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E-BOOK-DE-QUESTOES-DE-REVISAO-ATIVA-TJ-CE-TECNICO-JUDICIARIO-AREA-JUDICIARIA-1

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E-BOOK DE QUESTÕES DE REVISÃO ATIVA 
CONCURSO: TJ CE 
CARGO: TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
Apresentação ................................................................................................................................... 1 
Língua Portuguesa ........................................................................................................................... 6 
Direito Constitucional ...................................................................................................................... 8 
Direito Administrativo .................................................................................................................... 13 
Raciocínio Lógico ........................................................................................................................... 20 
Noções de Informática ................................................................................................................... 25 
Legislação Especial ........................................................................................................................ 28 
Direito Processual Penal ................................................................................................................. 30 
Direito Processual Civil ................................................................................................................... 33 
APRESENTAÇÃO 
O tão aguardado edital do concurso do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ CE) para cargos de 
nível médio foi publicado! 
Segundo o documento são ofertadas 50 vagas para o cargo de Técnico Judiciário, sendo 15 
para a área administrativa e 35 para área judiciária, além de formação de cadastro de 
reserva, com salários iniciais de R$ 5.633,84. 
- O que são questões abertas de revisão? 
Em geral, treinamos para a prova por meio da resolução de questões objetivas de provas 
anteriores, não é verdade? 
 
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Pois bem, a resolução dessas questões é, de fato, fundamental – afinal, a prova será 
precipuamente no formato de questões objetivas. 
Entretanto, sob o ponto de vista de treinamento, aprendizado e consolidação de conteúdo, 
as questões objetivas possuem duas principais limitações: 
a) via de regra, abordam apenas um único ponto dentro de um determinado assunto, de 
modo que o treino apenas por questões objetivas não proporciona uma visão geral de como 
os demais pontos que integram o assunto se inter-relacionam. 
b) muitas das vezes, para acertar uma questão objetiva, basta ao candidato descobrir um 
eventual erro no enunciado da assertiva, o que, nem sempre, pressupõe que esse mesmo 
aluno domine o conteúdo. 
Justamente pensando nessas limitações e com o fito de elevar o nível de compreensão e de 
retenção dos nossos alunos a outro patamar, implementamos no Passo Estratégico um 
questionário estratégico, contendo questões abertas para a revisão do conteúdo. 
 
As questões abertas, portanto, como o próprio nome indica, não possuem alternativas a 
serem respondidas. Na verdade, o aluno precisa tentar auto explicar mentalmente a 
resposta de cada questão aberta e, depois, comparar com a resposta apresentada pelo 
professor. 
Ao tentar realizar a autoexplicação, o aluno tem condições de enxergar melhor suas 
dificuldades no conteúdo e, ao mesmo tempo, sanar seus pontos fracos. 
O legal é que nessas questões abertas apresentamos desde perguntas mais conceituais até 
casos práticos envolvendo dois ou mais pontos dentro de um mesmo assunto. O aluno, 
portanto, acaba enriquecendo demais sua visão sobre o conteúdo. 
É importante frisar, de antemão, que nas questões abertas não estamos adentrando em um 
nível de profundidade maior que o exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você 
compreenda melhor o assunto de modo a facilitar a resolução de questões objetivas típicas 
de concursos, ok? 
Além disso, é extremamente relevante deixar bem claro que não estamos querendo dizer 
que a resolução de questões objetivas deve ser abandonada, de jeito nenhum! A resolução 
de inúmeras questões objetivas é fundamental na preparação do concurseiro de alto nível. 
. Túlio Lages 
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Ao trazermos as questões abertas, estamos apenas disponibilizando mais uma ferramenta 
para você revisar os principais pontos do conteúdo. 
No presente e-book estamos, portanto, apresentando gratuitamente uma amostra das 
questões abertas mais importantes, que são as referentes aos assuntos mais recorrentes da 
banca (se ainda não baixou nosso e-book gratuito com as estatísticas das matérias, clique 
aqui). 
Se você não conhece o Passo Estratégico, vale esclarecer que se trata de um material de revisão, 
que contempla muito mais conteúdo que as questões abertas. 
 
A ideia do Passo Estratégico é proporcionar uma revisão de alto nível, para que você chegue à 
prova lembrando de tudo! 
Nosso material é produzido por especialistas em cada uma das matérias, com farta experiência 
em concursos públicos. 
Estamos falando de uma equipe composta por aprovados em cargos da estrutura dos órgãos de 
mais alto nível da Administração Pública, como Receita Federal, fiscos estaduais e municipais, 
Tribunais de Contas, Tribunais do Poder Judiciário, Polícias Federal e Rodoviária Federal, dentre 
outros. 
Não é à toa que estamos obtendo feedbacks fantásticos de nossos alunos. 
 
Nossas aulas contemplam: 
a) orientações de revisão e exposição dos pontos mais importantes do conteúdo; 
b) análise estatística dos assuntos e subassuntos, com base em questões cobradas pela banca do 
concurso, para que nossos alunos saibam exatamente o que possui mais chances de ser cobrado; 
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c) apostas estratégicas, para destacar o conteúdo que julgamos ser o mais provável de ser 
cobrado para um dado assunto; 
d) questões comentadas da banca para todos os assuntos e subassuntos, para que seja realizada 
uma revisão geral do assunto a partir de relativamente poucas questões; 
d) inúmeros simulados de questões inéditas no estilo da banca, para que o aluno treine bastante 
todos os assuntos; 
e) questionário de revisão com questões subjetivas, para que o candidato melhore sua 
compreensão do conteúdo já estudado a partir de autoexplicação mental sobre questões 
conceituais, casos práticos e desafios. 
Tudo isso em um material enxuto, com poucas páginas, para otimizar o tempo do aluno, 
permitindo uma revisão rápida do conteúdo. 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
Prof. Carlos Roberto1 
Assunto com maior probabilidade de cobrança: Pontuação 
1. Diferencie oração e período. 
Orações são enunciados com sentido completo e que possuem verbo. Um período é um 
conjunto formado por uma oração (período simples) ou por mais de uma (período composto). 
2. 2. Qual é a característica de um período composto por coordenação? 
Um período composto por coordenação possui orações sintaticamente independentes, mas 
equivalentes entre si. 
3. Diferencie orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas. 
Orações coordenadas assindéticas não possuem elemento de ligação entre si, ou seja, não há 
conjunção interligando-as umas às outras. Já as orações sindéticas são interligadas por 
conjunções. 
4. Especifique as diferentes relações que podem existir entre orações coordenadas sindéticas. 
As orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e 
explicativas. 
5. Cite as principais conjunções que anunciam orações coordenadas. 
Aditivas e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como 
Adversativas mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante 
Alternativas ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja 
Conclusivas assim, logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo) 
Explicativas porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) 
6. Diferencie oração principal de oração subordinada. 
A oração não tem sentido sem um complemento, já a oração subordinada é o complemento da 
oração principal, tem o sentido subordinado ao da oração principal. 
 
