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INTRODUÇÃO – TERMOQUÍMICA A Termoquímica é um ramo da Físico-Química que estuda as reações químicas e os processos físicos que envolvem trocas de calor. Essas reações e processos são extremamente importantes para a vida no planeta e também são muito frequentes no cotidiano. Na Termoquímica, os processos e reações que ocorrem com LIBERAÇÃO DE CALOR e consequente aumento da temperatura das vizinhanças são chamados de EXOTÉRMICOS. O prefixo exo significa “para fora”. Uma reação química bastante comum e importante que é um exemplo de reação exotérmica é a combustão. Na imagem a seguir, por exemplo, temos uma fogueira que libera grande quantidade de energia na forma de luz e calor. Esse calor liberado nas reações de combustão pode ser aproveitado para cozinhar alimentos e gerar aquecimento e outros tipos de energia, como a elétrica e a mecânica. A combustão da gasolina, por exemplo, faz um carro andar, e a combustão do carvão ou de outros combustíveis gera eletricidade para indústrias. A reação de combustão é um exemplo de reação exotérmica Um exemplo de processo físico que é exotérmico é a condensação. Você já reparou que, se deixarmos uma garrafa de refrigerante gelado por um tempo em cima da mesa, serão formadas algumas gotas de água do lado de fora da garrafa? Esse processo é conhecido como condensação, que nada mais é do que a passagem do estado de vapor da água que está presente no ar para o estado líquido. Isso acontece porque, ao entrar em contato com a superfície da garrafa que está a uma menor temperatura, a umidade do ar perde calor e assim volta para o estado líquido. A condensação é um processo físico exotérmico Por outro lado, os processos químicos e físicos que ocorrem com ABSORÇÃO DE CALOR e diminuição da temperatura das vizinhanças são chamados de ENDOTÉRMICOS. O prefixo endo significa “para dentro”. Um exemplo de reação endotérmica muito importante é a fotossíntese, isto é, a reação entre o gás carbônico do ar e a água para a produção de moléculas orgânicas, como a glicose e o gás oxigênio. Mas para que essa reação ocorra, a energia solar faz-se necessária. 6CO2(g) + 6H2O(l) + luz solar → C6H12O6(aq) + 6O2(g) Um fenômeno físico que ocorre com absorção de calor é a evaporação (passagem do estado líquido para o de vapor). Como acontece com as roupas lavadas que colocamos para secar no varal, a água passa para o estado de vapor porque recebeu energia solar. Roupas secando no varal – exemplo de processo físico endotérmico A energia em forma de calor que é liberada ou absorvida em uma reação química é denominada em Termoquímica de variação de entalpia e é simbolizada por ΔH. A entalpia (H) designa o conteúdo de energia de cada substância. Visto que não se conhece até hoje uma maneira experimental de determinar o valor da entalpia, normalmente se trabalha com a variação da entalpia nas reações e nas mudanças de estado físico, que é dada pela diferença entre a entalpia dos produtos e a dos reagentes (ΔH = Hprodutos – Hreagentes). Mas de onde vem essa energia que é perdida ou recebida? Bem, vamos falar primeiro das reações exotérmicas. Quando ocorre uma reação, as ligações entre os átomos dos regentes precisam ser rompidas para que as ligações químicas dos produtos sejam formadas. A quebra de uma ligação química absorve determinada quantidade de energia; mas quando se forma uma ligação, há liberação de energia. Entretanto, a quantidade de energia liberada e a quantidade de energia absorvida não são as mesmas, pois seus valores dependem dos tipos de átomo que estão ligados. Visto que os átomos possuem energias diferentes, a quantidade de energia liberada no momento da formação das ligações dos produtos é uma e a absorvida na quebra das ligações nos reagentes é outra. Se a energia liberada na formação das ligações químicas for maior que a absorvida, então essa energia será liberada para o meio, caracterizando uma reação exotérmica. O contrário ocorre nas reações endotérmicas, isto é, a energia necessária para a quebra das ligações nos reagentes é maior que a energia liberada na formação das ligações entre os átomos dos produtos. Assim, a reação ocorre com absorção de calor. A termoquímica ocupa-se do estudo quantitativo das variações térmicas que acompanham as reações químicas. O conceito termoquímico está inserido dentro de um contexto mais amplo, o conceito termodinâmico, que estuda as transformações dos diversos tipos de energia ligados à transferência de calor e trabalho entre os sistemas e o meio ambiente. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/reacao-combustao.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/fotossintese.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/entalpia.htm CALOR Energia em trânsito capaz de aumentar a temperatura de um sistema. O calor flui de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor temperatura (princípio zero da termodinâmica) até que haja igualdade das temperaturas. Em outras palavras, não podemos dizer que o sistema ou o meio ambiente “contém calor’ mas apenas que recebeu ou perdeu energia na forma de calor”. Portanto, o calor é uma energia em trânsito. Uma quantidade de calor pode ser medida em caloria (cal), quilocaloria (Kcal) ou Joule. As duas mais usadas são caloria e quilocaloria. A determinação do calor liberado ou absorvido numa reação química é efetuada através da expressão: Q = m · c · ∆t Q = é a quantidade de calor liberada ou absorvida pela reação. Esta grandeza pode ser expressa em caloria (cal) ou em Joules (J). O sistema Internacional de Medidas (SI) recomenda a utilização do Joule, no entanto, a caloria ainda é muito utilizada. Cada caloria (quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 1 grama de água de 1°C (de 14,5 a 15,5°) corresponde a 4,18J; m = é a massa, em gramas, de água presente no calorímetro; c = é o calor especifico do líquido presente no calorímetro. Para a água, seu valor é cal/g°C; ∆t = é a variação de temperatura sofrida pela massa de água devido à ocorrência da reação. É medida em graus Celsius. CALOR LATENTE Durante a mudança de fase de agregação de uma substância (de sólida para líquida ou de líquida para vapor), a temperatura permanece constante. A água, por exemplo, entra em fusão à temperatura de 0 °C, sob pressão de 760 mmHg. Um fornecimento adicional de calor à água em fusão não provoca aumento de temperatura porque o calor absorvido é totalmente utilizado para romper o arranjo cristalino que mantinha as moléculas unidas na fase sólida. Esse processo aumenta apenas a energia potencial das moléculas de água, enquanto a energia cinética média dessas moléculas (e, portanto, a temperatura) permanece constante. O calor envolvido na mudança de fase de uma substância é denominado calor latente, L, (é uma propriedade relacionada com a quantidade de calor necessária para modificar a fase de agregação de uma substância, alterando a organização entre suas partículas (moléculas, átomos, íons), aumentando ou diminuindo a energia potencial entre elas) e depende da massa, m, da substância e da fase de agregação para a qual ela irá mudar. A quantidade de calor latente é calculada pela equação: *Q= m.L Note, então, que a quantidade de calor total de um corpo é calculada por: *Q = mc∆t + mL CONDUTIVIDADE TÉRMICA Experimente colocar em suas mãos dois objetos de constituição químicas diferentes, como um pedaço de alumínio e uma rolha de cortiça. As sensações térmicas que temos são diferentes para cada um deles. Mas por que isso ocorre? Por que temos a sensação de que o metal está mais frio e a rolha de cortiça não? Será que o metal está realmente mais frio que a rolha de cortiça? Isso se explica pela diferença de condutividade térmica dos materiais. A condutividade térmica do alumínio é maior quea da rolha de cortiça, ou seja, a transferência de calor de do corpo para a lata de alumínio e o ambiente ocorre de forma muita rápida. Os dois materiais apresentam a mesma temperatura. Portanto, quente e frio são apenas sensações, e não atributos da matéria. A condutividade térmica (k) depende de fatores como área, comprimento, diferença de temperatura e constituição química do material. Um material com o valor de K muito pequeno (caso da cortiça) é denominado de isolante térmico. Um “cobertor quente”, é, na verdade, um cobertor constituído de um bom isolante térmico, que vai minimizar a troca de calor entre o corpo e o ambiente. TEMPERATURA É uma medida da agitação térmica das partículas que constituem esse sistema. É uma propriedade intensiva, ou seja, não depende da quantidade da matéria analisada. Suponha que você pudesse ver as moléculas (ou átomos) de um bloco de ferro. Você observaria que cada molécula vibra, ou se move para um lado e para o outro, de modo muito desordenado, porém, se você adicionasse calor ao ferro, aumentando sua temperatura, você faria suas moléculas vibrar mais violentamente e assim lhes adicionaria energia cinética. Se você esfriasse o ferro cada vez mais, suas moléculas se agitariam menos. Finalmente, na temperatura mais baixa possível (zero absoluto) elas vibrariam muito pouco. Aumentando a temperatura, de um corpo, você aumentará a energia cinética (média) de suas moléculas. Uma representação ampliada dos átomos do ferro. (A) à temperatura ambiente eles vibram com certa intensidade. (B) à temperatura mais alta eles vibram mais vigorosamente. (C) à temperatura mais baixa possível (zero absoluto) eles vibram muito pouco. As moléculas têm maior energia cinética quando a temperatura é mais alta. TRABALHO Imagine que você tem alguns livros que precisam ser guardados em uma estante. Para tal tarefa, você precisa aplicar uma força nos livros. Será necessário deslocá-los e guardá-los na estante. Na física, quando temos força e um consequente deslocamento, dizemos que houve a realização de trabalho. Na termodinâmica, o trabalho tem um papel fundamental, pois ele pode ser considerado como o objetivo final da construção de uma máquina térmica. Nas antigas maquinas a vapor, por exemplo, gerava-se calor com a queima de combustível, como o carvão. O resultado final era o movimento, ou seja, a realização de trabalho. De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico. Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo. O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume. τ = P. ∆V A primeira lei da termodinâmica é o princípio da conservação de energia aplicado a sistemas termodinâmicos. O princípio da conservação da energia baseia-se no fato de que a energia não é criada e nem destruída, mas sim transformada. Ao se fornecer calor ao sistema, podemos observar a ocorrência de duas situações possíveis. Um aumento de temperatura e uma expansão do gás. O aumento de temperatura representa o aumento de energia interna do sistema e a expansão do gás representa a realização de trabalho. Pode-se concluir que o calor fornecido ao sistema foi transformado na variação de energia interna e na realização de trabalho. Desta conclusão, chega-se à primeira lei da termodinâmica, que é definida da seguinte forma. Δ U = Q - τ Lembre-se que o trabalho só ocorre quimicamente se houver variação de volume, já que TRABALHO = P ∆V. Como o estado gasoso é o estado que sofre variações consideráveis de volume (o estado de um gás fica caracterizado quando conhecemos o valor exato de suas variáveis de estado: volume, V, pressão, P, e temperatura, T e P.∆V = ∆nRT, só ocorre trabalho se houver variação do número de mols gasosos dos reagentes para os produtos. Então, sempre que a mudança de estado de um gás ocorre com variação de volume (∆V), há realização de trabalho, que pode ser: * do sistema sobre o meio ambiente, quando há um aumento de volume do sistema, o que denominamos expansão. * do meio ambiente sobre o sistema, quando há uma diminuição de volume do sistema, o que denominamos de compressão. Veremos a seguir o trabalho realizado em cada caso: Trabalho de expansão: ocorre, por exemplo, quando o sistema recebe calor do ambiente. Nesse caso, o gás sofre expansão (aumento de volume) e o êmbolo desloca-se em direção ao meio ambiente. Dizemos que houve trabalho do sistema sobre o meio ambiente. O trabalho é considerado positivo. Verifica-se um trabalho de expansão quando ocorre aumento do número de mols gasosos em uma reação. Exemplo: 2 C2H6 (g) + 7 O2 (g) → 4CO2 (g) + 6H2O (g) Trabalho de compressão: Verifica-se um trabalho de compressão quando ocorre uma diminuição do número de mols gasosos em uma reação. O trabalho é considerado negativo. Exemplo: 1N2 (g) + 3 H2 (g) → 2NH3 (g) OBSERVAÇÃO: Se não houver variação do número de mols gasosos, não há realização de trabalho: C(s) + 1O2(g) → 1CO2 (g) ENERGIA INTERNA (U) Todo sistema possui determinado conteúdo energético, que engloba várias modalidades de energia: - externa: está relacionada a fatores como o movimento do sistema através do espaço e sua posição no campo gravitacional. - interna: está relacionado a fatores como as atrações intermoleculares, os movimentos de rotação, translação e vibração de moléculas, íons e átomos, assim como dos elétrons e dos núcleons que compõem os átomos. Então seria impossível calcular o valor total dessa energia, ou seja, somente podemos identificar a sua variação em um processo químico. Observe: A Termodinâmica, e especificamente a Termoquímica, estuda principalmente os aspectos relacionados à energia interna, U, dos sistemas, pois, em última análise, as reações químicas se resumem justamente em uma variação de energia interna, ∆U, dos sistemas, geralmente à pressão constante. ESTUDO DA TERMODINÂMICA - Primeiro princípio da termodinâmica: ∆U = Q – τ A variação de energia interna (∆U), de um sistema é igual à diferença entre o calor Q, trocado com o meio ambiente e o trabalho T realizado pelo (ou sobre o) sistema. Lembre-se que o trabalho só ocorre quimicamente se houver variação de volume, já que τ = P ∆V. Como o estado gasoso é o estado que sofre variações consideráveis de volume (o estado de um gás fica caracterizado quando conhecemos o valor exato de suas variáveis de estado: volume, V, pressão, P, e temperatura, T) e P.∆V = ∆nRT, só ocorre trabalho se houver variação do número de mols gasosos dos reagentes para os produtos. CONCLUINDO: Quando o trabalho for de expansão, temos ∆U = Q – T; quando o trabalho for de compressão (T < 0), temos : ∆U = Q + T OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Condições necessárias para que ocorra uma reação: - CONTATO ENTRE OS REAGENTES - AFINIDADE QUÍMICA - COLISÕES GEOMETRICAMENTE FAVORÁVEIS - TEORIA DAS COLISÕES Uma reação resulta de choques efetivos entre as moléculas reagentes. Choques efetivos são aqueles com energia suficiente para romper as ligações entre os reagentes; em outras palavras, as colisões que efetivamente dão origem a produtos resultam do choque entre moléculas que apresentam energia cinética igual ou superior ao valor mínimo necessário. Com base nesta teoria, a velocidade de uma reação química depende: O aumento da energia dos choques torna mais provável a ocorrência de colisões eficazes, e, portanto, implica um aumento da velocidade da reação. Da mesma maneira, o aumento da frequência dos choques faz com que o número de colisões entre moléculas aumente inclusive das colisões eficazes que ocorrem num dado instante: em consequência, aumenta também a velocidade da reação. A possibilidade da ocorrência de colisões eficazespode também depender de uma determinada orientação favorável de choque. ENERGIA DE ATIVAÇÃO O movimento das moléculas deve ocorrer com grande energia cinética (E.C) p\ suas nuvens eletrônicas se interpenetrem, conduzindo a formação e quebra de ligações. A aproximação ocorre com aumento da repulsão mútua das nuvens, onde – E.C e + energia potencial (E.P). Então, se essa E.C for baixa, elas param antes de suas nuvens terem penetrado, ou seja, permanecem quimicamente inalteradas (não supera a E.P). Toda colisão geometricamente desfavorável é ineficaz ou não efetivo (não origina produtos) Porém, nem toda colisão geometricamente favorável é eficaz. Para que um choque seja eficaz, ou seja, resulte na formação de produtos, é necessário possuir uma geometria de colisão adequada, além de gerar energia suficiente para que ocorra o rompimento das ligações entre os reagentes e possibilite a formação de novas ligações nos produtos. Essa energia mínima para romper a ligação entre os reagentes é denominada de ENERGIA DE ATIVAÇÃO (Eat) COMPLEXO ATIVADO E ENERGIA DE ATIVAÇÃO Quando ocorrem choques efetivos entre as moléculas reagentes, predomina inicialmente a absorção de energia, resultando o enfraquecimento de suas ligações; em consequência desta absorção, o conjunto resultante do choque caracteriza-se por um valor elevado de energia potencial. Este conjunto, uma estrutura intermediária altamente energética formada durante a reação, é denominada de COMPLEXO ATIVADO. A energia necessária para levar os reagentes ao complexo ativado chama-se energia de ativação. Quando a colisão entre as partículas dos reagentes ocorre numa orientação favorável e com energia igual ou superior a energia de ativação, forma-se primeiramente uma estrutura instável e intermediária entre os reagentes e os produtos, chamada complexo ativado. Assim, também podemos definir energia de ativação como sendo a energia necessária para que os reagentes se transformem em complexo ativado. Vimos em Termoquímica que os reagentes possuem determinado conteúdo energético, o qual se denomina energia própria dos reagentes, Epr. Vamos supor que a energia necessária para que a reação tenha início seja uma energia E. REAÇÃO ENDOTÉRMICA E EXOTÉRMICA Independentemente de a reação química ser exotérmica ou endotérmica, os reagentes sempre vão necessitar de uma energia de ativação para atingir o complexo ativado. Observe os gráficos a seguir: A energia de ativação representa um obstáculo na transformação de reagentes em produtos. A reação só será efetuada se esse obstáculo for transposto, isto é, se as moléculas das substâncias reagentes adquirirem energia de ativação. Quanto menor for a energia de ativação a ser adquirida, mais fácil e rapidamente ocorrerá a reação e vice-versa. ENTALPIA Definimos VARIAÇÃO DE ENTALPIA (∆H) como um total de energia no sistema à pressão constante. Essa grandeza sempre se refere à energia liberada ou absorvida pela reação em sistemas abertos. Calculamos a sua variação da seguinte maneira: Entalpia na passagem de estado: CALORÍMETROS A “Energia de Reação” ou “Calor de Reação” é a energia térmica liberada ou absorvida numa reação. O calor de reação mede a diferença de energia entre os reagentes e os produtos, desde que as substâncias iniciais e finais estejam todas, à mesma temperatura e à mesma pressão. O calor de reação é uma quantidade extensiva, isto é, é proporcional à quantidade de material participante da reação. Consideremos, por exemplo, a reação: C(grafite) + O2 (g) → CO2 (g) + 94,1 kcal A energia liberada na