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Anatomopatologia introdução

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MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
ANATOMOPATOLOGIA 
N1 
RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO 
POR IMAGEM: 
- É uma especialidade médica que 
engloba diferentes áreas. 
- A pessoa responsável pelo primeiro 
exame radiológico foi Roentgen em 
1895, com o raio x de mão da esposa 
dele. 
- A radiação é a emissão, propagação e 
transferência de energia em qualquer 
m e i o e m f o r m a d e o n d a s 
eletromagnéticas.
• As ondas precisam de meios para 
serem propagadas. 
• A onda eletromagnética não precisa 
de nenhum meio, porque ela se 
dissipa em qualquer meio, inclusive no 
vácuo. 
- A radiação é ruim e causa efeitos 
d a n o s o s n o c o r p o , e x c e t o n o 
microondas, celular e rádio. Portanto, 
podemos concluir que não são todos os 
tipos de radiação que tem o potencial de 
causar danos. 
- Existem radiações que causam e 
radiações que não causam efeitos 
biológicos. 
- A radiologia utiliza muita radiação. 
- A radiação que causa efeitos danosos é 
chamada de radiação ionizante. 
- Radiação não ionizante não tem energia 
suficiente para romper as ligações 
atômicas e causar ionização (processo 
por meio do qual um átomo ou uma 
molécula perde ou ganha elétrons para 
formar íons. 
- A radiação ionizante tem energia 
suficiente para romper as ligações 
atômicas e causar ionização. 
- As radiações ionizantes tem o poder de 
penetração. 
• As radiações α não conseguem 
ultrapassar uma folha de pape. 
• As radiações ß conseguem passar a 
folha de papel mas não conseguem 
ultrapassar o corpo humano. 
• Os raios x conseguem passar a folha 
de papel, o corpo humano mas não 
conseguem ultrapassar o aço. 
• Os raios gama conseguem passar a 
folha de papel, o corpo humano e o 
aço mas não conseguem passar o 
concreto. 
• As partículas de nêutrons ultrapassam 
todos as barreiras. 
- Na TC, mamografia, medicina nuclear, 
RM, angiografia, ultrassom com ou sem 
Doppler, radiografia convencional, 
intervenção, fluoroscopia, densitometria 
óssea, radioterapia, são os principais 
métodos de diagnóstico por imagem. 
PAULA R. C. PENTEADO �1
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
• Dos métodos acima, os que não 
utilizam radiação ionizante são o 
ultrassom com ou sem Doppler e a 
RM.
• Na medicina nuclear o isótopo 
radioativo é injetado no paciente e 
ficará emitindo radiação. 
• A radioterapia não é um método de 
diagnóstico por imagem. 
• A RM usa um campo magnético e 
ondas de radiofrequência. A RM não 
emite radiação, é usada bobinas 
específicas para realizar o exame.
• O ultrassom utiliza o som. Não emite 
radiação e é usado um transdutor para 
realizar o procedimento. 
• A medicina nuclear usa o pet-CT ou 
gama-câmara. A cintilografia óssea é 
um exemplo, e é utilizada para 
detectar tumores e cânceres. A 
radiação é liberada pelo paciente e 
captada pelo aparelho. 
• O aparelho de radioterapia possui 
radiação ionizante, quem emite é o 
apare lho e cont inua l iberando 
radiação mesmo com o aparelho 
desligado. 
• A medicina nuclear, quem emite 
radiação é o paciente, e o paciente 
continua emitindo radiação mesmo 
após o procedimento. 
PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO DAS 
IMAGENS EM RADIOLOGIA - 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: 
- 2 princípios: 
• Em relação a radiação ionizante: não 
utiliza radiação. 
• Em relação ao tipo de onda: ondas de 
radiofrequência. É utilizado bobinas de 
radiofrequência.
- É um cilindro onde a pessoa entra, e 
este cilindro é formado por um imã 
gigante e bobinas de radiofrequência. As 
ondas de radiofrequência são não 
ionizantes.
- A força do campo magnético do 
aparelho de RM varia de 1 tesla até 7 
teslas, cerca de 10.000 até 70.000 gauss 
(sendo que o campo magnético da Terra 
é de cerca de 1 gauss). 
- Em aparelho de RM não se pode usar 
metais, porque podem ser puxados 
pelas ondas, podendo acarretar em 
vários problemas. 
• Por se tratar de um campo magnético 
muito forte, quaisquer metais são 
atraídos e podem causar danos. 
- O campo magnético do aparelho está 
sempre ativado, e somente é desativado 
quando o aparelho irá mudar de local. 
- Em marca-passos cardíacos, ocorre 
desconfiguração, clip de aneurisma 
cerebral também, entre outros aparelhos 
e apetrechos que contenham material 
metálico, inclusive tatuagens com 
materiais de chumbo. 
- Metais com contra-indicação absoluta: 
• Cl ipes de aneur i sma ce rebra l 
ferromagnéticos (modelos em aço inox 
17-7PH e 405). 
• Desfibrilador implantável. 
• Fixadores ortopédicos externos 
metálicos não-removíveis. 
• Holter. 
• Marca-passos (cardíacos e outros). É 
restrição absoluta: se a pessoa tiver o 
cartão de identificação dizendo que 
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p o d e , c o n fi r m a r n o s i t e d o 
m a r c a p a s s o e a i n d a c o m o 
cardiologista responsável. 
• Monitor de PIC. 
• Neuroestimuladores e moduladores. 
• Prótese coclear metálica. 
• Implantes ortodônticos. 