1 Analista do Banco Central do Brasil. Responsável pelo Passo Estratégico da matéria Língua Portuguesa. Instagram: 
@prof_carlosroberto 
https://www.instagram.com/prof_carlosroberto/?hl=pt-br
. Túlio Lages 
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7. Quais são os tipos de oração subordinada existentes? 
As subdivisões das orações subordinadas são substantivas, adjetivas e adverbiais. 
8. Cite os principais tipos de pontuação existentes. 
Vírgula, ponto final, dois pontos, ponto e vírgula, ponto de interrogação, ponto de exclamação, 
travessão, reticências, parênteses e aspas. 
9. Dentre os elementos de pontuação, um dos mais empregados em textos de língua 
portuguesa é a vírgula. Cite pelo menos 5 funções da vírgula em orações. 
A vírgula dentro das orações, entre outras funções, pode ser empregada para isolar vocativo; 
para isolar aposto explicativo; para separar elementos coordenados; para marcar a elipse de um 
verbo; para isolar adjuntos adverbiais deslocados na oração principal. 
10. Quais são os casos em que a vírgula é empregada entre orações? 
A vírgula também deve ser empregada para separar orações coordenadas; para isolar a oração 
subordinada substantiva apositiva; para isolar a oração adjetiva explicativa; para isolar as orações 
adverbiais quando intercaladas na oração principal ou antecipadas a ela. 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Túlio Lages2 
Assunto com maior probabilidade de cobrança: Poder Judiciário (arts. 92 a 126 da CF/88) 
1. Qual a composição do CNJ? 
Segundo o art. 103-B, CF/88, o CNJ compõe-se de 15 membros, sendo: 
a) o Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
b) um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
c) um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; 
d) um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
e) um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
f) um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
g) um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
h) um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do 
Trabalho; 
i) um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
j) um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da 
República; 
k) um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da 
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição 
estadual; 
 
2
 Auditor do Tribunal de Contas da União. Responsável pelo Passo Estratégico das matérias Direito Constitucional e 
Direito Administrativo. Instagram: @proftuliolages 
https://www.instagram.com/proftuliolages/?hl=pt-br
https://www.instagram.com/proftuliolages/?hl=pt-br
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l) dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
m) dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
Para facilitar, pelo menos um pouco, a memorização dessa composição, observe: 
a) que o Presidente do STF é o Presidente do CNJ: temos 1 membro do CNJ; 
b) que o STJ e o TST indicarão 1 membro proveniente do respectivo tribunal: são mais 2 
membros – total de 3 membros; 
c) que 1 juiz de primeira instância e 1 juiz de tribunal de segunda instância serão indicados pelo 
STF, STJ e TST, sendo que: 
c1) o STF indica os da justiça estadual (+ 2 membros); 
c2) o STJ indica os da justiça federal (+ 2 membros); 
c3) o TST indica os da justiça do trabalho (+ 2 membros). 
Assim, são mais 6 membros – total de 9 membros. 
d) que 1 membro do Ministério Público da União e 1 membro do Ministério Público Estadual 
serão indicados pelo Procurador Geral da República (+ 2 membros) – total de 11 membros; 
e) que 2 membros serão indicados dentre advogados, pela OAB (+ 2 membros) – total de 13 
membros; 
f) que 2 membros serão indicados dentre cidadãos, um pela Câmara e o outro pelo Senado (+ 2 
membros) – total de 15 membros. 
Observar que nem TSE e nem STM indicam membros do CNJ. 
2. Descreva o processo de escolha do Presidente e Ministro-Corregedor do CNJ. Qual deles 
ficará excluído da distribuição de processos no tribunal? 
Por disposição constitucional, o Presidente do CNJ é o Presidente do STF e o Ministro-
Corregedor é o Ministro do STJ, conforme §§ 1º e 5º do art. 103-B: 
Art. 103-B, § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal 
Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. 
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(...) 
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-
Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-
lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as 
seguintes: 
Conforme § 5º acima, o Ministro-Corregedor ficará excluído da distribuição de processos no 
Tribunal, ou seja, no STJ - no CNJ recebe processos normalmente! 
3. Caso um magistrado pratique conduta que necessite exame por meio de processo 
disciplinar, o CNJ, se desejar examinar o caso, precisa esperar a atuação do tribunal ao qual o 
referido magistrado está vinculado? 
Não precisa esperar a atuação do tribunal, já que a competência correcional e disciplinar é 
concorrente entre os Tribunais e o CNJ3. 
4. A quem compete o julgamento dos membros do Congresso Nacional por crime comum? E 
por crime de responsabilidade? 
Nos crimes comum, a competência originária para julgamento é do STF (art. 102, I, “b”). 
Por outro lado, a rigor, os membros do Congresso Nacional não praticam crimes de 
responsabilidade (portanto não existe órgão que os julgue por tais crimes), embora possam 
perder seu mandato por quebra de decoro parlamentar (art. 55, II), a partir de decisão da 
respectiva Casa (art. 55, § 2º). 
5. A quem compete o julgamento do habeas corpus quando o sujeito ativo ocupar o cargo 
Ministro de Estado? E quando o Ministro de Estado figurar como sujeito passivo? 
Os Ministros de Estado e os Comandantes do Exército,Marinha e Aeronáutica possuem habeas 
corpus julgado: 
a) pelo STJ, quando forem autoridades coatoras (CF, art. 105, I, “c”); 
b) pelo STF, quando forem pacientes, a competência será do STF (CF, art. 102, I, “d”). 
6. A quem compete o julgamento do mandado de segurança contra ato do Tribunal de 
Contas da União? E do STJ? 
 
