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Recurso de Apelação em Processo Criminal

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EXCELÊNTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CRIMINAL DE FORTALEZA-CEARÁ
Processo Nº.: 0078636-81.2013.8.06.0001
Emerson Teixeira Moura, já qualificado nos autos da ação penal que lhe move o Ministério Público, vem, por intermédio de seu advogado que infra subscreve, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, irresignada com a sentença condenatória de dois anos e oito meses de reclusão, interposto, tempestivamente.
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fundamento no art. 593, I, Código de Processo Penal. Requerer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas, ouvidas a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal, onde serão processados e providos o presente recurso. 
Termos em que, 
Pede e aguarda deferimento.
Fortaleza, 04 de junho de 19.
Advogado 
OAB/CE
EXCELÊNTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE FORTALEZA-CEARÁ
Recorrente: Emerson Teixeira Moura
Recorrido: Ministério Público do Estado do Ceará
Processo Nº: 0078636-81.2013.8.06.0001
RAZÕES DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal, 
Colenda Câmara
Ínclitos Julgadores 
I - Dos Fatos 
O recorrente foi denunciado pelo Ministério Público em 20 de abril de 2019, pelo suposta prática do crime de furto qualificado pelo abuso de confiança, pesando contra ele a acusação de 	que, valendo-se da condição de garçom, teria subtraído para si um celular no valor estimado de R$ 600,00 de um cliente que estava naquela lanchonete. 
A denúncia foi recebida e, após a instrução, o recorrido foi condenado à pena de dois anos e oito meses de reclusão. 
Após interpor o recurso de apelação, o Tribunal de Justiça proveu o recurso para anular toda a instrução criminal condenatória, condenando o requerente e dois anos e dez meses de reclusão, posteriormente convertida em restritiva de direitos, consubstanciada na prestação de oito horas semanais de serviços comunitários, durante o período de dois anos e dez meses. 
Assim, irresignada com a decisão proferida em primeira instância, com o devido respeito e acatamento, deve a sentença ser reformada, consoante os fatos e fundamentos a seguir exposto: 
II - Preliminar 
A) Nulidade: Reformatio in pejus
Quando prolação da primeira sentença condenatória, este Egrégio Tribunal entendeu por bem anular a instrução, uma vez que ocorreu nulidade que acarretou cerceamento de defesa. Na ocasião, não houve recurso da acusação, precluindo seu direito e ocorrendo o trânsito em julgado para a mesma. 
No caso em tela, verifica-se que houve violação aos preceitos do art. 617, do CPP, verifica-se que é vedado o agravamento da pena em decorrência de recurso de defesa - seja diretamente, por meio do tribunal, seja indiretamente, por meio de condenação posterior com pena mais elevada pelo juízo recorrido.
Assim, restando evidente a violação à vedação de reformatio in pejus, deve a sentença ora impugnada ser reformada de modo a cominar a pena no quantum imposto na primeira condenação, qual seja, a de dois anos.
III - DO MÉRITO RECURSAL
A) Da insignificância da conduta
Caso em tese anteriormente não sejam acolhidos, insta verificar-se a conduta teoricamente praticada pelo acusado foi idôneo a lesar o bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Conforme demonstrado na instrução criminal, o acusado supostamente teria subtraído ínfima quantia R$ 600,00 equivalente ao celular da vítima, ou seja, o que evidencia, igualmente, que a conduta é inofensiva.
Destrate, admitindo-se que a conduta não ofendeu ao bem jurídico tutelado, já que foi devolvido o pertence a vítima e não veio lhe causar prejuízos, o valor insignificante segundo o STF, deve-se afastar a tipicidade e proceder à reforma da sentença de modo a absolver o apelante, nos termos do art. 386, III, CPP.
B) Da não ocorrência de abuso de confiança
Caso a tese anterior não seja acolhida e o entendimento seja pela condenação, insta analisar se realmente incidiu no caso concreto a qualificadora do art. 155, parágrafo 4, II, CP. 
No caso em tela, não há que se falar em furto cometido com abuso de confiança, pois o apelante estaria em sua primeira semana de trabalho na lanchonete, onde suposto crime teria ocorrido, sendo que trabalhava em dias alternados, ou seja, não havia contato frequentemente com o local de trabalho.
Nesses termos, deve a sentença ser reformada de modo que afaste a qualificadora e diminuir a pena ainda mais.
III - Dos Pedidos
a) Preliminarmente, reconhecer a prescrição da pretensão punitiva, com a consequência extintiva da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, CP.
b) Reconhecer a nulidade decorrente da reformatio in pejus, decorrente da violação do art. 617 do CPP, com consequência diminuição da pena para o quantum anteriormente imposto;
c) Subsidiariamente, requer seja o apelante absolvido, ante a evidência de atipicidade da conduta insignificância, nos termos do art. 386, III, CPP; 
d) Requerer que seja afastado a qualificadora, uma vez que não comprovado o abuso de confiança entre as partes;
e)Por fim, requer seja a pena restritiva de direitos aplicada de maneira adequada aos termos na lei, conforme art. 46, parágrafo 3, CP. 
Nesses termos, 
Pede e aguarda deferimento. 
Fortaleza - 05 de junho de 19
Advogado 
OAB/CE

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