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Audiometria infantil → A audiometria tem o objetivo de saber o limiar auditivo que é a menor intensidade sonora na qual os estímulos sonoros são corretamente detectados em 50% das apresentações; → Segundo Northern e Downs, não se pode considerar que uma avaliação audiométrica está completa enquanto não ser houver os limiares auditivos de 250Hz até 4KHz; → Geralmente é necessário mais de uma sessão; → Orientar os pais e explicar a eles todas as etapas do processo é extremamente importante, uma vez que além de se estabelecer uma confiança e bom relacionamento entre terapeuta-pais também é um direito deles; → A experiencia do avaliador/terapeuta vai dar a ele condições de conduzir a avaliação melhor; → O ambiente precisa ser agradável para criança, precisa ser lúdico e não pode ser perigoso. Então na escolha dos brinquedos deve se ter cuidado com os muito pequenos, pontiagudos etc. O ambiente também não pode ser exagerado em estímulos visuais; → A anamnese é o ponto inicial, pois é a partir dela que o terapeuta vai conseguir conhecer a criança, a dinâmica familiar e a família. Sendo assim, é importante colher informações sobre: a) Queixa atual; b) História pregressa da queixa, como iniciou e como está a evolução desse problema; c) Os sintomas; d) Se há presença ou não de questões auditivas na família; e) História gestacional e perinatal; f) Presença de fatores de risco para deficiência auditiva; g) Desenvolvimento da fala, linguagem e audição; h) Desenvolvimento motor; i) Comportamento da criança nos diversos contextos em que ela está inserida (inclusive durante o momento da anamnese também é uma oportunidade de observar o comportamento da criança); j) Desenvolvimento escolar; k) Infância da criança; l) Se foi encaminhamento e se é acompanhada por algum outro profissional; → O histórico audiólogico da criança é importante para se chegar em um diagnóstico audiólogico, sendo esse momento importante para estabelecer uma relação de confiança com os pais e a criança. Nesse momento do histórico audiólogico e anamnese também é importante observar: a) Comunicação da criança; b) Timbre vocal; AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA COMPORTAMENTAL → Vai ser observado as mudanças no comportamento da criança a medida que um estímulo sonoro instrumental é apresentado; → Vão ser utilizados instrumentos musicais; → Espera-se respostas reflexas ou de atenção por parte da criança; → Importante ter mais de um examinador presente, para melhorar a percepção da reação da criança e ter resultados mais seguros; → É importante saber o desenvolvimento maturacional da criança para que consiga estabelecer parâmetros de que aquela reação ou falta dela é esperada ou não; → Para tentar medir a pressão sonora usada no teste, é aconselhável tentar padronizar força e a distância, além de ser o mesmo examinador; → Também pode ser utilizado os sons de Ling, os quais são estímulos verbais (/a/, /i/, /u/, /s/, /sh/, /m/) junto com os sons instrumentais (não verbais); → Desenvolvimento auditivo da criança: com a relação da faixa etária e das respostas esperadas para cada uma delas; Faixa etária Respostas esperadas 0 – 3 meses Atenção ao som 3 – 6 meses Atenção ao som Localização lateral Procura ao som 6 – 9 meses Atenção ao som Procura ao som Localização lateral Localização indireta para cima Localização indireta para baixo 9 – 13 meses Atenção ao som Procura ao som Localização lateral Localização direta para baixo Localização indireta para cima 13 – 18 meses Atenção ao som Procura ao som Localização lateral Localização direta para baixo Localização direta para cima AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INSTRUMENTAL → É uma avaliação que está sendo feita cada vez menos; → Tem vantagens e desvantagens: Vantagens Desvantagens Baixo custo; Subjetividade das respostas; Fácil manuseio; Adaptação da criança ao estímulo; Boa aplicabilidade em crianças com necessidades especiais; Não tem especificidade de orelha, frequência e intensidade AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA COM REFORÇO VISUAL → Pode ser utilizado com crianças a partir de 6 meses de idade (com base no desenvolvimento da percepção auditiva); → Até 2/3 anos; → Baseado no condicionamento behaviorista; → Campo Livre X Fones • Campo Livre: melhor orelha • Permite especificidade de orelha • Maior conforto; • Fones de inserção ou TDH-39; → Por recomendação começa-se na frequência de 500Hz até 4KHz, alternando entre graves e agudas; → A criança deve ficar no colo da mãe, de frente para o visor, a fim de que o audiologista consiga enxergar a reação da criança; → Deve-se tomar cuidado com o tempo levado durante o exame, pois crianças tendem a ficar agitadas rapidamente; → Deve haver dois audiologistas um para dar os estímulos e outro para tirar a atenção da criança do local que tem o reforço visual; → Deve-se ter atenção para dar o reforço visual no momento certo; → Quando apresentado em campo livre: • Warble Tone (Tom de Frequência Modulada); → Fala; → Calibração das caixas de som → Fontes sonoras à 45º azimute → Posicionamento da criança: um metro de distância das caixas; → Tom puro, Warble ou fala; → O reforço visual fica dentro de duas caixas escuras que vão ser acesas e revelar o brinquedo; → É bom ter duas dessas caixas de reforço visual porque pode-se avaliar também a lateralização; AUDIOMETRIA LÚDICA → Geralmente é realizada com crianças de 2 a 5 anos de idade; → Os materiais utilizados podem ser: jogos de encaixe, quebra cabeças etc.; → É importante ter várias opções para entreter todos os tipos de crianças; → O audiologista deve envolver a criança na atividade, para que ela participe e deve fazer junto com ela; → As explicações precisam ser simples e claras; → Pode ser em campo livre ou com fones de ouvido; → Via óssea testada: 500Hz, 1KHz, 2KHz e 4KHz; → O audiologista durante a audiometria da criança precisa ter cuidado para não dar respostas negativas quando a criança erra, pois isso pode desestimulá-la. Dessa forma, reforços positivos por parte do audiologistas devem acontecer mesmo quando a criança erra; → Importante respeitar o tempo da criança; AUDIOMETRIA VOCAL → A investigação do limiar de detecção deve ser feita com reforço visual; a) Deve ser realizada só quando não for possível fazer o LRF; → O LRF as vezes pode não ser feito porque a criança precisa ter a linguagem oral desenvolvida para conseguir responder. Quando for feito, deve-se: a) Certificar de que a criança conhece o vocabulário usadas; b) Dar ordem simples ou fazer perguntas objetivas; c) Com brinquedos ou figuras; → Índice perceptual de reconhecimento de fala: a) As vezes não consegue ser feito, mas é importante tentar; b) Pode haver uma cooperação maior de crianças mais velhas; c) Não há um padrão internacional de como se determinar o IPRF em crianças;
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