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SAÚDE DO TRABALHADOR: DO EXÓTICO AO ESOTÉRICO UMA SISTEMATIZAÇÃO Sumário 1 SAÚDE DO TRABALHADOR – MÚLTIPLAS VISÕES ....................................................................................... 10 1.1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 10 1.2 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.................................................................................................................. 11 1.2.1 CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO SANITÁRIO ..................................................................................................... 11 1.2.2 NÃO APENAS O EMPREGADO TEM DIREITO A SAÚDE! ................................................................................................. 11 1.2.3 DIREITO À SAÚDE: DIREITO FUNDAMENTAL IRREFORMÁVEL ........................................................................................ 12 1.2.4 DIREITO OBJETIVO À SAÚDE .................................................................................................................................. 12 1.2.5 REGRAS VERTICAIS E HORIZONTAIS ........................................................................................................................ 12 1.2.6 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO DIREITO SANITÁRIO ....................................................................................................... 13 1.2.7 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DIREITO À SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................................................................... 15 1.2.8 DEFINIÇÃO DE ESCOPO ......................................................................................................................................... 17 2 VISÃO SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ...................................................................................... 17 2.1 OBSOLETISMOS JURÍDICO E CIENTIFICO DA MEDICINA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................. 19 2.2 NOVA CONFIGURAÇÃO SANITÁRIA LABORAL ..................................................................................................... 22 2.3 LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – NOVO REFERENCIAL PREVENCIONISTA ........................................................................ 23 2.3.1 DEFINIÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA .......................................................................................... 24 2.4 COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO QUANTO À SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................... 26 3 VISÃO PREVIDENCIÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1 BENEFICIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.1 APOSENTADORIA POR IDADE (ESPÉCIE - B41) .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.2 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ESPÉCIE – B32 OU B92 ACIDENTÁRIO) ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.3 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (ESPÉCIE – B42) .................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.4 APOSENTADORIA ESPECIAL (ESPÉCIE – B46) ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.5 AUXÍLIO-RECLUSÃO (ESPÉCIE – B25) .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. ii 3.1.6 PENSÃO POR MORTE (ESPÉCIE – B21 OU B93 ACIDENTÁRIA) ......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.7 SALÁRIO FAMÍLIA (NÃO TEM CÓDIGO DE ESPÉCIE) ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.8 SALÁRIO MATERNIDADE (ESPÉCIE – B80) ................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.9 BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA (B87) E AO IDOSO (B88) ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.10 AUXILIO DOENÇA (ESPÉCIE – B31 OU B91 ACIDENTÁRIO) ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.11 AUXILIO ACIDENTE (ESPÉCIE – B94)......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.1.12 SERVIÇOS: REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E SERVIÇO SOCIAL ......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.2 FORMAS JURÍDICO-TEÓRICAS PREVIDENCIÁRIAS DE INTERVENÇÃO SANITÁRIA ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.3 CURIOSA ESTABILIDADE........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.4 COMO REQUERER OS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5 SERVIDOR É GENTE? ............................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6 SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO: UM CHOQUE SOCIAL DE GESTÃO .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6.1 SEGURADOS AMPARADOS ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6.2 REGIMES JURÍDICOS ................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6.3 DEFINIÇÕES SOBRE CATEGORIAS DE SERVIDORES PÚBLICOS ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6.4 SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL: UM EXEMPLO A SER SEGUIDO ............................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6.5 ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR - PNST ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.1 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.2 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.3 ALINHAMENTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.4 ALINHAMENTO DO INSS ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.5 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5 VISÃO ACIDENTÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR .................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.1 DEFINIÇÃO DE AGRAVO À SAUDE DO TRABALHADOR E ACIDENTE DO TRABALHO ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2.1 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - SINAN-NET ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2.2 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - CAT-WEB .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.3 INOCENTAR O CRIMINOSO OU INCRIMINAR O INOCENTE? ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.4 SISTEMA PERVERSO DO FALSO NEGATIVO ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5 TIPOLOGIA ACIDENTÁRIA: CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO ACIDENTÁRIA À INCAPACIDADE LABORAL ...... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. iii 5.5.1 TIPO I - NEXO TÉCNICO POR LESÃO CORPORAL AGUDA ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.2 TIPO II - NEXO TÉCNICO POR DOENÇA PROFISSIONAL.................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.3 TIPO III - NEXO TÉCNICO POR DOENÇA DO TRABALHO .................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.4 TIPO IV - NEXO TÉCNICO EXCEPCIONAL ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.5 TIPO V - NEXO TÉCNICO AETIOGÊNICO ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.6 TIPO VI - NEXO TÉCNICO CONCAUSAL ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.7 TIPO VII - NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO – NTEP............................