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25 de maio de 2019 MICROBIOLOGIA N2 GENÉTICA BACTERIANA: - O processo de evolução biológica de todo organismo vivo é produto de alterações no seu material genético. A informação contida nesse material está codificada na grande maior ia dos organ ismos pe lo ác ido desoxirribonucleico (DNA), enquanto em alguns vírus essa informação encontra-se no ácido ribonucleico (RNA). - A molécula de DNA é geralmente uma dupla fita. O DNA possui em vários organismos as mesmas propriedades ou funções, as quais incluem a mesma capacidade de replicação e transmissão das moléculas hereditárias durante a divisão celular. A unidade de replicação é o replicon, que contém um sítio de origem capaz de replicação autônoma. - Observa-se que existem 2 forquilhas em cromossomos circulantes que se replicam então em forma bidirecional. A 180º do ponto de origem existe um sitio de terminação. A replicação do DNA é semiconservativa, isto é, é uma fita do DNA parental é conservada durante o processo de replicação, enquanto a fita complementar é sintetizada novamente. - A síntese de DNA em uma fita é descontínua, enquanto na outra é contínua. Ambas as fitas são sintetizadas em sentido 5’———> 3’, mas a fita que está sendo sintetizada em sentido 3’———> 5’ o faz em fragmentos conhecidos como fragmentos de Okasaki, os quais são unidos por uma ligase. - Gene: um elemento informacional que especifica a sequencias de aminoácidos de uma proteína. - O DNA na bactéria é encontrado no nucleóide, que é uma região do citoplasma da bactéria onde se encontra a grande maioria do DNA que se encontra solto no citoplasma em forma condensada. - Além disso há a existência de plasmídeos, que são moléculas de DNA independentes do cromossomo principal das bactérias. P o r t a n t o , s ã o e l e m e n t o s d e D N A extracromossômicos que se replicam de maneira autônoma e auto-controlada, gerando vantagem seletiva. - O DNA bacteriano tem a sua forma organizada diferente da dos eucariotos. • Em bactérias podem ter 2 ou mais genes que são transcritos em RNAm ao mesmo tempo. • Em bactérias, genes relacionados são frequentemente encontrados agrupados no c romossomo, do qua l podem ser transcritos por um promotor (sítio de ligação da RNA polimerase) como uma unidade. Esse conjunto de genes sob o controle de um único promotor é conhecido como operon. • Essa estrutura de transcrição ao mesmo tempo é chamada de OPERON. Os genes bac te r i anos são o rgan i zados em OPERON. • Eles são transcritos ao mesmo tempo porque tão no mesmo processo de 1 25 de maio de 2019 regulação. Eles possuem um mesmo regulador terminal. Como tem uma mesma regulação, quando forma o RNAm, ele é formado por uma sequencia de mais de uma proteína; o RNAm é então lida pelo ribossomo que traduz a sequencia de aminoácidos em proteínas separadas. • Por que elas se organizam em OPERON? Porque elas conseguem se multiplicar de forma muito rápida e sem gastar muita energia, portanto, essa organização traz a ideia de que genes que traduzem proteínas com funções relacionados são sempre produzidas ao mesmo tempo. Por isso para a bactéria é interessante produzir as proteínas todas juntas. Os genes que estão em OPERON possuem funções relacionadas. I. Variabilidade genética: - Inclui processos que alteram a sequencia de proteínas do DNA, servindo para que o indivíduo possa sobreviver a determinadas variações do ambiente. - Mecanismos que permitem a variabilidade genética: A. Mutações: - As alterações na estrutra química ou física do DNA são conhecidas como mutações. Estas podem ser ocasionadas por agentes físicos ou químicos chamados mutagênicos ou agentes gonotóxicos. - As mutações são fontes de uma grande variabilidade genética, e sem elas o processo de adaptação não iria possível. Portanto, existe tendencia a uma variabilidade herdada de uma gerado a outra. De acordo com o agente, as mutações podem ser espontâneas ou induzidas. • Mutações espontâneas: podem ser causadas por erros durante a replicação do DNA ou pela exposição do organismo a inf luências extracelulares do meio ambiente, como radiações ou agentes químicos. • Mutações induzidas: são produto de uma ação deliberada na qual o organismo é exposto à ação de um agente genotóxico. - As frequências variam para cada tipo de mutação, para cada espécie e para cada linhagem. Algumas regiões do DNA são mais sensíveis à apar ição de um evento mutacional, chamadas pontos quentes. As mutações podem envolver uma base só, mutações pontuais. A taxa de mutação a um mutagênico específico depende da natureza da base no extremo 5’. O sistema de reparo varia em sua efetividade devido à presença de bases específicas na região do sítio de mutação. - Quando as mutações são estudadas em nível de po l ipept ídeos, são reconhec idos basicamente quatro tipos de mutações que alteram a atividade destes: mutações sem sentido, mutações de sentido errado, mutações de fase de leitura e mutação supressora. - As mutações sem sentido são o produto de códons sem sentido, ou seja, que não especificam para nenhum aminoácido. Elas são reconhecidas como sinais de terminação pelos ribossomos. Os resultados são polipeptídeos mais curtos, cuja atividade encontra-se seriamente comprometida. As mutações de sentido errado afetam uma base, resultando na substituição de um aminoácido por outro no polipeptídeo. - As mutações de fase de leitura afetam a sequência como um todo, pois elas são os produtos de inserções ou deleções numa sequência. As mutações supressoras podem ser intragênicas, ou seja, perto do gene que sofre a primeira mutação. 2 25 de maio de 2019 - Entre as principais variações fenotípicas consequentes das mutações, são conhecidos os mutantes: • Auxotróficos: são incapazes de sintetizar um ou mais fatores de crescimento como aminoácidos, pur inas, p i r imid inas, vitaminas. As lesões afetam genes que codificam para enzimas envolvidas na síntese de proteínas. As linhagens do tipo selvagem são prototróficas (capazes de sintetizar o fator de crescimento). • Resistente a drogas: mutantes que exibem diferente tolerância a drogas como antibióticos e quimioterápicos. • Morfológicos: apresentam alterações, como a incapacidade de produzir flagelo, pili ou fímbria, cápsula, ou variações na forma da colônia. • Temperatura-sensíveis (ts): são mutantes incapazes de produzir um metabólito ou uma função a temperaturas diferentes à normal (temperatura restritiva). No caso de proteínas, a estrutura destas pode variar como consequência da variação na temperatura. Em condições normais, esta é funcional (temperatura permissiva). • Supressor-sensíveis: mutantes incapazes de funcionar, a menos que uma segunda mutação ou fator, ou supressor, esteja presente. Este supressor corrige ou compensa o defeito fenotípico causado pela mutação supressora-sensível. B. Recombinação e transferência genética: - E n q u a n t o a m u t a ç ã o a s s e g u r a a variabilidade, a recombinação genética garante que diferentes combinações de genes sejam possíveis. Os mecanismos desenvolvidos evolutivamente, que permitem a recombinação, são: transformação, transdução e conjugação. 