3 STF – MS 28.620. 
. Túlio Lages 
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O STF julga o mandado de segurança contra atos do Tribunal de Contas da União (CF, art. 102, 
I, “d”), porém é o STJ que julga o mandado de segurança contra atos do próprio STJ (CF, art. 
105, I, “b”). 
Regra importante: o mandado de segurança e o habeas data contra o ato de um Tribunal será 
sempre julgado no próprio Tribunal. Entretanto, tal regra não vale para os tribunais de contas, 
somente para aqueles integrantes do Poder Judiciário. 
7. A quem compete o julgamento da ação popular contra ato do Presidente da República? 
Não há foro especial em ação popular, de modo que se for ajuizada ação popular contra o 
Presidente da República, esta será processada e julgada, via de regra, pelo juízo competente de 
primeiro grau. 
8. Qual o órgão competente para julgar o habeas corpus quando o coator for o Superior 
Tribunal Militar? 
STF, conforme CF, art. 102, I, “i”: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: (...) 
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o 
paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à 
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma 
jurisdição em uma única instância; 
Regra importante: quando o coator for tribunal, será sempre competente para julgar o habeas 
corpus a instância imediatamente acima! 
9. A quem compete julgar o recurso ordinário contra decisão proferida por juiz federal em 
sede de crime político? 
Compete ao STF, conforme CF, art. 102, II, “b”: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: (...) 
II - julgar, em recurso ordinário: (...) 
b) o crime político; 
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É importante destacar que a competência originária para processar e julgar os crimes políticos é 
dos juízes federais (art. 109, IV). 
Assim, eventual recurso ordinário contra uma decisão proferida por juiz federal em sede de 
crime político deve ser interposto diretamente no STF, “pulando” todas as instâncias 
intermediárias. 
10. Qual o órgão competente para julgar o chefe do Poder Executivo do Rio Grande do Sul nos 
crimes comuns? E nos de responsabilidade? 
Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal serão processados e 
julgados pelo STJ (CF, art. 105, I, “a”). 
Porém, ao contrário do que acontece na esfera federal, em que o Presidente da República é 
julgado pelo Poder Legislativo (Senado Federal – CF, art. 52, I) nos crimes de responsabilidade, 
na esfera estadual o governador não é julgado por tais crimes pela Assembleia Legislativa, mas 
sim por um Tribunal Especial, composto de 5 membros do Poder Legislativo Estadual e de 5 
desembargadores do Tribunal de Justiça, conforme Lei 1.079/1950. 
11. A fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do 
processo, a CF conferiu determinada prerrogativa a certos tribunais. Qual seria essa prerrogativa? 
Quais tribunais a possuem, nos termos da Constituição Federal? 
A prerrogativa é a possibilidade de funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
Regionais, conferida pela CF aos TRFs, aos TRTs e aos TJs, conforme art. 106, § 3º, art. 115, § 2º 
e art. 125, § 6º: 
Art. 106, § 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar 
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno 
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
Art. 115, § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar 
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno 
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
Art. 125, § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as 
fases do processo. 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Túlio Lages 
Assunto com maior probabilidade de cobrança: Licitações Públicas 
1. Suponha que determinado edital de licitação preveja expressamente a aquisição de bens 
de uma dada marca. Isso estaria em consonância com a Lei 8.666/93 (LLC)? 
Depende. Como regra é vedada a imposição de marcas de bens e serviços nas licitações, 
consoante LLC, art. 15, § 7º, I: 
Art. 15. (...) 
§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda: 
I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; 
Porém, é admissível a indicação de marca para fins de padronização, desde que tecnicamente 
justificável, nos termos da LLC, arts. 7º, § 5º e 15, I: 
Art. 7º. (...) 
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem 
similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos 
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais 
materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e 
discriminado no ato convocatório. 
(...) 
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: 
I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de 
especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as 
condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; 
2. Suponha que determinado edital de licitação permita a participação do autor do projeto 
básico na execução da obra objeto do certame. Isso estaria em consonância com a Lei 8.666/93 
(LLC)? 
Depende. Como regra, o autor do projeto básico estaria impedido de participar da execução da 
obra licitada, em função da proibição constante do art. 9º, inciso I da LLC: 
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução 
de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: 
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; 
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II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto 
básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou 
detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou 
controlador, responsável técnico ou subcontratado; 
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela 
licitação. 
Entretanto, exclusivamente a serviço da Administração interessada, na condição de consultor ou 
técnico, exercendo funções de fiscalização, supervisão e gerenciamento, o autor do projeto 
básico poderia participar da execução da obra, consoante exceção estabelecida no art. 9º, § 1º 
da LLC: 
Art. 9º (...) 
§ 1º É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o 
inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor 
ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente 
a serviço da Administração interessada. 
3. Suponha que a empresa X, a empresa Y e a empresa Z, em igualdade de condições, tenham 
empatado como licitantes em determinada concorrência pública. Para observar o princípio da 
isonomia, o órgão licitante resolve realizar sorteio como critério de desempate. Sabendo que a 
empresa X, embora japonesa, produz seus bens no Brasil, a empresa Y, embora brasileira, produz 
seus bens no Japão e a empresa Z é brasileira e produz seus bens no Brasil, responda: o critério 
de desempate utilizado pelo órgão licitante foi utilizado corretamente,considerando as previsões 
da Lei 8.666/93 (LLC)? 
Não foi utilizado corretamente, porque o art. 3, § 2º da LLC estabelece critérios de desempate 
que devem ser empregados antes da realização do sorteio: 
Art. 3º (...) 
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada 
preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 
I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010) 
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva 
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. 
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Perceba que os critérios de desempate são previstos de forma sucessiva, ou seja, o critério 
previsto no inciso II prevalece sobre os previstos nos incisos subsequentes (III, IV e V), e assim 
por diante. 
Assim, o primeiro critério de desempate, previsto no inciso II, foi atendido pelas empresas X e Z. 
Logo, a empresa Y ficaria em terceiro lugar no certame. 
O segundo critério de desempate, previsto no inciso III, foi atendido somente pela empresa Z. 
Logo, a empresa X ficaria em segundo lugar, e a empresa Z deveria ter sido declarada vencedora 
do certame. 
O sorteio somente deveria ter sido utilizado após a utilização dos critérios de desempate, 
conforme art. 45, § 2º da LLC: 
Art. 45. (...) 
§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto 
no § 2º do art. 3º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em 
ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro 
processo. 
4. Considere que, convocado para assinar o termo de contrato dentro do prazo e condições 
estabelecidos, o vencedor da tomada de preços não tenha comparecido e, tampouco, tenha 
apresentado justo motivo. 
Em razão de o órgão de consultoria jurídica ter se pronunciado que, diante de tal situação, a 
licitação não poderia mais ser revogada, a autoridade competente procedeu à convocação dos 
licitantes remanescentes, começando por aquele classificado em terceiro lugar. 
Assim, a empresa W foi instada para que assinasse o contrato, nas condições da proposta que 
apresentara. 
O procedimento narrado está em conformidade com a Lei 8.666/93 (LLC)? Justifique. 
Não está em conformidade com a LLC. Primeiro, porque o órgão licitante deveria ter convocado, 
primeiro, o licitante classificado em segundo lugar, respeitando, assim, a ordem de classificação. 
Além disso, a convocação dos remanescentes deve prever a assinatura do instrumento de 
contrato nas mesmas condições da proposta apresentada pelo licitante classificado em primeiro 
lugar (e não nas condições da proposta do licitante remanescente convocado). 
Por fim, na situação narrada, o órgão licitante não necessariamente deveria ter realizado a 
convocação dos licitantes remanescentes, uma vez que poderia ter realizado a revogação da 
licitação. 
Tudo isso conforme art. 63, § 2º da LLC: 
Art. 63. (...) 
§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de 
contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições 
estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para 
fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, 
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inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou 
revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. 
5. Considere que a Administração, para contratar a realização de obras e serviços de 
engenharia consideradas “não comuns” no valor estimado de R$ 300 mil, tenha realizado licitação 
na modalidade tomada de preços. 
O procedimento narrado está em conformidade com a Lei 8.666/93 (LLC)? Justifique. 
Sim, porque o art. 23, § 4º da LLC estipula que 
Art. 23. (...) 
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de 
preços e, em qualquer caso, a concorrência. 
Assim, como o valor de R$ 300 mil, quando o objeto se tratar de obras e serviços de engenharia, 
implica, nos termos do art. 23, I, “a” da LLC, com valores atualizados pelo Decreto 9.412/2018, a 
modalidade convite de licitação, o § 4º supra admite em tal hipótese, ainda, a utilização das 
modalidades tomada de preços e concorrência. 
6. Para a contratação, pela União, de bens e serviços de informática no valor de R$ 1,5 milhão, 
qual tipo de licitação deve ser utilizado? 
Depende! 
Se forem bens e serviços de informática considerados “não comuns”, a modalidade a ser 
utilizada deverá ser a concorrência, em razão do valor estimado da contratação (art. 23, II, alínea 
“c” da LLC, com valor atualizado pelo Decreto 9.412/2018). Deverá ser utilizado 
obrigatoriamente o tipo de licitação “técnica e preço”, em razão do previsto no art. 45, § 4º da 
LLC: 
Art. 45. (...) 
§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o 
disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os 
fatores especificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamente o tipo de 
licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos 
indicados em decreto do Poder Executivo. 
Por outro lado, se forem bens e serviços de informática considerados “comuns”, a modalidade a 
ser utilizada deverá obrigatoriamente ser o “pregão”, que utiliza sempre licitação do tipo 
“menor preço”. 
7. Para a alienação de bens imóveis da Administração cuja aquisição haja derivado de dação 
em pagamento, qual modalidade de licitação deverá ser utilizada? E para a Administração alienar 
um bem imóvel em caso de dação em pagamento, qual a modalidade de licitação adequada? 
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Se o bem imóvel foi adquirido pela Administração em razão de dação em pagamento (ou seja, o 
imóvel foi recebido pelo Poder Público por um de seus devedores, como forma de pagamento 
de alguma obrigação), poderá ser alienado mediante concorrência ou leilão, nos termos do art. 
19, III da LLC: 
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato 
da autoridade competente, observadas as seguintes regras: 
I - avaliação dos bens alienáveis; 
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. 
Por outro lado, se a Administração for alienar um bem imóvel como forma de dação em 
pagamento (ou seja, o Poder Público vai dar o imóvel como forma de pagar uma obrigação que 
deve), a licitação é dispensada, nos termos do art. 17, I, alínea “a” da LLC: 
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas: 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração 
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades 
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de 
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: 
dação em pagamento; 
8. Considere que determinada empresa pública federal tenha realizado dispensa de licitação 
para a aquisição de serviços de engenharia no valor de R$ 33.500,00. O procedimento narrado 
está em conformidade com a Lei 8.666/93 (LLC)? Justifique. 
Sim, porque as empresas públicas e algumas outas entidades, conforme art. 24, § 1º da LLC, 
possuem limite em dobro de dispensa de licitação: 
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigoanterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor 
estimado da contratação: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) até R$ 330.000,00 
(trezentos e trinta mil reais) – conforme Decreto 9.412/2018; 
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) até R$ 
3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) – conforme Decreto 9.412/2018; 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) acima de 
R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) – conforme Decreto 9.412/2018 
. Túlio Lages 
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II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) até R$ 176.000,00 (cento e setenta e 
seis mil reais) – conforme Decreto 9.412/2018; 
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 
1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais) – conforme Decreto 
9.412/2018; 
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) acima de 
R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais) – conforme Decreto 
9.412/2018. 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite 
previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a 
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma 
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto 
na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos 
nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou 
alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; 
(...) 
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, 
sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação 
qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. 
Como, nos termos do art. 24, I da LLC, o valor geral de dispensa de licitação para a aquisição de 
serviços de engenharia é de R$ 33 mil (ou seja, 10% dos R$ 330 mil previstos no art. 23, I, alínea 
“a” da LLC, com valores atualizados pelo Decreto 9.412/2018), para uma empresa pública, esse 
valor de dispensa será de R$ 66 mil, em razão do previsto no art. 24, § 1º da LLC. 
9. Considere que, ao realizar licitação para aquisição de objeto a ser utilizado em uma ação de 
segurança pública, o órgão licitante tenha adotado o regime diferenciado de contratações 
públicas, utilizando o tipo “técnica e preço” de licitação e mantendo em sigilo o orçamento 
estimado da contratação até o encerramento do certame. Mesmo o órgão de controle interno, 
embora houvesse solicitado, não pôde obter conhecimento do mencionado orçamento, sob a 
alegação de que a lei que rege o mencionado regime de contratação não permite, em qualquer 
hipótese, a retirada do sigilo do orçamento estimado da contratação até o encerramento da 
licitação, quando não previsto no instrumento convocatório. 
A conduta do órgão está de acordo com a lei que rege o regime diferenciado de contratações 
públicas (RDC)? Justifique. 
Não totalmente. 
. Túlio Lages 
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A licitação mencionada no enunciado poderia, de fato, utilizar o RDC, com amparo no art. 1º, 
inciso VII da Lei 12.462/2011, que autoriza a utilização de tal regime nas licitações necessárias à 
realização das ações no âmbito da segurança pública: 
Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável 
exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização: 
(...) 
VII - das ações no âmbito da segurança pública; 
Além disso, o tipo “técnica e preço” é admitido no RDC, conforme art. 18, II da Lei 12.462/2011: 
Art. 18. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento: 
I - menor preço ou maior desconto; 
II - técnica e preço; 
III - melhor técnica ou conteúdo artístico; 
IV - maior oferta de preço; ou 
V - maior retorno econômico. 
Ainda, quando não previsto no instrumento convocatório e não for caso de licitação do tipo 
“maior desconto”, o orçamento estimado possuirá caráter sigiloso, sendo disponibilizado 
publicamente apenas e imediatamente após o encerramento da licitação (art. 6º, caput, §§ 1º e 
3º da Lei 12.462/2011). 
O erro do órgão licitante foi não ter disponibilizado o orçamento estimado ao órgão de controle 
interno, que possui direito de acesso a tal informação mesmo sendo sigilosa (art. 6º, § 3º da Lei 
12.462/2011). 
Vejamos o teor dos dispositivos mencionados: 
Art. 6° Observado o disposto no § 3o, o orçamento previamente estimado para a 
contratação será tornado público apenas e imediatamente após o encerramento da 
licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais 
informações necessárias para a elaboração das propostas. 
§ 1° Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, 
a informação de que trata o caput deste artigo constará do instrumento convocatório. 
(...) 
§ 3° Se não constar do instrumento convocatório, a informação referida no caput 
deste artigo possuirá caráter sigiloso e será disponibilizada estrita e permanentemente 
aos órgãos de controle externo e interno. 
... 
 
