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ARQUITETURA ECLÉTICA RIO DE JANEIRO DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO IV PROFESSOR: JORGE EIRÓ CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO TURMA: 5NMA - ALCINDO ALUNA: GISELLY GEOVANNA DA SILVA BASTOS MATRÍCULA: 04053026 ALUNA: FERNANDA LAIANI NORONHA CELEDONIO MATRÍCULA: 26153009 ALUNA: MARISE GABRIELA MIRANDA RIBEIRO MATRÍCULA: 26072974 INTRODUÇÃO O ecletismo representa a combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra, resultando assim em novo estilo. O Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades brasile que possuem o maior número de construções deste estilo, sendo que a expressividade do Rio é maior pois na época em que o ecletismo se firmou o Rio de Janeiro era a capital brasileira. Embora o ecletismo tenha sido muito importante para a arquitetura brasileira ele sempre recebeu diversas críticas, que se baseavam no argumento de que o ecletismo não representava verdadeiramente um estilo nacional e que ele não tinha trazido avanços tecnológicos para a construção. Porém, Estudos mais aprofundados deste estilo, mostrou que ele não só usou novas tecnologias, como foi de fundamental importância para que se chegasse à um desenvolvimento maior e evolutivo para a arquitetura moderna. Contexto Histórico O Ecletismo surgiu após a crise dos ‘NEOS’ (Neoclássico, Neogótico, etc) e também a arquitetura percebeu que a utilização dos novos materiais não era necessariamente subordinada a um estilo específico, então as academias de ensino passaram a propor uma arquitetura historicista onde se podia misturar os diversos estilos. Portanto no Ecletismo elementos de um determinado estilo eram ‘extraídos’ e somados a outros elementos de um outro(s) estilo(s) e no final eram postos juntos em uma nova edificação que já não era mais pertencente a um estilo ou a outro, mas sim uma combinação de estilos. No início do século XIX, o estilo que predominava no período do Rio de Janeiro era o neoclássico. Este foi deslocado na cidade através da missão artística francesa, a qual chegou ao país em 1816. Foi o arquiteto francês Grandjean de Montigny, membro da missão artística, quem influenciou essa tendência no Rio de Janeiro. Autor de grandes obras como a Academia Imperial de Belas Artes e o prédio da Praça do Comércio, ambas no Rio de Janeiro e cuja presença do neoclassicismo era marcante. O "BOTA-ABAIXO" A expressão o “Bota-Abaixo”, buscou-se destacar a maneira radical pela qual foi implementado um conjunto de obras públicas que então redefiniram a estrutura urbana da capital federal. Destaca-se o conceito de política higienista, relacionada com as precárias condições sanitárias das habitações urbanas, especialmente as coletivas FIM DOS CORTIÇOS, COMEÇO DAS FAVELAS DOS CORTIÇOS ÀS FAVELAS Com a destruição dos cortiços, parte da população foi para a periferia da cidade e a outra parte subiu o morro, formando favelas nos morros próximos – Providência, São Carlos, Santo Antônio, entre outros –, até então pouco habitados. A situação continuou ruim no morro, sem saneamento básico ou qualquer auxílio do governo. Nos cortiços os moradores sofriam com a falta de higiene, que causava várias doenças. AVENIDA CENTRAL Essa transformação urbana faria com que a cidade ficasse com a imagem “Belle Époque”, mas por outro lado havia um abandono dos significados e das intenções culturais, onde foram feitos desmontes, aterros, o antigo centro foi demolido para que se pudessem abrir artérias. Na plataforma de governo o que importava era: “modernizar”, “embelezar”, “sanear”, fazendo assim com que o Brasil ingressasse no mundo moderno capitalista internacional. Reurbanização da cidade, realizada pelo engenheiro Francisco Pereira Passos (1836 - 1913) e também prefeito do Rio de Janeiro; Pereira Passos “destruiu grande parte do centro antigo para abrir grandes avenidas, dentre elas a Avenida Central - hoje, Rio Branco; Sob o argumento da higienização da cidade do Rio a gestão Pereira Passos deu sequência a um plano que já havia sido iniciado anos antes com a derrubada de alguns cortiços. AVENIDA CENTRAL O antigo Hotel Sete de Setembro foi uma das construções decorrentes ao desenvolvimento de todas as áreas próximas a avenida central. Foi inaugurado em 1922 e funcionou como hotel por apenas 4 anos, e em 1926 os 4 blocos do prédio foram desmembrados sendo utilizado ao decorrer dos anos como Internato, Hospital Infantil, Faculdade de enfermagem e Casa de Estudante. O conjunto arquitetônico hoje pertencente a UFRJ é composto por apenas duas das quatro edificações originais, aqui denominadas de Restaurante e Hotel. ANTIGO HOTEL BALNEARIO 7 DE SETEMBRO ANTIGO HOTEL BALNEARIO 7 DE SETEMBRO Simetria Valorização da grandiosidade Presença de mais de um ou mais estilos arquitetônicos, Análise segundo as características do Ecletismo ANTIGO HOTEL BALNEARIO 7 DE SETEMBRO Expressividade e Sofisticação das construções Luxo e Riqueza decorativa Análise segundo as características do Ecletismo THEATRO MUNICIPAL Desenho inspirado na Ópera de Paris, de Charles Garnier THEATRO MUNICIPAL Sua construção se deu a partir da abertura de uma concorrência pública para a escolha do projeto arquitetônico. Cujo os primeiros colocados ficaram empatados: o projeto Aquilla e o projeto Isadora Projeto concorrente para o Theatro Municipal – fachada: Aquilla (c. 1904.). PASSOS, F. O. Projeto concorrente para o Theatro Municipal – fachada: Isadora (c. 1904.). GUILBERT, Albert. THEATRO MUNICIPAL Projeto final para o Theatro Municipal – fachada (c. 1904.) PREFEITURA do Distrito Federal (RJ) O resultado do concurso foi motivo de uma forte polêmica na Câmara Municipal. Entretanto, o projeto final foi o resultado da fusão dos dois premiados, uma vez que os dois eram inspirados na Ópera de Paris. O prédio começou a ser erguido em janeiro de 1905, e contou com a participação dos mais importantes pintores e escultores da época: Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli THEATRO MUNICIPAL Fachadas misturam principalmente elementos clássicos e barrocos; Três módulos na fachada; As cúpulas em cobre e vidro; Foyer decorado no estilo Louis XVI; Pinturas no teto de Elizeu Visconti. O RIO COM "A CARA DE PARIS" O prefeito se inspirou em Paris para fazer as reformas urbanísticas no Rio, construindo praças, ampliando ruas e criando estruturas de saneamento básico. CONCLUSÃO Concluiu-se então que há uma riqueza no patrimônio eclético no Rio de Janeiro e que ele foi o representante de uma classe social – burguesia - de uma época que contribui para a história da arquitetura com novas utilizações de materiais e técnicas, assim como para a história da cidade do Rio de Janeiro, que teve sua feição completamente modificada no período do ecletismo.
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