1. Transformação: - Durante o processo de transformação, os genes são transferidos de uma bactéria para outra como DNA “nu” em solução. - Algumas bactérias, talvez após a morte e lise celular, liberam o seu DNA no ambiente. Então, outras bactérias podem encontrar o DNA e, dependendo da espécie em particular e das condições de crescimento, captar fragmentos no DNA e integra-los em seus próprios cromossomos por recombinação. - Todos os descendentes dessa célula recombinante serão idênticos a ela. 2. Conjugação: - Outro mecanismos pelo qual o material genético é transferido de uma bactéria para outra é denominado conjugação. - A conjugação é mediada por um tipo de plasmídeo,um fragmento circular de DNA 3 25 de maio de 2019 que se replica de modo independente do cromossomo da célula. - Os plasmídeos diferem dos cromossomos bacterianos, pois os genes que eles transportam normalmente não são essenciais para o crescimento da célula sob condições normais. - A conjugação difere da transformação porque a conjugação requer o contato direto célula a célula. E as células em conjugação geralmente devem ser de tipos opostos de acasalamento. - As células doadoras devem transportar o plasmídeo, e as células receptoras não. - O plasmídeo transporta genes que codificam a síntese de pili sexuais, projeções da superfície da célula doadora que entram, em contato com a receptora e auxiliam a unir as duas células em contato direto. - No processo de conjugação, o plasmídeo é replicado durante a transferencia de uma cópia do filamento simples de DNA plasmidal para o receptor. 3. Transdução: - Nesse processo, o DNA bacteriano é transferido de uma célula doadora para uma célula receptora dentro de um vírus que infecta bactérias, denominado bacteriófago, ou fago. - Transdução generalizada: o DNA fágico e as proteínas são sintetizados pela célula bacteriana hosapedeira. O DNA do fago deve ser empacotado dentro do capsídeo proteico que o recobre. Entretanto, o DNA bacteriano, o DNA plasmidal e até mesmo o DNA de outro vírus podem ser empacotados dentro do capsídeo protéico fágico. - Tr a n s d u ç ã o e s p e c i a l i z a d a : a p e n a s determinados genes bacterianos são transferidos. - Transdução abortiva: quando o DNA do vírus é muito grande para penetrar a bactéria, ele aborta e vira plasmídeo. - Quando o vírus infecta uma célula, ele pode infectar de duas formas: ciclo lítico ou ciclo lisogênico. • Ciclo lítico: ocorre lise. O DNA do vírus dentro da bactéria, ele quebra o DNA cromossomo da bactéria, produz novas cápsulas virais, e então esses vírus são produzidos em larga escala e rompem a bactéria e os vírus são liberados. 4 25 de maio de 2019 • Ciclo lisogênico: tem uma bactéria que o vírus reconhece ela, e coloca o seu DNA dentro da bactéria. O DNA viral entra dentro do DNA da bactéria e passa a ser incorporado dele. Quando a bactéria for reproduzir, ele também será transferido para a sua prole. - Na transdução, o vírus promove um ciclo lítico, entrando no citoplasma da bactéria onde lisa o DNA bacteriano, produz novas partículas virais, incorpora DNA bacteriano no DNA viral e forma novos vírus, na hora que ele faz isso, ele empacota o DNA viral em outros vírus para poder infectar outras bactérias. Esse vírus quando for infectar outra bactéria, ele libera o pedaço da bactéria doadora, e entra no cromossomo da outra bactéria, ocorrendo uma transdução. 4. Plasmídeo: - Molécula circular extracromossomica. - Possuí a replicação de forma autônoma. Para que que este replique não precisa que a bactéria esteja em reprodução. Possuí a sua própria origem de replicação. - Cada plasmídeo controla o numero de cópias em um citoplasma da bactéria, ele se autorregula. - Trazem uma vantagem seletiva para a bactéria: decodifica uma proteína que pode trazer uma vantagem para a bactéria sobreviver, dependendo das condições do ambiente, por exemplo a codificação de um gene que traz resistencia a um antibiótico. - Características: a bactéria pode perder o plasmídeo sem grandes problemas para a sua sobrevivência. Ele não é essencial, só é um “acessório”. Há bactérias que não possuem plasmídeo. • Fazer uma molécula de plasmídeo é desvantagem pois gasta energia. Traz vantagem adaptativa. • Podem ser circularem ou lineares. • Cada plasmídeo pode ter um numero de cópias x e ele que regula isso. • Uma bactér ia pode conter vár ios plasmídeos diferentes. • Plasmídeos promíscuos podem ser transferidos para bactérias de espécies e gêneros diferentes. • A classificação será baseada em qual informação ele está trazendo.. se é resistencia, capacidade de transferir material genético, entre outros. - Plasmídeo fertilidade (fator F): é um plasmídeo conjuntivo que transporta os genes para os pili sexuais e para a transferencia do plasmídeo para outra célula. 5 25 de maio de 2019 - Plasmídeo resistência (fator R): transporta genes que conferem à célula hospedeira resistencia a antibióticos, metais pesados ou toxinas celulares. 5. Transposon ou DNA saltitante: - Pequenos fragmentos de DNA que podem se mover de uma região do DNA para outra. - Eles podem se mover de um local para outro no mesmo cromossomo, ou para outro cromossomo ou plasmídeo. - Os transposons podem conter genes para enterotoxinas ou para a resistencia a antibióticos. - Plasmídeos, como o fator R, frequentemente são compostos de um con jun to de transposons. ANTIMICROBIANOS: - A essência do tratamento antimicrobiano é a toxicidade seletiva - matar ou inibir o micro- organismo sem afetar o hospedeiro. - Os antibióticos e os quimioterápicos que atuam sobre as bactérias, interferem com diferentes atividades da célula bacteriana, causando a sua morte ou somente inibindo o seu crescimento. - Antibacterianos que atuam na parede celular bacteriana: • A parede bac te r iana cons is te de peptídeoglicano. E é encontrado apenas nas paredes celulares bacterianas. • A penicilina e outros antibióticos previnem a s í n t e s e d e p e p t í d e o g l i c a n o s , consequentemente, a parede celular fica enfraquecida, e a célula sofre lise. • A penicilina age somente sobre as células que estejam com o crescimento ativo, já as células humanas que não possuem peptídeoglicano, não são afetadas (apresentam toxicidade seletiva). • Exemplos: penicilina, carbapenemos, m o n o b a c t a m o s , c e f a l o s p o r i n a s , bacitracina, vancomicina. - Antibacterianos que atuam no nível da membrana citoplasmática: • Determinados antibióticos, principalmente aqueles compostos por polipeptídeos, provocam mudanças na permeabilidade da membrana plasmática, que resultam saída e perda de metabólitos importantes. • Exemplos: lipopeptídeos. - Antibacterianos que interferem na síntese de proteínas: • As células eucarióticas apresentam ribossomos 80S, ao passo que as células procarióticas apresentam ribossomos 70S. • A diferença da estrutura ribossomal é a razão da tox ic idade se le t i va dos antibióticos que afetam a síntese de proteínas. • Os que atuam na síntese de proteínas são: cloranfenicol, eritromicina, estreptomicina, e as tetraciclinas. • Os aminoglicosídeos provocam leitura errada do código genético conduzindo a proteínas não funcionais. • As tetraciclinas bloqueiam a síntese protéica. • Cloranfenicol, lincomicina e clindamicina, impedem a união dos aminoácidos pela inibição da peptidiltransferase. • A eritromicina bloqueia a síntese protéica. • Exemplos: cloranfenicol, aminoglicosídeos, tetraciclinas, glicilcilinas, macrolídeos, es t reptograminas, oxazo l id inonas, pleuromutilinas. 