• Aparelhos auditivos não removíveis. 
**Quando o paciente colocar implante ou 
prótese, junto v i rá um car tão de 
identificação, sempre entregar ao paciente 
porque conterá se a prótese ou metal 
podem entrar no aparelho de RM. 
I. Física - princípios básicos: 
- Toda RM é chamada de ressonância 
nuclear magnética. 
- Está baseada no átomo. 
- Os prótons e nêutrons estão no núcleo e 
rodam em torna do núcleo, que este 
roda em torno de si mesmo; e os 
elétrons estão fora do núcleo. 
- O princípio da RM s baseia na rotação 
do núcleo em volta dele mesmo. 
- O que acontece? Na hora que tem o 
núcleo em volta dele mesmo, temos 
quando a energia está em movimento, a 
produção de campo magnético, que 
funciona como o imã. 
• Quando se coloca esse átomo do dia-
dia (no corpo), cada spin está rodando 
para um lado, e quando o campo 
magnético é colocado (RM), os spins 
do corpo de alinham com o campo 
magnético da máquina. 
• O átomo mais abundante do nosso 
corpo é o hidrogênio (H+) pois forma a 
água. Então usa-se esse átomo de 
hidrogênio para obter as imagens de 
RM. 
• Quando o pulso de radiofrequência é 
ativado, ele muda o angulo de 
inclinação dos átomos do nosso corpo 
para um alinhamento de 90º. Quando 
o pu lso de rad io f requênc ia é 
desligado, cada um dos átomos volta 
para um local diferente, e produz uma 
energia diferente um dos outros, que é 
captado pela bobina e da cores 
diferentes (exemplo: do osso é 
diferente do cérebro, que é diferente 
de outras partes). 
- Por que usa-se: porque o hidrogênio é o 
átomo mais frequentemente encontrado.
- Cada linha do cérebro é interpretada por 
um voxel diferente. A substancia branca 
é mais clara do que a cinzenta porque 
q u a n d o v o l t a d o p u l s o d e 
radiofrequência, elas são diferentes Eem 
termos de freqüência. Quando voltam 
para formar a imagem, elas voltam em 
escalas de cinza. 
- Ou seja: os núcleos de hidrogênio são 
favoráveis à imagem da RM. Ao colocar 
o paciente em um equipamento de RM, 
os núcleos de hidrogênio orientados 
randomicamente se alinham com o 
campo magnético estático. A fim de 
detectar um sinal, um pulso de RF 
perturbador é transitoriamente aplicado 
ao paciente, resultando em alteração do 
alinhamento desses núcleos. Quando o 
pulso de RF é desligado, os spins 
retornam ao estado de equilíbrio 
dissipando energia para as moléculas 
adjacentes. A taxa de perda de energia é 
m e d i d a p e l a s p ro p r i e d a d e s d e 
relaxamento intrínsecas do tecido. 
II. Intensidade de sinal: 
- De acordo com a imagem, fala-se que 
tem uma intensidade de sinal. 
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• Quando se tem uma imagem com 
ausência de sinal, na RM aparece em 
preto. 
• O hipossinal é cinza escuro. 
• O isossinal ou isointenso é cinza. 
• O hipersinal ou hiperintenso é 
quando é branco. 
**A intensidade de sinal é sempre usada 
em relação a algo, por exemplo, isossinal 
em relação ao músculo. Na maioria das 
vezes é comparada aomúsculo.
- Imagem ponderada em T1: o liquor 
está em ausência de sinal ou hipossinal. 
A gordura está hiperintensa. A cortical 
óssea está em ausência de sinal. 
- Imagem ponderada em T2: o liquor 
está hiperintenso. A gordura está 
hipointensa. O osso está em ausência de 
sinal. 
- Imagem ponderada em densidade de 
prótons (DP): o liquor está isointenso. A 
gordura está hiperintensa. E o osso em 
ausência de sinal. 
- Cada uma dessas sequências variam do 
tempo de exposição em relação ao 
átomo. Em T1 o tempo de repetição (TR) 
e o tempo de eco (TE) são curtos. Em T2 
o TR e o TE são longos. E em DP o TR é 
longo e o TE é curto. 
- A sequencia T1 é uma sequencia não 
sensível à água, ou seja, a água não 
brilha (ausência de sinal). 
- A sequencia T2 e DP são sequencias 
sensíveis à água, ou seja, a água brilha 
(hiperintenso e isointenso). 
- Sequencias sensíveis à água são usadas 
para a pesquisa de edema, como 
inflamação, tumor, rompimento de 
ligamento, doenças que provocam 
edema, ou seja, mostram onde está a 
lesão e tumor. 
- As não sensíveis à água mostram a 
anatomia. 
- Os planos da RM são sagital, coronal e 
axial.
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↳Imagem A representa um corte sagital ponderado 
em T2. Imagem B representa um corte sagital 
ponderado em T1 com saturação de gordura e 
contraste com gadolínio. 
III. Saturação de gordura: 
- A gordura brilha em T1, T2 e DP. 
- Como é a medula óssea em T1 e T2? É 
para br i lhar. O edema em T2 é 
hiperintenso. Se os dois brilham, então 
em um edema ósseo não aparece, 
portanto é preciso fazer uma saturação 
óssea, onde se retira a gordura, e deixa 
presente o líquido.
- Para saber se está saturada ou não o 
sinal da gordura, ela tem que estar igual 
ou menor do que o músculo em 
intensidade de sinal. 
↳Cortes coronais. A) Imagem ponderada em T1 sem 
saturação de gordura. B) Imagem ponderada em T2 
com saturação de gordura. 