formação de 2 moles de CO2 é: 2 x 94,1 = 188,2 kcal e para formação de 1 grama (1/44 do mol) de CO2 é: 1/44 x 94,1 = 2,14kcal. O calor liberado ou absorvido por um sistema que sofre uma reação química é determinado em aparelhos chamados calorímetros. Estes variam em detalhes e são adaptados para cada tipo de reação que se quer medir o calor. Basicamente, no entanto, um calorímetro é constituído de um recipiente com paredes adiabáticas (não há trocas de calor com meio ambiente), contendo uma massa conhecida de água, onde se introduz um sistema de reação. O recipiente é provido de um agitador de um termômetro que mede a variação de temperatura ocorrida durante a reação. O calor de reação costuma ser referido ao mol de substância formada ou decomposta e geralmente é medido à pressão constante. Em uma equação termoquímica, figuram as quantidades de calor absorvidas ou liberadas na reação, para 1 mol de substância e os elementos no estado padrão, ou estado estável normal a 25°C. Por exemplo, o estado padrão de H2, O2, Cl2 é o gás puro a 1 atm de pressão. O estado padrão de bromo e mercúrio é o líquido. O estado padrão do ferro, sólido, iodo é o sólido. O estado padrão do carbono é o grafite, que é o estado alotrópico mais estável que diamante. Para que essa determinação do calor envolvido seja precisa, é necessário que a reação química satisfaça às seguintes condições: + seja rápida: o que permite que o calor possa fluir sem perdas entre o sistema em que ocorre a reação e o meio que o rodeia, onde é medida a variação de temperatura; + seja completa: o que dispensa as correções que teriam de ser feitas caso alguma parte dos reagentes não participasse do processo; + não apresente reações secundárias: o que irá garantir que todo calor envolvido na reação vem da transformação dos reagentes nos produtos finais, e não de reações paralelas. PROCESSOS EXOTÉRMICOS E ENDOTÉRMICOS - Processo exotérmico é aquele que ocorre com liberação de calor. Exemplo: 1C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l) + 2040kj - Processo endotérmico é aquele que ocorre com absorção de calor. Exemplo: H2O(l) + 44Kj → H2O(g) Lembre-se: A energia liberada ou absorvida em um processo de reação química ou mudança de estado é proporcional à quantidade das substâncias envolvidas. Então, por exemplo, para ebulir 2mols de água líquida seria necessária uma energia de 88 kj. Princípio da Conservação da energia Podemos admitir que toda e qualquer substância possui certa quantidade de energia interna armazenada em seu interior (parte na forma de energia química → - ligações entre os átomos, na coesão entre as moléculas, etc.) e parte na forma de energia térmica (movimentos de translação, rotação e vibração de átomos e moléculas). Assim sendo, diante de uma reação química, devemos considerar duas hipóteses: 1° hipótese: Quando a energia total dos reagentes (energia inicial) for maior que a energia interna total dos produtos formados (energia final), haverá uma sobra de energia; consequentemente, a reação irá liberar energia – em forma de calor, por exemplo (reação exotérmica). 2° hipótese: Quando a energia total dos reagentes (energia inicial) for menor que a energia interna total dos produtos formados (energia final), haverá uma absorção de energia; consequentemente, a reação irá absorver energia – em forma de calor, por exemplo (reação endotérmica). Como conclusão do que acabamos de expor, resulta a seguinte afirmativa: “A energia total após a reação é igual à energia total antes da reação”, ou seja, a energia não pode ser criada nem destruída, somente transformada. REAÇÕES DE TERMITA Antigamente, soldados em combate só dispunham de comida fria, mesmo porque a chama de uma fogueira podia denunciar sua posição. Reações exotérmicas “portáteis”, como a da “termita”, mudaram esse cenário já na Segunda Guerra Mundial: cartuchos contendo alumínio e óxido de ferro III eram usados para aquecer,sem chama, latas de comida. Dependendo da quantidade utilizada, essa reação pode liberar calor suficiente para formar ferro derretido: EMBALAGENS QUE AQUECEM OU QUE RESFRIAM Em casas de artigos esportivos, é possível encontrar sacos plásticos que, ao serem agitados, liberam calor. O calor obtido provém de uma reação química, como a reação de oxirredução da limalha de ferro na presença de NaCl e água. 4 Fe(s) + 3 O2 (g) → 2 Fe2O3 (s) + calor ∆H = -196,5Kcal \ mol de Fe2O3 O cloreto de sódio aquoso funciona como um eletrólito, catalisando a reação de oxirredução. Também há no mercado produtos que absorvem calor do meio ambiente e são indicados, por exemplo, para compressas frias. Um desses produtos baseia-se na dissolução do nitrato de amônio em água. NH4NO3 (s) → NH4+ (aq) + NO3- (aq) ∆H = +6,14Kcal \ mol de nitrato de amônio Numa embalagem plástica, um pequeno invólucro selado contendo nitrato de amônio é colocado num outro recipiente contendo água. Rasgando-se o invólucro que contém o sal, a embalagem é ativada e as substâncias misturam-se. A hidratação do cátion amônio e do ânion nitrato ocorre com absorção de calor da vizinhança e a temperatura ao redor diminui. Em supermercados europeus e americano é possível encontrar latas capazes de aquecer o seu conteúdo – café com leite, sopa – sem a necessidade de qualquer fonte de calor externa., batizadas de Hot when you want (quente quando você quer). A lata que aquece funciona da seguinte forma: por fora, não difere em nada das demais existentes no mercado, mas por dentro possui um compartimento com cal (CaO) e água. Ao pressionar um botão na base, as duas substâncias se misturam, gerando energia suficiente para elevar a temperatura do conteúdo interno para aproximadamente 60°C em três minutos. Também há várias patentes e tecnologias desenvolvidas com o objetivo de resfriar o conteúdo das latas, mas nenhuma disponível no mercado até o momento. Um exemplo é o projeto do sul-coreano Suh Won-Gill, que se baseia na expansão do gás carbônico, sendo capaz de diminuir a temperatura do da bebida no interior da lata de 30°C para até 4°C em apenas 15 segundos. Dentro da lata existe uma serpentina oca de metal toda preenchida com gás carbônico. Sua parte superior fica ligada ao anel usado para abrir a lata. Uma vez aberta, o gás carbônico é liberado e, ao ser expulso bruscamente, esfria a serpentina de tal forma que a bebida em contato com ela também fica gelada. O fogo grego - arma secreta dos gregos bizantinos que impediu os muçulmanos de tomarem Constantinopla na época das invasões árabes - também utilizava uma reação exotérmica. Ele era uma mistura líquida e viscosa que se inflamava em contato com a água. Ainda hoje não se sabe a exata composição dessa arma, mas uma hipótese provável é que ela contivesse cal viva (óxido de cálcio, CaO) e petróleo, entre outras substâncias. A reação da cal viva com a água é extremamente exotérmica. Assim, o calor liberado poderia ter inflamado o petróleo, que, sendo menos denso que a água, se teria espalhado na superfície do mar, queimando os navios inimigos CaO + H2O ---------> Ca(OH)2 Reação Exotérmica POLUIÇÃO TÉRMICA A poluição térmica, embora tendo um considerável impacto ecológico, é, talvez, uma das formas de poluição menos conhecidas, o que decorre do facto de não ser diretamente visível ou audível. Este tipo de poluição resulta de uma elevação da temperatura do meio de suporte de um determinado ecossistema (por exemplo, um rio), em consequência de uma ação humana, como o despejo de efluentes industriais a temperaturas superiores à do meio aquático em que são diluídos, ou pela libertação de águas de arrefecimento provenientes de centrais elétricas e, sobretudo, nucleares. As consequências negativas da poluição térmica são muito variadas, sendo as seguintes algumas das principais: - O incremento da temperatura faz com que espécies termosensíveis (com reduzida tolerância a variações de temperatura) desapareçam, visto não suportarem as novas condições do meio. Por exemplo, o desaparecimento da truta em rios em que ocorreu um aumento da temperatura da água. - Podem surgir importantes alterações ecológicas no meio, resultantes da substituição de espécies termosensíveis por outras termotolerantes, as quais suportam uma gama mais ampla de temperaturas originando alterações nas cadeias tróficas e nas relações interespecíficas das espécies que habitam o meio. Por exemplo: a substituição da truta pela carpa. - Aumento da sensibilidade aos poluentes, já que a aproximação aos limites de tolerância de um dado fator (temperatura, neste caso) diminui a tolerância a outros fatores (por exemplo, concentração de metais pesados). - Diminuição da quantidade de oxigénio dissolvido na água (a água quente comporta menores quantidades de oxigénio dissolvido que a água fria), podendo conduzir a situações de asfixia. - Favorecimento do desenvolvimento bacteriano, em consequência da aproximação ao ótimo térmico de algumas espécies nefastas. - Perturbações na reprodução, já que os juvenis, assim como os ovos (e as células sexuais, das espécies com fecundação externa) são, regra geral, muito pouco termotolerantes. - Morte por choque térmico, causada, por exemplo, pela alteração brusca da temperatura de um ribeiro junto à conduta de saída de um afluente sobreaquecido. http://cesarmauriciosantos.blogspot.com/2008/11/fogo-grego.html - Potenciação da eutrofização dos cursos de água onde exista matéria orgânica em quantidades consideráveis. - Diminuição da diversidade da fauna e da flora aquática - Perturbações