. Túlio Lages 
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RACIOCÍNIO LÓGICO 
Prof. Allan Maux4 
Assunto com grande probabilidade de cobrança: Probabilidade 
1. Sabe-se que a estatística é classificada em descritiva, inferencial e probabilística. 
Quais as diferenças básicas entre as 3 classificações? 
Pessoal, nesse item inicial de estatística tem a finalidade de dar uma introdução geral a respeito 
da estatística. 
Estatística é classificada em: 
 Descritiva – tem como objetivo coletar, organizar, descrever e resumir dados, de modo 
que é responsável pelas primeiras etapas do processo estatístico; 
 Inferencial – tem como objetivo busca fazer generalizações a respeito do todo (população) 
por meio da análise de parte (amostra), isto é, ocupa-se com a análise e a interpretação 
dos dados; 
 Probabilística – tem como objetivo calcular as chances de ocorrer determinados eventos, 
principalmente quando envolvem o acaso. 
2. Uma determinada tabela apresenta uma comparação entre a evolução populacional 
ocorrida na cidade de São Luís, no Estado do Maranhão e no Brasil, a cada 5 anos, entre os anos 
de 1985 a 2010. Podemos afirmar, com base nesses dados que serão disponibilizados na suposta 
tabela, busca-se saber qual o desvio padrão amostral dos três valores correspondentes à 
população brasileira nos anos de 2000, 2005 e 2000? 
Não. 
Aqui seria uma população, pois teremos a evolução populacional no Brasil todo (população) e 
em parte (amostras – Cidade de São Luís e Estado do Maranhão). Aqui o parâmetro é o Brasil. 
Desta forma, será calculado o desvio padrão da população brasileira em 3 anos (2000, 2005 e 
2010). Se fosse pedido o desvio padrão da Cidade ou do Estada, aí sim, teríamos uma amostra 
desses três anos. 
A fato de ter especificado anos não torna uma amostra, pois nesses anos foram considerados o 
todo (população) e não uma parte (amostra) da população brasileira. 
 
