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U N I D A D E 3
LISIANE LUCENA BEZERRA
LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA 
PORTUGUESA
Unidade 3| Introdução
• Você conhece a poética e a prosa nos países de língua
portuguesa que formam os PALOPs? Então vamos
entender fazendo uma explanação sobre a poesia e
prosa em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e São Tomé e Príncipe. Dessa forma,
vamos conhecer os principais autores que representam
esses países e sua forma de expressão na literatura de
língua portuguesa.
Unidade 3 | Objetivos
1. Conhecer a poética e prosa dos PALOPs e especificamente de Angola.
2. Apreciar a poesia e prosa de Cabo Verde e Guiné-Bissau.
3. Explanar a poética e prosa de Moçambique e São Tomé e Príncipe.
4. Estudar a colonização/descolonização nas literaturas africanas.
POÉTICA E PROSA: ESCRITORES REPRESENTATIVOS 
DOS PALOPS E ANGOLA
• A poesia que teve início nos PALOPs a partir de
1930, e através do Movimento de Negritude que
causou uma revolução na África, tinha como
características que funcionava como um veículo
importante para que a consciência negra fosse
divulgada.
• Para que haja uma reflexão no que se refere a poesia dita como anticolonial existentes nos
PALOPs, há uma necessidade de buscar a história e o passado vividos por essas comunidades,
com isso podemos entender sobre o que a literatura propõe sobre as realidades que fizeram
parte dos conflitos históricos e de suas lutas.
• Dentro desse contexto os países africanos de língua portuguesa no século XX, apresentaram o
surgimento de um grande número de grupos que passaram a se organizar para travar uma luta
contra o colonialismo português.
• Nessa época é clara a íntima relação existente entre a poesia e a história, nela os versos criados
pelo homem exerce condução sobre as palavras introduzindo-as em um campo poético,
propagando significados, esse homem se localiza em um determinado tempo, esse tempo por
sua vez no PALOPs significa a luta para alcançar a independência.
• No momento em que um poeta toma por opção os elementos relacionados a cultura a cultura do
seu país de origem, é criado por ele uma posição que é vista como ofensiva mediante a realidade
aplicada. Ao valorizar esses elementos que são tão particulares da sua cultura, a ´posição
ocupada pelo escritor é de quem valoriza a cultura que um dia foi subjugada, mediante uma
tentativa que ocorresse uma reinvenção da distinção.
POESIA E PROSA EM ANGOLA
• Na Angola houve uma primeira fase literária
marcada claramente pela expressão nativista e
colonial, e que posteriormente passou a ser
chamada de independente, esse período inicia-se
sob a promessa de um nacionalismo voltado para
a localidade.
• Na fase de expressão colonial e nativista tiveram destaque para o escritor José da Silva Maia
Ferreira que nasceu em Luanda na Angola em 1827 e faleceu em Rio de Janeiro no Brasil em 1881.
Estudou em Lisboa e publicou o livro Espontaneidades da minha alma (1849).
• A poesia angolana é considerada da melhor qualidade, pois sua produção proporciona conciliação
entre a expressão lírica e o sentimento nacionalista, objetivando sempre a apreciação de
contradições criadas durante a história da exploração colonial que perdurou por séculos.
• Em seguida, a literatura angolana atingiu um período marcado pela expressão anticolonialista com
autores como: Cordeiro da Mata: Delírios (1877) e Alfredo Troni: com a célebre novela Senhora
Viúva (1882/1973).
• Na fase seguinte acarretou a contribuição de uma literatura pré-independentista, com o neo-
realismo com: Assis Júnior: O Segredo da Morta (1936) e Castro Soromenho: Noite de Angústia
(1939); Homens sem Caminho (1942); Calenga (1945); Terra Morta (1949).
• Dessa forma, a literatura angolana atingiu o auge de sua produção literária com uma fase que, por
mais de um motivo, pode ser chamada de independente, período que se inicia sob os auspícios de
um nacionalismo localista, inspirador da famosa Antologia dos Novos Poetas de Angola (1950).
• Com isso, a literatura africana apresenta um papel de grande relevância relacionado ao
processo onde a identidade cultural africana é afirmada, especialmente na Angola,
onde sua representatividade foi conquistada no que se refere a um instrumento de
resistência diante do poder colonial, principalmente sobre as possibilidades
relacionadas a manipulação de uma realidade linguístico-cultural nova.
