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SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR

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Matheus Henryque Fernandes Siqueira 
Nunes
Semiologia
Cardiovascular
Idade
• Crianças e jovens: Anomalias Congênitas e os episódios iniciais da 
doença reumática.
• Dos 20 aos 50 anos: Doença de Chagas e Hipertensão Arterial
• A partir da quinta década de vida: Doença Arterial Coronariana 
(angina de peito e IAM).
Sexo
• Feminino: lesões mitrais (estenose e prolapso de valva mitral)
• Masculino: aterosclerose coronariana (até os 45 anos)
Fator racial
• Negros: anemia falciforme* e hipertensão arterial*
*Miscigenação
ANAMNESE
Profissão – Profissões que exigem grande esforço físico -
insuficiência cardíaca
Naturalidade – doenças endêmicas (doença de Chagas)
Antecedentes pessoais
• Infecções estreptocócicas (orofaringe) e lesões orovalvares de 
etiologia reumática
• Lesões renais
• Hipertensão arterial (HAS)
• Ansiedade e/ou depressão
ANAMNESE
Hábitos de vida – risco para aterosclerose e HAS
• Alimentação rica em lipídios 
• Tabagismo
• Alcoolismo
• Sedentarismo
Antecedente Familiar – HAS e cardiopatia isquêmica.
Condição sócioeconômica e cultural – doença reumática
Habitação – periferia de cidades e ambiente rural – endemia 
chagácica
ANAMNESE
• Dor
• Palpitações
• Dispneia
• Tosse e expectoração
• Síncope e lipotomia
• Alterações de sono
• Cianose
• Edema
• Astenia
SINAIS E SINTOMAS
• Dor precordial não é sinônimo de dor cardíaca
DOR
Traqueia 
Brônquios 
Pulmões 
Pleura
Coração e 
Pericárdio
Vasos Esôfago Mediastino Psicogênico
Pleurite Angina de peito Aneurisma de 
A.T.
Esofagite de 
Refluxo
Tumores Tensão 
nervosa
Bronquite IAM Dissecção 
aórtica aguda
Hérnia Hiatal Mediastinites Ansiedade 
e/ou 
depressão
Pneumotórax Arritmias Hipertensão 
pulmonar
Câncer de 
esôfago
Pneumo-
mediastino
Síndrome do 
pânico
Pneumonia Pericardites
Neoplasias Miocardiopatias
Avaliação Semiológica da dor precordial
• Localização
• Irradiação
• Caráter
• Intensidade
• Duração
• Frequência
• Fatores desencadeantes ou agravantes
• Fatores atenuantes
• Sintomas concomitantes
DOR
• Localização – retroesternal à esquerda (raro a direita da linha 
esternal), podendo ser restrita ou ocupar todo precórdio.
• Irradiação – pavilhões auriculares, maxilar inferior, nuca, região 
cervical, MMSS, ombros, região epigástrica e região 
interescapulovertebral.
• Caráter – constritiva, paciente refere “aperto”, “opressão”, “peso”, 
“queimação”.
• Intensidade 
1. Leve – paciente a sente, mas não se fixa nela, relata “sensação de peso 
ou desconforto”.
2. Moderada – incomoda bastante o paciente e agrava-se com os 
exercícios físicos.
3. Grave - inflige grande sofrimento, obrigando o paciente a ficar o mais 
quieto possível
DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA
• Duração
1. Angina de peito/estável - curta 2 a 3 min 
2. Angina instável – prolongada, chegando a 20 min 
3. IAM – mais de 20 min, pode chegar a horas
• Frequência - variável
• Fatores desencadeantes ou agravantes – exercício físico, estresse 
emocional, frio, após refeição copiosa.
• Fatores atenuantes – repouso e uso de vasodilatadores
• Sintomas concomitantes – náuseas, vômitos, sudorese fria
DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA
DOR DE ORIGEM PERICÁDICA
• Localização - região retroesternal junto da reborda esternal 
esquerda
• Irradiação - pescoço e as costas
• Caráter –constritiva, paciente relata “peso”, “opressão”, “queimação”. 
• Intensidade – grande intensidade
• Duração – contínua, durando várias horas
• Frequência – início agudo
• Fatores desencadeantes ou agravantes – respiração, decúbito 
dorsal, movimentos na cama, deglutição e mov. tronco.
• Fatores atenuantes – inclinar o tórax para frente ou posição 
genupeitoral
• Sintomas concomitantes
DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA
• Localização – ponta do coração
• Irradiação 
• Caráter – ocorrem crises dolorosas 
• Intensidade – variável
• Duração – horas a semanas
• Frequência – início agudo
• Fatores desencadeantes ou agravantes – paciente sofre 
contrariedades e emoções desagradáveis
• Fatores atenuantes – repouso, analgésico, tranquilizantes e placebo
• Sintomas concomitantes – palpitações, dispneia suspirosa, dormência, 
astenia, instabilidade emocional e depressão
OBS: pacientes que já tiveram infarto
DOR DE ORIGEM AÓRTICA
• Localização - região retroesternal ou face anterior do tórax
• Irradiação – pescoço, região interescapular, ombros.
• Caráter – constritiva, paciente relata “peso”, “opressão”, “queimação”. 
• Intensidade – indolor nos aneurismas, porém dor lancinantes nas 
dissecções.
• Duração – contínua
• Frequência – início agudo
• Fatores desencadeantes ou agravantes 
• Fatores atenuantes
• Sintomas concomitantes – na crise dolorosa o paciente fica inquieto, 
busca alívio de todas as maneiras, mas não o alcança.
OUTROS TIPOS DE DORES
• A dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos, deve-se à 
laceração da mucosa do segmento inferior do esôfago. 
• A dor torácica, em consequência das mudanças de decúbito ou de 
movimentos do pescoço, origina-se na coluna cervical ou dorsal 
(osteoartrite, hérnia de disco).
• A dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição é causada por 
espasmo esofágico ou esofagite.
• A dor que se agrava com a tosse pode ocorrer em virtude de 
pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz nervosa.
