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Capitulos 1 e 2_Livro_Saude do Trabalhador_Exotico ao Esoterico_PROF PAULO ROGERIO

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SAÚDE DO TRABALHADOR: 
DO EXÓTICO AO ESOTÉRICO 
UMA SISTEMATIZAÇÃO 
 
Sumário 
1 SAÚDE DO TRABALHADOR – MÚLTIPLAS VISÕES ....................................................................................... 10 
1.1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 10 
1.2 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.................................................................................................................. 11 
1.2.1 CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO SANITÁRIO ..................................................................................................... 11 
1.2.2 NÃO APENAS O EMPREGADO TEM DIREITO A SAÚDE! ................................................................................................. 11 
1.2.3 DIREITO À SAÚDE: DIREITO FUNDAMENTAL IRREFORMÁVEL ........................................................................................ 12 
1.2.4 DIREITO OBJETIVO À SAÚDE .................................................................................................................................. 12 
1.2.5 REGRAS VERTICAIS E HORIZONTAIS ........................................................................................................................ 12 
1.2.6 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO DIREITO SANITÁRIO ....................................................................................................... 13 
1.2.7 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DIREITO À SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................................................................... 15 
1.2.8 DEFINIÇÃO DE ESCOPO ......................................................................................................................................... 17 
2 VISÃO SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ...................................................................................... 17 
2.1 OBSOLETISMOS JURÍDICO E CIENTIFICO DA MEDICINA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................. 19 
2.2 NOVA CONFIGURAÇÃO SANITÁRIA LABORAL ..................................................................................................... 22 
2.3 LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – NOVO REFERENCIAL PREVENCIONISTA ........................................................................ 23 
2.3.1 DEFINIÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA .......................................................................................... 24 
2.4 COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO QUANTO À SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................... 26 
3 VISÃO PREVIDENCIÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1 BENEFICIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.1 APOSENTADORIA POR IDADE (ESPÉCIE - B41) .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.2 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ESPÉCIE – B32 OU B92 ACIDENTÁRIO) ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.3 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (ESPÉCIE – B42) .................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.4 APOSENTADORIA ESPECIAL (ESPÉCIE – B46) ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.5 AUXÍLIO-RECLUSÃO (ESPÉCIE – B25) .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 ii 
3.1.6 PENSÃO POR MORTE (ESPÉCIE – B21 OU B93 ACIDENTÁRIA) ......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.7 SALÁRIO FAMÍLIA (NÃO TEM CÓDIGO DE ESPÉCIE) ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.8 SALÁRIO MATERNIDADE (ESPÉCIE – B80) ................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.9 BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA (B87) E AO IDOSO (B88) ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.10 AUXILIO DOENÇA (ESPÉCIE – B31 OU B91 ACIDENTÁRIO) ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.11 AUXILIO ACIDENTE (ESPÉCIE – B94)......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.1.12 SERVIÇOS: REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E SERVIÇO SOCIAL ......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.2 FORMAS JURÍDICO-TEÓRICAS PREVIDENCIÁRIAS DE INTERVENÇÃO SANITÁRIA ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.3 CURIOSA ESTABILIDADE........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.4 COMO REQUERER OS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.5 SERVIDOR É GENTE? ............................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6 SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO: UM CHOQUE SOCIAL DE GESTÃO .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6.1 SEGURADOS AMPARADOS ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6.2 REGIMES JURÍDICOS ................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6.3 DEFINIÇÕES SOBRE CATEGORIAS DE SERVIDORES PÚBLICOS ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6.4 SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL: UM EXEMPLO A SER SEGUIDO ............................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
3.6.5 ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR - PNST ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4.1 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4.2 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4.3 ALINHAMENTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4.4 ALINHAMENTO DO INSS ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
4.5 ALINHAMENTO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5 VISÃO ACIDENTÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR .................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.1 DEFINIÇÃO DE AGRAVO À SAUDE DO TRABALHADOR E ACIDENTE DO TRABALHO ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.2 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.2.1 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - SINAN-NET ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.2.2 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - CAT-WEB .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.3 INOCENTAR O CRIMINOSO OU INCRIMINAR O INOCENTE? ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.4 SISTEMA PERVERSO DO FALSO NEGATIVO ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5 TIPOLOGIA ACIDENTÁRIA: CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO ACIDENTÁRIA À INCAPACIDADE LABORAL ...... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
 iii 
5.5.1 TIPO I - NEXO TÉCNICO POR LESÃO CORPORAL AGUDA ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.2 TIPO II - NEXO TÉCNICO POR DOENÇA PROFISSIONAL.................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.3 TIPO III - NEXO TÉCNICO POR DOENÇA DO TRABALHO .................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.4 TIPO IV - NEXO TÉCNICO EXCEPCIONAL ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.5 TIPO V - NEXO TÉCNICO AETIOGÊNICO ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.6 TIPO VI - NEXO TÉCNICO CONCAUSAL ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.7 TIPO VII - NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO – NTEP............................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.5.8 TIPO VIII - NEXO TÉCNICO ACIDENTÁRIO NEGATIVO .................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.6 MEDICINA EMPRESARIAL E MEDICINA PERICIAL DO INSS: ALTA MÉDICA ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO – NTEP .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.1 COMO ERA ANTES DA LEI 11.430/06, QUE INSTITUIU O NTEP? ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.2 NTEP AO PÉ DA LETRA. ............................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.3 ESTRUTURAÇÃO CIENTÍFICA DO NTEP ....................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.4 SITUAÇÃO ATUAL, POSTERIOR À LEI 11.430/06, QUE INSTITUIU O NTEP ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.5 RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS CONCRETAMENTE MENSURADOS ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.6 ESTRUTURAÇÃO CIENTIFICA DO NTEP ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.7 SITUAÇÃO (ATUAL) POSTERIOR À LEI 11.430/07 QUE INSTITUIU O NTEP ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.8 EXPLICANDO E EXEMPLIFICANDO MELHOR A APLICAÇÃO DO NTEP ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7.9 RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS CONCRETAMENTE MENSURADOS ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.8 TRIPLO CONSULTORIO .................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.9 CONFLITO ALTA MEDICA – SUSPENSAO CONTRATO DE TRABALHO ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6 VISÃO PENAL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.1 NORMAS GERAIS ................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.1.1 TIPICIDADE ............................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.1.2 CULPABILIDADE ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.2 AÇÃO PENAL ..................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.2.1 PENALIZAÇÃO (SANÇÕES PENAIS) ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.2.2 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.3 EXEMPLO-ÂNCORA ............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.3.1 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DOLOSA ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.3.2 RESPONSABILIZAÇÃO PENAL CULPOSA ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.4 SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL .............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.4.1 PESSOA JURÍDICA: COMO SUJEITO ATIVO DE INFRAÇÃO PENAL? ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
6.5 DISCUSSÃO SOBRE FORO PENAL TRABALHISTA: QUAL JUSTIÇA? ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 iv 
6.6 DIREITO PENAL ADMINISTRATIVO ........................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7 VISÃO CIVIL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ............................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.1 TEORIAS DO RISCO: EVOLUÇÃO JURÍDICA ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.2 RESPONSABILIDADE OBJETIVA – INDENIZAÇÃO: ACIDENTADO X EMPRESA ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.3 RESPONSABILIDADE OBJETIVA – PREVIDENCIÁRIA: ACIDENTADO X INSS .......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.4 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - INDENIZAÇÃO: ACIDENTADO X EMPRESA ........................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.5 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – RESSARCIMENTO: INSS X EMPRESA ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.6 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – RESSARCIMENTO: EMPRESA X PROFISSIONAL PREVENCIONISTA ........ ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
7.7 RESPONSABILIDADE PENAL DO PROFISSIONAL PREVENCIONISTA: REPERCUSSÃO CÍVEL ........ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.8 DIFERENCIAÇÃO ENTRE A RESPONSABILIDADE CIVIL E A PENAL ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
7.9 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA JULGAR CRIMES .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8 VISÃO TRIBUTÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ............................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.1.1 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.1.2 O QUE É TRIBUTO? .................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS. ........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2.1 IMPOSTO ............................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2.2 TAXA ..................................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2.4 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.2.5 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (ART. 149 E 195 DA CRFB) ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS - TRIBUTAÇÃO ........................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.3.1 CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.3.2 MODALIDADES DE LANÇAMENTO ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.3.3 ESQUEMA DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.4 TRIBUTAÇÃO PARA CUSTEIODO SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO – SAT ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.4.1 EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE PREPONDERANTE ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.5 TRIBUTAÇÃO PARA CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.5.1 ADICIONAL PARA O FINANCIAMENTO DA APOSENTADORIA ESPECIAL – ACRÉSCIMO DO SAT . ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.6 FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO – FAP ............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.7 APOSENTADORIA ESPECIAL E TRIBUTAÇÃO ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 v 
