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TRABALHO sobre estado materia ciencia politica e teoria de estado

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FACULDADE SÃO PAULO
CIENCIA POLITICA E TEORIA DE ESTADO
Acadêmico: Jefferson Nicolino Volpe de Souza 
Estudo de Caso: O conceito de Estado vem evoluindo desde a Antiguidade, a partir da Polis Grega e das Civitas Romana. A Itália foi o primeiro país a empregar a palavra Stato, embora tenha um significado vago. Já a Inglaterra, no século XV, e posteriormente a França e a Alemanha, no século XVI, usaram o termo Estado como uma definição da ordem pública. Porém, quem introduziu efetivamente a expressão na literatura científica foi o filósofo Maquiavel, em seu livro O príncipe, escrito em 1513. Elabore um texto dissertativo sobre a utilização do conceito de Estado nas atuais democracias ocidentais. Demonstre os pontos de aproximação e distanciamento entre as concepções modernas e atuais do conceito. Mínimo 30 linhas. O texto deve obedecer aos critérios de autenticidade e originalidade. Utilize o conteúdo digital, bibliografia básica e complementar, artigos científicos e dados disponíveis em institutos, universidades e órgãos reconhecidos por sua credibilidade acadêmica e científica.
O que é estado?
Uma reflexão sobre o poder político que permeia o Estado, tem sentido maior na obra “O Príncipe” que descreve que Todo Estado é, fundamentalmente, constituído por uma correlação de forças, fundada na dicotomia que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte dos grandes ou poderosos, e do desejo de liberdade, por parte do povo, que, em síntese, compõe as relações sociais. A virtù, diz Maquiavel, consiste na compreensão desta realidade e determina a ação política do príncipe. “... O homem de Estado maquiaveliano depende exclusivamente de sua própria capacidade para determinar a resposta, impostergável, que a situação presente permanentemente lhe formula: ‘o que fazer?’” (AMES, 2002, p.16)
O poder exercido pelo príncipe está diretamente relacionado à nova maneira - cética - com que Maquiavel encara o ser humano. Sua concepção de poder inaugura uma nova ética: laica, prática, em que o poder político é dissociado da ética cristã, pois tudo é válido contanto que o objetivo seja de se conquistar e de se manter o poder, apoiado no povo. 
Ele [Maquiavel] não compartilha mais da concepção de homem legada pela filosofia cristã, segundo a qual este é um ser impelido por natureza à vida social. Embora, de acordo com a compreensão cristã, o indivíduo esteja subordinado ao Estado, a ação deste é limitada pela lei natural ou moral (...) e constitui uma instância superior à qual todo membro da comunidade pode recorrer sempre que o poder temporal atenta contra os seus direitos essenciais e inalienáveis. Maquiavel, ao invés disso, concebe o homem como um ser movido por forças anti-sociais. Na sua opinião, o ser humano possui a tendência de agir segundo impulsos egoístas, em benefício próprio e prejuízo alheio. Esta tendência apenas se dobra ante a coação (...), porque o homem faz o bem quando se sente coagido a isso e o mal cada vez que tem ocasião. (AMES, 2002, p. 123)
De Maquiavel aos dias atuais, a palavra Estado, em sua perspectiva semântica, passou por uma caminhada curiosa, tangenciando áreas da política, da sociologia e da filosofia. Em virtude disso, os conceitos variam, “lacunosos ou reticentes quase sempre”. 
O Estado, como objeto de estudo, recebeu inúmeros epítetos classificatórios: do Estado neutro ao Estado ético ou teleocrático; do Estado mínimo ao Estado-providência; do Estado-polícia (gendarme) ao Estado de bem-estar; do Estado jurídico ao Estado cultural; do Estado legislativo ao Estado administrativo; do Estado social ao Estado pós-social (ou neo-liberal) etc. Muitos destes rótulos são aceitos sem exame, por onde se apóiam e se escravizam almas aparvalhadas e crédulas.
Pode-se definir o Estado como um conjunto de instituições complexas, diferenciadas e coordenadas de governo que editam e aplicam o Direito e preservam a ordem interna, e tendo forças armadas para defesa e ataque. O Estado surgiu como resposta ao anseio de organização das comunidades humanas e como fonte de poder superior para compelir à obediência, acabando ou coibindo as formas primitivas de resolução de conflitos.
Nas democracias mais tradicionais do mundo (Inglaterra, França, Estados Unidos etc.), o Estado, com seus mecanismos de poder, foi uma criação da sociedade, após lenta evolução, permeada por sucessivas e sangrentas lutas do povo. O Estado, em tais países, não surgiu por decreto, nem pela vontade impositiva de outro Estado. Nesses países, numa concepção contratualista, o Estado surgiu de uma anuência geral e de uma convicção espontânea da necessidade de tal ente, dentro de critérios e diretrizes traçadas exclusivamente pela sociedade, seja direta, seja indiretamente (por intermédio de representantes).