várias na alimentação dos animais aquáticos, por alterações no zoo e fitoplâncton. A poluição térmica aérea assume importância sobretudo ao nível das zonas urbanas e industrializadas, em consequência da libertação dos fumos e escapes aquecidos, resultantes da queima de combustíveis fósseis. Estes gases contribuem também para o incremento do efeito de estufa e do smog, gerando, deste modo, uma poluição térmica indireta adicional. As principais formas de erradicação da poluição térmica passam pela redução da libertação de fumos quentes, o que implica uma diminuição da queima de derivados do petróleo, bem como pelo pré-arrefecimento dos efluentes libertados nos rios e águas superficiais. A energia térmica deste efluentes pode ser utilizada, por exemplo, no aquecimento urbano, o que não só reduz a poluição, com também permite uma maior rentabilização energética e econômica. TERMOGRAFIA Já sabemos que existem várias maneiras de se medir as mais variadas coisas, como a massa corporal, a caloria que ingerimos dos alimentos, e nos fornece energia para exercer as principais funções do corpo. Uma das funções dessa energia é manter a temperatura do nosso corpo constante. Existem duas maneiras de medir a temperatura do corpo, uma muito conhecida que é através do termômetro, e outra é a termografia, uma tecnologia popular no meio industrial, e que está se tornando uma ferramenta imprescindível dos profissionais da saúde, que permite identificar as alterações de temperatura nas pessoas, através de um medidor infravermelho. Após o crescimento da pandemia do vírus da gripe suína- influenza A H1N1- os países aumentaram a vigilância e a busca para diminuir o índice da doença. Alguns países instalaram em aeroportos maquinas de termografia capaz de detectar a radiação infravermelha emitida pelo corpo humano (calor). As câmeras termográficas exibem em tela a temperatura do corpo por meio de uma escala de cores, iniciando com dois tons de azul, depois verde, amarelo, e laranja e roxo que indicam temperaturas acima de 380C (febre), pessoas que aprestavam esta temperatura eram encaminhadas para avaliação médica, antes de seguir viagem. As radiaçõesinfravermelhas foi descoberta pelo astrônomo inglês Willians Herschel (1738- 1822), ao estudar o arco-íris, descobriu que cada cor tinha temperatura diferente, e que podiam ser medidas com um termômetro. Herschel percebeu que o aquecimento era maior antes da faixa vermelha do arco- íris, onde não havia luz visível, concluiu então que havia radiações que o olho não percebe e atribuiu o nome de radiação infravermelha (abaixo do vermelho). OS COMBUSTÍVEIS DO CORPO HUMANO Quando estamos em repouso, cerca de 60% da energia vem da queima de gorduras. Durante um esforço físico intenso, porém, o consumo de carboidratos aumenta. O amido, do pão e da batata, é uma conhecida forma de carboidrato; no intestino, ele é decomposto em glicose, uma molécula pequena e solúvel no sangue conhecido como “açúcar do sangue”. Uma parte do excesso de carboidratos que consumimos é armazenada no fígado e músculos sob a forma de glicogênio, nossa principal fonte de energia imediata de glicose, o combustível do corpo humano. Transportada pelo sangue às células, a glicose “queima” lentamente por meio da reação global: C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6H2O + energia Cerca de 40% da energia produzida é usada na realização de trabalho por meio de contrações musculares, por exemplo. O resto é liberado na forma de calor de modo a manter nossa temperatura corporal em aproximadamente 36°C. Qualquer um de nós tem em média 2000 cal armazenadas na forma de glicogênio, energia suficiente para um ser humano correr mais de 30 Km em ritmo de maratona! Em intenso esforço físico, também obtemos energia anaerobicamente, isto é, sem usar oxigênio: C6H12O6 → 2 C3H6O3 + energia Nessa situação – durante uma maratona, por exemplo – devemos hidratar-nos constantemente. As bebidas conhecidas como isotônicos são indicadas para isso, pois também fornece o açúcar que queima na produção de energia. Em uma maratona, nos primeiros quilômetros 75% da energia vem da glicose e 25% da gordura. Depois de algum tempo, esses valores se invertem. A queima de gordura libera um pouco mais que o dobro de energia que a queima de carboidrato, porém exige bem mais oxigênio (4x mais) que a respiração muitas vezes não consegue suprir com a rapidez necessária. ENERGIA SOLAR A energia solar pode ser transformada em outros tipos de energia, como a energia elétrica. A sociedade humana, porém, ainda utiliza pouco a energia que vem do Sol. As dificuldades devem-se principalmente a dois problemas: Transporte de energia e estocagem E que tal transformar energia solar em energia química? Explicando: uma reação endotérmica pode estocar energia ao produzir determinadas substâncias. Exemplo: CH4(g) + H2O(v) + calor → CO(g) + 3 H2(g) (gás de água) Em seguida, os gases formados são resfriados e, mesmo à temperatura ambiente, podem ser transportados para locais distantes sem perda de energia – uma grande vantagem! Basta inverter a reação e aproveitar a “recuperar” a energia! OBTENÇÃO DO ALUMÍNIO A PARTIR DA BAUXITA A obtenção do alumínio a partir da bauxita requer muita energia; portanto, a reciclagem é tão necessária. Al2O3 + 1675 Kj → 2 Al + 3\2 O2 - Segundo princípio da termodinâmica: “A energia transfere-se de um corpo para outro na forma de calor ou trabalho realizado. Nesse processo, uma parte da energia transferida sempre é perdida para o meio ambiente, pois a transferência de energia jamais ocorre com 100% de eficiência”. ENTROPIA(S) E ESPONTANEIDADE DE UMA REAÇÃO Muitos dos processos que ocorrem à sua volta são espontâneos, isto é, uma vez iniciados, prosseguem sem a necessidade de ajuda externa. A dissolução do sal em água, a queima do carvão são exemplos de processos espontâneos. Os processos não espontâneos são aqueles que apenas são possíveis através do fornecimento contínuo de energia do meio ambiente. O cozimento de alimentos, a obtenção de metais são exemplos de processos não espontâneos. A constatação de que a maioria dos processos espontâneos ocorre com liberação de energia levou à ideia de que apenas processos exotérmicos, que ocorriam com diminuição de energia do sistema, eram espontâneos. De fato, isto é verdade para muitas reações; existem, no entanto, processos espontâneos que absorvem calor. Portanto, além do fator energia, existe outro que influencia a espontaneidade de um processo. Este fator chama-se entropia, e é representado pela letra S. Aprendemos, nos itens anteriores, que a variação de entalpia (∆H) mede a quantidade de calor liberada ou absorvida em uma reação que ocorre em um sistema aberto. Na metade do século XIX, o cientista Berthelot propôs a ideia de que um fenômeno (seja ele físico ou químico) seria espontâneo se liberasse energia. Observações cuidadosas, contudo, mostraram que existem processos espontâneos que absorvem calor; é o caso, por exemplo, da evaporação da água. Conclui-se, então, que deveria haver algum outro fator, além da liberação do calor, influindo na espontaneidade dos processos. Na mesma época, outro cientista – Clausius –concluiu que esse outro fator é a tendência natural de todo sistema caminhar para uma situação de maior desordem; é o que acontece no exemplo da evaporação da água. De um modo geral, temos: S < L < G (aumento da desordem). Generalizando, nota-se que o aumento da desordem acompanha muitos outros fenômenos espontâneos, como a mistura de gases, a dissolução de um sólido em um líquido, a decomposição de moléculas maiores em menores, etc.. Para medir o grau de desordem de um sistema, Clausius idealizou uma grandeza chamada de entropia, usualmente representada pela letra S, de tal modo que: + aumento do grau de desordem = + entropia Desse modo, em uma transformação espontânea, a entropia final do sistema será maior que a entropia inicial e, consequentemente, a variação de entropia será maior que zero. Matematicamente: ∆S = Sfinal – Sinicial > 0 A variação de entropia é uma função de estado, assim como a variação de entalpia (só depende do estado inicial e final). Ora, se a tendência espontânea é de sempre haver aumento da desordem de um sistema, para fazer o caminho inverso, isto é, aumentar a ordem de um sistema, é preciso gastar certa quantidade de energia, que é a chamada “energia de organização”. Pode ser calculado através do produto da temperatura (em kelvin) e a variação de entropia (∆S). Sendo assim, se uma reação libera energia, mas “gasta” uma parte dessa energia para a organização do sistema, pode-se imaginar a seguinte “contabilidade”: - energia liberada pelo sistema = ∆H - energia gasta na organização do sistema = T.∆S --------------------------------------------------------------------- - Energia aproveitável: ∆H - T.∆S Esse saldo é denominado energia livre, energia útil ou energia livre de Gibbs e é representado por ∆G: ∆G = ∆H - T.