8.8 ELEMENTOS ESSENCIAIS À APOSENTADORIA ESPECIAL ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.8.1 PERMANÊNCIA ........................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.8.2 NOCIVIDADE........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.9 HIDROCARBONETOS (BENZENO): FATOR DE RISCO DE NATUREZA QUALITATIVA ................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.9.1 PERGUNTA-1 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.9.2 PERGUNTA-2 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.9.3 PERGUNTA-3 .......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.10 RUÍDO: FATOR DE RISCO DE NATUREZA QUANTITATIVA ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.11 CASO DO PINTOR E DO SUPERVISOR ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.12 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP ................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.13 SISTEMATIZAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA APOSENTADORIA ESPECIAL ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
8.14 DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO NA ÁREA DE SAÚDE DO TRABALHADOR ............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
9 VISÃO AMBIENTAL DA SAÚDE DO TRABALHADOR ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
9.1 AMBIENTE DO TRABALHO FAZ PARTE DO MEIO AMBIENTE? .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
9.2 POLUIDOR-PAGADOR: MEIO AMBIENTE DESEQUILIBRADO ........................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
9.3 ORGANIZAR PARA EQULIBRAR ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10 VISÃO TRABALHISTA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.1 CAPITULO V DA CLT E AS NORMAS REGULAMENTADORAS .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.2 LEGISLAÇÃO BÁSICA .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.3 ENTIDADES E ÓRGÃOS LIGADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.4 INSALUBRIDADE ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.5 PERICULOSIDADE .............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.7 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
10.8 LISTA DE VERIFICAÇÃO ESSENCIAL AO PPRA AO PCMSO ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11 A RECEITA FEDERAL DO BRASIL:TRANSFORMADORA SOCIAL DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ...... ERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.2 RFB E O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: NOVA FRONTEIRA TRIBUTÁRIA ...................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.3 AUSÊNCIA DE PODER DE POLICIA AO INSS .............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.4 A TRÍPLICE REPERCUSSÃO JURÍDICA DO MEIO AMBIENTE DO TRABALHO DESEQUILIBRADO . ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 vi 
11.5 DISCUSSÃO A PARTIR DE SITUAÇÕES-CENÁRIOS ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.5.1 CENÁRIO 1 ........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.5.2 CENÁRIO 2 ........................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.5.3 DISCUSSÃO DO CENÁRIO 1 ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.5.4 DISCUSSÃO DO CENÁRIO 2 ..................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
11.6 COMPETÊNCIA TÉCNICA: UMA QUESTÃO NÃO TÃO SECUNDÁRIA ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12 SISTEMAS DE GESTÃO E O QUINTO ELEMENTO: MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ..... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
12.1 SISTEMA ......................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12.2 GESTÃO HOMINAL:NOVO PARADIGMA (SAÚDE DO TRABALHADOR TAMBÉM É PATRIMÔNIO) ............ ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
12.2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12.2.2 REGRAS INTERNACIONAIS PARA ASSEGURAR O PATRIMÔNIO SAUDÁVEL .......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12.2.3 COMO O BRASIL DEMONSTRA A SALUBRIDADE DO PATRIMÔNIO? ................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12.2.4 ULTRAPASSANDO A FRONTEIRA: SAÚDE DO TRABALHADOR E GESTÃO HOMINAL ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
12.2.5 MECANISMO CAPITALISTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13 PERSPECTIVAS E SOLUCÕES: O POR VIR - NOVAS LEIS .............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.1 PROJETO DE LEI – PL: NAST SUBSTITUI CAT. .......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.1.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.2 PROJETO DE LEI – PL: PASSA DE 15 PARA 30 DIAS A FRANQUIA PREVIDENCIÁRIA .............. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.2.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.3 PROJETO DE LEI – PL: AMPLIA DE 03 PARA 09 GRAUS RISCOS (ALÍQUOTAS) DO SAT ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.3.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.4 PROJETO DE LEI – PL: ALTERAÇÃO DE NOMENCLATURA - SUBSTITUI AUXÍLIO-DOENÇA POR AUXÍLIO-INCAPACIDADE... ERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.4.1 JUSTIFICAÇÃO .......................................................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.5 PROJETO DE LEI – PL: FLEXIBILIZA FRANQUIA PREVIDENCIÁRIA EM FUNÇÃO DO TIPO DE AGRAVO Á SAÚDE DO TRABALHADOR
 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
13.5.1 JUSTIFICAÇÃO ....................................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
14 ANEXOS ................................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
14.1 ANEXO I – JULGAMENTO CRPS .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 vii 
14.2 ANEXO II – JULGAMENTO CRPS ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
14.3 SENTENÇA INÉDITA: ACIDENTE DO TRABALHO E A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EMPREGADOR ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
14.4 BANCÁRIA. DOENÇA PROFISSIONAL. LER-DORT. NEXO CAUSAL E NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO COM A 
ATIVIDADE EXERCIDA. LEI 11.430/06 E DECRETO 6.042/07. ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
15 REFERÊNCIAS ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1-1: MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA SAÚDE DO TRABALHADOR SUBMETIDAS À NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL . 17 
FIGURA 2-1: CATEGORIZAÇÃO JURÍDICA SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR EM SUBSTITUIÇÃO À TRABALHISTA21 
FIGURA 2-2: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO SANITÁRIO ............................................................................. 23 
FIGURA 2-3: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO SANITÁRIO ........................................................ 25 
FIGURA 3-1: ELENCO DE BENEFÍCIOS PAGOS PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL –RGPS/INSS ........ ERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 3-2: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO ............... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 3-3: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO PREVIDENCIÁRIOERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 5-1: DETERMINAÇÕES LEGAIS PARA NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADORERRO! INDICADOR 
NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-2: LISTA OS 11 TIPOS DE AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA. QUANTIDADE BRASIL 2007 – SINAN-NET ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-3: PREVALÊNCIA DOS BENEFICIOS – ACIDENTÁRIOS E PREVIDENCIÁRIOS - PERMANENTES E 
TEMPORÁRIOS.2000 A 2006. BRASIL. ................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-4: DIAGRAMA SOBRE NEXO TÉCNICO ENTRE MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E AGRAVOERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 5-5: FLUXOGRAMA PARA TIPOLOGIA DAS INCAPACIDADES ......................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-6: RELAÇÕES JURÍDICAS ENTRE EMPRESA, SEGURADO E INSS ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-7: DIAGRAMA NTEP ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-8: DIAGRAMA NTP – NEXOS INDIVIDUAIS ............................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-9: DIAGRAMA NTEP ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-10: ACRÉSCIMO DE REDAÇÃO DADA PELO DECRETO 6.042/2007 AO ANEXO II – LISTA B - AGENTES 
PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME ART. 20 DA LEI Nº 
8.213/91 – DECRETO 3.048/99 ........................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-11: ANEXO II – LISTA B - AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO 
TRABALHO, CONFORME ART. 20 DA LEI Nº 8.213/91 – DECRETO 3.048/99 .......... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 5-12: BOLETIM ESTATÍSTICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - BEPS – ABRIL 2007ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-13: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2006 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 ix 
FIGURA 5-14: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-15: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 – RANKING CIDERRO! INDICADOR 
NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 5-16: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTE DO TRABALHO – AEAT 2007 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 6-1: SISTEMA JURÍDICO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO PENAL ... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 6-2: TIPIFICAÇÃO PENAL EM MATÉRIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR ......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 6-3: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 7-1: ESQUEMA DAS RESPONSABILIDADES CÍVEIS EM SAÚDE DO TRABALHADOR: ......... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 8-1: EXEMPLO DE CÁLCULO PARA APURAÇÃO DE ATIVIDADE DE PREPONDERÂNCIA DO GIILDRAT ....... ERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-2: ESQUEMA DOS FATORES DE RISCOS E SUAS NATUREZAS ..................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-3: EVOLUÇÃO NORMATIVA DOS CRITÉRIOS DA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA RUÍDO ERRO! INDICADOR 
NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-4: SISTEMA JURÍDICO NO CAMPO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-5: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO TRIBUTÁRIO .. ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 8-6: TIPOS PENAIS ASSEGURADORES DA CONFIABILIDADE DAS CADASTRADAS PELAS EMPRESAS NO CNISERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-7: CONVERSIBILIDADES EM ANOS DA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA COMUM ....... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 8-8: FLUXO DE CONCESSÃO APOSENTADORIA ESPECIAL (CIRCUITO CNIS)ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 8-9: FLUXO DE CONCESSÃO APOSENTADORIA ESPECIAL (CIRCUITO CNIS -DETALHADO)ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 8-10: TIPIFICAÇÃO PENAL TRIBUTÁRIA EM MATÉRIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR...... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 9-1: SISTEMA JURÍDICO DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO AMBIENTAL ERRO! INDICADOR 
NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 9-2: INTERFACES DA SAÚDE DO TRABALHADOR NO CAMPO DO DIREITO AMBIENTAL .... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
 x 
FIGURA 10-1: QUADRO SINÓTICO SOBRE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA RELACIONADA À SAÚDE DO TRABALHADORERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 10-2 : QUADRO SOBRE INSALUBRIDADE - NR 15 (PORTARIA 3214/78 DO MTE) .......... ERRO! INDICADOR NÃO 
DEFINIDO. 
FIGURA 10-3 : QUADROS SOBRE PERICULOSIDADE - NR 16 ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 10-4: LISTA DE VERIFICAÇÃO CONVERGENTE E ESSENCIAL À EFETIVIDADE DO PPRA E DO PCMSO ...... ERRO! 
INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
FIGURA 13-1: SEÇÃO E DIVISÃO DA CNAE (VERSÃO 2.0) ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 11 
1 SAÚDE DO TRABALHADOR – MÚLTIPLAS VISÕES 
 
