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Microbiologia bactéria, fungo, vírus

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25 de maio de 2019
MICROBIOLOGIA 
N2 
GENÉTICA BACTERIANA: 
- O processo de evolução biológica de todo 
organismo vivo é produto de alterações no 
seu material genético. A informação contida 
nesse material está codificada na grande 
maior ia dos organ ismos pe lo ác ido 
desoxirribonucleico (DNA), enquanto em 
alguns vírus essa informação encontra-se no 
ácido ribonucleico (RNA). 
- A molécula de DNA é geralmente uma dupla 
fita. O DNA possui em vários organismos as 
mesmas propriedades ou funções, as quais 
incluem a mesma capacidade de replicação e 
transmissão das moléculas hereditárias 
durante a divisão celular. A unidade de 
replicação é o replicon, que contém um sítio 
de origem capaz de replicação autônoma. 
- Observa-se que existem 2 forquilhas em 
cromossomos circulantes que se replicam 
então em forma bidirecional. A 180º do ponto 
de origem existe um sitio de terminação. A 
replicação do DNA é semiconservativa, isto é, 
é uma fita do DNA parental é conservada 
durante o processo de replicação, enquanto a 
fita complementar é sintetizada novamente. 
- A síntese de DNA em uma fita é descontínua, 
enquanto na outra é contínua. Ambas as fitas 
são sintetizadas em sentido 5’———> 3’, 
mas a fita que está sendo sintetizada em 
sentido 3’———> 5’ o faz em fragmentos 
conhecidos como fragmentos de Okasaki, os 
quais são unidos por uma ligase. 
- Gene: um elemento informacional que 
especifica a sequencias de aminoácidos de 
uma proteína. 
- O DNA na bactéria é encontrado no 
nucleóide, que é uma região do citoplasma 
da bactéria onde se encontra a grande 
maioria do DNA que se encontra solto no 
citoplasma em forma condensada. 
- Além disso há a existência de plasmídeos, 
que são moléculas de DNA independentes do 
cromossomo principal das bactérias. 
P o r t a n t o , s ã o e l e m e n t o s d e D N A 
extracromossômicos que se replicam de 
maneira autônoma e auto-controlada, 
gerando vantagem seletiva. 
- O DNA bacteriano tem a sua forma 
organizada diferente da dos eucariotos. 
• Em bactérias podem ter 2 ou mais genes 
que são transcritos em RNAm ao mesmo 
tempo. 
• Em bactérias, genes relacionados são 
frequentemente encontrados agrupados no 
c romossomo, do qua l podem ser 
transcritos por um promotor (sítio de 
ligação da RNA polimerase) como uma 
unidade. Esse conjunto de genes sob o 
controle de um único promotor é conhecido 
como operon. 
• Essa estrutura de transcrição ao mesmo 
tempo é chamada de OPERON. Os genes 
bac te r i anos são o rgan i zados em 
OPERON. 
• Eles são transcritos ao mesmo tempo 
porque tão no mesmo processo de 
1
25 de maio de 2019
regulação. Eles possuem um mesmo 
regulador terminal. Como tem uma mesma 
regulação, quando forma o RNAm, ele é 
formado por uma sequencia de mais de 
uma proteína; o RNAm é então lida pelo 
ribossomo que traduz a sequencia de 
aminoácidos em proteínas separadas. 
• Por que elas se organizam em OPERON? 
Porque elas conseguem se multiplicar de 
forma muito rápida e sem gastar muita 
energia, portanto, essa organização traz a 
ideia de que genes que traduzem 
proteínas com funções relacionados são 
sempre produzidas ao mesmo tempo. Por 
isso para a bactéria é interessante produzir 
as proteínas todas juntas. Os genes que 
estão em OPERON possuem funções 
relacionadas. 
I. Variabilidade genética: 
- Inclui processos que alteram a sequencia de 
proteínas do DNA, servindo para que o 
indivíduo possa sobreviver a determinadas 
variações do ambiente. 
- Mecanismos que permitem a variabilidade 
genética: 
A. Mutações: 
- As alterações na estrutra química ou física do 
DNA são conhecidas como mutações. Estas 
podem ser ocasionadas por agentes físicos 
ou químicos chamados mutagênicos ou 
agentes gonotóxicos. 
- As mutações são fontes de uma grande 
variabilidade genética, e sem elas o processo 
de adaptação não iria possível. Portanto, 
existe tendencia a uma variabilidade herdada 
de uma gerado a outra. De acordo com o 
agente, as mutações podem ser espontâneas 
ou induzidas. 
• Mutações espontâneas: podem ser 
causadas por erros durante a replicação 
do DNA ou pela exposição do organismo a 
inf luências extracelulares do meio 
ambiente, como radiações ou agentes 
químicos. 
• Mutações induzidas: são produto de uma 
ação deliberada na qual o organismo é 
exposto à ação de um agente genotóxico. 
- As frequências variam para cada tipo de 
mutação, para cada espécie e para cada 
linhagem. Algumas regiões do DNA são mais 
sensíveis à apar ição de um evento 
mutacional, chamadas pontos quentes. As 
mutações podem envolver uma base só, 
mutações pontuais. A taxa de mutação a um 
mutagênico específico depende da natureza 
da base no extremo 5’. O sistema de reparo 
varia em sua efetividade devido à presença 
de bases específicas na região do sítio de 
mutação. 
- Quando as mutações são estudadas em nível 
de po l ipept ídeos, são reconhec idos 
basicamente quatro tipos de mutações que 
alteram a atividade destes: mutações sem 
sentido, mutações de sentido errado, 
mutações de fase de leitura e mutação 
supressora. 
- As mutações sem sentido são o produto de 
códons sem sentido, ou seja, que não 
especificam para nenhum aminoácido. Elas 
são reconhecidas como sinais de terminação 
pelos ribossomos. Os resultados são 
polipeptídeos mais curtos, cuja atividade 
encontra-se seriamente comprometida. As 
mutações de sentido errado afetam uma 
base, resultando na substituição de um 
aminoácido por outro no polipeptídeo. 
- As mutações de fase de leitura afetam a 
sequência como um todo, pois elas são os 
produtos de inserções ou deleções numa 
sequência. As mutações supressoras podem 
ser intragênicas, ou seja, perto do gene que 
sofre a primeira mutação. 
2
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- Entre as principais variações fenotípicas 
consequentes das mutações, são conhecidos 
os mutantes: 
• Auxotróficos: são incapazes de sintetizar 
um ou mais fatores de crescimento como 
aminoácidos, pur inas, p i r imid inas, 
vitaminas. As lesões afetam genes que 
codificam para enzimas envolvidas na 
síntese de proteínas. As linhagens do tipo 
selvagem são prototróficas (capazes de 
sintetizar o fator de crescimento). 
• Resistente a drogas: mutantes que exibem 
diferente tolerância a drogas como 
antibióticos e quimioterápicos. 
• Morfológicos: apresentam alterações, 
como a incapacidade de produzir flagelo, 
pili ou fímbria, cápsula, ou variações na 
forma da colônia. 
• Temperatura-sensíveis (ts): são mutantes 
incapazes de produzir um metabólito ou 
uma função a temperaturas diferentes à 
normal (temperatura restritiva). No caso de 
proteínas, a estrutura destas pode variar 
como consequência da variação na 
temperatura. Em condições normais, esta 
é funcional (temperatura permissiva). 
• Supressor-sensíveis: mutantes incapazes 
de funcionar, a menos que uma segunda 
mutação ou fator, ou supressor, esteja 
presente. Este supressor corrige ou 
compensa o defeito fenotípico causado 
pela mutação supressora-sensível. 
B. Recombinação e transferência genética: 
- E n q u a n t o a m u t a ç ã o a s s e g u r a a 
variabilidade, a recombinação genética 
garante que diferentes combinações de 
genes sejam possíveis. Os mecanismos 
desenvolvidos evolutivamente, que permitem 
a recombinação, são: transformação, 
transdução e conjugação. 
1. Transformação: 
- Durante o processo de transformação, os 
genes são transferidos de uma bactéria para 
outra como DNA “nu” em solução. 
- Algumas bactérias, talvez após a morte e lise 
celular, liberam o seu DNA no ambiente. 