POESIA E PROSA: CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU
• O país apresenta uma grande variação em suas
obras literárias, de forma que a cultura popular em
sua generalidade tem sua representação através
da tradição lírica provinda das cantigas populares
presentes na própria região que são chamadas
mornas, porém o embate racial entre negros e
brancos como também a diáspora africana não
estão ausentes.
• Corsino Fortes: Sua poesia possui marcas únicas, apresentando uma carga metalinguísticas e
imagética, assim aflorando a memória individual, épica e também a lírica.
• O autor teve uma intervenção poética relacionada aos claridosos. Sua poesia ente outras
características demonstra uma veia erótica que por sua vez simboliza vazio, súplica, esperança,
labor nas ilhas e ausência.
• Orlanda Amarílis: Ela traz em suas obras o cotidiano da mulher, a autora lançou textos na Revista
Certeza que tinha como objetivo a denúncia de injustiças sociais como também buscar a garantia
de legitimidade da literatura de Cabo-Verde, ainda buscava através de sua obra representar uma
arte em que ela defende a igualdade de oportunidade em relação as mulheres.
POESIA E PROSA EM GUINÉ-BISSAU
• A poesia em um momento pós-colonial mais
especificamente no ano de 1977, surgiu uma
coletânea de poemas chamada Mantenhas para
quem luta, apresentando como subtítulo A nova
poesia da Guiné-Bissau. Essa coletânea reuniu 51
poemas de 14 autores, onde na história guineense
ela representa um marco.
• Já em 1978 surge Momentos primeiros da construção: antologia dos novos poetas, no ano
posterior aparece Os continuadores da Revolução e A recordação do passado recente. Depois
de um tempo de desatenção veio em 1991 a Antologia poética da Guiné-Bissau, em 1992
surgiu O eco do pranto: a criança na moderna poesia guineense que teve como organizador o
poeta António Soares Lopes Jr. (Tony Tcheka).
• Já em relação a prosa a publicação do primeiro volume no país foi de Manuel da Costa
intitulada A força de vontade em 1993, a primeira coletânea de contos foi publicada por
Domingas Barbosa Mendes Samy com A escola, Maimuna e O destino. Em 1994 o primeiro
romance guineense é publicado por Abdulai Silla chamado Eterna paixão, em 1995 veio A
última tragédia eMistida em 1997.
• já em 1998 o escritor Filinto de Barros publicou Kikia Matcho, posteriormente Filomena Embaló
no ano de 1999, publicou seu romance Tiara, no ano de 2000 Carlos Edmilson Vieira tem sua
coletânea publicada com o título de Contos de N’Nori.
• Autores expressivos de Guiné-Bissau: Tony Tcheka e Abdulai Sila.
POÉTICA E PROSA: MOÇAMBIQUE E SÃO TOMÉ E 
PRÍNCIPE
• A literatura em Moçambique ainda é considerada
jovem, pois no decorrer de um período quem a fazia
eram apenas portugueses e/ou seus descendentes, até
o momento em que os moçambicanos tiveram o direito
de serem escolarizados.
• Com isso levou muito tempo para que eles pudessem se inserir nesse universo literário, e mesmo
com esse ingresso os valores que eram ensinados aos moçambicanos eram os europeus. Somente
na década de 40, onde aconteceu uma certa forma de rebeldia, é que os elementos moçambicanos
passaram a ter sua presença sentida.
• Autores expressivos de Moçambique na atualidade:
• Paulina Chiziane: É claramente uma das romancistas que apresentam maior destaque no que se
refere as literaturas de língua portuguesa, porém a sua escrita peculiar e inspirada é elevada a um
rompimento entre o patamar estético e as fronteiras consideradas tradicionais dos romances.
• Mia Couto: É considerado um dos escritores com maior destaque em Moçambique, além de
apresentar mais traduções de suas obras no país. O escritor em seu discurso literárioelabora uma
rede com simbologia e intertextualidade relacionados as crenças e mitos existentes entre os povos
de Moçambique.
• José João Craveirinha: foi o primeiro africano a ganhar o Prémio Camões, o mais importante
galardão literário da língua portuguesa, dando voz ao surrealismo poético. Foi um ensaísta e
jornalista perseguido e preso pela PIDE, o que faz com que seja lembrado como um dos maiores
nomes de Moçambique e da lusofonia.
