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Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa ISOSTÁTICA / MECÂNICA GERAL (grade velha) MECÂNICA DOS SÓLIDOS 1 (grade nova) Notas de aula Professora Palmira Cordeiro Barbosa Marília/SP 2023 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa Esta apostila foi desenvolvida para auxiliar os alunos dos cursos de engenharia da Unimar na disciplina Mecânica dos Sólidos 1. Esta apostila vem sendo usada há vários anos , sendo que sempre tento atualiza-la, de acordo com avaliações do MEC e concursos. Os nomes destas duas disciplinas foram alterados para um único nome que é Mecânica dos Sólidos, a partir de 2021 até os dias atuais. Esta disciplina é fundamental para a formação do aluno, dentro da engenharia estrutural, sendo a primeira dentre uma série de disciplinas que se seguirão ao longo do curso como Resistência dos Materiais , Hiperestática, Sistemas Estruturais, Estruturas de Aço, Estruturas de Concreto, Estruturas de Madeira e Elementos de máquinas. Este material não tem a pretensão de abranger todos os conceitos de isostática, até porque existe uma vasta gama de livros de alta qualidade disponíveis sobre o assunto. No entanto, foi possível, através deste material, direcionar um pouco o assunto abordado para se adequar à carga horária disponível para estas disciplinas. Espero, deste modo, contribuir para um bom aprendizado de nossos alunos e estimulá-los a buscar aprofundamento cada vez maior na engenharia estrutural. Palmira Cordeiro Barbosa Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa PLANO DE ENSINO OBJETIVO DA DISCIPLINA O objetivo principal desta disciplina é fornecer aos alunos de engenharia os fundamentos teóricos de engenharia de estruturas, através da análise de estudos de caso, de modo a auxilia-los no projeto estrutural de obras civis e máquinas. EMENTA Conceitos fundamentais da engenharia das estruturas como: tração, compressão, flexão, torção, inércia, comportamento tensão - deformação, flambagem, esforços internos e análise de treliças. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. CONCEITOS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS : tipos de elementos estruturais, direção longitudinal e transversal, conceito de força, momento, tensão, ponto material e corpo rígido. 2. VINCULAÇÕES EM ESTRUTURAS PLANAS: tipos de Apoios em estruturas planas, estaticidade das estruturas, tipos de estruturas planas isostáticas. 3. EQUILIBRIO DE PONTO MATERIAL: definição de ponto material, condição de equilíbrio de um corpo, lei dos senos e Teorema de Lamy. 4. EQUILIBRIO DE CORPO RÍGIDO: cálculo de momentos e reações. 5.DIAGRAMAS DE ESFORÇOS SOLICITANTES EM ESTRUTURAS PLANAS: definição de esforços solicitantes, método das seções, convenção de sinais. 6.TRELIÇA:características básicas,tipos básicos de treliças, influência da inclinação das barras de treliça na sua resistência, estudo de estaticidade das treliças,Método dos Nós 7.PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS: centroide , baricentro e momento de inércia. METODOLOGIA DE ENSINO Aulas expositivas sobre os assuntos apresentados na ementa resolução de exercícios em sala de aula desenvolvimento de atividades envolvendo kit mola desenvolvimento de trabalhos de estudo de caso resolução de exercícios usando o aplicativo Ftool SISTEMA DE AVALIAÇÃO O aluno possui duas notas de avaliação: N1 e N2, sendo que: N1 = AVP1 + P1 N2 = AVP2 + P2 Média final = (N1+N2)/2 AVP1 e AVP2 são notas de trabalhos e avaliações parciais. P1 e P2 são notas das provas regimentais bimestrais. A média final mínima para aprovação é 7,0. O aluno tem direito a fazer a PROVA SUBSTITUTIVA, que vai substituir a média bimestral mais baixa. Caso não atinja a média Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa final 7,0 o aluno deverá fazer o EXAME, para isso precisa ter a média final mínima de 4,0 pontos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA MELCONIAN, Sarkis. Mecânica tecnica e resistencia dos materiais. 19 ed, SAO PAULO: ERICA, 2016. BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON. Mecânica dos Materiais. ed, PORTO ALEGRE: GRUPO A, 2015. HIBBELER, Russell Charles. Estática: Mecânica para engenharia. 12 ed, RIO DE JANEIRO: CAMPUS, 2011. Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 1 1 SUMÁRIO 1. CONCEITOS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS ........................................................... 2 1.1 Tipos de Elementos Estruturais ................................................................................................. 2 1.2 Direção longitudinal e transversal ............................................................................................. 3 1.3 Conceito de Força ..................................................................................................................... 4 1.4 Conceito de Momento .............................................................................................................. 6 1.5 Conceito de Tensão ................................................................................................................... 8 1.6 Conceito de ponto material e corpo rígido .............................................................................. 12 2. VINCULAÇÕES EM ESTRUTURAS PLANAS ............................................................ 14 2.1 Tipos de Apoios em estruturas planas ..................................................................................... 14 2.2 Tipos de Estruturas planas quanto à estaticidade ................................................................... 19 2.3 Tipos de Estruturas Planas Isostáticas ..................................................................................... 