Então, outras bactérias podem encontrar o 
DNA e, dependendo da espécie em particular 
e das condições de crescimento, captar 
fragmentos no DNA e integra-los em seus 
próprios cromossomos por recombinação. 
- Todos os descendentes dessa célula 
recombinante serão idênticos a ela. 
2. Conjugação: 
- Outro mecanismos pelo qual o material 
genético é transferido de uma bactéria para 
outra é denominado conjugação. 
- A conjugação é mediada por um tipo de 
plasmídeo,um fragmento circular de DNA 
3
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que se replica de modo independente do 
cromossomo da célula. 
- Os plasmídeos diferem dos cromossomos 
bacterianos, pois os genes que eles 
transportam normalmente não são essenciais 
para o crescimento da célula sob condições 
normais. 
- A conjugação difere da transformação porque 
a conjugação requer o contato direto célula a 
célula. E as células em conjugação 
geralmente devem ser de tipos opostos de 
acasalamento. 
- As células doadoras devem transportar o 
plasmídeo, e as células receptoras não. 
- O plasmídeo transporta genes que codificam 
a síntese de pili sexuais, projeções da 
superfície da célula doadora que entram, em 
contato com a receptora e auxiliam a unir as 
duas células em contato direto. 
- No processo de conjugação, o plasmídeo é 
replicado durante a transferencia de uma 
cópia do filamento simples de DNA plasmidal 
para o receptor. 
3. Transdução: 
- Nesse processo, o DNA bacteriano é 
transferido de uma célula doadora para uma 
célula receptora dentro de um vírus que 
infecta bactérias, denominado bacteriófago, 
ou fago. 
- Transdução generalizada: o DNA fágico e as 
proteínas são sintetizados pela célula 
bacteriana hosapedeira. O DNA do fago deve 
ser empacotado dentro do capsídeo proteico 
que o recobre. Entretanto, o DNA bacteriano, 
o DNA plasmidal e até mesmo o DNA de 
outro vírus podem ser empacotados dentro 
do capsídeo protéico fágico. 
- Tr a n s d u ç ã o e s p e c i a l i z a d a : a p e n a s 
determinados genes bacterianos são 
transferidos. 
- Transdução abortiva: quando o DNA do vírus 
é muito grande para penetrar a bactéria, ele 
aborta e vira plasmídeo. 
- Quando o vírus infecta uma célula, ele pode 
infectar de duas formas: ciclo lítico ou ciclo 
lisogênico. 
• Ciclo lítico: ocorre lise. O DNA do vírus 
dentro da bactéria, ele quebra o DNA 
cromossomo da bactéria, produz novas 
cápsulas virais, e então esses vírus são 
produzidos em larga escala e rompem a 
bactéria e os vírus são liberados. 
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• Ciclo lisogênico: tem uma bactéria que o 
vírus reconhece ela, e coloca o seu DNA 
dentro da bactéria. O DNA viral entra 
dentro do DNA da bactéria e passa a ser 
incorporado dele. Quando a bactéria for 
reproduzir, ele também será transferido 
para a sua prole. 
- Na transdução, o vírus promove um ciclo 
lítico, entrando no citoplasma da bactéria 
onde lisa o DNA bacteriano, produz 
novas partículas virais, incorpora DNA 
bacteriano no DNA viral e forma novos vírus, 
na hora que ele faz isso, ele empacota o DNA 
viral em outros vírus para poder infectar 
outras bactérias. Esse vírus quando for 
infectar outra bactéria, ele libera o pedaço da 
bactéria doadora, e entra no cromossomo da 
outra bactéria, ocorrendo uma transdução. 
4. Plasmídeo: 
- Molécula circular extracromossomica. 
- Possuí a replicação de forma autônoma. Para 
que que este replique não precisa que a 
bactéria esteja em reprodução. Possuí a sua 
própria origem de replicação. 
- Cada plasmídeo controla o numero de cópias 
em um citoplasma da bactéria, ele se 
autorregula. 
- Trazem uma vantagem seletiva para a 
bactéria: decodifica uma proteína que pode 
trazer uma vantagem para a bactéria 
sobreviver, dependendo das condições do 
ambiente, por exemplo a codificação de um 
gene que traz resistencia a um antibiótico. 
- Características: a bactéria pode perder o 
plasmídeo sem grandes problemas para a 
sua sobrevivência. Ele não é essencial, só é 
um “acessório”. Há bactérias que não 
possuem plasmídeo. 
• Fazer uma molécula de plasmídeo é 
desvantagem pois gasta energia. Traz 
vantagem adaptativa. 
• Podem ser circularem ou lineares. 
• Cada plasmídeo pode ter um numero de 
cópias x e ele que regula isso. 
• Uma bactér ia pode conter vár ios 
plasmídeos diferentes. 
• Plasmídeos promíscuos podem ser 
transferidos para bactérias de espécies e 
gêneros diferentes. 
• A classificação será baseada em qual 
informação ele está trazendo.. se é 
resistencia, capacidade de transferir 
material genético, entre outros. 
- Plasmídeo fertilidade (fator F): é um 
plasmídeo conjuntivo que transporta os 
genes para os pili sexuais e para a 
transferencia do plasmídeo para outra célula. 
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- Plasmídeo resistência (fator R): transporta 
genes que conferem à célula hospedeira 
resistencia a antibióticos, metais pesados ou 
toxinas celulares. 
5. Transposon ou DNA saltitante: 
- Pequenos fragmentos de DNA que podem se 
mover de uma região do DNA para outra. 
- Eles podem se mover de um local para outro 
no mesmo cromossomo, ou para outro 
cromossomo ou plasmídeo. 
- Os transposons podem conter genes para 
enterotoxinas ou para a resistencia a 
antibióticos. 
- Plasmídeos, como o fator R, frequentemente 
são compostos de um con jun to de 
transposons. 
ANTIMICROBIANOS: 
- A essência do tratamento antimicrobiano é a 
toxicidade seletiva - matar ou inibir o micro-
organismo sem afetar o hospedeiro. 
- Os antibióticos e os quimioterápicos que 
atuam sobre as bactérias, interferem com 
diferentes atividades da célula bacteriana, 
causando a sua morte ou somente inibindo o 
seu crescimento. 
- Antibacterianos que atuam na parede celular 
bacteriana: 
• A parede bac te r iana cons is te de 
peptídeoglicano. E é encontrado apenas 
nas paredes celulares bacterianas. 
• A penicilina e outros antibióticos previnem 
a s í n t e s e d e p e p t í d e o g l i c a n o s , 
consequentemente, a parede celular fica 
enfraquecida, e a célula sofre lise. 
• A penicilina age somente sobre as células 
que estejam com o crescimento ativo, já as 
células humanas que não possuem 
peptídeoglicano, não são afetadas 
(apresentam toxicidade seletiva). 
• Exemplos: penicilina, carbapenemos, 
m o n o b a c t a m o s , c e f a l o s p o r i n a s , 
bacitracina, vancomicina. 
- Antibacterianos que atuam no nível da 
membrana citoplasmática: 
• Determinados antibióticos, principalmente 
aqueles compostos por polipeptídeos, 
provocam mudanças na permeabilidade da 
membrana plasmática, que resultam saída 
e perda de metabólitos importantes. 
• Exemplos: lipopeptídeos. 
- Antibacterianos que interferem na síntese de 
proteínas: 
• As células eucarióticas apresentam 
ribossomos 80S, ao passo que as células 
procarióticas apresentam ribossomos 70S. 
• A diferença da estrutura ribossomal é a 
razão da tox ic idade se le t i va dos 
antibióticos que afetam a síntese de 
proteínas. 
• Os que atuam na síntese de proteínas são: 
cloranfenicol, eritromicina, estreptomicina, 
e as tetraciclinas. 
• Os aminoglicosídeos provocam leitura 
errada do código genético conduzindo a 
proteínas não funcionais. 
• As tetraciclinas bloqueiam a síntese 
protéica. 
• Cloranfenicol, lincomicina e clindamicina, 
impedem a união dos aminoácidos pela 
inibição da peptidiltransferase. 
• A eritromicina bloqueia a síntese protéica. 