1.1 Introdução 
Objetiva-se com este trabalho permitir ao leitor uma visão ampla, interligada e sistêmica do tema 
em destaque, considerando a evolução das teorias envoltas ao fenômeno saúde-trabalho-
adoecimento e meio ambiente, bem como os aparatos jurídicos e científicos, multidimensional e 
pluridisciplinar, que sustentam esse almejado e complexo bem social chamado Saúde do 
Trabalhador. 
 
Saúde do Trabalhador aqui discutida deve ser entendida como resultado avanço social ao 
representar um conjunto de anseios, direitos e deveres (de quebra de paradigma), por força da 
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, - CFRB-88 -, assumidos na 
direção do direito público, no campo da saúde coletiva, em contraposição aos preceitos obsoletos e 
restritos da medicina do trabalho, calcados em direito privado, no estreito campo dasaúde 
individual. 
 
Compreende-se o choque que este livro causará ao leitor - principalmente àqueles oriundos dos 
cursos de engenharia de segurança do trabalho; medicina do trabalho, enfermagem do trabalho, 
técnicos e auxiliares técnicos do trabalho - arraigado ao viés trabalhista, há anos, incrustado na 
sociedade brasileira, por herança do Brasil agropastoril, ainda remanescente em alguns setores da 
economia. 
 
