, ou se há palavras que não se encaixam muito bem no contexto.
Tudo isso você poderá arrumar mais tarde. Nesta etapa, o que você precisa
questionar é se o seu primeiro rascunho tem potencial para se transformar em um
bom texto final ou não. Então, para avaliar seu rascunho faça a si mesmo as seguintes
perguntas:
19
1 – Meu conteúdo é interessante?
Pense se você tratou o assunto de modo a chamar a atenção do seu leitor, ou apenas
escreveu mais do mesmo. Você não precisa ter uma ideia inédita para fazer seu
conteúdo interessante. Algumas vezes, é necessário apenas um ponto de vista novo,
mostrar o que somente você poderia ter visto sobre um determinado assunto.
2 – Eu cumpri o que era esperado?
Muitas vezes, você irá criar um texto porque está realizando uma tarefa para alguma
aula ou porque quer publicar em alguma revista. Nesses casos, confira os requisitos
que seu professor ou a revista exigiram e certifique-se de que os cumpriu. Veja se o
texto precisa ter resumo ou descrever a metodologia, por exemplo; ou mesmo se o
número de páginas ou de caracteres necessários foram cumpridos.
3 – Há lacunas?
Verifique se não deixou nenhuma ideia sem concluir, ou se pulou de um tópico para o
outro sem a devida transição. Algumas vezes, as conclusões às quais
chegamos, ou a defesa de nosso ponto de vista fazem completo sentido para nós
mesmos, mas podem parecer um pouco confusas quando tentamos explicá-las para
outras pessoas. Entenda que o seu leitor não saberá qual foi seu processo de
raciocínio se você não demonstrar para ele o caminho que percorreu.
Se possível, deixe seu primeiro rascunho descansando por um ou dois dias. Isso
poderá lhe dar uma nova perspectiva quando o ler novamente. Desse modo, os
pontos que precisam ser melhor explicados ficarão mais explícitos. 
Para saber se seu primeiro rascunho ficou bom o suficiente para ser
reescrito, se pergunte se o seu conteúdo é interessante, se cumpriu tudo o
que era exigido e se há lacunas ou trechos confusos.
20
Reescrevendo
Agora é o momento de debruçar-se sobre sua matéria bruta, a qual você julgou ser
boa o suficiente, e começar a lapidá-la. É extremamente raro para qualquer um
conseguir o textoque deseja como produto final na primeira reescrita. Você
provavelmente terá de reescrever seu texto algumas vezes.
O grande segredo da reescrita é fazer seu leitor acreditar que você sabia exatamente
o que estava fazendo desde o início. Faça-o pensar que todas as transições de ideias,
o modo como a introdução se encaixa perfeitamente com a conclusão e como tudo
está explicado aconteceram naturalmente.
Nesta fase, modifique seu texto até ele se tornar o produto final que esperava. Você
pode, por exemplo, perceber que há a necessidade de mudar a ordem de certos
trechos. Talvez uma argumentação ou uma definição se encaixe melhor se vier um
pouco antes ou um pouco depois. Também considere a possibilidade de tirar
fragmentos ou acrescentar novo material. Se perceber que uma parte não contribui
realmente para o assunto que está sendo expondo, considere eliminá-la.
Reescreva e modifique seu texto quantas vezes achar necessário. É nesse momento
do processo da escrita que você está refinando seu material. 
Avaliando seu Texto
Antes de determinar que trabalhou o suficiente no seu texto e ele está pronto para
passar pela revisão final, avalie-o assim como fez com o primeiro rascunho. Para fazer
isso, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
1 – Eu escrevi tudo que queria?
Certifique-se de que tudo o que você pensou em escrever está no papel. Se perceber
que certa ideia não está ali, tente achar o melhor lugar para ela e a inclua. Se isso
acontecer, provavelmente você terá de reescrever seu texto mais uma vez, de
maneira que essa nova ideia não pareça desconexa do resto.
21
2 – Meus argumentos são consistentes?