∆S Obs: O ∆H e ∆S devem ser trabalhados numericamente com a mesma unidade de energia. Então, concluímos que quando o valor de ∆G < 0 (aumento de entropia e reação exotérmica), a reação será espontânea. IMPORTANTE: Da mesma forma que assim como na entalpia, para a determinação da entropia das substâncias foi necessário estabelecer, arbitrariamente, a entropia de algumas substâncias e, a partir disso, construir uma escala relativa de entropias. Estabeleceu-se que uma substância, na forma de um cristal perfeito, a zero Kelvin, tem entropia zero. (terceiro princípio da termodinâmica) RESUMO: A espontaneidade de um processo é determinada pelos fatores entalpia e entropia. São espontâneos os processos que ocorrem com diminuição de entalpia e aumento de entropia. Não são espontâneos os processos que ocorrem com aumento de entalpia e diminuição de entropia. Quando um processo ocorre com aumento ou diminuição simultânea de entalpiae entropia, para se prever a espontaneidade ou não da reação, é necessário lançar mão de uma grandeza que relaciona a entalpia e a entropia. Esta grandeza é a energia de Gibbs (G). - Terceiro princípio da termodinâmica: No zero absoluto, ou quando T = 0K, toda energia de movimento térmico foi removida, e todos os átomos ou íons em uma rede cristalina perfeita estão em uma rede contínua perfeita: - Sem desordem espacial - Sem movimento térmico - Entropia é zero O terceiro princípio da termodinâmica atribui um valor de zero para entropias dos elementos em sua forma cristalina perfeita em T = 0K, então todos os compostos cristalinos perfeitos (incluindo os compostos) também terão entropia igual a zero em T = 0K. Então, quanto mais a temperatura se aproxima de zero, a entropia tende a zero. Isto não significa que a entropia em T = OK é realmente zero. Não se pode atingir realmente o zero absoluto – tudo tem alguma energia interna! Portanto, trata-se de uma convenção para facilitar a comparação entre entropias relativas. NOTAÇÃO DAS EQUAÇÕES TERMOQUÍMICAS Toda equação termoquímica deve obedecer aos seguintes parâmetros: - Deve estar balanceada - As substâncias devem possuir o indicativo da sua fase de agregação (S \ L \ G) - As substâncias simples devem possuir o indicativo do estado alotrópico. - Informar a quantidade de calor envolvido no processo - Indicar a temperatura e pressão que ocorreu a reação Vejamos alguns exemplos de como escrever as equações termoquímicas de algumas reações que envolvem troca de calor. Exemplo 1: A combustão completa do gás metano (CH4(g)) produz dióxido de carbono e água, liberando 890,4 kJ de energia por mol de metano que reage. A equação termoquímica que representa essa reação de combustão é dada por: 1 CH4(g) + 2 O2(g) →1 CO2(g) + H2O(ℓ) ∆H = - 890,4 kJ/mol Exemplo 2: A formação de 1 mol de hematita (minério do ferro – Fe2O3(s)) em ferro metálico (Fe(s)) ocorre com absorção de 490 kJ. Sua equação termoquímica é: Fe2O3(s) +3 C(s) → 2 Fe(s) +3 CO(g) ∆H = + 490 kJ/mol Exemplo 3: Observe as seguintes equações comuns abaixo e veja logo abaixo de cada uma como ficam as suas respectivas equações termoquímicas: I. 6 CO2(g) + 6 H2O(ℓ) + 2813Kj → C6H12O6(g) + 6 O2(g) Equação termoquímica: 6 CO2(g) + 6 H2O(ℓ) → C6H12O6(g) + 6 O2(g) ∆H = + 2 813 kJ/mol II. HCℓ(aq) + NaOH(aq) → NaCℓ(aq) + H2O(ℓ) + 57,7 Equação termoquímica: HCℓ(aq) + NaOH(aq) → NaCℓ(aq) + H2O(ℓ) ∆H = - 57,7 kJ ESTADO PADRÃO Exemplo: No caso do fósforo, por exemplo, o fósforo vermelho tem entalpia-padrão igual a 0, enquanto o branco possui um valor maior que zero. Não esqueça: + energia - estabilidade - energia + estabilidade PRINCIPAIS FATORES QUEM INFLUENCIAM O ∆H DE UMA REAÇÃO Temperatura, pressão, estado físico, estado alotrópico, quantidade de reagentes e presença de um solvente são fatores que alteram a entalpia da reação. 1) Estado físico: ENERGIA (S) < ENERGIA (L) < ENERGIA(G) Quando em uma reação química exotérmica, por exemplo, o produto formado se encontra numa fase de agregação menos energética, a energia liberada na forma de calor é maior do que em uma reação semelhante, na qual o produto formado se encontra numa fase de agregação mais energética, porque, neste caso, parte da energia fica contida no produto. 2) Estado Alotrópico Partindo-se do reagente na forma alotrópica mais estável (menos energética), obtém-se menor quantidade de energia liberada ao fim da reação. Partindo-se do reagente na forma alotrópica menos estável (mais energética), obtém-se maior quantidade de energia liberada ao fim da reação. Observe o exemplo do carbono: Por que isso acontece? Por que o diamante possui, em sua estrutura cristalina, maior quantidade de entalpia “acumulada” do que a grafite.; por ocasião da queima, essa quantidade adicional de conteúdo de calor é liberada, o que explica o maior ∆H da segunda reação. Mais uma vez, vemos em funcionamento o balanço energético exigido pelo princípio da conservação da energia. 3) A quantidade de reagentes e produtos utilizados O calor envolvido em uma reação é proporcional à quantidade do reagente utilizado Exemplo: H2O(l) + 44Kj → H2O(g) Lembre-se: A energia liberada ou absorvida em um processo de reação química ou mudança de estado é proporcional à quantidade das substâncias envolvidas, por exemplo, para ebulir 2mols de água líquida seria necessária uma energia de 88Kj. 4) Meio reacional Quando dissolvemos uma substância em um solvente qualquer, ocorre liberação ou absorção de energia na forma de calor. Assim, se fizermos uma reação na ausência de um solvente, o valor de ∆H será diferente daquele obtido quando fazemos a mesma reação na presença de um solvente. TIPOS DE ENTALPIA: 1) ENTALPIA DE FORMAÇÃO Exemplo: Entalpia de formação do ácido sulfúrico Exemplo: Entalpia de formação do eteno Observe que as substâncias simples, no estado padrão, apresentam entalpia de formação igual a zero. Portanto, variação de entalpia da reação de formação passa a ser o valor da entalpia da substãncia composta formada. Calculando o ∆H de uma reação a partir das entalpias de formação Exemplo: Calcule a entalpia de formação da combustão do metano no estado padrão, sabendo que as entalpias de formação em Kcal\mol são as seguintes: CH4 = -17,9Kcal\mol CO2 = -94,1 Kcal\mol H2O = - 68,3Kcal\mol O2 = zero Resolvendo... 2) ENTALPIA DE COMBUSTÃO (Energia de combustão ou calor de combustão) É a energia liberada na reação de combustão completa de 1 mol de uma substância. As substâncias participantes da reação são consideradas no estado físico em que se encontram a 25°C e 1 atm; no caso de substâncias simples com formas alotrópicas, considera-se a mais estável (estado padrão). Esta definição explicita que a combustão a ser considerada é necessariamente a total; portanto, no caso da combustão de compostos formados por carbono, hidrogênio (e oxigênio), serão sempre formados gás carbônico e água. a) entalpia de combustão do metano b) entalpia de combustão da sacarose IMPORTANTE: A entalpia de combustão é sempre exotérmica 3) ENTALPIA DE NEUTRALIZAÇÃO As reações de neutralização mais comuns ocorrem entre um ácido, que libera o cátion H+, e entre uma base, que libera o ânion OH-. Esse tipo de reação é sempre exotérmico, ou seja, libera energia, pois parte da energia dos íons é utilizada para formar as ligações e a energia restante é liberada. Desse modo, o valor da entalpia de neutralização será sempre negativo. O valor da variação de entalpia ou calor de neutralização (▲Hneutralização) será sempre o mesmo para reações que ocorrerem entre ácidos e bases fortes. Abaixo temos alguns exemplos desse tipo de reação: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) ∆Hneutralização = -57,7 kJ ou 13,8 kcal HBr(aq) + NaOH(aq) → NaBr(aq) + H2O(l) ∆Hneutralização = -57,7 kJ ou 13,8 kcal ½ H2SO4(aq) + KOH(aq) → ½ K2SO4(aq) + H2O(l) ∆Hneutralização = -57,7 kJ ou 13,8 kcal Em todos esses casos a entalpia de neutralização tem o mesmo valor de -57,7 kJ, pois como são ácidos e bases fortes, a ionização dos ácidos e a dissociação das bases ocorre de forma completa. Isso significa que em meio aquoso eles fornecem um valor próximo de 100 % de ionização de íons H+ e dissociação de íons OH-. Assim, em todos os casos a formação da água se dará através da única reação responsável pela manifestação de calor, descrita abaixo: No caso de ácidos ou bases fracas constata-se a liberação de valores de energia menores. Isto ocorre, pois parte da energia liberada na neutralização, isto é, na combinação entre H+ e OH- é absorvida para possibilitar a ionização\ dissociação doácido ou base. 4) ENTALPIA DE LIGAÇÃO Corresponde à energia que deve ser absorvida para provocar a ruptura de 1 mol de ligações entre dois átomos no estado gasoso, sob dadas condições. Exemplo: O rompimento de uma ligação ocorre sempre com absorção de energia (processo endotérmico); ao contrário, a formação de uma ligação ocorre sempre com liberação de energia (processo exotérmico). Para uma dada ligação, a quantidade de energia absorvida para sua ruptura é igual a quantidade de energia liberada quando de sua formação. Resumindo: A entalpia de ligação é sempre endotérmica CÁLCULO DO ∆H A PARTIR DA ENTALPIA DE LIGAÇÃO Um segundo procedimento para o cálculo de ∆H utiliza as entalpias de ligação das substâncias participantes de uma reação química. Este procedimento consiste das seguintes etapas: a) Calcula-se inicialmente o valor total de energia que deve ser absorvida para o rompimento de todas as ligações presentes nas moléculas reagentes a fim de transformá-las em átomos isolados b) Calcula-se, a seguir, a energia total que é liberada para a formação das ligações químicas presentes nos produtos da reação (a partir dos átomos isolados produzidos inicialmente) c) Finalmente, calcula-se o saldo entre a energia absorvida para a quebra de ligações dos reagentes, determinada em “a”, e a energia liberada para a formação das ligações dos produtos, determinada em “b”; o resultado é o ∆H da reação. IMPORTANTE: Em outras palavras, este procedimento supõe uma absorção inicial de energia para a quebra de todas as ligações e uma liberação posterior para a formação das ligações para todos os átomos separados inicialmente. Em processos químicos usuais, a quebra de ligações não necessita ocorrer necessariamente com todas as ligações das moléculas reagentes. O princípio que fundamenta este procedimento é bastante útil, pois mostra como todas as reações necessitam absorver certa quantidade de energia para que ocorram, pois, caso contrário, não se quebraria nenhuma ligação e, portanto, não haveria reação. Do mesmo modo, mostra também que, com a formação de novas ligações, sempre há liberação de energia. Em outras palavras, durante o andamento da reação ocorrem simultaneamente processos endo e exotérmicos, respectivamente devidos à quebra e formação de ligações. O ∆H global da reação será determinado pelo processo com o maior valor, ou seja, o saldo de energia. Esta ideia é importante para se compreender o conceito de ‘energia de ativação’, conceito bastante trabalhado no tópico de Cinética Química. Exemplo: Calcule a variação de entalpia da reação de obtenção do gás clorídrico a partir do gás hidrogênio e gás cloro, sabendo que as entalpias de ligação são as seguintes: H – H: 436 Kj \ mol Cl – Cl: 242 Kj \ mol H – Cl: 431Kj\mol Resolvendo... 