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Resumo de Geologia de Engenharia P2 - Vitória Azevedo

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~ Resumo de Geologia de Engenharia P2 – Vitória Azevedo ~
· Taludes ou encostas naturais 
– São superfícies inclinadas de maciços terrosos, rochosos ou misto (solo e rocha).
– Apresenta modificação anisotrópica, como corte, desmatamento, introdução de cargas etc.
– Talude de corte é um talude originado de escavações antrópicas.
– Talude artificial declive de aterros construídos a partir de matérias de diferentes granulometria e origens, inclui rejeito industrial, urbano ou de mineração. 
– Encosta termo usado para estudo de caráter regional. É uma superfície inclinada natural.
– Processos que podem desestabilizar taludes e encosta: movimento de massa, erosão, desagregação superficial, alívio de tensões etc.
– A erosão subterrânea progressiva (piping) associada a dinâmica das águas superficiais pode levar a desestabilização de talude e encosta de maciços.
– Se fizer cortes na encosta provoca, alteração no estado de tensão atuante no maciço que pode levar ao aparecimento de fendas, que podem ser preenchidas por água e leva o talude a ruptura.
· Modelo fenomenológico conjunto de hipóteses sobre aspectos de processos de instabilização investigativo (agente e causa, geométrica etc), que melhor explica o comportamento do fenômeno no nível de investigação alcançada. 
· Levantamento e tratamento de dados formam o conjunto de agente predisponente ou conjunto de condições geológicas, geométricas da área a ser estudada, quanto a estabilidade de talude e encosta. Dado obtido a partir de mapa geológico, geomorfológico, topográfico etc.
· Análise da estabilidade de um talude qualquer
· Fatores condicionantes de escorregamentos
Naturais 
– Características dos solos e das rochas
– Relevo (declividade, amplitude, perfil)
– Clima
– Regime das águas de superfície e de subsuperfície 
– Cobertura vegetal
Antrópicos
– Cortes e aterros inadequados
– Desmatamento
– Lançamento e concentração de águas pluviais e/ou servidas
– Vazamento na rede de água e de esgoto
– Presença de fossas sépticas
– Lixo e entulho acumulados nas encostas
– Vibrações por explosões, tráfego pesado etc
· Investigação de superfície 
– Vistoria de campo 
– O que observar/fichas de cadastro
Caracterização do local
– Encosta Natural altura:_____ Inclinação:
– Talude de corte altura: _____ Inclinação:
– Presença de parede rochosa altura e Inclinação 
– Presença de blocos de rocha e matacões
– Presença de Aterro Lançado e lixo/entulho 
– Concentração de água em superfície 
– Lançamento de água servida em superfície 
– Sistema de drenagem superficial ?
– Esgoto? fossa (céu aberto)
– Vazamento na tubulação?
– Minas d’água no talude ?
Sinais de movimentação
– Trincas no terreno. Quando abre muito é perigoso, quando chove fica pior. 
– Degraus de abatimento
– Inclinação árvores postes muros
– Muros/paredes “embarrigados”
– Cicatrizes de escorregamentos próximos
· Modelo fenomenológico 
– Tipo de material deslizado
– Geometria do Movimento
Queda, Tombamento, Deslizamentos 
Planares, Rotacionais e Compostos; Corridas e Expansão Lateral
Deslizamento planar
– Estrada Grajaú-Jacarepaguá antes da duplicação, em 1976. Observar a quantidade de blocos em situação crítica de instabilidade (de Amaral, 1996).
O granito Favela intrudiu, ruptilmente e muito aquecido, impedindo a formação de um padrão de diaclasamento ortogonal; o pequeno espaçamento das descontinuidades gerou blocos rochosos in situ que afloram rolam para a base da encosta gerando grandes concentrações de escorregamentos. Este tipo de escorregamento se estende por toda a área de ocorrência do Granito Favela: região do Engenho Novo, Lins de Vasconcelos, Sampaio e Méier. 
Acidentes significativos ocorreram no Morro São João e podem ser esperados no Morro do Encontro, Morro da Matriz e Morro do Areal.
– Encosta do Soberbo: dique de diabásio (espessura 40 m) barra os fluxos. Sondagens + drenos hovz-redução imediata no nível piezométrico +vel. movimento. Outros drenos subhorizontais – redução da taxa de deslocamento. Situação hidrogeológica especial.
– Encosta do Morro Dona Marta: fraturas de alívio (persistentes, pequeno espaçamento, inversões no perfil (horizontes de rocha sã de até 5m empacotados entre horizontes de SRJ com 1,5m de esp., até 20m de prof.); Falhas tectônicas (falhas normais → ruptura de declive outros sistemas de fraturas tectônicas). Discretização de lascas - compartimentação estrutural - fraturas tectônicas e de alívio.
· Métodos de Análise de Estabilidade
– Permitem quantificar o quão próximo da ruptura um determinado talude se encontra, sob um determinado conjunto de condicionantes atuantes, e/ou definir, por retro análise, as condições que levaram à ruptura. Há os ábacos de estabilidade, que praticamente não são mais utilizados, há a análise cinemática e os Métodos Analíticos, divididos em: 
(1) Determinísticos (fator de segurança) – Tensão-deformação; equilíbrio limite e análise limite; 
(2) Probabilísticos (probabilidade de ruptura).
Dificuldades gerais:
– Variação espacial das propriedades do solo (resistência, deformação, permeabilidade, índices físicos, mineralogia, grau de intemperismo etc). heterogeneidade e anisotropia intrínseca ou estrutural (perfis de subsolo).
– Avaliação dos mecanismos de ruptura e seus condicionantes (forma e posição da superfície de ruptura, ruptura progressiva, velocidade de deformação, trincas, fissuras, superfícies de fraqueza, condição de drenagem, desenvolvimento e variação de poro-pressões possíveis ou negativas, chuva, erosão, etc).
– Avaliação do estado inicial e distribuição de tensões no talude (Ko, intensidade e direção das tensões principais).
– Confiabilidade do modelo teórico associado ao método de cálculo utilizado. Hipótese, problemas numéricos.
– Obtenção experimental de parâmetros de solo representativos de condições de campo (amostragem, dimensões de amostras, técnicas de ensaio inadequadas, instrumentação deficiente, condições de drenagem etc).
· Análise Cinemática – projeção estereográfica
– Análise Cinemática: nos taludes rochosos, também com rocha alterada, e em solo, desde que
haja descontinuidades reliquiares da rocha (juntas, falhas, foliação), que constituam planos de fraqueza, inclusive para a erosão superficial.
· Quantificação do risco geológico
– Nos últimos 3 anos, ocorreu 1 escorregamento/ano, mas blocos a jusante indicam uma frequência ainda maior.
P = 100% de chance de uma queda/ano.
C = 7-9h da manhã, 100% de chance de atingir um carro.
R = 100% de Possibilidade de ocorrência, em 1 ano, de queda de blocos provocando 1 morte.
· Correlação Chuva x Escorregamento: uma vez definidos os limiares pluviométricos críticos e monitorada a pluviometria (em tempo real), acompanhados da previsão das chuvas futuras, torna-se possível a previsão em curto prazo e com razoável nível de confiança, da iminência de ocorrência de escorregamentos. Existem, entretanto, diferentes modelos e metodologias para a definição destes limiares pluviométricos.
Detalhamento da investigação de superfície
	Tipo
	Aspectos
	Vistorias e campo
	– O que/onde observar
– Fichas de cadastro
	
Levantamentos topográficos
	– Plantas disponíveis
– Levantamentos por seções
– Locação de feições de interesse
	Levantamentos fotogramétricos
	– Aéreos tradicionais oblíquos
– Padrões diagnósticos
Detalhamento da investigação de subsuperfície
	
	Tipo
	Aspectos
	
Métodos diretos
	– Sondagem a trado
	– Tipo/limitações
	
	– Sondagem a percussão
	– Amostragem/ensaio SPT
– Limitações 
	
	– Sondagem rotativa 
	– Tipo mista
– Amostragem/ensaios/parâmetro 
	
	– Poços/trincheiras/cachimbos
	– Amostragem/ensaios
– Limitações
	Métodos indiretos
	– Geofísicos 
	– Elétricos/sísmicos
– Limitações
Monitoramento de escorregamentos 
	Instrumentos 
	Parâmetros
	Marcos superficiais: prismas óticos. Extensômetros (haste e fio). Medidores de recalque, indicadores de movimentações em profundidade. Inclinômetros.
	
Deslocamentos e recalques
	Células de cargas em tirantesCargas
	Células de pressão total
	Pressões da terra
	Piezômetros (tipo Casagrande, de máxima, hidráulicos e elétricos). Tensiômetros (pressões negativas, de sucção)
	
Pressões de água 
	Medidores de vazão (hidrômetros, vertedouros)
	Vazões de água
Análise de estabilidade de taludes
	Dinâmica do processo 
	Geometria da ruptura
	Métodos de análise de estabilidade
	
	
	Nome 
	Tipo 
	
Não condicionado por estruturas requiliares
	Rupturas
	Taylor e Fellenius
Bishop e Spencer
Tridimensional
	
Equilíbrio limite
	
	
Rupturas não circulares
	Jambu, Morgestern e Price
	
	
	
	Elementos finitos
Diferenças finitas
	Tensão
Deformação 
	Condicionado por estruturas requiliares
	1 plano
2 planos
Vários planos
	Planar
Biplanar, em cunha multiplanar
	Equilíbrio limite
	
	Tombamento/queda de blocos 
	 Tensão –
 Equilíbrio 
	Deformação
limite
· Cartografia geotécnica é a cartografia da geologia de engenharia. Põe a interpretação e análises.
– Deve representar o que acontece ao longo do tempo.
– Representa o conhecimento observado a nível espacial, com o maior número de dados possíveis, para orientar, subsidiar a definição de projetos. Em diferentes escalas e diferentes objetivos. 
– Expressa o conhecimento geológico relacionado ao enfrentamento do problema criado pelo uso e ocupação do solo.
– Apresenta a dinâmica dos processos geológicos e as características do meio físico, delimitando unidades homogêneas quanto a problemas manifestos e potenciais.
· Mapa produto do trabalho de campo 
– Representa os componentes do ambiente geológico, respeitando a escala;
– Delineia áreas homogêneas (unidade de comportamento geotécnico) ou quais-homogêneas para as finalidades às quais o mapa está sendo realizado;
– Um bom modelo ilustrativo do ambiente geológico, servindo às finalidades de engenharia. Filtra as informações para os projetos de engenharia civil e projeto ambiental.
– Levanta, avalia e analisa os atributos que compõem o meio físico, o quais devem ser selecionados e manipulados por meio de processos de generalização, adição e transformação, de forma a serem representados e interpretadas e utilizados para fins de engenharia.
– Mapa geotécnico deve ter dados quantitativos.
· Fundamentos da cartografia geotécnica
– Mapa geotécnico é um tipo de mapa que classifica representa os componentes do ambiente geológico, os quais são de grande significado para todas as atividades de engenharia, planejamento, construção, exploração e preservação do ambiente. Fundamentos da cartografia geotécnica.
– Mapa geotécnico requer, para sua realização, operações básicas de adição, seleção, generalização e transformações das informações especiais relativas à litologia e estruturas dos solos e rochas, hidrogeologia, geomorfologia e processos geológicos.
	Atributo
	Característica, qualitativa ou quantitativa, que identifica o componente de um sistema observado. Exemplo poço de exploração de água, furo de sondagem.
	Mapeamento 
Geotécnico
	Conjunto de processos sistemáticos de investigação dos atributos, imprescindíveis ao estabelecimento de unidades geotécnicas e passíveis de representação em documentos cartográficos.
	Cartografia 
Geotécnica
	Distingue-se do mapeamento geotécnico por apenas estabelecer as unidades geotécnicas, com base em levantamentos executados anteriormente, sem a etapa de investigação.
 