IV. C o n t r a s t e e m r e s s o n â n c i a 
magnética: 
- É usado o gadolinio. 
- É um contraste não iodado, e possui 
baixa incidência de reações alérgicas. 
- O contraste serve para realçar áreas de 
edema, áreas de inflamação, áreas de 
neoformação vascular ( tumores) , 
preencher cavidades e preencher vasos. 
- Em tempo de exposição (TE) e tem 
pode repetição (TR) baixos, mas com a 
presença de contraste, as áreas onde 
estariam o líquido aparecem com 
hipersinal ou hiperintensa, porque o 
contraste tem hipersinal em T1. 
V. Hipersinal em T1: 
- Gordura. 
- Sangue. 
- melanina. 
- Ocitocina. 
- Gadolínio. 
- Macromoléculas (lesões hiperproteicas, 
como pus muito denso). 
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PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO DA 
IMAGEM EM RADIOLOGIA - 
RAIOS X: 
I. História da medicina: 
- Frederico II: estabeleceu que todo 
conhecimento científico médico deveria 
ser repassado, criando a primeira 
faculdade de medic ina; também 
estabeleceu que os estudos da anatomia 
deveriam ser feitos em cadáveres (foi 
excomungado pelo papa por isso).
- Com o renascimento, o detalhamento 
anatômico muda drasticamente. Com 
Michelangelo, a peça a fresco na capela 
cistina, ele faz analogias a partes do 
corpo humano em suas pinturas. 
- Cânone das proporções - homem 
vitruviano: a partir dele estabeleceu-se a 
posição anatômica.
- Benjamim Franklin - o processo de raio 
x depende de eletricidade. Se tirar o 
aparelho de raio x da tomada, ele para 
de emitir radiação.
- William Crookes: criou um tubo que 
colocou gases dentro. Observou que 
quando colocava uma corrente elétrica 
em meio aos gases nobres, ele tinha 
uma emissão de luzes fluorescentes. 
- Joseph Thompson: demonstrou que os 
raios catódicos eram desviados por um 
campo magnético. 
- Philipp Lenard: modificou a ampola de 
Crooks posicionando uma fina folha de 
alumínio na extremidade catódica e 
observou que os raios sensibilizavam um 
anteparo fluorescente para objetos 
próximos.
- Wilhelm Röntgen: ele mandou uma carta 
para Lenard, que estava fazendo o 
mesmo experimento e qual folhas de 
alumínio ele usava. Röntgen reproduziu o 
que Lenard fez, e notou que alguns 
materiais que tinham propriedade 
fl u o re s c e n t e i n t e r a g i a m c o m a 
luminescência. Ele pegou um tubo de 
vidro e desenvolveu um tubo mais forte e 
espesso e um gerador mais forte 
também. Ele cobriu com uma cartolina o 
aparelho para tentar entender de onde 
vinha a luz. Notou então que a placa de 
bário ficou luminescente e outros objetos 
também, mas em uma distância de 1 
metro. Outro dia, ele acidentalmente 
estendeu a mão e passou na frente da 
placa de bário, e viu a dos ossos de sua 
mão projetando. Ele começou a 
entender que aquela energia era capaz 
de atravessar os tecidos moles, mas em 
estruturas metálicas, a energia era 
bloqueada. Sua esposa, Ana Bertha, foi 
a cobaia, e foi realizada a primeira 
radiografia.
• Röntgen havia descoberto um novo 
tipo de radiação e a batizou de “X”, 
justamente por ser uma forma de 
radiação desconhecida. O X foi dado 
por ser algo desconhecido.
II. Introdução: 
- A radiação ultrapassa os tecidos moles. 
- As sombras são de estruturas de alta 
densidade. Quanto mais denso, mais 
opaco estará. Quanto menos denso, 
mais radiotransparente. 
• Essa diferença de densidade leva a 
uma escala de cinzas. 
- O s r a i o s X s ã o r a d i a ç õ e s 
eletromagnéticas de alta energia. 
- Ondas eletromagnéticas são qualquer 
forma de transmissão de energia (onda 
de rádio, microondas, luz, ondas UV). 
- O raio X é capaz de ultrapassar pessoas, 
e é bloqueado pelo chumbo. 
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- Um tubo de vidro com polo positivo (+) e 
um negativo (-), gera uma corrente 
elétrica, que aquece e produz luz. O 
aumento da temperatura passando pela 
corrente elétrica, é possível aumentar a 
quantidade de elétrons emitidos. 
• O ânodo é um polo positivo do tubo e 
o alvo de colisão dos elétrons. 
Quando um elétron se choca com 
o u t r o e l é t r o n , g e r a n d o u m a 
instabilidade, mudando o elétron de 
uma camada para outra, tendo então 
liberação de energia e formando o raio 
X. 
- In te rp re tando o ra io X : não há 
interpretação, pois é uma forma de 
energia. Interpreta-se a imagem gerada 
pelos raios-X, que é a radiografia.
III. Nomenclatura: 
- Radiotransparente ou radioluscente. 
- Radiopaco ou radiodenso.
IV. Efeitos somáticos: 
- É aquele que surge na pessoa irradiada e 
n ã o t r a n s m i t e p a r a o s s e u s 
descendentes. 
V. Efeitos hereditários: 
- Descende de uma pessoa irradiada 
como resultado de alterações nas 
células germinativas. 
VI. Efeitos estocásticos: 
- É o que se estoca de radiação. 
- É a chance de ocorrer um dano em 
função da dose de radiação recebida. 