19 3. EQUILÍBRIO DE PONTO MATERIAL ........................................................................ 21 3.1 Definição de Ponto Material ................................................................................................... 21 3.2 Condição de equilíbrio de um corpo ........................................................................................ 21 3.3 Lei dos Senos e Teorema de Lamy ........................................................................................... 22 3.4 Relações trigonométricas ........................................................................................................ 22 3.5 Exercícios para casa ................................................................................................................ 23 4. EQUILÍBRIO DE CORPO RÍGIDO ............................................................................... 26 4.1 CÁLCULO DE MOMENTO .........................................................................................................26 4.2 EXERCICIOS PARA CASA SOBRE MOMENTO ............................................................................ 27 4.3 CÁLCULO DE REAÇÕES ............................................................................................................. 28 4.4 EXERCÍCIOS PARA CASA SOBRE CÁLCULO DE REAÇÕES ........................................................... 30 5. DIAGRAMAS DE ESFORÇOS SOLICITANTES EM ESTRUTURAS PLANAS ..... 33 5.1 Definição de esforços solicitantes ........................................................................................... 33 5.2 Método das seções ................................................................................................................. 33 5.3 Convenção de sinais ................................................................................................................ 34 5.4 Exercícios em sala ................................................................................................................... 36 5.5 Exercícios para casa ................................................................................................................ 39 6 TRELIÇAS ........................................................................................................................ 42 6.1 Definição ................................................................................................................................. 42 6.2 Características básicas............................................................................................................. 42 6.3 Tipos básicos de treliças .......................................................................................................... 44 6.4 Influência da inclinação das barras de treliça em relação a sua resistência ............................. 44 6.5 Estudo de Estaticidade das treliças ......................................................................................... 45 6.6 Método dos Nós ( exercícios em sala) ..................................................................................... 45 6.7 Exercícios para casa ................................................................................................................ 46 7. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS .................................. 49 7.1 Centroide (C) ........................................................................................................................... 49 7.2 Baricentro (G) ......................................................................................................................... 51 7.3 Momento de Inércia (I) ........................................................................................................... 53 7.4 Exercícios para casa ................................................................................................................ 55 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 2 1. CONCEITOS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS 1.1 TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS Os elementos estruturais fazem parte de uma estrutura como um todo. São definidos através de suas 3 dimensões: largura, altura e comprimento. Os elementos estruturais podem ser divididos em blocos, barras e lâminas. Figura 1.1 - Dimensões de um elemento estrutural Fonte: http://www.aquaol.com.br Os blocos possuem suas três dimensões da mesma ordem de grandeza. As barras possuem uma das dimensões bem maior que as outras duas. As lâminas possuem uma das dimensões bem menor do que as outras duas. a) Bloco b) Barra c) lâmina Figura 1.2 – Blocos, barras e lâminas Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/ Na engenharia, costuma-se adotar nomes específicos para determinados elementos (Figura 1.3), que são: Barras comprimidas são chamadas pilares ou colunas Barras horizontais são chamadas vigas. Lâminas com cargas perpendiculares ao plano são chamadas lajes. Lâminas com cargas paralelas ao plano costumam ser chamadas de paredes. http://www.aquaol.com.br/ http://wwwo.metalica.com.br/ Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 3 Na engenharia mecânica, barras submetidas à torção costumam ser chamadas de eixos. Figura 1.3 – Laje, viga e pilar Fonte: Botelho (2006) 1.2 DIREÇÃO LONGITUDINAL E TRANSVERSAL Quando se trabalha com barras, é necessário definir duas direções principais: direção longitudinal direção transversal. A direção longitudinal acontece na direção da maior dimensão da peça, ou seja, na direção do comprimento. A direção transversal acontece perpendicularmente à direção longitudinal, conforme apresentado na Figura 1.4. direção transversal direção longitudinal Figura1.4 – Direção longitudinal e transversal Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 4 Agora, observe a Figura 1.5: quando se deseja analisar uma região específica dentro do comprimento da peça, é comum imaginar um corte na direção transversal da barra, nesta região. A figura plana que surge a partir deste corte é chamada seção transversal. Por exemplo, a barra apresentada na Figura 5 possui seção transversal retangular. Figura 1.5 – Seção transversal 1.3 CONCEITO DE FORÇA Força é algo que altera ou tenta alterar a condição de um corpo. Ou seja, um corpo , quando submetido a uma força qualquer, pode deslocar, deformar ou mesmo romper. Figura 1.6 – Exemplo de força Fonte: http://refensdafisica.tumblr.com/ Em relação à direção, as forças podem ser divididas em: força normal força de cisalhamento. A força normal atua perpendicularmente à área de atuação e pode ser de dois tipos: força normal de compressão (Figura 1.7a) e força normal de tração (Figura 1.7b). A força normal de compressão gera encurtamento na peça enquanto a força normal de tração gera alongamento na peça. A força de cisalhamento atua paralelamente à área de incidência (Figura 1.8). Figura 1.7 – Força normal Fonte: http://www.mspc.eng.br/ Figura 1.8 – Força de cisalhamento Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 5 Exemplo de esforços de tração e compressão Em relação a área de abrangência, pode-se definir as forças como: força concentrada força distribuída linear força distribuída por área Figura 1.9 – Forças concentradas e distribuídas. Fonte: Hibbeler (2010) As figuras a seguir apresentam exemplos destas forças. Figura 1.10 – Exemplo de carga concentrada Fonte: Engenharia do mundo Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade novaProfessora: Palmira Cordeiro Barbosa 6 Figura 1.11 – Exemplo de carga distribuída linear Fonte: Titanium Consultoria e projetos Figura 1.12 – Exemplo de carga distribuída por área Fonte: Correio Brasiziliense 1.4 CONCEITO DE MOMENTO Quando a força encontra-se aplicada a uma certa distância do ponto analisado, ela tende a fazer com que a estrutura gire em torno deste ponto. Este fenômeno é chamado de momento que é dado por: M = F x d. Figura 1.13 – Conceito de Momento Fonte: www.mundoeducação.bol.uol.com.br Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 7 A carga momento gera curvatura do elemento Numa barra, esta curvatura pode acontecer mas três direções conforme mostrado na Figura 1.15. Figura 1.14 – Exemplo de carga-momento Fonte: Jornal de Brasília (a) Momento fletor Mz ( flexão lateral ) (b) Momento fletor Mx ( flexão vertical) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 8 (c) Momento torçor My Figura 1.15 – Momentos em elementos de barra 1.5 CONCEITO DE TENSÃO Tensão é usualmente definida como sendo a relação entre força e área. 𝐓𝐞𝐧𝐬ã𝐨 = 𝐅𝐨𝐫ç𝐚 Á𝐫𝐞𝐚 No entanto, de forma geral pode-se dizer que tensões são forças internas que surgem numa peça quando esta é submetida a forças externas. Existem dois tipos básicos de tensões: Tensão Normal e Tensão de Cisalhamento. a) Tensão normal A tensão normal pode ser de compressão ou tração. Ou seja, uma força normal de compressão gera tensão de compressão. E uma força normal de tração gera tensão de tração. Figura 1.16 – Força de tração gera tensão de tração numa barra Fonte: www.luizcaludioo.com Na Flexão, numa mesma seção transversal existem tensões normais de tração e compressão, ao mesmo tempo. http://www.luizcaludioo.com/ Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 9 Figura 1.17 – Tensões de tração e compressão na flexão Fonte: www.luizcaludioo.com b) Tensão de cisalhamento A tensão de cisalhamento acontece numa seção devido a ação de forças paralelas à seção. Na conexão por pinos, o cisalhamento acontece no pino. Na conexão colada, o cisalhamento acontece na região colada. Figura 1.18 – Tensão de cisalhamento numa barra Figura 1.19 – Cisalhamento em chapas Fonte:Hibbeler(2010) Figura 1.20- Cisalhamento em vigas ocorre na seção A A A http://www.luizcaludioo.com/ Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 10 A Figura 1.21 apresenta outro tipo de carregamento que também gera tensões de cisalhamento, que é a torção. Figura 1.21 – Viga com torção apoiada em dois pilares Fonte: Barry Onoyue EXERCÍCIO 1- Enade arquitetura: Considere os dois tipos de trincas estruturais representadas nas vigas A e B abaixo, frequentes em construções realizadas sem a devida orientação técnica, seja na Favela da Maré, seja nas periferias das grandes cidades brasileiras, malgrado o saber construtivo popular. Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 11 EXERCÍCIO 2- A Casa Baeta(1956), projeto de Vilanova Artigas, apresenta solução estrutural ousada , com previsão de uso de escora inclinada para garantir o balanço de 4,5 metros, na região da sala (Figura 1) . Por problemas na execução da obra, a escora idealizada por Artigas foi substituída por um pilar improvisado em concreto (Figura 2), construído do lado de fora da casa. Em reforma recente, o arquiteto Ângelo Bucci recuperou a integridade estrutural da casa, reconstituindo o elemento de sustentação central do projeto original, conforme Figura 3. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Qual das justificativas abaixo explica a necessidade deste elemento estrutural? a) Impossibilidade de construção de elemento fechado de sustentação, que dividiria o espaço interno. b) Excesso de peso da laje intermediária c) Peculiaridade da geometria do pilar d) Necessidade de atirantar a laje intermediária e) Ausência de elementos ornamentais internos Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 12 EXERCÍCIO 3: Enade-Arquitetura: Analisando-se a imagem, constata-se que o elemento construtivo assinalado com o X é: a) Tirante b) Pilar metálico c) Viga vagão d) Armação da viga e) Peça da treliça de cobertura 1.6 CONCEITO DE PONTO MATERIAL E CORPO RÍGIDO a) Ponto material ( bloco) Define-se ponto material como um corpo que possui massa, mas suas dimensões são desprezadas no cálculo. Trata-se de uma simplificação permitida em alguns casos onde pode-se admitir que todas as forças atuantes no corpo são aplicadas no mesmo ponto. Condições de Equilíbrio de ponto material ∑Fx = 0 𝑒 ∑Fy = 0 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 13 b) Corpo Rígido (barras) Em barras, não dá para considerar que todas as forças estão atuando no mesmo ponto. Nestes casos, usamos o conceito de corpo rígido. Condições de Equilíbrio de corpo rígido { ∑𝑭𝒙 = 𝟎 ∑𝑭𝒚 = 𝟎 ∑𝑴𝑨 = 𝟎 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 14 2. VINCULAÇÕES EM ESTRUTURAS PLANAS Bem, quando temos corpos em formato de barras , temos usar um conceito de Equilíbrio de Corpo Rígido e não mais, Equilíbrio de Ponto Material. Na teoria de Equilíbrio de Corpo Rígido, o equilíbrio acontece quando se restringe não só as translações em x e y(como acontece como equilíbrio de ponto material), mas também a rotação. Sendo assim, as Condições de equilíbrio de Corpo Rígido podem ser dadas por: { ∑𝑭𝒙 = 𝟎 ∑𝑭𝒚 = 𝟎 ∑𝑴𝑨 = 𝟎 Para isso, primeiramente vamos compreender os tipos de apoios existentes em estruturas planas. 2.1 TIPOS DE APOIOS EM ESTRUTURAS PLANAS a) Apoio do 1º. Gênero ou apoio articulado móvel ( impede a translação na direção perpendicular ao apoio) Apoio do 1º. Genero em Pontes rolantes Apoio do 1º. Genero em ponte Unimar – Universidade de Marília______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 15 b) Apoio do 2º. Gênero ou apoio articulado fixo (impede a translação na direção perpendicular e paralela ao apoio) Apoio do 2º. Gênero para pilares de madeira Apoio rotulado em vigas metálicas Apoio rotulado fixo em vigas de concreto armado Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 16 c) Apoio do 3º. Gênero ou apoio engastado ( impede as duas translações e a rotação do apoio) Apoio engastado em vigas metálicas(fonte:www.cartografia.ufpr.br) Apoio engastado em estruturas de concreto Símbolos para apoios no plano Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 17 EXERCÍCIO 1-Enade- Engenharia: Em termos de esquematização estrutural de edifícios, um erro bastante comum está em considerar as condições de engastamento, total ou parcial, das lajes e vigas, que podem ser agravadas no caso de edifícios altos ou com peças de inércia muito diferentes entre si. Para o engastamento parcial de vigas, deve-se considerar o que recomenda o item 3.2.3, da ABNT NBR 6118, para apoios extremos. Falhas na adoção do modelo estrutural correto poderão levar ao surgimento de trincas nas vigas, alvenarias e revestimentos, sendo necessária a sua manutenção. Para a viga apresentada acima, qual o sistema estrutural correto a ser adotado para seu cálculo? a) b) c) d) e) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 18 EXERCÍCIO 2: A Figura 1 apresenta a Galeria de Exposição do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, projetado por Affonso Eduardo Reidy. As Figuras 2 e 3 apresentam o detalhe das armaduras nos apoios. Com relação aos vínculos A,B,C e D, conclui-se que: Figura 1 Figura 2 Figura 3 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 19 2.2 TIPOS DE ESTRUTURAS PLANAS QUANTO À ESTATICIDADE a) Situação 1 Estruturas Hipostáticas: número de apoios é insuficiente para manter a estruturas em equilíbrio. b) Situação 2 Estruturas Isostáticas: número de apoios é apenas suficiente para manter a estruturas em equilíbrio. c) Situação 3 Estruturas Hiperestáticas: número de apoios é mais do que suficiente para manter a estruturas em equilíbrio. 2.3 TIPOS DE ESTRUTURAS PLANAS ISOSTÁTICAS Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 20 EXERCÍCIO 3: As Figuras 1 e 2 abaixo apresentam o Prédio de processamento de dados da Escola de engenharia de São Carlos. De acordo com o que foi desenvolvido em sala a respeito dos tipos de apoio no plano, como seria possível representar o(s) apoio(s) do pilar central do prédio apresentado? Figura1 Figura 2 Figura 3 -Pilar central do prédio Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 21 3. EQUILÍBRIO DE PONTO MATERIAL 3.1 DEFINIÇÃO DE PONTO MATERIAL Define-se ponto material como um corpo que possui massa, mas suas dimensões são desprezadas no cálculo. Trata-se de uma simplificação permitida em alguns casos onde pode-se admitir que todas as forças atuantes no corpo são aplicadas no mesmo ponto. Por exemplo, na Figura 1.a, temos uma caçamba que é mantida em equilíbrio através da tração no cabo. Temos duas forças atuantes na caçamba: o peso da caçamba, representado pela força W e a tração nos cabos, representada pela força T. Estas duas forças não estão aplicadas no mesmo ponto, mas é possível resolver este exercício admitindo que T e W estão aplicadas no mesmo ponto conforme Figura 1.b. Figura 1.a Figura 1.b 3.2 CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO DE UM CORPO O equilíbrio de um corpo é definido pela 1ª. Lei de Newton: “Se a resultante de forças que atuam num corpo é igual a zero, então este corpo permanece em repouso( se estava em repouso) ou se move em linha reta com velocidade constante( se originalmente estava em movimento)” T W T Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 22 No entanto, para que um corpo esteja em equilíbrio, é necessário que a resultante de todas as forças que atuam sobre este corpo seja nula. Por exemplo, na Figura 2, temos quatro forças atuando sobre o ponto. Este ponto estará em equilíbrio se atender as duas Condições de Equilíbrio de