Nesse esforço de concatenação do tema sanitário laboral, esta obra inicia com uma base comum e 
universal a qualquer sistema produtivo, aqui chamado de “visões”, válida como material didático-
pedagógico às inúmeras possibilidades acadêmicas, para nos capítulos seguintes fazer o 
acoplamento mais adequado entre algo arcaicamente chamado de trabalhista do tema (sentido 
exótico) para um sistema mais elaborado de conexões sócio-juridicas, hodiernamente, vinculado ao 
campo da dignidade humana (sentido esotérico), com desdobramentos nos mais variados campos do 
conhecimento humano. 
 
Nesse sentido optou-se por adotar esquemas de exemplos-âncoras e cenários hipotéticos de 
casos,exatamente, para conferir praticidade as argumentações aqui elaboradas. 
 12 
1.2 Da Constituição da República 
A Constituição de um Estado emerge de um pacto entre diversificados valores sociais, idéias, 
aspirações e interesses diferenciados e até mesmo antagônicos. Conquanto seja verdade que a 
Constituição tenha por intuito retratar um consenso fundamental, não tem ela o condão de aplainar 
as saliências e reentrâncias do pluralismo e antagonismo das idéias subjacentes à celebração do 
referido pacto. Choques de valores sempre existirão, e isso em nada desnatura o Estado 
Democrático de Direito; ao contrário, faz florescer e amadurecer a democracia. 
 
A saúde do trabalhador brota desse bojo de conflitos sob o prisma constitucional do novo ramo de 
direito público – direito sanitário - voltado especificamente à integridade física e mental do 
trabalhador, assim entendido o trabalhador sob qualquer denominação, subordinação ou vinculação, 
inclusive os desocupados. Por certo o tema é incipiente, bastante polêmico e ao mesmo tempo 
auspicioso. 
1.2.1 Constitucionalização do Direito Sanitário 
 
A constitucionalização do direito sanitário na atual Carta Magna possui duas características 
principais: o reconhecimento do direito à saúde como direito fundamental e a definição dos 
princípios que regem a política pública da saúde. 
 
A caracterização da saúde como direito fundamental ocorre pela primeira vez na história 
constitucional brasileira. A saúde consta como um dos direitos sociais reconhecidos no art. 6°, que 
abre o Capítulo II (“Dos Direitos Sociais”) do Título II (“Dos Direitos Fundamentais”) da 
Constituição de 1988; além disso, o caput do art. 196 define a saúde como “direito de todos e dever 
do Estado”. Essa forma de constitucionalização acarreta quatro importantes conseqüências, a saber: 
1.2.2 Não apenas o empregado tem direito a saúde! 
 
O texto constitucional anterior reconhecia em seu artigo 165, XV, no Título III, “Da Ordem 
Econômica e Social”, o direito à “assistência sanitária, hospitalar e médica preventiva”, nos termos 
da lei. Isso permitia, na legislação infraconstitucional, a separação entre o sistema de saúde dos 
segurados da Previdência Social, integrantes do mercado formal de trabalho, e a maioria da 
população, que não tinha acesso a esse sistema. Ou seja, quem tivesse Carteira Profissional -CTPS, 
teria direito aos serviços de saúde; ao contrário, aqueles que não a tivesse, ficavam à míngua. Com a 
definição da saúde como direito fundamental, abre-se o caminho para que todos os cidadãos 
 13 
brasileiros possam dela usufruir tendo em vista que a saúde passa a constituir um direito público 
subjetivo que é garantido pela existência do Sistema Único de Saúde (SUS). 
1.2.3 Direito à Saúde: direito fundamental irreformável 
 
Direito à saúde como cláusula pétrea da Constituição. As chamadas “cláusulas pétreas” são limites 
ao poder de reforma da Constituição, já que as matérias por elas alcançadas não podem ser abolidas, 
nem mesmo tendencialmente, por emendas constitucionais. 
 
A Saúde está disposta dentre os direitos e garantias individuais, na qualidade de direito 
fundamental, portanto se inclui na definição de “cláusula pétrea”, de acordo com o inciso IV do art. 
60, § 4º, da CF. Deve-se observar que na aplicação desse dispositivo, o intérprete não deve se pautar 
pelo critério literal, já que o reconhecimento de todos os direitos fundamentais é uma decisão do 
poder constituinte que não pode ser alterada pelo poder reformador 
 
1.2.4 Direito Objetivo à Saúde 
 
Direito à saúde como valor: os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição possuem não 
apenas uma dimensão subjetiva, atribuindo direitos aos cidadãos, mas também uma dimensão 
objetiva, na qual se estabelecem os valores ou bens jurídicos principais que devem ser objeto de 
proteção pelo Estado e pela sociedade. 
 
Portanto, mesmo quando não haja violação direta do direito subjetivo à saúde, os operadores do 
direito devem verificar se o bem jurídico saúde está sendo afetado por ações ou omissões dos 
poderes públicos. Isso justifica, por exemplo, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato 
normativo que venham contrariar o direito à saúde. 
 
1.2.5 Regras Verticais e Horizontais 
 
Direito à saúde e efeitos sobre terceiros: apesar dos direitos fundamentais terem sido concebidos, na 
sua origem, como direitos oponíveis ao Estado, admite-se contemporaneamente que eles também 
incidem nas relações jurídicas entre particulares. Assim, os direitos fundamentais produzem efeitos 
não apenas na relação Estado-cidadão (efeitos verticais), mas também na relação cidadão-cidadão 
(efeitos horizontais ou efeitos sobre terceiros). Em um primeiro momento, cabe observar que a 
 14 
violação de certos direitos é inclusive mais provável exatamente no âmbito dessas ultimas relações, 
como ocorre com o direito à privacidade e o direito à honra. 
 
No campo do direito à saúde, esta noção impõe aos Poderes Públicos a obrigação de proteger a 
saúde no âmbito das relações privadas, devendo o legislador estabelecer leis adequadas a essa 
proteção e os tribunais interpretar as normas do direito privado de acordo com a Constituição, 
inclusive declarando-as inconstitucionais quando violarem o bem jurídico da saúde. 
 
Alguns exemplos dessa idéia: i) anulação de cláusulas contratuais dos planos de saúde tendo em 
vista o prejuízo que acarretam à saúde do usuário; ii) intervenção do SUS no âmbito do meio 
ambiente do trabalho quando não oferecer condições salubres de trabalho. 
1.2.6 Princípios e diretrizes do direito sanitário 
 
Em todos os campos do Direito, observa-se a importância dos princípios, que hoje são 
consensualmente considerados autênticas normas jurídicas, vinculando os poderes públicos e os 
particulares às suas disposições. Sem esquecer a aplicabilidade de outros princípios constitucionais 
ao campo do direito sanitário, como os referentes à administração pública (art. 37) e os princípios 
gerais da ordem social (art. 193), passamos a examinar os princípios constitucionais da seguridade 
social (art. 194) e da saúde (arts. 196 e 198). Todos da CRFB 88. 
 