· Objetivos da carta geotécnica
Genéricas: são as cartas indicativas e orientativas, subsidiando o planejamento do uso e ocupação do solo.
Específicas: são determinísticas e restritivas, impondo condições de projeto, associadas a uma determinada forma de uso e ocupação do solo.
Uso da cartografia geotécnica: Os aspectos geotécnicos a serem considerados na definição das intervenções ao longo da via estão clara e nitidamente revelados nos taludes escavados, não sendo necessária a execução de sondagens do subsolo para detalhamento do perfil geológico-geotécnico dos terrenos. Para consolidar os elementos necessários à etapa do projeto executivo e a confecção de orçamento, seria suficiente reunir um geólogo de engenharia e um projetista, de modo a adequar as soluções de intervenções aos problemas detectados.
· Uso de quatro classes de carta geotécnica: 
– Genérica que expõe as limitações e potencialidade dos terrenos. 
– Carta de atributo sem maiores considerações de comportamento, é uma carta base ou cadastral. 
– Carta de suscetibilidade informa a possiblidade de início de um processo. Capacidade de um determinado tereno sofrer um processo (deslizamento, erosão etc). Indica o começo de algum processo e indica o movimento. 1: 25.000 e 1: 50.000.
Apontam áreas adequadas e com restrições à ocupação.
Devem englobar maiores regiões e são úteis em abordagens mais gerais.
Subsidiam instrumentos de planejamento, tais como os planos diretores e suas respectivas revisões; os planos de ordenamento territorial; Zoneamentos ambientais; Lei de uso e ocupação do solo; Gestão de bacias hidrográficas, Zoneamentos ecológico-econômicos, etc.
– Carta de risco geológico leva em consideração o início, trajetória, alcance e consequência. É 1:5000, em detalhe. Manifestação geológica natural ou induzida pelo uso do solo. Não existe carta de ricos geotécnico. 
As cartas de risco buscam a mitigação ou erradicação das situações de risco em curto prazo, soluções de engenharia, intervenções estruturais ou não estruturais; instrumentos de gestão de risco - planos municipais de redução de risco geológico, planos de contingência e planos preventivos de defesa civil e sistemas de alerta/alarme).
· O que define a escala do mapa geotécnico ou da carta geotécnica é a dimensão do problema que irá definir a escala em que será trabalhada. 
– Carta de detalhe é uma carta ligada a contaminação de aquíferos por postos de gasolina por exemplo.
· Metodologia do detalhamento progressivo- Cerri et al. (1996)
1ª ETAPA – GERAL
Objetivo: caracterização do meio físico com a identificação de suas limitações e potencialidades.
Produto: cartas e/ou mapas geotécnicos 1:50.000 ou 1:25.000.
Área de estudo: já urbanizada ou em vias de. Definição da área de estudos é função: a) do porte do núcleo urbano e b) das características do meio físico.
2ª ETAPA – GERAL
Objetivo: adequado planejamento e gestão do uso urbano do solo.
Produto: cartas e/ou mapas geotécnicos 1:25.000 ou 1:10.000. Identificação dos problemas instalados.
Área de estudo: já urbanizada ou em vias de. Definição da área é função: a) das prioridades de estudo e b) das características do meio físico. Regiões metropolitanas e núcleos urbanos de grande porte: priorizar setores
destas áreas, mesmo que descontínuos.
Quantificação: desejável (profundidade do nível d’água, espessura do solo, profundidade do topo rochoso.
3ª ETAPA – DETALHE
Objetivo: elaboração de projetos de obras de engenharia para sanar problemas instalados.
Produto: estudos na escala 1:5.000 ou maior.
Área de estudo: restrita. Definição da área é função dos estudos temáticos.
Quantificação: indispensável, exceto nos casos em que a capacitação técnica acumulada
(teórica e/ou empírica) é plenamente suficiente para permitir a adequada elaboração de projetos de obras de engenharia (por ex., a implantação de obra convencional de estabilização de encosta em local com mecanismo de ruptura conhecido).
· O detalhamento progressivo pode ser seguido com níveis hierárquicos – suscetibilidade (geral), aptidão à urbanização (semidetalhe) e risco (detalhe).
· Cartas de Aptidão à Urbanização
– Suporte aos projetos de urbanização e consolidação urbana; tributação de imóveis, outorga onerosa, utilização compulsória, planos de desenvolvimento local integrado, planos globais específicos.
· Sistema de Informações Geográficas (SIG)
– Dentre as geotecnologias - conjunto de técnicas que têm como função coletar, processar, analisar e oferecer informações com referência geográfica (ou espacial) - que mais contribuem à gestão de Risco Geológico destacam-se os Sistemas de Informações Geográficas – SIGs. Nelesocorre uma combinação entre hardwares, softwares, dados e metodologias para adquirir, armazenar, manipular, analisar, produzir e apresentar dados referenciados espacialmente (de coordenadas geográficas), o que lhes rende, por vezes, a denominação alternativa de Sistemas Georreferenciados.
– Os SIGs funcionam como cadeias organizadas e automatizadas de informações cartográficas, a partir das quais são realizadas análises integradas de dados de diversas fontes e produzidos documentos cartográficos espaciais digitais. Por conta disto, os SIGs podem alargar as possibilidades na Gestão de Risco Geológico, seja na Preparação de Cartas de Risco, facilitando o acesso a mapas temáticos e tabelas sobre os processos geológicos e comunidades envolvidas, seja na atualização e divulgação dos produtos, viabilizando a inserção de novos dados e facilitando o acesso e a aplicação dos produtos gerados pelos usuários potenciais.
As facilidades colocadas pelos Ambientes SIG não podem, contudo, justificar a adoção de práticas antiéticas por parte dos produtores das Cartas de Risco Geológico, que ao realizar cruzamentos temáticos e gerar cenários de risco sem o devido embasamento teórico e sem uma abordagem metodológica adequada, não só impõem uma qualidade ruim aos produtos da avaliação de risco geológico, como também podem induzir à sociedade a utilizar resultados inconsistentes que gerem insegurança a comunidades inteiras.
· A melhor carta para carta geotécnica deve ser 1:10000.
· Métodos de investigação
	