5) ENTALPIA DE DISSOLUÇÃO A dissolução de um sólido num líquido ocorre em duas etapas: 1ª etapa: Quebra do retículo cristalino: As moléculas do sólido se atraem eletrostaticamente formando aglomerados iônicos bem organizados, com formas geométricas definidas, denominados retículos cristalinos. Abaixo, temos o retículo cristalino do sal (NaCl): Retículo cristalino do sal Assim, ao ser adicionado num líquido para formar a solução, esse retículo é rompido. Para que isso ocorra é necessário receber certa quantidade de energia, que é chamada de Energia ou Entalpia Reticular (∆Hret). Nesse caso, a entalpia será sempre positiva. 2ª etapa: Interação entre partículas do soluto e do solvente: Se fosse apenas pela etapa anterior, a temperatura das dissoluções sempre deveria diminuir devido ao processo de absorção de energia. Entretanto, depois que as partículas do sólido são separadas, ocorre a sua interação com as moléculas do solvente. Quando o solvente é a água, dizemos que ocorre uma hidratação em que o polo positivo da água (H+) interage com os íons de carga negativa do soluto, enquanto que o polo negativo da água (OH-) interage com os íons positivos do soluto, gerando uma maior coesão e diminuição de energia. Para que essa interação ocorra é necessário liberar certa quantidade de energia, que é chamada de Energia ou Entalpia de Hidratação (∆Hhid) ou Solvatação. Visto que se perde calor, a temperatura do sistema aumenta e a entalpia é sempre negativa. O que vai determinar, então, se a temperatura do sistema irá diminuir ou aumentar será a somatória das entalpias reticular e de hidratação: A entalpia de dissolução é a somatória das entalpias reticular e de hidratação. Portanto, temos uma dissolução endotérmica (com absorção de calor e com diminuição da temperatura) se a quantidade de energia absorvida (entalpia reticular) for maior que a energia liberada (entalpia de hidratação). No caso de ocorrer o contrário, a energia absorvida for menor que a energia liberada, teremos uma dissolução exotérmica, com o aumento da temperatura. As dissoluções endotérmicas precisam absorver mais energia, por isso, o aumento da temperatura facilita a dissolução do soluto. Já nas dissoluções exotérmicas, a diminuição da temperatura facilita a dissolução. LEI DE HESS Considere a reação entre enxofre e oxigênio, representada pela equação termoquímica a seguir, como um primeiro procedimento para a obtenção de SO3. Neste caso, uma quantidade de 1 mol de enxofre é combinada com 1,5 mol de gás oxigênio: Considere agora um segundo procedimento para a obtenção de SO3 (g) que consistiria numa combinação inicial de 1 mol de enxofre com apenas 1 mol de oxigênio para a formação de SO2(g) e sua combinação subseqüente com mais 1/2 mol de O2(g) para formar o SO3(g). As duas reações mencionadas com suas respectivas equações termoquímicas estão representadas a seguir. Levando em conta que o SO2(g) formado na primeira etapa é totalmente consumido na segunda, se somarmos estas duas equações termoquímicas, obteremos a equação correspondente ao primeiro procedimento. Do mesmo modo, se somarmos os valores de ∆H destas duas equações obteremos o valor correspondente ao 1º procedimento. Isto significa que uma mesma transformação química foi realizada através de dois procedimentos diferentes, o que conduziu a um mesmo valor para o ∆H. O estudo de outros casos similares conduziu a formulação da generalização a seguir, conhecida como “lei de Hess”: “A variação de entalpia de uma reação química depende exclusivamente de seus estados inicial e final, não importando os estados intermediários pelos quais possa ter passado.” A ideia da lei de Hess pode também ser apresentada a partir do gráfico entalpia x caminho da reação. Retomando o exemplo inicial relativo à reação entre enxofre e oxigênio, sua representação gráfica indica que: Em síntese, a realização de um mesmo processo químico por diferentes caminhos resulta num mesmo valor de ∆H. A seguir, veremos de que modo este princípio será utilizado para se determinar a variação de entalpia de uma reação qualquer. CÁLCULOS DE ∆H A PARTIR DA LEI DE HESS Este procedimento consiste basicamente em determinar-se o valor de ∆H de uma reação (reação-problema) a partir de duas ou mais reações com ∆H conhecido. Para isto basta arranjar as reações de ∆H conhecido de tal forma que se constituam em etapas da reação problema. Se isto for possível, basta somar os ∆H destas reações. Os arranjos que podem ser feitos para se alcançar esta equivalência são: - inversão de equações - multiplicação dos coeficientes das equações Evidentemente cada um destes procedimentos implicará uma alteração correspondente no ∆H daquela equação: - inversão da equação = inversão do sinal do ∆H - multiplicação dos coeficientes das equações = multiplicação correspondente dovalor de ∆H Exemplos de lei de Hess Perceba neste exemplo que temos uma reação global com suas respectivas reações intermediárias (3 reações intermediárias). A combinação dessas reações intermediárias resulta na reação global apresentada. Perceba que temos as entalpias das reações intermediárias, mas não temos a entalpia da reação global. É possível calcular a variação de entalpia da reação global, a partir das entalpias das reações intermediárias, segundo a Lei de Hess. A primeira reação intermediária tem entalpia igual a +177kJ/mol; enquanto a segunda reação intermediária possui entalpia de +95kJ/mol, e a terceira reação possui entalpia de +286kJ/mol. A lei de hess pode ser considerada, atualmente, como uma simples consequência do princípio da conservação de energia, em que, a entalpia da reação global é resultado da soma das entalpias de reações intermediárias. Vamos voltar para as equações iniciais: Neste passo você deve verificar 2 pontos básicos: Ponto 1 - Reagentes da Reação global devem ser iguais a Reagentes da Reação intermediária, ou Produtos da Reação global devem ser iguais a Produtos da Reação intermediária; Ponto 2 - Se os coeficientes estequiométricos das substâncias na reação global são iguais aos coeficientes estequiométricos da mesma substância na reação intermediária. Nesta etapa da resolução, você deve verificar se os reagentes da reação global se encontram, também, nos reagentes das reações intermediárias. Fazendo o mesmo para os produtos. Veja a figura abaixo: Como mostrado acima, a hidroquinona, representada em vermelho, na reação global e na primeira reação intermediária encontra-se nos reagentes. A substância C6H4O2, representada em laranja, por sua vez, encontra-se no produto tanto na reação global, quanto na primeira reação intermediária. Como o reagente da reação global é igual ao da primeira reação intermediária, o mesmo acontecendo com o produto, então essa primeira reação intermediária não precisa ser invertida. Por outro lado, o H20(l), em azul, encontra-se no produto da reação global e nos reagentes das segunda e terceira reações intermediárias. Neste caso, é preciso inverter as reações intermediárias 2 e 3. MAS ATENÇÃO: Sempre que invertemos a reação intermediária, a entalpia da reação invertida muda de sinal. Visualize a figura abaixo e perceba que as reações intermediárias 2 e 3 foram invertidas e suas entalpias tiveram o sinal alterado. Os sinais positivos tornaram-se negativos. Compare com a figura acima e perceba as diferenças. Perceba que com essa inversão o H2O(l), que se encontra no produto da reação global, se encontra também nos produtos das reações intermediárias, atendendo o nosso objetivo. Lembre-se que os coeficientes estequiométricos das reações intermediárias devem ser iguais aos da reação global. No nosso exemplo acima, os coeficientes estequiométricos das substâncias são iguais. Por exemplo, a hidroquinona tem coeficiente igual a 1 tanto na reação global, quanto na primeira reação intermediária; o mesmo acontece com H2O2. Contudo, nem sempre isso acontece. É muito comum questões que apresentam mesmas substâncias com coeficientes estequiométricos diferentes entre a reação global e reação intermediária. Nestes casos teremos que multiplicar ou dividir a reação por algum número inteiro. O terceiro e último passo é aquele em que somam-se matematicamente os reagentes das reações intermediárias, os produtos das reações intermediárias e as entalpias. Como pode ser visto na figura abaixo. Perceba que todos os reagentes das reações intermediárias são somados, assim como todos os produtos. Contudo, veja que alguns compostos, como o O2 e o H2 estão presentes tanto nos reagentes como nos produtos, com os mesmos coeficientes estequiométricos (1/2) e 1 respectivamente. Desta forma, é possível cortá-los da equação. Com isso, a reação obtida se torna a mesma da reação global original. Para calcular a entalpia de reação, basta somarmos as entalpias das reações intermediárias, ou seja, basta que somemos 177 + ( -95) + (-286) o que oferece um valor igual a -204kJ/mol. Desta forma, foi possível determinar a entalpia da reação global a partir da entalpia de reações intermediárias. O ENEM É NOSSO 1) (ENEM) Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas são usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas situações que podem ser verificadas na prática. Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura? (A) A temperatura da água pode ficar constante durante o tempo em que estiver fervendo. (B) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água. (C) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela. (D) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua temperatura. (E) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor temperatura do que a dele. 2) (ENEM) O abastecimento de nossas necessidades energéticas futuras dependerá certamente do desenvolvimento de tecnologias para aproveitar a energia solar com maior eficiência. A energia solar é a maior fonte de energia mundial. Num dia ensolarado, por exemplo, aproximadamente 1 kJ de energia solar atinge cada metro quadrado da superfície terrestre por segundo. No entanto, o aproveitamento dessa energia é difícil porque ela é diluída (distribuída por uma área muito extensa) e oscila com o horário e as condições climáticas. O uso efetivo da energia solar depende de formas de estocar a energia coletada para uso posterior. BROWN, T. Química e Ciência Central. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar tem sido armazená-la por meios de processos químicos endotérmicos que mais tarde podem ser revertidos para liberar calor. Considerando a reação: CH4(g) + H2O(v) + calor → CO(g) + 3 H2(g) e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveitamento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de uma estratégia: (A) insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema para ser utilizada posteriormente. (B) insatisfatória, uma vez que há formação de gases poluentes e com potencial poder explosivo, tornando-a uma reação perigosa e de difícil controle. (C) insatisfatória, uma vez que há formação de gás CO que não possui conteúdo energético passível de ser aproveitado posteriormente e é considerado um gás poluente. (D) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com absorção de calor e promove a formação das substâncias combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil. (E) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com liberação de calor havendo ainda a formação das substâncias combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil. 3) (ENEM) O ciclo da água é fundamental para a preservação da vida no planeta. As condições climáticas da Terra permitem que a água sofra mudanças de fase e a compreensão dessas transformações é fundamental para se entender o ciclo hidrológico. Numa dessas mudanças, a água ou a umidade da terra absorve o calor do sol e dos arredores. Quando já foi absorvido calor suficiente, algumas das moléculas do líquido podem ter energia necessária para começar a subir para a atmosfera.Disponível em. http//www.keroagua.blogspot.com Acesso em: 30 mar. 2009 (adaptado) A transformação mencionada no texto é a (A) fusão. (B) liquefação. (C) evaporação. (D) solidificação. (E) condensação. 4) (Enem PPL 2019) O gás hidrogênio é considerado um ótimo combustível – o único produto da combustão desse gás é o vapor de água, como mostrado na equação química. 2(g) 2(g) 2 (g)2 H O 2 H O+ → Um cilindro contém 1kg de hidrogênio e todo esse gás foi queimado. Nessa reação, são rompidas e formadas ligações químicas que envolvem as energias listadas no quadro. Ligação química Energia de ligação (kJ mol) H H− 437 H O− 463 O O= 494 Massas molares (g mol) : 2H 2;= 2O 32;= 2H O 18.= Qual é a variação da entalpia, em quilojoule, da reação de combustão do hidrogênio contido no cilindro? a) 242.000− b) 121.000− c) 2.500− d) 110.500+ e) 234.000+ 5) A eficiência de um processo de conversão de energia, definida como sendo a razão entre a quantidade de energia ou trabalho útil e a quantidade de energia que entra no processo, é sempre menor que 100% devido a limitações impostas por leis físicas. A tabela a seguir, mostra a eficiência global de vários processos de conversão. Se essas limitações não existissem, os sistemas mostrados na tabela, que mais se beneficiariam de investimentos em pesquisa para terem suas eficiências aumentadas, seriam aqueles que envolvem as transformações de energia. (A) mecânica energia elétrica. (B) nuclear energia elétrica. (C) química energia elétrica. (D) química energia térmica. (E) radiante energia elétrica. 6) (Enem PPL 2019) O etanol é um combustível renovável obtido da cana-de-açúcar e é menos poluente do que os combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel. O etanol tem densidade 30,8 g cm , massa molar 46 g mol e calor de combustão aproximado de 1.300 kJ mol.− Com o grande aumento da frota de veículos, tem sido incentivada a produção de carros bicombustíveis econômicos, que são capazes de render até 20 km L em rodovias, para diminuir a emissão de poluentes atmosféricos. O valor correspondente à energia consumida para que o motorista de um carro econômico, movido a álcool, percorra 400 km na condição de máximo rendimento é mais próximo de a) 565 MJ. b) 452 MJ. c) 520 MJ. d) 390 MJ. e) 348 MJ. 7) (ENEM) O esquema mostra um diagrama de bloco de uma estação geradora de eletricidade abastecida por combustível fóssil: Se fosse necessário melhorar o rendimento dessa usina, que forneceria eletricidade para abastecer uma cidade, qual das seguintes ações poderia resultar em alguma economia de energia, sem afetar a capacidade de geração da usina? (A) Reduzir a quantidade de combustível fornecido à usina para ser queimado. (B) Reduzir o volume de água do lago que circula no condensador de vapor. (C) Reduzir o tamanho da bomba usada para devolver a água líquida à caldeira. (D) Melhorar a capacidade dos dutos com vapor conduzirem calor para o ambiente. (E) Usar o calor liberado com os gases pela chaminé para mover um outro gerador. 8) (ENEM) Na natureza, a água, por meio de processos físicos, passa pelas fases líquida, gasosa e sólida perfazendo o ciclo hidrológico. A distribuição da água na Terra é condicionada por esse ciclo, e as mudanças na temperatura do planeta poderão influenciar as proporções de água nas diferentes fases desse ciclo. O diagrama abaixo mostra as transformações de fase pelas quais a água passa, ao ser aquecida com o fornecimento de energia a uma taxa constante. Considerando–se o diagrama de mudanças de fases da água e sabendo–se que os calores latentes de fusão e de vaporização da água valem, respectivamente, 80 cal/g e 540 cal/g, conclui–se que (A) a temperatura da água permanece constante durante os processos de mudança de fase. (B) a energia necessária para fundir 10 g de gelo é maior que a necessária para evaporar a mesma massa de água. (C) a água, para mudar de fase, libera energia a uma taxa de 540 cal/g quando a temperatura aumenta de 0 ºC até 100 ºC. (D) a temperatura da água varia proporcionalmente à energia que ela recebe, ou seja, 80 cal/g durante o processo de fusão. (E) a temperatura da água varia durante o processo de vaporização porque ela está recebendo uma quantidade de energia constante. 9) (ENEM) No nosso dia a dia deparamo-nos com muitas tarefas pequenas e problemas que demandam pouca energia para serem resolvidos e, por isso, não consideramos a eficiência energética de nossas ações. No global, isso significa desperdiçar muito calor que poderia ainda ser usado como fonte de energia para outros processos. Em ambientes industriais, esse reaproveitamento é feito por um processo chamado de cogeração. A figura a seguir ilustra um exemplo de cogeração na produção de energia elétrica. Em relação ao processo secundário de aproveitamento de energia ilustrado na figura, a perda global de energia é reduzida por meio da transformação de energia (A) térmica em mecânica. (B) mecânica em térmica. (C) química em térmica. (D) química em mecânica. (E) elétrica em luminosa. 10) (ENEM) A tirinha faz referência a uma propriedade de uma grandeza Física, em que a função do jornal utilizado pelo homem é a de (A) absorver a umidade que dissipa calor. (B) impedir que o frio do ambiente penetre. (C) manter o calor do homem concentrado. (D) restringir a perda de calor para o ambiente. (E) bloquear o vento que sopra trazendo frio. 11) (ENEM) Uma opção não usual, para o cozimento do feijão, é o uso de uma garrafa térmica. Em uma panela, coloca-se uma parte de feijão e três partes de água e deixa- se ferver o conjunto por cerca de 5 minutos, logo após transfere-se todo o material para uma garrafa térmica. Aproximadamente 8 horas depois, o feijão estará cozido. O cozimento do feijão ocorre dentro da garrafa térmica, pois (A) a água reage com o feijão, e essa reação é exotérmica. (B) o feijão continua absorvendo calor da água que o envolve, por ser um processo endotérmico. (C) o sistema considerado é praticamente isolado, não permitindo que o feijão ganhe ou perca energia. (D) a garrafa térmica fornece energia suficiente para o cozimento do feijão, uma vez iniciada a reação. (E) a energia envolvida na reação aquece a água, que mantém constante a temperatura, por ser um processo exotérmico. 