Ponto Material abaixo: ∑Fx = 0 𝑒 ∑Fy = 0 Figura 2 3.3 LEI DOS SENOS E TEOREMA DE LAMY Teorema de lamy 3.4 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 23 Exemplo 1: Dois cabos estão atados em C, onde é aplicada uma carga. Determine as trações em AC e BC através dos seguintes métodos: a) Teorema de Lamy b) Decomposição de forças Exemplo 2: Determine o ângulo α para : a) Menor tração possível no cabo BC b) Tração igual nos dois cabos Em cada caso, determine as trações nos dois cabos. Resp.: a) α = 35°,TAC=410N e TBC= 286,80N b) α = 55° , TAC = TBC = 305N 3.5 EXERCÍCIOS PARA CASA 1.Dois cabos estão atados em C, onde é aplicada uma carga. Determine as trações em AC e BC. Adote g= 9,81m/s2. Resp.: TAC = 2636,65N e TBC = 1720,95N Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 24 2. Dois cabos estão atados em C, onde é aplicada uma carga. Sabendo que P = 400N e α = 75° , determine as trações em AC e BC. Resp.: TAC = 326,08N e TBC = 368,64N 3.Duas forças P e Q de intensidade 600Ne 800N respectivamente são aplicadas à conexão de um avião. Sabendo que a conexão está em equilíbrio, determine a tração nas barras A e B. Resp.: TA = 230,94N e TB = 577,35N 4.Dois cabos estão atados no ponto A, sujeito a uma carga de 960N. Sabendo que P = 640N, determine a tração em cada cabo. Resp.: TAB = 600,94N e TAC = 344N 5.Dois cabos estão atados no ponto A e sujeitos a uma carga de 960N. Determine o intervalo de valores de P para os quais os dois cabos permanecem esticados. Resp.: 291,5 ≤ P ≤ 1600 Ex. 5 e 6 6.Nos cabos da figura da questão 2.3, a maior tração permitida é de 300N no cabo AC e de 400N no cabo BC. Determine: a) A maior força P que pode ser aplicada em C b) O valor correspondente de α Resp.: P = 409,8N e α = 68,5° Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 25 7..A manga A com 7,5 kg desliza sem atrito em um eixo vertical. Ela está presa por um fio, através de uma polia sem atrito a um peso de 8,5 kg. Determine a altura h para que o sistema esteja em equilíbrio. Adote g=10m/s2 Resp.: h = 0,75m 8.A força P é aplicada a uma pequena roda que se desloca sobre um cabo ACB. Sabendo que a tração nas duas partes do cabo é de 750N, determine o módulo e a direção de P. Resp.: P = 913N e α = 7,5° 9.A manga A pode deslizar livremente sobre o eixo horizontal, sem atrito. A mola presa à manga tem constante 1751N/m e elongação nula quando a manga está diretamente embaixo do suporte B. Determine a intensidade da força P necessária para manter o equilíbrio quando: a) c = 228 mm b) c = 406 mm Resp.: a) 80N b) 285N Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 26 4. EQUILÍBRIO DE CORPO RÍGIDO Foi visto, no capítulo anterior que, para resolver exercícios de ponto material são necessárias duas equações de equilíbrio. Nos exercícios que envolvem equilíbrio de corpo rígido (barras), precisa-se de 3 equações de equilíbrio que são: Equações de Equilíbrio { ∑𝐹𝑥 = 0 ∑𝐹𝑦 = 0 ∑𝑀 = 0 Observe que, em barras, precisamos garantir também que o corpo não sofra rotação em torno do seu eixo, pois também isso será considerado perda de equilíbrio. 4.1 CÁLCULO DE MOMENTO O momento de uma força F em relação a um ponto O é determinado por: MoF = F x d´ Onde: F é a força aplicada d´ é a distância da força F ao ponto O , perpendicular à F (a) MOF = F x d (b) MOF = F x d x cos α Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 27 EXEMPLO 1: Uma força vertical de 450N é aplicada na extremidade de uma alavanca que está presa no ponto O. Determine: a) O valor do momento M desta força em relação ao ponto O b) O valor da força horizontal Fh que, aplicada no ponto A, gera o mesmo momento M c) O valor e inclinação da força mínima que, aplicada no ponto A, gera o mesmo momento M. 4.2 EXERCICIOS PARA CASA SOBRE MOMENTO 1.Uma força de 150N é aplicada à alavanca AB. O comprimento da alavanca é 0,2m e α = 30°. Determine o momento da força em relação a B decompondo a força: a) em componentes horizontal e vertical b) em uma componente ao longo de AB e em outra perpendicular a AB. Resp.: Mb = 17,20N.m Horário Questão 1 e Questão 2 2.Uma força de 150N é aplicada à alavanca AB. O comprimento da alavanca é 0,2m e o momento da força em relação a B é 22,5N.m. Determine α . Resp.: α = 16,41° 3. Uma força P de 300N é aplicada ao ponto A. a) Calcule o momento de P em relação a O utilizando as componentes horizontal e vertical da força b) Calcule o momento de P em relação a O utilizando as componentes nas direções AO e perpendicular a AO. Resp.: M = 20,55 N. m AH Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 28 4.3 CÁLCULO DE REAÇÕES EXEMPLO 2: Para as estruturas abaixo, determine as reações nos apoios: a) b) c) d) e) EXEMPLO 3: Uma empilhadeira de 2500 Kg é utilizada para levantar uma caixa de 1200Kg. Determine a reação em cada uma das rodas da empilhadeira: a) Dianteiras (A) b) Traseiras (B) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 29 EXEMPLO 4: Para a estrutura abaixo, determine as reações nos apoios. a) b) EXEMPLO 5: A alavanca AB está articulada em C e presa a um cabo de controle em A. Se a alavanca está sujeita a uma força horizontal de 400N em B, determine: a) A tração no cabo b) A reação C (soma vetorial de Hc e Vc) Resp.: Tcabo = 300N e Rc = 360,5N EXEMPLO 6: As coberturas pênseis costumam ter grande apelo estético para utilização em cobertura de ginásios, teatros ou pavilhões de exposição. Vamos admitir uma estrutura de cobertura sujeita a uma carga de 80 kgf/m2. A cobertura possui vão de 30m x 40m conforme mostrado na figura. Determine o momento transferido para os pilares CA e DB para X=10m. Figura 3 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 30 4.4 EXERCÍCIOS PARA CASA SOBRE CÁLCULO DE REAÇÕES 1..A barra AB é mantida na posição