	Fases de projetos
	Revisão bibliográfica, mapeamentos geológico-geotécnico; 
interpretação de mapas/imagens/foto; geofísica, trados, poços (baixo custo)
	Inventário/Plano diretor
	Mais trados e poços, geofísica, sondagens a percussão, algumas sondagens rotativas; ensaios “in situ, ensaios de laboratórios (mais caras)
	Viabilidade/Anteprojeto
	Sondagens a percussão/rotativa, ensaios de campo (permeabilidade), técnicas especiais (crosshole, ensaios de permeabilidade (mais detalhadas)
	Básico
	Ensaios pontuais em, em especial em obras subterrâneas, com o avanço das escavações podem ocorrer alterações de projeto.
	Executivo
	Podem ser executadas investigações específicas para estudar comportamentos anômalos ou inesperados
	Operacional
– Inventário é fase de ideia.
– Viabilidade é a fase de investigação.
– Projeto básico define custo, onde o túnel será construído etc.
· Métodos indiretos interpretação de imagens e fotos
– Não permitem o acesso “in situ” ou em amostras, via sensoriamento remoto – imagens obtidas por satélites e radar; e fotografias aéreas, em diversas escalas;
– Estereoscópio unifica imagens e dados em 3D, fundamental para tipos de solo, drenagem e de investigação de processos geodinâmicos. Estereoscópio de espelho e de bolso que usa nos trabalho de campo.
· Métodos geofísicos e geofísica aplicada a geologia de engenharia, são métodos que detectam as propriedades físicas dos materiais geológicos e permitem/auxilia o estabelecimento de uma caracterização correta dos maciços naturais, antrópicos e questões ambientais envolvidas. Métodos da geofísica aplicada são 3:
– Métodos geoelétricos: Eletrorresistividade (SEV e CE), Polarização induzida,
Potencial espontâneo, Eletromagnéticos (EM – domínio do tempo, VLF e GPR/Radar de penetração no solo)
– Métodos sísmicos: Refração (onda refrata numa superfície entre duas camadas), Reflexão (retorno mais rápido das ondas), Crosshole (emite ondas por impacto entre um furo de sondagem e outro) e tomografia Perfilagem sísmica contínua, sonografia e eco batimetria
– Métodos potenciais: Magnetometria, Gravimetria.
· Método sísmico 
· Eletrorresistividade resistência que uma camada geológica apresenta ao passar em uma eletricidade.
· GPR radar de penetração no solo.
· Possibilidade de cada de tipo de método geofísico
Determinação do topo rochoso
– Número 4 representa uma ótima capacidade de dar resposta a demanda, é adequado. Já o 0 indica péssima ou nenhuma qualidade do método para entregar uma informação, é inadequado. 
– A velocidade de propagação de ondas no solo é diferente da velocidade propagação de onda na rocha. 
– O GPR é ótimo para a localização de objetos enterrados e detecção de cavidades.
– Quanto maior a densidade, maior velocidade de propagação de ondas. 
– Quanto maior a porosidade, menor a velocidade de propagação de ondas.
– O material geológico é medido pela resistividade. A resistividade é a dificuldade e transmitir a corrente elétrica. Quando tem água a resistividade cai, porque a condutividade aumenta.
· Métodos Diretos ou Investigações Mecânicas incluí Sondagem a varejão, Sondagem a trado, Sondagem a percussão: SPT, Sondagem rotativa, Sondagem mista, Sondagem a rotopercussão e Galeria de investigação. 
Varejão ao longo dos rios para detectar a espessura do material desagregado, solos aluvionares depositados. A areia tem mais atrito, áspera, já a argila entra com mais facilidade.
– Sedimentos (aluviões) e superfícies rochosas em rios.
– Haste lisa de ferro cravada no leito do rio manualmente ou com golpes de marreta.
– Usada para reconhecimento de aluviões, superfícies rochosas no leito de um rio e para avaliar depósitos de areia e cascalho para uso na construção civil.
– Areia áspera, sonora e vibratória.
– Argila macia. 
– Cascalho com bloqueios esparsos.
– Rocha impacto duro.
Barramina crava uma haste no terreno, caso ele não tenha resistência como no caso dos solos moles, a barramina irá entrar com muita facilidade no terreno. 
– Solos moles, usado principalmente em obras rodoviárias. Cravação de haste com ponteira cônica, soquete de 4,9kg diretamente sobre o solo mole.
Trado mecânico maior capacidade de resposta e velocidade. Trato é importante no uso de solos rasos, solos aluvionares sem muito cascalho, solo coluvionar mais homogêneo sem muito seixo transportado e solo residuais sem muita estrutura. 
– Coleta de amostra é feita a cada metro de avanço ou quando ocorre mudança do tipo de material perfurado. Penetra somente os horizontes de solo, acima do NA.
– Acima do NA, solos residuais, colúvio e solos aluvionares, sem blocos.
– Usado no início da investigação, é de baixo custo, não pode chegar no nível de água. Atualmente usa o trado mecânico.
Poço escavação em seção circular ou quadrada. O operador consegue entre dentro do poço, para obter amostra.
– Solo, a partir da escavação em seção circular ou quadrada, suficiente para permitir acesso e inspeção das paredes e do fundo, até uma profundidade de 5m (cuidado com o escoramento). – Coleta de amostras.
Trincheira usa uma retro escavadeira, abre uma seção contínua e consegue obter amostra, não tem muita profundidade, porem ganha escala horizontal.
– Solo, a partir da escavação vertical em seção retangular. Profundidade máxima de 2m.
– Muito usado na mineração para ver paragênese. 
– Amostra deformada: amostra de solo retirada com a destruição ou modificação apreciável de suas características “in situ”; também chamada de amostra amolgada quando ocorre a fragmentação do material amostrado. Faz ensaio de granulometria. 
– Amostra indeformada: amostra de solo retirada sem ou com pequena modificação de suas características “in situ” com o uso de equipamentos e técnicas apropriadas. Põe essa amostra na caixa com parafina e pano. Preserva a descontinuidade e fratura. 
· Sondagem é uma investigação de subsuperfície. 
· Sondagem mecânica 
– Até 1200 m 2 de área: 1 p/ cada 200 m 2 de área de obra
– Entre 1200 m 2 e 2400 m 2 de área: 1 p/ 400 m 2 de obra
– Acima de 2400 m 2: 2/3 sondagens fç da área de projeção
– Número: mínimo de 3 sondagens; consegue estabelecer um perfil transversal ao longo da rua e longitudinal na profundidade do terreno.
– Distância máxima: entre elas 100 m
· Sondagens a percussão/SP ou SPT
– Resultado do teste corresponde à quantidade de golpes necessária para fazer penetrar, no fundo do furo, o barrilete amostrador, nos seus últimos 30 cm. 
– É por penetração. 
– Identificaçãotáctil-visual das camadas de solo.
– Profissional consegue entrar em contato com o material, define o nível de água.
– Identificação táctil-visual das camadas de solo
– Diâmetro da perfuração: em solo, 100mm ou 4”;
– Até 20m.
– Ensaios “in situ” de SPT (ensaio padronização de penetração), permeabilidade, torque
– Caso não consiga nada deve fazer o ensaio de lavagem.
– Amostragem é a amostra indeterminada. 
– Pode ser interrompida por estrato de material duro intercalado no solo;
– Profundidade limitada pelo topo rochoso ou camada de mais de 10cm de material duro
– Perfura abaixo do nível d’água (NA) subterrâneo com revestimento e bomba d’água.
– Permite obter amostras semi-deformadas, com barrilete amostrador do ensaio SPT;
– Permite executar ensaio de infiltração e instalar monitores de nível d’água e piezômetros.
· Ensaio SPT
– Engenharia primeiro faz o SPT depois que clássica.
– Teste de penetração padronizado.
– Anota o número de golpe para cada amostrador entrar no cm desejado, só considera os 2 últimos trechos, porque o 1º golpe não é considerado devido mexer no solo.
– Cravação do barrilete amostrador (45cm) com impacto de peso de 65kg (erguido manualmente) da altura de 75cm. 
– Explicação do professor: Crava amostrador na profundidade alcançada, geralmente de metro em metro, o amostrador tem 45 cm e marca na corda trechos de 15 cm e vai cravando o amostrador sempre na mesma altura de 75 cm. Esse controle é feito pelo sondador. Tira o amostrador, traz tudo para superfície, dá uma batida e abre para retirar o material, coloca o material no saco plástico depois de ter feito uma análise tática e visual. Organiza dentro da caixa respeitando a profundidade de coleta de material.
– No SPT anota o número de golpes para penetrar cada 15 cm do amostrador. Exemplo tem 45 cm, no primeiro trecho tem 15 cm (A), precisou de 6 golpes, no segundo trecho tem 15 cm (B), precisou de 8 golpes, terceiro trecho de 15 cm (C), usado 7 golpes. Na hora do cálculo do SPT, soma os dois últimos trechos, ou seja, os 30 cm finais. Dispensa o primeiro trecho, porque antes de pôr o amostrador já bateu no material, então teoricamente ele está mais compactado e deve desprezá-lo. 
– Mede-se a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão, a cada metro perfurado.
– Cravação paralisada se após 10 golpes consecutivos não ultrapassar 5cm de penetração (impenetrável).
– SPT quando igual a 0 é argila mole.
– Amostrador tem 45 cm.
Anota-se o número de golpes para penetrar cada 15cm do amostrado (que tem 45cm).
Exemplo
1º trecho de 15cm – A
2º trecho de 15cm – B
3º trecho de 15cm – C
SPT = B + C
Cuidado com o SPT inicial
· Ensaios em furos de sondagem
– Ensaio de infiltração: medida da absorção de água, em um intervalo limitado do furo, quando é aplicada uma coluna d’água. Usado para caracterizar a permeabilidade no horizonte terroso e é feito à medida do avanço da perfuração. Mede-se a quantidade de água infiltrada a cada minuto, durante 10 min. O resultado do teste é expresso em perda d’água específica (PE – l/min.m.kgf/cm2) ou em permeabilidade (cm/s).
– Ensaio de perda d’água sob pressão: aplicado em SR, consiste na injeção de água, sob pressão, em trechos do furo, isolados com obturador. A execução do ensaio é feita pela injeção de água, na pressão determinada para cada estágio. Após a estabilização do fluxo d’água, que em geral ocorre depois de 10 a 20 min, mede-se a vazão de injeção e a pressão correspondente, a cada minuto, durante 10 minutos no mínimo. 