- Quanto maior a dose recebida, maior a 
probabilidade de dano biológico. 
- Uma única radiografia pode causar 
câncer, mas a probabilidade é muito 
pequena. Quanto maior a dose, maior a 
probabilidade de danos. 
- Os efeitos estocásticos causam uma 
alteração aleatória no DNA de uma única 
célula que no entanto, continua a 
reproduzir-se. Levam à transformação 
celular. Os efeitos hereditários são 
estocásticos.
- Podem surgir muitos anos após a 
irradiação. 
VII.Efeitos determinísticos: 
- É o efeito de algo que é certeza que irá 
ocorrer. 
- A partir de um limiar de dose, sabemos 
que passando desta dose, o tecido terá 
um dano. 
- Como eritema, catarata radioinduzida. 
- Não existe o efeito de estoque como no 
estocástico. 
- Depende do t ipo de tec ido, se 
ultrapassar a dose, sabemos quais tipos 
de danos serão provocados. 
- Os efeitos determinísticos levam a morte 
celular. As alterações são somáticas. 
- Indivíduos diferentes apresentam 
sensibilidade diferente e, portanto, 
limiares diferentes. 
- Exemplos de efeitos determinísticos são: 
leucopenia, náuseas, anemia, catarata, 
esterilidade,hemorragia, entre outros. 
VIII. Dose baixa: 
- Indução de apoptose celular em poucas 
células e não ser observado. 
IX. Dose alta: 
- Apoptose de muitas células podendo 
levar a mau funcionamento do órgão/
tecido. 
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- Uma alta dose no DNA pode inviabilizar 
as estruturas, e quebrar a ligação de 
bases nitrogenadas, e alterar as bases 
genéticas. 
X. Efeitos da radiação: 
- A radiação pode ter ação indireta 
provocando os EROs, e pode ter ação 
direta causando danos na molécula de 
DNA. 
- A exposição em uma gestante acaba 
sendo muito prejudicial ao feto.
• De 0 a 3 semanas pode ter falha de 
fixação do embrião e causar morte do 
mesmo. 
• De 3 semanas em diante pode causar 
má formação do órgão, redução do 
QI, maior probabilidade de câncer no 
recém-nascido. 
• De 8 a 15 semanas pode ter redução 
de 30 pontos do QI, e retardo mental 
severo. 
• De 16 a 25 semanas tem redução de 
menos de 30 pontos do QI e retardo 
mental severo. 
• Toda gravidez: muita chance de 
causar câncer infantil (1/50.000). 
- Qual é pior em quantidade de energia, 
Raio X ou tomografia? Tomografia. 
Quantas radiografias dão 1 tomografia 
em quant idade de energia? 750 
radiografias. 
- ALARA (as low as reasonably achievable) 
é um acrônimo para a expressão “tão 
baixo quanto razoavelmente exequível”. 
Este é um princípio de segurança de 
radiação, com o objetivo de minimizar as 
doses a pacientes e trabalhadores e os 
lançamentos de resíduos de materiais 
radioativos empregando todos os 
métodos razoáveis. 
- O acidente com césio 137 poderia 
acontecer com um apare lho de 
radiografia? Não. Tratam-se de materiais 
e radioisótopos diferentes.
- O efei to de um raio X em uma 
q u e i m a d u r a é p o r q u a l e f e i t o ? 
determinístico. 
- Na mão que teve a queimadura por um 
radio X, futuramente apresenta um 
câncer, qual o efeito? estocástico. 
PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO DA 
IMAGEM EM RADIOLOGIA - 
T O M O G R A F I A 
COMPUTADORIZADA: 
- É uma dose de radiação muito maior do 
que na radiografia. 
- Hematoma agudo é espontaneamente 
hiperdenso na TC (primeiro achado de 
um AVC). 
- Nas tomógrafos computadorizados, um 
tubo de raio-x emite um feixe de 
radiação de forma laminar e de 
espessura muito fina, da ordem de 
milímetros, que atravessa o paciente 
indo sensibil izar um conjunto de 
detectores. 
• O que muda são os detectores, em 
relação a radiografia. Esses detectores 
são sensíveis a intensidade de 
radiação que atravessa o paciente. 
• Quanto mais radiação mais preto, 
quanto menos fica mais branco. 
• O software vai reproduzindo a 
intensidade de radiação até a 
formação da imagem. Esse programa 
faz a detecção através de detectores e 
transduz a intensidade de radiação no 
programa. 
- TC é chamada assim porque necessita 
de um computador para gerar a imagem. 
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- O sistema de matriz funciona assim: se 
consegue alimentar dados com um 
número que é a representação de quanto 
d e e n e r g i a f o i c o l o c a d o n o s 
quadradinhos. 
• Em um pulmão com pneumonia, 
passará menos radiação por conta o 
aumento de secreção nos alvéolos, e 
na aquisição ficará mais radiodensa. 
• Os ossos aparecem brancos porque 
são ricos em cálcio que é um minério 
e a radiação tem dificuldade em 
atravessar os ossos, mandando 
menos energia, e o reconhecimento é 
jogado na escala do branco. 
- Aspectos gerais da TC: alta sensibilidade 
na ava l i ação de sangramentos /
hematomas agudos; ótimo detalhamento 
anatômico tanto de partes moles quanto 
de estruturas ósseas; exame rápido e 
acessível.
• Sangramento recente e hematoma 
recente são espontaneamente 
hiperdensos à TC sem contraste. 
- Ajustes de dose são necessários 
dependendo do tipo de pessoas que 
es tá aden t rando na máqu ina e 
dependendo do local que será feita a 
imagem. 