Só para reforçar. 
 População – é qualquer conjunto de informações que tenham, entre si, uma característica 
comum; 
 
4 Auditor Fiscal de Petrolina - PE. Responsável pelo Passo Estratégico das matérias Matemática, RLM, Estatística e 
Legislação Tributária. Instagram: @profallanmaux 
https://www.instagram.com/profallanmaux/?hl=pt-br
. Túlio Lages 
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 Censo – é a contagem de todos os elementos de uma população; 
 Amostra – é uma parcela representativa da população. 
3. O histograma é semelhante ao gráficode colunas, e assim como este existem espaços em 
branco entre as colunas? 
Realmente, o histograma é semelhante ao gráfico de colunas, mas nesse tipo de gráfico, não 
existem espaços em branco entre as colunas. 
É bem importante saber o conceito de representação gráfica de dados. Os principais conceitos 
são os seguintes: 
 Histograma – é o gráfico destinado a representar dados agrupados em classe, de modo 
que haverá uma perda de informação, pois o trabalho realizado nas distribuições de 
frequências é com classes de elementos, e não com elementos dispostos individualmente. 
 gráfico em Barras – é utilizado normalmente para representar uma série estatística através 
de retângulos dispostos horizontalmente, os quais possuem mesma altura e comprimentos 
proporcionais aos respectivos dados. 
 Gráfico de Colunas – pode usado na representação de uma série estatística por 
meio de retângulos dispostos verticalmente, com a mesma base e alturas proporcionais 
aos respectivos dados. 
 Gráfico em Linhas – é usado basicamente na representação de dados em séries temporais, 
com a finalidade de demonstrar a evolução dos valores de uma variável no decorrer do 
tempo. 
4. O Gráfico de Hastes ou Bastões é frequentemente usado para representar dados 
agrupados em classes (normalmente dados contínuos), em que há perda de informação? 
Não. 
Na verdade, o gráfico de hastes ou bastões é frequentemente usado para representar dados não 
agrupados em classes (normalmente dados discretos), em que não há perda de informação. 
5. Em relação as propriedades da média podem-se dizer que quando acrescentamos um 
elemento de valor igual à média, a média aritmética do novo conjunto muda. Além disso, temos 
que a soma quadrados dos desvios tomados em relação à média é um número máximo? 
Pessoal, esse item foi posto para fazer uma revisão da propriedade da média, pois ajudam muito 
na hora das resoluções das questões. Essas propriedades são as seguintes: 
 Se for somada ou subtraída uma constante k a cada elemento de um conjunto, a média do 
novo conjunto também ficará aumentada ou diminuída por essa constante k; 
 Se for multiplicado ou dividido por uma constante k cada elemento de um conjunto de 
dados, a média do novo conjunto ficará multiplicado ou dividido pela constante k; 
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 A média é afetada por valores extremos; 
 A soma dos quadrados dos desvios em relação a média aritmética é um valor mínimo; 
 Quando acrescentamos um elemento de valor igual à média, a média aritmética do novo 
conjunto de dados não muda. 
Os desvios em relação à média a diferença entre cada elemento de um conjunto de dados e a 
média aritmética. 
6. A média geométrica é um tipo de média ou aproximação que indica a tendência central ou 
o valor típico de um conjunto de números usando a soma dos seus valores. Sendo, portanto, 
definida pela n-ésima raiz desse somatório, em que n é a quantidade de termos? 
Aqui temos um conceito quase certo, pois diferente do que afirma o item a média geométrica é 
o produto e não a soma. Que utiliza a soma como sabemos é a média aritmética. 
O conceito correto é o seguinte: A média geométrica é um tipo de média ou aproximação que 
indica a tendência central ou o valor típico de um conjunto de números usando o produto dos 
seus valores. Sendo, portanto, definida pela n-ésima raiz da multiplicação, em que n é a 
quantidade de termos. 
7. Em um determinado tribunal temos 20 analistas e temos que escolher 3 destes para 
representar a instituição em um workshop sobre gestão administrativa. A melhor maneira de 
escolher esses 3 analistas é através de um arranjo? 
Aqui queremos passar para vocês as diferenças entre arranjo e combinações. 
Para resolver questões que envolvam arranjo e combinação temos que ter em mente os 
seguintes passos: 
 Se os elementos são iguais usamos o Princípio Fundamental da contagem; 
 Se os elementos forem distintos utilizaremos o Arranjo, a combinação ou a permutação; 
Se a ordem for importante – será arranjo ou permutação (quando o número de 
elementos (n) é igual ao número de agrupamento (p)). 
 Se a ordem não for importante – será uma combinação. 
Para identificar se será um arranjo ou uma combinação termos que fazer os seguintes passos: 
1) Achar um resultado possível; 
2) inverter a ordem desse resultado 
Se nessa inversão não houver diferença, então trata-se de uma combinação. Mas se houver será 
um arranjo. 
Nesse exemplo dado no item, temos 20 analistas e desejamos escolher 3 para participar de um 
workshop. Vamos imaginar que entre esses analistas Maria, José e Carlos. 
1) resultado possível: Maria – José – Carlos. 
2) inverte o resultado: Carlos – José – Maria. 
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Vejam que mesmo invertendo o resultado teremos os mesmos analistas participando do 
workshop. Logo, como o resultado foi igual temos uma combinação. Teremos uma combinação 
sempre que estamos falando de grupo, comissão, time ( 
 
( ) 
). 
Agora se ao invés de selecionar 3 analistas para ir a um workshop, fossem escolhidos para 
ganhar prêmios de produtividade, nesse caso teríamos um arranjo. 
1) resultado possível: Maria – José – Carlos. 
2) inverte o resultado: Carlos – José – Maria. 
Aqui teríamos resultados diferentes, pois Maria ganharia o primeiro prêmio na primeira 
possibilidade e o último na segunda. Logo, trata-se de um arranjo ( 
 
( ) 
). 
8. Sabe-se que a probabilidade tem como finalidade o estudo da possibilidade ou chance de 
acontecer um determinado evento. Para calcular a probabilidade de ocorrência de um evento X, 
em um determinado evento aleatório, considerando que cada elemento não possui a mesma 
chance de acontecer, basta determinar fração entre os resultados possíveis pelos resultados 
favoráveis? 
Esse item foi colocado apenas para conceituar a probabilidade. A probabilidade tem como 
finalidade o estudo da possibilidade ou chance de ocorrer um determinado evento. E para 
calcular a probabilidade de um evento qualquer X, em um experimento aleatório, considerando 
que cada elemento possui a mesma chance de acontecer, basta determinar a fração entre os 
resultados favoráveis pelos resultados possíveis. 
A probabilidade tem valor máximo de 100% quando o evento é certo e zero quando o evento é 
impossível. Desta forma, ela só pode assumir valores entre 0 e 1 (0 ≤ P(X) ≤1). 
9. Dizemos que dois eventos são mutuamente excludentes quando a chance de ocorrência ou 
não ocorrência de um deles não afeta a probabilidade de outro? Além disso, a soma de dois 
eventos nesse tipo de probabilidade é sempre igual a zero? 
Nesse item, houve uma troca de conceitos, pois será um evento independente. Além disso, a 
soma das probabilidades de dois eventos mutuamente excludentes é sempre igual a 1. 
Pessoal, resolvemos fazer um resumo dos tipos de probabilidade para este item. É muito 
importante ter essas probabilidades e fórmulas na mente na hora da prova. 
1) Probabilidade da intersecção – quando a chance de ocorrência conjunta de dois ou mais 
eventos. Nesse caso, os eventos serão ligados pelo convectivo “e”. 
 ( ) ( ) ( ) 
Sendo P(B|A) a probabilidade de ocorrer o evento B sabendo que o evento A já ocorreu. 
2) Probabilidade de eventos interdependentes – dois eventos (A e B) são considerados 
independentes quando a chance de ocorrência ou não ocorrência de um deles não afeta a 
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probabilidade de ocorrência do outro. Essa probabilidade é dada pela multiplicação das 
probabilidades de cada evento. 
 ( ) ( ) ( ) 
3) Probabilidade de eventos mutuamente excludentes – dois eventos (A e B) são considerados 
mutuamente excludentes (exclusivos) se eles não podem ocorrer simultaneamente. Desta forma, 
se dois eventos são mutualmente excludentes termos o seguinte: 
 P(A|B) = 0  probabilidade de A ocorrer dado que B ocorreu é 0; 
 P(B|A) = 0  probabilidade de B ocorrer dado que A ocorreu é 0; 
 P(A e B) = 0  probabilidadede A e B ocorrerem simultaneamente é 0; 
 P(A) + P(B) = 1  a soma das probabilidades de A e B será sempre 100%. 
4) Probabilidade da união e dois eventos – quando dois eventos estão ligados entre si pelo 
conectivo “ou”. 
 ( ) ( ) ( ) ( ) 
Se A e B forem mutualmente excludentes a probabilidade da união fica reduzida a: 
 ( ) ( ) ( ) 
Pois, como vimos P(A e B) é igual a zero para eventos mutuamente excludentes. 
5) Probabilidade do evento complementar – dois eventos são complementares quando, 
simultaneamente, a união dos dois eventos resulta no espaço amostral, e eles são mutuamente 
excludentes. De forma geral é representado por uma barra em cima da letra. 
 ( ) ( ̅) 
Na resolução das questões, quando aparece a expressão “pelo menos 1” é mais fácil calcular a 
probabilidade do evento complementar. 
6) probabilidade Condicional – quando se deseja calcular a probabilidade de um evento A, dado 
que o evento B ocorreu. Essa probabilidade é representada por P(A|B). 
 ( ) 
 ( )
 ( )
 