· Perfil de sondagem 
· Sondagens rotativas/SR
– Manobra = ciclos sucessivos de corte e retirada dos testemunhos do interior do barrilete. O avanço da manobra depende da qualidade do material que está sendo perfurado.
– Método mais completo, pois atravessa qualquer tipo de material e atingir profundidades de centenas de metros. Tem capacidade de corte e penetração em materiais mais resistentes. 
– Custo elevado (R$ X,00/metro) e baixa produção (5m/dia) e impõem a obtenção de todas as informações possíveis.
– Precisa de bomba, conjunto de revestimento, brocas, coroas diamantadas de diamante sintético tem dureza 10 e pode cortar qualquer mineral e penetrar qualquer tipo de rocha.
– A maior diferença entre a sondagem rotativa e a percussão é a presença da coroa e do barrilete.
– Barrilete, barril pequeno que é o amostrador, é oco em uma das extremidades para que os fragmentos de rocha sobre a ação da água (água diminui a abrasão) consigam entrar no amostrador, que são os testemunhos. Tem dentes/coroa para quando rotacionar a rocha entrar no barrilete. Não fazer medidas longas.
Atenção para SR/Sondagens rotativas
1. Perda d´água muito rápida é quando encontra uma fratura e essa água, se perde rapidamente. Deve fazer um ensaio de permeabilidade.
2. Mudança do diâmetro de NX para Bx. Diâmetro do barrilete, com que material irá fazer a perfuração. Começa a perfuração com NW de diâmetro 57. Ao encontrar um material mais resistente deve aumentar o torque (girar). De que maneira fazer isso, quando a máquina contínua rodando na mesma frequência? Deve diminuir o diâmetro de obtenção do testemunho. Exemplo encontra um gnaisse (quando são é mais resistente que o diabásio) e encontra um dique de diabásio, deve diminuir o diâmetro da coroa de maneira que obtenha o testemunho do material que está atravessando.
3. Organização dos testemunhos na Caixa. Os pedaços de madeira indicam onde começa e onde para a perfuração. Organizando de maneira crescente em profundidade. 
4. Fratura Natural x Fratura Mecânica/Antrópica. 
– Uma fratura mecânica ocorre quando fragmenta o testemunho no momento em que a máquina sai da vertical e testemunho bate dentro do barrilete, gerando esse tipo de fratura. Se for considerada como natural, irá mudar os cálculos dos índices de recuperação, RQD e grau de fraturamento. 
– Apenas deve considerar as fraturas naturais que separam os testemunhos. A fratura natural geralmente é o local onde a água percolou, tendo oxidação, minerais com ferro ficam levemente oxidados de coloração avermelhada, indicando que passou água dentro do maciço, logo é uma fratura natural.
– A fratura natural, até a de alívio guarda alguma polidez e marca de oxidação. A fratura mecânica é áspera e rugosa.
Fratura mecânica se gerada por um aparelho não pode separar, conta como uma.
· Sondagem mista: a SR começa a partir da profundidade em que a resistência do material atinge 50 golpes para 30 cm no ensaio SPT.
· Sondagem a rotopercussão: utilizada para avaliar, preliminarmente, a posição do topo da rocha e a homogeneidade de um maciço rochoso. O furo geralmente tem 3’’ de diâmetro e um comprimento de até 25m. Excepcionalmente, a profundidade ultrapassa 35m. A avaliação do maciço perfurado é feita através do exame dos detritos da perfuração, da velocidade e regularidade do avanço. Empregada para investigação horizontal de frentes de escavação, campanhas de injeção, drenos, line drilling, etc. 
· Galeria de investigação: permite o acesso direto às feições frágeis do maciço, em uma grande área de exposição. É possível medir a posição espacial de planos de fraqueza do maciço, executar ensaios para determinação de parâmetros geomecânicos e fazer observações diretas quanto às condições de fluxo da água subterrânea.
· Testemunhos bem acondicionados nas caixas e após a adequada identificação do tipo litológico e do grau de alteração. O que foi tirado de rocha do furo.
– Recuperação (Rec): % do avanço em cada manobra efetivamente recuperada na sondagem, ou seja, razão entre o comprimento da amostra e o comprimento da manobra.
Considera todos os fragmentos.
Exemplo: Sondagem entre 10m e 11,20m.
Avanço = 1,20m; É o tanto que conseguiu entrar no maciço.
4 fragmentos de rocha no barrilete: (1) 50cm; (2) 20cm; (3) 15cm (4) 5cm
Somatório dos Comprimentos dos testemunho = 0,90m
Cálculo Rec : (0,90m /1,20m) x 100%
Rec = 75%
– Rock Quality Design (RQD): é o índice de qualidade da rocha. Representa a % do avanço em cada manobra efetivamente recuperada na sondagem, considerandoapenas os testemunhos com comprimento maior ou igual a 10cm. Descarta os valores menores que 10 cm.
RQD não pode ser maior que o valor da recuperação. 
Exemplo: Sondagem entre 10m e 11,20m.
Avanço = 1,20m;
4 fragmentos de rocha no barrilete:
(1) 50cm; (2) 20cm; (3) 15cm (4) 5cm
Somatório dos Comprimentos dos testemunho > ou = 10cm: 0,85m (soma 50+20+15=85. Não considera o 5 cm porque é menor que 10 cm).
Cálculo RQD : (0,85m /1,20m) x 100%
RQD = ~71% 
Tabela representativa do tipo de RQD
	RQD (%)
	Qualidade geotécnica 
	< 25%
	Muito pobre 
	25-50
	Pobre
	50-75
	Razoável
	75-90
	Bom 
	90-100
	Excelente 
– Grau de Fraturamento: Quantidade de fraturas por metro. No trecho do avanço.
Exemplo: Sondagem entre 10m e 11,20m.
Avanço = 1,20m;
4 fragmentos de rocha no barrilete: (1) 50cm; (2) 20cm; (3) 15cm (4) 5cm
Número de Fraturas = 5
Cálculo GF: 5/1,20m)
GF = ~ 4.2, logo, pouco fraturado neste trecho entre 10m e 11,2m.
Cada caixa preta é um testemunho.
Cada seta representa uma fratura.
Logo, 4 testemunhos, tem 5 fraturas.
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	Denominações 
	F1
	0 – 1 
	Ocasionalmente fraturado 
	F2
	2 – 5 
	Pouco fraturado 
	F3
	6 – 10 
	Medianamente fraturado
	F4
	11– 20
	Muito fraturado 
	F5
	> 20
	Extremamente fraturado 
· Por fim os resultados apresentados em logs ou perfis individuais de sondagem que devem conter: identificação da sondagem diâmetros de barriletes e coroas; cota da boca do furo; coordenadas; leituras de nível d’água; recuperação; RQD; grau de faturamento e ensaios de perda d’ água;
– Num perfil deve destacar os três índices: Recuperação (Rec), Rock Quality Design (RQD) e Grau de Fraturamento.
· Tensões
– Tensões induzidas: estado de tensão decorrente da redistribuição de tensões preexistentes devido à perturbação dos maciços com a implantação de obra de engenharia
– Tensões tectônicas: estado de tensão devido ao deslocamento relativo entre placas litosféricas ou outro processo geológico da dinâmica interna terrestre.
– Tensões residuais: estado de tensão remanescente no maciço rochoso ao termino do mecanismo que lhe deu origem.
· Caracterização de maciços rochosos
– Maciço predominantemente ou todo composto por rochas.
– A caracterização da rocha tem grande importância na avaliação da representatividade de propriedades físico-mecânicas do maciço e na extrapolação dos resultados de ensaios pontuais para o maciço como um todo.
Interesse das classificações de maciços:
– Definição de parâmetros que caracterizam o terreno
– Baseadas em observações ou ensaios simples
– Classificação/linguagem universal
– Checklist dos parâmetros mais importantes
– Independente de quem as aplica
– Baseadas em experiência/casos de obra
– Comparação com situações semelhantes
– Indicação (básica) de medidas a adotar (sustimento)
– Os sistemas de classificação de maciços rochosos têm por objetivo a caracterização da estabilidade dos maciços rochosos quando interessados por obras de engenharia civil
– Foram inicialmente criados para aplicação em estruturas subterrâneas.
Importante:
– Caracterização do material rocha (caracterização mecânica em laboratório)
– Estudo das descontinuidades (observação e ensaios in situ)
– Descrição do maciço
Numa escavação subterrânea pretende-se:
– Utilizar o maciço como principal material estrutural.
– Provocar a menor perturbação ao maciço.
– Utilizar apenas quando e se necessário medidas de sustimento (o menos possível).
– As classificações mais antigas tinham carácter qualitativo, enquanto as mais recentes são baseadas na quantificação de parâmetros simples, que se traduzem no estabelecimento de graus de qualidade dos maciços e permitem estimar as suas propriedades resistentes globais.
Classificação de maciços rochosos
– Caracterização superficial com base em afloramentos e superfícies de escavação.
– Caracterização em profundidade com recurso a sondagens (execução de logs).
– Maciços são classificados quanto à qualidade em 5 classes
– Após classificação do maciço numa das 5 classes, relaciona com o período de autossustentação e necessidade de suporte (pregagens e ancoragens, betão projetado e perfis metálicos)
Quando indica o suporte primário pressupõe que:
– O diâmetro do túnel seja cerca de 10m.
– A tensão vertical não exceda 25MPa.
– Que a escavação seja por explosivos.
1. Classificação de Terzaghi (1946)
– Carga no suporte
– Aplicação essencialmente em rochas brandas, com aplicação de perfis metálicos
– Divisão em 7 classes, considerando: Modo de jazida, Estado de fraturação, Não considera a litologia e às Classes: de rocha intacta a rocha expansiva.
2. Classificação de Lauffer (1958)
– Stand-up time (período auto-portante) depende de: Orientação do eixo do túnel, Forma da secção, Método de escavação e Método de suporte.
– Span = vão livre (distância entre a frente de escavação e o último 
suporte, se for maior do que o diâmetro.
– Quanto maior o vão, menor o período auto-portante
3. NATM 
– Novo método de escavação para túneis. New Austrian Tunneling Method 
– Relaciona as características do maciço, o tipo de escavação e o suporte a aplicar.
– Convergência – confinamento. 
– NATM em rocha sã é caro. Utiliza para rochas de menor resistência.
Princípios básicos:
– Mobilização da capacidade de suporte.
– Emprego de betão projetado.
– Sustimentos flexíveis.