Stefan Zweig, no livro Brasil – país do futuro, anota que Portugal para colonizar o Brasil adotou o método da deportação já experimentado na Espanha e para isso “todos os alcaides do país são intimados a não mais condenarem delinqüentes, no caso de estes se declararem dispostos a seguir para o Brasil. Para que abarrotar as prisões e para que sustentar criminosos durante anos a expensas do Estado? É melhor degredá-los, pelo resto da vida, para a nova terra; lá, afinal de contas, ainda poderão ser úteis. Como acontece sempre, é o adubo forte e não muito limpo que melhor torna o solo bom para uma futura colheita” (p. 33). Tornaram-se proverbiais as palavras do bispo de Leiria aos condenados enviados para o Brasil: “Vá, degradado, para o Brasil, donde voltará rico e honrado”. A colonização portuguesa no Brasil não passou disso: uma aventura ultramarina, cuja mentalidade predominante pode ser sintetizada em duas palavras: ganhar e gozar. E esse movimento colonizador deita raízes em duas figuras de homens cúpidos e cruéis, afeitos à aventura e ao crime: os que saíam em busca de ouro, esmeraldas e diamantes; e os que saíam para prear índios (que na época eram chamados de “peças” ou “negros”). Todos bandeirantes ou bandeiristas, grandes caçadores de escravos.
Em nações onde o Estado surgiu e desenvolveu-se por imposição da sociedade, a democracia encontrou campo fértil para germinar e florescer com ímpeto, resultando em instituições fortes e seguras, capazes de suportar as tormentas proporcionadas por um Estado deificado e todo-poderoso.
O Brasil não seguiu o modelo tradicional (evolução social pura para organizações cada vez mais complexas), porque nasceu dependente e por cissiparidade do velho Estado português, que legou ao Estado brasileiro toda uma cultura elitista, centralizadora e excludente, envolvida sob o signo do arbítrio. Aqui, o Estado veio primeiro7, para só depois, muito tempo depois, constituir-se uma sociedade civil consciente, ou pelo menos, com uma atitude mental coletiva específica. Foi um modelo imposto às avessas. Isso explica o fato do Estado brasileiro, em todos os quadrantes históricos, ser tão hipertrofiado e autoritário. No Brasil, o Estado continua a existir sobre a sociedade, a impor-se à ela como agente histórico privilegiado, por onde passa todas as questões vitais para a nação (sociais, econômicas, culturais e políticas). E mais: indivíduo, sociedade, nação, tudo resta absorvido pelo Estado.
Para que o estado existe?
O estado existe para, através do governo, executar ações, programas e projetos, com a prerrogativa de limitar a ação dos indivíduos em prol do bem comum e até mesmo fazer emprego da força física para fazer valer suas decisões.
O Estado é soberano e nenhum poder, no âmbito do seu território, está acima dele, na medida em que determina quais são as normas válidas e tem o poder de constranger — inclusive fisicamente pelo uso do monopólio de punir — os destinatários da norma.
Portanto, o poder do Estado, em última instância, é soberano e se sobrepõe aos demais agentes sociais, porque é quem elabora, aplica e fiscaliza, subordinado apenas à Constituição que o rege, as regras de convivência social.
Quem veio primeiro o Estado ou a Política?
Qualquer que seja a visão de Sociedade,mecânica ou orgânica, é preciso fazer uma distinção entre Sociedade e Estado. O Estado é produto da Sociedade, mas não se confunde com ela. A Sociedade vem primeiro, o Estado vem depois: o Estado é uma ordem política da Sociedade. “o Estado moderno se constitui de um conjunto de instituições públicas que envolvem múltiplas relações com o complexo social num território delimitado” (RODRIGUES, 2011, p. 17), dessa forma, o Estado deve ser entendido como a ordem jurídica, o corpo normativo, “exterior” à Sociedade.
            As ações do Estado são definidas por leis ou por atos de governo, que visam às execuções de tarefas de interesse público e que se realizam pela administração pública. Esse ordenamento da sociedade com base em um sistema jurídico que garanta as liberdades fundamentais faz surgir o Estado de Direito e esse mesmo ordenamento com base em um sistema de proteção social que garanta o acesso a direitos como a saúde, educação, habitação, entre outros, como direitos de todo cidadão, dá origem ao Estado de Bem-Estar Social (Welfare State).
O que é politica?
A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida. Essa palavra também faz menção a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar o patrimônio público e promover o bem público, isto é, o bem de todos.
Bibliografias 
1. AMES, José Luiz. Maquiavel: A Lógica da Ação Política. Cascavel: Edunioeste, 2002.
2. FERREIRA, João Vicente Hadich. A Política em Maquiavel: In: Filosofia: Ensino Médio. Curitiba: Seed-Pr, 2006
3. http://erevista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/viewFile/1532/1250#:~:text=Na%20verdade%2C%20o%20que%20ensina,Maquiavel%2C%20Estado%2C%20Poder%20Pol%C3%ADtico.
4. https://jgaspar2013.jusbrasil.com.br/artigos/265040885/estado-e-democracia-a-necessidade-de-um-estado-controlavel-e-de-uma-nova-moral-democratica
5. https://www.conjur.com.br/2018-out-07/antonio-queiroz-serve-estado
6. https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/sociedade-e-estado/
7. https://brasilescola.uol.com.br/politica

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