• Exemplos: cloranfenicol, aminoglicosídeos, 
tetraciclinas, glicilcilinas, macrolídeos, 
es t reptograminas, oxazo l id inonas, 
pleuromutilinas. 
6
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- Antibacterianos que interferem com a síntese 
de DNA: 
• Atuam neste nível o metronidazol, os 
derivados quinolônicos e as rifampicinas. 
• O metronidazol é degradado formando 
produtos tóxicos que se intercalam na 
molécula de DNA quebrando-a. Deste 
m o d o , o m e t r o n i d a z o l p o d e s e r 
considerado bactericida. 
• A rifampicina combina-se de maneira 
irreversível com as RNA-polimerases, 
bloqueando a transcrição do DNA. Como 
esta combinação é irreversível, este 
antibiótico é bactericida e sua ação 
seletiva é explicada pelas diferenças 
existentes entre as RNA-polimerases 
encontradas nas bactérias e no organismo. 
• Os derivados quinolônicos também 
interferem com a síntese de DNA. 
• A função destas enzimas é promover o 
enrolamento e desenrolamento da 
molécula de DNA, para que ocupe o menor 
espaço dentro da célula. 
• Exemplo: rifamicinas, quinolonas efluoroquinolonas. 
- Inibição da síntese de metabólitos essenciais: 
• A a t i v i d a d e e n z i m á t i c a d e u m 
mic roo rgan ismo pode se r i n ib ida 
competitivamente por uma substancia. 
• Um exemplo é a relação entre os sulfa e o 
PABA. 
• Em muitos microrganismos o PABA é 
substrato para uma reação enzimática que 
leva à síntese de ácido fólico que atua 
como coenzima para a síntese de ácidos 
nucleicos e outros aminoácidos. 
• Exemplos: sulfonamidas. 
I. Mecanismos de resistência: 
- As bactérias podem ser classificadas em 
sensíveis e resistentes aos antimicrobianos. 
- A resistência pode ser natural ou adquirida. A 
natural corresponde a uma característica da 
espécie bacteriana e todas as amostras desta 
espécie têm esta propriedade. Na adquirida, 
somente parte das amostras é resistente. 
- Um conceito importante que deve ficar claro é 
que o antimicrobiano não induz a resistência 
e sim é um agente selecionador dos mais 
resistentes existentes no meio de uma 
população. 
- A aquisição de resistência por uma célula 
bacteriana sensível é sempre decorrência de 
uma alteração genética que se expressa 
bioquimicamente. 
- A resistência mediada por mutações é 
geralmente simples, isto é, atinge apenas um 
antibacteriano, porque dificilmente uma célula 
bacteriana sofre mutação simultânea para 
dois ou mais antimicrobianos. A mediada por 
fator R (plasmídio) pode ser simples, mas na 
maioria das vezes é múltipla, tornando a 
bac tér ia res is ten te a do is ou mais 
antibacterianos. 
- Não é rara a associação de resistência por 
mutação e plasmídios R em uma só bactéria. 
Bactérias, com este perfil de resistência, são 
mais frequentemente selecionadas em 
h o s p i t a i s o n d e h á i n t e n s o u s o d e 
antibacterianos. 
- Tanto a resistência cromossômica como a 
extracromossômica podem ser transferidas 
de uma bactéria para outra. 
- São vários os mecanismos químicos que 
podem levar uma bactéria a se tornar 
resistente: produção de enzimas que 
modificam a molécula do antibacteriano 
t o r n a n d o - o i n a t i v o ; d i m i n u i ç ã o d a 
permeabilidade à entrada do antibacteriano; 
alteração do alvo; síntese de novas enzimas 
7
25 de maio de 2019
que não sofrem ação do antibacteriano e 
expulsão do antibacteriano da célula. 
- Resistência à β-lactâmicos: as bactérias 
geralmente se tornam resistentes a estes 
antibióticos através da produção das β-
lactamases. 
- Resistência à aminoglicosídeos: são três os 
mecanismos químicos da resistência a estes 
antibióticos: alterações de permeabilidade, 
modificações ribossômicas e produção de 
enzimas inativantes. Os dois primeiros são 
mediados por mutação e o último, por 
plasmídio. 
- Resistência à tetraciclinas: de modo geral, as 
bac té r ias to rnam-se res i s ten tes às 
tetraciclinas por aquisição de plasmídios de 
resistência. A resistência é devido a proteínas 
denominadas Tet (Tet A, B, C e D) que, uma 
vez formadas, localizam-se na membrana 
citoplasmática, provocando a saída quase 
imediata do antibiótico da célula. 
- Resistência à Cloranfenicol: a resistência 
bacteriana ao cloranfenicol é mediada pela 
enzima cloranfenicol-acetil-transferase 
(CACT) que, ao acetilar a droga, faz com que 
ela perca a afinidade pelo seu alvo. Outro 
poss íve l mecan ismo de res is tênc ia 
apresentado por alguns Gram-negativos é a 
perda de permeabilidade. 
- Resistência à Eritromicina: a resistência a 
este antibiótico pode ser decorrente de 
mutação ou plasmídios de resistência. 
- Resistência à Rifamicinas e Quinolônicos: a 
resistência a estas drogas ocorre devido a 
mutações que alteram as enzimas RNA 
polimerases e DNAgirases, que são inibidas, 
respectivamente, pelas rifamicinas e qui- 
nolônicos. As alterações fazem com que 
estas enzimas não mais se combinem com 
os dois grupos de drogas. 
- Resistencia à Sulfonamidas e Trimetoprim: a 
resistência bacteriana às sulfas pode ser 
decorrente de mutação ou da aquisição de 
plasmídios de resistência. 
- Resistência à Glicopeptídeos: os enterococos 
resistentes a estes antibióticos (vancomicina 
e teicoplanina) produzem uma enzima que 
permite que o estágio final da ligação, 
bloqueado anteriormente pela ação das 
drogas, seja agora concluído. 
PATOGENICIDADE E FATORES DE 
VIRULÊNCIA DE BACTÉRIAS: 
- São microrganismos que causam doença. E 
para isso é necessário atravessar etapas, 
como: capacidade de penetração no 
hospedeiro; capacidade de escapar dos 
mecanismos de defesa pr imár ia do 
hospedeiro; se aderir à célula do hospedeiro; 
se propagar, levando a danos às células do 
h o s p e d e i r o e e v a s ã o d a s d e f e s a s 
secundárias do hospedeiro. 
- Q u a n d o p e n s a m o s e m o r g a n i s m o s 
patogênicos, ele precisa ter características 
que atinjam esses objetivos, e dependem do 
sucesso do microrganismos em completar 
alguns ou todos os estágios do processo 
infeccioso. 
- O s f a t o r e s d e v i r u l ê n c i a s ã o a s 
características da bactéria que aumentam a 
capacidade de causar a doença, eles 
aumentam a patogenicidade: 
• Primeira parte - principais portas de 
entrada do hospedeiro: trato respiratório, 
trato gastrointestinal, trato urogenital, 
pele ferida; após a entrada, eles terão que 
escapar dos mecanismos de defesa 
(fagocitose e acidez do meio ambiente 
{estômago e trato urogenital}); bactérias 
que contenham capsula é um fator de 
virulência que auxilia a bactéria a 
ultrapassar as defesas do hospedeiro, elas 
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25 de maio de 2019
tem maior chance, como S. pneumoniae, 
N. meningitidis. 
• Segunda parte - aderência às células do 
hospedeiro: a aderência aumenta a 
virulência, impede que a bactéria seja 
removida por muco ou que se solte pelo 
movimento intenso de fluidos: tem em sua 
parede a presença de adesinas que 
favorecem a sua fixação na célula do 
hospede i ro , se l i gam em pon tos 
específicos na célula do hospedeiro, agem 
como receptores; adesão por fímbrias, 
como a N. gonorrhoeae; bactéria com 
parede celular hidrofóbica, pode permitir 
a aderência à membrana celular do 
hospedeiro. 
• Terceira parte - invasão: várias bactérias 
possuem enzimas com capacidade de 
lisar a célula hospdeira, como enzimas 
hidrolíticas e proteolíticas que degradam 
componentes da MEC. 
