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UNIVERSIDADE NILTON LINS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA FONOAUDIOLOGIA- ESTÁGIO EM AUDIOLOGIA OTOSCLEROSE MANAUS – AM 2021 UNIVERSIDADE NILTON LINS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA LIVIA VANESSA FARIAS AGUIAR OTOSCLEROSE ( Trabalho solicitado pela Professora: Selma Cavalcante, para obtenção de nota parcial na disciplina de Estagio supervisionado , d o curso de Fonoaudiologia, FON072, 7 ° período. Professora: Taina Magalhães. ) MANAUS – AM 2021 INTRODUÇÃO O presente trabalho abordará sobre a seguinte patologia: otosclerose, que é uma doença localizada no labirinto ósseo e significa (literalmente) um endurecimento do osso da orelha. A otosclerose consiste em uma substituição local do osso normal, duro por um osso mole, esponjoso, imaturo com perdas de cálcio. O local mais comum de origem e no promontório, imediato na frente da janela oval (Ballantyne,1995). Com evolução da doença na primeira fase, denomina-se otoespongiose,que e a fase inicial, de refração óssea, este osso perde a característica compacta, tornando-se parecido ao tecido ósseo esponjoso, já na segunda fase ,ocorre a reconstrução óssea, com o preenchimento dos espaços medulares por tecidos ósseos neoformado com abundancia de tecido ósseo e delgado de canais medulares. A Otosclerose pode ser assintomática ou pode provocar hipoacusia de transmissão, por anquilose (estado de uma articulação móvel cujos movimentos estão diminuídos ou impossibilitados). Se houver atingimento do labirinto ósseo, nomeadamente na região próxima à cápsula ótica, pode surgir hipoacusia sensorial e/ou alterações vestibulares (vertigem e acufenos), sendo, no entanto, a hipoacusia de transmissão a principal manifestação clínica (Goudakos J & Markou K,2009) O objetivo deste é explanar suas etiologias, tratamento, sinais e sintomas, laudos audiométricos e curvas timpanométricas. Mostrar a importância do conhecimento quanto às doenças em destaque para agregar valores acadêmico e profissional. 1.OTOSCLEROSE 1.1 ETILOGIA As causas da doença ainda são incertas, mas a maioria dos estudos atuais vem apontando para as seguintes possibilidades: · Herança autossômica dominante com penetrância entre 25 e 40% mais relacionada aos quadros severos da doença, com mutação do gene do colágeno; · Incidência racial: indianos, caucasianos e mediterrâneos; · Incidência de sexo: proporção de 2:1 para mulheres em relação a homens; · Alterações endócrinas, como a gravidez; · Associação com a osteogênese imperfeita; · Processos autoimunes ligados ao colágeno; · Anormalidades no funcionamento da paratireoide; · Infecção viral pelo vírus do sarampo. 1.2 SINTOMAS O principal sintoma da otosclerose é a perda auditiva progressiva, unilateral ou bilateral, de início precoce, mas que se agravam depois dos 50 anos e pode evoluir para completa surdez. Zumbido, vertigens e problemas de equilíbrio são outros sinais possíveis da doença. Durante a gravidez, a evolução pode ser mais rápida e a perda auditiva mais grave. 1.3 DIAGNOSTICO No consultório, o diagnóstico é feito por meio da análise do canal auditivo, porém o médico também pede exames mais específicos. Entre eles estão audiometria tonal e a impedanciometria, que verifica a capacidade auditiva exames simples, rápidos, e bastante disponíveis. Neles podemos ver o padrão condutivo da perda auditiva e alguns outros parâmetros que sugerem o enrijecimento do mecanismo de transmissão sonora da orelha média (ossificação anormal ao redor do estribo), e a tomografia computadorizada. Tudo isso serve para ter resultados precisos e determina o estagio da doença. 1.4 TIPOS Condutiva neurossensorial Há dois tipos de otosclerose, do estribo e a da cóclea. Na otosclerose do estribo, a má formação do osso impede que a vibração do som seja transmitida até o ouvido interno. Esse tipo de otosclerose pode ser corrigido com cirurgia, e no local do estribo coloca-se uma prótese de plástico ou metal. Na otosclerose da cóclea, a má formação do estribo pode atingir também a cóclea. No interior da cóclea há um líquido e células sensoriais responsáveis por levar as vibrações do som até o nervo auditivo. No nervo auditivo transformam-se em impulsos e chegam até o SNC (sistema nervoso central). Nesse tipo de otosclerose, as células ciliadas da cóclea são afetadas, e não conseguem transmitir as vibrações sonoras até o nervo auditivo, causando a surdez. Esse tipo de otosclerose não pode ser resolvido com cirurgia. 