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Contabilidade História Contabilidade Contabilidade, é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio). Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e controlando o patrimônio. Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar o patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das empresas. O profissional da contabilidade nível técnico e superior onde e como atuam O bacharel em Ciências Contábeis O bacharel em Ciências Contábeis é um profissional eclético. Todo e qualquer patrimônio necessita de critérios de formatação e de avaliação, fato do cotidiano do Profissional da Contabilidade. A identificação, análise e, finalmente, determinação do impacto das transações no patrimônio das entidades exige do profissional um amplo e variado leque de conhecimento. O mundo passa por grandes transformações e requer versatilidade e abrangência nas interpretações. O profissional contábil está capacitado, habilitado e possui o conhecimento necessário sobre assuntos econômicos, financeiros, tributários, organizacionais e comportamentais para direcionar as conclusões da lógica contábil, sempre respaldado por princípios e normas técnicas dando espaço à propalada interpretação da condição, qualidade e valor do patrimônio. Nenhuma decisão de negócio é tomada sem os dados contábeis e somente este profissional dispõe de técnicas para disponibilizar o valor patrimonial e a direção dos negócios. Nos dias de hoje, a realidade do mercado exige um profissional pronto para assumir novas responsabilidades. Mais do que apenas registrar os atos e fatos dos gestores das empresas, ele deve nortear os empreendimentos e ajudar a administração a manter o negócio na rota prevista. Para desempenhar essas funções com a máxima competência, sua formação deve conter noções sólidas de Finanças, Economia e Gestão e, também, de Ciências Humanas, Ética e Responsabilidade Social. O bacharel em Ciências Contábeis está capacitado para pesquisar, analisar e discernir, com muito bom senso, todo o sistema de informações econômico-financeiro e patrimonial de entidades. O Técnico em Contabilidade O Técnico em Contabilidade fornece às empresas informações úteis para garantir desenvolvimento e crescimento. Ele cuida de toda a parte financeira realizando a escrituração contábil e fiscal, registros e lançamentos contábeis de transações financeiras, cálculo de impostos, juros e taxas, acompanhamento de contas, receitas e despesas, elaboração de demonstrativos financeiros e balancetes, análise de contas patrimoniais e controle patrimonial, além de ser o responsável pela prestação de contas da instituição. A tecnologia é fundamental no dia a dia do Técnico em Contabilidade e a tendência é que o trabalho manual e rotineiro diminua cada vez mais, agilizando a atuação do profissional. A formação do Técnico em Contabilidade possui alguns limites. Ele não está habilitado para realizar perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços, nem Auditorias. Mas seu trabalho auxilia o do bacharel em Ciências Contábeis e contribui para o bom funcionamento das empresas. História da contabilidade no Brasil Primórdios da contabilidade e regulamentação Por incrível que pareça, já em 1500 com a descoberta do Brasil, o país já iniciava os primeiros passos da história da área de contabilidade. Mas foi somente no século XVIII, no ano de 1770, para ser mais preciso que foi criada a primeira regulamentação da profissão contábil no Brasil. Esta regulamentação foi expedida por Dom José, rei de Portugal, onde exigia obrigatoriamente o registro de matricula daqueles que trabalhavam na área. Neste momento o profissional contábil recebia o nome de guarda-livros, termo este que foi utilizado até a metade dos anos de 1970. No ano de 1870, é realizada a primeira regulamentação do Brasil para a profissão contábil, através do Decreto Imperial n°4.475. Sendo assim a profissão de Guarda-Livros é avaliada como a primeira ocupação liberal regulamentada no Brasil. Aperfeiçoamento na área: O aprimoramento na área logo foi dado com a sua regulamentação. Nesta ocasião só eram contratados guarda-livros que tivessem no currículo o curso de comércio. A profissão determinava um modo multidisciplinar. Para se ter uma ideia, para ser um guarda-livros, era necessário conhecer bem a língua portuguesa e francesa e possuir uma caligrafia perfeita. Com a chegada da máquina de escrever, começou-se a exigir o domínio dos processos datilográficos. Desenvolvimento da profissão: Em 1915 ocorre a fundação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. Logo depois surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Contabilidade no Rio de Janeiro. Em 1924 acontece o 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, onde são difundidas campanhas para a regulamentação de contador e a reforma do ensino comercial no país. Aumenta-se o desenvolvimento da profissão contábil, de modo que em 1927 é inaugurado o Conselho Perpétuo, o início do que seria, já no século XXI, os sistemas: Conselho Federal e Conselho Regional de Contabilidade. Era conferida já nesta instituição a matricula para os novos profissionais habilitados para as atividades na área de contabilidade. A profissão finalmente é regulamentada: Foi neste período onde muitos problemas políticos começam a surgir, entre elas a chegada de Getúlio Vargas à posse no ano de 1930. No ano consequente ocorre a primeira conquista da classe contábil, onde é admitido o Decreto Federal nº 20158, regulamentando-se a profissão e organizando o ensino comercial. Neste tempo é criado o curso de contabilidade, onde eram formados dois tipos de profissionais: o primeiro era os guarda-livros, que realizavam o curso em dois anos e os perito-contadores, que realizavam o curso em três anos. No transcorrer dos anos muitas conquistas foram obtidas pela classe. No ano de 1932 é sancionado o Decreto n°21.033, onde se institui novas condições para o registro de contadores e guarda-livros. A partir desta lei, foram decididos os problemas existentes pelos profissionais da área, que exibiam somente o conhecimento prático. Sendo