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Vantagens do aleitamento materno Alimento completo; Protege contra infecções e alergias; Bom para o desenvolvimento da dentição; Bom para o desenvolvimento da fala; Bom para o crescimento e desenvolvimento; Aumenta o vínculo mãe-bebê; Sempre pronto e na temperatura certa; Menor custo. Estômago do bebê Dia 1 - tamanho de uma cereja; Dia 3 - tamanho de uma noz; Uma semana - tamanho de uma ameixa; Duas semanas - tamanho de um ovo grande. Vantagens para o bebê Reduz a morbimortalidade infantil (evita desnutrição); Efeito protetor do intestino; Melhora a digestão e minimiza as cólicas; Fornece nutrição ideal ao lactente; Favorece o crescimento e desenvolvimento das estruturas envolvidas futuramente na fala; Maior vínculo entre mãe e filho; Reduz o risco de doenças alérgicas; Melhora a imunidade. Vantagens para a mãe Diminui o risco de câncer de mama, ovário e endométrio; Aumenta o vínculo afetivo entre mãe e bebê; Econômico e prático; Acelera na perda de peso; Protege contra doenças cardiovasculares; Diminui o sangramento materno pós-parto; Previne anemia materna; Promove o bem-estar (ocitocina). Sistema nervoso materno Prolactina - produz o leite materno. É dependente da sucção do bebê e das técnicas corretas de amamentação; Ocitocina - atua na liberação do leite armazenado. Além da sucção e das técnicas correras de amamentação, a produção desse hormônio está relacionada ao estado emocional materno. Duração do aleitamento materno A OMS e o Ministério da Saúde recomendam o AME por seis meses e complementado até dois anos ou mais. Livre demanda Amamentar em livre demanda significa não se preocupar com o relógio; O bebê será amamentado sempre que sentir fome, seja noite ou dia; Irá mamar o quanto quiser até se sentir satisfeito (depende do ritmo de cada criança e da quantidade de leite disponível em cada mama); Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros seis meses após o parto (o ciclo menstrual só se restabelecerá quando o bebê inicia a amamentação complementar). Siglas Aleitamento materno exclusivo (AME) - envolve oferecer à criança apenas o leite materno, seja por sucção direta da mama ou por ordenha manual, sem que haja adição de outros líquidos ou sólidos; Aleitamento materno predominante (AMP) - Quando é oferecido água, sucos ou outras bebidas, porém sem deixar de lado o aleitamento materno, que deve ser feito de forma predominante; Aleitamento materno complementado (AMC) - Quando, além do leite materno, há a inserção de alimentos sólidos ou semissólidos de forma complementar e não substitutiva; Aleitamento materno misto ou parcial - Oferecimento de leite materno e outros tipos de leite (vaca, cabra, etc.). Tipos de leite Colostro Leite de transição Leite maduro. O leite das mães de RN prematuros apresenta características físico-químicas que facilitam o ganho de peso; Possuem enzimas que contribuem para a digestão do bebê, além do fator de crescimento epidérmico, que ajuda o intestino a amadurecer; Caso a criança não consiga sugar diretamente ao peito, deverá receber este leite ordenhado; Uma estratégia alimentar que resulta em um melhor ganho de peso entre os prematuros é a oferta do leite posterior. Cuidados com as mamas durante a gestação Não utilizar cremes, pomadas ou sabão nos mamilos; Não esfregar com bucha; Evitar a expressão do seio durante a gestação; Banho de sol. Tipos de mamas Mama com bico normal; Mama com bico plano; Mama com bico invertido. Postura do bebê Bebê virado de frente para a mãe (barriga do bebê voltada para o corpo da mãe); Corpo alinhado (cabeça e coluna no mesmo eixo); A boca do bebê deve estar de frente para o bico do seio. Pega correta Boca bem aberta; Lábios vidrados para fora; Queixo tocando o seio; Abocanhar a maior parte da aréola. O bebê deve mamar um peito até “esvaziar”, e só depois oferecer a outra mama. Na mamada seguinte, o bebê deve começar pela última mama oferecida para que esvazie totalmente. Duração das mamadas O tempo de permanência em seio materno não deve ser fixo; O importante é que a mãe dê tempo suficiente ao bebê para ele esvaziar a mama de forma adequada; Há variação de cada dupla mãe-bebê; A variação do tempo pode depender: Da fome da criança; Do intervalo entre as mamadas; Do volume de leite armazenado na mama; Do tempo de esvaziamento gástrico. Amamentação A mãe deve estar calma e tranquila; Não apressar o bebê; Se a mama estiver muito cheia, a mãe deve ordenhar para amaciar a aréola; Deixar o bebê próximo ao peito e deixar que o próprio bebê pegue o seio (reflexo de busca). Armazenamento do leite materno Leite humano ordenhado congelado - pode ser estocado por um período máximo de 15 dias a partir da data de coleta, se for mantido em temperatura máxima de -3 ºC. Leite humano ordenhado refrigerado - pode ser estocado por um período de até 12 horas, se guardado em temperatura máxima de 5 ºC. Para descongelar o leite, deve-se colocar o recipiente em banho-maria, sem ferver. Classificação do recém-nascido Prematuridade Nascimento de crianças com menos de 37 semanas gestacionais Extrema (<28 semanas); Grave (entre 28 e 31 semanas); Moderada (entre 32 e 33 semanas); Tardia (entre 34 e 36 semanas). Principais causas: Pré-eclâmpsia e eclampsia; Restrição do crescimento intrauterino; Inflamações, infecções, doenças cardiovasculares; Histórico de gestações prematuras prévias; Nível socioeconômico. Início da via oral em prematuros Estabilidade clínica → desmame do suporte de ventilação → aceitação da dieta enteral → estabilidade dos padrões cardiorrespiratórios Idade gestacional corrigida (idade gestacional + dias de vida do neonato) - entre 34ª e 37ª semana gestacional (coordenação sucção x deglutição x respiração) Controle