• Em crianças é diferente de pessoas 
adultas. 
• A intensidade da radiação na cabeça é 
diferente da intensidade usada no 
tórax. 
- A radiação ionizante é uma dose muito 
maior na TC. Uma TC de abdome é em 
média 380 vezes um raio X de tórax. 
- O contraste não absorve radiação. 
• Possui alta densidade, altamente 
absorvível, faz com que a radiação 
encontre dificuldade de atravessar o 
conteúdo (possui maior resistência) 
ficando mais radiodenso. 
• O contraste usado é o iodo. 
• O protocolo que usa contraste 
aumenta a radiação do seu exame. 
- Estimativa de indução de malignidade 
letal através da radiação ionizante: a 
inc idênc ia abso lu ta é de d i f íc i l 
comparação. A estimativa é de que 1 a 
cada 1.000-5.000 tomografias de crânio 
desenvolva uma neoplasia em função da 
radiação. 
I. Densidades radiológicas: 
- Ar: 
- Gordura: 
- Tecidos moles: 
- Cálcio: 
- Metal: 
II. Nomenclatura: 
- Hipodenso. 
- Hiperdenso.
- O hematoma agudo é espontaneamente 
hipertenso. Mostra uma região de alta 
densidade. 
Plano axial 
Plano coronal
PAULA R. C. PENTEADO �9
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III. Janelamento: 
- Em relação a fratura é necessário se 
obter uma janela óssea para que seja 
mais evidente e a qualidade da imagem 
seja superior em casos de busca de 
ossos, as partes moles são não 
aparentes ou não evidentes. 
- Em janela para partes moles, é feito, 
por exemplo, o detalhamento do 
cérebro, e aparece o contorno ósseo 
mas não tão detalhado e evidente 
quanto no janelamento ósseo. 
IV. Planos de corte: 
↳Plano axial. 
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V. Contraste: 
- A aorta quando se apresenta hiperdensa, 
quer dizer que está com presença de 
contraste. 
- O contraste iodado: melhorar a definição 
e a sensibilidade do exame. 
- O protocolo de uso é de acordo com a 
suspeita: fase arterial (sangramento e 
trauma), fase portal (pielonefrite e 
abscesso hepático), fase excretora/tardia 
(hidronefrose à esclarecer). 
- É contraindicado em função renal baixa. 
- Quando se diz que o sangramento é 
espontâneo é que ele aparece mesmo na 
ausência de contraste. 
PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO DA 
IMAGEM EM RADIOLOGIA - 
ULTRASSONOGRAFIA: 
- Não faz uso de radiação ionizante. 
- Depende de um probe ou transdutor. 
- É feito por um médico ↝ operador 
dependente. 
- O paciente fica em posição anatômica, 
e o médico fica do lado esquerdo do 
paciente. 
- Existem vários transdutores com 
diferentes variações de freqüência. 
- Os transdutores possuem função de 
p e r m i t i r a v a l i a r a s o n d a s 
ultrassonográficas, que são ondas 
mecânicas que de dissipam no ar, sólido 
e líquido.
- N o v á c u o n ã o e x i s t e o n d a s 
ultrassonográficas porque não existe o 
meio para que as ondas se dissipem. 
Elas necessitam de meios elásticos 
como o sólido, líquido e gás para se 
dissipar. 
- Os transdutores usam piezoeletricidade 
ou cristais piezoelétricos. Eles possuem 
a capacidade de transformar a energia 
elétrica em energia mecânica. As ondas 
que chegam no tecido, voltam para o 
transdutor, refletem no cristal que os 
deforma e transforma a energia em 
energia elétrica e transforma a imagem. 
- O ultrassom são sons acima de 20 mil 
Hz ou 10 kHz. Abaixo de 20.000 são os 
sons audíveis nos seres humanos. 
- Quando se aumenta a freqüência, 
diminui o comprimento de onda. Quanto 
maior a freqüência, mais a resolução. 
- As ondas do ultrassom podem ser 
refletidas, refratadas ou dispersas.
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- O s t e c i d o s t e m c a r a c t e r í s t i c a s 
diferentes. 
- A intensidade da reflexão é determinada 
entre as diferenças de impedância 
acústica dos materiais. Quanto maior a 
diferença de impedância, maior a 
reflexão. 
• É necessário colocar gel para fazer o 
ultrassom porque se não colocar, ali 
fica preenchido por ar, não entrando 
no corpo da pessoa porque ocorre 
muita reflexão.- A atenuação do tecido determina a 
eficiência com que o ultrassom penetra 
em um tecido específico e varia 
consideravelmente nos tecidos normais. 
• Ela penetra melhor onde há água. 
• Quanto maior a atenuação menor a 
penetração. 
• Pessoas obesas é difícil a visualização 
porque possui muitos tecidos moles., 
• Em pacientes com abdome cheio de 
gás também não é indicado. 
- Quanto maior a freqüência do transdutor, 
maior a resolução espacial, mais 
estruturas pequenas é possível de se ver. 
• Quanto maior a frequência, menor a 
penetração. 
• Quanto ma io r a d i f e rença de 
impedância, maior a reflexão. 
• Exame de t i reoide: usa-se um 
transdutor de alta freqüência, porque 
não se precisa de penetração. 
• Em estruturas superficiais usa-se 
transdutores de alta freqüência. Usa-
se o transdutor linear. 
• Em estruturas profundas, usa-se 
transdutores de baixa freqüência. 