6 25 de maio de 2019 - Antibacterianos que interferem com a síntese de DNA: • Atuam neste nível o metronidazol, os derivados quinolônicos e as rifampicinas. • O metronidazol é degradado formando produtos tóxicos que se intercalam na molécula de DNA quebrando-a. Deste m o d o , o m e t r o n i d a z o l p o d e s e r considerado bactericida. • A rifampicina combina-se de maneira irreversível com as RNA-polimerases, bloqueando a transcrição do DNA. Como esta combinação é irreversível, este antibiótico é bactericida e sua ação seletiva é explicada pelas diferenças existentes entre as RNA-polimerases encontradas nas bactérias e no organismo. • Os derivados quinolônicos também interferem com a síntese de DNA. • A função destas enzimas é promover o enrolamento e desenrolamento da molécula de DNA, para que ocupe o menor espaço dentro da célula. • Exemplo: rifamicinas, quinolonas efluoroquinolonas. - Inibição da síntese de metabólitos essenciais: • A a t i v i d a d e e n z i m á t i c a d e u m mic roo rgan ismo pode se r i n ib ida competitivamente por uma substancia. • Um exemplo é a relação entre os sulfa e o PABA. • Em muitos microrganismos o PABA é substrato para uma reação enzimática que leva à síntese de ácido fólico que atua como coenzima para a síntese de ácidos nucleicos e outros aminoácidos. • Exemplos: sulfonamidas. I. Mecanismos de resistência: - As bactérias podem ser classificadas em sensíveis e resistentes aos antimicrobianos. - A resistência pode ser natural ou adquirida. A natural corresponde a uma característica da espécie bacteriana e todas as amostras desta espécie têm esta propriedade. Na adquirida, somente parte das amostras é resistente. - Um conceito importante que deve ficar claro é que o antimicrobiano não induz a resistência e sim é um agente selecionador dos mais resistentes existentes no meio de uma população. - A aquisição de resistência por uma célula bacteriana sensível é sempre decorrência de uma alteração genética que se expressa bioquimicamente. - A resistência mediada por mutações é geralmente simples, isto é, atinge apenas um antibacteriano, porque dificilmente uma célula bacteriana sofre mutação simultânea para dois ou mais antimicrobianos. A mediada por fator R (plasmídio) pode ser simples, mas na maioria das vezes é múltipla, tornando a bac tér ia res is ten te a do is ou mais antibacterianos. - Não é rara a associação de resistência por mutação e plasmídios R em uma só bactéria. Bactérias, com este perfil de resistência, são mais frequentemente selecionadas em h o s p i t a i s o n d e h á i n t e n s o u s o d e antibacterianos. - Tanto a resistência cromossômica como a extracromossômica podem ser transferidas de uma bactéria para outra. - São vários os mecanismos químicos que podem levar uma bactéria a se tornar resistente: produção de enzimas que modificam a molécula do antibacteriano t o r n a n d o - o i n a t i v o ; d i m i n u i ç ã o d a permeabilidade à entrada do antibacteriano; alteração do alvo; síntese de novas enzimas 7 25 de maio de 2019 que não sofrem ação do antibacteriano e expulsão do antibacteriano da célula. - Resistência à β-lactâmicos: as bactérias geralmente se tornam resistentes a estes antibióticos através da produção das β- lactamases. - Resistência à aminoglicosídeos: são três os mecanismos químicos da resistência a estes antibióticos: alterações de permeabilidade, modificações ribossômicas e produção de enzimas inativantes. Os dois primeiros são mediados por mutação e o último, por plasmídio. - Resistência à tetraciclinas: de modo geral, as bac té r ias to rnam-se res i s ten tes às tetraciclinas por aquisição de plasmídios de resistência. A resistência é devido a proteínas denominadas Tet (Tet A, B, C e D) que, uma vez formadas, localizam-se na membrana citoplasmática, provocando a saída quase imediata do antibiótico da célula. - Resistência à Cloranfenicol: a resistência bacteriana ao cloranfenicol é mediada pela enzima cloranfenicol-acetil-transferase (CACT) que, ao acetilar a droga, faz com que ela perca a afinidade pelo seu alvo. Outro poss íve l mecan ismo de res is tênc ia apresentado por alguns Gram-negativos é a perda de permeabilidade. - Resistência à Eritromicina: a resistência a este antibiótico pode ser decorrente de mutação ou plasmídios de resistência. - Resistência à Rifamicinas e Quinolônicos: a resistência a estas drogas ocorre devido a mutações que alteram as enzimas RNA polimerases e DNAgirases, que são inibidas, respectivamente, pelas rifamicinas e qui- nolônicos. As alterações fazem com que estas enzimas não mais se combinem com os dois grupos de drogas. - Resistencia à Sulfonamidas e Trimetoprim: a resistência bacteriana às sulfas pode ser decorrente de mutação ou da aquisição de plasmídios de resistência. - Resistência à Glicopeptídeos: os enterococos resistentes a estes antibióticos (vancomicina e teicoplanina) produzem uma enzima que permite que o estágio final da ligação, bloqueado anteriormente pela ação das drogas, seja agora concluído. PATOGENICIDADE E FATORES DE VIRULÊNCIA DE BACTÉRIAS: - São microrganismos que causam doença. E para isso é necessário atravessar etapas, como: capacidade de penetração no hospedeiro; capacidade de escapar dos mecanismos de defesa pr imár ia do hospedeiro; se aderir à célula do hospedeiro; se propagar, levando a danos às células do h o s p e d e i r o e e v a s ã o d a s d e f e s a s secundárias do hospedeiro. - Q u a n d o p e n s a m o s e m o r g a n i s m o s patogênicos, ele precisa ter características que atinjam esses objetivos, e dependem do sucesso do microrganismos em completar alguns ou todos os estágios do processo infeccioso. - O s f a t o r e s d e v i r u l ê n c i a s ã o a s características da bactéria que aumentam a capacidade de causar a doença, eles aumentam a patogenicidade: • Primeira parte - principais portas de entrada do hospedeiro: trato respiratório, trato gastrointestinal, trato urogenital, pele ferida; após a entrada, eles terão que escapar dos mecanismos de defesa (fagocitose e acidez do meio ambiente {estômago e trato urogenital}); bactérias que contenham capsula é um fator de virulência que auxilia a bactéria a ultrapassar as defesas do hospedeiro, elas 8 25 de maio de 2019 tem maior chance, como S. pneumoniae, N. meningitidis. • Segunda parte - aderência às células do hospedeiro: a aderência aumenta a virulência, impede que a bactéria seja removida por muco ou que se solte pelo movimento intenso de fluidos: tem em sua parede a presença de adesinas que favorecem a sua fixação na célula do hospede i ro , se l i gam em pon tos específicos na célula do hospedeiro, agem como receptores; adesão