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.8 TIPO VIII - NEXO TÉCNICO ACIDENTÁRIO NEGATIVO .................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.6 MEDICINA EMPRESARIAL E MEDICINA PERICIAL DO INSS: ALTA MÉDICA ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO – NTEP .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.1 COMO ERA ANTES DA LEI 11.430/06, QUE INSTITUIU O NTEP? ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.2 NTEP AO PÉ DA LETRA. ............................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.3 ESTRUTURAÇÃO CIENTÍFICA DO NTEP ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.4 SITUAÇÃO ATUAL, POSTERIOR À LEI 11.430/06, QUE INSTITUIU O NTEP ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.5 RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS CONCRETAMENTE MENSURADOS ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.6 ESTRUTURAÇÃO CIENTIFICA DO NTEP ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.7 SITUAÇÃO (ATUAL) POSTERIOR À LEI 11.430/07 QUE INSTITUIU O NTEP ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.8 EXPLICANDO E EXEMPLIFICANDO MELHOR A APLICAÇÃO DO NTEP ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.7.9 RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS CONCRETAMENTE MENSURADOS ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.8 TRIPLO CONSULTORIO .................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.9 CONFLITO ALTA MEDICA – SUSPENSAO CONTRATO DE TRABALHO ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6 VISÃO PENAL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.1 NORMAS GERAIS ................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.1.1 TIPICIDADE ............................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.1.2 CULPABILIDADE ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.2 AÇÃO PENAL ..................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.2.1 PENALIZAÇÃO (SANÇÕES PENAIS) ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.2.2 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.3 EXEMPLO-ÂNCORA ............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.3.1 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DOLOSA ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.3.2 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL CULPOSA ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.4 SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL .............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.4.1 PESSOA JURÍDICA: COMO SUJEITO ATIVO DE INFRAÇÃO PENAL? ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.5 DISCUSSÃO SOBRE FORO PENAL TRABALHISTA: QUAL JUSTIÇA? ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. iv 6.6 DIREITO PENAL ADMINISTRATIVO ........................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7 VISÃO CIVIL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.1 TEORIAS DO RISCO: EVOLUÇÃO JURÍDICA ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.2 RESPONSABILIDADE OBJETIVA – INDENIZAÇÃO: ACIDENTADO X EMPRESA ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.3 RESPONSABILIDADE OBJETIVA – PREVIDENCIÁRIA: ACIDENTADO X INSS .......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.4 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - INDENIZAÇÃO: ACIDENTADO X EMPRESA ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.5 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – RESSARCIMENTO: INSS X EMPRESA ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.6 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – RESSARCIMENTO: EMPRESA X PROFISSIONAL PREVENCIONISTA ........ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.7 RESPONSABILIDADE PENAL DO PROFISSIONAL PREVENCIONISTA: REPERCUSSÃO CÍVEL ........ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.8 DIFERENCIAÇÃO ENTRE A RESPONSABILIDADE CIVIL E A PENAL ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7.9 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA JULGAR CRIMES .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8 VISÃO TRIBUTÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ............................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.1.1 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.1.2 O QUE É TRIBUTO? .................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS. ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2.1 IMPOSTO ............................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2.2 TAXA ..................................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2.4 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2.5 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (ART. 149 E 195 DA CRFB) ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS - TRIBUTAÇÃO ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.3.1 CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.3.2 MODALIDADES DE LANÇAMENTO ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.3.3 ESQUEMA DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.4 TRIBUTAÇÃO PARA CUSTEIODO SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO – SAT ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.4.1 EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE PREPONDERANTE ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.5 TRIBUTAÇÃO PARA CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.5.1 ADICIONAL PARA O FINANCIAMENTO DA APOSENTADORIA ESPECIAL – ACRÉSCIMO DO SAT . ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.6 FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO – FAP ............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.7 APOSENTADORIA ESPECIAL E TRIBUTAÇÃO ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. v 8.8 ELEMENTOS ESSENCIAIS À APOSENTADORIA ESPECIAL ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.8.1 PERMANÊNCIA ........................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.8.2 NOCIVIDADE........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.9 HIDROCARBONETOS (BENZENO): FATOR DE RISCO DE NATUREZA QUALITATIVA ................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.9.1 PERGUNTA-1 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.9.2 PERGUNTA-2 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.9.3 PERGUNTA-3 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.10 RUÍDO: FATOR DE RISCO DE NATUREZA QUANTITATIVA ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.11 CASO DO PINTOR E DO SUPERVISOR ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.12 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP ................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.13 SISTEMATIZAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA APOSENTADORIA ESPECIAL ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.14 DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO NA ÁREA DE SAÚDE DO TRABALHADOR ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 9 VISÃO AMBIENTAL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 9.1 AMBIENTE DO TRABALHO FAZ PARTE DO MEIO AMBIENTE? .