• Quarta parte - presença de toxinas que 
podem ser de dentro da própria bactéria, 
como as endotoxinas, ou podem ser 
secretadas pela própria bactéria, como as 
exotoxinas. As endotoxinas para que elas 
aparecem, a bactéria tem que ser lisada; 
LPS presentes na membrana da bactéria 
resistem a variações de temperaturas, 
esse LPS pode causar doença, como a 
f e b r e . A s e x o t o x i n a s s ã o m a i s 
específicas, a bactéria não precisa ser 
destruída para que a toxina apareça, ela 
secreta a toxina; toxina diftérica leva a 
quebra de proteínas; toxina tetânica leva a 
um efeito miotóxico e neurotóxico; toxina 
bo tu l ín i ca que a tua imped indo a 
transmissão do impulso neural. 
I. Mycobacterium: 
- Tuberculose e lepra. 
- São bacilos aeróbios estritos, não tem 
capacidade de esporulação e não produzem 
toxinas. Não possuem flagelos ou cápsulas. 
- É um patógeno intracelular de macrófagos (o 
fato de não ter capsula permite que ele seja 
englobado pelos macrófagos). 
- A parede celular dele é composta por 
compostos específicos como: alto teor de 
lipídios complexos que permitem que ele 
sobreviva dentro de macrófagos. 
- Parede celular: presença de ácidos 
m i c ó l i c o s q u e f a v o r e c e m a s u a 
sobrevivência dentro de macrófagos e 
favorecem a sua agregação. Tem resistência 
a dessecação e a muitos desinfetantes 
químicos (não são facilmente desinfectadas e 
favorecem a sua transmissão). 
C. Mycobacterium tuberculosis: 
- É a causadora da tuberculose humana. 
- É a doença que matou muita gente no final 
do século XIX e XX. 
- Atualmente está tendo aumento de casos. 
- A principal forma de transmissão é através 
de partículas infectantes (podem permanecer 
em suspensãodurante algumas horas) e são 
altamente contagiosas. 
- O paciente com tuberculose ativa tem como 
principais sintomas a tosse. 
- Há formação de granulomas no pulmão, 
contendo as micobactérias no core central. É 
m e d i a d a p e l a r e s p o s t a i m u n e . O s 
granulomas podem ser pequenos ou maiores. 
- Patogênese: entrada do bacilo via trato 
respiratório, aparecimento de macrófagos, 
englobamento do bacilo, macrófagos atraem 
outros macrófagos, forma um tubérculo 
inicial, os primeiros macrófagos que 
englobaram os bacilos são rompidos 
ocorrendo necrose, começa a formação de 
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uma membrana externa formando granuloma, 
o rompimento do granuloma contribui para a 
sua disseminação via hematogênica e tosse. 
D. Mycobacterium leprae: 
- A lepra/hanseníase é uma doença que vem 
desde muitos anos. 
- É uma bactéria de crescimento lento com 
período de incubação longo. 
- O modo de transmissão é incerto e não é 
considerada contagiosa (somente em 
pessoas com contato íntimo). 
- As formas que são as mais contagiosas são 
as que possuem presença de grande 
quantidade de bacilos nas secreções nasais 
e no exsudato das lesões (na forma 
Virchowiana ou lepromatosa). 
- Apresentação clínica da doença: 
• Hansen íase pauc ibac i l a r : poucos 
microrganismos e muitos linfócitos. 
• Hanseníase multibacilar ou Virchowiana ou 
lepromatosa: presença de mui tos 
microrganismos nos macrófagos da derme 
e nas células de Schwann nos nervos 
periféricos. 
• Hanseníase na forma indeterminada: 
forma com características limítrofes com 
características das outras formas mais 
comuns. 
- Patogênese: o local de penetração é a 
mucosa nasal via trato respiratório. O 
microrganismos vai infectar nervos periféricos 
gerais, colonizam as células de Schwann; 
ocorre proliferação bacteriana, aumento de 
secreção de proteínas, moléculas de adesão, 
compostos que levão a inflamação. Ocorre 
lesão do tecido neural sensitivo e motores; 
leva à uma deformidade. Atinge pele do 
indivíduo, VAS, nervos periféricos, olhos. A 
falta da bainha de mielina, ocorre reação do 
sistema imune, levando a lesão das células 
neurais, e a desfiguração. A colonização do 
SNP leva a degeneração axonal, fibrose 
aumentada e desmielinização. 
II. Haemophilus influenzae: 
- São bacilos curtos, imóveis, gram-negativa, 
não possuem flagelos, não formam esporos, 
são anaeróbias facultativas (presença ou 
ausência de oxigênio), podem ou não ter 
capsulas dependendo das cepas. Aquelas 
que tem capsula (fator de virulência) são 
mais patogênicas. 
- Essa bactér ia pode causar : ar t r i te , 
pneumonia, meningite, celulite bacteriana, 
sinusite, conjuntivite. 
- Haemophilus tipo B é a principal agente 
etiológico de doenças graves invasivas 
(possui cápsula), é a principal causa de 
comorbidades em crianças não vacinadas. 
A. Meningite: 
- A transmissão é feita via contato direto com a 
pessoa doente ou portadora. 
- O diagnóstico é clinico e laboratorial (exame 
do líquido cefalorraquidiano). 
- Principais sintomas em bebes: febre alta, 
vômito, diarréia, inapetência, inquieto, 
convulsão, rigidez da nuca. 
- Pincipais sintomas em adultos: vômitos, 
cefaléia, rigidez na nuca, febre alta, fotofobia. 
III. Leptospira interrogans: 
- São bactérias espiroquetas delgadas, 
aeróbias estritas, gram-negativas. 
- Tem uma característica morfológica com 
endoflagelos, 2 flagelos periplasmáticos 
(característico). 
- É causadora da leptospirose, é uma zoonose 
(originalmente atinge animais e não homens, 
ela não precisa da raça humana, mas a partir 
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da presença nos animais, causa em 
homens). 
- É comum tanto em animais domésticos como 
silvestres. 
- Os ratos de esgoto são extremamente 
c o n t a m i n a d o s , m a s s ã o s o m e n t e 
reservatórios. A colonização se dá nas 
células renais desses animais e a eliminação 
é através da urina. 
- A transmissão pode ser via enchente onde 
contém a bactéria e contamina os humanos. 
- Preocupação em casos de pessoas com 
sintomas: enchente, épocas de grande 
chuva, alagamento, prática ou lazer de 
atividades em lagos e rios após chuvas. 
- Favorecimento de penetração: a presença de 
alta mobilidade favorece a sua entrada nos 
tecidos (pele e mucosas com pequenas 
lesões); facilidade na disseminação devido a 
sua rápida multiplicação. 
- Possui diversas formas clínicas. 
- Danos principais: toxicidade que leva à lesão 
dos tecidos, como endotélio dos capilares. 
- Sintomas: febre alta, mialgia, conjuntiva 
hiperemiada, neutrofilia; em piora do quadro 
há disfunção renal, icterícia, hepatomegalia, 
diátese hemorrágica (hemorragia espontânea 
em pontos espontâneos). 
IV. Helicobacter pylori: 
- É um bacilo curvo ou espiralado, gram-
negativo, microaerófilo (gosta de pouca 
concentração de oxigênio), não esporula. 
- Apresenta de 4 a 8 flagelos envelopados com 
um bulbo terminal (virulência - característico). 
- Fatores de virulência: alta motilidade. Quando 
ela cai no estômago, ela entra rapidamente 
pela camada que envolve a mucosa 
estomacal, evitando, assim, o efeito 
destrutivo do ácido gástrico. Produção de 
urease que leva a um aumento do pH 
gástrico no local em que se encontra, 
favorecendo a colonização. Produção de 
catalase e oxidase, e favorecem a sua 
sobrevivência frente a um tecido lesado. 
Produção de mucinase, uma protease que 
degrada o muco gástrico e favorece a adesão 
da bactéria e posterior desenvolvimento da 
doença. Adesinas que possuem alta 
capacidade de adesão ao epitélio gástrico. 
Síntese de citotóxica (VacA) que produzem 
vacuolos intracelulares levando a lesão 
tissular e úlcera péptica. 
- Essa bactéria causa infecção da mucosa 
gástrica e duodenal. Causa gastrite crônica 
com ulceras pepticas. 