PALPITAÇÕES
• Palpitações significam percepção incômoda dos batimentos cardíacos.
• Paciente relata “batimentos mais fortes”, “falhas”, “arrancos”, 
“paradas”, “tremor no coração”, “coração deixando de bater”, “coração 
aos pulos”. 
• As palpitações são contrações cardíacas mais fortes e mais intensas.
• Questione: frequência, ritmo, horário de aparecimento, modo de 
instalação e desaparecimento, ingesta de alimentos, drogas e 
medicações.
PALPITAÇÕES
Cardíacas Não-Cardíacas
Arritmias Hipertensão arterial
Insuficiência Cardíaca Hipertireoidismo
Miocardite Anemia
Miocardiopatia Esforço Físico
Emoções
Síndrome do Pânico
Medicamentos, café, tabaco, drogas ilícitas
TIPOS PALPITAÇÕES
• Palpitações de esforço - ocorrem durante a execução de esforço 
físico e desaparecem com o repouso. 
• É necessário caracterizar a magnitude do esforço
• Na insuficiência cardíaca, as palpitações, iniciam-se de modo súbito, 
logo ao se fazer um esforço físico, e desaparecem com o repouso, de 
maneira gradual e lenta. 
TIPOS PALPITAÇÕES
• Palpitações decorrentes de alterações do 
ritmo cardíaco
• Paciente relata “falhas”, “arrancos” e 
“tremor” indica quase sempre extrassístoles. 
• Extrassístoles “em salvas” são descritas 
como “disparos do coração”, com curta 
duração (3 ou mais batimentos 
consecutivos). 
• Se de início e fim súbitos, costumam ser indicativas de taquicardia paroxística
• Início súbito e fim gradual sugerem taquicardia sinusal ou estado de ansiedade. 
• O relato de taquicardia com batimentos irregulares pode levantar a suspeita de 
fibrilação atrial. 
TIPOS PALPITAÇÕES
• Palpitações por transtornos emocionais
• Origem reside nas agressões emocionais sofridas nos primeiros anos de 
vida (castigo, medo, ameaças) ou nas dificuldades e desajustes ocorridos 
na vida adulta, incluindo carência afetiva, desajuste conjugal, problemas 
econômicos, insatisfação sexual.
• Acompanham-se de sudorese, desmaio, dormências, além de outros 
distúrbios neurovegetativos.
TIPOS PALPITAÇÕES
• Palpitações por transtornos emocionais
• Origem reside nas agressões emocionais sofridas nos primeiros anos de 
vida (castigo, medo, ameaças) ou nas dificuldades e desajustes ocorridos 
na vida adulta, incluindo carência afetiva, desajuste conjugal, problemas 
econômicos, insatisfação sexual.
• Acompanham-se de sudorese, desmaio, dormências, além de outros 
distúrbios neurovegetativos.
DISPNEIA
• Sensação consciente e desagradável do ato de respirar.
• Paciente refere “cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou 
respiração difícil”.
• Evidenciado pela aceleração dos movimentos respiratórios e pela 
participação ativa da musculatura acessória da respiração.
• Indicativo de cogestão pulmonar.DISPNEIA
Cardíaca Não-Cardíaca
Estenose mitral* Obstrução das vias respiratórias superiores
Insuficiência ventricular esquerda* Lesões traumáticas da parede do tórax
Bronquites
Asma
Enfisema pulmonar
Pneumonia
Anemia
Obesidade
Ansiedade
TIPOS DE DISPNEIA
• Dispneia de esforço - Insuficiência ventricular esquerda – rápida 
progressão
1. Dispneia de grandes esforços – Antes realizava estas atividades sem 
nenhum esforço e desconforto. Subir escadas, andar depressa ou caminhar 
em rampa, executar trabalho de rotina ou praticar esporte.
2. Dispneia de médios esforços –andar em um local plano, passo normal, subir 
alguns degraus.
3. Dispneia de pequenos esforços – tomar banho, trocar de roupa, mudar 
posição de cama, ato de falar.
TIPOS DE DISPNEIA
• Dispneia de decúbito – aumento da congestão pulmonar
• Paciente eleva a cabeça e o tórax com mais travesseiros, ou permanece 
semissentado ao dormir. 
• Fases mais avançadas a dispneia é tão intensa que o paciente semta-se a 
beira do leito (ortopneia).
TIPOS DE DISPNEIA
• Dispneia paroxítica noturna
• Acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica.
• Na crise dispneica apresenta pele fria e pálida, às vezes cianótica, tórax 
expandido, sudorese e taquicardia.
• Se houver tosse com expectoração espumoso, cianose, sibilos e estertores –
edema agudo de pulmão.
TIPOS DE DISPNEIA
• Dispneia paroxítica noturna
• Acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica.
• Na crise dispneica apresenta pele fria e pálida, às vezes cianótica, tórax 
expandido, sudorese e taquicardia.
• Se houver tosse com expectoração espumoso, cianose, sibilos e estertores –
edema agudo de pulmão.
POSIÇÃO DE CÓCORAS
• Pacientes com dispneia de esforço.
• Portadores de cardiopatia congênita cianótica 
com fluxo pulmonar diminuído.
• Posição eleva PA por compressão das artérias 
femorais e ilíacas.
TOSSE
• Tosse é um ato reflexo.
• A tosse da insuficiência ventricular esquerda é seca e mais intensa à noite, 
quase sempre associada a dispneia.
• Nos aneurismas da aorta, pericardite e grande dilatação do átrio esquerdo, 
podem ocorrer acessos de tosse por compressão brônquica, irritação do 
vago ou do ramo recorrente.
EXPECTORAÇÃO
• Expectoração é o produto eliminado por intermédio da tosse, procedente 
das vias respiratórias.
• A expectoração dos pacientes com insuficiência ventricular esquerda é do 
tipo seroso, de pouca consistência, contém ar e é rica em albumina, que lhe 
confere aspecto espumoso (se róseo-hemoptise). 