– Fecho da soleira em maciços muito alterados.
– Observação permanente (para definir momento de aplicação do suporte).
– Permite aligeirar o suporte.
– Aplicado em maciços muito fraturados ou de má qualidade.
4. Rock Structure Rating (RSR) (1972)
– Primeira classificação paramétrica
– A – Geologia (litologia, estrutura, resistência) (ex. metamórfica, pouco dobrada, média).
– B – Geometria (espaçamento e atitude das diaclases face à escavação) (exemplo normal ou paralela ao eixo, inclinação).
– C – Condições hidrogeológicas e preenchimento das fraturas.
– Calcula a carga sobre o suporte e recomenda suporte.
5. RMR
6. Q – Sistema 
· Parâmetros de maciços 
– Persistência e espaçamento permitem definir a estruturação fundamental do meio rochoso e seu volume elementar representativo. Define o modelo geométrico.
– São 6 parâmetros físicos: atitude, espaçamento de descontinuidades, persistência da fratura, abertura, superfície e preenchimento de descontinuidades e rugosidade.
– 5 atributos de fratura utiliza trena e régua: espaçamento (distância entre fraturas do mesmo set), persistência, abertura, rugosidade.
– Cada parâmetro tem uma importância maior em uma área. Atitude tem importância na estabilidade de talude. Espaçamento e persistência importante em túnel. Abertura importante para fratura de alívio. 
· Espaçamento de descontinuidades (ABGE, 1983)
– Espaçamento é a distância medida perpendicular de duas fraturas num mesmo set (não precisa ter a mesma atitude).
– Quanto mais espaçamento e maior persistência terá maior chance de fazer uma intervenção numa zona homogênea sem fraturas.
– Define o tamanho do bloco quando individualizado.
– Quando mais espaçado, melhor a qualidade do maciço.
– O espaçamento determina o tamanho dos blocos que podem se movimentar. Não é só em um set de fraturas. 
– Precisa de trena e régua para medir e mapear essas fraturas.
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	Denominações 
	E1
	> 200 
	Muito afastadas 
	E2
	60 a 200
	Afastadas 
	E3
	20 a 60
	Medianamente afastadas
	E4
	6 a 20
	Próximas 
	E5
	< 6
	Muito próximas 
· Persistência da fratura
– Continuidade da fratura para dentro do maciço.
– Mais difícil de ser mapeado. Utiliza sondagem.
– A avaliação de risco depende da abertura da fratura e da persistência. 
– Até que ponto do maciço irá escavar e encontrar a fratura.
	Termo 
	Persistência 
	Persistência muito pequena 
	Menor que 1 m 
	Persistência pequena
	De 1 a 3 m
	Persistência médio 
	De 3 a 10 m
	Persistência grande 
	De 10 a 20 m
	Persistência muito grande
	Maior que 20 m
· Classificação da abertura (espessura) de descontinuidades
– Medida com arégua.
– A abertura é um indicativo do volume de água que passa na fratura. Pode ser estocado.
– Em geral as fraturas do Rio de Janeiro são fechadas.
– Quanto mais aberta, mostra que às paredes estão mais distantes uma das outras. 
– A falta de contato diminui a resistência. 
– Importante para verificar o volume de água/vazão que pode se dá em uma fratura. 
	Termo 
	Persistência 
	Cerrada 
	Zero 
	Extremamente fechada
	> 0 – 2 mm
	Muito fechada 
	2 – 6 mm
	Fechada 
	6 – 20 mm
	Moderadamente fechada
	20 – 60 mm
	Moderadamente aberta
	60 – 200 mm
	Aberta 
	> 200 mm
· Tipos de superfície e preenchimento de descontinuidades (IPT)
– Fratura vazia não tem atrito.
– Fratura preenchida com material bom a resistência é grande.
– Preenchimento argilomineral ou rocha alterada.
– Melhor situação é D1 = Contato rocha-rocha, paredes sãs. Rochas se tocando a resistência aumenta. 
– Situação piora quando tem preenchimento de materiais diferentes. Inclui também o próprio material de alteração da rocha.
– Rocha alcalina se altera com facilidade. 
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	D1
	Contato rocha-rocha, paredes sãs 
	D2
	Contato rocha-rocha, presença de material pétreo rijo
Ca – calcita Si – sílica 
	D3
	Paredes com alteração incipiente, sinais de percolação de água, preenchimento ausente
	D4
	Paredes alteradas, preenchimento ausente
	D5
	Paredes alteradas, com preenchimento
ag1 – preenchimento argiloso com espessura de 1 mm
gr10 – preenchimento granular com espessura de 10 mm
· Perfil de rugosidade
– Quanto mais irregular ou ondulado, desnível for significativo no plano e fratura maior será o atrito.
– Quanto mais polido menor a resistência. Muito rugoso aumenta o atrito. Polido diminui o atrito. 
– Pente de Barton, encosta o pente na fratura a partir da forma que às lâminas de aços retráteis, como está irregular o pente irá voltar com a forma da rugosidade do maciço.
– Relacionado a JRC. Que indica como vai entrar com os valores de atrito nas simulações de comportamento do maciço.
– Precisa de um aparelho para fazer a medida.
Recortada: I – rugosa, II – lisa, III – polida.
Ondulada: IV – rugosa, V – lisa, VI – polida.
Plana: VII – rugosa, VIII – lisa, IX – polida.
· Exemplo de parâmetros de um levantamento sistemático
– Começa pela atitude, seguido da gênese (se é tectônica ou atectônica/alívio).
– Deve ter a média e desvio padrão. 
· Alteração os estágio iniciais resultam em significativa diminuição do fator de resistência da rocha, em relação à original, enquanto nos estágios mais avançados esta tendência se atenua.
Termos e características da rocha
– Rocha sã = minerais primários sem vestígios de alteração.
– Rocha pouco alterada = alterações físicas e químicas incipientes. Rocha ligeiramente descolorida.
– Rocha alterada = minerais alterados e rocha bastante descolorida.
– Rocha muito alterada = minerais muito alterados, por vezes pulverulentos e friáveis e intensamente descolorida, gradando para cores de solo.
· Coerência = golpe de martelo. Definida com base em propriedades de tenacidade, dureza e friabilidade das rochas. É caracterizada tátil-visualmente, através da apreciação da resistência que a rocha oferece ao impacto do martelo e ao risco com lâmina de aço. Rocha coerente é dura, quebra com dificuldade, precisa de dinamites etc. Rocha incoerente quebra sobre a pressão dos dedos. A coerência é a característica que mais se relaciona a coesão.
Termos e características da rocha
– Rocha coerente = Quebra com dificuldade. Só a fogo.
– Rocha média/coerente = Quebra com dificuldade. riscável com lâmina de aço. A fogo.
– Rocha pouco coerente = Quebra com facilidade. riscável com lâmina de aço. Escarificável.
– Rocha incoerente = Quebra sob pressão dos dedos. cortada com lâmina de aço.
· Comportamento mecânico dos maciços rochosos
– Descontinuidades geomecânicas feições geológicas que representam ou induzem zonas de fraqueza mecânica e vias de percolação preferencial no interior de massas rochosas.
Rua Farani – Laranjeiras: Talude ao lado da embaixada, mais fraturado em função do desmonte sem controle. Talude ao lado da USU, o desmonte nesta face foi mais cuidadoso, resultando num número menor de fraturas induzidas.
· Classificação geomecânica
– Sistemas baseados em características selecionadas dos maciços rochosos, de modo a definir 
diferentes CLASSES DE MACIÇO e subsidiar decisões de engenharia. Concepção semiquantitativa do maciço, implicando na previsão de suas aptidões e seu comportamento geomecânico em ESCAVAÇÕES.
– O que sempre se esquece é que os PRINCIPAIS PARÂMETROS DE CLASSIFICAÇÃO 
GEOMECÂNICA envolvem não apenas a Orientação ± desfavorável das descontinuidades em relação às escavações; e a Densidade de compartimentação do maciço (frequência das juntas); mas também a determinação da Influência de água subterrânea e das Condições de tensões ao redor da escavação, sem contar que as Resistências da rocha intacta e das descontinuidades (planos de fraqueza estrutural) não pode se limitar ao uso do Martelo de Schmidt e ao Pente de Barton. São necessários ensaios.
– Tanto o “Q” como o “RMR” se utiliza de parâmetros geológicos, geométricos e de solicitações do projeto de engenharia, com o objetivo de obter um valor quantitativo, que descreva a qualidade geomecânicas do maciço estudado.
– O “GSI” trata-se de um índice facilmente obtido através de análises visuais do maciço estudado e a aplicação dos gráficos propostos pelos autores. Sendo assim, alguns autores recomendam adaptações nas classificações existentes para a adaptação ao maciço de forma a reduzir o nível de incerteza na sua aplicação. (Melo, 2010). É um sistema de classificação de maciço rochoso. 
Classificação Geomecânica (Bieniawski, 1973) 
– Tem por objetivo determinar a relação entre o vão livre do túnel e o tempo de sustentação sem suporte;
– Estima a coesão e o ângulo de atrito para cada classe de maciço;
– Atribui pesos a seis parâmetros, com base na observação de um grande número de túneis
Parâmetros:
– Resistência à compressão simples
– RQD
– Espaçamento entre fratura
– Orientação das fraturas
– Características das fraturas
– Caudal
Guia para a escavação e suporte de túneis (Bieniawski, 1979)
· Saturação é a quantidade de água que tem nos poros.
· Solo arenoso tem atrito.
· Solo argiloso tem coesão.
· Fratura frecha dentro do maciço, como a fratura tectônica.
· Fratura de alivio diminui para dentro do maciço.
· Caracterização de maciços terrosos ou de solos (terra como material consolidado)
– Maciço predominantemente ou todo composto por solos.
– Não se classifica solo pela cor.
– Etilenoglicol facilita o processo de expansão.
Atividade do Solo
– Solo inativo se a atividade é menor que 0,75 e ativo se a atividade for maior que 1,25.
– Solo medianamente ativo 0,75 e 1,25.
– Solo ativo é expansivo no sentido de aumentar de volume no período da chuva e retrair trincando.
· Valores de SPT
Argilas e siltes argilosos
SR/SA
	6 a 10
	Média (o)
	11 a 19
	Rija (o)
	> 19
	Dura (o)
Areias e siltes arenosos
SR/SA
	9 a 18
	Medianamente compacta (o)
	18 a 40
	Compacta (o)
	> 40
	Muito compacta (o)
· Prática de campo
– Identificar a gênese adequadamente, descrevendo a estrutura;
– Garantir representatividade da amostra;