- Ela inibe a produção de somatoastatina e 
consequente aumento de gastrina pelas 
células G. 
- Diagnóstico: exame histológico de biopsia de 
mucosa gastrica. Teste sorológico para 
anticorpos H. pylori. Teste da ureia marcada 
com 13C. 
V. Pseudomonas aeruginosa: 
- É um bacilo gram-negativo, aeróbio, 
raramente causa infecção, é um dos 
p r inc ipa is agen tes de in fecção em 
imunossuprimidos. 
- Apresenta fatores de virulência: flagelos, 
fímbrias, cápsula polissacarídea, apresenta 
LPS, secreta exotoxinas como proteases, 
biofi lme que favorece a colonização, 
capacidade de secreção de enzimas. 
- É considerado protótipo de patógeno 
oportunista. 
- Pode ser encontrado no solo, água, vegetais, 
animais, alimentos e nos mais diversos 
ambientes hospitalares (microrganismos 
ubiquitário). 
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- É um dos principais agentes de infecção 
hospitalar, levam a infecção urinária, 
pneumonia, bacteremia, e infecção em 
queimados. 
- É de d i f í c i l e r rad icação , f racassos 
terapêuticos, resistência da bactéria frente ao 
tratamento. 
VI. Streptococcus pneumoniae: 
- São cocos gram-positivos. 
- Dispostos em cadeias curtas, aeróbios 
facultativos, tem capsula, são considerados 
de grande patogenicidade principalmente em 
crianças e idosos. 
- É oportunista porque temos em nossa 
microbiota do TRS. 
- Fator de virulência: cápsula, parede celular 
hidrofóbica, presença de proteínas de 
superfície, e adesinas. 
A. Pneumonia: 
- É um patógeno que tem a capsula então se 
protege da defesa inicial, o que o torna mais 
virulento. 
- Se prolifera nos alvéolos. 
- Eles mesmo sofrem autólise (quebra do 
m i c r o r g a n i s m o s c o m l i b e r a ç ã o d e 
endotoxinas). 
- A pneumonia pneumocócica é aguda, 
conseqüência de uma gripe. 
- Afeta os lóbulos inferiores pulmonares. 
- Patogênese: colonização e migração e se 
disseminam para pulmão, seios paranarais e 
ouvido médio. Há produção de protease, e 
pneumolisina. 
VII.Klebisiella pneumoniae: 
- É uma bactéria gram-negativa em forma de 
bastonete, encapsulada, aeróbia facultativa. 
- É um patógeno oportunista e apresenta 
facilidade em colonizar mucosas. 
- A relevânciaé crescente nas infecções 
hospitalares. 
- No início dos anos 2000 surgiu uma nova 
enzima denominada KPC, identificada em 
cepas envolvidas em surto hospitalar, a 
enzima confere resistência à antibióticos 
porque inativa penicilinas, cephalosporins 
(resistente aos antibióticos de escolha). 
VIII. Staphylococcus aureus: 
- Se agrupam em cachos de uvas. Não tem 
mobilidade. Anaeróbios facultativos. 
- Patógenos oportunistas. 
- Fatores de virulência: cápsula, camada 
mucosa que favorece a ligação das bactérias 
no tecido, coagulase que se ligam no 
fibrinogênio, proteínas de adesão, enzimas 
hirolíticas e toxinas. 
- Causam uma intoxicação alimentar. 
MICOLOGIA: 
- O reino funghi é recente, os fungos eram 
inseridos no reino vegetal. Em 1969 houve a 
criação do reino funghi. Eles não possuem 
p i g m e n t o s e c a p a c i d a d e d e f a z e r 
fotossíntese. 
- É um reino muito amplo, mais de 100.000 
fungos descritos. 
- Há uma variedade de tipos de localização: 
solo (importância em mineralização de 
carbono), relação simbiótica com animais e 
plantas (comensalismo), e os fungos capazes 
de gerar doenças em plantas e humanos. 
- Dos fungos existentes, aproximadamente 50 
são patogênicos para humanos. 
- Desde a década de 70 houve aumento de 
casos de doença relacionadas a fungos, que 
está relacionado ao aumento do uso de 
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antibióticos (antibióticos começaram a ser 
usados muito mais do que antes, com isso 
bactérias da microbiota começaram ser mais 
afetadas e destruídas, e dai os fungos podem 
aumentar a sua área de patogenicidade, ou 
seja, aumento da prevalência das infecções 
oportunistas). 
- Os fungos são heterotróficos (ele se 
alimenta a partir de nutrientes), são 
eucarióticos (características como a 
membrana que envolve o núcleo, organelas 
no citoplasma), eles podem ser unicelulares 
como as leveduras ou multicelulares como 
os fungos filamentosos ou cogumelos. 
- Características estruturais: 
• Eucarioto: núcleo envolto em membrana, 
podendo ser mais de um núcleo, 
citoplasma com várias organelas e 
presença de reserva de glicogênio, 
membrana plasmática com ergosterol, 
possuem parede celular rígida com quitina, 
e pode ter (não é regra) capsula 
mucopolissacarídica que ajuda o fungo a 
se tornar patogênico em relação a nós. 
- Cogumelos: 
• São fungos macroscópicos. 
• Podem ser comestíveis ou alucinógenos 
ou tóxicos, porém a sua diferenciação é 
difícil. 
- Leveduras e fungos filamentosos: 
• São fungos microscópicos, porém quando 
é colocado em meio de cultura eles vão 
aparecer em forma de colônias. 
• Fungos filamentosos: são multicelulares, 
tem uma unidade estrutural chamada de 
hifas e o conjunto de hifas é chamado de 
micélio. 
- Micélio vegetativo: fica inserido dentro 
do substrato que serve de base e 
promove alimentação para o fungo. 
Serve de sustentação e absorção de 
nutrientes. 
- Micélio reprodutivo: ele tem importância 
de disseminação e preservação da 
espécie. Ficam localizados acima da 
superfície, denominadas hifas aéreas. 
Vai haver a formação de esporos de 
forma sexuada ou assexuada. 
- Os esporos podem ser formados no 
interior do próprio micélio (endósporo) 
ou exteriorizado (ectósporo). 
- Ectósporo de origem assexuada: 
formam conídios. Há formação de hifas, 
que saem a partir dos conidióforos os 
conídios. 
- Endósporo de origem assexuada: são 
os esporangióforos. Se originam de um 
esporângio. 
- Ec tóspo ro de o r i gem sexuada : 
basidióforos. Formados a partir do 
basídio. 
- Endósporos de origem sexuada: 
ascósporos. Origem a partir de células 
especiais chamadas ascos. 
• Leveduras : são unicelulares. Com 
estruturas arredondadas esferoidais ou 
ovais. 
- Na maioria das vezes a reprodução é 
assexuada: ou ela ocorre por fissão 
binárias ou por brotamento. Em alguns 
casos podem originar esporos sediados 
(ascóporos). 
- Candida sp: podem se unir para formar 
um pseudomicélio. Podem possuir a 
cápsula de posissacarídeo, e tornar a 
levedura mais patogênica. 
- Alguns fungos quando mantidos em cultivo 
por muito tempo, tem a capacidade de mudar 
de forma (pleomorfismo). Muda as suas 
características e não podem mais ser 
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identificados. Outros fungos perdem a 
capacidade de esporulação e perdem a sua 
especificação morfológica. Exemplos: 
• Fungos termodimórficos: fungos que 
mudam da forma fi lamentosa para 
levedur i forme na dependênc ia de 
temperatura. Como em 25ºC, apresentam-
se na forma de bolores, e a 37º C, na 
forma de levedura. 
• F u n g o s q u e m o d i f i c a m a f o r m a 
dependendo da concentração de CO2. 
Podem se apresentar ao mesmo tempo de 
forma filamentosa e leveduriforme. 
- Fungos patogênicos: a maioria dos fungos 
não causa doença no ser humano, são 
saprófitas. Porém cerca de 50 espécies que 
tem a capacidade de causar doença. 
• 3 tipos de doenças humanas associadas a 
fungos: alérgicas, tóxicas (ingestão de 
alimentos contaminados por fungos 
produtores de micotoxina ou fungos 
venenosos) e in fecc iosas (possu i 
propriedade de agir como patógeno 
primário ou oportunista — são as 
MICOSES — principal foco). 