• A congestão pulmonar torna este órgão campo propício para implantação de 
infecção bacteriana - expectoração mucopurulenta.
TOSSE E EXPECTORAÇÃO
Outras causas:
• Bronquites
• Asma brônquica
• Pneumonias
• Pleurites
• Tuberculose pulmonar
• Embolia pulmonar
• Infarto pulmonar
• Pneumoconiose
• Megaesôfago
• Refluxo gastresofágico
• Tensão nervosa (tosse psicogênica)
• Medicamentos (inibidores da ECA)
ASMA BRÔQUICA X ASMA CARDÍACA
• Asma cardíaca costuma surgir na posição deitada e melhora quando o 
paciente se senta ou fica de pé, sendo acompanhada por taquicardia, 
ritmo de galope e estertores finos nas bases pulmonares.
• Caso persistam dúvidas, a radiografia simples do tórax – evidenciar 
congestão pulmonar
SÍNCOPE E LIPOTIMIA
• Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e do tônus 
muscular postural (síncope). Se ocorre de modo parcial – lipotomia.
• Pode ser de origem psicogênica (impactos emocionais, medo intenso) ou 
por redução aguda, mas transitória, do fluxo sanguíneo cerebral.
• Questione: tempo de duração, ocorrência ou não de convulsão, 
incontinência fecal ou urinária, mordedura da língua, sudorese e 
palidez, tempo decorrido desde a última alimentação, o grau de tensão 
emocional, a posição do corpo, execução de esforço físico, a 
temperatura ambiente, doença recente ou prévia.
Cardíacas Extra Cardíacas
Arritmias e distúrbios da condução
• Bradiarritmias (bloqueio atrioventricular)
• Taquiarritmias (taquicardia paroxística)
Metabólicas
• Hipoglicemia
• Alcalose respiratória por hiperventilação
Diminuição do débito cardíaco
• Insuficiência cardíaca aguda (infarto agudo 
do miocárdio)
• Obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar
• Tetralogia de Fallot
• Hipertensão pulmonar primária
• Estenose pulmonar
• Embolia pulmonar
Síncope neurogênica
• Síndrome do seio carotídeo
• Síncope vasovagal
• Síncope da “micção”
• Neuralgia glossofaríngea
• Epilepsia
Regulação vasomotora anormal
• Estenose aórtica
• Hipotensão postural ou ortostática
Obstruções “extracardíacas” do fluxo de sangue
• Aterosclerose cerebral e de vasos da crossa da 
aorta
• Reflexo da tosse
• Compressão torácica
• Tamponamento cardíaco
• Manobra de Valsalva
Diminuição mecânica do retorno venoso
• Mixoma atrial
• Trombose de prótese valvar cardíaca
• Hipovolemia aguda
Psicogênica
SÍNCOPE E LIPOTOMIA
ALTERAÇÃO DO SONO
• A insônia é um sintoma frequente nos pacientes com insuficiência 
ventricular esquerda. Se IC grave pode ser acompanhada de excitação 
obnulação – estase sanguínea encefálica.
• Sono inquieto e pesadelos também podem ser observados na 
insuficiência ventricular esquerda.
CIANOSE
• Coloração azulada da pele e das 
mucosas, em razão do aumento da 
hemoglobina reduzida no sangue 
capilar.
• Sinal importante de enfermidade 
cardíaca, principalmente na 
infância.
• Examine lábios, ponta do nariz, 
bochechas, lóbulo da orelha, língua, 
palato, faringe e extremidades das 
mãos e pés.
• Observe se piora ou melhora com 
esforço físico.
TIPOS DE CIANOSE
Cianose central – sangue chega 
desoxigenado
• Diminuição da tensão de O2 no 
ar inspirado
• Distúrbio da ventilação 
pulmonar
• Distúrbio da difusão 
• Distúrbio na perfusão 
• Curto-circuito (shunt) de 
sangue, da direita para a 
esquerda
OBS:desaparece com inalação O2
TIPOS DE CIANOSE
Cianose periférica – perda 
exagerada de oxigênio ao nível da 
rede capilar.
• Estase venosa - ICC
• Diminuição funcional ou 
orgânica do calibre dos vasos 
da microcirculação – exposição 
ao frio
OBS: água quente e elevação do 
membro podem faze 
desaparecer.
TIPOS DE CIANOSE
Cianose por distúrbio vasomotor – fenômeno de Raynaud
TIPOS DE CIANOSE
Cianose por alteração da hemoglobina
• Alterações bioquímicas que impedem a fixação do oxigênio 
pelo pigmento.
• Surge pela inalação ou ingestão de substâncias tóxicas que 
contêm nitritos, fenacetina, sulfanilamida, anilinas.
EDEMA
• O edema é o resultado do 
aumento do líquido intersticial, 
proveniente do plasma sanguíneo. 
Paciente refere “inchaço”.
• Pode ser localizado, como 
acontece no edema 
angioneurótico ou inflamatório e 
na compressão de vasos linfáticos 
e venosos, ou generalizado, 
resultante de afecções cardíacas, 
renais, hepáticas, carenciais e do 
uso de medicamentos.
EDEMA CÁRDIACO
• Insuficiência ventricular direita 
por aumento da pressão 
hidrostática associado à retenção 
de sódio. 
• Localiza-se nos membros 
inferiores, pela ação da gravidade, 
progride para pernas e coxas, 
podendo alcançar a raiz dos 
membros inferiores.
• Intensifica-se com o decorrer do 
dia. Diminui ou desaparece com o 
repouso noturno. 
OUTROS SINAIS DE EDEMA CARDÍACO
ASTENIA
• Sensação de fraqueza generalizada. Paciente refere 
cansaço.
• Está presente na maioria dos pacientes com insuficiência 
cardíaca e infarto agudo do miocárdio. 
• Diminuição do débito cardíaco e com oxigenação 
insuficiente dos músculos esqueléticos.
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Inspeção e palpação
• Pesquisa de abaulamento
• Análise do ictus cordis (choque da 
ponta)
• Análise de batimentos ou movimentos 
visíveis ou palpáveis
• Pesquisa de frêmito cardiovascular.
