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Sopros Cardíacos

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Sopros Cardíacos 
Definição 
→ Sopros são vibrações acústicas de 
duração mais prolongada que as bulhas, que 
ocorrem por alterações dinâmicas do fluxo 
sanguíneo no interior do coração e dos vasos 
→ Fluxo Laminar X Fluxo Turbulento 
→ Fluxo turbulento é causado por aumento 
da velocidade de fluxo. 
 
Mecanismos Anatomopatológicos 
→ Fluxo sanguíneo aumentado por uma 
estrutura cardíaca ou vascular normal 
 Estados hiperdinâmicos: infância, 
febre, anemia, gestação. 
→ Fluxo sanguíneo retrógrado de um local de 
alta pressão para um local de baixa pressão 
ou por valva incompetente. 
→ Fluxo sanguíneo anterógrado por valvas 
estenóticas. 
→ Fluxo sanguíneo anterógrado para dentro 
de vasos dilatados. 
→ Fluxo sanguíneo turbulento por conta da 
vibração de estrutura cardíaca (por ex. 
mixoma atrial) 
 
Características Estetoacústicas 
→ Fase no ciclo cardíaco: sistólico, diastólico 
ou contínuo. 
→ Duração: proto, meso, tele ou holo 
→ Intensidade: I a IV ou I a VI. 
→ Localização: Ponto de máxima intensidade 
em direção para qual o sopro diminui 
→ Irradiação 
→ Frequência: baixa, média ou alta 
(campânula ou diafragma do estetoscópio) 
→ Qualidade: timbre do sopro – áspero, 
suave musical, aspirativo, arrulho 
→ Configuração 
→ Resposta às manobras 
 
 
 
Intensidade do Sopro (Levinne, 1933) 
→ GRAU I – baixa intensidade, requer 
concentração, treinamento e ambiente 
adequado. 
→ GRAU II – facilmente audível, apesar da 
baixa intensidade. 
→ GRAU III – moderada intensidade, 
facilmente audível. 
→ GRAU IV – forte intensidade, sendo audível 
com a aposição completa do receptor do 
estetoscópio no local. POSSUI FRÊMITO. 
→ GRAU V – forte intensidade audível com 
aposição parcial do estetoscópio no local. 
→ GRAU VI – muito intenso, audível sem 
contato do receptor do estestoscópio com o 
local da ausculta. 
 
Classificação 
→ Classificados de acordo com a fase do 
ciclo cardíaco: 
 Sistólicos – entre B1 e B2 
 Diastólicos – entre B2 e B1 
 Contínuos 
→ Importante palpar o pulso radial durante a 
ausculta. 
→ Também podem ser classificados em: 
 Patológicos – existe doença cardíaca 
estrutural 
 Inocentes – aumento da velocidade 
do fluxo sanguíneo sem alteração 
estrutural do coração ou vasos da 
base 
 
Insuficiência Mitral Crônica (IMi) 
→ Alterações na estrutura da valva mitral 
podem resultar em incompetência, com fluxo 
retrógrado de sangue do VE para o AE. 
→ Causas mais comuns são a febre 
reumática, prolapso da valva mitral e 
doenças do colágeno. 
→ É a principal valvopatia na população 
geral. 
→ Quadro clínico variável – assintomáticos 
aos vários graus de dispneia e congestão 
pulmonar 
 
→ Sopro holossistólico em platô. 
→ Foco mitral 
→ Irradiação para axila, região escapular 
esquerda, e infraclavicular esquerda. 
→ Manobras que aumentam intensidade: 
agachar 
→ Diminuem sua intensidade: Valsalva e 
posição ortostática 
 
Insuficiência Tricúspide Crônica (IT) 
→ Prevalência 4x maior nas mulheres. 
→ 90% das IT são secundárias a outras 
doenças (hipertensão pulmonar, insuficiência 
do VD, etc.) 
→ Quadro clínico variável – assintomáticos, 
fadiga, intolerância aos esforços, anorexia, 
ascite, edema periférico. 
→ Ausculta: Sopro holossistólico em foco 
tricúspide, em platô, mais intenso durante a 
inspiração (sinal de Rivero-Carvallo) 
 
 
Comunicação Interventricular (CIV) 
→ É a malformação cardíaca congênita mais 
comum. 
→ Por diferença de pressão, há fluxo 
sanguíneo da esquerda para direita, 
resultando em aumento do fluxo pulmonar. 
→ Quadro clínico: variável, assintomáticos, 
sinais de insuficiência ventricular esquerda. 
→ Sopro holossistólico em platô, foco 
tricúspide ou entre 3º e 6º espaço intercostal 
esquerdo, sem irradiação para axila. 
→ Quanto menos a comunicação, maior é o 
sopro! 
 