– Descrever a textura até a 3ª ordem (da maior para a menor) e incluir acessórios. Exemplo: areia grossa e média, pouco argilosa com pedregulhos;
– Estimar percentagens;
– Cor, odor, reação ao HCL;
– Granulometria grossa – NÃO coesivos – tamanho das partículas, angularidade, forma;
– Plasticidade (solos coesos – moldagem com os dedos)
– Consistência e compacidade (SPT), reconhecendo que a estrutura é destruída;
· Análise Mineralógica dos Solos
– Propriedades mineralógicas: base da previsão do comportamento mecânico dos solos, ultrapassando as limitações impostas pelas classificações geotécnicas tradicionais, que dividem os solos de acordo com sua granulometria e plasticidade.
– Minerais primários e secundários, com os 2º associadosà alteração hidrotermal ou ao intemperismo.
– Os primários estão nas frações mais grossas do solo (pedregulho, areia grossa, média e fina); são silicatos (90%) – principalmente quartzo, feldspato, e até mica -, óxidos, carbonatos e sulfatos.
– Os secundários estão nas frações mais finas do solo (silte e, em especial argila); são argilominerais, com estrutura similar a dos silicatos primários, formados por folhas tetraédricas de Si e octaédricas de AlOH3 MgOH2. São produtos da alteração de minerais primários, são alterados por alteração intempérica ou hidrotermalismo. Tem estrutura similar dos silicatos que os deram origem. 
– Quando Ca, Mg, Na e K são perdidos, os 2:1 geram os 1:1. Já a perda do SiO2 pode levar até mesmo ao desaparecimento dos argilominerais.
– Secundários são; caolinita 1:1, illita e clorita que não são expansíveis. Do grupo da esmectita tem a Montmorillonita 2:1 e vermiculita (mica hidratada) 2:1 são expansíveis.
– Explicação da tabela: Bond = ligação. CEC = capacidade de troca catiônica, o quanto de íon esse argilomineral pode trocar com seu entorno. Swell é capacidade de trincar. Surface área é a área superficial que cada argilomineral tem para ocorrer a troca. Basal spacing é o espaçamento entre às folhas. 
– Os argilominerais mais importantes são caulinita, ilita e montmorillonita. São representativos desse comportamento diferenciado. Esses minerais são identificados pela difração de raio X. A difratogrametria é uma técnica que registra os ângulos associados a reflexão de uma faixa de raio X, os feixes de luz índice sobre os átomos que estão organizados em planos cristalinos que estão separados em folhas, quando esse raio incide mostra o comprimento da onda para cada uma dessas distâncias, ocorrendo o fenômeno da difração (luz incide, tendo separação ou diferenciação/difração em diferentes ângulos, por conta dos planos entre essas folhas), onde cada argilomineral gera um conjunto de reflexão. Picos altos do diagrama representa que o mineral foi muito bem formado. 
– Etilenoglicol facilita o processo de expansão. 
– Distância interplanar entre folhas ou cadeias
– Etapas de preparação das amostras
· Solos colapsáveis/colapsivéis
– Solo colapsivél/solos colapsáveis é um solo que quando umedece perde a resistência rapidamente. Não tem buraco e não é solo derivado de calcário. É um solo formado em ambiente semi árido que está sempre seco o solo. A pouca água que tem consome o menisco. – Os solos colapsíveis são solos não saturados que, quando umedecidos, sofrem redução de volume, podendo provocar recalques nas fundações e danos às estrutura. Brasília, Minas Gerais etc. Menisco é a atração entre grãos. 
– Quando tem subsidência ou adensamento do solo não é colapso. 
– Colapso é uma denominação especifica de um movimento que afeta os solos, onde ele perde de maneira abrupta a sua estrutura.
– A colapsividade pode atingir solos residuais, colúvios, solos aluviais, eólicos e aterros compactados não saturados. Não devem estar saturados, nem todos os seus vazios devem estar preenchidos por água.
– Devem ser predominantemente arenosos, com estrutura porosa instável, com partículas interligadas quimicamente (forças eletromagnéticas de superfície, apenas pelos íons, por isso a importância da análise química) por argila, óxido de Fe, Al ou CO3, ou fisicamente, por forças capilares e pela presença de cimento entre as partículas maiores. 
– Quando tem a saturação desses solos, o equilíbrio instável ou metaestável é rompido pela ação da água que afasta os grãos, que não podem ser unidos. Essa forças química são eletromagnéticas, como as de Van der Walls que provoca uma atração entre os grãos e a entrada da água espessa essa camada e água começa atuar, acontece essa situação no cimento. O aumento da umidade ou de saturação, prova a perda de resistência do solo, com o rearranjo estrutural pode ocorrer o movimento abrupto de redução de volume, perda da estrutura e ruptura do solo.
– Esse tipo de solo é comum em São Paulo, como solo residual colapsivél de Ilha Solteira (SP) tipicamente latossolos vermelho amarelos fracamente arenoso (20% de argila apenas) desenvolvidos sobre basaltos vesiculares e arenitos do Grupo Bauru ou em uma cidade de São Paulo, o centro dela foi tragado gerando muitos problemas de afundamento só que isso ocorre devido os vazios que o calcário permite que se desenvolva em função das suas fissuras e da dissolução de carbonato. Esse tipo de feição não é comum no Brasil, ocorre mais nos EUA. 
– Presentes em climas semiáridos e áridos regiões, onde a evapotranspiração excede a precipitação ou com chuvas. 
– É feito ensaio químico dos solo, para identificar o potencial de colapsividade.
– Provoca-se o rearranjo estrutural. Baixo SPT, elevado Cv e alta k.
– As forças eletromagnéticas: ação intensa das forças de Van der Walls, osmose e atração molecular, provocam acréscimo de resistência aparente. A entrada d’água “espessa” a camada de argila, distanciando as partículas.
– As pressões capilares: a evaporação da água dos meniscos existentes nos poros, com pequeno raio de curvatura, garante a pressão de contato intergrãos; a entrada d’água amplia os meniscos e reduz a resistência.
– Elemento cimentante: óxidos, fosfatos e carbonatos fixam os grãos do solo e proporcionam uma estrutura densa; a entrada d´água rica em sais e ácidos dissolvidos destrói a cimentação.
· Granulometria 
· Classificação dos solos – convencionais classificado através da granulometria e limites de consistência. 
– Internacional
– Não leva em conta a gênese 
– Leva em conta a textura
– Divisão entre solos grossos e solos finos.
– Limite de consistência.
Classificação desenvolvida em clima temperado. Não leva em consideração quando o intemperismo é extremamente significativo, como acontece no clima tropical, do Brasil. Para isso foi criado um sistema de classificação não convencional para o Brasil ou MCT.
SUCS (Sistema Unificado de Classificação (ASTM, 1983)
Primeira letra:
– G = gravel (pedregulho) (2-6mm), S = sand (areia) (0,06-2mm)
– M = mö (silte) (0,06-0,002mm), C = clay (argila) (<0,002mm)
– O = organic (orgânico), PT = peat (turfa)
Segunda letra:
Solos grossos (indica granulometria)
– W = well (bem graduada), P = poor (mal graduada)
– M = mö (silte em sueco), C = clayley (argiloso)
Solos finos (indica plasticidade)
– L = low (baixa plasticidade), H = high (alta plasticidade)
· Classificação dos solos – não convencionais 
MCT (Miniatura, Compactado, Tropical)
– Não dispensou os ensaios convencionais, mas incorporou outros atributos mais indicativos do comportamento dos solos tropicais, principalmente das lateritas. 
– Baseia-se em ensaios de compactação e perda de massa por imersão de corpos-de-prova (CP) – uso no meio técnico rodoviário.
– Acrescenta água até o solo ter uma certa consistência; compacta no cilindro em 3 ou 5 camadas iguais, aplicando em cada uma 26 golpes uniformes com o soquete a 30,5cm; remove o colarinho e a base, pesa o conjunto cilindro + solo compactado; coleta uma pequena quantidade para a determinação da umidade; repete-se o processo pelo menos por mais quatro vezes acrescentando de 2% de umidade.
– Incluiu o ensaio do compactação. 
Compactação
– Pega o material em destruir a estrutura, compacta em diferentes camadas com diferentes teores de umidade.
– Quando tem pouca água, não consegue expulsar todo o ar.
– Aplicando-se uma certa energia de compactação, com a umidade baixa, o atrito entre os grãos impede a redução dos vazios.
– Com a umidade pouco maior, a água lubrifica e rearranja os grãos; por fim, com a umidade elevada, a água envolve o ar nos vazios e impede a sua expulsão. 
– Neste trajeto, a massa específica aumenta e depois cai, devido, respectivamente, à eliminação e à manutenção do ar nos vazios.
– Tem umidade ótima.
· Conhecimento do meio físico
· Litologias – mapa geológico – risco sísmico.
· Cavidades Naturais tem potencial espeleológico das unidades geológicas. Como por exemplo Relevo ruiniforme – Sete Cidades/PI.Cavidades planares rasas, Sta. Rita do Jacutinga (MG). Cavidades lineares, Andrelândia (MG) - fraturas funcionam como planos.
· Mapa Hipsométrico transição planalto – planície flúvio-marinha.
· Mapa de Drenagem níveis de base dos rios e do Atlântico ajustam o trabalho geomorfológico pela rede de canais.
· Paisagem planáltica relevo senil, encostas suaves, convexas e suaves; voçorocas só em solos de rochas metamórficas de alto grau, muito espessos.
· Paisagem de serra erosão acelerada, ravinas e deslizamentos. Blocos de tamanhos variados.
· Paisagem de “mares de morros” transição de depressões e serras, encostas côncavo – convexas, em busca do tal ajuste ao nível de base dos rios, voçorocas. Com dobras suaves. 
· Paisagem de baixada relevo plano, pequenas colinas e morros isolados.
· Escala de detalhe – estudos geotécnicos
Terminologia
– Encosta superfície natural inclinada. Termo usado em estudo/nível regional. 
– Talude natural encosta de maciço terroso, rochoso ou misto. Formado por agente natural. Termo usado em estudo/nível local. É irregular.
– Talude de corte escavação (corte) feita pelo homem em talude natural ou em encosta.