• Em pacientes obesos é necessário 
usar transdutores de baixa freqüência. 
- Em imagens longitudinais o transdutor 
está em pé em relação ao paciente. Em 
imagens transversais o transdutor está 
na transversal em relação ao paciente. 
• Imagem longitudinal: cabeça do 
paciente à esquerda da tela; pés do 
paciente à direita da tela. 
• Imagem transversal: lado direito do 
paciente à esquerda da tela; lado 
esquerdo do paciente à direita da tela. 
PAULA R. C. PENTEADO �12
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
I. Ecogenicidade: 
- É a quantidade de ecos que são 
refletidos. 
- Anecóico: sem ecos internos. É preto.
- Hipoecóico ou hipoecogênico: poucos 
ecos são refletidos. Cinza escuro. 
- Isoecóico ou isoecogênico: ecos de 
intensidade igual. É cinza claro.
- Hiperecóico ou hiperecogênico: ecos de 
intensidade aumentada. É branco.
II. C a r a c t e r í s t i c a s a c ú s t i c a s 
posteriores: 
- Reforço acústico: a transmissão do som 
não é impedida pelo nódulo. Ecos 
posteriores atenuados. 
- Sombra acústica: a transmissão do som 
é a t e n u a d a p e l o n ó d u l o . E c o s 
posteriores reduzidos. 
- Em ultrassom de apêndice em busca de 
casos de apendicite não é possível 
visualizar ou a visualização é ruim pois 
está localizado retro-cecal, e dentro do 
intestino tem presença de ar, o que faz 
com que a refração seja muito grande, 
dificultando a visualização de estruturas 
abaixo dele, como o apêndice.
III. Doppler: 
- Pode avaliar a estrutura sanguínea 
dentro das estruturas. 
- É necessário ter velocidade para 
verificar.
- Em lesões com baixa velocidade 
sanguínea, o Doppler não funciona, 
como no hemangioma. 
- Três meios: 
• 1. Janela normal: imagem em modo B. 
• 2. Imagem em modo color. 
• 3. Imagem em modo espectral. 
• As três juntas é chamado de modo 
triplex.
IV. Vantagens: 
PAULA R. C. PENTEADO �13
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
- Não invasivo. 
- Não faz uso de contraste. 
- Não faz uso de radiação ionizante. 
- Método rápido e indolor. 
- Não há efeitos nocivos conhecidos. 
- Fornece imagem em tempo real, 
tornando-se uma boa ferramenta para 
guiar procedimentos minimamente 
invasivos, como biópsias por agulha e 
aspiração de líquidos. 
V. Desvantagens: 
- Ondas são interrompidas por água e ar. 
- O ultrassom não é uma técnica de 
imagem ideal para intestino cheio de ar 
ou órgãos obscurecidos pelo intestino. 
- Examinador e equipamento dependente.
- É mais difícil examinar pacientes obesos 
por USG, pois uma maior quantidade de 
tecidos enfraquece as ondas de som à 
m e d i d a q u e p a s s a m m a i s 
profundamente no corpo.
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DE 
TÓRAX: 
- É o estudo de imagem mais realizado no 
mundo. 
- É rápido, objetivo, barato. 
- O problema é que a sua interpretação é 
extremamente difícil. 
- Para conseguirmos analisar o raio x de 
tórax é preciso de um pessoal com 
bastante experiência, atenção e treino. 
- É necessário ser avaliado sempre em um 
contexto clínico. 
- Para a avaliação de micronúdulos, 
pequenas opacidades, branquiectasias e 
m e d i a s t i n o s ã o l i m i t a d o s p e l a 
radiografia, o melhor seria ser feito TC. 
- É um método de triagem para avaliação 
de todas as doenças pulmonares.
I. Técnica e posicionamento: 
- As incidências básicas são o PA 
(posteroanterior) e perfil. 
- A s i n c i d ê n c i a s a d i c i o n a i s s ã o 
anteroposterior, decúbito lateral 
(derrame pleural, pneumotórax e corpo 
estranho), AP lordótica (ápices), 
inspiração e expiração (obstrução) e 
oblíqua anterior D e E.
- PA: paciente de costas, onde o raio entra 
de tras para frente e o filme fica 
localizado na frente do paciente. 
- O decúbito lateral é importante para 
casos de derrame pleural para ver se há 
presença de líquido dentro dos pulmões. 
Também é importante em casos de 
obstrução devido ao “colabamento” 
natural do pulmão ao se deitar de lado, e 
se ele não colabar é porque pode ter 
abstrução presente. 
PAULA R. C. PENTEADO �14
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
- É necessário somente 2 incidências. 
- Outras coisas a serem analisadas são os 
dados do paciente, como nome, data, 
instituição, idade, aparelho, incidência e 
magnificação. 
II. IR-IPI: 
- Como saber se o raio X está bem feito 
ou não? Existe uma regra chamada IR-
IPI. Para avaliar a qualidade vai avaliar a 
incidência, a rotação, a inspiração, a 
penetração e a inclusão. 
- Incidência (I): na incidência PA o 
coração fica próximo do filme então tem 
pouca magnificação então vê a imagem 
cardíaca mais próxima do real. A AP o 
coração fica longe do filme e há 
magnificação do coração e simula a área 
cardíaca. O coração em perfil é 
necessário estar encostado no filme para 
que fique em tamanho real. 
- Rotação (R): para avaliar se está bem 
posicionado pega-se os processos 
espinhosos e o contorno interno das 
clavículas e a distância entre as duas 
necessitam ser simétricas. 