por fímbrias, como a N. gonorrhoeae; bactéria com parede celular hidrofóbica, pode permitir a aderência à membrana celular do hospedeiro. • Terceira parte - invasão: várias bactérias possuem enzimas com capacidade de lisar a célula hospdeira, como enzimas hidrolíticas e proteolíticas que degradam componentes da MEC. • Quarta parte - presença de toxinas que podem ser de dentro da própria bactéria, como as endotoxinas, ou podem ser secretadas pela própria bactéria, como as exotoxinas. As endotoxinas para que elas aparecem, a bactéria tem que ser lisada; LPS presentes na membrana da bactéria resistem a variações de temperaturas, esse LPS pode causar doença, como a f e b r e . A s e x o t o x i n a s s ã o m a i s específicas, a bactéria não precisa ser destruída para que a toxina apareça, ela secreta a toxina; toxina diftérica leva a quebra de proteínas; toxina tetânica leva a um efeito miotóxico e neurotóxico; toxina bo tu l ín i ca que a tua imped indo a transmissão do impulso neural. I. Mycobacterium: - Tuberculose e lepra. - São bacilos aeróbios estritos, não tem capacidade de esporulação e não produzem toxinas. Não possuem flagelos ou cápsulas. - É um patógeno intracelular de macrófagos (o fato de não ter capsula permite que ele seja englobado pelos macrófagos). - A parede celular dele é composta por compostos específicos como: alto teor de lipídios complexos que permitem que ele sobreviva dentro de macrófagos. - Parede celular: presença de ácidos m i c ó l i c o s q u e f a v o r e c e m a s u a sobrevivência dentro de macrófagos e favorecem a sua agregação. Tem resistência a dessecação e a muitos desinfetantes químicos (não são facilmente desinfectadas e favorecem a sua transmissão). C. Mycobacterium tuberculosis: - É a causadora da tuberculose humana. - É a doença que matou muita gente no final do século XIX e XX. - Atualmente está tendo aumento de casos. - A principal forma de transmissão é através de partículas infectantes (podem permanecer em suspensãodurante algumas horas) e são altamente contagiosas. - O paciente com tuberculose ativa tem como principais sintomas a tosse. - Há formação de granulomas no pulmão, contendo as micobactérias no core central. É m e d i a d a p e l a r e s p o s t a i m u n e . O s granulomas podem ser pequenos ou maiores. - Patogênese: entrada do bacilo via trato respiratório, aparecimento de macrófagos, englobamento do bacilo, macrófagos atraem outros macrófagos, forma um tubérculo inicial, os primeiros macrófagos que englobaram os bacilos são rompidos ocorrendo necrose, começa a formação de 9 25 de maio de 2019 uma membrana externa formando granuloma, o rompimento do granuloma contribui para a sua disseminação via hematogênica e tosse. D. Mycobacterium leprae: - A lepra/hanseníase é uma doença que vem desde muitos anos. - É uma bactéria de crescimento lento com período de incubação longo. - O modo de transmissão é incerto e não é considerada contagiosa (somente em pessoas com contato íntimo). - As formas que são as mais contagiosas são as que possuem presença de grande quantidade de bacilos nas secreções nasais e no exsudato das lesões (na forma Virchowiana ou lepromatosa). - Apresentação clínica da doença: • Hansen íase pauc ibac i l a r : poucos microrganismos e muitos linfócitos. • Hanseníase multibacilar ou Virchowiana ou lepromatosa: presença de mui tos microrganismos nos macrófagos da derme e nas células de Schwann nos nervos periféricos. • Hanseníase na forma indeterminada: forma com características limítrofes com características das outras formas mais comuns. - Patogênese: o local de penetração é a mucosa nasal via trato respiratório. O microrganismos vai infectar nervos periféricos gerais, colonizam as células de Schwann; ocorre proliferação bacteriana, aumento de secreção de proteínas, moléculas de adesão, compostos que levão a inflamação. Ocorre lesão do tecido neural sensitivo e motores; leva à uma deformidade. Atinge pele do indivíduo, VAS, nervos periféricos, olhos. A falta da bainha de mielina, ocorre reação do sistema imune, levando a lesão das células neurais, e a desfiguração. A colonização do SNP leva a degeneração axonal, fibrose aumentada e desmielinização. II. Haemophilus influenzae: - São bacilos curtos, imóveis, gram-negativa, não possuem flagelos, não formam esporos, são anaeróbias facultativas (presença ou ausência de oxigênio), podem ou não ter capsulas dependendo das cepas. Aquelas que tem capsula (fator de virulência) são mais patogênicas. - Essa bactér ia pode causar : ar t r i te , pneumonia, meningite, celulite bacteriana, sinusite, conjuntivite. - Haemophilus tipo B é a principal agente etiológico de doenças graves invasivas (possui cápsula), é a principal causa de comorbidades em crianças não vacinadas. A. Meningite: - A transmissão é feita via contato direto com a pessoa doente ou portadora. - O diagnóstico é clinico e laboratorial (exame do líquido cefalorraquidiano). - Principais sintomas em bebes: febre alta, vômito, diarréia, inapetência, inquieto, convulsão, rigidez da nuca. - Pincipais sintomas em adultos: vômitos, cefaléia, rigidez na nuca, febre alta, fotofobia. III. Leptospira interrogans: - São bactérias espiroquetas delgadas, aeróbias estritas, gram-negativas. - Tem uma característica morfológica com endoflagelos, 2 flagelos periplasmáticos (característico). - É causadora da leptospirose, é uma zoonose (originalmente atinge animais e não homens, ela não precisa da raça humana, mas a partir 10 25 de maio de 2019 da presença nos animais, causa em homens). - É comum tanto em animais domésticos como silvestres. - Os ratos de esgoto são extremamente c o n t a m i n a d o s , m a s s ã o s o m e n t e reservatórios. A colonização se dá nas células renais desses animais e a eliminação é através da urina. - A transmissão pode ser via enchente onde contém a bactéria e contamina os humanos. - Preocupação em casos de pessoas com sintomas: enchente, épocas de grande chuva, alagamento, prática ou lazer de atividades em lagos e rios após chuvas. - Favorecimento de penetração: a presença de alta mobilidade favorece a sua entrada nos tecidos (pele e mucosas com pequenas lesões); facilidade na disseminação devido a sua rápida multiplicação. - Possui diversas formas clínicas. - Danos principais: toxicidade que leva à lesão dos tecidos, como endotélio dos capilares. - Sintomas: febre alta, mialgia, conjuntiva hiperemiada, neutrofilia; em piora do quadro há disfunção renal, icterícia, hepatomegalia, diátese hemorrágica (hemorragia espontânea em pontos espontâneos). IV. Helicobacter pylori: - É um bacilo curvo ou espiralado, gram- negativo, microaerófilo (gosta de pouca concentração de oxigênio), não esporula. - Apresenta de 4 a 8 flagelos envelopados com um bulbo terminal (virulência - característico). - Fatores de virulência: alta motilidade. Quando ela cai no estômago, ela entra rapidamente pela camada que envolve a mucosa estomacal, evitando, assim, o efeito destrutivo do ácido gástrico. Produção de urease que leva a um aumento do pH gástrico no local em que se encontra, favorecendo a colonização. Produção