POESIA E PROSA EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
• As obras literárias no país somente em 1942, suas
definições foram iniciadas. Nessa época o gênero da
poesia exerceu grande influência sobre os registros
literários mesmo diante do enfrentamento de
dificuldades.
• Em São Tomé e Príncipe as primeiras manifestações da poesia foram profundamente assinaladas por
uma tendência de resistência ao jugo colonial português, pois os temas abordados eram ao contrário
da literatura colonial.
Autora expressiva de São Tomé e Príncipe:
• Francisco José Tenreiro: O poeta são-tomense Francisco José Tenreiro, além de ser um marco na
literatura de seu país, é também credenciado como o primeiro poeta africano de língua portuguesa
a refletir, em sua produção literária, elementos advindos do movimento da negritude.
• Olinda Beja: Percebe-se que nas obras poéticas da autora há uma busca pela afirmação de suas
raízes como também de sua identificação, que seria uma forma de regressar a sua ancestralidade
materna. Nessa procura ela indica o reconhecimento a sua “mestiçagem”, representando assim sua
dualidade racial.
COLONIZAÇÃO/DESCOLONIZAÇÃO NAS 
LITERATURAS AFRICANAS
• O surgimento da literatura durante a colonização dos
países africanos eram chamadas de literaturas de
expressão portuguesa, essa literatura é resultante de um
processo duradouro de aproximadamente quinhentos
anos para que ocorresse sua assimilação iniciado no séc.
XVI, para ocorrer ela teve como base a colonização
sofrida por esses países onde tinham como colonizador
Portugal
• Os escritores dos países africanos colonizados vivenciaram até a data da independência inclusos
em duas realidades e que, portanto, não podem ser ignoradas: Uma trata-se da sociedade criada
através do colonialismo europeu e a segunda refere-se a sociedade africana.
• Devido a essas duas realidades influenciaram no tipo de literatura durante a época onde são
expostas uma tensão que existe entre esses mundos, seus escritos eram “heterogêneos” que por
sua vez é resultante da realidade dialética, em algum momento apresenta traços de aculturação e
em outros momentos com trações de ruptura.
• Para os colonizadores na época esses escritos eram vistos como “civilizado”, “europeu” e “branco”,
porém nesse momento ainda existia uma enorme alienação devido a forma de produção dos
colonizadores, pelo fato da interiorização do espírito colonialista como também por
ideologicamente observar os colonizadores como uma classe dominante.
PANORAMA DAS FASES LITERÁRIAS ENTRE A 
COLONIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA 
• De acordo com (ALMEIDA, ALMEIDA, &
CAETANO, 2009) a literatura africana atravessou
por algumas fases e observando através de uma
perspectiva voltada mais para a historicidade,
Patrick Chabal propões que a literatura da África
passou por quatro fases abrangentes.
• Fase da assimilação: Nessa fase quando foi dada aos escritores africanos uma oportunidade para que
houvesse a produção estética, onde eles imitavam e copiavam os mestres, convergindo assim com as
perspectivas do escritor da época Manuel Ferreira.
• Fase da resistência: Nessa fase é assumida a responsabilidade pelo escritor africano de passar a
construir, fazendo papel de defensor e arauto no que se refere a cultura da África, é a fase em que há
uma ruptura relacionada aos moldes europeus,
• Fase da afirmação do escritor africano como tal: Essa fase é observada em momento posterior a
independência, onde faz parte da procura do escritor ter seu lugar marcado na sociedade.
• Fase da atualidade: Essa fase é onde o trabalho feito é consolidado no que se refere a literatura, nela
os escritores buscam traçar rumos novos importantes para o futuro da literatura, focando as
coordenadas dos países de forma individual,
• Literatura africana pós-colonial: Em um período posterior a independência a literatura buscava uma construção
da nação, tinha como intuito principal de explorar o entendimento da nação-estado que passou por uma recém
emancipação com uma forte marca de sentimento de autoconfiança e euforia.
• Posteriormente passa a uma literatura mais transcultural, oferecidas a um público mais internacionalizado do
que da localidade, de forma que a ideia de ter a própria nação vista como ponto de referência se dissolve, e dá a
vez aos conceitos mais fluídos e complexos que abordam a identidade e a coletividade.
Obrigada!

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