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 9.2 POLUIDOR-PAGADOR: MEIO AMBIENTE DESEQUILIBRADO ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 9.3 ORGANIZAR PARA EQULIBRAR ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10 VISÃO TRABALHISTA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.1 CAPITULO V DA CLT E AS NORMAS REGULAMENTADORAS .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.2 LEGISLAÇÃO BÁSICA .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.3 ENTIDADES E ÓRGÃOS LIGADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.4 INSALUBRIDADE ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.5 PERICULOSIDADE .............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.7 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 10.8 LISTA DE VERIFICAÇÃO ESSENCIAL AO PPRA AO PCMSO ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11 A RECEITA FEDERAL DO BRASIL:TRANSFORMADORA SOCIAL DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ...... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.2 RFB E O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: NOVA FRONTEIRA TRIBUTÁRIA ...................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.3 AUSÊNCIA DE PODER DE POLICIA AO INSS .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.4 A TRÍPLICE REPERCUSSÃO JURÍDICA DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO DESEQUILIBRADO . ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. vi 11.5 DISCUSSÃO A PARTIR DE SITUAÇÕES-CENÁRIOS ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.5.1 CENÁRIO 1 ........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.5.2 CENÁRIO 2 ........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.5.3 DISCUSSÃO DO CENÁRIO 1 ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.5.4 DISCUSSÃO DO CENÁRIO 2 ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.6 COMPETÊNCIA TÉCNICA: UMA QUESTÃO NÃO TÃO SECUNDÁRIA ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12 SISTEMAS DE GESTÃO E O QUINTO ELEMENTO: MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ..... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.1 SISTEMA ......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2 GESTÃO HOMINAL:NOVO PARADIGMA (SAÚDE DO TRABALHADOR TAMBÉM É PATRIMÔNIO) ............ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2.2 REGRAS INTERNACIONAIS PARA ASSEGURAR O PATRIMÔNIO SAUDÁVEL .......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2.3 COMO O BRASIL DEMONSTRA A SALUBRIDADE DO PATRIMÔNIO? ................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2.4 ULTRAPASSANDO A FRONTEIRA: SAÚDE DO TRABALHADOR E GESTÃO HOMINAL ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2.5 MECANISMO CAPITALISTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13 PERSPECTIVAS E SOLUCÕES: O POR VIR - NOVAS LEIS .............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.1 PROJETO DE LEI – PL: NAST SUBSTITUI CAT. .......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.1.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.2 PROJETO DE LEI – PL: PASSA DE 15 PARA 30 DIAS A FRANQUIA PREVIDENCIÁRIA .............. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.2.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.3 PROJETO DE LEI – PL: AMPLIA DE 03 PARA 09 GRAUS RISCOS (ALÍQUOTAS) DO SAT ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.3.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.4 PROJETO DE LEI – PL: ALTERAÇÃO DE NOMENCLATURA - SUBSTITUI AUXÍLIO-DOENÇA POR AUXÍLIO-INCAPACIDADE... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.4.1 JUSTIFICAÇÃO .......................................................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.5 PROJETO DE LEI – PL: FLEXIBILIZA FRANQUIA PREVIDENCIÁRIA EM FUNÇÃO DO TIPO DE AGRAVO Á SAÚDE DO TRABALHADOR ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.5.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14 ANEXOS ................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14.1 ANEXO I – JULGAMENTO CRPS .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. vii 14.2 ANEXO II – JULGAMENTO CRPS ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14.3 SENTENÇA INÉDITA: ACIDENTE DO TRABALHO E A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EMPREGADOR ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14.4 BANCÁRIA. DOENÇA PROFISSIONAL. LER-DORT. NEXO CAUSAL E NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO COM A ATIVIDADE EXERCIDA. LEI 11.430/06 E DECRETO 6.042/07. ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 15 REFERÊNCIAS ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1-1: MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA SAÚDE DO TRABALHADOR SUBMETIDAS À NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL . 17 FIGURA 2-1: CATEGORIZAÇÃO JURÍDICA SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR EM SUBSTITUIÇÃO À TRABALHISTA21 FIGURA 2-2: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO SANITÁRIO ............................................................................. 23 FIGURA 2-3: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO SANITÁRIO ........................................................ 25 FIGURA 3-1: ELENCO DE BENEFÍCIOS PAGOS PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL –RGPS/INSS ........ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 3-2: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 3-3: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO PREVIDENCIÁRIOERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-1: DETERMINAÇÕES LEGAIS PARA NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADORERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-2: LISTA OS 11 TIPOS DE AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA. QUANTIDADE BRASIL 2007 – SINAN-NET ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-3: PREVALÊNCIA DOS BENEFICIOS – ACIDENTÁRIOS E PREVIDENCIÁRIOS - PERMANENTES E TEMPORÁRIOS.2000 A 2006. BRASIL. ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-4: DIAGRAMA SOBRE NEXO TÉCNICO ENTRE MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E AGRAVOERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-5: FLUXOGRAMA PARA TIPOLOGIA DAS INCAPACIDADES ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-6: RELAÇÕES JURÍDICAS ENTRE EMPRESA, SEGURADO E INSS ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-7: DIAGRAMA NTEP ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-8: DIAGRAMA NTP – NEXOS INDIVIDUAIS ............................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-9: DIAGRAMA NTEP ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-10: ACRÉSCIMO DE REDAÇÃO DADA PELO DECRETO 6.042/2007 AO ANEXO II – LISTA B - AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME ART. 20 DA LEI Nº 8.213/91 – DECRETO 3.048/99 ........................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-11: ANEXO II – LISTA B - AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME ART. 20 DA LEI Nº 8.213/91 – DECRETO 3.048/99 .......