de catalase e oxidase, e favorecem a sua sobrevivência frente a um tecido lesado. Produção de mucinase, uma protease que degrada o muco gástrico e favorece a adesão da bactéria e posterior desenvolvimento da doença. Adesinas que possuem alta capacidade de adesão ao epitélio gástrico. Síntese de citotóxica (VacA) que produzem vacuolos intracelulares levando a lesão tissular e úlcera péptica. - Essa bactéria causa infecção da mucosa gástrica e duodenal. Causa gastrite crônica com ulceras pepticas. - Ela inibe a produção de somatoastatina e consequente aumento de gastrina pelas células G. - Diagnóstico: exame histológico de biopsia de mucosa gastrica. Teste sorológico para anticorpos H. pylori. Teste da ureia marcada com 13C. V. Pseudomonas aeruginosa: - É um bacilo gram-negativo, aeróbio, raramente causa infecção, é um dos p r inc ipa is agen tes de in fecção em imunossuprimidos. - Apresenta fatores de virulência: flagelos, fímbrias, cápsula polissacarídea, apresenta LPS, secreta exotoxinas como proteases, biofi lme que favorece a colonização, capacidade de secreção de enzimas. - É considerado protótipo de patógeno oportunista. - Pode ser encontrado no solo, água, vegetais, animais, alimentos e nos mais diversos ambientes hospitalares (microrganismos ubiquitário). 11 25 de maio de 2019 - É um dos principais agentes de infecção hospitalar, levam a infecção urinária, pneumonia, bacteremia, e infecção em queimados. - É de d i f í c i l e r rad icação , f racassos terapêuticos, resistência da bactéria frente ao tratamento. VI. Streptococcus pneumoniae: - São cocos gram-positivos. - Dispostos em cadeias curtas, aeróbios facultativos, tem capsula, são considerados de grande patogenicidade principalmente em crianças e idosos. - É oportunista porque temos em nossa microbiota do TRS. - Fator de virulência: cápsula, parede celular hidrofóbica, presença de proteínas de superfície, e adesinas. A. Pneumonia: - É um patógeno que tem a capsula então se protege da defesa inicial, o que o torna mais virulento. - Se prolifera nos alvéolos. - Eles mesmo sofrem autólise (quebra do m i c r o r g a n i s m o s c o m l i b e r a ç ã o d e endotoxinas). - A pneumonia pneumocócica é aguda, conseqüência de uma gripe. - Afeta os lóbulos inferiores pulmonares. - Patogênese: colonização e migração e se disseminam para pulmão, seios paranarais e ouvido médio. Há produção de protease, e pneumolisina. VII.Klebisiella pneumoniae: - É uma bactéria gram-negativa em forma de bastonete, encapsulada, aeróbia facultativa. - É um patógeno oportunista e apresenta facilidade em colonizar mucosas. - A relevânciaé crescente nas infecções hospitalares. - No início dos anos 2000 surgiu uma nova enzima denominada KPC, identificada em cepas envolvidas em surto hospitalar, a enzima confere resistência à antibióticos porque inativa penicilinas, cephalosporins (resistente aos antibióticos de escolha). VIII. Staphylococcus aureus: - Se agrupam em cachos de uvas. Não tem mobilidade. Anaeróbios facultativos. - Patógenos oportunistas. - Fatores de virulência: cápsula, camada mucosa que favorece a ligação das bactérias no tecido, coagulase que se ligam no fibrinogênio, proteínas de adesão, enzimas hirolíticas e toxinas. - Causam uma intoxicação alimentar. MICOLOGIA: - O reino funghi é recente, os fungos eram inseridos no reino vegetal. Em 1969 houve a criação do reino funghi. Eles não possuem p i g m e n t o s e c a p a c i d a d e d e f a z e r fotossíntese. - É um reino muito amplo, mais de 100.000 fungos descritos. - Há uma variedade de tipos de localização: solo (importância em mineralização de carbono), relação simbiótica com animais e plantas (comensalismo), e os fungos capazes de gerar doenças em plantas e humanos. - Dos fungos existentes, aproximadamente 50 são patogênicos para humanos. - Desde a década de 70 houve aumento de casos de doença relacionadas a fungos, que está relacionado ao aumento do uso de 12 25 de maio de 2019 antibióticos (antibióticos começaram a ser usados muito mais do que antes, com isso bactérias da microbiota começaram ser mais afetadas e destruídas, e dai os fungos podem aumentar a sua área de patogenicidade, ou seja, aumento da prevalência das infecções oportunistas). - Os fungos são heterotróficos (ele se alimenta a partir de nutrientes), são eucarióticos (características como a membrana que envolve o núcleo, organelas no citoplasma), eles podem ser unicelulares como as leveduras ou multicelulares como os fungos filamentosos ou cogumelos. - Características estruturais: • Eucarioto: núcleo envolto em membrana, podendo ser mais de um núcleo, citoplasma com várias organelas e presença de reserva de glicogênio, membrana plasmática com ergosterol, possuem parede celular rígida com quitina, e pode ter (não é regra) capsula mucopolissacarídica que ajuda o fungo a se tornar patogênico em relação a nós. - Cogumelos: • São fungos macroscópicos. • Podem ser comestíveis ou alucinógenos ou tóxicos, porém a sua diferenciação é difícil. - Leveduras e fungos filamentosos: • São fungos microscópicos, porém quando é colocado em meio de cultura eles vão aparecer em forma de colônias. • Fungos filamentosos: são multicelulares, tem uma unidade estrutural chamada de hifas e o conjunto de hifas é chamado de micélio. - Micélio vegetativo: fica inserido dentro do substrato que serve de base e promove alimentação para o fungo. Serve de sustentação e absorção de nutrientes. - Micélio reprodutivo: ele tem importância de disseminação e preservação da espécie. Ficam localizados acima da superfície, denominadas hifas aéreas. Vai haver a formação de esporos de forma sexuada ou assexuada. - Os esporos podem ser formados no interior do próprio micélio (endósporo) ou exteriorizado (ectósporo). - Ectósporo de origem assexuada: formam conídios. Há formação de hifas, que saem a partir dos conidióforos os conídios. - Endósporo de origem assexuada: são os esporangióforos. Se originam de um esporângio. - Ec tóspo ro de o r i gem sexuada : basidióforos. Formados a partir do basídio. - Endósporos de origem sexuada: ascósporos. Origem a partir de células especiais chamadas ascos. • Leveduras : são unicelulares. Com estruturas arredondadas esferoidais ou ovais. - Na maioria das vezes a reprodução é assexuada: ou ela ocorre por fissão binárias ou por brotamento. Em alguns casos podem originar esporos sediados (ascóporos). - Candida sp: podem se unir para formar um pseudomicélio. Podem possuir a cápsula de posissacarídeo, e tornar a levedura mais patogênica. - Alguns fungos quando mantidos em cultivo por muito tempo, tem a capacidade de mudar de forma (pleomorfismo). Muda as suas características e não podem mais ser 13 25 de maio de 2019 identificados. Outros fungos perdem a capacidade de esporulação e perdem a sua especificação morfológica. Exemplos: • Fungos termodimórficos: fungos que mudam da forma fi lamentosa para levedur i forme na dependênc ia de temperatura. Como em 25ºC, apresentam- se na forma de bolores, e a 37º C, na forma de levedura. • F u n g o s q u e m o d i f i c a m a f o r m a dependendo da concentração de CO2. Podem se