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Abaulamento
• Avalie frontal e tangencial.
• Parede anterior - VD
• Possíveis causas no adulto: aneurisma 
de aorta, cardiomegalia, derrame 
pericárdico.
• Possíveis causas nas crianças*: 
cardiopatias congênitas e lesões.
• Diferencie de abaulamentos de origemosteomuscular – ictus cordis
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Ictus cordis
• Localização 
• Extensão
• Mobilidade
• Intensidade
• Tipo da impulsão
• Ritmo e frequência – melhor avaliados 
na auscuta
ICTUS CORDIS
Localização 
• Biotipo e RN.
• Enfisema pulmonar, obesidade, 
musculatura muito desenvolvida e 
grandes mamas - ictus invisível e 
impalpável.
• Deslocado na dilatação e/ou 
hipertrofia do VE.
• Possíveis causas: estenose aórtica, 
IC, insuficiência mitral, HAS, 
miocardioesclerose, 
miocadiopatias, cardiopatias 
congênitas. 
ICTUS CORDIS
Extensão
• Normal: 1 ou 2 polpas digitais.
• Dilatação ventricular: 3 ou mais 
(dizemos ictus cordis difuso)
Mobilidade 
• Comparar posição do DD com DL.
• Normal: desloca-se 1 a 2 cm.
• Sínfise pericárdica – ictus imóvel.
ICTUS CORDIS
Intensidade
• Mais forte em pessoas magras ou 
após exercício, emoções e em 
todas as situações que provocam o 
aumento da atividade cardíaca 
(hipertireoidismo).
• Muito intenso na hipertrofia de VE 
(ictus cordis propulsivo – mão do 
examinador é levantada a cada 
contração)
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Batimentos ou Movimentos
• Retração sistólica – hipertrofia de VD – ocorre 
retração ao invés de impulso
• Levantamento em massa do precórdio –
hipertrofia de VD – levantamento de grande 
área próxima ao esterno
• Choques valvares e cliques – bulhas 
hiperfonéticas – curta duração
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Batimentos ou Movimentos
• Pulsação epigástrica - transmissão à parede 
abdominal das pulsações da aorta – ocorre na 
Hipertrofia VD
• Pulso Hepático – estenose de tricúspide (pulso 
pré-sistólico) e insuficiência de tricúspide (pulso 
sistólico)
• Pulsação supraesternal – pulsação do arco 
aórtico – HAS, esclerose senil da aorta, 
aneurisma de aorta, insuficiência aórtica, 
hipertireoidismo e anemia.
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
Frêmito cardiovascular
• Sensação tátil determinada por vibrações 
produzidas no coração ou nos vasos
• Os frêmitos correspondem aos sopros
• Localização
• Situação no ciclo cardíaco
• Intensidade
AUSCUTA CARDÍACA
• Todo o precórdio e as regiões 
circunvizinhas, incluindo a região 
axilar esquerda, o dorso e o 
pescoço, precisam ser 
auscultados.
• Ictus cordis = foco mitral
• Foco aórtico acessório – 3° e 4°
EIC Esquerdo
AUSCUTA CARDÍACA
Estetoscópio
• Campânula é mais sensível aos sons de 
menor frequência. 
• Diafragma dispõe de uma membrana 
semirrígida, é adequado para a ausculta 
em geral (alta frequência)
• Ambiente silencioso
• Compressão intensa da campânula sobre 
a pele transforma-a em um receptor de 
diafragma.
• Receptor é colocado diretamente sobre 
a pele e nunca sobre a roupa do 
paciente.
AUSCUTA CARDÍACA
Posição
• Inclinar o tórax para frente –
melhora auscuta de sons 
originados na base do coração
• DLE – foco mitral, B3.
• Debruçar-se sobre a mesa –
hipofonese de bulha
Oriente o Paciente
Manobras especiais
• Inspiração e expiração forçada
AUSCUTA CARDÍACA
Objetivos da Auscuta
• Bulhas cardíacas e sua 
alterações
• Ritmo e frequência cardíaca
• Cliques ou estalidos
• Sopros
• Ruído da pericardite constritiva
• Atrito pericárdico
• Rumor venoso
AUSCUTA CARDÍACA
B1
• Coincide com ictus cordis e 
pulso carotídeo
• Timbre grave
• Maior intensidade no foco 
mitral
• Desdobramento é comum, 
não afetado pela respiração.
1:30
AUSCUTA CARDÍACA
B2
• Ocorre após um pequeno 
silêncio
• Timbre agudo mais seco
• Mais intensa nos focos da 
base
• Crianças mais intensidade 
no foco pulmonar. 
• Adultos e pessoas idosas 
mais intensa no foco 
aórtico.
35s
AUSCUTA CARDÍACA
Localização
• Protossístole = terço inicial da sístole
• Mesossístole = terço médio da sístole
• Telessístole = terço final da sístole
• Protodiástole = terço inicial da diástole
• Mesodiástole = terço médio da diástole
• Telediástole ou pré-sístole = terço final da diástole.
• Holodiástole e holossístole compreendem o período todo da diástole e 
da sístole, respectivamente.
AUSCUTA CARDÍACA
B3
• Protodiastólica
• Baixa frequência
• Se origina das vibrações da parede 
ventricular subitamente distendida 
pela corrente sanguínea que penetra 
na cavidade durante o enchimento 
ventricular rápido
• Pode ser normal em crianças e adultos jovens 
• Patológica: insuficiência mitral, miocardite, miocardiopatia e shunts da E 
para D (CIA, CIV e PCA).
• Mais audível em DLE no foco mitral
• Diferenciar uma B3 fisiológica de uma patológico – depende de outras 
alterações que indicam lesão cardíaca.
1:40
AUSCUTA CARDÍACA
B4
• Telediastólica ou pré-
sistólica
• Se origina na brusca 
desaceleração do fluxo 
sanguíneo mobilizado pela 
contração atrial de 
encontro à massa 
sanguínea existente no 
interior do ventrículo.