A análise desses dispositivos demonstra que eles estabelecem as diretrizes que devem ser 
observadas pelos Poderes Públicos no cumprimento de suas obrigações. Dessa forma, os princípios 
impõem um conjunto de objetivos ao Estado cujo alcance é o vetor que deve orientar o 
desenvolvimento das políticas públicas, limitando o campo da discricionariedade. 
 
Os princípios permitem verificar a constitucionalidadee legalidade materiais das políticas públicas, 
tanto no que se refere as suas atividades-fim quanto as suas atividades-meio. A leitura combinada 
dos arts. 194, 196 e 198 da CRFB-88 destaca os seguintes princípios: 
 
universalidade (art. 194, I; art. 196, caput): essa diretriz rompe com a divisão que existia 
anteriormente entre os segurados do sistema de previdência social e o resto da população. Como 
direito de todos, a saúde não requer nenhum requisito para sua fruição, devendo ser universal e 
igualitário o acesso às ações e serviços de saúde, “em todos os níveis de assistência” (art. 7º, I, da 
LOS). 
 15 
caráter democrático e descentralizado da administração, com participação da comunidade (art. 194, 
VII; art. 198, I e III): a descentralização é aqui entendida como uma redistribuição das 
responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia 
de que, quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Deverá haver 
uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do 
poder municipal no tocante à saúde. 
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais (art. 198, II): este princípio impõe a articulação e continuidade do conjunto das ações e 
serviços preventivos e assistenciais ou curativos, em todos os níveis do sistema. A integralidade 
implica ainda que os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser 
humano integral, submetido às mais diferentes situações de vida e de trabalho, que o levam a 
adoecer e morrer 
 
O indivíduo deve ser entendido como um ser social, cidadão que biológica, psicológica e 
socialmente está sujeito aos riscos inerentes à vida. Dessa forma, o atendimento deve ser feito para 
a sua saúde e não somente para as suas doenças. Isso exige que o atendimento seja feito também 
para erradicar as causas e diminuir os riscos, além de tratar os danos. Isso significa que o SUS deve 
garantir o acesso a ações de promoção, que buscam eliminar ou controlar as causas das doenças e 
agravos, envolvendo ações também em outras áreas. 
regionalização e hierarquização (art. 198, caput): este princípio busca permitir um conhecimento 
maior, por parte da rede de serviços do SUS, dos problemas de saúde da população de uma área 
delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação 
em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. 
Dessa forma, o acesso da população à rede deve dar-se por intermédio dos serviços de nível 
primário de atenção, que devem ser e estar qualificados para atender e resolver os principais 
problemas que demandam serviços de saúde. Os que não podem ser resolvidos nesse nível deverão 
ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. 
 
Além desses princípios, o já citado art. 7º da Lei 8.080/91 enumera outros, a saber: 
 
preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral, o que significa o 
respeito à capacidade do indivíduo tomar decisões, inclusive elegendo o procedimento a ser 
adotado, desde que eficaz para a preservação da sua saúde ou da comunidade (art. 7º, III); 
direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde (art. 7º, V); 
 16 
divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário 
(art. 7º VI); 
utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a 
orientação programática (art. 7º, VII); 
integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico (art. 7º, X); 
conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população (art. 
7º, XI); 
capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência, isto é, capacidade dos 
serviços de saúde resolverem, no nível de sua complexidade, os problemas que lhes forem 
apresentados (art. 7º, XII); 
organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos (art. 7º, 
XIII). 
 
Como se pode observar, esses princípios regulam não apenas as prestações de serviços de saúde, 
mas também a própria organização do Sistema Único de Saúde, o qual segue a mesma doutrina e os 
mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três 
esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou 
uma instituição, mas um sistema, que significa um conjunto de unidades, serviços e ações que 
interagem para um fim comum. 
1.2.7 Princípios e diretrizes direito à saúde do trabalhador 
 
Tudo acima exposto se aplica à saúde do trabalhador, pois tudo que vale ao todo, vale, por óbvio, à 
parte desse mesmo todo. Logo não há saúde do trabalhador sem o respeito a esses princípios e 
diretrizes supra mencionados. 
 
Especificamente à saúde do trabalhador a CRFB-88 pontua alguns fundamentais direitos, a partir 
dos quais se estrutura o presente livro: 
 
Inciso XXVIII do Art. 7 - seguro contra acidentes de trabalho (SAT), a cargo do empregador, sem 
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 Inciso XXII do Art.7 - redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança. 
 17 
Inciso XXIII do Art.7 - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, na forma da lei; 
Inciso II do Art. 200: - Ao sistema único de saúde compete (SUS), além de outras atribuições, nos 
termos da lei: executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
Caput do Art. 225 - meio ambiente ecologicamente equilibrado, neste incluso o do Trabalho (VIII, 
Art.200). 
 
Por conta dos dispositivos acima, fica nítida a ativação de vários ramos do direito, submetidos a um 
mesmo tronco da Saúde do Trabalhador, dentro de um bem jurídico maior: a saúde. Daí a 
denominação Direito Sanitário. A ativação dos vários ramos se dá de modo expresso, a saber: 
- Direito Tributário  ao determinar o recolhimento compulsório do SAT, por parte das empresas, 
nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. 
- Direito Civil  ao referenciar indenização, por parte do empregador, quando do acidente do 
trabalho, nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. 
- Direito Penal  ao vincular e definir conseqüências a pessoa do empregador quando da 
ocorrência de ato culposo ou doloso, nos termos do inciso XXVIII do Art. 7. 
- Direito Trabalhista  ao criar adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, nos termos do inciso XXIII do Art. 7. 
- Direito Sanitário  Ao atribuir ao SUS competência ampla e plena, inclusive nominando 
inaugurando juridicamente a nomenclatura saúde do trabalhador, nos termos do inciso II do Art. 
200. 
- Direito Ambiental  Ao incluir o meio ambiente do trabalho na definição constitucional dada 
pelo Art.225 de meio ambiente, nos termos do inciso VIII do Art.200 
Para visualização na nova configuração constitucional, apresenta-se a seguir a figura 1-1, que indica 
a hierarquia e os novos ramos do direito submetidos à nova ordem constitucional: 
 18 
Figura 1-1: Múltiplas dimensões da saúde do trabalhador submetidas à nova ordem constitucional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.8 Definição de Escopo 
 
Esta obra abordará todas as sete facetas acima indicadas, separando por capítulos, todaviaentrelaçando-os ao longo do livro. Como leitura básica e complementar sugere-se a consulta ao 
livro
1
 de mesmo autor: Curso de Legislação para Engenharia Prevencionista do Meio Ambiente do 
Trabalho. Engenharia de Produção – Faculdade de Tecnologia. UnB. 2009. 
2 VISÃO SANITÁRIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR 
 
Na esteira acima colocada, surge a primeira, e talvez a mais importante, dimensão da saúde do 
trabalhador: a sanitária. Saúde como estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não 
simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Segundo o prisma constitucional, há uma 
organicidade voltada à integridade física e mental do trabalhador - qualquer que seja a sua 
denominação, subordinação ou vinculação, inclusive os desocupados. 
 
Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988
Sanitário
Previdenciário
Tributário
Am
biental
Penal
Saúde do Trabalhador
Civil
Trabalhista
Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988
Sanitário
Previdenciário
Tributário
Am
biental
Penal
Saúde do Trabalhador
Civil
Trabalhista
Aspectos Constitucionais da Saúde do Trabalhador - CRFB 1988
Sanitário
Previdenciário
Tributário
Am
biental
Penal
Saúde do Trabalhador
Civil
Trabalhista
 19 
A partir da promulgação da CRFB-88, o tema saúde do trabalhador sai do campo do direito privado, 
da relação patrão-empregado, e entra no campo da saúde pública, como visto. A lei 8.080/91 - que 
passa a organizar todo o sistema sanitário nacional,inclusive o do trabalhador - regulamenta o SUS 
como um todo e estabelece no art. 6º que a saúde do trabalhador está incluída no campo de atuação 
do SUS.Tem-se portanto um novo marco legal-administrativo, as escapar do direito privado 
(trabalhista) para uma dimensão de direito público (sanitário). 
 
Diz-se direito público porque os interesses difusos e coletivos se sobrepõem aos privados, em 
outras palavras, entre o direito privado que assegura inviolabilidade do patrimônio e o direito à 
saúde pública quanto ao combate a uma epidemia de LER/DORT nessa mesma empresa, prevalece 
o interesse coletivo, mesmo contra a vontade do empregador, que se sujeitará às determinações do 
SUS. 
 
A saúde do trabalhador tem como pano de fundo as contradições entre capital e trabalho, intrínsecas 
ao sistema capitalista. Essa constatação não implica ter uma visão maniqueísta em que se divide a 
sociedade entre forças do bem e forças do mal, mas reconhecer a contradição e assumir que não 
existe neutralidade nesse campo. 
 
Muitos dos que não viveram ou se esqueceram do período pré-constituinte, não sabem avaliar a 
importância da universalidade, integralidade e equidade da atenção à saúde, princípios básicos do 
SUS. 
 
O SUS é responsável pela maior reforma de Estado em andamento e a única política pública 
realmente universalista e igualitária do Brasil. Apesar disso ou por causa disso, é ignorado ou 
desprezado pelas elites, até mesmo por boa parte dos sindicatos de trabalhadores, que, embora 
dispondo de planos de saúde privados, subsidiados pela sociedade, são beneficiados pelas ações do 
SUS nos atendimentos de urgências e emergências, nos tratamentos de alto custo e de alta 
complexidade(atendimento integral para portadores de HIV, renais crônicos e pacientes com câncer; 
cirurgias cardíacas; transplantes de órgãos, etc.) e, cotidianamente, pela vigilância sanitária e 
epidemiológica, que garantem a qualidade dos alimentos e dos medicamentos, o controle de 
epidemias, etc. 
 
Muito se avançou, na rede pública de saúde, na assistência aos trabalhadores adoecidos ou 
acidentados do trabalho. A legislação referente ao Seguro Acidente do Trabalho determinava, até 
pouco tempo, que o atendimento aos acidentes de trabalho fosse feito exclusivamente por hospitais 
 20 
privados, credenciados pela Previdência Social. Se um trabalhador acidentado fosse atendido num 
serviço público, por exemplo, correria o risco de perder o direito aos benefícios previstos na 
legislação. Se se tratasse de um trabalhador sem registro em carteira, o atendimento seria negado na 
rede privada. Hoje o atendimento pode ser feito em qualquer serviço, não havendo nenhum tipo de 
discriminação na rede do SUS. 
2.1 Obsoletismos Jurídico e Cientifico da Medicina e Engenharia de 
Segurança do Trabalho 
 
Quando o constituinte dispõe de modo diverso sobre norma jurídica existente à época da 
promulgação da nova carta magna, diz-se que a nova constituição não recepcionou
2
 a ordem 
jurídica anterior. Isso aconteceu com a CRFB-88 que elegeu as normas de Higiene; de Saúde e de 
Segurança como os novos ferramentais para fins de prevenção dos riscos inerentes ao trabalho, nos 
termos do inciso XXII do Art.7. Contrário senso, quando a nova carta não trata da matéria, diz-se 
que o direito anterior foi recepcionado pela nova ordem. 
 
À época da CRFB 88, a ordem jurídica em vigor sobre a matéria de prevenção laboral era dada pelo 
Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que definia as disciplinas Segurança do 
Trabalho e da Medicina do Trabalho como referenciais que guiariam as práticas prevencionistas. 
 
Com o advento da CRFB 88, em especial do inciso XXII do Art.7, tem-se uma alteração expressa, 
de modo que aquelas disciplinas deixaram de operar efeitos jurídico como ferramentas, ao tempo 
que perderam sua instrumentalidade para os novos e robustos aportes científicos carreados 
conjuntamente pelas disciplinas: Higiene, Saúde e Segurança. 
 
Se quisesse diferente, ou seja, caso o constituinte originário optasse por recepcionar tais disciplinas 
em vigor à época, simplesmente bastaria silenciar quanto à instrumentação do inciso XXII do Art.7, 
que poderia ser assim redigido: “redução dos riscos inerentes ao trabalho” (recepção tácita). Ou, 
expressamente nominá-las, como: “redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de 
Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho” (recepção expressa), dando 
sobrevida aos termos dispostos no Capitulo V da CLT. Claramente não foi essa a decisão do 
constituinte. 
 
 21 
A nova carta maior confere notável ultrapassagem de paradigmas científicos, jurídicos e até mesmo 
político-ideológicos. Quanto à abordagem prevencionista, são dois momentos, portanto, antes e 
depois da CRFB 88, a saber: 
 
Antes de 88, em regime puramente celetista, os conhecimentos edificados pela engenharia e 
medicina do trabalho com base em métodos Taylor-Fordista impunham a necessidade do operário 
sadio, com baixo índice de absenteísmo e alta produção; praticavam a seleção dos mais aptos e ao 
atendimento in locu daqueles “acometidos” com vistas ao retorno, sem demora; e principalmente, 
usavam o trabalhador, como qualquer outro recurso, como mero fator de produção (daí o termo: “do 
trabalho” adjetivando a medicina e a engenharia), um objeto, juntamente com as matérias-primas e 
insumos, dissociado da dignidade humana. 
 