dos estados de consciência e prontidão do RN para mamar (estado de alerta no horário da alimentação) Estágios do desenvolvimento comportamental neurossocial: Subsistema autônomo: É o primeiro a aparecer e compreende as funções neurovegetativas (funções vitais); O bebê bem organizado geralmente mantém estáveis: temperatura, coloração, FC, FR e saturação, quando em repouso e em resposta aos estímulos. Subsistema motor: Compreende o tônus muscular, a postura e os movimentos voluntários e involuntários; O bebê bem organizado demonstra bom tônus muscular, mantendo flexão dos membros em proximidade ao corpo durante o repouso. Quando manuseado geralmente demonstra movimentos suaves e bem modulados. Subsistema de estados de consciência: Compreende os estados de consciência que vão do sono profundo ao choro; Períodos estáveis de sono/vigília; Olhar interessa do para a mãe, bem focalizado; Suave transição de estados: acorda de forma calma, adormece facilmente; Acalma-se com facilidade. Subsistema de atenção/interação: Capacidade de o bebê permanecer no estado de alerta, aprender as informações do meio e se comunicar (olhar e sorriso); Dirige o rosto para a face da mãe, voz, outros objetos ou eventos; Eleva a sobrancelha, franze a testa; Imita as expressões faciais. Subsistema regulador (equilíbrio): Engloba as estratégias que o bebê utiliza para manter ou retornar a uma integração equilibrada, relativamente estável e relaxada dos subsistemas. Choro; Sonolência; Careta; Extensão corporal; Cianose; Desorganização; Soluço; Queda de saturação ou dificuldade respiratória. Calma; Postura corporal em flexão; Atenção visual; Preensão palmar; Tranquilidade; Manutenção doestado de vigília; Mãos à face. Métodos utilizados na presença da mãe Esvaziar as mamas (através da ordenha) e colocar o lactente para sugar; Considerada a melhor maneira de estimular a sucção do prematuro, pois é possível o treino diretamente na mama, e o leite retirado é oferecido por sonda gástrica ao bebê durante o treino sem riscos de engasgos e aspirações (comum em bebês prematuros); Observar possíveis sinais de estresse, desconforto respiratório, sonolência etc. Transição da alimentação via sonda para a VO; Permite que o bebê sugue a mama e retire o leite materno ao mesmo tempo que recebe leite ordenhado ou complemento, por meio de uma sonda gástrica nº 4 ou nº 6 acoplada a uma seringa e presa a mama; O leite deve ser liberado pela sucção do bebê, mas também pode ser liberado pelo fonoaudiólogo progressivamente, o que permite o treino de coordenação entre sucção x deglutição x respiração; O volume do complemento deve ser diminuído à medida que se aumenta a efetividade da alimentação no peito da mãe. Métodos utilizados na ausência da mãe Na ausência temporária da mãe é indicada a oferta de copo para alimentação por VO. Através desse utensílio o lactente apresentará os movimentos semelhantes aos da amamentação e irá contrair os mesmos músculos; Permite que o bebê volte a ser amamentado quando a mãe estiver presente; O copo é uma alternativa para o uso da mamadeira, portanto sempre que a mãe estiver presente, a opção deve ser a amamentação em seio materno; Caso seja necessário complementar, é indicado a ordenha do leite materno, sendo ofertado pelo método de translactação (permite que o lactente sugue a mama e estimule a produção láctea). Geralmente é utilizada no início da alimentação VO, avaliando as condições para o recém-nascido receber a alimentação por VO; É utilizada para promover a coordenação entre sucção x deglutição x respiração em bebês prematuros, com comprometimentos neurológicos e em lactentes com problemas respiratórios; É realizada por meio de estímulo da sucção com o dedo enluvado e uma sonda gástrica nº 4 ou nº 6 fixada, pela qual fluirá o leite (materno ou complemento); O leite é retirado pela sucção do lactente e controlado pelo fonoaudiólogo que além de avaliar o padrão de sucção, fará o controle da coordenação, pausas, organização, sinais de aproximação/estresse e estados de consciência; Tem como objetivo desenvolver os reflexos orais e aprimorar a sucção e a coordenação entre sucção x deglutição x respiração. Alternativa para mães que não podem amamentar, mas que não desejam introduzir bicos artificiais; É utilizada para oferta de leite e também papinha para o bebê; A oferta deve ser feita sem apertar o recipiente, para que o leite não desça em grande volume de uma só vez; O bebê deve abocanhar a colher e fazer o movimento de sucção para retirar o leite aos poucos; No início, pode ocorrer desperdício do leite. Exige treino do cuidador e do bebê. É importante se ter cuidado na oferta de mamadeira, principalmente para prematuros, pois sabe-se que o uso de bicos artificiais modifica a sucção do bebê, podendo reduzir o tempo de aleitamento materno, além de possibilitar a confusão de bicos. Transição alimentar A OMS recomenda que a introdução alimentar inicie a partir dos 6 meses de idade; A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais do bebê já não são mais atendidas somente com o leite materno, e nesta fase o bebê já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos. É nesta hora que começa a introdução alimentar. Método BLW Baby-led weaning (“desmame liderado por bebês”) O BLW consiste em uma abordagem de introdução de alimentos sólidos em que bebês com no mínimo seis meses de idade consomem todos os tipos de comida desde o início da alimentação complementar; Essa estratégia envolve a oferta de alimentos aos bebês em sua forma integral, ao invés de alimentos com colher na forma misturada ou em papa; Os bebês devem ser apresentados a uma grande variedade de alimentos para comer com mão.
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