Verifique se suas ideias receberam bom tratamento argumentativo. Um bom modo
de fazer isso é prever perguntas que um futuro leitor poderia fazer baseado no que
você escreveu. Se a resposta para essa pergunta imaginária não estiver no texto, isso
significa, provavelmente, que há lacunas em seu raciocínio. Nesse caso, melhore a
fundamentação de seus argumentos.
3 – Minhas ideias estão expostas em uma ordem lógica?
Tome cuidado se você, durante o texto, avisou seu leitor que a explicação de certa
ideia viria adiante ou que a definição de algo já foi dada anteriormente. Em um bom
texto, as ideias irão se juntar umas às outras de modo que não deve ser necessário
avisar seu leitor para qual trecho do texto ele deve se remeter para acompanhar seu
raciocínio.
4 – Meu texto está chato?
Se você ainda está escrevendo apenas para agradar um professor, para obter uma
nota ou para conseguir uma publicação, é bem provável que seu texto não será nada
além do que uma fonte de tédio para todos. Para você mesmo, para seu professor,
para o parecerista da revista. Se esse for o caso, comece de novo, mas dessa vez, se
esforce para aprender alguma coisa nova durante o processo. Escrever um texto
apenas para cumprir um objetivo, sem se importar realmente com seu conteúdo ou
com o produto final, no fundo, é apenas uma perda de tempo. Você perdeu tempo
escrevendo algo que, a longo prazo, não lhe trará benefício algum, enquanto poderia
ter aprendido alguma coisa no processo de escrita. Quando você se entusiasma com
seu próprio texto, não apenas ele será muito mais fácil e agradável para você mesmo
escrevê-lo, como também será mais interessante para seu leitor. 
Parágrafos Inicial e Final
Depois de modificar o corpo do seu texto até se contentar com o resultado, é bem
provável que você terá também de mudar os parágrafos inicial e final. Esses
parágrafos estão tão intimamente ligados ao restante do texto que você não pode
mudar um sem ter de mudar os outros. Certifique-se de chamar a atenção do seu
leitor para o resto do seu texto com seu parágrafo inicial e, na conclusão, amarre
qualquer ponta solta que possa existir. 
22
Nível de Formalidade
No primeiro rascunho, você escreveu do modo que o deixava mais à vontade, sem se
preocupar muito com a linguagem. Contudo, na reescrita, você tem de ter consciência
de que tudo é escrito com o propósito de ser lido. Logo, nesta etapa, busque adequar
o nível de formalidade do texto segundo sua finalidade, ou seja, é preciso ajustar a
linguagem pensando em seu futuro leitor.
Os principais níveis da linguagem são: 
1 – Norma culta/padrão: segue as regras da gramática-normativa da língua e evita
informalidades.
2 – Linguagem informal/coloquial: por ser mais espontânea, não se preocupa em
seguir todas as regras da gramática-normativa, assim como lança mão de léxico
informal
3 – Linguagem vulgar: não segue as regras da gramática normativa e recorre
constantemente a informalidades. 
23
Na sua carreira acadêmica, na maioria das vezes, você usará a norma padrão da
língua. Isso não significa que seu texto precisa ser extremamente rebuscado.
Contudo, gírias e coloquialismos devem ser substituídos por palavras e estruturas
escolhidas com mais cuidado.
Um bom modo de conseguir elevar a formalidade do seu texto é com a escolha
vocabular adequada. A melhor maneira de se adquirir vocabulário é lendo bons
textos, pois assim você não apenas compreende o significado de uma palavra nova,
como também a vê em uso dentro do contexto. Entretanto, você também pode usar
um dicionário de sinônimos para mudar uma palavra que julgue comum demais por
outra que deixará sua frase mais requintada.
Fonte: Disponível aqui
O Dicionário de Sinônimos é o maior e mais completo dicionário on-line de
sinônimos de português do Brasil. Com mais de 30 mil sinônimos de
palavras e expressões disponíveis para consulta, é revisto e atualizado
constantemente para disponibilizar a todos uma informação correta, precisa
e atual.