Em resumo, a razão de ser da Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho era 
salvaguardar o fator econômico, trabalho, assegurando a saúde do trabalho ao processo produtivo, 
enquanto fração expropriável do capital no novo sistema, indústria. Isso definitivamente foi 
superado pela nova ordem. 
 
Sob a égide da CRFB 88, no ordenamento sanitário laboral presente na Lei Orgânica da Saúde – 
LOS, dentro campo dos direitos sociais, tem-se uma conotação dialética do trabalhador com o meio 
ambiente do trabalho, e, por conseguinte com o patrão, segundo a qual o trabalhador resgata o pólo 
ativo da relação, como sujeito de direitos (ao menos tenta abandonar a passividade), exigindoe 
indicando o que deveria ser mudado seguindo novos princípios e referenciais, tais como: não 
delegação da saúde; validação consensual; não monetização do risco; grupo homogêneo de risco e 
de vigilância sanitária e epidemiológica, no campo da saúde coletiva. 
 
Nessa fase, há premissas que se impõem no campo da saúde do trabalhador, a saber: 
 
possibilidade (necessidade) de mudança dos processos de trabalho e das condições e dos ambientes 
de trabalho, em direção à humanização do trabalho; 
saúde não delegada ao patrão, nem ao médico; 
valorização cognitiva e política da “subjetividade operária”; 
confronto coletivo; a luta primordialmente voltada à prevenção e ao saneamento do ambiente do 
trabalho; 
participação sindical como elemento fundamental para a democratização das instituições sanitárias; 
e, 
 22 
busca da compreensão das relações (do nexo) entre o trabalho e a saúde-doença 
 
Nesse tocante, caberia uma revisão de atualização curricular nos títulos e na própria grade 
programática dos cursos Medicina do Trabalho e a Engenharia de Segurança do Trabalho dado seus 
obsoletismos jurídico e cientifico, pois é sabido e notório que o tema saúde do trabalhador vai 
muitíssimo além da seara dessas duas importantes disciplinas. 
 
Ao invés de Medicina do Trabalho, por que não usar Medicina Prevencionista do Meio-Ambiente 
do Trabalho? Engenharia de Segurança do Trabalho, por que não Engenharia de Prevenção do 
Meio-Ambiente do Trabalho? Este livro coloca essa proposta em discussão, ao menos ao nível dos 
nobres leitores. 
 
A figura 2-1 sintetiza essa evolução, cuja marco temporal é a CRFB-88 
 
 
Figura 2-1: Categorização jurídica sanitária da saúde do trabalhador em substituição à trabalhista 
 
CRFB 1988
Direito Privado
Sinalagmatico
Medicina do Trabalho
Objeto 
CLT
Direito Público
Interesse Coletivo
Saúde do Trabalhador
Sujeito
LOS
CRFB 1988
Direito Privado
Sinalagmatico
Medicina do Trabalho
Objeto 
CLT
Direito Público
Interesse Coletivo
Saúde do Trabalhador
Sujeito
LOS
 23 
2.2 Nova configuração sanitária Laboral 
 
Em 1975, a Lei nº 6.229 instituiu o Sistema Nacional de Saúde. Em 1987, o Decreto nº 94.657 criou 
os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde – SUDS, nos Estados, tudo feito com o 
propósito de passar para as unidades federativas (Estados e Municípios) as ações de saúde. 
Posteriormente, a Constituição de 1988 tratou a Saúde como uma das áreas da Seguridade Social 
(art. 194, caput) e instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS, cujas ações e serviços públicos 
constituem uma rede regionalizada e hierarquizada, organizada de acordo com as diretrizes 
previstas nos incisos do art. 198. 
 
Por sua vez, a Lei nº 8.080, de 19/09/1990, denominada Lei Orgânica da Saúde, revogou a Lei nº 
6.229/75 e regulamentou o SUS. E, por fim, em 1993, pela Lei nº 8.689, foi extinto o Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, o que veio a consolidar o 
modelo preconizado pela Constituição. 
 
De acordo com a Lei nº 8.212/91, relativa à Organização da Seguridade Social e seu Plano de 
Custeio, no seu art. 2º, “a Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
 
Verifica-se, pois, que a saúde é um direito público subjetivo, que pode e deve ser exigido do Estado, 
que, em contrapartida, tem o dever de provê-lo. Trata-se de um dos direitos sociais do cidadão (art. 
6º da CF), reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, celebrada pela ONU, 
em 1948 (art. 25, primeira parte). 
 
O Sistema Único de Saúde envolve ações preventivas e curativas (art. 198, II da CF) e poderá 
contar com a ajuda da medicina privada, de forma supletiva (art. 199, § 1º da CF). Será financiado 
com recursos do orçamento da seguridade social previstos no art. 195, que inclui recursos fiscais da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e as contribuições sociais arroladas nos 
incisos I, II e III, além de outras fontes. 
 
Pelo nosso sistema, a União é a responsável pela regulamentação, fiscalização e controle das ações 
e dos serviços de saúde, pois a ela compete estabelecer normas gerais e partilhar da competência 
concorrente com os Estados, e o Distrito Federal, prevista no art. 24, inciso XII, e parágrafos, da 
Constituição da República. 
 24 
 
Tem-se a seguir a configuração sistêmica e jurídica nas quais se organiza a saúde do trabalhador, 
conforme a figura 2-1: 
 
Figura 2-2: Sistema jurídico no campo de direito sanitário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Lei Orgânica da Saúde – Novo Referencial Prevencionista 
 
Esse conjunto de bem estar físico, mental e social preconizado como exigência da sociedade 
brasileira, foi positivado expressamente pela CRFB-88 e regulamentado pela Lei 8.080/1991, no § 
3º do Art. 6º, ao especificar a Saúde do Trabalhador como um conjunto de atividades que se 
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
 
Nessa definição se incluem a: 
assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do 
trabalho; 
participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, 
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho, bem 
Sanitário
LOS
Lei 8.080/90
SNVS
Lei 9.782/99 
Decreto
99.438/90 - CNS
Portarias
Federais
MS/3.120/98  IN VST/SUS
MS/1.339  Lista de Doenças Ocup
MS/777/2003  Notificação Compulsória
Sanitário
LOS
Lei 8.080/90
SNVS
Lei 9.782/99 
Decreto
99.438/90 - CNS
Portarias
Federais
MS/3.120/98  IN VST/SUS
MS/1.339  Lista de Doenças Ocup
MS/777/2003  Notificação Compulsória
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como da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, 
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de 
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; 
avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; 
informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de 
acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, 
avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional; 
participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas 
instituições e empresas públicas e privadas; 
revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua 
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e 
a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, 
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para 
a vida ou saúde dos trabalhadores. 
 