Quando os eventos A e B são independentes, a probabilidade de o evento A ocorrer dado que 
ocorreu B, será sempre igual a P(A), pois A não depende de B. O contrário é verdadeiro. 
 ( ) ( ) 
 ( ) ( ) 
 
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA 
Prof. Thiago Cavalcanti 5 
Assunto com grande probabilidade de cobrança: Segurança da Informação 
1. O que é um vírus e como ele afeta um sistema? 
Um vírus de computador é um programa ou código malicioso criado para alterar a forma como 
um computador funciona. Ele atua se inserindo ou se anexando a um programa ou documento 
legítimo, que tenha suporte para macros, a fim de executar o seu código. Durante esse 
processo, um vírus pode potencialmente causar efeitos inesperados ou prejudiciais, como 
danificar o sistema, corrompendo ou destruindo os dados. 
2. Qual a definição de cada princípio da segurança da informação? Cite exemplos 
relacionados a cada princípio. 
Disponibilidade - Princípio que garante que a informação estará sempre disponível. 
Integridade - Princípio que garante que as informações serão guardadas ou enviadas em sua 
forma original, sem sofrer alterações. 
Confidencialidade - Princípio que garante o sigilo da informação com a capacidade de controlar 
o acesso, assegurando que elas só serão acessadas por pessoas autorizadas. Ou seja, é a 
garantia que as informações só serão acessadas através de uma senha. 
Autenticidade - Princípio que permite verificar a identidade de uma pessoa em um sistema, 
garantindo a veracidade das informações. 
3. O que é um firewall? Quais os tipos de firewall? Como eles funcionam? 
Um firewall é um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede. Traduzindo 
de forma literal ele é uma “parede de fogo” que de acordo com regras pré-definidas decide 
permitir ou bloquear tráfegos específicos. Ele pode ser tanto um software quanto um hardware, 
onde a combinação de ambos é chamada tecnicamente de “appliance”. Na sua forma mais 
simples de implementação, o firewall funciona como um filtro de pacotes (stateless) que pode 
ser configurado tanto para a rede interna, quanto para a rede externa (Internet). A outra forma 
de configuração é a de estado de sessão (statefull), onde o firewall analisa os pacotes e guarda o 
 
5 Analista de Tecnologia da Informação do Banco Central. Responsável pelo Passo Estratégico da matéria 
Informática. Facebook: @profthiagocavalcanti | Instagram: @prof.thiago.cavalcanti | YouTube: 
profthiagocavalcanti 
. Túlio Lages 
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estado de cada conexão de maneira que seja possível para identificar e fazer uma previsão das 
respostas legítimas, de forma a impedir o tráfego de pacotes ilegítimos. 
4. Qual o conceito de phising? 
É basicamente um golpe on-line de falsificação. Os phishers enviam e-mails que tentam imitar 
mensagens de empresas financeiras legítimas ou de outras empresas e instituições que você 
talvez até utilize. O e-mail de phishing do spam solicitará que você acesse um site falso para 
reinserir o número do seu cartão de crédito ou verificar sua senha. A partir da inserção desses 
dados eles têm acesso a todas as informações necessárias para aplicar golpes. 
5. Qual o conceito de worm? 
Um worm é um software malicioso capaz de se autorreplicar em computadores ou por redes de 
computadores sem que você desconfie que sua máquina foi infectada. Como cada cópia 
subsequente do worm também consegue se autorreplicar, as infecções podem se disseminar 
muito rapidamente. Há diversos tipos de worms, sendo que muitos deles podem causar altos 
níveis de destruição. Eles podem explorar erros de configuração da rede (por exemplo, copiar a 
si mesmos em um disco totalmente acessível) ou explorar brechas na segurança do sistema 
operacional e dos aplicativos. Muitos worms usam mais de um método para propagar cópias 
pelas redes. 
6. Qual o conceito de ransomware? 
O ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em 
um equipamento, geralmente usando criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) 
para restabelecer o acesso ao usuário. O pagamento do resgate geralmente é cobrado em 
bitcoins. 
O ransomware pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns sejam: através de 
e-mails com o código malicioso em anexo ou que induzam o usuário a seguir um link; ou 
explorando vulnerabilidades em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de 
segurança. 
7. Quais os fatores e métodos de autenticação e como eles são aplicados? 
“O que você sabe” – Autenticação baseada no conhecimento. Exemplo: senha; “O que você 
tem” – Autenticação baseada na propriedade. Exemplo: token, certificado digital; “O que você 
é” – Autenticação baseada na característica Exemplo: biometria. 
 
 
. Túlio Lages 
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8. Quais as principais características do backup completo? 
Nesse tipo de backup todos os dados são copiados, demora para ser concluído e ocupa muito 
espaço. 
9. Quais as principais características do backup incremental? 
Nesse tipo de backup é realizada a cópia apenas dados novos ou modificados, rápido para ser 
concluído e ocupa pouco espaço. 
10. Quais as principais características do backup diferencial? 
Nesse tipo de backup é realizada a cópia todos os dados desde o último backup completo, 
tempo de backup moderado, o espaço ocupado depende do tempo entre o backup completo e 
o diferencial. 
 