pelo cabo AC. Sabendo que c = 1400mm e que o momento em relação a B da força exercida pela corda no ponto A é de 420 N.m, determine a força de tração na corda. Resp.: 772N 2.Um carrinho de mão é utilizado para transportar um cilindro de ar comprimido. Sabendo que o peso total do carrinho e do cilindro é de 900N, determine: a) A força vertical P que deve ser aplicada ao braço do carrinho para manter o sistema na posição ilustrada b) A reação correspondente em cada uma das rodas Resp.: P = 118N e R = 391N 3.Um guindaste montado em um caminhão é utilizado para erguer uma carga de 3000N. Os pesos da lança AB e do caminhão estão indicados na figura e o ângulo α = 45°. Determine a reação em cada uma das rodas: c) Dianteiras (A) d) Traseiras (B) Resp.: a) 9826,5N b) 4798N 4.Para o guindaste do problema 3.9, determine o menor valor possível de α para que o caminhão não tombe se uma carga de 15kN precisar ser levantada. Resp.: 62° Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 315.Três cargas são aplicadas a uma viga leve suspensa por cabos presos em B e D. Desprezando o peso da viga, determine o intervalo de valores de Q para os quais nenhum dos dois cabos fica frouxo quando P = 0. Resp.: 500N < Q > 11000N 6.Em um suporte em forma de T é aplicada uma carga de 200N. Determine as reações em A e C. Resp.: VA = 489N↓ , VC = 662N ↑ e Hc = 100N← 7.Duas hastes AB e DE estão ligadas por um perfil. Sabendo que a tração na haste AB é 750N, determine: c) A tração na haste DE d) As reações horizontal e vertical em C Resp.: TDE = 625N, Hc = 450N→, Vc = 1225N↑ 8.Para a mesma situação do problema anterior, determine a maior força que pode ser aplicada pela haste AB no perfil se o maior valor permitido para a reação em C é de 2000N. Resp.: 1150N Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 32 9.Uma treliça pode ser apoiada das três maneiras abaixo. Determine as reações nos apoios em cada caso. Resp.: a) RA = 4,27 kN 20,6° para esquerda e para cima e VB = 4,50 kN↑ b) VA = 1,5 kN↑ e RB = 6,02 kN 48,4° para esquerda e para cima c) RA = 2,05 kN 47° para esquerda e para cima e RB = 5,20 kN perpendicular a B 10.Uma barra leve AD está suspensa por um cabo BE e suporta um bloco de 20 Kg preso em C. As extremidades A e D da barra estão em contato, sem atrito, com as paredes verticais. Determine a força de tração no cabo BE e as reações em A e D. Resp.: TBE = 196,2N HA = 73,6N→ e HD = 73,6N← Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 33 5. DIAGRAMAS DE ESFORÇOS SOLICITANTES EM ESTRUTURAS PLANAS 5.1 DEFINIÇÃO DE ESFORÇOS SOLICITANTES Esforços Solicitantes ou esforços internos são aqueles que surgem dentro do material devido aos carregamento externos. Os esforços internos, no plano, que veremos nesta disciplina são: Esforço (força) cortante ou cisalhante, representado pela letra V Esforço (força) normal de compressão ou tração, representado pela letra N Momento fletor (momento), representado pela letra M Vejamos a barra representada pela Figura 5.1. Porque será que as vigas da ponte possuem sua altura aumentada gradativamente a medida que se aproximam dos apoios? Isto acontece porque, na região próxima aos apoios, acontece um aumento do esforço cortante obrigando o aumento de altura. Figura 5.1 – Viga de ponte com seção variável Deste modo, é fundamental determinar estes esforços pois, em função deles, são dimensionadas as estruturas. Para determinar estes esforços, utiliza-se o Método das Seções que será apresentado no próximo ítem. 5.2 MÉTODO DAS SEÇÕES O Método das Seções diz que, se um corpo está em equilíbrio então, parte dele também estará em equilíbrio. Analisemos a Figura 5.2 que mostra o processo usado para determinação dos esforços internos numa viga. No ítem a) apresenta a estrutura original, na qual se deseja determinar os esforços solicitantes. O ítem b) apresenta as reações de Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 34 apoio calculadas em função das 3 equações de equilíbrio. Agora imagine que nós vamos dividir a viga AB em duas partes: AC e CB, conforme apresentado nos itens c) e d) da Figura 5.2. Segundo o Método das Seções, se a estrutura do item b) está equilibrada, então as estruturas dos itens c) e d) também estão equilibradas devido a consideração das forças internas Vc, Mc e Nc. Observe que, dependendo da parte, esquerda ou direita, que se deseja trabalhar, o sentido dos vetores que representam os esforços solicitantes mudam. Isto acontece devido a convenção de sinais. a) Estrutura original carregada b) Reações ( Ay, Ax e By ) determinadas pelas 3 equações de equilíbrio c) Esforços solicitantes (Nc,Mc e Vc) determinados pelas 3 equações de equilíbrio a partir da parte à esquerda da seção C d) Esforços solicitantes (Nc,Mc e Vc) determinados pelas 3 equações de equilíbrio a partir da parte à direita da seção C Figura 5.2-Método das seções em viga biapoiada 5.3 CONVENÇÃO DE SINAIS De uma forma geral, convencionou-se como positivos os seguintes sentidos de deformação para os esforços solicitantes: Esforço normal: Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 35 Esforço Cortante: Momento Fletor: Momento fletor positivo: Tração embaixo e compressão em cima Momento fletor negativo: Tração em cima e compressão embaixo Usando o Método das Seções, deve-se usar apenas uma parte da barra. O quadro a seguir apresenta a convenção de positivo de acordo o lado que se está trabalhando, ou seja, direito ou esquerdo. DIREITA ESQUERDA NORMAL CORTANTE MOMENTO Para simplificar esta convenção, de agora em diante usaremos uma convenção geral, representada pela Figura 5.3. : Figura 5.3 – Convenção geral de sinais Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 36 5.4 EXERCÍCIOS EM SALA EXEMPLO 1: Para a coluna ao lado, determine os esforços solicitantes nas seções: a) S1 b) S2 EXEMPLO 2: Para a barra abaixo, determine pelo Método das Seções, os esforços solicitantes nas seções: a) A-A b) B-B EXEMPLO 3: Para a barra em balanço a seguir, determine pelo Método das Seções, os esforços solicitantes numa seção situada 1,0m a direita de A. EXEMPLO 4: Para as estruturas dos exemplos 1,2 e 3, faça: a) Diagrama de esforço normal (DEN) b) Diagrama de esforço cortante (DEC) c) Diagrama de momento fletor (DMF) EXEMPLO 5: Para as estruturas a seguir, faça: a) Diagrama de esforço cortante (DEC) b) Diagrama de momento fletor (DMF) 5.1 5.2 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 37 5.3 5.4 5.5 5.6 EXEMPLO 6-Enade: Observe a seguir, as imagens do Aeroporto Internacional Duller ( Virginia,EUA), concebido pelo arquiteto Eero Saarinen. Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 38 EXEMPLO 7-Enade – Um determinado espaço coletivo prevê uma cobertura metálica. Os pré- requisitos para a concepção da obra são: baixo peso da estrutura da cobertura, custo maiseconômico, facilidade de montagem no canteiro e simplicidade da solução espacial. Quais das soluções abaixo satisfaria tais requisitos? Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 39 5.5 EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Para cada uma das estruturas abaixo, determine as reações e os diagramas de esforço normal, cortante e momento fletor. ( Valle &Rovere-UFSC) a) b) c) d) e) f) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 40 2. Faça o diagrama de esforço normal, cortante e Momento fletor para os pórticos abaixo. Façam os cálculos à mão e depois, confiram os resultados usando o Ftool. a) b) 3. Três linhas de gasodutos serão apoiadas por pórticos simples devidmente espaçados entre eles. Após estudo preliminar, decidiu-se que os pórticos receberiam uma padronização para fins de economia de material e rapidez na execução, devendo ainda, presentar o modelo estrutural da figura a seguir. 4. As Figuras 1,2 e 3 abaixo apresentam, respectivamente, o esquema estático de uma viga contínua e seus diagramas de momento fletor e esforço cortante. Com base nas figuras e considerando que Q1=10 kN/m e ainda que as cargas concentradas estão aplicadas no meio do vão, avalie as afirmações a seguir: I. A carga pontual P2 é igual a 15kN. II. A carga uniformemente distribuída Q2 é igual a 20kN/m. III. A reação vertical do apoio B é igual a 30 kN Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 41 É correto o que se afirma em: a) I apenas b) III apenas c) I e II apenas d) II e III apenas e) I, II e III Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 42 6 TRELIÇAS 6.1 DEFINIÇÃO É uma estrutura formada por barras, ligadas entre si pelas extremidades, formando uma figura fechada com forças aplicadas nos nós, conforme Figura 1. Os materiais usualmente utilizados em treliças são o aço e a madeira. Devido a sua grande resistência para vencer grandes vãos, as treliças costumam ser bastante utilizadas em obras como centro de convenções, aeroportos, museus, pontes e também em barracões de indústrias diversas. Figura 2-Exemplo de treliça 6.2 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS As características básicas de uma treliça ideal são: Esforços predominantes são tração e compressão, ou seja, o esforço cortante e momento fletor podem ser desprezados. As cargas devem ser aplicadas nos nós conforme a Figura 3. Embora as barras sejam, na verdade, unidas por meio de conexões parafusadas ou soldadas, é comum supor que os elementos sejam unidos por pinos. Isto significa admitir que as ligações entre barras são rotuladas (Figura 4). As barras de uma treliça possuem nomes técnicos diferentes conforme a sua posição e inclinação dentro da treliça conforme apresenta a Figura 5. Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 43 Figura 3- Cargas nos nós(Fonte: Canal Mecanica geral- You tube) a) Parafusadas ( Fonte: Clubes Obmep ) b) Ligações soldadas ( Fonte: Full Estruturas) c) Ligações rotuladas (Fonte: PUC-Rio) Figura 4- Ligações em treliças Figura 5- Denominações de barras de treliça Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 44 6.3 TIPOS BÁSICOS DE TRELIÇAS Existem muitos tipos diferentes de treliças. Alguns bem complexos, mas, de uma maneira geral, os três tipos básicos mais conhecidos de uma treliça estão representados na Figura 5. Figura 6- Tipos básicos de treliça ( Fonte: Docplayer.com.br) 6.4 INFLUÊNCIA DA INCLINAÇÃO DAS BARRAS DE TRELIÇA EM RELAÇÃO A SUA RESISTÊNCIA a) Carregamento b) deslocamento Figura 7- Treliças com inclinações e comportamentos diferentes Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 45 6.5 ESTUDO DE ESTATICIDADE DAS TRELIÇAS Suponhamos que: r = no. de reações b = no. de barras n = no. de nós Considera-se que: Treliças hipostáticas acontecem quando r + b < 2n Treliças isostáticas acontecem quando r + b = 2n Treliças hiperestáticas acontecem quando r + b > 2n Exemplo 1: r = 3 b= 4 n = 4 r + b = 7 < 8 (HIPOSTATICA) 2 n = 8 Exemplo 2: r = 3 b= 5 n = 4 r + b = 8 2 n = 8 (ISOSTATICA) Exemplo 3: r = 4 b= 5 n = 4 r + b= 9 2 n = 8 (HIPERESTATICA) 6.6 MÉTODO DOS NÓS ( EXERCÍCIOS EM SALA) EXERCÍCIO 1: Determine os esforços nas barras da treliça indicando se existe tração ou compressão. Se a força entra no nó é compressão Se a força sai do nó é tração Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 46 EXERCÍCIO 2: Determine os esforços nas barras da treliça indicando se existe tração ou compressão. 