2.3.1 Definição de Vigilância Epidemiológica e Sanitária 
 
Como visto no caput do artigo 6º, instrumentaliza-se a saúde do trabalhador por intermédio de dois 
sistemas de vigilância: sanitária e a epidemiológica. 
 
 
 Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscosà saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e 
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: (§ 1º do Art. 6º) 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, 
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 
 
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, 
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos (§ 2º do Art. 6º). 
 
 26 
Como se observa das definições as duas se complementam, no sentido da epidemiológica para a 
sanitária, pois enquanto a primeira gera informação e conhecimento; a segunda concretiza ações 
erradicação das causas ou mitigação dos efeitos danosos. Em outras palavras: informação para ação. 
 
A título de incursão panorâmica sobre as interfaces da saúde do trabalhador, apresenta-se na Figura 
2-2 as várias conexões e institucionais decorrentes da Lei 8.080/90. A Norma Operacional Básica 
de Saúde do Trabalhador (NOST) aprovada pela Portaria MS nº 3.908/98, de 30/10/98, reafirma a 
competência dos Estados e dos Municípios na execução de ações na área de saúde do trabalhador e 
assume o compromisso com o processo de descentralização dessas atividades ao indicar as 
diretrizes para a constituição de uma rede hierarquizada de atenção à saúde dos trabalhadores com 
responsabilidades compartilhadas
3
. 
 
 
Figura 2-3: Interfaces da Saúde do Trabalhador no Campo Sanitário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulamentação
Vigilância 
Epidemiológica
Vigilância 
Sanitária
Notificação
Compulsória
Descrição
Definição de 
Competências
ST
Regulamentação
Vigilância 
Epidemiológica
Vigilância 
Sanitária
Notificação
Compulsória
Descrição
Definição de 
Competências
ST
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As ações relativas à Vigilância em Saúde do Trabalhador - VISAT, no âmbito da NOST, dependem 
de 04 diretrizes: a descentralização, o financiamento, o controle social e a gestão. A VISAT atua 
como eixo fundamental para consolidar as ações em Saúde do Trabalhador no SUS, pois através 
dela se podem prevenir os agravos decorrentes da relação saúde trabalho e promover a saúde no 
ambiente de trabalho. 
 
A implantação das ações de VISAT é recente e ainda em construção. A Instrução Normativa de 
VST no SUS, instituída pela Portaria nº. 3.120, de 1º de julho de 1998 fornece subsídios básicos 
para o desenvolvimento de ações e parte do pressuposto de que o sistema de saúde, embora deva ser 
preservado nas suas peculiaridades regionais que impliquem respeito às diversas culturas e 
características populacionais, por ser único, também deve manter linhas mestras de atuação, 
especialmente pela necessidade de se compatibilizarem instrumentos
4
. 
 
Maiores detalhes fogem ao escopo desta obra, todavia, sugere-se, para aprofundamento, leitura da 
própria lei e das demais informações constante do Ministério da Saúde
5
 
 
2.4 Competências das Unidades da Federação quanto à Saúde do 
Trabalhador 
 
No campo da competência concorrente (Estados, DF, Municípios e a União), todos têm 
competência para exercer as vigilâncias de forma plena, conforme decisão TRF-
SP
6
,complementarmente, não mais apenas o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, como 
ocorria antes da CRFB-88. Para não ficar enfadonho, uma vez que a lei 8.080/91 pode ser 
consultada na integra pelo leitor mais acurado, faz-se aqui uma chamada ao Art. 16 que lista as 
atribuições da direção nacional do SUS. 
 
Dentre outras, possui o SUS federal a competência de: 
participar na formulação e na implementação das políticas (II,”c”) relativas às condições e aos 
ambientes de trabalho; 
definir e coordenar os sistemas de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária (V, ”b”, ”c”); 
participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes 
de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador (V); 
coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica (VI); 
 28 
elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os 
Estados, Municípios e Distrito Federal (XVIII). 
 
Esses incisos são auto-explicativos. Outro destaque que se faz está no parágrafo único do Art. 16º, 
que diz: 
 
A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, 
como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção 
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional. 
 
Exemplo típico do caso em que o SUS ao nível federal poderá exercer poder de polícia 
(fiscalização, interdição, lavraturas administrativas em geral) sobre os empregadores que 
apresentarem indicadores epidemiológicos (acidentes, doenças e mortes do trabalho), cujos arranjos 
técnicos, políticos e geográficos envolvidos constranjam ou impossibilitem o Município ou até 
mesmo o Estado de atuarem. 
 
Assim para enfrentar uma endemia de LER/DORT causada pelas entidades financeiras ou de 
Hipertensão Arterial Sistêmica nas empresas de esgotamento sanitário (coleta e tratamento), dada a 
dispersão geográfica, peso político-econômico e complexidade técnica envolvidos, dificilmente o 
SUS lograria êxito no âmbito municipal ou estadual. Essa é a razão ser desse dispositivo. 
 
Em recente decisão
7
, o TRF julgou recurso (agravo de instrumento) da vigilância em saúde do SUS 
- estadual (SP) contra decisão da 23ª Vara Federal de SP. O TRF reformou a sentença e confirmou a 
competência do SUS para atuação no meio ambiente do trabalho, sob o prisma da proteção da saúde 
do trabalhador, mantendo inclusive os autos-de-infração contra a empresa fiscalizada em ação 
proposta pela Shell contra o Estado de SP. 
 29 
 
 
 
1 Oliveira-Albuquerque, PR. Curso de Legislação para Engenharia de Prevenção do Meio 
Ambiente do Trabalho. Engenharia de Produção – Faculdade de Tecnologia. UnB, 2009. 
2 Barroso, LR, Interpretação e Aplicação da Constituição, São Paulo, Saraiva, 1996, p.68. 
3 Maeno M, Carmo JC. Saúde do Trabalhador no SUS.São Paulo: Hucitec; 2005. 
4 Nobre L, Santana V. Sistemas de Informação em Saúde do Trabalhador. In: Ministério 
do Trabalho e Emprego (MTE) (BR). 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador – 
“Trabalhar, sim! Adoecer, não!” - Coletânea de Textos - Versão Preliminar. Brasília; 2005. p.163-7. 
5 http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=928 
6 http://www.trf3.gov.br/acordao/verrtf2.php?rtfa=63360381914921 
7 http://www.trf3.gov.br/acordao/verrtf2.php?rtfa=63360381914921

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