12) (ENEM) Em dias com baixas temperaturas, as pessoas utilizam casacos ou blusas de lã com o intuito de minimizar a sensação de frio. Fisicamente, esta sensação ocorre pelo fato de o corpo humano liberar calor, que é a energia transferida de um corpo para outro em virtude da diferença de temperatura entre eles. A utilização de vestimenta de lã diminui a sensação de frio, porque (A) possui a propriedade de gerar calor. (B) é constituída de material denso, o que não permite a entrada do ar frio. (C) diminui a taxa de transferência de calor do corpo humano para o meio externo. (D) tem como principal característica a absorção de calor, facilitando o equilíbrio térmico. (E) está em contato direto com o corpo humano, facilitando a transferência de calor por condução 13) (ENEM) É comum nos referirmos a dias quentes como dias “de calor”. Muitas vezes ouvimos expressões como “hoje está calor” ou “hoje o calor está muito forte” quando a temperatura ambiente está alta. No contexto científico, é correto o significado de “calor” usado nessas expressões? (A) Sim, pois o calor de um corpo depende de sua temperatura. (B) Sim, pois calor é sinônimo de alta temperatura. (C) Não, pois calor é energia térmica em trânsito. (D) Não, pois calor é a quantidade de energia térmica contida emum corpo. (E) Não, pois o calor é diretamente proporcional à temperatura, mas são conceitos diferentes. 14) (ENEM) Vários combustíveis alternativos estão sendo procurados para reduzir a demanda por combustíveis fósseis, cuja queima prejudica o meio ambiente devido à produção de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g mol-1). Três dos mais promissores combustíveis alternativos são o hidrogênio, o etanol e o metano. A queima de 1 mol de cada um desses combustíveis libera uma determinada quantidade de calor, que estão apresentadas na tabela a seguir: Considere que foram queimadas massas, independentemente, desses três combustíveis, de forma tal que em cada queima foram liberados 5400 kJ. O combustível mais econômico, ou seja, o que teve a menor massa consumida, e o combustível mais poluente, que é aquele que produziu a maior massa de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g mol-1), foram, respectivamente, (A) o etanol, que teve apenas 46 g de massa consumida, e o metano, que produziu 900 g de CO2. (B) o hidrogênio, que teve apenas 40 g de massa consumida, e o etanol, que produziu 352 g de CO2. (C) o hidrogênio, que teve apenas 20 g de massa consumida, e o metano, que produziu 264 g de CO2. (D) o etanol, que teve apenas 96 g de massa consumida, e o metano, que produziu 176 g de CO2. (E) o hidrogênio, que teve apenas 2 g de massa consumida, e o etanol, que produziu 1350 g de CO2. 15) (ENEM) Nas últimas décadas, o efeito estufa tem-se intensificado de maneira preocupante, sendo esse efeito muitas vezes atribuído à intensa liberação de CO2 durante a queima de combustíveis fósseis para geração de energia. O quadro traz as entalpias-padrão de combustão a 25 ºC (ΔH°25) do metano, do butano e do octano. À medida que aumenta a consciência sobre os impactos ambientais relacionados ao uso da energia, cresce a importância de se criar políticas de incentivo ao uso de combustíveis mais eficientes. Nesse sentido, considerando- se que o metano, o butano e o octano sejam representativos do gás natural, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da gasolina, respectivamente, então, a partir dos dados fornecidos, é possível concluir que, do ponto de vista da quantidade de calor obtido por mol de CO2 gerado, a ordem crescente desses três combustíveis é (A) gasolina, GLP e gás natural. (B) gás natural, gasolina e GLP. (C) gasolina, gás natural e GLP. (D) gás natural, GLP e gasolina. (E) GLP, gás natural e gasolina. 16) (ENEM) No que tange à tecnologia de combustíveis alternativos, muitos especialistas em energia acreditam que os álcoois vão crescer em importância em um futuro próximo. Realmente, álcoois como metanol e etanol têm encontrado alguns nichos para uso doméstico como combustíveis há muitas décadas e, recentemente, vêm obtendo uma aceitação cada vez maior como aditivos ou mesmo como substitutos para a gasolina em veículos. Algumas das propriedades físicas desses combustíveis são mostradas no quadro seguinte. Considere que, em pequenos volumes, o custo de produção de ambos os alcoóis seja o mesmo. Dessa forma, do ponto de vista econômico, é mais vantajoso utilizar (A) metanol, pois sua combustão completa fornece, aproximadamente, 22,7 kJ de energia por litro de combustível queimado. (B) etanol, pois sua combustão completa fornece, aproximadamente, 29,7 kJ de energia por litro de combustível queimado. (C) metanol, pois sua combustão completa fornece, aproximadamente, 17,9 MJ de energia por litro de combustível queimado. (D) etanol, pois sua combustão completa fornece, aproximadamente, 23,5 MJ de energia por litro de combustível queimado. (E) etanol, pois sua combustão completa fornece, aproximadamente, 33,7 MJ de energia por litro de combustível queimado. 17) (ENEM) Um dos problemas dos combustíveis que contêm carbono é que sua queima produz dióxido de carbono. Portanto, uma característica importante, ao se escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão (∆H°c), definido coma a energia liberada na queima completa de um mol de combustível no estado padrão. O quadro seguinte relaciona algumas substâncias que contêm carbono e seu ∆H°c. Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado completamente, libera mais dióxido de carbono no ambiente pela mesma quantidade de energia produzida? A) Benzeno. B) Metano. C) Glicose. D) Octano. E) Etanol. 18) (ENEM) A escolha de uma determinada substância para ser utilizada como combustível passa pela análise da poluição que ela causa ao ambiente e pela quantidade de energia liberada em sua combustão completa. O quadro apresenta a entalpia de combustão de algumas substâncias. As massas molares dos elementos H, C e O são, respectivamente, iguais a 1g mol, 12g mol e 16g mol. Levando-se em conta somente o aspecto energético, a substância mais eficiente para a obtenção de energia, na combustão de 1kg de combustível, é o (A) etano. (B) etanol. (C) metanol. (D) acetileno. (E) hidrogênio. 19) (Enem 2019) Glicólise é um processo que ocorre nas células, convertendo glicose em piruvato. Durante a prática de exercícios físicos que demandam grande quantidade de esforço, a glicose é completamente oxidada na presença de 2O . Entretanto, em alguns casos, as células musculares podem sofrer um deficit de 2O e a glicose ser convertida em duas moléculas de ácido lático. As equações termoquímicas para a combustão da glicose e do ácido lático são, respectivamente, mostradas a seguir: 6 12 6(s) 2(g) 2(g) 2 ( ) C 3 (s) 2(g) 2(g) 2 ( ) C C H O 6 O 6 CO 6 H O H 2.800 kJ CH CH(OH)COOH 3 O 3 CO 3 H O H 1.344 kJ + → + = − + → + = − O processo anaeróbico é menos vantajoso energeticamente porque a) libera 112 kJ por mol de glicose. b) libera 467 kJ por mol de glicose. c) libera 2.688 kJ por mol de glicose. d) absorve 1.344 kJ por mol de glicose. e) absorve 2.800 kJ por mol de glicose. 20) (ENEM) Um motor só poderá realizar trabalho se receber uma quantidade de energia de outro sistema. No caso, a energia armazenada no combustível é, em parte, liberada durante a combustão para que o aparelho possa funcionar. Quando o motor funciona, parte da energia convertida ou transformada na combustão não pode ser utilizada para a realização de trabalho. Isso significa dizer que há vazamento da energia em outra forma. CARVALHO, A. X. Z. Física Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009 (adaptado). De acordo com o texto, as transformações de energia que ocorrem durante o funcionamento do motor são decorrentes de a A) liberação de calor dentro do motor ser impossível. B) realização de trabalho pelo motor ser incontrolável. C) conversão integral de calor em trabalho ser impossível. D) transformação de energia térmica em cinética ser impossível. E) utilização de energia potencial do combustível ser incontrolável. 21) (ENEM) A figura representa uma embalagem cartonada e sua constituição em multicamadas. De acordo com as orientações do fabricante, essas embalagens não devem ser utilizadas em fornos microondas. A restrição citada deve-se ao fato de a a) embalagem aberta se expandir pela pressão do vapor formado em seu interior. b) camada de polietileno se danificar, colocando o alumínio em contato com o alimento. c) fina camada de alumínio blindar a radiação, não permitindo que o alimento se aqueça. d) absorção de radiação pelo papel, que se aquece e pode levar à queima da camada de polietileno. e) geração de centelhas na camada de alumínio, que pode levar à queima da camada de papel e de polietileno. 22) (Enem 2017) O ferro é encontrado na natureza na forma de seus minérios, tais como a hematita 2 3( Fe O ),α − a magnetita 3 4(Fe O ) e a wustita (FeO). Na siderurgia, o ferro-gusa é obtido pela fusão de minérios de ferro em altos fomos em condições
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