• Mais frequente em alterações de complacência e distensibilidade 
ventricular (miocardiopatia, isquemia miocárdica, sobrecarga de pressão)
3:38
AUSCUTA CARDÍACA
Ritmo
• 2 bulhas = ritmo em 2 tempos
• 3 bulhas = ritmo em 3 tempos
FC
• Números de batimento em 1 min.
• Em adultos, o número de batimentos por minuto vai de 60 a 100. 
ALTERAÇÕES DAS BULHAS CARDÍACAS
Intensidade da B1
• Condições que levam à diminuição do enchimento ventricular: taquicardia, 
hipertireoidismo e contrações prematuras (extrassístoles), exercício físico, 
estenose mitra* - fechamento mais rápido das valvas - hiperfonese da B1
• Condições que levam a lenta elevação da pressão intraventricular: 
miocardite, miocardiopatia, miocardioesclerose, IAM e IC – hipofonese de 
B1
• Casos de choque cardiogênico, sendo menor a força de contração do 
miocárdio, o fechamento das valvas atrioventriculares é mais lento - B1 
hipofonética.
ALTERAÇÕES DAS BULHAS CARDÍACAS
Timbre e tonalidade de B1
• Estenose mitral - valvas se tornam rígidas em decorrência da fibrose, e o 
ruído produzido pelo seu fechamento, além de mais intenso, adquire 
tonalidade aguda e timbre metálico
Desdobramento de B1
• Crianças e jovens, percebe-se uma B1 desdobrada na área mitral e/ou 
tricúspide
• Se desdobramento amplo – suspeite de bloqueio de ramo D
Mascaramento de B1
• Sopro sistólico de regurgitação
ALTERAÇÕES DAS BULHAS CARDÍACAS
Intensidade de B2
• Baixo débito ventricular, as valvas se mantêm próximas umas das outras no 
momento em que seu fechamento inicia - hipofonese de B2 - extrassístoles, 
na estenose aórtica*, na estenose pulmonar* e nas miocardiopatias.
• Alto do débito cardíaco – persistência do canal arterial e comunicação 
interatrial – hiperfonese de B2.
• Alta da pressão na aorta ou na pulmonar, as cúspides correspondentes 
se fecham com mais força - hiperfonese de B2 - HAS, hipertensão 
pulmonar.
• Nos indivíduos com tórax delgado, a B1 e B2 é mais intensa. O contrário se 
observa no caso de obesidade, massas musculares desenvolvidas, mamas 
volumosas e enfisema pulmonar. 
ALTERAÇÕES DAS BULHAS CARDÍACAS
CLIQUES E ESTALIDOS
3:51
Estalido Diastólico
• Podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral e tricúspide e, mais 
raramente, na insuficiência mitral e na comunicação interatrial.
• Estalido de abertura Mitral (EAM) – ruído intenso (pode ser palpável), seco, 
agudo de curta duração. É o sinal mais indicativo de estenose de mitral*.
• Estalido de abertura Tricúspide (EAT) – indicativo de estenose de 
tricúspide reumática.
• Características 
idênticas, 
diferenciação é 
baseada em outros 
achados 
associados.
CLIQUES E ESTALIDOS
2:00
Estalidos protossistólicos (pulmonar e aórtico)
• Ruídos de ejeção, por indicarem súbita ejeção de sangue nos vasos da base.
• Ruídos de alta frequência, agudos e intensos, produzidos na artéria pulmonar 
e na aorta.
• Estalido protossistólico pulmonar (EPP) - diferencia-se o estalido da artéria 
pulmonar do desdobramento de B1 pelo seu timbre mais agudo. Ocorre na 
estenose pulmonar, dilatação da artéria pulmonar, CIA e hipertensão 
pulmonar grave.
• Estalido protossistólico aórtico (EPA) – região entre foco aórtico acessório 
e foco mitral. Ocorre nas estenose e insuficiência aórtica, coarctação daaorta, aneurisma da aorta, dilatação aórtica aterosclerótica ou hipertensiva 
e cardiopatias congênitas cianóticas com desvio do fluxo sanguíneo para a 
aorta (tetralogia de Fallot grave e truncus arteriosus).
CLIQUES E ESTALIDOS
3:00
Estalidos mesossistólicos e telessistólicos
• Ruído entre a B1 e B2 também chamado de clique sistólico.
• Origem pode ser uma brida pericárdica ou pleuropericárdica ou o prolapso 
da valva mitral.
• Ruído de alta frequência, seco, agudo, intensidade varia durante os 
movimentos respiratórios e com as mudanças de posição.
• Indicativos de prolapso das valvas mitral ou tricúspide, mesmo na 
ausência de sopros.
SOPROS
• Aumento da velocidade da corrente sanguínea -
exercício físico, na anemia, no hipertireoidismo e na 
síndrome febril.
• Diminuição da viscosidade sanguínea - portadores 
de anemia
• Passagem de sangue através de uma zona estreitada - defeitos valvares 
(estenose e insuficiência) e anormalidades congênitas (comunicação 
interventricular, persistência do canal arterial).
• Passagem do sangue para uma zona dilatada - alguns defeitos valvares, 
dos aneurismas e o rumor venoso.
• Situação no ciclo cardíaco – sistólico, diastólico, ou contínuo.
SOPROS SISTÓLICOS
Sopro sistólico de ejeção - estenose da valva aórtica e 
pulmonar; CIA.
• Inicia após B1
• Crescente-decrescente – diamante/losango
• Término ante de B2
4:05
SOPROS SISTÓLICOS
Sopro sistólico de regurgitação – insuficiência mitral e 
tricúspide; CIV.
• Inicio com B1, mascarando-a.
• Holossistólico
• Término com B2
2:52
SOPROS DIASTÓLICOS
Sopro diastólico de estenose AV (M e T)
• Após B2
• Ocupa parte média da diástole, podendo ter reforço 
no fim da diástole (contração atrial)
• Sopros de baixa frequência e tonalidade grave –
“ruflar”
5:13
SOPROS DIASTÓLICOS
Sopro diastólico de insuficiência da valva aórtica e 
pulmonar
• Imediato após B2
• Pode ser protodiastólico ou também ocupar 
mesodiástole e telediástole.