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-12: BOLETIM ESTATÍSTICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - BEPS – ABRIL 2007ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-13: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2006 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. ix FIGURA 5-14: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-15: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 – RANKING CIDERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 5-16: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 6-1: SISTEMA JURÍDICO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO PENAL ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 6-2: TIPIFICAÇÃO PENAL EM MATÉRIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 6-3: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 7-1: ESQUEMA DAS RESPONSABILIDADES CÍVEIS EM SAÚDE DO TRABALHADOR: ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-1: EXEMPLO DE CÁLCULO PARA APURAÇÃO DE ATIVIDADE DE PREPONDERÂNCIA DO GIILDRAT ....... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-2: ESQUEMA DOS FATORES DE RISCOS E SUAS NATUREZAS ..................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-3: EVOLUÇÃO NORMATIVA DOS CRITÉRIOS DA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA RUÍDO ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-4: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-5: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO TRIBUTÁRIO .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-6: TIPOS PENAIS ASSEGURADORES DA CONFIABILIDADE DAS CADASTRADAS PELAS EMPRESAS NO CNISERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-7: CONVERSIBILIDADES EM ANOS DA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA COMUM ....... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-8: FLUXO DE CONCESSÃO APOSENTADORIA ESPECIAL (CIRCUITO CNIS)ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-9: FLUXO DE CONCESSÃO APOSENTADORIA ESPECIAL (CIRCUITO CNIS -DETALHADO)ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 8-10: TIPIFICAÇÃO PENAL TRIBUTÁRIA EM MATÉRIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR...... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 9-1: SISTEMA JURÍDICO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO AMBIENTAL ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 9-2: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO AMBIENTAL .... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. x FIGURA 10-1: QUADRO SINÓTICO SOBRE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA RELACIONADA À SAÚDE DO TRABALHADORERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 10-2 : QUADRO SOBRE INSALUBRIDADE - NR 15 (PORTARIA 3214/78 DO MTE) .......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 10-3 : QUADROS SOBRE PERICULOSIDADE - NR 16 ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 10-4: LISTA DE VERIFICAÇÃO CONVERGENTE E ESSENCIAL À EFETIVIDADE DO PPRA E DO PCMSO ...... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 13-1: SEÇÃO E DIVISÃO DA CNAE (VERSÃO 2.0) ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11 1 SAÚDE DO TRABALHADOR – MÚLTIPLAS VISÕES 1.1 Introdução Objetiva-se com este trabalho permitir ao leitor uma visão ampla, interligada e sistêmica do tema em destaque, considerando a evolução das teorias envoltas ao fenômeno saúde-trabalho- adoecimento e meio ambiente, bem como os aparatos jurídicos e científicos, multidimensional e pluridisciplinar, que sustentam esse almejado e complexo bem social chamado Saúde do Trabalhador. Saúde do Trabalhador aqui discutida deve ser entendida como resultado avanço social ao representar um conjunto de anseios, direitos e deveres (de quebra de paradigma), por força da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, - CFRB-88 -, assumidos na direção do direito público, no campo da saúde coletiva, em contraposição aos preceitos obsoletos e restritos da medicina do trabalho, calcados em direito privado, no estreito campo dasaúde individual. Compreende-se o choque que este livro causará ao leitor - principalmente àqueles oriundos dos cursos de engenharia de segurança do trabalho; medicina do trabalho, enfermagem do trabalho, técnicos e auxiliares técnicos do trabalho - arraigado ao viés trabalhista, há anos, incrustado na sociedade brasileira, por herança do Brasil agropastoril, ainda remanescente em alguns setores da economia. Nesse esforço de concatenação do tema sanitário laboral, esta obra inicia com uma base comum e universal a qualquer sistema produtivo, aqui chamado de “visões”, válida como material didático- pedagógico às inúmeras possibilidades acadêmicas, para nos capítulos seguintes fazer o acoplamento mais adequado entre algo arcaicamente chamado de trabalhista do tema (sentido exótico) para um sistema mais elaborado de conexões sócio-juridicas, hodiernamente, vinculado ao campo da dignidade humana (sentido esotérico), com desdobramentos nos mais variados campos do conhecimento humano. Nesse sentido optou-se por adotar esquemas de exemplos-âncoras e cenários hipotéticos de casos,exatamente, para conferir praticidade as argumentações aqui elaboradas. 12 1.2 Da Constituição da República A Constituição de um Estado emerge de um pacto entre diversificados valores sociais, idéias, aspirações e interesses diferenciados e até mesmo antagônicos. Conquanto seja verdade que a Constituição tenha por intuito retratar um consenso fundamental, não tem ela o condão de aplainar as saliências e reentrâncias do pluralismo e antagonismo das idéias subjacentes à celebração do referido pacto. Choques de valores sempre existirão, e isso em nada desnatura o Estado Democrático de Direito; ao contrário, faz florescer e amadurecer a democracia. A saúde do trabalhador brota desse bojo de conflitos sob o prisma constitucional do novo ramo de direito público – direito sanitário - voltado especificamente à integridade física e mental do trabalhador, assim entendido o trabalhador sob qualquer denominação, subordinação ou vinculação, inclusive os desocupados. Por certo o tema é incipiente, bastante polêmico e ao mesmo tempo auspicioso. 1.2.1 Constitucionalização do Direito Sanitário A constitucionalização do direito sanitário na atual Carta Magna possui duas características principais: o reconhecimento do direito à saúde como direito fundamental e a definição dos princípios que regem a política pública da saúde. A caracterização da saúde como direito fundamental ocorre pela primeira vez na história constitucional brasileira. A saúde consta como um dos direitos sociais reconhecidos no art. 6°, que abre o Capítulo II (“Dos Direitos Sociais”) do Título II (“Dos Direitos Fundamentais”) da Constituição de 1988; além disso, o caput do art. 196 define a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. Essa forma de constitucionalização acarreta quatro importantes conseqüências, a saber: 1.2.2 Não apenas o empregado tem direito a saúde! O texto constitucional anterior reconhecia em seu artigo 165, XV, no Título III, “Da Ordem Econômica e Social”, o direito à “assistência sanitária, hospitalar e médica preventiva”, nos termos da lei. Isso permitia, na legislação infraconstitucional, a separação entre o sistema de saúde dos segurados da Previdência Social, integrantes do mercado formal de trabalho, e a maioria da população, que não tinha acesso a esse sistema. Ou seja, quem tivesse Carteira Profissional -CTPS, teria direito aos serviços de saúde; ao contrário, aqueles que não a tivesse, ficavam à míngua. Com a definição da saúde como direito fundamental, abre-se o caminho para que todos os cidadãos 13 brasileiros possam dela usufruir tendo em vista que a saúde passa a constituir um direito público subjetivo que é garantido pela existência do Sistema Único de Saúde (SUS). 