apresentar ao mesmo tempo de forma filamentosa e leveduriforme. - Fungos patogênicos: a maioria dos fungos não causa doença no ser humano, são saprófitas. Porém cerca de 50 espécies que tem a capacidade de causar doença. • 3 tipos de doenças humanas associadas a fungos: alérgicas, tóxicas (ingestão de alimentos contaminados por fungos produtores de micotoxina ou fungos venenosos) e in fecc iosas (possu i propriedade de agir como patógeno primário ou oportunista — são as MICOSES — principal foco). • As micoses podem ser classificadas: de acordo com a sua profundidade da pele (superficiais, cutâneas, mucocutâneas, subcutâneas), e sistêmicas. I. Micoses superficiais: - Infecção na parte externa da epiderme. - Onde não há mais células vivas. - Exemplos: acometem a pele glabra ou as que acometem pelos e couro cabeludo. A. Tinea (pitiríase) versicolor: - O causador é o Malassezia spp. - É uma levedura. - É doença de pessoas saudáveis. - Ocor re no mundo todo porem com preva lênc ia em reg iões t rop ica is e subtropicias. - Passa de pessoa a pessoa via direta ou através de material queratínico de pessoa a pessoa. - Os sintomas são pequenas máculas distribuídas pelo corpo mas com prevalência no tronco superior; alteração na produção de melanina (em negros as manchas serão claras e em brancos as manchas serão escuras). - Acomete pele glabra. B. Tinea negra: - O causador é Hortaea werneckii. - É uma levedura. - Mais prevalência na África, Américas central e do sul. Regiões tropicais e subtropicais. - A transmissão é via inoculação traumática do fungo nas camadas superficiais da epiderme. - Sintomas: mancha mais escura. Acomete pele glabra. C. Piedra branca: - Causada por leveduras. - De regiões tropicais e subtropicais. - Pode estar relacionada com a falta de higiene (condicões socioeconômicas do indivíduo). - Afeta pêlos da região da virília e da axila. - O fungo fica ao redor da haste do pelo e há formação de um nódulo branco e castanho ao longo do pelo. Há nódulos pastosos. - Não danifica a haste do pelo. D. Piedra preta: - É causada por fungo filamentoso (bolor). 14 25 de maio de 2019 - Relacionada com temperatura alta e bastante umidade = região tropical (africa e América latina). - Relacionada com condição social. - Aparecem nódulos pequenos e escuros ao redor da haste do pelo. - Acomete principalmente no cabelo. - É assintomática. II. Micoses cutâneas: - De localização nas camadas mais profundas da epiderme e seus anexos (atinge pelos e unhas). Há danos nos anexos. São as dermatofitoses. - As dermatofitoses são causadas por fungos filamentosos. São fungos dermatófitos e o que é característico deles é que são queratinofílocos (afinidade pela queratina) e queratinolíticos (quebram a queratina). Capacidade de invadir pele, pêlo e unhas. - São denominados como Tinea ou Tinha. São classificados de acordo com o local afetado ou estrutura anatômica. Causadas por três gêneros: Trichophyton , Microsporum , Epidermophyton. A. Epidemiologia: - Os fungos dermató f i tos podem ser classificados em 3 categorias, baseadas em seu habitat natural. • Geofílicos: vivem no solo. patógenos ocasionais de animais e humanos. • Zoofílicos: infectam pele de animal.• Antropofágicos: agem somente no ser humano. - Distribuição pode ser bem variável e mundial, mais presente em regiões tropicais ou subtropicais. - Os dermatófitos podem permanecer viáveis em escamas da pele e em pelos por longos períodos. - A transmissão é direta ou por fômites. - Acometem todas as idades e ambos os sexos. B. Sintomas clínicos: - Na pele: causam lesões com propagação radial, circulares, bem delimitadas com centro descativo e bordos eritomatosos. - Na unha: infecção se inicia pela borda livre. Atinge a superfície e área subungueal. As unhas se apresentam branco-amareladas, porosas e quebradas. - No pelo: varia de acordo com a espécie do dermatófito. Os dermatófitos invadem folículo piloso, o pelo perde o brilho, fica quebradiço e cai. Pode haver invasão radial de novos folículos pilosos. Podem aparecer placas de tonsura ou lesão isoladas com grande componente inflamatório. Podem haver lesões crostodas, em forma de taça (escutula fávica). Podem haver alopecia cicatricial definitiva. III. Micoses mucocutâneas: - Mais especificamente candidíase oral, vaginal e TGI. - A cândida é um fungo que faz parte da m i c r o b i o t a n o r m a l . S ã o p a t ó g e n o s oportunistas. - A distribuição é mundial. Atinge ambos os sexos. A transmissão é endógena na maioria das vezes. Ocorre bastante em pacientes imunossuprimidos (AIDS — recorrência de candidíase oral). Em recém nascidos é comum a candidíase oral. A. Sintomas clínicos: 15 25 de maio de 2019 - Pele: espaços interdigitais, virilha e região submamária. Lesão úmidas esbranquiçadas ou eritomatosa. - Unha: mais em unhas das mãos. Unhas sem brilho, espessadas, endurecidas escurecidas. - Mucosa oral: lesão esbranquiçadas aderidas à mucosa, quando removidas deixa uma lesão vermelha. - M u c o s a v a g i n a l : d e s c a r g a v a g i n a l caseomatosa. Prurido. IV. Micoses subcutâneas: - São encontradas na pele e nos tecidos subcutâneos. - Causadas por fungos no solo ou vegetais. - São agentes etimológicos acidentais que contaminam o homem e o animal através de algum trauma na pele. A. Esporotricose: - Fungo da natureza. - É dimórfico. - Apresenta distribuição universal (mais frequente no brasil, America central, America latina, África). - É considerada um micose profissional porque atinge pessoas que trabalham com a terra (jardineiros, hortocultores e floristas). - Pode ocorrer transmissão zoológica por gatos portadores. - Sintomas: afeta os gânglios linfáticos dão no local da penetração uma úlcera, e a medida que se espalha formam nódulos escurecidos, que se rompem e eliminam pus. V. Micoses sistêmicas: - Atingem principalmente órgãos internos e vísceras (pode abranger muitos tecidos e órgãos diferentes). - Há inalação de ectósporos fúngicos levados do solo pelo vento. - Apresentam características comuns: • Apresentam distr ibuição geográfica limitada, principalmente a regiões das Américas. • Agentes etimológicos encontrados no solo ou no dejetos de animais como pombos. • Porta de entrada são das VAS. • Não são micoses transmissíveis de homem a homem e nem do contato direto do animais ao homem. A. Paracoccidioidomicose: - É um fungo dimórfico porque vai ser aspirado em forma de fungo filamentoso e conforme entra e vai ser envolvido dentro das células de defesa, ele se torna uma levedura. - Gosta de região úmida, com grande quantidade de vegetação e solo áspero. - Afeta predominantemente o sexo masculino. - Conhecida por afetar a região sul-americana. É a maior endêmica na América do sul. - Sintomas: formas pulmonares ou formas disseminadas; em geral, tem infecção primária defendida pela defesa primária, e podem reaparecer com a diminuição das defesas; o pulmão é o local mais atingido mas podem atingir as mucosas orais; tem progressão crônica (tosse persistente, escarro purulento, dor torácica, perda de peso, dispneia, e febre); forma aguda (mais grave, linfadenopatia, hapatoesplenomegalia, fungemia levando a lesões cutâneas). B. Aspergilose: - É considerado patógeno oportunista. - Encontrado geralmente na natureza. 