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TICS 01 - 1.Qual a importância do revestimento mielínico dos neurônios?

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FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG 
 
NATÁLIA FREIRE DA SILVA 
 
 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II – SOI II 
TICS 
 
 
1. Qual a importância do revestimento mielínico dos neurônios? 
O revestimento mielínico dos neurônios, a bainha de mielina, tem um 
importante papel na comunicação entre os neurônios e as células receptoras. 
A bainha de mielina é um revestimento descontínuo do axônio formada pelas 
células de Schwann no Sistema Nervoso Periférico e pelos oligodendrócitos no 
Sistema Nervoso Central. Ela é formada por uma membrana lipídica (rica em 
fosfolipídios e colesterol). Devido à essa sua natureza constitutiva, a bainha de mielina 
funciona como isolante elétrico, permitindo maior velocidade aos potenciais de ação 
por impedir a dissipação da energia elétrica e acelerando a condução do impulso 
nervoso. 
A velocidade que o potencial de ação percorre o axônio está diretamente 
relacionada ao diâmetro da fibra nervosa e a sua mielinização. O calibre da fibra, a 
espessura da mielina e a quantidade de nódulos de Ranvier são diretamente 
proporcionais à essa velocidade. A partir disso, tem-se fibras de dois tipos: mielínicas 
e amielínicas. As fibras mielínicas são axônios de grande calibre, com um grande 
número de voltas de bainha de mielina. Já as fibras amielínicas são axônios de 
pequeno diâmetro envolvidos por uma única dobra de mielina. 
Os nódulos de Ranvier são os locais sem bainha de mielina por onde flui a 
corrente despolarizante. Eles funcionam como replicadores e o impulso é fortalecido 
e enviado de nódulo em nódulo, onde íons de Na+ invadem o nódulo e em seguida os 
canais de K+ se abrem para propulsionar o impulso até a nódulo seguinte, propagando 
o impulso “saltatório”. 
Os neurotransmissores dependem do potencial de ação para serem liberados: 
o potencial de ação sinaliza para a abertura dos canais de Ca2+, esse cálcio entra pela 
membrana pré-sináptica e faz com que as vesículas sinápticas se desloquem até a 
membrana pré-sináptica, permitindo que os neurotransmissores possam ser liberados 
na fenda sináptica. 
Desse modo, a comunicação entre os neurônios depende do potencial de ação, 
o qual depende da mielina para percorrer o axônio e chegar ao terminal axonal. Assim, 
a bainha de mielina é crucial para que o potencial de ação chegue de maneira eficaz 
a este terminal. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CONSTANZO, Linda S. Fisiologia celular. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
Koeppen, B. M. Berne e Levy - Fisiologia. Grupo GEN, 2018.

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