1.2.3 Direito à Saúde: direito fundamental irreformável Direito à saúde como cláusula pétrea da Constituição. As chamadas “cláusulas pétreas” são limites ao poder de reforma da Constituição, já que as matérias por elas alcançadas não podem ser abolidas, nem mesmo tendencialmente, por emendas constitucionais. A Saúde está disposta dentre os direitos e garantias individuais, na qualidade de direito fundamental, portanto se inclui na definição de “cláusula pétrea”, de acordo com o inciso IV do art. 60, § 4º, da CF. Deve-se observar que na aplicação desse dispositivo, o intérprete não deve se pautar pelo critério literal, já que o reconhecimento de todos os direitos fundamentais é uma decisão do poder constituinte que não pode ser alterada pelo poder reformador 1.2.4 Direito Objetivo à Saúde Direito à saúde como valor: os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição possuem não apenas uma dimensão subjetiva, atribuindo direitos aos cidadãos, mas também uma dimensão objetiva, na qual se estabelecem os valores ou bens jurídicos principais que devem ser objeto de proteção pelo Estado e pela sociedade. Portanto, mesmo quando não haja violação direta do direito subjetivo à saúde, os operadores do direito devem verificar se o bem jurídico saúde está sendo afetado por ações ou omissões dos poderes públicos. Isso justifica, por exemplo, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo que venham contrariar o direito à saúde. 1.2.5 Regras Verticais e Horizontais Direito à saúde e efeitos sobre terceiros: apesar dos direitos fundamentais terem sido concebidos, na sua origem, como direitos oponíveis ao Estado, admite-se contemporaneamente que eles também incidem nas relações jurídicas entre particulares. Assim, os direitos fundamentais produzem efeitos não apenas na relação Estado-cidadão (efeitos verticais), mas também na relação cidadão-cidadão (efeitos horizontais ou efeitos sobre terceiros). Em um primeiro momento, cabe observar que a 14 violação de certos direitos é inclusive mais provável exatamente no âmbito dessas ultimas relações, como ocorre com o direito à privacidade e o direito à honra. No campo do direito à saúde, esta noção impõe aos Poderes Públicos a obrigação de proteger a saúde no âmbito das relações privadas, devendo o legislador estabelecer leis adequadas a essa proteção e os tribunais interpretar as normas do direito privado de acordo com a Constituição, inclusive declarando-as inconstitucionais quando violarem o bem jurídico da saúde. Alguns exemplos dessa idéia: i) anulação de cláusulas contratuais dos planos de saúde tendo em vista o prejuízo que acarretam à saúde do usuário; ii) intervenção do SUS no âmbito do meio ambiente do trabalho quando não oferecer condições salubres de trabalho. 1.2.6 Princípios e diretrizes do direito sanitário Em todos os campos do Direito, observa-se a importância dos princípios, que hoje são consensualmente considerados autênticas normas jurídicas, vinculando os poderes públicos e os particulares às suas disposições. Sem esquecer a aplicabilidade de outros princípios constitucionais ao campo do direito sanitário, como os referentes à administração pública (art. 37) e os princípios gerais da ordem social (art. 193), passamos a examinar os princípios constitucionais da seguridade social (art. 194) e da saúde (arts. 196 e 198). Todos da CRFB 88. A análise desses dispositivos demonstra que eles estabelecem as diretrizes que devem ser observadas pelos Poderes Públicos no cumprimento de suas obrigações. Dessa forma, os princípios impõem um conjunto de objetivos ao Estado cujo alcance é o vetor que deve orientar o desenvolvimento das políticas públicas, limitando o campo da discricionariedade. Os princípios permitem verificar a constitucionalidadee legalidade materiais das políticas públicas, tanto no que se refere as suas atividades-fim quanto as suas atividades-meio. A leitura combinada dos arts. 194, 196 e 198 da CRFB-88 destaca os seguintes princípios: universalidade (art. 194, I; art. 196, caput): essa diretriz rompe com a divisão que existia anteriormente entre os segurados do sistema de previdência social e o resto da população. Como direito de todos, a saúde não requer nenhum requisito para sua fruição, devendo ser universal e igualitário o acesso às ações e serviços de saúde, “em todos os níveis de assistência” (art. 7º, I, da LOS). 15 caráter democrático e descentralizado da administração, com participação da comunidade (art. 194, VII; art. 198, I e III): a descentralização é aqui entendida como uma redistribuição das responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que, quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do poder municipal no tocante à saúde. atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais (art. 198, II): este princípio impõe a articulação e continuidade do conjunto das ações e serviços preventivos e assistenciais ou curativos, em todos os níveis do sistema. A integralidade implica ainda que os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser humano integral, submetido às mais diferentes situações de vida e de trabalho, que o levam a adoecer e morrer O indivíduo deve ser entendido como um ser social, cidadão que biológica, psicológica e socialmente está sujeito aos riscos inerentes à vida. Dessa forma, o atendimento deve ser feito para a sua saúde e não somente para as suas doenças. Isso exige que o atendimento seja feito também para erradicar as causas e diminuir os riscos, além de tratar os danos. Isso significa que o SUS deve garantir o acesso a ações de promoção, que buscam eliminar ou controlar as causas das doenças e agravos, envolvendo ações também em outras áreas. regionalização e hierarquização (art. 198, caput): este princípio busca permitir um conhecimento maior, por parte da rede de serviços do SUS, dos problemas de saúde da população de uma área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. Dessa forma, o acesso da população à rede deve dar-se por intermédio dos serviços de nível primário de atenção, que devem ser e estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam serviços de saúde. Os que não podem ser resolvidos nesse nível deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. Além desses princípios, o já citado art. 7º da Lei 8.080/91 enumera outros, a saber: preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral, o que significa o respeito à capacidade do indivíduo tomar decisões, inclusive elegendo o procedimento a ser adotado, desde que eficaz para a preservação da sua saúde ou da comunidade (art. 7º, III); direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde (art. 7º, V); 16 divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário (art. 7º VI); utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática (art. 7º, VII); integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico (art. 7º, X); conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população (art. 7º, XI); capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência, isto é, capacidade dos serviços de saúde resolverem, no nível de sua complexidade, os problemas que lhes forem apresentados (art. 7º, XII); organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos (art. 7º, XIII). Como se pode observar, esses princípios regulam não apenas as prestações de serviços de saúde, mas também a própria organização do Sistema Único de Saúde, o qual segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um sistema, que significa um conjunto de unidades, serviços e ações que interagem para um fim comum. 