16 25 de maio de 2019 - Ele dá processo alérgico e reação de hipersensibilidade no indivíduo, podendo chegar a um quadro de doença mais invasiva relacionada com a capacidade imunológica do indivíduo. - O fungo cresce como hifas ramificadas e septadas; produzem cabeças conidiais. - É comum no mundo todo. - Os conídios são ubíquos no ar, solo e material em decomposição. - Sintomas: manifestações alérgicas (depende do indivíduo e da sua resposta imunológica); asma, infiltrados pulmonares evidencias de hipersensibilidade ao antígeno; formação de asperg i l ose b rônqu ica obs t ru t i va e aspergiloma (bola fúngica) no pulmão e nos seios da face; o aspergiloma pode se formar nos seios paranasais ou em lesão cavitária pré-formada como em tuberculose. C. Criptococose: - É levedura. - Gosta de ficar no solo, principalmente em excretas de pombos. - A transmissão é via inalatória. - Atinge os pulmões e SNC. - B a s t a n t e c o m u m e m i n d i v í d u o s imunossuprimidos. - Forma mais comum: meningoencefalite. - Sintomas: variação sintomatologia é variada, podendo ser assintomática, ou causando uma pneumonia grave, com formação de nódulos, e aspecto esponjoso no pulmão; infecção secundária no SNC. D. Histoplasmose: - Fungo dimórfico, apresenta forma filamentosa (bolor) na natureza e levedura quando intracelular com brotamento nos tecidos. - Podem se diferenciar em duas variações que causam infecções pulmonares disseminadas (EUA e América latina) ou lesões cutâneas e ósseas (restrito às áreas tropicais da África). - Sintomas: histoplasmose clássica (depende da intensidade de exposição); forma autolimitada; forma disseminada crônica, subaguda ou aguda. VIROLOGIA: - São parasitas intracelulares obrigatórios; não possuem metabolismo próprio; não se reproduzem fora do hospedeiro. - O m e t a b o l i s m o d e l e s d e p e n d e d o metabolismo da célula hospedeira. - Eles podem induzir síntese de proteínas, de partes especializadas deles; induzem a síntese de estruturas especializadas capazes de transferir o ácido nucleico viral para outras células. - Podem ser encontrados de duas formas: vírion (partícula encontrava de forma livre) e vírus. - A maioria infecta tipos específicos de células e a interação ocorre quimicamente com receptores específicos na superfície das células. - Exemplo: bacteriófagos são vírus que a célula hospedeira para ele é uma bactéria, se l igando nas estruturas externas das bactérias. - Exemplo: vírus humanos se l igam a es t ru tu ras ex te rnas as membranas plasmáticas. - Possuem grande diversidade de formas. São agentes infecciosos muito pequenos (maioria de 12 a 400 nm); alguns saem dessa regra como o Ebola que é bem maior. - Composição: 17 25 de maio de 2019 • Possuem forma variada; apresentam apenas 1 ácido nucleico (DNA ou RNA); capsídeo que é uma capa proteica que envolve o ácido nucleico; nucleocapsídeo é a junção do ácido nucleico com o capsídeo (não obrigatório); envoltório com espículas glicoproteicas. • Classificação de acordo com o ácido nucleico: vírus de DNA (poxvírus; herpesvírus; adenovírus; papilomavírus) e v í r u s d e R N A ( o r t o m i x o v í r u s ; paramixovírus; rabdovírus; retrovírus; vírus da rubéola). • Capsídeo: maneira de diferenciar vírus. Capsídeo é formado por subunidades chamadas capsômeros. A arquitetura pode variar de: helicoidal, poliédrica e forma complexa. - Forma helicoidal: rígido ou flexível. Forma de hélice que envolve o ácido nucleico em seu interior. Ex: ebola. - Forma poliédrica: podem ter várias faces, mas o mais comum são os de 20 faces (icosaédricos). Ex: adenovírus. - Forma complexa: bacteriófagos (cabeçapoliédrica e bainha caudal é helicoidal), e poxvírus (sem capsídeo claramente definido, mas com vários envoltórios em volta do ácido nucleico viral). • E n v e l o p e v i r a l : b i c a m a d a c o m glicoproteínas. Quando o vírus é replicado, ele pega a bicamada a partir das células hospedeiras. A glicoproteína é fabricada pelo próprio vírus. Não é obrigatório ter. • Enzimas: alguns vírus contem enzimas essenciais para o processo infeccioso. Ex: retrovírus carrega enzima transcriptase reversa. - Replicação viral: dependência da célula hospedeira que fornece substratos, energia e maquinário necessário à síntese de proteínas v i r a i s e r e p l i c a ç ã o d o g e n o m a . O conhecimento das fases de replicação dão importância para estratégia para fármacos. • Ciclo lítico: responsável pela liberação do vírus. • Ciclo lisogênico: material genético inserido na célula do hospedeiro como forma latente. - Etapas da replicação: onde ocorre ação dos fármacos. • Adsorção: reconhecimento da célula-alvo. Ligação à célula hospedeira através da presença de receptores específicos para cada vírus. Os receptores específicos são moléculas de superfície celular que se ligam ao vírus. • Penetração e liberação do genoma no interior da célula hospedeira : a penetração após ligação irreversível, pode ocorrer por endocitose, ou fusão do envelope viral (apenas a parte do envelope se funde na membrana do hospedeiro), ou p o r i n j e ç ã o d o á c i d o n u c l e i c o (bacteriófagos se ligam e injetam o material genético no interior da célula hospedeira). • Indução de síntese de macromoléculas. • Replicação do genoma: DNA (após a entrada na célula ocorre o desnudamento; dai o DNA entra no núcleo da célula hospedeira; RNA polimerase catalisa a transcrição de RNAm; translação do RNAm em proteínas virais específicas como proteínas estruturais e enzimas que sintetizam DNA viral; montagem das proteínas da capa; e liberação do vírion) ou RNA (ocorre no citoplasma; adsorção, penetração e desnudamento; codificação e síntese de RNA polimerase dependente do RNA viral; transcrição do RNAm traduzido em proteínas e enzimas para o uso na 18 25 de maio de 2019 montagem de novos vírions; montagem de pro te ínas da capa; l iberação por brotamento ou L ise da cé lu la do hospedeiro), ou retrovírus (ele contem a enzima transcriptase reversa, que é uma transcriptase reversa dependente do RNA viral; essa enzima faz a cópia do RNA e transforma em DNA de dupla fita que se integra ao DNA da célula hospedeira, se tornando um pró-vírus e mantem a sua latência por muito tempo). • Montagem do vírus. • Liberação do vírus. I. HIV e AIDS: - HIV é um retrovírus. - Duas formas conhecidas: HIV 1 (distribuído pelo mundo e mais virulento) e HIV 2 (confinado na África). - Apresenta interação complexa com o sistema imunológico do hospedeiro. - Quando entram nas células, HIV se integra ao DNA do hospedeiro (provírus) —> transcrição —> novos vírions. - A síndrome da imunodeficiência adquirida só aparece no f ina l quando o s is tema imunológico está deficiente. - Evolução clínica usual: • Doença aguda inicial: aumento progressivo de par t ícu las v i ra is no sangue e disseminação pelos tecidos. • Viremia reduzida pela ação dos linfócitos citotóxicos. • Período livre de sintomas: redução da viremia e replicação silenciosa nos