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Atividade 3 - Machado de Assis Atualizado

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Faculdades Metropolitanas Unidas 
(FMU)
Vitória da Silva Lopes - RA: 7269291
Letícia Melo Martins da Silva - RA: 7040477
Marcela Aparecida dos Santos – RA: 212204A07
Atividade 3 – Machado de Assis
São Paulo
2021
Vitória da Silva Lopes - RA: 7269291
Atividade 3 – Machado de Assis
Atividade realizada para obtenção parcial da nota do quarto semestre da disciplina Literatura Brasileira do curso de Letras – Português sobre orientação do Prof. Pedro Henrique Reis.
São Paulo
2021
Classificacao da Informacao: Interna
Classificacao da Informacao: Interna
Classificacao da Informacao: Interna
Introdução: O presente trabalho tem como objetivo analisar o conto Noite de Almirante do livro Histórias sem Data de Machado de Assis, realizando um breve da narrativa, com uma análise dos traços psicólogos das personagens; correlacionando com uma discussão social e seu levantamento histórico.
Noite de Almirante – Machado de Assis
Apresentação geral do conto:
O conto Noite de Almirante de Machado de Assis, faz parte do livro Histórias sem datas de 1884. O foco narrativo é com o narrador onisciente, narrando em terceira pessoa. O conto, apesar de antigo traz um tema bastante comum hodiernamente: a ilusão amorosa. Narra a história de Deolindo Venta-Grande, que se apaixonou por Genoveva, uma jovem de apenas vinte anos, no início, toda esta paixão era recíproca e intensa. Havendo Deolindo que viajar a trabalho, pois era marinheiro, fizeram uma promessa um para o outro, um juramento de fidelidade, dizendo “Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte”. Com isso, Deolindo viajou, esperando ansiosamente seu retorno para encontrar seu amor. Passando aproximadamente dez meses, o homem apaixonado volta com esperanças de encontrar a sua prometida. Ao ir de encontro a ela, foi até a casa onde morava com a velha Inácia, e continuava a mesma casa, antiga, simples e pobre, comparada as outras casas que mais se pareciam castelos que ele conheceu. A senhora, logo ao encontra-lo o cumprimentou com prazer em revê-lo, e expos que a jovem foi morar com outro homem, José Diogo, mascate de fazendas. Com as ideias confusas em sua cabeça, Deolindo foi atrás de Genoveva em sua nova casa, e encontrou-a sentada cosendo. Ao avista-lo, espantada, fez questão que ele entrasse para explicar o que aconteceu. Genoveva afirmou que cumpriu sua promessa, mas após tanto tempo quando se deu conta já estava gostando de outra pessoa, e nada poderia fazer para mudar isto. Indignado com o causo, Deolindo deu a ela o par de brincos que havia comprado durante a viagem e contou-lhe que cumpriu sua parte da promessa. E lá ficaram, conversando, ele contando as aventuras da viagem, inclusive para uma amiga de Genoveva que veio apenas para ouvir as histórias bonitas do sr. Deolindo. Após horas e horas de conversas, o pobre apaixonado que havia tido até esperanças de ter sua amada de volta, perdeu as esperanças novamente depois de tanta conversa. Ao ir embora, se despediu de Genoveva, dizendo que iria matar José Diogo, e se matar. Genoveva contou para amiga que este é o jeito de Deolindo, apenas fala e nunca cumpre suas promessas.
E na verdade, o marinheiro não se matou, e nem matou ninguém. E quando retornou ao trabalho, seus companheiros questionaram sobre sua “noite de almirante”, ele, possivelmente envergonhado da realidade, dava apenas sorrisos discretos e mentia sobre o acontecido.
A história, relata sobre desencontros amorosos, uma história até mesmo tchekhoviana. Diferentemente do aspecto comum das obras de Machado de Assis, a amargura foi trocada por uma doce melancolia, com uma pontuação bem lírica. Como os outros contos do autor, o leitor aguarda que ao desfecho desse conto terá um desfecho trágico, o que não acontece na Noite de Almirante, onde apenas o personagem principal Deolindo, mente sobre sua ilusão amorosa. Deolindo representa a ingenuidade, quem cria muitas expectativas sobre alguém que não conhece realmente, a fidelidade, a quem se leva pela paixão; enquanto Genoveva, como é comum nos textos Machadianos, é a moça volúvel e leviana. 