. Túlio Lages 
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
Prof.ª Telma Vieira6 
Assunto com grande probabilidade de cobrança: Lei nº 7.210/84 – Lei de execução penal 
1. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra 
pessoa sujeitam-se à identificação do perfil genético? 
Sim. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como 
por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será 
submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA 
(ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no 
estabelecimento prisional. 
2. É possível a remição da pena pelo estudo, ainda que a prisão seja provisória? 
Sim. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto e os presos 
provisórios poderão remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 
O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos. 
Além disso, o preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos 
continuará a beneficiar-se com a remição. 
Na hipótese de remição da pena pelo estudo, deverão ser comprovadas tanto a frequência 
quanto o aproveitamento escolar. É possível o acréscimo de um terço do tempo a remir no caso 
de conclusão, durante o cumprimento da pena, do ensino fundamental, médio ou superior. 
3. O preso provisóriopoderá ser submetido ao regime disciplinar diferenciado? 
Sim. Tanto o preso provisório quanto o condenado poderão ser submetidos ao regime 
disciplinar diferenciado, nas seguintes hipóteses: 
 prática de fato previsto como crime doloso, quando ocasione subversão da ordem ou 
disciplina internas; 
 alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; 
 quando recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, 
em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
 
6 Advogada e Assessora jurídica no ERJ. Responsável pelo Passo Estratégico das matérias Direito Penal, Legislação 
Penal Especial, Direito Penal Militar e Direitos das Pessoas com Deficiência. 
. Túlio Lages 
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4. No estabelecimento penal, o preso primário pode cumprir pena na mesma seção reservada 
para os reincidentes? 
Não. O preso primário cumprirá pena em seção distinta daquela reservada para os reincidentes, 
assim como o preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em 
julgado. 
5. De acordo com a Lei de Execução Penal, se o preso for punido por falta média, será 
revogada a autorização de trabalho externo? 
Não. O trabalho externo é admissível para os presos em regime fechado, nos termos do art. 36 
da LEP: 
 Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado 
somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta 
ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em 
favor da disciplina. 
Vejamos o que diz o art. 37: 
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do 
estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do 
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a 
praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento 
contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
Portanto, apenas se o preso for punido por falta grave (e não média), praticar fato definido como 
crime ou tiver comportamento contrário aos requisitos de aptidão, disciplina e responsabilidade 
será revogada a autorização de trabalho externo. 
O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas 
aptidões e capacidade. 
Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Prof. Alexandre Segreto7 
Assunto com grande probabilidade de cobrança: Execução penal 
1. O que é a identificação do perfil genético do acusado? 
Trata-se de uma imposição, trazida pela Lei de Execução Penal, de identificação obrigatória do 
perfil genético, mediante extração de DNA por técnica adequada e indolor, dos condenados 
pela prática de crime doloso com violência de natureza grave contra a pessoa, bem como de 
crimes classificados como hediondos. A partir dessa identificação, criou-se um banco nacional de 
perfis genéticos, cujo conteúdo pode ser acessado por delegados de polícia, após autorização 
judicial, quando investigam fatos em inquéritos já instaurados. 
2. O preso pode recursar-se a fornecer material genético para o banco de dados? 
Não. Se houver recursa, será considerado falta grave do condenado. Nesse sentido, passou a 
haver previsão expressa após alteração do Pacote Anticrime criando o § 8º do art. 9º-A na LEP. 
Novidade legislativa! 
3. Como se classificam as faltas disciplinares? É possível a punição da tentativa de falta 
disciplinar? 
As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as 
leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Já as faltas graves estão descritas 
taxativamente na Lei de Execução Penal. Pune-se, sem a tentativa. Sua sanção será 
correspondente à falta consumada. 
4. Se um preso comete falta grave, é certo dizer que o juiz poderá anular todos os dias 
remidos por conta do trabalho e do estudo? 
Não está correto. Caso o preso cometa uma falta grave, após o regular procedimento 
administrativo, assegurando-se o direito à defesa por advogado ou defensor público, o juiz 
poderá revogar até 1/3 (um terço) dos dias já remidos, se se comprovar a falta grave. É nesse 
sentido que dispõe o art. 127 da LEP. 
 
7 Delegado de Polícia Civil. Responsável pelo Passo Estratégico da matéria Direito Processual Penal. 
Instagram: @alexandre_segreto 
https://www.instagram.com/alexandre_segreto/?hl=pt-br
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5. Um preso que pratique esporte, como a capoeira, por exemplo, poder ter direito à remição 
de pena? 
O assunto versa sobre uma jurisprudência da 2ª Turma do STF ao julgar o RHC 113769, em que 
foi negado a remição pelo estudo a condenado que frequentava curso de capoeira no 
estabelecimento penitenciário. Segundo o Tribunal, o curso de capoeira não é apto a ensejar a 
remição pelo estudo. 
6. O que é o patronato? 
Patronato é um dos órgãos da execução penal previstos pela LEP. Destina-se a prestar 
assistência aos albergados e aos egressos. No mais, também lhe incumbe: orientar os 
condenados à pena restritiva de direitos; fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de 
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; colaborar na fiscalização do 
cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional. 
7. O que é remição? 
Trata-se de um benefício concedido ao apenado para reduzir o tempo de duração da pena 
privativa de liberdade por meio de trabalho ou estudo. Dessa forma, comprovando tais 
atividades, é possível remir parte da pena. Cabe lembrar que se o preso, em caso de acidente, 
ficar impossibilitado de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a 
remição. A contagem do tempo será, conforme o art. 126, p. 1º, da seguinte forma: 01 dia de 
pena a cada 12 horas de frequência escolar (divididas em 3 dias, no mínimo) ou 01 dia de pena 
remida a cada 3 dias de trabalho. 
8. Maria foi presa em flagrante ao tentar transportar drogas para outro estado enquanto 
embarcava em um ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro. A mulher, sem qualquer antecedente 
criminal, alegou que se submetera ao tráfico por estar desempregada e precisar criar os três filhos. 
A sentença reconheceu o benefício do tráfico privilegiado à ré. Pergunta-se: nessa situação, após 
cumprir qual percentual da pena Maria terá direito a progredir de regime? 
Conforme a nova redação trazida pelo Pacote Anticrime ao art. 112 da LEP, Maria poderá 
progredir de regime após cumprir 16% da pena, pois é primária e o crime cometido não 
apresenta violência à pessoa ou grave ameaça. Ademais, a lei expressamente prevê que o tráfico 
privilegiado, trazido no § 4º do art. 33 da Lei no 11.343/2006, não é considerado hediondo para 
fins de progressão de regime. 
9. Heitor foi condenado pelo crime de furto qualificado. Hoje, o detento cumpre pena em 
regime semiaberto. Quais os requisitos para que Heitor consiga autorização para saída 
temporária? Deverá haver vigilância direta? Existe alguma hipótese em que o benefício não é 
concedido aos presos? 
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A autorização para saída temporária será concedida por ato motivado do juiz da execução, 
ouvidos o MP e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes 
requisitos: comportamento adequado; cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se 
primário, e de ¼ (um quarto), se reincidente; compatibilidade do benefício com os objetivos da 
pena. 
Não será necessário escolta, mas, segundo a recente alteração legislativa, a ausência de 
vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo 
condenado, quando assim determinar o juiz da execução. 
A lei veda que condenado que cumpre pena por praticar crime hediondocom resultado morte 
tenha o direito à saída temporária. 
10. Luiz está preso preventivamente sendo acusado de uma série de crimes previstos na lei de 
lavagem de dinheiro. Luiz recebeu a notícia da morte de seu irmão e deseja participar do velório. 
Existe alguma previsão legal que autorize essa saída? 
Sim. Presos provisórios, assim como aqueles que cumprem pena em regime fechado ou 
semiaberto, poderão ter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, no caso de 
falecimento de irmão e outros parentes descritos no art. 120. Nesse caso, Luiz dependerá que a 
permissão seja concedida pelo diretor do estabelecimento prisional onde está recluso. Sua 
permanência fora do presídio terá apenas a duração necessária para comparecer ao 
sepultamento de seu irmão. 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Prof.ª. Thaís Rumstain8 
Assunto com grande probabilidade de cobrança: Meios de Impugnação das Decisões 
Judiciais - Recursos 
1. Sobre o sistema recursal previsto no CPC, pode-se afirmar que eles não impedem a eficácia 
da decisão proferida, exceto quando houver dispositivo legal ou decisão judicial em sentido 
diverso, porém, a apelação sempre terá efeito suspensivo em razão da sua natureza? 
A afirmação deve ser analisada com ressalvas. Primeiro, o artigo 995, CPC estabelece que os 
recursos devem ser recebidos somente no efeito devolutivo, razão pela qual a decisão teria 
eficácia imediata: 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou 
decisão judicial em sentido diverso. 
Ou seja, é possível atribuir efeito suspensivo aos recursos, independente de previsão legal, seria 
um efeito ope judicis, diante do caso concreto e comprovados os requisitos legais. 
Em relação à apelação, a regra é a concessão do efeito suspensivo, porém a lei prevê 
expressamente as hipóteses em que o recurso será recebido apenas no efeito devolutivo: 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos 
imediatamente após a sua publicação a sentença que: 
I - Homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - Condena a pagar alimentos; 
III - Extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do 
executado; 
IV - Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - Decreta a interdição. 
 