• As micoses podem ser classificadas: de 
acordo com a sua profundidade da pele 
(superficiais, cutâneas, mucocutâneas, 
subcutâneas), e sistêmicas. 
I. Micoses superficiais: 
- Infecção na parte externa da epiderme. 
- Onde não há mais células vivas. 
- Exemplos: acometem a pele glabra ou as que 
acometem pelos e couro cabeludo. 
A. Tinea (pitiríase) versicolor: 
- O causador é o Malassezia spp. 
- É uma levedura. 
- É doença de pessoas saudáveis. 
- Ocor re no mundo todo porem com 
preva lênc ia em reg iões t rop ica is e 
subtropicias. 
- Passa de pessoa a pessoa via direta ou 
através de material queratínico de pessoa a 
pessoa. 
- Os sintomas são pequenas máculas 
distribuídas pelo corpo mas com prevalência 
no tronco superior; alteração na produção de 
melanina (em negros as manchas serão 
claras e em brancos as manchas serão 
escuras). 
- Acomete pele glabra. 
B. Tinea negra: 
- O causador é Hortaea werneckii. 
- É uma levedura. 
- Mais prevalência na África, Américas central 
e do sul. Regiões tropicais e subtropicais. 
- A transmissão é via inoculação traumática do 
fungo nas camadas superficiais da epiderme. 
- Sintomas: mancha mais escura. Acomete 
pele glabra. 
C. Piedra branca: 
- Causada por leveduras. 
- De regiões tropicais e subtropicais. 
- Pode estar relacionada com a falta de higiene 
(condicões socioeconômicas do indivíduo). 
- Afeta pêlos da região da virília e da axila. 
- O fungo fica ao redor da haste do pelo e há 
formação de um nódulo branco e castanho ao 
longo do pelo. Há nódulos pastosos. 
- Não danifica a haste do pelo. 
D. Piedra preta: 
- É causada por fungo filamentoso (bolor). 
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- Relacionada com temperatura alta e bastante 
umidade = região tropical (africa e América 
latina). 
- Relacionada com condição social. 
- Aparecem nódulos pequenos e escuros ao 
redor da haste do pelo. 
- Acomete principalmente no cabelo. 
- É assintomática. 
II. Micoses cutâneas: 
- De localização nas camadas mais profundas 
da epiderme e seus anexos (atinge pelos e 
unhas). Há danos nos anexos. São as 
dermatofitoses. 
- As dermatofitoses são causadas por fungos 
filamentosos. São fungos dermatófitos e o 
que é característico deles é que são 
queratinofílocos (afinidade pela queratina) e 
queratinolíticos (quebram a queratina). 
Capacidade de invadir pele, pêlo e unhas. 
- São denominados como Tinea ou Tinha. São 
classificados de acordo com o local afetado 
ou estrutura anatômica. Causadas por três 
gêneros: Trichophyton , Microsporum , 
Epidermophyton. 
A. Epidemiologia: 
- Os fungos dermató f i tos podem ser 
classificados em 3 categorias, baseadas em 
seu habitat natural. 
• Geofílicos: vivem no solo. patógenos 
ocasionais de animais e humanos. 
• Zoofílicos: infectam pele de animal.• Antropofágicos: agem somente no ser 
humano. 
- Distribuição pode ser bem variável e mundial, 
mais presente em regiões tropicais ou 
subtropicais. 
- Os dermatófitos podem permanecer viáveis 
em escamas da pele e em pelos por longos 
períodos. 
- A transmissão é direta ou por fômites. 
- Acometem todas as idades e ambos os 
sexos. 
B. Sintomas clínicos: 
- Na pele: causam lesões com propagação 
radial, circulares, bem delimitadas com centro 
descativo e bordos eritomatosos. 
- Na unha: infecção se inicia pela borda livre. 
Atinge a superfície e área subungueal. As 
unhas se apresentam branco-amareladas, 
porosas e quebradas. 
- No pelo: varia de acordo com a espécie do 
dermatófito. Os dermatófitos invadem folículo 
piloso, o pelo perde o brilho, fica quebradiço 
e cai. Pode haver invasão radial de novos 
folículos pilosos. Podem aparecer placas de 
tonsura ou lesão isoladas com grande 
componente inflamatório. Podem haver 
lesões crostodas, em forma de taça (escutula 
fávica). Podem haver alopecia cicatricial 
definitiva. 
III. Micoses mucocutâneas: 
- Mais especificamente candidíase oral, vaginal 
e TGI. 
- A cândida é um fungo que faz parte da 
m i c r o b i o t a n o r m a l . S ã o p a t ó g e n o s 
oportunistas. 
- A distribuição é mundial. Atinge ambos os 
sexos. A transmissão é endógena na maioria 
das vezes. Ocorre bastante em pacientes 
imunossuprimidos (AIDS — recorrência de 
candidíase oral). Em recém nascidos é 
comum a candidíase oral. 
A. Sintomas clínicos: 
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- Pele: espaços interdigitais, virilha e região 
submamária. Lesão úmidas esbranquiçadas 
ou eritomatosa. 
- Unha: mais em unhas das mãos. Unhas sem 
brilho, espessadas, endurecidas escurecidas. 
- Mucosa oral: lesão esbranquiçadas aderidas 
à mucosa, quando removidas deixa uma 
lesão vermelha. 
- M u c o s a v a g i n a l : d e s c a r g a v a g i n a l 
caseomatosa. Prurido. 
IV. Micoses subcutâneas: 
- São encontradas na pele e nos tecidos 
subcutâneos. 
- Causadas por fungos no solo ou vegetais. 
- São agentes etimológicos acidentais que 
contaminam o homem e o animal através de 
algum trauma na pele. 
A. Esporotricose: 
- Fungo da natureza. 
- É dimórfico. 
- Apresenta distribuição universal (mais 
frequente no brasil, America central, America 
latina, África). 
- É considerada um micose profissional porque 
atinge pessoas que trabalham com a terra 
(jardineiros, hortocultores e floristas). 
- Pode ocorrer transmissão zoológica por gatos 
portadores. 
- Sintomas: afeta os gânglios linfáticos dão no 
local da penetração uma úlcera, e a medida 
que se espalha formam nódulos escurecidos, 
que se rompem e eliminam pus. 
V. Micoses sistêmicas: 
- Atingem principalmente órgãos internos e 
vísceras (pode abranger muitos tecidos e 
órgãos diferentes). 
- Há inalação de ectósporos fúngicos levados 
do solo pelo vento. 
- Apresentam características comuns: 
• Apresentam distr ibuição geográfica 
limitada, principalmente a regiões das 
Américas. 
• Agentes etimológicos encontrados no solo 
ou no dejetos de animais como pombos. 
• Porta de entrada são das VAS. 
• Não são micoses transmissíveis de 
homem a homem e nem do contato direto 
do animais ao homem. 
A. Paracoccidioidomicose: 
- É um fungo dimórfico porque vai ser aspirado 
em forma de fungo filamentoso e conforme 
entra e vai ser envolvido dentro das células 
de defesa, ele se torna uma levedura. 
- Gosta de região úmida, com grande 
quantidade de vegetação e solo áspero. 
- Afeta predominantemente o sexo masculino. 
- Conhecida por afetar a região sul-americana. 
É a maior endêmica na América do sul. 
- Sintomas: formas pulmonares ou formas 
disseminadas; em geral, tem infecção 
primária defendida pela defesa primária, e 
podem reaparecer com a diminuição das 
defesas; o pulmão é o local mais atingido 
mas podem atingir as mucosas orais; tem 
progressão crônica (tosse persistente, 
escarro purulento, dor torácica, perda de 
peso, dispneia, e febre); forma aguda (mais 
grave, linfadenopatia, hapatoesplenomegalia, 
fungemia levando a lesões cutâneas). 
B. Aspergilose: 
- É considerado patógeno oportunista. 
- Encontrado geralmente na natureza. 
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- Ele dá processo alérgico e reação de 
hipersensibilidade no indivíduo, podendo 
chegar a um quadro de doença mais invasiva 
relacionada com a capacidade imunológica 
do indivíduo. 