Agora seu texto deve estar quase pronto. Se o compararmos com uma joia, ela já está
lapidada, mas precisa daquele polimento final para realmente brilhar. Estamos
entrando na última fase do processo de escrita: a revisão.
24
https://www.sinonimos.com.br/
04
Revisão
Agora, seu texto está quase pronto. Todas as ideias estão nele, na ordem em que têm
de estar; tudo que é irrelevante foi retirado, tudo o que faltava foi acrescentado. Você
também adequou a linguagem para o seu futuro leitor, levando em consideração a
circunstância da produção do texto. Portanto, o que falta ser feito é reler e revisar
atentamente tudo o que escreveu, prestando atenção em erros tanto de ortografia
quanto de gramática.
Se tiver tempo, este é o momento de deixar seu texto descansar mais uma vez. É
normal nossa mente se acostumar com o texto que estamos redigindo e
simplesmente começar a ignorar os erros que normalmente não teríamos dificuldade
em perceber. Portanto, nesta etapa, se tiver tempo suficiente para deixar seu texto
descansando e se esquecer dele por alguns dias, faça isso, pois, quando voltar a ele,
notará erros que não havia visto antes.
Outra dica importante na fase de revisão é ler seu texto em voz alta. Desse modo, não
apenas você terá uma ideia melhor da cadência da sua escrita, como certos erros que
podem passar despercebidos em uma leitura silenciosa serão não apenas vistos como
também escutados durante uma leitura em voz alta. Portanto, leia seu texto em voz
alta, sem pressa, e tente perceber como ele soa e os pequenos erros que possa ter. 
Correção Gramatical
Apesar de a gramática não ser o único ponto ao qual terá de prestar atenção durante
a revisão, ele é um dos mais importantes. Serão muito raras as pessoas que
conhecem todas as regras gramaticais da língua portuguesa de cabeça:
provavelmente apenas aqueles que convivem com esse assunto em seu dia a dia,
como os gramáticos. Para o resto de nós, é preciso ter em mãos uma boa gramática
para podermos consultar sempre que precisarmos. Você pode consultar a internet
também, mas, como com tudo que está na rede, não confie na postagem do primeiro
blog que encontrar. Tente achar sites confiáveis. 
26
Fonte: Disponível aqui
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa é um espaço de esclarecimento,
informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspectiva de
afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa,que completou 22 anos de existência em 15 de janeiro de 2019. A partir de
maio de 2019, o site passou a ser propriedade do ISCTE-Instituto
Universitário de Lisboa.
No início, é bem provável que várias construções do seu texto lhe causem dúvidas
quanto a sua correção. Contudo, como o melhor modo de se aprender as regras
gramaticais é usando-as, com o tempo, você terá de consultar cada vez menos certas
regras, pois as terá internalizado por intermédio do uso. A seguir, listaremos algumas
regras básicas que podem ajudá-lo na revisão do seu texto. Atenção para os exemplos
sublinhados, pois eles sempre terão desvios gramaticais.
Concordância Verbal
Como regra geral, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito (que é o
termo da frase sobre o qual se faz uma declaração). Ou seja, se o sujeito for a terceira
pessoa do singular, por exemplo, o verbo estará na terceira pessoa do singular.
A flor murchou.
A flor = 3ª pessoa do singular (ele/ela)
Murchou = verbo murchar na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito
27
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/
Fonte: Disponível aqui
O conjugacao.com.br é uma ferramenta online para conjugar os verbos
regulares e irregulares da língua portuguesa.
Contudo, há alguns casos particulares que serão expostos a seguir
Com Coletivo Partitivo
O verbo pode ficar tanto no singular, concordando com o coletivo, quanto no plural,
concordando com o termo determinante:
A maioria dos adolescentes gosta de filmes.
A maioria dos adolescentes gostam de filmes.