Análise das personagens:
Temos como maior importância no conto o total de três personagens, sendo: o marinheiro Deolindo, do qual é descrito como um homem apaixonado e fiel, de natureza pacífica e esperançosa, sendo descoberto como emocionalmente instável mais para frente; a mulher do marinheiro, Genoveva, descrita como uma caboclinha de vinte anos, esperta, de olhos negros e atrevidos, além, também, de se apresentar em muitos momentos de dissimulação; e, por fim, velha Inácia, que morava com Genoveva.
Em dado momento no conto, Deolindo, enraivecido pela traição descoberta, incapaz de conseguir compreender a pessoa errada da situação, ameaça se matar e, Genoveva, demonstrando insensibilidade e cinismo, simplesmente explica para uma amiga próxima: “Não se mata, não. Deolindo é assim mesmo; diz as coisas, mas não faz”.
Quão amedrontadora pode ser uma ameaça de suicídio para um cidadão comum na sociedade? O quão é considerado comum situações de infidelidade rodeada de dissimulações e instabilidades emocionais nos dias atuais como o que é retratado no conto? As respostas para essas perguntas tendem a ser muito mais do que desejaríamos que fosse, pois, esse tema se encontra presente diante de toda a sociedade, podendo ter inúmeras citações seja em contos modernos quanto na própria vivência real. 
Em sala de aula:
Aos alunos, é possível propor alguns projetos de aula sobre este conto. É possível analisar com eles as características comuns de Machado de Assis que estão presentes na obra, e o desfecho incomum que traz o diferencial a este conto. Os temas de infidelidade; amor não correspondido; ilusões amorosas que são recorrentes nos textos Machadianos. Como também, é possível propor que os alunos analisem o conto, e o comparem com músicas atuais, mostrando que apesar do texto ter sido publicado em 1884, o tema é atual e é usado de forma corriqueira em músicas, como as músicas da cantora Marília Mendonça, dentre outros cantores, principalmente do gênero musical sertanejo, mas não só desses. Sugerindo que os alunos tracem características, temas, histórias semelhantes no conto e nas músicas escolhidas por eles.
Contexto histórico: 
Diante do relato acima, podemos identificar que o conto se passa numa época em que a desilusão amorosa não era algo discutido, nítido, dentre aqueles que se apaixonavam. Como retratado, o personagem cria uma grande expectativa e acredita na promessa feita sem se importar com o que acontecerá, mesmo sabendo que ficará um longo tempo distante. Pelo falto de terem feitos promessas de amor, acredita naquela situação. 
Hoje em dia temos situações parecidas, mas devido o avanço da tecnologia que nos permite ter mais acesso a informações, e até relatos de outras pessoas, sabemos que a desilusão é retratada de forma aberta e desse tema temos um leque de discussões. Podemos ir para a dependência emocional, abandono, violência doméstica, traição, entre outros. Todos esses assuntos nos cercam todo dia. 
Não sabemos se a paixão nova que nasceu em Genoveva foi despertada por algo que José Diogo fez, ou se interessou por uma vida diferente. Por mais que gostasse de Deolindo, não havia por que deixar de viver sua vida, até mesmo porque não sabia se ele voltaria. 
Além de ser uma época em que mulher não tinha voz ativa, nem para fazer escolhas de sua própria vida. E mesmo assim era julgada. 
Homens tinham a missão de trabalhar e trazer sustento para dentro de casa, e mulheres tinham a missão de zelar pela casa, cozinhar, coser, cuidar de seus homens para que eles pudessem sempre estar prontos para mais um dia de luta. 
Hoje em dia as mulheres tem mais voz ativa, mas ainda falta muito para alcançarmos o pilar que merecemos e tantas já lutaram.

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