- Inspiração (I): para avaliar é necessário 
avaliar que tenha pelo menos 10 
costelas posteriores visíveis ou 5 a 7 
costelas anteriores visíveis até a linha do 
d i a f r a g m a a v a l i a n d o a l i n h a 
hemiclavicular. Como saber se é anterior 
ou posterior? As costelas posteriores 
são mais horizontalizadas ao passo que 
as anteriores são mais verticalizadas. 
- Penetração (P): necessário avaliar os 
corpos vertebrais, e através do coração 
é necessário ver o contorno dos corpos 
vertebrais atrás da imagem cardíaca. 
- Inclusão (I): avaliar se todas as 
estruturas do tórax estão incluídas: 1ª 
costela, borda lateral das costelas e o 
ângulo costofrênico. 
III. Análise sistemática (TOP 10): 
- É uma análise padronizada do exame de 
raio x que vai ter que analisar todas as 
estruturas que a gente define. Ou seja, 
se achar o nódulo, achará o nódulo mas 
continua a análise sistemática para não 
comer bola.
- Possui uma regra que são as 10 
estruturas anatômicas: 
1. Tecidos moles. 
2. Ossos 
3. Pleura. 
4. Traquéia e brônquios. 
5. Mediastino. 
6. Hilos. 
7. Coração.
8. Diafragma. 
9. Â n g u l o s c o s t o f r ê n i c o s e 
cardiofrênicos. 
10. Campos pulmonares (superior, 
médio e inferior, comparados entre 
um lado e outro), lobos e fissuras ↝ 
vulgo parênquima pulmonar. 
1. Tecidos moles: 
- Avalia se tem abaulamentos, massas, 
presença das 2 mamas (mulheres).
- Os tubos nasogástricos também podem 
ser vistos. 
- Presença de hipodensidade devido a um 
enfisema nos tecidos moles decorrentes 
de pneumotórax. 
2. Ossos: 
- Se há presença de todos os ossos, 
presença de costelas a mais (costela 
cervical), presença de rotação de 
clavícula, presença de fratura de costela.
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MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
3. Pleura: 
- Se há espessamento da pleura (pode ser 
feito incidência AP-lordótica para 
m e l h o r a r a v i s u a l i z a ç ã o d o 
espessamento nos ápides), se há 
espessamento pleural em campos 
diferentes no pulmão.
4. Traquéia e brônquios: 
- Se tem desvio datraqueia para o lado 
direito ou esquerdo, se os brônquios 
estão muito pra cima ou muito para 
baixo. 
5. Mediastino: 
- Se o mediastino está alargado e em que 
porção, avaliar as linhas mediastinais.
6. Hilos: 
- Os hilos tem que ser simétricos, mais ou 
menos na mesma altura (direito mais 
baixo um pouco), se o hilo está mais 
denso, maior e assimétrico é sinal de 
preocupação (linfonodos e massas, ex: 
silicose).
7. Coração: 
- Índice cardiotorácico é usado para 
avaliar o tamanho do coração, é 
necessário ser feito em PA, traçar duas 
linhas verticais nas laterais do coração e 
avaliar o tamanho, depois traçar linha 
nas linhas finais do tórax e avaliar o 
tamanho, dai divide o diâmetro da área 
cardíaca pelo diâmetro do tórax e tem 
que dar menor que 50%.
8. Diafragma: 
- Se há presença de ar entre o diafragma e 
o fígado (lado direito do paciente - 
pneumoperitônio).
9. Ângulo costofrênico e cardiofrênico: 
- Ângulos costofrênicos são os recessos 
na porção lateral entre o arco costal e o 
diafragma que não podem estar 
preenchido por nada. 
- Ângulo cardiofrênico é entre a borda do 
coração e o diafragma.
10. Campos pulmonares: 
- Pulmão direito dividido em três lobos e o 
esquerdo em 2, mas ambos os dois 
possuem 3 campos pulmonares. 
- As fissuras horizontais podem ser vistas 
em incidência AP, e a fissura oblíqua é 
em perfil.
IV. ABCDE HILOS: 
- São as regiões do pulmão que se comer 
bola. 
- Depois de ver as top 10 áreas do tórax, 
são necessárias rever esses estruturas: 
A. Ápices: presença de costela cervical, 
presença ou ausência de trama 
p u l m o n a r ( p n e u m o t ó r a x ) , 
espessamento de pleura, nódulos.
B. Ossos e tecidos moles (bones): 
fratura de clavícula, fratura de costelas, 
entre outros. 
C. Área cardíaca (coração): presença de 
radiopacidades, entre outros. 
D. D i a f r a g m a : p r e s e n ç a d e 
radiopacidades “no diafragma” que 
pode ser consistente com um tumor no 
parênquima pu lmonar a t ras do 
diafragma. 
E. Borda (edge). 
F. Hilos: comparar os dois hilos. 
PAULA R. C. PENTEADO �16
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
PADRÕES DE ACOMETIMENTO 
PULMONAR: 
- Saber: lateralidade (direito ou esquerdo 
do paciente), densidades radiológicas, 
plano axial, plano coronal, plano sagital, 
janelamento (mediastino vs. pulmonar).
- A densidade da traquéia vai ser diferente 
da densidade do coração. 
- O brônquio fonte direito é diferente do 
angulo de inclinação do brônquio 
esquerdo, portanto, o objeto sempre 
tende a seguir o brônquio direito devido 
a sua angulação ser mais reta, ao 
contrário da angulação do brônquio 
esquerdo que é mais perpendicular.