Com a expressão “um dos que” ou “uma das que”:
Normalmente, o verbo fica no plural. Contudo, pode ficar no singular se a intenção for
destacar algum elemento:
Ele foi um dos que mais falaram.
Ele foi um dos que mais falou.
Com a expressão que denota quantidade aproximada (“mais de...”,
“menos de...”, “cerca de...” ou similares)
O verbo concorda com o numeral:
28
https://www.conjugacao.com.br/
Mais de um aluno chegou atrasado.
Menos de dez provas foram corrigidas.
Contudo, o verbo fica no plural quando a expressão vem repetida ou expressa a ideia
de reciprocidade:
Mais de um pai, mais de uma mãe se preocupam com seus filhos.
Mais de um político se criticaram no momento.
Com pronome relativo “quem”
O verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular, ou concordar com o pronome pessoal:
Não fui eu quem o salvou?
Não sou eu quem digo.
Com os verbos impessoais “fazer/haver” com sentido de existir ou
tempo decorrido
O verbo fica sempre no singular, mesmo nas frases formadas com verbo auxiliar:
Haverá novas provas.
Deverá haver novas provas.
Faz dez anos que viajamos.
Deve fazer sete dias que chegamos aqui.
Concordância Nominal
O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo concordam com o substantivo em gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Contudo, assim como na
regência verbal, há alguns casos particulares.
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Com “obrigado”, “mesmo”, próprio” e “quite”
Essas palavras têm valor de adjetivos e concordam com o substantivo a que se
referem:
Ele mesmo disse: “Obrigado”
Elas próprias disseram: “Obrigadas”
Ele está quite com a escola
Eles estão quites com a escola.
Observação: quando a palavra “mesmo” tiver o sentido de “realmente” está
funcionando como advérbio e, por isso, é invariável:
Elas queriam mesmo estudar (=elas realmente queriam estudar)
Com “anexo”, “incluso”
Têm valor de adjetivos e concordam com o substantivo a que se referem:
Seguem anexos os documentos
Seguem inclusas as declarações
Observação: a expressão “em anexo” é invariável.
Seguem em anexo as declarações.
Seguem em anexo os documentos.
Com “bastante”, “muito”, “pouco”
Quando essas palavras têm função de adjetivo, concordam com o substantivo a que
se referem:
Há bastantes crianças no parque.
Há poucas crianças no parque.
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Há muitas crianças no parque.
Quando essas palavras têm função de advérbio, ficam invariáveis:
Vocês falaram bastante
Vocês falaram pouco
Vocês falaram muito.
Com “é proibido”, “é necessário”, “é bom”, “é permitido”
São expressões variáveis quando há determinante:
É proibida a entrada
É bom o livro.
São expressões invariáveis quando não há determinante:
É proibido entrada
Livro é bom
Crase
Crase, identificada pelo acento grave (`), é a fusão entre a preposição “a” e o artigo “a”:
O trem chegou à estação. (O trem chegou a + a estação).
A partir da própria definição de crase, podemos compreender que não ocorre crase
antes de palavras masculinas nem de verbos, pois nenhum deles é usado juntamente
com o artigo “a”. Portanto “à rigor”, “à respeito”, “à partir” e “à combinar” estão
incorretos. Podemos também criar um truque para determinar se em dada frase há
crase ou não. Já que não ocorre crase antes de palavras masculinas, um bom truque é
alterar a frase usando uma palavra masculina.
“Vou a escola” ou “Vou à escola”?
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No exemplo, o que você precisa fazer é substituir a palavra “escola” por uma palavra
masculina.
Vou ao colégio.
O “ao” da frase acima indica que há uma junção da preposição “a” e o artigo “o”,
portanto, se no lugar de uma palavra masculina fosse uma feminina, teríamos a fusão
da preposição “a” com o artigo “a”. Desse modo, podemos perceber que o correto é
“Vou à escola”.