assim foram determinados os prazos e as condições para os registros dos profissionais desta área. Foi então nesta ocasião, que o exercício da profissão contábil começou a ser conectada à preparação escolar, assim sendo, aqueles que desejassem seguir a carreira, teriam que estudar. Crescimento da profissão: Em seguida o caminho da profissão cresceu no país, onde é criado o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Uma das primeiras medidas alcançadas pelo Conselho Federal foi à criação de condições para o funcionamento e a disposição dos Conselhos Regionais. Logo depois é aprovada a Resolução n°1/46, que dispõe sobre a organização dos Conselhos Regionais de Contabilidade, onde são criadas as primeiras regras para a profissão. Atualmente existe um Conselho de Contabilidade em cada estado do país. O registro de profissionais foi a primeira ação alcançada pelos Conselhos Regionais. Depois de um tempo iniciou-se as atividades de fiscalização, que até é muito discutida presentemente em todas as reuniões do sistema. Atualmente Hoje, além da fiscalização e do registro dos profissionais, os Conselhos Regionais possuem parcerias com o Conselho Federal e universidades, permitindo aos profissionais da área condições de se qualificarem, devido às cobranças do mercado de trabalho, além de apresentar para a sociedade serviços de qualidade Dos “guarda-livros” ao processamentode dados Apesar de os primeiros sinais de registros contábeis serem datados do ano 8.000 a.C, no Brasil, a contabilidade surgiu no início do século XX, com a inauguração da Escola de Comércio Álvares Penteado em 1902. Entre os anos 50 e 60, os contadores e profissionais contábeis no Brasil eram conhecidos como “guarda-livros”, tendo maior reconhecimento a partir dos anos 70, quando a expressão se tornou obsoleta. Muitos profissionais que começaram a trabalhar nesse período devem lembrar das fichas tríplices, das cópias de diário em gelatina, dos sistemas Ruff e Front Feed que as pequenas e médias empresas possuíam na época e, claro, da papelada infinita empilhada sobre a mesa. Na década de 80, começaram a surgir os primeiros microcomputadores e primeiros sistemas de troca de informações. Foi o início da revolução nas contabilidades. Havia mais velocidade e exatidão em seus números, mas a pilha de papéis continuava sobre as escrivaninhas. A década de 90 foi um salto para os escritórios contábeis. Com sistemas de gestão de empresa, também conhecido como ERPs, mais sofisticados, as contabilidades começaram a ter cada vez mais importância estratégica e passaram a exercer um papel mais efetivo no dia a dia de qualquer empresa. Tudo é digital, menos a digitação de documentos Muito mais ativos e participativos no processo financeiro e legal do cliente, hoje os escritórios de contabilidade vivem uma outra realidade. Porém, algo que ainda não mudou e que acaba tomando muito tempo dos contadores brasileiros são os processos manuais. Podemos perceber que a profissão do contador evoluiu e muito durante todos esses anos, mas a pilha de papéis e a mão de obra continua sendo, praticamente, a mesma. O que podemos notar é que, mesmo com tantas tecnologias, os escritórios contábeis ainda são um pouco resistentes quando se refere à automatização de processos. Muitas automatizações já ajudam os escritórios a realizar os fechamentos contábeis de seus clientes, como por exemplo a obtenção e importação das notas fiscais de saída dos clientes, que pode ser feita a partir do site do governo. Entretanto, o problema continua sendo os inúmeros documentos que passam pela recepção e expedição da contabilidade e que, mesmo tendo sido digitados pelos clientes, precisam ser novamente digitados e lançados no sistema da contabilidade. Sem contar o recebimento de lançamentos feitos no Excel ou dados exportados de sistemas desktop que não integram com o sistema contábil, entre outros fatores que atrasam os processos do Contador, além de que redigitar é uma atividade de baixo valor agregado. Este é uma das principais razões para os escritórios contábeis não serem mais produtivos. O uso de tecnologia deveria ser um item estratégico para os escritórios. Sem tecnologia não há como crescer de forma sustentável ou até mesmo escalável. Integração contábil e ganho de produtividade Algo que era visto como tendência, mas já é realidade, são as ferramentas de integração contábil. A ContaAzul, por exemplo, está desenvolvendo um software que revolucionará a forma como os escritórios contábeis encaram essa realidade. Essa ferramenta é capaz de reduzir toda a digitação da movimentação financeira que, segundo nossas pesquisas, leva em média dois dias inteiros de trabalho para cada cliente, para apenas quinze minutos (e com o uso tende a levar segundos). Dessa forma, o sistema proporciona produtividade e libera mais tempo para o Contador investir em atuar mais como consultor do cliente e aumentar suas chances de sucesso. O cenário ideal que deveríamos presenciar no universo contábil seria de Contadores não apenas focados nos processos tradicionais de sua contabilidade, mas exercendo um papel muito mais presente na vida do micro e pequeno empresário, tornando-se verdadeiros conselheiros na gestão do seu cliente e aumentando as chances dele ter sucesso já que quase 50% fecham em menos de 3 anos devido à falta de gestão, segundo pesquisa do Sebrae. Infelizmente, vemos poucos escritórios indo nesta direção, em que a tecnologia passa a ser um fator estratégico, como aconteceu com os bancos. Você consegue imaginar os bancos crescendo e a economia globalizada se as compensações e as transações bancárias ainda fossem feitas de forma rudimentar? Consultor de negócios, o nobre papel do contador: A tendência dos escritórios contábeis mundiais é se inserir cada vez mais no meio digital, diminuindo os processos manuais através de automatizações. A profissão do Contador continuará evoluindo, deixando para trás o estigma de “o cara do imposto” para se tornar, cada vez mais, um consultor de gestão, tendo grande influência nas decisões estratégicas de seus clientes. Obrigado!
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