6.7 EXERCÍCIOS PARA CASA 1.Usando o método dos nós, determine a força em cada barra da treliça e indique se cada barra sofre tração ou compressão. (a) (b) (c) c) (d) 1,5m Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 47 (e) (f) (g) (h) (i) (j) Resp.: a) FAB = 65 kN (T) FAC = 80 kN (T) FBC = 100 kN (C) b) FAB = 148 kN (T) FAC = 72 kN (C) FAD = 74 kN (T) FBC = FCD = 70kN (C) c) FAB = 3,6 kN (T) FAC = 6 kN (C) FBC = 3,79 kN (C) d) FAB = 4,5 kN (T) FAC = 3,9 kN (C) FBC = 3,6 kN (T) e) FAB = FBC = 0 FBE = 8 kN (T) FAD = FCF = 7 kN (C) FDE = FEF = 30 kN (T) FBD = FBF = 34 kN (C) f) FAB = 4 kN (T) FCD = 16 kN (C) FAD = 15 kN (T) FDE = 4 kN (C) FBD = 9 kN (C) FBE = 5 kN (T) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: EngenhariaCivil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 48 g) FAB = 30 kN (C) FCD = 120 kN (C) FAC = 12,5 kN (C) FCE = 62,5 kN (C) FAD = 32,5 kN (T) FCF = 130 kN (T) FBD = FEF = 0 FDF = 12,5 kN (T) h) FAB = FAC = 3,75 kN (T) FAD = 6 kN (C) FBC = 1,05 kN (T) FCD = 3,6 kN (T) i) FAB = FBC = 3 kN (T) FAD = FDF = 3,4 kN (C) FBE = FBD = FDE = 0 FCE = FEF = 1,6 kN (T) j) FDC = FCB = FAC = FCE = 11,54 kN (T) FAB = 10 kN (C) FDA = FEB = 5,78 kN (C) Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 49 7. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS As propriedades geométricas que iremos ver neste capítulo são: centroide, baricentro e momento de inércia. 7.1 CENTROIDE (C) O centróide representa o centro geométrico de uma seção transversal. Portanto, a posição do centroide , dada por C ( xc, yc ) não depende da carga atuante sobre a seção. Para figuras planas simétricas, formadas por retângulos ou círculos, já é intuitivo entender que o centroide localiza-se no “meio” da seção conforme mostra a Figura 7.1. Figura 7.1 – Centróide de retângulos e triângulos No entanto, caso tenhamos uma figura plana qualquer, não simétrica, a determinação do centroide precisa ser determinada pelas análises de cálculo diferencial. Suponha a Figura 7.2 que mostra uma figura plana qualquer de área A. Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 50 Figura 7.2 – Centroide de uma figura plana A posição do centroide é dada por: 𝑥𝑐 = ∫𝑥 .𝑑𝐴 𝐴 e 𝑦𝑐 = ∫𝑦 .𝑑𝐴 𝐴 Quando a imagem é formada por figuras com formato conhecido, como quadrados, retângulos, triângulo, círculos, semicírculos ou quarto de írculos,estas integrais podem ser convertidas em somatórios desta forma: 𝑥𝑐 = ∑𝐴𝑖 .𝑥𝑖 𝐴 e 𝑦𝑐 = ∑𝐴𝑖 .𝑦𝑖 𝐴 Existem algumas figuras planas com centroide já tabelado, como é o caso do semicírculo e do quarto de círculo, indicados na Figura 7.3. Semicírculo Quarto de círculo Figura 7.3 – Centroide de semi-circulo e quarto de círculo Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 51 EXEMPLO 1: Determine a posição do centroide da figura abaixo. Setor Ai Xi Yi 1 2 3 EXEMPLO 2: Determine a posição do centroide da figura abaixo. Setor Ai Xi Yi 1 2 3 𝑥𝑐 = ∑𝐴𝑖 . 𝑥𝑖 𝐴 = 𝑦𝑐 = ∑𝐴𝑖 . 𝑦𝑖 𝐴 = 7.2 BARICENTRO (G) O Baricentro é o centro de carga de uma seção plana e depende a carga atuante na seção e não de sua geometria. Se, a carga estiver uniformemente distribuída na seção transversal, então a posição do centróide coincide com a posição do baricentro. As coordenadas do baricentro podem ser dadas por: 𝑥𝑔 = ∑𝑃𝑖 . 𝑥𝑖 𝑃 𝑒 𝑦𝑔 = ∑𝑃𝑖 . 𝑦𝑖 𝑃 y Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 52 EXEMPLO 3: Determine a localização do centro de gravidade G ( Xg , Yg )do triciclo abaixo. As localizações dos centros de gravidade e os pesos de cada componente aparecem tabelados na figura. Determine a reação em cada roda dianteira e traseira. Setor Carga Pi Xi Yi Pi . xi Pi . yi 1 2 3 4 Carga total EXEMPLO 4: Determine a posição do baricentro da fundação abaixo. Setor Carga Pi Xi Yi Pi . xi Pi . yi 1 2 3 Carga total Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 53 7.3 MOMENTO DE INÉRCIA (I) O momento de Inercia de uma seção plana pode acontecer em relação a infinitos eixos e representa a maior ou menor facilidade de flexão da figura em torno daquele eixo. A inércia pode ser definida como a resistência da geometria da seção em relação a esforços de flexão, portanto, quanto maior a inércia da seção em relação a determinado eixo, menor será a facilidade de flexão naquela direção. Para exemplificar, vamos analisar a viga apresentada na Figura 7.4. Se considerarmos o eixo x na direção horizontal de seção transversal da viga, pode-se afirmar que existe uma maior facilidade de flexão da peça em torno do eixo y, ou seja: Iy < Ix Figura 7.4 – Influência da inercia na deformação da barra Analisando a Figura 7.1, pode-se dizer que: 𝐼𝑥 = ∫𝑦 2 . 𝑑𝐴 𝑒 𝐼𝑦 = ∫𝑥 2 . 𝑑𝐴 Resolvendo esta integral, pode-se definir, para a seção retangular, que: 𝐼𝑥 = 𝑏 . ℎ3 12 𝑒 𝐼𝑦 = ℎ . 𝑏3 12 x y Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 54 EXEMPLO 5: Determine a inércia Ix da figura. Setor area Xi Yi Ai . xi Ai . yi Ir,x dx Ix,i 1 2 3 4 total I = Ir + A . d2 EXEMPLO 6: Determine a inércia Ix e Iy da figura. Setor Área Xi Yi Ai. xi Ai. yi Ir,x Ir,y dx dy Ix,i Iy,i 1 2 3 4 total I = Ir + A . d2 Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 55 7.4 LISTA DE EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Para as figuras planas abaixo, determine a posição do centróide. a) b) c) d) Resp: C( Xc , Yc ) a) b) c) d) xc 5,67 1,64 92 -10 Yc 5,17 17,47 23,25 87,52 2. Para as figuras planas abaixo, determine as Inércias Ix e Iy . a) Medidas em mm b) Medidas em mm Unimar – Universidade de Marília ______ Curso: Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica Disciplina: Mecânica dos Sólidos 1 – grade nova Professora: Palmira Cordeiro Barbosa 56 c)medidas em mm d) medidas em cm e) medidas em pol f) medidas em pol Resp.: a) b) c) d) e) f) C (50;75,86) (41,35;66,35) (37,50;47,50) (75;102,35) (2,5;3,0) (7,5;15) Ix 4,24e6mm4 31,55e6mm4 2,15e6mm4 37,09e6cm4 74pol4 35000cm4 Iy 2,55e6mm4 15,15e6mm4 2,73e6mm4 12,84e6cm4 53,5pol4 10625cm4
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