– Talude artificial com declives de aterros construídos (solos, rejeitos industriais e de mineração).
Caracterização – estabilidade de taludes
– Inclinação ângulo entre o plano médio da encosta e a horizontal, medido a partir da base.
– Declividade ângulo de inclinação de encosta expresso em porcentagem, a partir da relação entre o desnível vertical (H) e o comprimento da encosta na horizontal (L).
– Amplitude desnível vertical da encosta, ou seja, diferença da cota entre a base e o topo da encosta.
– Perfil variação da declividade da encosta, ao longo de sua extensão transversal. Retilíneo. Côncavo. Convexo. 
Perfil convexo a água vai para os lados, diverge
Perfil concavo a água se concentra.
· Caracterização – modelos de previsão
– A forma da encosta (perfil +planta)influencia na convergência e na divergência dos fluxos, logo, na Geração de zonas de saturação no relevo
– A área de contribuição (área de drenagem a montante de um certo ponto no relevo).
– Principais parâmetros morfológicos: declividade, forma da encosta, área de contribuição + comprimento da encosta, elevação e aspecto (orientação).
· Mapeamentos de solos (pedológicos): Por considerarem nas descrições de perfis, as propriedades morfológicas, químicas, físicas e mineralógicas, fornecem informações relevantes de caráter geotécnico.
– Processos pedogenéticos: desenvolvimento sobre o material parental de camadas ou horizontes de compostos minerais e ou orgânicos.
– Horizontes do solo: seções geralmente paralelas à superfície, com propriedades associadas à pedogênese.
– Perfil do solo: conjunto de horizontes e/ou camadas que vão desde a superfície até a rocha -basicamente os quatro principais: O, A, E, B e C.
O é o horizonte com restos orgânicos.
A com pequena contribuição mineral e matéria orgânica. Escuro.
E com perda de material, onde argila e partículas finas foram lixiviadas por águas percolantes. Clara.
B incorpora material de cima como argila, distingue o tipo de solo. Cor vermelha devido a ter óxido e hidróxido de ferro. Transformação do solo ao longo do tempo.
C com o material de origem/original.
· Na posição de cota amis baixa do relvo, a má drenagem provoca acúmulo de água e como consequência, ocorre o fenômeno de redução de ferro, originando os solos gleisados (orgânicos).
· Processos pedogenéticos
Reações e mecanismos químicos e físicos e biológicos que produzem zonas (horizontes) características no solo. Com quatro processos:
– Adição matéria orgânica em decomposição é incorporado ao material intemperizado. Confere importantes qualidades físicas (plasticidade). Adição de sais e óxidos, íons, produtos de erosão.
– Remoção de argilominerais, sais, óxidos e sílica solúvel são lixiviados para a porção inferior do solo ou são levados pelo lençol freático. Também por erosão da superfície.
– Translocação lenta movimentação de substancias dentro do perfil (elevação).
– Transformação intemperização da matéria rochosa e orgânica. 
· Tipos de solos são 4: latossolo, argissolo, planossolos e gleissolos.
· Latossolos A, B, C, com B latossólico – altamente intemperizado, com fração argila de baixa atividade, com caulinita e oxi-hidróxidos de Fe e Al. espessura mínima de 0,50m; várias fases de relevo e em todo o território brasileiro. Associados a cambissolos e colúvios, não saturados. Elimina quartzo, intemperismo muito avançado. Em locais úmidos, como a Amazônia. 
– Cria laterita. Solo bom para pavimento, somente em ambiente tropical. É um solo enriquecido em óxido, de intemperismo muito evoluído. Tem um comportamento de rocha mesmo sendo um solo. Solos endurecidos, exibe estrutura e mineralogia do estágio final do intemperismo, em função da concentração de hidróxidos de ferro e alumínio. Assim o material fica com uma resistência muito grande. Se usar a classificação convencional dos solos, ao fazer os testes esse tipo de solo será que não serve para pavimentos rodoviários.
– Sem mineral primário.
– Forma bauxita.
– Solo laterítico tem muito caminho para a água passar. Quando comprimido tem alta resistência e permeabilidade grande. 
Laterização
– Condições de intensa lixiviação.
– Velocidade de decomposição da matéria orgânica igual a sua produção (não forma acumulação orgânica).
– Sais solúveis são perdidos no lençol freático.
– Acumulação de óxido de ferro e alumínio e caulinita.
– Relevo pode ser suave ou ondulado.
– Textura muito argilosa, a argilosa.
· Argissolos A-Bt-C; B textural, acúmulo de argila (>> A), atividade baixa, caulinita e óxi-
hidróxidos de Fe e Al, muito comum no Brasil (em todos os relevos). 
– Solos não saturados. 
– Em função da diferença textural entre A e B, propensos à erosão; jazidas de saibro quando C espesso.
– Horizonte A com grãos de areia.
– Horizonte B com areia.
– Argila alta.
– Siltito e ardósia tem um comportamento de solo frágil.
· Planossolos
– Tipos de solos que compreendem os solos minerais hidromórficos ou não.
– Ocorre em áreas baixas.
– Imperfeitamente drenados, onde o relevo permite excesso de água permanente ou temporário.
– Ocasiona fenômeno de redução que resulta em perfil de cores cinzentas, indicativas de processos de gleização. 
– Apresentam sequências de horizontes A, B e C onde o horizonte superficial é eluvial, apresentando-se com textura arenosa ou média que contrasta abruptamente com o horizonte B subjacente, de elevada concentração de argila, usualmente de atividade alta.
– Contrastes de permeabilidade e resistência nos perfis de solo, relacionados à ação da água (hidromorfismo).
– Solo com forte perda de argila.
Argila muda de horizonte e vai para o horizonte B, a água não consegue migrar.
· Gleissolos/Gleis
– Solos/argilas moles ou argilas orgânicas, relevo plano, NA elevado. 
– Os Gleis Salinos e Salinos Tiomórficos, nas áreas costeiras, contém sais solúveis, sulfídricos e sulfetos, e, em função do baixo pH, têm elevado potencial de corrosão. 
Sujeitos a alagamentos em épocas de precipitação mais intensa; bons para agricultura familiar.
– Desenvolvidos em várzeas, áreas deprimidas, planícies aluvionares, locais de terras baixas, vinculadas ao excesso de água ou mesmo em borda de chapadas em áreas de ocorrência de água subterrânea.
– Solo mal ou muito mal drenado, com forte gleização.
– Compreende os minerais hidromórficos.
– As cores deste solo são neutras, como cinza azuladas, correspondendo ao ferro ferroso. Podem ser mosqueados ou não.
– A palavra Glei indica intensa redução de ferro durante o desenvolvimento do solo, sob condições de mal drenagem ou alargamento.
– Rico em matéria orgânica.
– Água não deixa a matéria orgânica ser consumida pelo oxigênio.
– Na base só tem argilominerais.
· Baixada tem argila mole (gleissolo) e planossolo.
· Interação entre a Pedologia e a Geotecnia
– Horizonte A superficial, maior teor de matéria orgânica, espessura de até 15cm.
– Horizonte B maior % de minerais secundáriose características pedogenéticas mais desenvolvidas; espessura variável fç relevo, clima e mineralogia da rocha matriz. O B pressupõe a existência de um Horizonte E, onde se deu a perda de materiais.
– A + B solo residual maduro da Geotecnia, constituído essencialmente por argilominerais, óxidos e hidróxidos, e detritos orgânicos.
– Horizonte C quando guarda as características da rocha matriz = solo residual jovem, mas pode se desenvolver a partir de solos transportados. Pode alcançar dezenas de metros, em particular em presença de rochas quartzo-feldspáticas.
– As correlações das características das 13 classes de solos do Brasil com os respectivos significados geotécnicos, não substituem os ensaios físicos, mecânicos e hidráulicos, mas a sua utilização é extremamente útil nas fases iniciais de planejamento do uso do solo e outras finalidades.
· Classificação de solos utilizados pela EMBRAPA
	Solo 
	Características 
	Neossolo 
	Solo pouco evoluído, com ausência de horizonte B. Predominam as características geradas do material original.
Pode ser indicativo de solos residuais, afloramentos de rocha quando desenvolvidos de rochas cristalinas e ocupam relevo movimentado.
Podem ser indicativo de solos transportados, quando desenvolvidos de sedimentos em relevos planos. 
Relevo montanhoso ou fortemente ondulado.
Neossolos litólicos e neossolos regolíticos, em relevos planos desenvolvidos de sedimentos fluviais, areno-argilosos e argilosos – Neossolos flúvicos. Os formados em relevo plano, desenvolvidos em sedimentos arenosos, são designados Neossolos Quartzarênicos. 
	Vertissolo 
	Solo com desenvolvimento restrito; apresenta expansão e contração pela presença de argilas 2:1 expansivas.
Solo expansivo.
Origem sedimentar ou residual.
Argilominerais expansivos.
Horizonte diagnóstico vértico.
Fração argila > 30%.
Sem variação textual.
Com fendilhamentos.
Sequência de horizontes A-Cv.
Ocorrem em relevo plano, desenvolvidos de materiais de origem ricos em Ca e Mg.
Potencialmente sujeito a deformação acentuada em presença de variações de umidade. 
	Cambissolo
	Solo pouco desenvolvido, com horizonte B incipiente.
	Chernossolo
	Solo com desenvolvimento médio; atuação de processos de bissialitização, podendo ou não apresentar acumulação de carbonato de cálcio. 
Solo residual não saturado.
Horizonte B pouco espesso.
Predomina argilominerais 2:1 nas frações finas.
Antigos Brunizens e Rendzinas.
Horizonte diagnóstico A chernozênico.
Porcentagem de carbono orgânico > 6%.
Saturado com cátions bivalente.
Ocorre sobre Bt ou Bi com C. 
Alta saturação por bases e alta atividade de argila.
Desenvolve-se em rochas ricas em cálcio e magnésio.
Ocupam relevo fortemente ondulado,
	Vertissolo 
	Solo com desenvolvimento restrito; apresenta expansão e contração pela presença de argilas 2:1 expansivas.
	Cambissolo
	Solo pouco desenvolvido, com horizonte B incipiente.
	Chernossolo
	Solo com desenvolvimento médio; atuação de processos de bissialitização, podendo ou não apresentar acumulação de carbonato de cálcio. 
	