1.2.7 Princípios e diretrizes direito à saúde do trabalhador Tudo acima exposto se aplica à saúde do trabalhador, pois tudo que vale ao todo, vale, por óbvio, à parte desse mesmo todo. Logo não há saúde do trabalhador sem o respeito a esses princípios e diretrizes supra mencionados. Especificamente à saúde do trabalhador a CRFB-88 pontua alguns fundamentais direitos, a partir dos quais se estrutura o presente livro: Inciso XXVIII do Art. 7 - seguro contra acidentes de trabalho (SAT), a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Inciso XXII do Art.7 - redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança. 17 Inciso XXIII do Art.7 - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Inciso II do Art. 200: - Ao sistema único de saúde compete (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei: executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; Caput do Art. 225 - meio ambiente ecologicamente equilibrado, neste incluso o do Trabalho (VIII, Art.200). Por conta dos dispositivos acima, fica nítida a ativação de vários ramos do direito, submetidos a um mesmo tronco da Saúde do Trabalhador, dentro de um bem jurídico maior: a saúde. Daí a denominação Direito Sanitário. A ativação dos vários ramos se dá de modo expresso, a saber: - Direito Tributário ao determinar o recolhimento compulsório do SAT, por parte das empresas, nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. - Direito Civil ao referenciar indenização, por parte do empregador, quando do acidente do trabalho, nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. - Direito Penal ao vincular e definir conseqüências a pessoa do empregador quando da ocorrência de ato culposo ou doloso, nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. - Direito Trabalhista ao criar adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, nos termos do inciso XXIII do Art. 7. - Direito Sanitário Ao atribuir ao SUS competência ampla e plena, inclusive nominando inaugurando juridicamente a nomenclatura saúde do trabalhador, nos termos do inciso II do Art. 200. - Direito Ambiental Ao incluir o meio ambiente do trabalho na definição constitucional dada pelo Art.225 de meio ambiente, nos termos do inciso VIII do Art.200 Para visualização na nova configuração constitucional, apresenta-se a seguir a figura 1-1, que indica a hierarquia e os novos ramos do direito submetidos à nova ordem constitucional: 18 Figura 1-1: Múltiplas dimensões da saúde do trabalhador submetidas à nova ordem constitucional 1.2.8 Definição de Escopo Esta obra abordará todas as sete facetas acima indicadas, separando por capítulos, todaviaentrelaçando-os ao longo do livro. Como leitura básica e complementar sugere-se a consulta ao livro 1 de mesmo autor: Curso de Legislação para Engenharia Prevencionista do Meio Ambiente do Trabalho. Engenharia de Produção – Faculdade de Tecnologia. UnB. 2009. 2 VISÃO SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR Na esteira acima colocada, surge a primeira, e talvez a mais importante, dimensão da saúde do trabalhador: a sanitária. Saúde como estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Segundo o prisma constitucional, há uma organicidade voltada à integridade física e mental do trabalhador - qualquer que seja a sua denominação, subordinação ou vinculação, inclusive os desocupados. Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988 Sanitário Previdenciário Tributário Am biental Penal Saúde do Trabalhador Civil Trabalhista Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988 Sanitário Previdenciário Tributário Am biental Penal Saúde do Trabalhador Civil Trabalhista Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988 Sanitário Previdenciário Tributário Am biental Penal Saúde do Trabalhador Civil Trabalhista 19 A partir da promulgação da CRFB-88, o tema saúde do trabalhador sai do campo do direito privado, da relação patrão-empregado, e entra no campo da saúde pública, como visto. A lei 8.080/91 - que passa a organizar todo o sistema sanitário nacional,inclusive o do trabalhador - regulamenta o SUS como um todo e estabelece no art. 6º que a saúde do trabalhador está incluída no campo de atuação do SUS.Tem-se portanto um novo marco legal-administrativo, as escapar do direito privado (trabalhista) para uma dimensão de direito público (sanitário). Diz-se direito público porque os interesses difusos e coletivos se sobrepõem aos privados, em outras palavras, entre o direito privado que assegura inviolabilidade do patrimônio e o direito à saúde pública quanto ao combate a uma epidemia de LER/DORT nessa mesma empresa, prevalece o interesse coletivo, mesmo contra a vontade do empregador, que se sujeitará às determinações do SUS. A saúde do trabalhador tem como pano de fundo as contradições entre capital e trabalho, intrínsecas ao sistema capitalista. Essa constatação não implica ter uma visão maniqueísta em que se divide a sociedade entre forças do bem e forças do mal, mas reconhecer a contradição e assumir que não existe neutralidade nesse campo. Muitos dos que não viveram ou se esqueceram do período pré-constituinte, não sabem avaliar a importância da universalidade, integralidade e equidade da atenção à saúde, princípios básicos do SUS. O SUS é responsável pela maior reforma de Estado em andamento e a única política pública realmente universalista e igualitária do Brasil. Apesar disso ou por causa disso, é ignorado ou desprezado pelas elites, até mesmo por boa parte dos sindicatos de trabalhadores, que, embora dispondo de planos de saúde privados, subsidiados pela sociedade, são beneficiados pelas ações do SUS nos atendimentos de urgências e emergências, nos tratamentos de alto custo e de alta complexidade(atendimento integral para portadores de HIV, renais crônicos e pacientes com câncer; cirurgias cardíacas; transplantes de órgãos, etc.) e, cotidianamente, pela vigilância sanitária e epidemiológica, que garantem a qualidade dos alimentos e dos medicamentos, o controle de epidemias, etc. Muito se avançou, na rede pública de saúde, na assistência aos trabalhadores adoecidos ou acidentados do trabalho. A legislação referente ao Seguro Acidente do Trabalho determinava, até pouco tempo, que o atendimento aos acidentes de trabalho fosse feito exclusivamente por hospitais 20 privados, credenciados pela Previdência Social. Se um trabalhador acidentado fosse atendido num serviço público, por exemplo, correria o risco de perder o direito aos benefícios previstos na legislação. Se se tratasse de um trabalhador sem registro em carteira, o atendimento seria negado na rede privada. Hoje o atendimento pode ser feito em qualquer serviço, não