- O fungo cresce como hifas ramificadas e 
septadas; produzem cabeças conidiais. 
- É comum no mundo todo. 
- Os conídios são ubíquos no ar, solo e 
material em decomposição. 
- Sintomas: manifestações alérgicas (depende 
do indivíduo e da sua resposta imunológica); 
asma, infiltrados pulmonares evidencias de 
hipersensibilidade ao antígeno; formação de 
asperg i l ose b rônqu ica obs t ru t i va e 
aspergiloma (bola fúngica) no pulmão e nos 
seios da face; o aspergiloma pode se formar 
nos seios paranasais ou em lesão cavitária 
pré-formada como em tuberculose. 
C. Criptococose: 
- É levedura. 
- Gosta de ficar no solo, principalmente em 
excretas de pombos. 
- A transmissão é via inalatória. 
- Atinge os pulmões e SNC. 
- B a s t a n t e c o m u m e m i n d i v í d u o s 
imunossuprimidos. 
- Forma mais comum: meningoencefalite. 
- Sintomas: variação sintomatologia é variada, 
podendo ser assintomática, ou causando 
uma pneumonia grave, com formação de 
nódulos, e aspecto esponjoso no pulmão; 
infecção secundária no SNC. 
D. Histoplasmose: 
- Fungo dimórfico, apresenta forma filamentosa 
(bolor) na natureza e levedura quando 
intracelular com brotamento nos tecidos. 
- Podem se diferenciar em duas variações que 
causam infecções pulmonares disseminadas 
(EUA e América latina) ou lesões cutâneas e 
ósseas (restrito às áreas tropicais da África). 
- Sintomas: histoplasmose clássica (depende 
da intensidade de exposição); forma 
autolimitada; forma disseminada crônica, 
subaguda ou aguda. 
VIROLOGIA: 
- São parasitas intracelulares obrigatórios; não 
possuem metabolismo próprio; não se 
reproduzem fora do hospedeiro. 
- O m e t a b o l i s m o d e l e s d e p e n d e d o 
metabolismo da célula hospedeira. 
- Eles podem induzir síntese de proteínas, de 
partes especializadas deles; induzem a 
síntese de estruturas especializadas capazes 
de transferir o ácido nucleico viral para outras 
células. 
- Podem ser encontrados de duas formas: 
vírion (partícula encontrava de forma livre) e 
vírus. 
- A maioria infecta tipos específicos de células 
e a interação ocorre quimicamente com 
receptores específicos na superfície das 
células. 
- Exemplo: bacteriófagos são vírus que a 
célula hospedeira para ele é uma bactéria, se 
l igando nas estruturas externas das 
bactérias. 
- Exemplo: vírus humanos se l igam a 
es t ru tu ras ex te rnas as membranas 
plasmáticas. 
- Possuem grande diversidade de formas. São 
agentes infecciosos muito pequenos (maioria 
de 12 a 400 nm); alguns saem dessa regra 
como o Ebola que é bem maior. 
- Composição: 
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• Possuem forma variada; apresentam 
apenas 1 ácido nucleico (DNA ou RNA); 
capsídeo que é uma capa proteica que 
envolve o ácido nucleico; nucleocapsídeo 
é a junção do ácido nucleico com o 
capsídeo (não obrigatório); envoltório com 
espículas glicoproteicas. 
• Classificação de acordo com o ácido 
nucleico: vírus de DNA (poxvírus; 
herpesvírus; adenovírus; papilomavírus) e 
v í r u s d e R N A ( o r t o m i x o v í r u s ; 
paramixovírus; rabdovírus; retrovírus; vírus 
da rubéola). 
• Capsídeo: maneira de diferenciar vírus. 
Capsídeo é formado por subunidades 
chamadas capsômeros. A arquitetura pode 
variar de: helicoidal, poliédrica e forma 
complexa. 
- Forma helicoidal: rígido ou flexível. 
Forma de hélice que envolve o ácido 
nucleico em seu interior. Ex: ebola. 
- Forma poliédrica: podem ter várias 
faces, mas o mais comum são os de 20 
faces (icosaédricos). Ex: adenovírus. 
- Forma complexa: bacteriófagos (cabeçapoliédrica e bainha caudal é helicoidal), 
e poxvírus (sem capsídeo claramente 
definido, mas com vários envoltórios em 
volta do ácido nucleico viral). 
• E n v e l o p e v i r a l : b i c a m a d a c o m 
glicoproteínas. Quando o vírus é replicado, 
ele pega a bicamada a partir das células 
hospedeiras. A glicoproteína é fabricada 
pelo próprio vírus. Não é obrigatório ter. 
• Enzimas: alguns vírus contem enzimas 
essenciais para o processo infeccioso. Ex: 
retrovírus carrega enzima transcriptase 
reversa. 
- Replicação viral: dependência da célula 
hospedeira que fornece substratos, energia e 
maquinário necessário à síntese de proteínas 
v i r a i s e r e p l i c a ç ã o d o g e n o m a . O 
conhecimento das fases de replicação dão 
importância para estratégia para fármacos. 
• Ciclo lítico: responsável pela liberação do 
vírus. 
• Ciclo lisogênico: material genético inserido 
na célula do hospedeiro como forma 
latente. 
- Etapas da replicação: onde ocorre ação dos 
fármacos. 
• Adsorção: reconhecimento da célula-alvo. 
Ligação à célula hospedeira através da 
presença de receptores específicos para 
cada vírus. Os receptores específicos são 
moléculas de superfície celular que se 
ligam ao vírus. 
• Penetração e liberação do genoma no 
interior da célula hospedeira : a 
penetração após ligação irreversível, pode 
ocorrer por endocitose, ou fusão do 
envelope viral (apenas a parte do envelope 
se funde na membrana do hospedeiro), ou 
p o r i n j e ç ã o d o á c i d o n u c l e i c o 
(bacteriófagos se ligam e injetam o 
material genético no interior da célula 
hospedeira). 
• Indução de síntese de macromoléculas. 
• Replicação do genoma: DNA (após a 
entrada na célula ocorre o desnudamento; 
dai o DNA entra no núcleo da célula 
hospedeira; RNA polimerase catalisa a 
transcrição de RNAm; translação do 
RNAm em proteínas virais específicas 
como proteínas estruturais e enzimas que 
sintetizam DNA viral; montagem das 
proteínas da capa; e liberação do vírion) 
ou RNA (ocorre no citoplasma; adsorção, 
penetração e desnudamento; codificação e 
síntese de RNA polimerase dependente do 
RNA viral; transcrição do RNAm traduzido 
em proteínas e enzimas para o uso na 
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montagem de novos vírions; montagem de 
pro te ínas da capa; l iberação por 
brotamento ou L ise da cé lu la do 
hospedeiro), ou retrovírus (ele contem a 
enzima transcriptase reversa, que é uma 
transcriptase reversa dependente do RNA 
viral; essa enzima faz a cópia do RNA e 
transforma em DNA de dupla fita que se 
integra ao DNA da célula hospedeira, se 
tornando um pró-vírus e mantem a sua 
latência por muito tempo). 
• Montagem do vírus. 
• Liberação do vírus. 
I. HIV e AIDS: 
- HIV é um retrovírus. 
- Duas formas conhecidas: HIV 1 (distribuído 
pelo mundo e mais virulento) e HIV 2 
(confinado na África). 
- Apresenta interação complexa com o sistema 
imunológico do hospedeiro. 
- Quando entram nas células, HIV se integra 
ao DNA do hospedeiro (provírus) —> 
transcrição —> novos vírions. 
- A síndrome da imunodeficiência adquirida só 
aparece no f ina l quando o s is tema 
imunológico está deficiente. 
- Evolução clínica usual: 
• Doença aguda inicial: aumento progressivo 
de par t ícu las v i ra is no sangue e 
disseminação pelos tecidos. 
• Viremia reduzida pela ação dos linfócitos 
citotóxicos. 
• Período livre de sintomas: redução da 
viremia e replicação silenciosa nos 
linfonodos. 
• Latência clínica (duração de 10 anos) onde 
há declínio constante das células T CD4. 