linfonodos. • Latência clínica (duração de 10 anos) onde há declínio constante das células T CD4. • Falha do sistema imunológico permite o aparecimento dos sinais e sintomas da AIDS, permite o aparecimento de i n f e c ç õ e s o p o r t u n i s t a s , d o e n ç a s neurológicas, depressão da medula óssea e cânceres; em pacientes não tratados, a morte ocorre em 2 anos. II. Morbillivírus - Sarampo: - Vírus de RNA; grande e envelopado; com nucleocapsídeo helicoidal. - Epidemiologia: distribuído mundialmente. • Em países desenvolvidos tem a vacinação eficiente e a doença passa a ser esporádica (lembrar de pessoas que optam por não vacinarem). • Em países subdesenvolvidos representa uma das principais causas de morte de crianças de 1 a 5 anos. • P a c i e n t e i m u n o c o m p r o m e t i d o s e desnutridos não conseguem superar a infecção e morrem. - Sintomas clínicos: febre inespecífica, tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Possui manchas de Kopl ik são lesões nas membranas mucosas típicas, são observadas na mucosa bocal próxima aos molares e se apresentam como pequenas manchas brancas com halo eritematoso. Presença de exantema maculopapular em tronco e face, que se espalha por todo o corpo. - Compl icações: pneumonia (devido a diminuição do SI, ocorre superinfecção bacteriana), e encefalite. III. Rubivírus - Rubéola: - Vírus de RNA; capsídeo na simetria icosaédrica; vírus pequeno e envelopado. - Epidemiologia: população humana somente. - Distribuição mundial. 19 25 de maio de 2019 - A vacinação é eficiente. - Patogênese e características clínicas: duas formas aguda e congênita. - Aguda: benigna com maioria ocorrendo na forma subclínica, transmissão pelas vias aéreas superiores. • Sintomas: erupção maculopapular, linfoadenopatia, febre baixa, conjuntivite, faringite, artralgia. - Congênita: transmissão via transplacentária, primeiro trimestre da gravidez. • Sintomas: malformações e abortos, perda da audição, doença cardíaca congênita, r e t a r d o p s i c o m o t o r , g l a u c o m a , hepatoesplenomegalia. IV. Herpervírus humanos: - Vírus de DNA; grandes e envelopados; capsídeo icosaédrico. - Que atinge a espécie humana são 8 que causam a doença (HHV). - HHV3 Vírus varicela-zoster - Catapora e Herpes-zoster: • Catapora: infecção primária de dá pelo trato respiratório ou por contato com fluidos vesiculares infectados. - Sintomas: exantema maculopapular; formação de crostas; febre; em adultos pode levar a quadros de pneumonia. - Herpes zoster: é a recorrência de uma infecção latente por catapora. • Sintomas: dor forte na área de inervação que precede aparecimento e lesões de características máculopapular (bolhosas com base eritomatosa), exantema se limita a um dermátomo, pode apresentar dor crônica após o tratamento. V. P a p i l o m a v í r u s h u m a n o s ( H P V ) -Verrugas: - Vírus de DNA; não envelopados; capsídeo isocaédrico. - Epidemiologia: resistente à inativação; transmissão por fômites. - Infecção adquirida por: contato direto, relação sexual, e passagem do bebe por parto infectado. - Patogênese: infecção e replicação no epitélio escamoso da pele e mucosas. - Sintomas: verrugas. Algumas podem estar associados a displasia e podem se tornar cancerosas. VI. Flavivírus: A. Febre amarela: - Vírus de RNA; capsídeo icosaédrico; pequeno e envelopado com projeções superficiais. - É um arbovírus que é aquele que é transmitido por picada de um artrópode. - Epidemiologia: endêmica. - Possuem 2 ciclos: urbano por Aedes aegypti (humanos) e silvestre (primatas e humanos) por Haemagogus e Sabethes. - Sintomas: • Forma leve: febre e cefaléia. • Forma moderada: febre, cefaléia, mialgia e artralgia, congestão conjuntival, náuseas e alguns fenômenos hemorrágicos. • Forma grave: febre alta, cefaléia intensa, m ia lg ia acen tuada , i c te r í c i a , do r e p i g á s t r i c o , s a n g r a m e n t o n a s a l , hematêmese e melena. • Forma mal igna: toxemia abrupta , encefalopatia e demais sintomas da forma grave. Após 5 a 7 dias há ocorrência de insuficiência hepatorrenal e de coagulação intravascular disseminada. 20 25 de maio de 2019 B. Dengue: - Vírus de RNA; capsídeo simetria icosaédrica; pequeno e envelopado com projeções superficiais. - Arbovírus: vírus com transmissão que se dá por picada de artrópode. - Epidemiologia: doença endêmica, clima tropical e subtropical, aumento da ocorrênciaem áreas endêmicas. COLORAÇÃO DE GRAM: - A coloração de Gram é muito utilizada porque a maioria das bactérias cora-se por este método, permitindo observar sua morfologia e fornecendo informações a respeito do comportamento do material celular diante de corantes básicos (corantes de Gram). - Devido a estas vantagens, esta coloração é também utilizada no estudo taxonômico das bactérias. - O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da parede celular, sendo que as Gram-positivas possuem uma espessa camada de peptidoglicano ligados a ácidos teicoicos e ácidos lipoteicóicos que apesar de serem encontrados ao longo da parede, encontram-se intimamente ligados à fração lipídica da membrana celular. • As Gram-negativas apresentam uma fina camada de peptidoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e lipopolissacarídeos (membrana externa). - Durante o processo de coloração, o tratamento com álcool (ou álcool acetona) dissolve a membrana externa, daí resultando em porosidade ou permeabilidade aumentada da parede celular das Gram-negativas. - Assim, o complexo cristal violeta-iodo é removido e as bactérias Gram-negativas são descoradas. • A parede celular das Gram-positivas, em virtude de sua composição diferente, muitas camadas de peptidoglicano, torna- se desidratada durante o tratamento com á l c o o l , a p o r o s i d a d e d i m i n u i , a permeabilidade é reduzida e o complexo cristal violeta-iodo não é removido. - Etapas da coloração de Gram: 6. Cobrir toda a lâmina com solução de cristal violeta, aguardar 1 minuto, em seguida desprezar o corante e lavar com água. Nesta etapa ambas as Gram-positivas e Gram-negativas serão coradas em violeta. 7. Cobrir toda a lâmina com lugol, aguardar 1 minuto, em seguida desprezar o corante e lavar com água. Nas Gram-positivas e nas Gram-negativas há a formação do complexo cristal violeta-iodo no interior da célula, que permanece violeta. 8. Cobrir a lâmina com álcool acetona por cerca de 30 segundos. Lavar rapidamente em água corrente. Nas Gram-positivas ocorre desidratação da parede celular, d i m i n u i ç ã o d a p o r o s i d a d e e d a permeabilidade; o complexo cristal violeta- iodo não pode sair da célula, que permanece violeta. Nas Gram-negativas o álcool acetona dissolve a membrana externa da parede celular, aumento da porosidade; o complexo cristal violeta-iodo é removido da célula. 9. Cobrir com safranina e aguardar 30 segundos. Lavar a lâmina e, esperar secar antes de visualizar no microscópio. As Gram-pos i t i vas não são a fe tadas , permanecendo violeta. Nas gram-negativas, a célula adquire o corante, tornando-se vermelha. 21 25 de maio de 2019 22 MICROBIOLOGIA N2
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