• Sopros de alta frequência, decrescete e tonalidade 
aguda, caráter “aspirativo”.
6:12
SOPROS CONTÍNUOS
• Persistência do canal arterial, nas fístulas 
arteriovenosas, nas anomalias dos septos 
aortopulmonares e no rumor venoso.
• Ouvidos durante toda a sístole e a diástole, sem 
interrupção, mascarando B1 e B2.
• Porção sistólica é mais intensa. Sopro em “maquinaria”.
4:17
RUMOR VENOSO
• Origina-se no 
turbilhonamento do sangue 
no ponto em que a jugular 
interna encontra-se com o 
tronco braquicefálico.
• Ruído venoso, contínuo, grave.
• Localizado na base do 
pescoço e na porção superior 
do tórax (intensidade máx. 
acima da clavícula D)
• Mais audível em posição. 
sentada
• Desaparece com a 
compressão da jugular direita
• DD. com sopro da PCA.
ATRITO PERICÁRDICO
6:24
Atritos entre os folhetos pericárdicos –
pericadite fibrinosa
• Som não coincide com as fases do ciclo, 
pode ocorrer tanto em sístole ou diástole
• Contínuo, com reforço sistólico.
• Localizado entre a ponta do coração e a 
borda esternal esquerda. Não se irradia.
• Intensidade varia com a posição, com 
passar do tempo
• Timbre: ruído de se friccionar couro
SOPROS
Localização - Área em que é mais audível*
Irradiação - Desloca-se o receptor do estetoscópio em várias direções para 
determinar sua irradiação.
• Sopro da estenose aórtica - irradia para os vasos do pescoço porque o 
sangue que flui pela valva aórtica se dirige àquela direção, 
• Sopro da insuficiência mitral – irradia para a axila porque o átrio esquerdo 
situa-se acima e atrás do ventrículo esquerdo.
Intensidade - subjetivo
+ audíveis somente quando se ausculta com atenção e em ambiente silencioso
++ indica sopros de intensidade moderada
+++ traduz sopros intensos
++++ audíveis mesmo quando se afasta o estetoscópio da parede torácica ou 
quando se interpõe entre esta e o receptor a mão do examinador.
SOPROS
Intensidade *
• Influenciada: pela espessura da parede torácica, velocidade de fluxo e 
volume sanguíneo (CIA e CIV)
Timbre e tonalidade – qualidade som
• Estenose mitral - baixa frequência, lembra o bater de asas de um pássaro 
(ruflar)
• Insuficiência aórtica - alta frequência, com intensidade que decresce tão 
abruptamente que lembra o ruído obtido ao fazer-se aspiração com a boca 
(sopro aspirativo).
• Estenose aórtica - costuma ser chamado de granuloso.
SOPROS
Relação do sopro com a fase da respiração - manobra de Rivero-Carvallo
• Diferencia o sopro da insuficiência tricúspide do da insuficiência mitral
• Paciente em decúbito dorsal, coloca-se o receptor do estetoscópio na área 
tricúspide. 
• Inspiração profunda – Se o sopro aumenta de intensidade, pode-se concluir 
que sua origem é no aparelho valvar tricúspide. 
• Lesões aórticas - sopros tornam-se mais audíveis se o paciente fizer uma 
expiração forçada
SOPROS
Relação do sopro com a posição do paciente
• Sopros da base do coração (insuficiência aórtica) mais nítidos com 
paciente na posição sentada com o tórax fletido para diante. 
• O ruflar diastólico da estenose mitral fica mais intenso no decúbito 
lateral esquerdo. 
• O rumor venoso aumenta de intensidade na posição sentada ou de pé, 
diminuindo ou desaparecendo quando o paciente se deita.
Relação do sopro com o exercício
• Aumento da velocidade sanguínea e estimular o sistema adrenérgico, 
determina intensificação dos sopros. 
• Suspeita de estenose mitral: torna-se mais forte um ruflar que era de 
pequena intensidade com o paciente em repouso.
SOPROS INOCENTES
Há um sopro, mas ele não traduz alteração estrutural do coração.
• São sistólicos, de baixa intensidade (+ a ++), suaves, sem irradiação, mais 
audíveis na área pulmonar e região mesocardíaca, com nítidas variações 
pelas mudanças de posição do paciente. 
• Não são acompanhados de alterações das bulhas cardíacas e de frêmito 
e não há evidências de dilatação e/ou hipertrofia das cavidades cardíacas. 
• Mais frequentes em crianças e seu encontro exige uma completa 
investigação clínica para descartar a existência de febre ou anemia, 
principais condições responsáveis por estes sopros
EXAME DA AORTA
• 3° art. costoesternal E à 2° art. 
costoesternal D – ascendente
• Partindo da ascendente D para trás 
até apófise espinhosa da 2°
vértebra torácica – arco
• Arco - Pode-se aproximar da 
fúrcula esternal em brevelíneos e 
idosos.
• Inspeção, Palpação e auscuta.
EXAME DA AORTA
• Abaulamentos pulsáteis que são indicativos de aneurisma aórtico.
• Se a dilatação for da aorta ascendente, a dilatação projeta-se à D do 
esterno, no nível do 2o e do 3o EIC.
• Se dilatação é do arco aórtica, esta pode tornar-se visível e palpável no 
manúbrio esternal.
• Esclerose senil da aorta - pacientes 
idosos, nos quais a aorta já apresenta 
um processo de alongamento e 
dilatação.
EXAME DA AORTA
• Pacientes com hipertensão arterial - dilatação dinâmica da aorta.
• Insuficiência das valvas aórticas, exercício físico e emoções - contração 
cardíaca se torna mais forte para impulsionar maior quantidade de sangue -
possível ver e palpar os batimentos da aorta no nível da fúrcula 
esternal.