• Falha do sistema imunológico permite o 
aparecimento dos sinais e sintomas da 
AIDS, permite o aparecimento de 
i n f e c ç õ e s o p o r t u n i s t a s , d o e n ç a s 
neurológicas, depressão da medula óssea 
e cânceres; em pacientes não tratados, a 
morte ocorre em 2 anos. 
II. Morbillivírus - Sarampo: 
- Vírus de RNA; grande e envelopado; com 
nucleocapsídeo helicoidal. 
- Epidemiologia: distribuído mundialmente. 
• Em países desenvolvidos tem a vacinação 
eficiente e a doença passa a ser 
esporádica (lembrar de pessoas que 
optam por não vacinarem). 
• Em países subdesenvolvidos representa 
uma das principais causas de morte de 
crianças de 1 a 5 anos. 
• P a c i e n t e i m u n o c o m p r o m e t i d o s e 
desnutridos não conseguem superar a 
infecção e morrem. 
- Sintomas clínicos: febre inespecífica, tosse, 
coriza, conjuntivite e fotofobia. Possui 
manchas de Kopl ik são lesões nas 
membranas mucosas típicas, são observadas 
na mucosa bocal próxima aos molares e se 
apresentam como pequenas manchas 
brancas com halo eritematoso. Presença de 
exantema maculopapular em tronco e face, 
que se espalha por todo o corpo. 
- Compl icações: pneumonia (devido a 
diminuição do SI, ocorre superinfecção 
bacteriana), e encefalite. 
III. Rubivírus - Rubéola: 
- Vírus de RNA; capsídeo na simetria 
icosaédrica; vírus pequeno e envelopado. 
- Epidemiologia: população humana somente. 
- Distribuição mundial. 
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- A vacinação é eficiente. 
- Patogênese e características clínicas: duas 
formas aguda e congênita. 
- Aguda: benigna com maioria ocorrendo na 
forma subclínica, transmissão pelas vias 
aéreas superiores. 
• Sintomas: erupção maculopapular, 
linfoadenopatia, febre baixa, conjuntivite, 
faringite, artralgia. 
- Congênita: transmissão via transplacentária, 
primeiro trimestre da gravidez. 
• Sintomas: malformações e abortos, perda 
da audição, doença cardíaca congênita, 
r e t a r d o p s i c o m o t o r , g l a u c o m a , 
hepatoesplenomegalia. 
IV. Herpervírus humanos: 
- Vírus de DNA; grandes e envelopados; 
capsídeo icosaédrico. 
- Que atinge a espécie humana são 8 que 
causam a doença (HHV). 
- HHV3 Vírus varicela-zoster - Catapora e 
Herpes-zoster: 
• Catapora: infecção primária de dá pelo 
trato respiratório ou por contato com 
fluidos vesiculares infectados. 
- Sintomas: exantema maculopapular; 
formação de crostas; febre; em adultos 
pode levar a quadros de pneumonia. 
- Herpes zoster: é a recorrência de uma 
infecção latente por catapora. 
• Sintomas: dor forte na área de inervação 
que precede aparecimento e lesões de 
características máculopapular (bolhosas 
com base eritomatosa), exantema se limita 
a um dermátomo, pode apresentar dor 
crônica após o tratamento. 
V. P a p i l o m a v í r u s h u m a n o s ( H P V ) 
-Verrugas: 
- Vírus de DNA; não envelopados; capsídeo 
isocaédrico. 
- Epidemiologia: resistente à inativação; 
transmissão por fômites. 
- Infecção adquirida por: contato direto, relação 
sexual, e passagem do bebe por parto 
infectado. 
- Patogênese: infecção e replicação no epitélio 
escamoso da pele e mucosas. 
- Sintomas: verrugas. Algumas podem estar 
associados a displasia e podem se tornar 
cancerosas. 
VI. Flavivírus: 
A. Febre amarela: 
- Vírus de RNA; capsídeo icosaédrico; 
pequeno e envelopado com projeções 
superficiais. 
- É um arbovírus que é aquele que é 
transmitido por picada de um artrópode. 
- Epidemiologia: endêmica. 
- Possuem 2 ciclos: urbano por Aedes aegypti 
(humanos) e silvestre (primatas e humanos) 
por Haemagogus e Sabethes. 
- Sintomas: 
• Forma leve: febre e cefaléia. 
• Forma moderada: febre, cefaléia, mialgia e 
artralgia, congestão conjuntival, náuseas e 
alguns fenômenos hemorrágicos. 
• Forma grave: febre alta, cefaléia intensa, 
m ia lg ia acen tuada , i c te r í c i a , do r 
e p i g á s t r i c o , s a n g r a m e n t o n a s a l , 
hematêmese e melena. 
• Forma mal igna: toxemia abrupta , 
encefalopatia e demais sintomas da forma 
grave. Após 5 a 7 dias há ocorrência de 
insuficiência hepatorrenal e de coagulação 
intravascular disseminada. 
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B. Dengue: 
- Vírus de RNA; capsídeo simetria icosaédrica; 
pequeno e envelopado com projeções 
superficiais. 
- Arbovírus: vírus com transmissão que se dá 
por picada de artrópode. 
- Epidemiologia: doença endêmica, clima 
tropical e subtropical, aumento da ocorrênciaem áreas endêmicas. 
COLORAÇÃO DE GRAM: 
- A coloração de Gram é muito utilizada porque 
a maioria das bactérias cora-se por este 
método, permitindo observar sua morfologia e 
fornecendo informações a respeito do 
comportamento do material celular diante de 
corantes básicos (corantes de Gram). 
- Devido a estas vantagens, esta coloração é 
também utilizada no estudo taxonômico das 
bactérias. 
- O mecanismo da coloração de Gram se 
refere à composição da parede celular, sendo 
que as Gram-positivas possuem uma 
espessa camada de peptidoglicano ligados a 
ácidos teicoicos e ácidos lipoteicóicos que 
apesar de serem encontrados ao longo da 
parede, encontram-se intimamente ligados à 
fração lipídica da membrana celular. 
• As Gram-negativas apresentam uma fina 
camada de peptidoglicano, sobre a qual se 
encontra uma camada composta por 
lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e 
lipopolissacarídeos (membrana externa). 
- Durante o processo de coloração, o 
tratamento com álcool (ou álcool 
acetona) dissolve a membrana externa, 
daí resultando em porosidade ou 
permeabilidade aumentada da parede 
celular das Gram-negativas. 
- Assim, o complexo cristal violeta-iodo é 
removido e as bactérias Gram-negativas 
são descoradas. 
• A parede celular das Gram-positivas, em 
virtude de sua composição diferente, 
muitas camadas de peptidoglicano, torna-
se desidratada durante o tratamento com 
á l c o o l , a p o r o s i d a d e d i m i n u i , a 
permeabilidade é reduzida e o complexo 
cristal violeta-iodo não é removido. 
- Etapas da coloração de Gram: 
6. Cobrir toda a lâmina com solução de cristal 
violeta, aguardar 1 minuto, em seguida 
desprezar o corante e lavar com água. 
Nesta etapa ambas as Gram-positivas e 
Gram-negativas serão coradas em violeta. 
7. Cobrir toda a lâmina com lugol, aguardar 1 
minuto, em seguida desprezar o corante e 
lavar com água. Nas Gram-positivas e nas 
Gram-negativas há a formação do complexo 
cristal violeta-iodo no interior da célula, que 
permanece violeta. 
8. Cobrir a lâmina com álcool acetona por 
cerca de 30 segundos. Lavar rapidamente 
em água corrente. Nas Gram-positivas 
ocorre desidratação da parede celular, 
d i m i n u i ç ã o d a p o r o s i d a d e e d a 
permeabilidade; o complexo cristal violeta-
iodo não pode sair da célula, que 
permanece violeta. Nas Gram-negativas o 
álcool acetona dissolve a membrana 
externa da parede celular, aumento da 
porosidade; o complexo cristal violeta-iodo é 
removido da célula. 
9. Cobrir com safranina e aguardar 30 
segundos. Lavar a lâmina e, esperar secar 
antes de visualizar no microscópio. As 
Gram-pos i t i vas não são a fe tadas , 
permanecendo violeta. Nas gram-negativas, 
a célula adquire o corante, tornando-se 
vermelha. 
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