A expressão “à moda de”
Ocorre crase com a expressão “à moda de”, mesmo quando ela estiver subentendida:
Filé à Osvaldo Aranha (Filé à moda de Osvaldo Aranha)
Observação: a acentuação grave indicadora de crase pode mudar completamente o
sentido de uma frase:
“Cantou à Tim Maia” significa “Cantou à moda de Tim Maia”
“Cantou a Tim Maia” significa “Cantou para Tim Maia”, uma vez que esse “a” é a
preposição pedida pelo verbo “cantar”.
Palavras femininas no plural
A crase pode ou não ocorrer antes de palavras femininas no plural, dependendo se há
ou não o artigo “a”.
O trecho faz referência a cartilhas.
O trecho faz referência às cartilhas.
No primeiro exemplo há apenas a preposição “a” exigida pela palavra “referência”. Já
no segundo ocorre a junção da preposição “a” com o artigo “as” que antecede as
cartilhas e, portanto, é necessário usar a crase.
Incorreto: O trecho faz referência à cartilhas.
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Locuções adverbiais
Ocorre a crase em locuções adverbiais prepositivas e conjuntivas formadas por
palavras femininas.
Exemplos: à direita, à esquerda, à noite, à risca, às pressas, à toa, à venda, à vista, à
solta, às custas de, à espera de, à beira de, à medida, à mão, à mingua, etc.
Palavras repetidas
Não ocorre crase entre palavras repetidas ligadas pela preposição “a”.
Exemplos: ponto a ponto, uma a uma, frente a frente, gota a gota, passo a passo, de
mais a mais, cara a cara, face a face etc.
Observação: contudo, tête-à-tête é escrita com o acento grave indicativo de crase, pois
é uma expressão de origem francesa.
Hífen
A verdade é que a utilização do hífen para ligar elementos de palavras compostas é
mais uma convenção do que uma ciência exata. Há várias regras, mas, algumas vezes,
mesmo decorar todas não será de grande utilidade, pois elas podem apresentar
confusão. Como exemplo, vejamos este trecho retirado do Novo Acordo Ortográfico:
Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas,
pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se
emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas
pelo uso. (SENADO FEDERAL, 2014, p. 25)
Como determinar quais são as expressões consagradas pelo uso? É difícil explicar por
que “pé-de-moleque” não está consagrado pelo uso, o que faz com que sua grafia
correta seja “pé de moleque”, sem hifens, enquanto “cor-de-rosa” mantém os seus.
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Portanto, o melhor a se fazer em relação ao hífen não é tentar decorar regras e sim
consultar caso a caso até que as grafias das palavras sejam internalizadas. Há várias
gramáticas e sites confiáveis que ajudam a determinar se uma expressão ou palavra é
escrita com hífen ou não. Um modo fácil de descobrir se uma palavra possuí hífen ou
não é consultando o VOLP, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, tanto na
sua versãoimpressa quanto on-line.
Fonte: Disponível aqui
O sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, quinta
edição, 2009, contém 381.000 verbetes, as respectivas classificações
gramaticais e outras informações conforme descrito no Acordo Ortográfico.
O Uso do “Por que”, “Porque”, “Por quê” e
“Porquê”.
Uma boa dica para se determinar qual dos “porquês” usar em uma frase é substituí-lo
por uma palavra ou locução. Dependendo da palavra ou locução que se encaixar na
frase preservando seu sentido, você sabe qual dos “porquês” é o adequado para
aquela situação.
Por que = “por qual motivo” ou “por qual razão”
Porque = “pois”, “já que” ou “uma vez que”.
Por quê = “por qual motivo” (no final da frase)
(O) porquê = “motivo”, “causa”, “razão” (sempre acompanhado de um
determinante) 
34
https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario
Exemplos:
1 – Desejo saber por que você veio aqui = Desejo saber por qual motivo você veio
aqui.
2 – Vou ao supermercado porque preciso fazer compras = Vou ao supermercado
pois/já que/uma vez que preciso fazer compras.
3 – Fiquei acordada até tarde ontem à noite. Sabe por quê? = Fiquei acordada até
tarde ontem à noite. Sabe por qual motivo?