Luvissolo 
	Solo com horizonte B de acumulação (B textural), formado por argila de atividade alta (bissialitização); horizonte superior lixiviado.
Diferença textural entre A e B.
Argilominerais tipo 1:1 e 2:1 (fração fina).
Clima semi árido.
Solo residual, não saturado.
Suscetível a erosão superficial.
Perfil de intemperismo. 
	Alissolo
	Solo com horizonte B textural, com alto conteúdo de alumínio extraível; solo ácido. 
	Argissolo 
	Solo bem evoluído, argiloso, apresentando mobilização de argila da parte mais superficial. 
	
Nitossolo 
	Solo bem evoluído (argila caulinítica – oxi-hidróxidos), fortemente estruturado (estrutura em blocos), apresentando superfícies brilhantes (cerosidade).
Solo residual não saturado. 
Solo de textura argilosa, rico em oxi-hidróxidos de ferro, quando desenvolvidos de rochas básicas.
É um perfil de intemperismo onde o solo residual jovem é pouco espesso.
Antiga terra roxa, estruturada similar e podzólico vermelho escuro.
Horizonte diagnostico B nítico (espécie de Bt).
Cerosidade forte e estrutura muito desenvolvida. 
Ocorrem em relevo forte ondulado e montanhoso, desenvolvidos de rochas básicas/intermediárias. 
	Latossolo
	Solo altamente evoluído, laterizado, rico em argilominerais 1:1 e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio. 
	Espodossolo
	Solo evidenciando a atuação do processo de podzolização; forte eluviação de compostos aluminosos, com ou sem ferro; presença de húmus ácido. 
Solo transportado, arenoso, grau de cimentação variável por óxi-hidróxido de Fe no horizonte sub superficial. 
Pode apresentar hidromorfismo. Indicativo de água ferruginosa ou colóides orgânicos, quando apresenta Bs ou Bh respectivamente. 
Antigo podzol.
Horizonte diagnóstico B espódico (Bs, Bh e Bhs).
Complexação de ferro, alumínio e matéria orgânica.
Ocorrem em relevos planos desenvolvidos de sedimentos arenosos.
	Planossolo 
	Solo com forte perda de argila na parte superficial e concentração intensa de argila no horizonte subsuperficial.
	Plintossolo
	Solo com expressiva plintitização (segregação e concentração localizada de ferro).
	Gleissolo
	Solo hidromórfico (saturado em água), rico em matéria orgânica, apresentando intensa redução dos compostos de ferro.
	Organossolo 
	Solo essencialmente orgânico; material original constitui o próprio solo.
Saturado, de elevada deformabilidade e compressibilidade. 
Depósitos de tecidos vegetais em decomposição.
Horizonte diagnóstico hístico.
Mínimo de 8% de carbono orgânico (80g/Kg).
Desenvolve-se de resíduos orgânicos em ambientes saturados. 
	Classes de solos 
	Significados geotécnicos
	Latossolo: horizonte diagnostico B latossólico (Bw), profundo com mais de 2m de espessura. Argilas floculadas (100%). Textura muito argilosa ou argilosa ou média. Presença de oxi-hidróxidos de ferro e alumínio. Relação silte/argila < 0,7.
	Solo não saturado, o horizonte B pode ser residual, transportado ou coluvial. Baixa saturação por bases e atividade de argila baixa. Fração argila caulinítica ou oxídica. Solos de boa drenabilidade. Jazidas de argila.
	Argissolos (antigo podzólico): desenvolvidos de rochas cristalinas. Horizonte diagnostico B textural (Bt), com estrutura em blocos.
	Solo residual não saturado. Diferença textural entre os horizontes A e B. Susceptível a erosão superficial. 
	Cambissolos: fragmentos de rochas na matriz argilosa. Horizonte diagnostico B textural (Bt), com estrutura em blocos.
	Pode indicar a presença de colúvio ou talús quando ocupam relevos acidentados.
	Planossolos: horizonte diagnostico B plânico (similar ao B textural). Relevo plano e pode apresentar hidromorfismo. Desenvolvidos de sedimentos areno-argilosos e argilosos.
	Solo transportado. Diferença textural entre horizontes suscetíveis a erosão. Partes mais elevadas adequadas para ocupação urbana, nos vales.
	Gleissolos: coloração cinzenta, esverdeada ou azulada, em função da redução de ferro ou manganês, áreas de relevo plano, desenvolvidos de sedimentos marinhos ou flúvio marinhos. Indicativo de hidromorfismo.
	Solo transportado, saturado, sujeito a inundações. Quando desenvolvidos de sedimentos argiloso ou silto-argilosos de origem flúvio marinha são susceptíveis a grandes deformações. Quando possuem sais solúveis e materiais sulfídricos podem ser potencialmente corrosivos. 
	Plintossolos: B plíntico. Drenagem restrita, presença de plintita (material pobre em matéria orgânica, argiloso, rico em ferro). Mosqueados abundantes (pontos de coloração variada, desde avermelhado até amarelado, resultantes da segregação de óxidos de ferro, variações do lençol freático ou do material de origem).
	Solos desenvolvidos de sedimentos, imperfeitamente drenados, mosqueados, fortemente influenciado pelo lençol freático ou drenagem impedida.
· Conceito de risco geológico
– “Situação de perigo, perda ou dano, ao homem e a suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo geológico, induzido ou não”
– Risco geológico e não geotécnico, porque é geológico devido osriscos serem geodinâmicos. Processos de riscos internos/endógenos como vulcões, terremotos e tsunami. Externos/exógeno como escorregamento e processos associados, erosão/assoreamento, subsidências e colapsos do solo e solo expansivo.
– Respeitar a escala, deve ser em detalhe.
– Conceito pode ser usado na equação de risco:
R = P x C
– R = risco
– P = probabilidade
– C = dano
– Risco ambiental pode ser natural ou antrópico. Nos riscos antrópicos terá tecnológico e sociais (violência, guerra nuclear etc).
– Riscos naturais podem ser divididos em físicos e biológicos.
– Riscos físicos, como os atmosféricos, como furação, seca, tempestade, granizo, raios. Não envolve material geológico. Riscos hidrológicos como enchente, inundação, alagamento.
· Evento fenômeno com características, dimensões e localização geográfica registrada no tempo, sem causar danos econômicos e/ou sociais. Não causa danos.
· Acidente adversidade (consequência) ao Homem, à economia e ao ambiente, causado por evento natural ou induzido pela ação humana, que exige a resposta imediata da comunidade afetada. 
– Fenômeno com características, dimensões e localização geográfica registrada no tempo, onde foram registrados danos econômicos e/ou sociais. 
– Quando o acidente passa a capacidade da população local dar resposta efetiva vira desastre. 
– Se a capacidade nacional for ultrapassada utiliza o nome de catástrofe. 
– É um evento com danos.
· Desastre consequências às pessoas, aos sistemas sociais e ao ambiente, causado por eventos naturais e ação humana, que supera a capacidade de resposta da comunidade afetada.
· Susceptibilidade indica a capacidade intrínseca do natural de um domínio territorial dar início a um processo geológico destrutivo ou não. Esta capacidade intrínseca, alta, média, baixa, maior ou menor, é definida pela combinação das condições predispondes necessárias a ocorrência do processo, inclui a geologia, geomorfologia, hidrologia superficial e subterrânea e a climatologia. O termo susceptibilidade implica na indicação de um processo geológico, como a susceptibilidade a ocorrência da erosão costeira, sendo incorreta a expressão susceptibilidade a risco.
– Possibilidade de ocorrência de um evento.
– Só marca o início de um evento.
· Perigo indica uma situação na qual há probabilidade alta, moderada ou baixa de registro de ocorrência de um processo geológico destrutivo dentro de uma área determinada. Uma área de perigo compreende, portanto, a área que inclui o trecho no qual se inicia o processo potencialmente destrutivo, a trajetória percorrida e a sua área de alcance.
– Condição ou fenômeno com potencial para causar uma consequência desagradável.
· Probabilidade de ocorrência/ameaça de um acidente associado a um processo geológico (Hazard), que indica a possibilidade de que os elementos situados na área de perigo sejam afetados por um processo geológico de uma magnitude determinada num período especifico de tempo e no tempo de sua ocorrência. Matematicamente, a impossibilidade de ocorrência de um acidente tem uma probabilidade de 0% e a certeza de ocorrência de um acidente tem probabilidade de 100%.
– População, propriedades, atividades econômicas, incluindo serviços públicos, etc. Sob risco em determinada área.
– Indica a frequência de por exemplo quanto escorregamentos ocorreram em tantos anos.
– Deve definir o início e a mecânica, como a trajetória e alcance. Se irá destruir alguma propriedade ou não. 
· Vulnerabilidade
– Grau de perda para um dado elemento de risco, ou um conjunto de elementos de risco, resultante da ocorrência de um acidente.
– Maior ou menor capacidade de um elemento exposto será atingindo ou não. Por um processo geológico potencialmente destrutivo no caso de sua ocorrência. Também é expresso numa escala de 0 (sem danos) a 1 (será completamente destruído). Para propriedades, pode ser expresso pelo percentual de sua área que será afetada, para pessoas pode ser expresso pela exposição e capacidade de sobrevivência ao processo destrutivo. 
· Consequências de um processo geológico destrutivo indica qualitativamente ou quantitativamente os danos potenciais associados a ocorrência de um processo geológico destrutivo. É expresso como o produto dos Elementos em Riscos como habitantes, prédios, infraestruturas etc e a vulnerabilidade destes elementos.
· Risco Atual X Potencial
– Risco: situação de perigo, perda ou dano, ao homem e a suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo geológico, induzido ou não.
– Risco atual: risco instalado (efetivo) em áreas já ocupadas. Risco que aconteceu hoje. Risco no momento da avaliação de risco.
– Risco potencial: representa a susceptibilidade à ocorrência de processos geológicos em áreas ainda desocupadas. Situação sem risco geológico na qual a ocupação urbana futura e suas ações podem levar a configuração do risco. Uma área tem risco atual ou potencial, em diferentes graus, inclusive nulo, não sendo correta a expressão potencial de risco.
– Área de risco: área passível de ser atingida por fenômenos ou processos naturais e/ou induzidos que causem acidentes.
Tipos de risco
– R1 baixo
– R2 moderado
– R3 alto
– R4 muito alto
Risco iminente: as condicionantes geológicas predisponentes e as intervenções no ponto ou área indicam uma probabilidade alta de ocorrência de escorregamentos, com possibilidade de destruição imediata de 1 ou mais moradias ou morte, num prazo de 01 ano. Acima de 90%, específico do Rio de Janeiro.
Risco remanescente: as feições geológicas – cicatrizes e outras – presentes num setor de encosta afetado por escorregamentos recentes e a elevada chance de continuidade das chuvas que os deflagraram, indicam uma probabilidade alta de recorrência dos escorregamentos e de destruição de 1 ou mais moradias, com mortes, num prazo de 01 dia. Esta situação recomenda a evacuação imediata dos moradores pelo sistema de defesa civil.
– Leva em consideração o que vai acontecer em um dia. Se o processo que ocorreu anterior, pode ocorrer neste dia analisado. Específico do Rio de Janeiro.
Risco inaceitável: as condicionantes geológicas predisponentes, as intervenções no ponto ou setor, o histórico de acidentes e a proximidade da moradia em relação ao talude, indicam uma probabilidade superior a 1%, de ocorrência de escorregamentos com morte no período de um ano.
Análise/avaliação de risco: determinação da natureza e da extensão do risco, com análise das características técnicas dos processos potencialmente destrutivos e do potencial de sua ocorrência, tais como sua localização, intensidade, frequência e probabilidade, como também na análise das dimensões físicas, sociais, econômicas e ambientais da vulnerabilidade e da exposição, frente aos cenários do risco.
Gestão de riscos de desastre: planejamento, organização, e controle, dirigidos à análise e à redução dos riscos, à otimização da resposta e à recuperação eficiente ante os desastres.
1. Ações proativas
– Prevenção
– Mitigação
– Preparação
2. Ações reativas
– Resposta
– Reabilitação estágio intermediário 
– Reconstrução
Prevenção: cartografia de risco iminente, e sua minimização, com medidas mitigadoras, estruturais e não estruturais, conscientização pública e "cultura de prevenção".
Medidas estruturais: obras de engenharia (contensão) e construção de estruturas e de infraestrutura resistentes ao perigo.
Medidas não-estruturais: políticas, conscientização, gestão do conhecimento, mecanismos participativos e a provisão da informação, que pode reduzir o risco e os impactos relacionados.
Preparação medidas para assegurar uma resposta eficaz ao desastre, incluindo a emissão oportuna de avisos de Alerta eficazes e a evacuação temporária da população, dos locais ameaçados.
Previsão: indicação ou estimativa estatística da ocorrência futura (UNESCO, WMO).
Alerta: informação oportuna, que permite a tomada de decisões para reduzir o risco. Os sistemas de Alerta incluem um fluxo: 1) monitoramento; 2) disseminação de avisos compreensíveis e 3) tomada de decisões apropriadas de resposta.

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