1.5 TRATAMENTO Diante desses quadros de prejuízo para o paciente causado pela otosclerose, partimos para o tratamento, No entanto, existem três formas de tratamento que ajudam a retardar a evolução da doença e aliviar os sintomas: prescrição de medicamentos (bifosfanatos e fluoreto de sódio), uso de aparelhos auditivos para a amplificação sonora e cirurgia (estapedectomia ou estapedotomia). O procedimento cirúrgico consiste em retirar o estribo que não mais se movimenta, ou parte dele, a fim de substituí-lo por uma prótese de teflon ou titânio, através do canal da orelha externa. Em geral, é realizada a laser e costuma apresentar resultados bastante satisfatórios. Durante o pós-operatório, alguns pacientes podem sentir um pouco de tontura, alteração do paladar e zumbido. 1.6 PADRAO AUDIOLOGICOS GERAL · Perda auditiva condutivas ou mista progressiva a neurossensorial inicialmente nas frequências baixas com sua evolução ocorre a perda em frequências, comprometendo a via óssea e as frequências altas . · O índice de reconhecimento de fala (IRF) encontra-se superior a 88%,porem com o rebaixamento dos limiares de via óssea, o desempenho no IRF,também ficara comprometido. · Na imitanciometria encontramos timpanogramas tipo Ar ou tipo A, com ausência de reflexos acústicos em níveis relativamente normais ou levemente elevados. Neste casos, geralmente há uma deflexão negativa atípicas na retirada do sinal desencadeador do reflexo, que parece caracterizar a fixação da cadeia ossicular.(Jerger e Jerger,1989). CASO CLINICO Paciente do sexo feminino, 51 anos de idade, diagnosticada com otosclerose cinco anos antes, procurou consultório fonoaudiológico porque quer saber como está sua audição atualmente. O.D 250 500 1.000 2.000 3.000 4.000 6.000 8.000 Hz V.A 75 70 70 50 35 50 35 50 V.O 10 05 05 20 20 O.E 250 500 1.000 2.000 3.000 4.000 6.000 8.000 Hz V.A 70 65 65 60 40 45 60 40 V.O 10 10 10 15 10 MEATOSCOPIA: ORELHA DIREITA: Normal ORELHA ESQUERDA: Normal Orelha Direita Orelha Esquerda Frequência em Hz Frequência em Hz -10 0.25 0.5 1k 2k 3k 4k 6k 8k Hz -10 0.25 0.5 1k 2k 3k 4k 6k 8k Hz 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 120 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 120 TIMPANOMETRIA: OD: Tipo Ar, segundo Jergen 1970. OE: Tipo Ar, segundo Jergen 1970. Média Tritonal: Orelha Direita: 70+70+50= 190/3= 63.3 = 65 Orelha Esquerda: 65+65+60= 190/3= 63.3 = 65 ( IRF OD: 70 dB MONO: 56% OE: 65 dB MONO: 52% OE: ) ( LRF OD: 70 dB OE:65 dB OE: ) LAUDO Orelha Direita: Perda auditiva tipo mista, de grau modernamente severo, configuração audiometria não identificada, segundo Silman e Silverman( 1997) e Lloyd e Kaplan(1978); Perda auditiva nas frequências de 250Hz, 6.000Hz e 8.000Hz. Orelha esquerda: Perda auditiva Condutiva, grau moderadamente severo, configuração audiometrica não identificada, segundo Silman e Silverman (1997) e Lloyd e Kaplan (1978); Perda auditiva nas frequências de 250Hz, 6.000Hz e 8.000Hz. CONCLUSÃO A otosclerose e uma doença peculiar com característica evolutivas, levando em consideração os sintomas, e de grande importância a avaliação auditiva nos pacientes para o diagnóstico precoce da perda auditiva, permitindo a reabilitação, diminuindo os impactos a esses pacientes, especialmente nas fases inicias na infância e adolescência. REFERÊNCIAS 1- Pereira, Gonçalo Manuel Nunes Gomes. "Otosclerose: Etiologia, histologia e fisiopatologia." (2011). 2- Otavio B. Piltcher / Sady Selaimen da Costa / Gerson Schulz Maahs / Gabriel Kuhl , ROTINAS EM OTORRINOLARINGOLOGIA” (2015). 3 - www.msdmanuals.com/otosclerose/. 4 - portalotorrino.com. br/otosclerose/ 5-otorhynusclinica.com.br/2019/03/01/influencia-da-visao-nos-individuos-com-alteracao-do-equilibrio/ 6-menthel.com.br/otosclerose-entenda-suas-causas-e-sintomas/ 7-forl.org.br/InformacaoDoenca/Visualizar/28 8-puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/viewFile/1157/1132 9-Merchant S, Mckenna MJ, Browning GG, Reain P, et al. Otosclerosis. In: Gleeson, M. (Ed.) Scott-Brown’s Otorhinolaryngology, Head and Neck Surgery, 7th edition. London, Hodder Arnold; 2008:pp3453-85. 10-http://www.implantecoclear.org.br/)
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