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Hipotireoidismo: Diagnóstico e Tratamento

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@bene.med 
 
HIPOTIREOIDISMO 
Só pode caracterizar como 
hipotireoidismo subclínico 
após uma segunda prova do 
TSH/T4L com intervalo de 
tempo. Pode ser apenas uma 
flutuação. Solicita-se 
também o anti-TPO. 
TSH aumenta fisiologicamente com a idade, não olha VR 
estrito pra mesma idade. 
 
TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: maioria do 
T4 é ligado a proteínas plasmáticas, sendo 70-75% com a 
TBG, forma livre é apenas 0,04%. 
➢ Deixa a meia-vida dos hormônios maior, deixa mais 
especifico a ação, previne flutuações e permite 
estabilidade hormonal independente de aumentos 
ou declínios. 
➢ Mesmo em um momento de desnutrição, onde 
reduz a forma total (redução das proteínas), a 
forma livre consegue continuar estável. 
Na gestação tem alteração das proteínas plasmáticas, então 
solicita forma total no sangue. 
 
80% do T4 é metabolizado em T3 pela deiodinase na 
periferia. 
EFEITO DO EXCESSO DE IODO: 
➢ Efeito Wolf-Chaikoff: acontece em pctes com uma 
tireoide já danificada, a suplementação de iodo leva 
ao hipotireoidismo. 
➢ Efeito Jod-Basedow: também em pctes com 
doença tireoidiana (hipertireoidismo), onde a 
suplementação leva a desencadeamento de hipert 
ou hipot. 
 
Em momentos de hipo ou hiertiroxenemia a forma livre está 
normal, assim não tem relevância clinica. Alteração 
geralmente de proteínas. 
 
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO 
Conjunto de sinais e sintomas resultantes da produção 
deficiente de hormônio tireoidianos, levando a lentificação 
dos processos metabólicos. TSH é muito sensível, sendo um 
exame de rastreio. 
➢ Hipotireoidismo franco: redução do T4 + aumento 
do TSH 
➢ Hipotireoidismo subclínico: T4 normal + TSH 
aumentado 
 
RASTREIO: considerar em pctes > 60 anos de idade, pctes 
com bócio tireoidiano, RT de cabeça/pescoço, 
tireoidectomia ou terapia com iodo radioativo, doença 
autoimune extratireoidiana, gestação, síndrome de Down, 
síndrome de Turner, hipercolesterolemia, uso de lítio, uso de 
amiodarona (tem iodo na composição), uso de INF-alfa. 
TIREOIDITE DE HASHIMOTO: doença autoimune, linfocitica 
crônica com anti-TPO + (mas tem na população geral 
também). Anti-TPO não é especifica, não é diagnostico. Mais 
comum nas mulheres. 
Inicialmente tem bócio por aumento do TSH (estimulo 
hormonal e estimulo trófico). Depois tem destruição da 
glândula e atrofia. 
@bene.med 
 
 
Mixedema é um edema não depressível, ocorre no 
hipotireoidismo grave pela infiltração da pele por 
glicosaminoglicanos junto de retenção hídrica. 
 
 
Laboratório: 
➢ Hiponatremia 
➢ Redução do IGF-1 
➢ Anemia normocítica ou macrocítica 
➢ Hiperprolactinemia 
➢ Aumento do CT, LDL-C, TGD 
➢ Redução da SHGB, testosterona total, estradiol. 
TRATAMENTO: indicado no hipotireoidismo franco, ou seja, 
em todos que tem TSH alto e T4 baixo. Nos casos de 
hipotireoidismo subclínico, o tratamento é individualizado. 
 
Faz uso de levotiroxina tomada única diária, 60 minutos 
antes do café da manhã. 
Em pctes idosos, coronariopatas, hipotireoidismo grave e de 
longa duração, ou ainda no hipotireoidismo subclínico. 
➢ Iniciar com dose de 15,5-25mcg 
➢ Aumenta dose cada 2-4 semanas.

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