havendo nenhum tipo de discriminação na rede do SUS. 2.1 Obsoletismos Jurídico e Cientifico da Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho Quando o constituinte dispõe de modo diverso sobre norma jurídica existente à época da promulgação da nova carta magna, diz-se que a nova constituição não recepcionou 2 a ordem jurídica anterior. Isso aconteceu com a CRFB-88 que elegeu as normas de Higiene; de Saúde e de Segurança como os novos ferramentais para fins de prevenção dos riscos inerentes ao trabalho, nos termos do inciso XXII do Art.7. Contrário senso, quando a nova carta não trata da matéria, diz-se que o direito anterior foi recepcionado pela nova ordem. À época da CRFB 88, a ordem jurídica em vigor sobre a matéria de prevenção laboral era dada pelo Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que definia as disciplinas Segurança do Trabalho e da Medicina do Trabalho como referenciais que guiariam as práticas prevencionistas. Com o advento da CRFB 88, em especial do inciso XXII do Art.7, tem-se uma alteração expressa, de modo que aquelas disciplinas deixaram de operar efeitos jurídico como ferramentas, ao tempo que perderam sua instrumentalidade para os novos e robustos aportes científicos carreados conjuntamente pelas disciplinas: Higiene, Saúde e Segurança. Se quisesse diferente, ou seja, caso o constituinte originário optasse por recepcionar tais disciplinas em vigor à época, simplesmente bastaria silenciar quanto à instrumentação do inciso XXII do Art.7, que poderia ser assim redigido: “redução dos riscos inerentes ao trabalho” (recepção tácita). Ou, expressamente nominá-las, como: “redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho” (recepção expressa), dando sobrevida aos termos dispostos no Capitulo V da CLT. Claramente não foi essa a decisão do constituinte. 21 A nova carta maior confere notável ultrapassagem de paradigmas científicos, jurídicos e até mesmo político-ideológicos. Quanto à abordagem prevencionista, são dois momentos, portanto, antes e depois da CRFB 88, a saber: Antes de 88, em regime puramente celetista, os conhecimentos edificados pela engenharia e medicina do trabalho com base em métodos Taylor-Fordista impunham a necessidade do operário sadio, com baixo índice de absenteísmo e alta produção; praticavam a seleção dos mais aptos e ao atendimento in locu daqueles “acometidos” com vistas ao retorno, sem demora; e principalmente, usavam o trabalhador, como qualquer outro recurso, como mero fator de produção (daí o termo: “do trabalho” adjetivando a medicina e a engenharia), um objeto, juntamente com as matérias-primas e insumos, dissociado da dignidade humana. Em resumo, a razão de ser da Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho era salvaguardar o fator econômico, trabalho, assegurando a saúde do trabalho ao processo produtivo, enquanto fração expropriável do capital no novo sistema, indústria. Isso definitivamente foi superado pela nova ordem. Sob a égide da CRFB 88, no ordenamento sanitário laboral presente na Lei Orgânica da Saúde – LOS, dentro campo dos direitos sociais, tem-se uma conotação dialética do trabalhador com o meio ambiente do trabalho, e, por conseguinte com o patrão, segundo a qual o trabalhador resgata o pólo ativo da relação, como sujeito de direitos (ao menos tenta abandonar a passividade), exigindoe indicando o que deveria ser mudado seguindo novos princípios e referenciais, tais como: não delegação da saúde; validação consensual; não monetização do risco; grupo homogêneo de risco e de vigilância sanitária e epidemiológica, no campo da saúde coletiva. Nessa fase, há premissas que se impõem no campo da saúde do trabalhador, a saber: possibilidade (necessidade) de mudança dos processos de trabalho e das condições e dos ambientes de trabalho, em direção à humanização do trabalho; saúde não delegada ao patrão, nem ao médico; valorização cognitiva e política da “subjetividade operária”; confronto coletivo; a luta primordialmente voltada à prevenção e ao saneamento do ambiente do trabalho; participação sindical como elemento fundamental para a democratização das instituições sanitárias; e, 22 busca da compreensão das relações (do nexo) entre o trabalho e a saúde-doença Nesse tocante, caberia uma revisão de atualização curricular nos títulos e na própria grade programática dos cursos Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho dado seus obsoletismos jurídico e cientifico, pois é sabido e notório que o tema saúde do trabalhador vai muitíssimo além da seara dessas duas importantes disciplinas. Ao invés de Medicina do Trabalho, por que não usar Medicina Prevencionista do Meio-Ambiente do Trabalho? Engenharia de Segurança do Trabalho, por que não Engenharia de Prevenção do Meio-Ambiente do Trabalho? Este livro coloca essa proposta em discussão, ao menos ao nível dos nobres leitores. A figura 2-1 sintetiza essa evolução, cuja marco temporal é a CRFB-88 Figura 2-1: Categorização jurídica sanitária da saúde do trabalhador em substituição à trabalhista CRFB 1988 Direito Privado Sinalagmatico Medicina do Trabalho Objeto CLT Direito Público Interesse Coletivo Saúde do Trabalhador Sujeito LOS CRFB 1988 Direito Privado Sinalagmatico Medicina do Trabalho Objeto CLT Direito Público Interesse Coletivo Saúde do Trabalhador Sujeito LOS 23 2.2 Nova configuração sanitária Laboral Em 1975, a Lei nº 6.229 instituiu o Sistema Nacional de Saúde. Em 1987, o Decreto nº 94.657 criou os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde – SUDS, nos Estados, tudo feito com o propósito de passar para as unidades federativas (Estados e Municípios) as ações de saúde. Posteriormente, a Constituição de 1988 tratou a Saúde como uma das áreas da Seguridade Social (art. 194, caput) e instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS, cujas ações e serviços públicos constituem uma rede regionalizada e hierarquizada, organizada de acordo com as diretrizes previstas nos incisos do art. 198. Por sua vez, a Lei nº 8.080, de 19/09/1990, denominada Lei Orgânica da Saúde, revogou a Lei nº 6.229/75 e regulamentou o SUS. E, por fim, em 1993, pela Lei nº 8.689, foi extinto o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, o que veio a consolidar o modelo preconizado pela Constituição. De acordo com a Lei nº 8.212/91, relativa à Organização da Seguridade Social e seu Plano de Custeio, no seu art. 2º, “a Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Verifica-se, pois, que a saúde é um direito público subjetivo, que pode e deve ser exigido do Estado, que, em contrapartida, tem o dever de provê-lo. Trata-se de um dos direitos sociais do cidadão (art. 6º da CF), reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, celebrada pela ONU, em 1948 (art. 25, primeira parte). O Sistema Único de Saúde envolve ações preventivas e curativas (art. 198, II da CF) e poderá contar com a ajuda da medicina privada, de forma supletiva (art. 199, § 1º da CF). Será financiado com recursos do orçamento da seguridade social previstos no art. 195, que inclui recursos fiscais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e as contribuições sociais arroladas nos incisos I, II e III, além de outras fontes. Pelo nosso sistema, a União é a responsável pela regulamentação, fiscalização e controle das ações e dos serviços de saúde, pois a ela compete estabelecer normas gerais e partilhar da competência concorrente com os Estados, e o Distrito Federal, prevista no art. 24, inciso XII, e parágrafos, da Constituição da República. 