• O sopro da estenose da valva aórtica irradia-se na direção da corrente 
sanguínea que penetra na aorta, podendo alcançar os vasos do pescoço.
EXAME DOS PULSOS
• Pulso radial
• Pulso capilar
• Pulsações das artérias carótidas
• Pulsações dasveias jugulares (pulso
venoso)
PULSO RADIAL
• Entre a apófise estiloide do rádio e o
tendão dos flexores.
• Características
❖ Estado da parede arterial
❖ Frequência
❖ Ritmo
❖ Amplitude
❖ Tensão ou dureza
❖ Tipos de onda
❖ Comparação com a artéria homóloga –
desiguais nas afecções do arco aórtica
ou dos vasos que dela emergem quando
são sede de constrições ou oclusões.
PULSO RADIAL
Estado da parede arterial
• Normal: parede do vaso não apresenta tortuosidades e é facilmente 
depressível
• Patológico: parede endurecida, irregular e tortuosa.
Frequência – comparada aos batimentos cardíacos
• Normal: adulto 60-100 pulsações por min
• Acima de 100 – taquisfigmia
oFisiológico: exercício, emoção, gravidez.
o Patológico: estados febris, hipertireoidismo, insuficiência cardíaca, 
taquicardia paroxística, miocardite, colapso periférico e hipovolemia.
• Abaixo de 60 – bradisfigmia
o Fisiológico – atletas.
o Patológico - enfermidades infecciosas (febre tifoide e viroses), 
hipertensão intracraniana, icterícia, lesões do sistema excitocondutor
(bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular)
PULSO RADIAL
Déficit de pulso - número de batimentos cardíacos é maior que o número das
pulsações da artéria radial.
• Extrassistolia ventricular e a fibrilação atrial.
Ritmo
• Normal – regular
• Patológico – irregular – arritmias: extrassistolia ventricular e a fibrilação
atrial e o bloqueio atrioventricular.
Amplitude - sensação captada em cada pulsação (grau de enchimento da
artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole), pode ser
amplo, mediano e pequeno.
• Pulso amplo - insuficiência aórtica
• Pulso pequeno - estenose aórtica
PULSO RADIAL
Tensão – avaliada na compressão progressiva da artéria
• Se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações,
caracteriza-se pulso mole
• Se a interrupção da onda sanguínea exigir forte pressão, trata-se de pulso
duro (indica HAS)
Tipos de onda
• Pulso normal
• Pulso célere (martelo d’água) - aparecer e sumir com rapidez - aumento
da pressão diferencial, ocorrendo na insuficiência aórtica, nas fístulas
arteriovenosas, nas anemias graves e no hipertireoidismo.
• Pulso alternante - modo sucessivo uma onda ampla seguida de outra mais
fraca - sinal de insuficiência ventricular esquerda.
• Pulso filiforme - pequena amplitude e mole - indica colapso circulatório
periférico.
PULSO RADIAL
Tipos de onda
• Pulso paradoxal - diminuição da amplitude das pulsações durante a
inspiração forçada (redução do DC) – ocorre na pericardite constritiva, no
derrame pericárdico volumoso e no enfisema pulmonar
• Pulso anacrótico - pequena onda inscrita no ramo ascendente da onda
pulsátil - aparece na estenose aórtica.
• Pulso dicrótico - dupla onda em cada pulsação; a primeira, mais intensa e
mais nítida, é seguida de outra de menor intensidade e que ocorre
imediatamente depois – ocorre nas doenças febris.
• Pulso bisferiens - dupla sensação, 2 ondulações aparecem no ápice da
onda do pulso – ocorre quando há estenose e insuficiência aórtica
associadas.
Dicrótico x Bisferiens - aumentar a compressão da artéria: o
pulso bisferiens torna-se mais nítido enquanto o dicrótico perde sua
característica de pulsação dupla.
PULSO RADIAL
Tipos de onda
• Pulso paradoxal - diminuição da amplitude das pulsações durante a
inspiração forçada (redução do DC) – ocorre na pericardite constritiva, no
derrame pericárdico volumoso e no enfisema pulmonar
• Pulso anacrótico - pequena onda inscrita no ramo ascendente da onda
pulsátil - aparece na estenose aórtica.
• Pulso dicrótico - dupla onda em cada pulsação; a primeira, mais intensa e
mais nítida, é seguida de outra de menor intensidade e que ocorre
imediatamente depois – ocorre nas doenças febris.
• Pulso bisferiens - dupla sensação, 2 ondulações aparecem no ápice da
onda do pulso – ocorre quando há estenose e insuficiência aórtica
associadas.
Dicrótico x Bisferiens - aumentar a compressão da artéria: o
pulso bisferiens torna-se mais nítido enquanto o dicrótico perde sua
característica de pulsação dupla.
PULSO CAPILAR
Leve compressão sobre a borda de uma unha até que seja identificada uma
zona pulsátil que marca a transição da cor rósea para a pálida
Nítida pulsação nos casos de aumento 
da pressão diferencial, como ocorre na 
insuficiência aórtica, na fístula 
arteriovenosa, no hipertireoidismo e na 
anemia intensa.
PULSO CAROTÍDEO
• Palpadas no ângulo da mandíbula, de cada lado da traqueia, comparando-se
entre si
• Podem ser visíveis, principalmente após exercício e emoções; HAS, 
insuficiência aórtica e hipertireoidismo.
• Estado da parede arterial (endurecimento, dilatação, tortuosidade)
• Amplitude do pulso
• Comparação entre as artérias
• Frêmito: originado na própria artéria 
por estenose ou oclusão ou ser 
irradiado de uma lesão de uma 
estenose da valva aórtica (mesmo 
raciocínio para sopros)
INGURGITAMENTO E PULSAÇÕES DAS 
VEIAS JUGULARES
Pulo Venoso: pulsações observadas na base do
pescoço, reflete a dinâmica do coração D.