8 Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Advogada e sócia no escritório Pimentel e 
Associados Advocacia. Responsável pelo Passo Estratégico das matérias Direito Civil, Direito Processual Civil, 
Direito Empresarial, Direito do Consumidor, ECA e Direito do Idoso. Instagram: @professorathaisrumstain 
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2. Em ação da qual o Ministério Público atuava como fiscal da ordem jurídica, a parte deixou 
de interpor o recurso cabível, porém, o Ministério Público interpôs o recurso, de forma 
independente. O recurso do Ministério Público será conhecido, ou seja, permite-se que, nesse 
caso o MP interponha recurso independentemente da parte? 
Sim, o MP poderá interpor recurso, conforme previsto no artigo 996, CPC que define as 
competências para interpor recurso: 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado 
e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a 
relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular 
ou que possa discutir em juízo como substituto processual. 
Ressalva importante faz a doutrina, a partir da análise da jurisprudência do STJ e cita vários 
exemplos de terceiros prejudicados que podem recorrer: 
 
3. Celeste, no último dia do prazo recursal, acabou tendo que protocolar o recurso pelo 
correio, já no último dia do prazo. No momento do juízo de admissibilidade, o recurso foi 
considerado intempestivo, porque chegou ao destino no 24º dia da intimação da Celeste. De 
acordo com as regras que regem o sistema recursal, o recurso é intempestivo? Por quê? 
Não, o recurso não é intempestivo. O novo CPC previu a possibilidade de interposição do 
recurso através do sistema de correio e estipulou a data da postagem como o marco para 
contagem: 
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será 
considerada como data de interposição a data de postagem. 
 
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4. Como visto, o sistema recursal enquadra as decisões interlocutórias nas hipóteses de 
cabimento do agravo de instrumento, porém, faz a ressalva de que as decisões que não são 
agraváveis poderão ser atacadas por mandado de segurança. Essa afirmação está correta? 
Não, primeiro porque as decisões interlocutórias que não se enquadram nas hipóteses de 
cabimento do agravo de instrumento não são irrecorríveis, apenas não são impugnáveis de 
imediato e poderão ser impugnadas, posteriormente, no recurso de apelação ou em 
contrarrazões de recurso. E, ainda, não se exclui a possibilidade de se utilizar outros meios 
impugnativos, como ações autônomas ou um sucedâneo recursal, a depender do caso concreto. 
5. Em relação aos efeitos recursais, é correto afirmar que a apelação devolve ao tribunal 
apenas a matéria decidida na sentença? 
Não, segundo o art. 1.013, §1º, do NCPC, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da 
matéria impugnada, ou seja, aquilo que for alegado pelo recorrente. Trata-se do efeito 
devolutivo, do princípio tantum devolutum quantum appellatum. O tribunal apreciará, ainda, 
todas as questões discutidas durante o processo e conhecerá daquelas que mesmo não tendo 
sido discutidas, puderem ser conhecidas de ofício (matérias de ordem pública). 
6. O sistema recursal sofreu profundas alterações no NCPC, dentre as quais podemos 
destacar a faculdade de não juntar a cópia das razões do agravo de instrumento, correto? 
Sim, no processo eletrônico, a juntada de cópia das razões do agravo de instrumento é uma 
faculdade da parte recorrente, pois está de acordo como o §5º, do art. 1.017, do NCPC, o 
recorrente poderá anexar os documentos que entender necessários, por isso a questão fala em 
faculdade. 
7. No agravo interno, caso o relator entenda pela manutenção da decisão monocrática 
recorrida, o acórdão poderá apenas se limitar a reproduzir os fundamentos da decisão recorrida e 
negar provimento ao agravo? 
Não, no agravo interno, entendo o relator pela manutenção da decisão monocrática recorrida e, 
com base no §3º, do art. 1.021, do NCPC, é vedada a decisão genérica, obrigando ao julgador 
que a faça de forma específica. 
8. Os embargos de declaração sofreram alterações no NCPC, dentre as quais destacamos o 
efeito suspensivo e a interrupção do prazo para interposição do recurso. Correto? 
Não, de acordo com o art. 1.026, do NCPC, os embargos de declaração não possuem efeito 
suspensivo. Todavia, a segunda parte da alternativa está correta, pois os embargos interrompem 
o prazo para interposição de recurso. 
9. Pode-se afirmar que são cabíveis os embargos infringentes contra acórdão não unânime 
que tenha reformado a decisão recorrida, no mérito, ou tiver julgado procedente ação rescisória? 
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Não, os embargos infringentes foram excluídos pelo NCPC, que passou a não mais prever essa 
espécie recursal. Assimila-se a este recurso a técnica do julgamento ampliado prevista no art. 
942: 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que 
serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em 
número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, 
assegurado àspartes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas 
razões perante os novos julgadores. 
§ 1o Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, 
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão 
colegiado. 
§ 2o Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento. 
§ 3o A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao 
julgamento não unânime proferido em: 
I - Ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse 
caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no 
regimento interno; 
II - Agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar 
parcialmente o mérito. 
§ 4o Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: 
I - Do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas 
repetitivas; 
II - Da remessa necessária; 
III - Não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. 
10. De acordo com o novo Código de Processo Civil, os vícios formais ensejam a imediata 
inadmissibilidade dos recursos extraordinário e especial? 
Não, de acordo com o §3º, do art. 1.029, do NCPC, ainda que os recursos possuam vícios 
formais, os recursos poderão ser apreciados, em razão da função dos Tribunais superiores que é 
a de prover a adequada interpretação do Direito: 
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Art. 1029. §3º. O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá 
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde 
que não o repute grave. 
11. Sobre o sistema recursal no novo Código de Processo Civil, é correto afirmar que o recurso 
especial terá seu exame de admissibilidade realizado pelo Superior Tribunal de Justiça? 
Não, em relação ao recurso especial, o juízo de admissibilidade recursal não é realizado única e 
exclusivamente pelo STJ, mas, também, pelo órgão que prolatou a decisão recorrida. Com base 
no art. 1.030, a admissibilidade do recurso especial permanece sendo competência do 
Presidente ou do Vice-Presidente do tribunal recorrido, contudo, é cabível recurso da decisão 
que nega a admissibilidade do recurso. 
 
 
 
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