- O pulmão não sai inteiro preto porque é 
construído de outras estruturas que 
deixam certas partes como os brônquios 
radiopacos. 
- Objetivos: consolidação, vidro fosco, 
linha B de Kerley, atelectasia, sinal do S 
d e g o l d e n , d e r r a m e p l e u r a l , 
pneumotórax.
I. Consolidação: 
- A região que era para estar ocupada por 
ar não está mais, determinando o 
aumento da sua densidade. 
- Podendo ser: alimento, pus, muco, 
corpo estranho, entre outros.
- Teoricamente chega no lóbulo pulmonar 
secundário um bronquíolo terminal e um 
a artér ia, quando tem algo com 
radiopacidade, eles terão todos a 
mesma tonalidade, menos o brônquio 
que aparecerá com uma tonalidade 
transparente, sendo correspondente 
com um broncograma aéreo. 
- As radiopacidades são normalmente 
heterogêneas. 
- Quando a delimitação dos vasos não é 
possível de ser feita, é porque o material 
obstrutor tem a mesma densidade do 
que a parte mole dos vasos. 
- Os brônquios são possíveis de serem 
visualizados pois dentro dele passa ar. 
Bronquíolos abertos dentro de uma 
radiopacidade recebe o nome de 
broncograma aéreo (quer dizer que o 
brônquio está aberto, e o seu papel de 
levar ar está sendo cumprido, mas o 
a l véo lo es tá p reench ido por a r 
dificultando a troca gasosa). Um aspecto 
de consolidação está mais associado 
com uma pneumonia.
- Preenchimento dos alvéolos: exsudato 
inflamatór io , conteúdo gást r ico , 
t r a n s u d a t o , s a n g u e , m a t e r i a l 
lipoproteináceo, células. 
• Características: todos eles dão 
o p a c i fi c a ç ã o d o i n t e r s t í c i o , 
PAULA R. C. PENTEADO �17
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
apagamento dos vasos (mesma 
atenuação dos vasos), opacidade 
heterogênea, e broncograma aéreo.
• Esses padrões aparecem também na 
TC em janela pulmonar, normalmente 
em corte coronal. 
- E s p e s s a m e n t o l i s o d o s e p t o 
interlobular: existe também a parede do 
lóbulo pulmonar além dos alvéolos, e se 
ela estiver espessada, também aumenta 
a radiopacidade. Quando se tem 
espessamento do septo interlobular (na 
TC é nítido). Os brônquios e o vaso 
sempre andam juntos, por isso é fácil 
i d e n t i fi c a r o e s p e s s a m e n t o e 
normalmente ele desenha o aspecto 
hexagonal do septo.
II. Vidro fosco: 
- Material que preenche os alvéolos mas 
não é tão denso a ponto de deixar preto. 
- A atenuação intermediária deu-se o 
nome de vidro fosco. 
- Isso quer dizer que houve começo de 
preenchimento dos alvéolos por um 
material de baixa densidade, e dá o 
aspecto acinzentado do pulmão. 
PAULA R. C. PENTEADO �18
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
- A densidade que aumenta mas não 
deixa totalmente radiopaco = aspecto 
em vidro fosco. 
- Não é alta o suficiente a densidade para 
cobrir os vasos, diferentemente da 
consolidação.
III. Linha B de Kerley: 
- Se por algum motivo há uma congestão 
na veia, quem espessa é o septo. 
- Se tem um espessamento do septo 
aparecendo perpendicular a pleura e ele 
for liso, é a linha B de kerley. 
- É acompanhado da congestão venosa. 
- Na imagem de raio x, aparecem umas 
linhas lisas perpendiculares a pleura 
saindo dela. 
- É indicativo de congestão pulmonar e 
edema pulmonar. Somente esse nome 
da radiografia.
IV. Atelectasia: 
- Perda do volume do pulmão. 
- O brônquio estará fechado, causando 
colabamento do pulmão (pulmão 
atelectasiado). 
- Há redução do tamanho do pulmão, 
assim como redução do volume. 
- A densidade é mais homogênea, 
ausência de broncograma aéreo (pois 
estão fechados), presença de contorno 
bem definido das fissuras. 
- As causas de uma atelectasia podem 
ser: tumor (obstrutivo), derrame pleural 
(compressiva), ausência de liquido 
surfactante (adesiva), presença de 
fibrose na arquitetura (cicatricial). 
- O d e s l o c a m e n t o d a s fi s s u r a s 
pulmonares também são indicativos de 
atelectasia.
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MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
V. Sinal S de Golden: 
- É a fissura da pleura tracionado devido a 
atelectasia. 
- S e c u n d á r i o à t u m o r e s h i l a r e s : 
abaulamento característico na porção 
media da pequena fissura, que resulta 
em uma configuração em S invertido. 
VI. Derrame pleural: 
- O derrame pleural normalmente aparece 
radiopaco no raio x, com ausência do 
recesso costofrênico, presença de 
r a d i o p a c i d a d e h o m o g ê n e a q u e 
determina uma obliteração do seio 
costofrênico. 
- Quando deitado para fazer a radiografia 
o líquido se espalha. Pode dar uma 
atelectasia pulmonar.
VII.Pneumotórax: 
- E n t r a d a d e a r n a p l e u r a m a s 
impossibilitado de sair. 
- Ocorre colabamento/colapso do pulmão. 
- Na cavidade pleural fica cheio de ar. 
- Imagem pre ta / rad io t ransparen te 
externamente ao pulmão é indicativo de 
pneumotórax. 
- Ausência de trama vasculobrônquica. 
Sempre em janela de pulmão. 
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