 
Estenose Aórtica Valvar (EAo) 
→ É uma doenças bastante prevalente no 
ocidente. 
→ Suas principais causas são a degenerativa, 
congênita (valva aórtica bicúspide) e a febre 
reumática. 
→ Maioria permanece assintomática por 
longos períodos. Angina, síncope ou dispneia. 
→ Sopro mesossistólico rude, crescente-
decrescente, foco aórtico, com irradiação 
para carótidas. 
 
Outros achados de exame físico: 
• Pulso parvus et tardus 
• Ruído sistólico de ejeção (clique) 
• Desdobramento paradoxal da 2ª bulha 
• Presença de quarta bulha (B4) 
 
 
Estenose Pulmonar Valvar (EPV) 
→ Geralmente é de etiologia congênita. 
→ Sintomas variáveis. Assintomáticos. Nos 
sintomáticos: intolerância aos esforços, 
síncope e sinais de insuficiência ventricular 
direita. 
→ Sopro mesossistólico no foco pulmonar, 
precedido de ruído sistólico de ejeção. Pode 
ser mais intenso durante a inspiração. 
 
Outros achados de exame físico: 
• Impulsões sistólicas na borda esternal 
esquerda baixa (aumento do VD) 
• Desdobramento amplo de B2 
• Presença de B4 
 
 
Insuficiência Aórtica Crônica (IAo) 
→ Causas mais comuns são a congênita 
(valva aórtica bicúspide), febre reumática, 
doenças do tecido conjuntivo, hipertensão 
arterial sistêmica. 
→ Quadro clínico variável – assintomáticos, 
dispnéia, angina. 
→ Sopro protodiastólico aspirativo, 
decrescente, de alta frequência, audível no 
foco aórtico. Aumenta na posição 
agachada. 
→ Melhor auscultado com paciente sentado 
e com o tórax inclinado para frente. 
 
Outros achados de exame físico: 
• Pulso em martelo d’água e pulso bisferiens. 
• Aumento da pressão de pulso (diferença 
entre a pressão sistólica e diastólica). 
• Ictus cordis difuso, propulsivo. Também 
pode estar deslocado inferior e lateralmente. 
• B3 
 
Estenose Mitral 
→ Causas principal é a febre reumática. 
→ Predomina em mulheres 
→ Principais sintomas: fadiga e dispnéia. Pode 
ocorrer edema agudo pulmonar. 
→ Sopro mesotelediastólico em 
decrescendo-crescendo, com reforço pré-
sistólico. Inicia-se após estalido de abertura 
da valva mitral. Sopro de baixa frequência 
(campânula), tipo ruflar. Foco mitral. 
 
 
Persistência do Canal Arterial 
→ Canal que liga artéria pulmonar e aorta, 
de grande importância na circulação fetal. 
→ Após o nascimento ocorre seu fechamento 
funcional nas primeiras 24-48 h de vida. 
→ Seu fechamento anatômico ocorre em 2-3 
semanas. 
→ Incidência maior em prematuros e no sexo 
feminino. 
→ Quadro de insuficiência cardíaca 
esquerda. 
→ Sopro rude, tipo maquinaria, foco mitral, 
iniciando-se na sístole, com a máxima 
intensidade na ocorrência de B2, ocupando 
parte ou toda a diástole. 
 
Outros achados exame físico: 
• Pulsos arteriais amplos 
• Sinais de dilatação do VE 
 
→ Ocorrem em crianças e adultos jovens sem 
alterações na fisiologia circulatória e/ou 
alterações na estrutura cardíaca. 
→ Mais frequente dos 3 a 8 anos. 
→ Acomete 30 a 90% das crianças. 
→ Características: 
 Ausência de sintomas cardiovasculares 
 Intensidade I ou II 
 Curta duração 
 Sem irradiação 
 Sistólico ou contínuo 
 Variável com a posição 
 Desaparecimento na adolescência

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