4 – Não consigo entender o porquê de você ter vindo até aqui = Não consigo
entender o motivo/a causa/ a razão por você ter vindo até aqui.
Onde/Aonde
“Onde” é um advérbio de lugar (que também pode exercer a função de pronome
relativo); enquanto “aonde” é a junção da preposição “a” com “onde”. Desse modo,
“onde” só pode ser usado quando se referir a um lugar físico ou geográfico.
Onde aquele gato se meteu?
Aquela foi a cidade onde nasci.
Observação: é comum lermos e escutarmos “onde” ser usado de modo equivocado.
Isso acontece porque “onde” equivale a “em que” e “no qual”, podendo ser substituído
por tais locução. Contudo, o contrário nem sempre é permitido:
No texto, há trechos onde fica evidente quem o escreveu.
No exemplo, “texto” não é um lugar físico, portanto, o uso de “onde” está errado. O
correto seria:
No texto, há trechos nos quais fica evidente quem o escreveu.
Também é possível ver “onde” ser usado em relação a tempo:
Estava muito contente naquela manhã. Foi onde percebi que gostava dele.
35
Como “onde” está se referindo a “aquela manhã”, o correto seria usar “quando”, não
“onde”:
Estava muito contente naquela manhã. Foi quando percebi que gostava dele.
Já “aonde”, uma vez que é formado pela junção da preposição “a” com “onde”, só pode
ser usado quando vem acompanhado de outro termo que exige a preposição “a”.
Aonde você quer chegar com isso tudo?
Uma vez que o verbo “chegar” exige a preposição “a”, ocorre a união entre o “a” e o
“onde”.
Outros Casos
A gramática normativa da língua portuguesa tem diversas regras, tantas que não é
possível expor todas aqui. A boa notícia, contudo, é que consultá-las cada vez que
uma dúvida surgir não é difícil. Há várias gramáticas ou sites que poderão sanar a
maioria das questões que você possa ter. Além disso, a gramática acaba sendo
internalizada por meio do uso. Você pode ter certeza de que só precisará consultar
determinada regra duas ou três vezes antes de dominá-la. Portanto, não se preocupe
muito quando chegar a hora de revisar seu texto. Se você se planejou bem durante a
pré-escrita, terá tempo para pesquisar qualquer dúvida que tiver.
36
Conclusão
Os quatro passos do processo de escrita se focam em diferentes etapas da composição
de um texto. A pré-escrita é o momento da pesquisa, enquanto a confecção do
primeiro rascunho é quando se faz possível deslumbrar todo o potencial do tema
escolhido e do estudo realizado. Por fim, tanto a reescrita quanto a revisão irão polir o
material bruto criado no primeiro rascunho. A seguir, há uma pequena checklist que o
ajudará a se lembrar dos passos de cada etapa:
Pré-escrita
1 – Encontre uma ideia interessante sobre a qual escrever, uma que se adeque ao
objetivo final do texto e que, ao mesmo tempo, proporcione uma experiência agradável
de aprendizado 
2 – Procure essa ideia em livros, em conversas ou na escrita livre. 
3 – Aprenda o máximo que puder sobre o assunto escolhido. 
4 – Pondere sobre tudo o que reuniu até o momento e avalie o potencial de sua ideia. 
5 – Desenvolva um plano de escrita, que será seu guia para a próxima fase.
Escrevendo o primeiro rascunho
1 – Escreva seu primeiro rascunho enquanto toda pesquisa que fez na pré-escrita ainda
está fresca em sua mente. 
2 – Siga seu plano, mas lembre-se que ele é apenas um guia, e que pode ser mudado 
3 – Escreva naturalmente, se concentrando em ideias, não na forma do texto.
Reescrevendo
1 – Avalie o primeiro rascunho e determine se ele tem potencial para se tornar um bom
texto final 
2 – Reescreva o primeiro rascunho e o modifique da maneira que achar necessário. 