24 Tem-se a seguir a configuração sistêmica e jurídica nas quais se organiza a saúde do trabalhador, conforme a figura 2-1: Figura 2-2: Sistema jurídico no campo de direito sanitário 2.3 Lei Orgânica da Saúde – Novo Referencial Prevencionista Esse conjunto de bem estar físico, mental e social preconizado como exigência da sociedade brasileira, foi positivado expressamente pela CRFB-88 e regulamentado pela Lei 8.080/1991, no § 3º do Art. 6º, ao especificar a Saúde do Trabalhador como um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Nessa definição se incluem a: assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho, bem Sanitário LOS Lei 8.080/90 SNVS Lei 9.782/99 Decreto 99.438/90 - CNS Portarias Federais MS/3.120/98 IN VST/SUS MS/1.339 Lista de Doenças Ocup MS/777/2003 Notificação Compulsória Sanitário LOS Lei 8.080/90 SNVS Lei 9.782/99 Decreto 99.438/90 - CNS Portarias Federais MS/3.120/98 IN VST/SUS MS/1.339 Lista de Doenças Ocup MS/777/2003 Notificação Compulsória 25 como da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. 2.3.1 Definição de Vigilância Epidemiológica e Sanitária Como visto no caput do artigo 6º, instrumentaliza-se a saúde do trabalhador por intermédio de dois sistemas de vigilância: sanitária e a epidemiológica. Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscosà saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: (§ 1º do Art. 6º) I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (§ 2º do Art. 6º). 26 Como se observa das definições as duas se complementam, no sentido da epidemiológica para a sanitária, pois enquanto a primeira gera informação e conhecimento; a segunda concretiza ações erradicação das causas ou mitigação dos efeitos danosos. Em outras palavras: informação para ação. A título de incursão panorâmica sobre as interfaces da saúde do trabalhador, apresenta-se na Figura 2-2 as várias conexões e institucionais decorrentes da Lei 8.080/90. A Norma Operacional Básica de Saúde do Trabalhador (NOST) aprovada pela Portaria MS nº 3.908/98, de 30/10/98, reafirma a competência dos Estados e dos Municípios na execução de ações na área de saúde do trabalhador e assume o compromisso com o processo de descentralização dessas atividades ao indicar as diretrizes para a constituição de uma rede hierarquizada de atenção à saúde dos trabalhadores com responsabilidades compartilhadas 3 . Figura 2-3: Interfaces da Saúde do Trabalhador no Campo Sanitário Regulamentação Vigilância Epidemiológica Vigilância Sanitária Notificação Compulsória Descrição Definição de Competências ST Regulamentação Vigilância Epidemiológica Vigilância Sanitária Notificação Compulsória Descrição Definição de Competências ST 27 As ações relativas à Vigilância em Saúde do Trabalhador - VISAT, no âmbito da NOST, dependem de 04 diretrizes: a descentralização, o financiamento, o controle social e a gestão. A VISAT atua como eixo fundamental para consolidar as ações em Saúde do Trabalhador no SUS, pois através dela se podem prevenir os agravos decorrentes da relação saúde trabalho e promover a saúde no ambiente de trabalho. A implantação das ações de VISAT é recente e ainda em construção. A Instrução Normativa de VST no SUS, instituída pela Portaria nº. 3.120, de 1º de julho de 1998 fornece subsídios básicos para o desenvolvimento de ações e parte do pressuposto de que o sistema de saúde, embora deva ser preservado nas suas peculiaridades regionais que impliquem respeito às diversas culturas e características populacionais, por ser único, também deve manter linhas mestras de atuação, especialmente pela necessidade de se compatibilizarem instrumentos 4 . Maiores detalhes fogem ao escopo desta obra, todavia, sugere-se, para aprofundamento, leitura da própria lei e das demais informações constante do Ministério da Saúde 5 2.4 Competências das Unidades da Federação quanto à Saúde do Trabalhador No campo da competência concorrente (Estados, DF, Municípios e a União), todos têm competência para exercer as vigilâncias de forma plena, conforme decisão TRF- SP 6 ,complementarmente, não mais apenas o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, como ocorria antes da CRFB-88. Para não ficar enfadonho, uma vez que a lei 8.080/91 pode ser consultada na integra pelo leitor mais acurado, faz-se aqui uma chamada ao Art. 16 que lista as atribuições da direção nacional do SUS. Dentre outras, possui o SUS federal a competência de: participar na formulação e na implementação das políticas (II,”c”) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; definir e coordenar os sistemas de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária (V, ”b”, ”c”); participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador (V); coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica (VI); 28 elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal (XVIII). Esses incisos são auto-explicativos. Outro destaque que se faz está no parágrafo único do Art. 16º, que diz: A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional. Exemplo típico do caso em que o SUS ao nível federal poderá exercer poder de polícia (fiscalização, interdição, lavraturas administrativas em geral) sobre os empregadores que apresentarem indicadores epidemiológicos (acidentes, doenças e mortes do trabalho), cujos arranjos técnicos, políticos e geográficos envolvidos constranjam ou impossibilitem o Município ou até mesmo o Estado de atuarem. Assim para enfrentar uma endemia de LER/DORT causada pelas entidades financeiras ou de Hipertensão Arterial Sistêmica nas empresas de esgotamento sanitário (coleta e tratamento), dada a dispersão geográfica, peso político-econômico e complexidade técnica envolvidos, dificilmente o SUS lograria êxito no âmbito municipal ou estadual. Essa é a razão ser desse dispositivo. Em recente decisão 7 , o TRF julgou recurso (agravo de instrumento) da vigilância em saúde do SUS - estadual (SP) contra decisão da 23ª Vara Federal de SP. O TRF reformou a sentença e confirmou a competência do SUS para atuação no meio ambiente do trabalho, sob o prisma da proteção da saúde do trabalhador, mantendo inclusive os autos-de-infração contra a empresa fiscalizada em ação proposta pela Shell contra o Estado de SP. 29 1 Oliveira-Albuquerque, PR. Curso de Legislação para Engenharia de Prevenção do Meio Ambiente do Trabalho. Engenharia de Produção – Faculdade de Tecnologia. UnB, 2009. 2 Barroso, LR, Interpretação e Aplicação da Constituição, São Paulo, Saraiva, 1996, p.68. 3 Maeno M, Carmo JC. Saúde do Trabalhador no SUS.São Paulo: Hucitec; 2005. 4 Nobre L, Santana V. Sistemas de Informação em Saúde do Trabalhador. In: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) (BR). 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador – “Trabalhar, sim! Adoecer, não!” - Coletânea de Textos - Versão Preliminar. Brasília; 2005. p.163-7. 5 http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=928 6 http://www.trf3.gov.br/acordao/verrtf2.php?rtfa=63360381914921 7 http://www.trf3.gov.br/acordao/verrtf2.php?rtfa=63360381914921