• Modificações de volume que ocorrem nas veias
jugulares externas durante o ciclo cardíaco
• Se veias jugulares permanecem túrgidas quando o
paciente adota a posição semissentada ou sentada
= ingurgitamento jugular = hipertensão venosa no
sistema da veia cava superior, ocorre por
compressão desta veia, insuficiência ventricular
direita ou pericardite constritiva.
Os frêmitos e os sopros observados no pescoço
podem ter origem nas carótidas, nas jugulares e
na tireoide ou podem ser irradiados do precórdio.
PULSO VENOSO X PULSO ARTERIAL
• O pulso venoso tem um aspecto ondulante, por ser constituído de 3
ondas e 2 depleções, enquanto o pulso carotídeo é constituído de 1
onda única que lhe confere aspecto pulsátil.
• O pulso venoso é mais visível que palpável, em consequência de ser uma
onda de volume com níveis tensionais baixos, enquanto o pulso
carotídeo é mais palpável que visível.
• O pulso venoso torna-se mais evidente na posição horizontal,
enquanto o pulso carotídeo é percebido tanto na posição deitada
quanto na sentada.
• O pulso venoso varia com a respiração, colabando na inspiração
porque, nesta fase há aumento da pressão negativa intratorácica com
maior afluxo de sangue para o coração direito. Tal fato não ocorre com
o pulso carotídeo.
• O pulso venoso desaparece quando se comprimem as veias jugulares
na base do pescoço. A supressão do pulso carotídeo não é possível.
ARRITMIAS
Taquicardia sinusal
• B1hiperfonética
• Condições fisiológicas - esforço, emoção
• Condições patológicas - febre, hipertireoidismo, anemia, 
insuficiência cardíaca
Bradicardia sinusal
• B1hipofonética
• Condições fisiológicas - sono, vagotomia, treinamento físico intenso
• Condições patológicas - hipotireoidismo, hipertensão intracraniana, 
doença de Chagas
• Ação de medicamentos - digital, reserpina, bloqueadores beta-
adrenérgicos, amiodarona
ARRITMIAS
Arritmia sinusal
• Variação na FC relacionada a respiração 
• Fase inspiratória - aumento do batimentos cardíacos
• Fase expiratória – diminuição dos batimentos cardíacos
• Irregularidade das bulhas
• Condições fisiológicas - crianças e adolescentes
• Patológicas - hipertensão intracraniana, cardiopatia aterosclerótica
ARRITMIAS
Extrassístoles
• Estímulos prematuros
nascidos em focos ectópicos
• Ocorrem em um momento 
anterior ao da sístole normal, 
seguidas de uma pausa 
compensadora
• Podem ser supraventriculares 
e ventriculares (isoladas ou 
agrupadas)
• Cardiopatia chagásica, 
cardiopatia isquêmica.
• Queixas: palpitação, 
desconforto precordial
ARRITMIAS
Fibrilação Atrial
• Atividade do nó sinusal é substituída por estímulos nascidos na musculatura 
atrial.
• Não existem contrações atriais, mas tão somente movimentos irregulares 
das fibras musculares, o que prejudica o enchimento ventricular. 
• Ritmo e FC irregulares, mudanças constantes no intervalo de tempo entre 
as bulhas.
• FC elevada – Déficit de pulso radial
• Principais causas: estenose mitral, a doença de Chagas, a cardiopatia 
isquêmica e o hipertireoidismo.
ARRITMIAS
Bloqueio atrioventricular total
• Redução da FC, no BAVT de 30 a 40 bpm
• Pulso amplo, lento e regular
• DD com Bradicardia 
o B1 variável no BAVT – bulha em canhão
o FC na bradicardia sinusal costuma ser superior a 40 bmp
Bloqueio de ramo
• Bloqueio completo do 
ramo esquerdo -
desdobramento 
paradoxal da 2° bulha
• Doença de chagas e 
cardiopatia isquêmica
PRESSÃO ARTERIAL
Força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos
• Sofre variações: posição do indivíduo, das atividades e situações que se 
encontra.
• Relacionada com o trabalho do coração e traduz o sistema de pressão 
vigente na árvore vascular arterial.• Manguito deve ser 20% mais largo 
que o diâmetro do braço.
PRESSÃO ARTERIAL
Oriente o paciente
• Repouso mínimo de 3 minutos
• Local tranquilo e sem ruídos ou 
movimentos que possam interferir 
com a ausculta ou com as oscilações 
de pulso. 
• A bexiga deve estar vazia e deve-se 
aguardar 1 hora de intervalo após 
uso de tabaco, ingestão de café ou 
de outras substâncias excitantes
• Posição - Manter a artéria braquial no nível do coração, tomando-se o 
cuidado de deixar o paciente em posição confortável, com o braço 
ligeiramente flexionado, apoiado sobre uma superfície firme, com a palma 
da mão voltada para cima.
PRESSÃO ARTERIAL
Procedimento
• Localizar as pulsações da artéria braquial; colocar o manguito 2 cm 
acima da fossa cubital; palpar o pulso radial; inflar o manguito até o 
desaparecimento do pulso radial; a seguir, desinsuflar o manguito 
lentamente. Quando reaparece o pulso, tem-se o valor da pressão 
sistólica.
• Na sequência, colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e 
insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima do valor encontrado 
para a pressão sistólica pelo método palpatório.
• Desinsuflar o manguito lenta e continuamente à razão de 2 a 3 
mmHg/segundo, até o completo esvaziamento da câmara.
MÉTODO AUSCUTATÓRIO
Fases de Korotkoff
• Fase I (aparecimento de sons): o primeiro som 
é claro como uma pancada - PAS
• Fase II (batimentos com murmúrio)
• Fase III (murmúrio desaparece)
• Fase IV (abafamento dos sons)
• Fase V (desaparecimento de sons) – PAD
Hiato asucutatório
• Pode cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg
• Pode ser causa de se subestimar o nível da 
pressão sistólica ou superestimar o nível da 
pressão diastólica. 
• Evitado pelo método palpatório
REFERÊNCIAS
• Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. 
Editora Guanabara Koogan.
Obrigado!

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