3 – Reescreva os parágrafos inicial e final, de modo que eles se articulem bem com o
resto do texto 
4 – Refine seu estilo de escrita, adequando-o ao nível de formalidade requerido pela
tarefa.
37
Re�são
1 – Leia atentamente seu texto procurando por erros ortográficos, gramaticais ou
inadequações no estilo. 
2 – Certifique-se de ter acesso a gramáticas, dicionários e sites confiáveis para a
consulta. 
3 – Releia tudo mais uma vez antes de entregar seu texto. 
Seguindo esses passos quando for produzir um texto, todos eles simples em si
mesmos, no final, terá em mãos um bom produto final. Além disso, por compreender
que escrever é um processo, você não se sentirá tão pressionado para conseguir o
texto perfeito logo de início. O mais importante é continuar escrevendo, mesmo se não
for tão fácil no começo, e, assim como com qualquer habilidade, você se tornará cada
dia melhor. 
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Material Complementar 
Livro
Comunicação em prosa moderna
Autor: Othon M. Garcia
Editora: FGV Editora
Sinopse: Publicado em 1967, Comunicação em prosa moderna
chega aos 50 anos como uma das principais referências para o
ensino da escrita no Brasil. Mas se a língua está sempre em
transformação, e se o mesmo pode ser dito dos modos de
sentir, perceber e expressar de uma determinada cultura, como
explicar que o livro de Othon Moacir Garcia permaneça atual
decorrido tanto tempo de sua publicação? A resposta parece
estar na abordagem única de Othon, ancorada sobretudo em
sua convicção de que para aprender a escrever é preciso
primeiro aprender a pensar. Esta obra é fruto do esforço
obstinado de transformar essa crença em um método. Após
meio século, ainda é o melhor guia em direção a um texto
preciso e arguto como o de seu autor.
Comentário: Livro que ensina não apenas a escrever com a
clareza necessária para fazer da linguagem um veículo de
comunicação, como também a pensar com eficácia e
objetividade.
Filme
Língua - Vidas em Português
Ano: 2003
Sinopse: Língua - Vidas em Português é um documentário de 105
minutos co-produzido por Brasil e Portugal e filmado em seis
países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão).
Dirigido por Victor Lopes, o longa-metragem é um mergulho nas
muitas histórias da língua portuguesa e na sua permanência
entre culturas variadas do planeta. Em "Língua", a lusofonia é,
sobretudo, fala, surpreendida do cotidiano de personagens
39
ilustres e anônimos de quatro continentes. Em cada um deles, o
português amalgamou deuses, melodias, climas, ritmos;
misturou-se aos alimentos e às paisagens; foi reinventado
centenas de vezes e alimentado sucessivas vezes por
colonizadores, imigrantes e descendentes. O filme é um
documentário permanentemente em trânsito. Ao entrar e sair
da vida dos personagens, o filme desvia-se das suas rotas
cotidianas para encontrar cerimônias, casais, locais de trabalho,
esquinas e paisagens, traçando retratos reveladores da cultura
de cada um dos países visitados
Comentário: Documentário definitivo sobre a língua
portuguesa, indispensável para aqueles que apreciam o idioma e
buscam entender a natureza de sua grandeza.
Web
A Academia Brasileira de Letras é uma instituição cultural
inaugurada em 20 de julho de 1897e sediada no Rio de Janeiro,
cujo objetivo é o cultivo da língua e da literatura nacional. Seu
website contém não apenas informações sobre grandes
escritores, como normas gramaticais, informações sobre léxico,
e um sem-número de outras informações relevantes sobre a
Língua Portuguesa.
Acesse o link
40
https://www.academia.org.br/
SENADO FEDERAL. Acordo ortográfico da língua portuguesa: atos internacionais e
normas correlatas. 2. Ed. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas,
2014. Disponível em:
<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/508145/000997415.pdf?
sequence=1&isAllowed=y> Acesso em 20 de outubro de 2020.
Referências 
41
	Pré-Escrita
	Primeiro Rascunho
	Reescrita
	Revisão

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